licenciamento ambiental e licenciamento ambiental federal ... · do programa das nações unidas...

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Licenciamento Ambiental e Licenciamento Ambiental Federal p/ IBAMA (AnalistaAmbiental)

Professor: Rosenval Júnior

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AULA 07: Desenvolvimento Sustentável

Teoria 2

Introdução

A Conferência de Estocolmo - 1972

A posição brasileira na Conferência de Estocolmo

Relatório "Nosso Futuro Comum" ou "Relatório Brundtland"

Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e

Desenvolvimento - RIO 92

Declaração do Rio

Declaração de Princípios sobre Florestas

Agenda 21

Agenda 21 brasileira

Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do

Clima

Convenção sobre Diversidade Biológica.

Efeito Estufa X Aquecimento Global

Protocolo de Quioto ou Kyoto

Mecanismos Adicionais de Implementação

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL

Implementação Conjunta

Comércio de Emissões

Rio+10

Rio+20

19ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 19)

COP 21 – Paris, França – 2015

COP 22 – Marrakesh, Marrocos - 2016

Linha do tempo de eventos ambientais no Mundo

Lista com os Principais Tratados Ambientais

Lista de Questões 43

Questões Comentadas 50

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Desenvolvimento Sustentável

Introdução

A busca incessante pelo desenvolvimento econômico a qualquer

custo impediu por muito tempo que os problemas ambientais fossem

considerados. O meio ambiente ainda é visto por alguns (ou diríamos por

muitos?) como acessório do desenvolvimento, e não como parte dele. A

poluição e os impactos ambientais do desenvolvimento desordenado são

visíveis, mas os benefícios proporcionados pelo progresso, na visão

equivocada dos poluidores, cobriria todo o prejuízo socioambiental

causado.

O modelo de desenvolvimento adotado, caracterizado por um

consumo agressivo dos recursos ambientais, aliado a uma sociedade

consumista pode levar ao caos ambiental e consequentemente ao colapso

social e econômico.

Diante disso, vem ocorrendo em todo mundo uma mudança de

paradigma diante dessa realidade de desequilíbrio ambiental. Assim, os

países vêm adotando medidas em conjunto no intuito de estabelecer uma

cooperação internacional, haja vista que os problemas ambientais não

conhecem ou respeitam fronteiras.

Muitas das preocupações com a questão ambiental surgiram na

década de 60. Em 1962, a bióloga norte-americana Rachel Carson

publicou o livro Primavera Silenciosa (Silent Spring), que documentou

os efeitos deletérios dos pesticidas no ambiente, particularmente em

aves. Esse livro promoveu uma verdadeira revolução ecológica no mundo.

A partir de 1969, os americanos foram pioneiros ao exigir a Avaliação dos

Impactos Ambientais (AIA) para empreendimento e atividades poluidoras.

Na década de 70, um grupo de estudiosos conhecido como Clube

de Roma, apresentou resultados alarmantes para humanidade diante do

esgotamento dos recursos naturais e a inevitável crise da economia

mundial. O grupo elaborou um relatório publicado com o titulo de Limites

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do Crescimento. Esse documento apresentava modelos que

relacionavam variáveis de crescimento econômico, explosão demográfica,

poluição e esgotamento de recursos naturais.

Em 1972, foi promovida na cidade de Estocolmo, na Suécia, a

Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano, da

qual o Brasil foi um dos participantes. As questões ambientais levantadas

diziam respeito à poluição do ar; da água e do solo derivadas da

industrialização, as quais deveriam ser corrigidas. O objetivo dessa

reunião era encorajar a ação governamental e dos organismos

internacionais para promover a proteção e o aprimoramento do meio

ambiente humano. As propostas apresentadas na Conferência de

Estocolmo tiveram como base os dados divulgados pelo relatório do Clube

de Roma. Da Conferência de Estocolmo resultaram os princípios que

representaram compromissos entre as nações.

Cabe ressaltar que em Estocolmo o Brasil adotou uma postura

retrógrada, a favor do desenvolvimento a qualquer custo, sem maiores

preocupações com o meio ambiente. (Veremos mais detalhes sobre esse

aspecto quando estudarmos com maior atenção essa conferência.)

Após a Conferência de Estocolmo, a política ambiental no Brasil veio

se desenvolvendo como resultado da ação de movimentos sociais locais e

de pressões vindas de fora do país. O modelo de desenvolvimento foi

sendo assim redefinido, e em função da poluição gerada, demandas

ambientais começaram a surgir.

Em 1973, pouco depois da Conferência de Estocolmo, foi criada no

Brasil a Secretaria Especial de Meio Ambiente (Sema), órgão

especializado no trato de assuntos ambientais.

Já nos anos de 1980, nascia uma nova ótica integradora que

passava a combinar os aspectos econômicos e sociais com os ambientais,

em busca tanto da preservação do meio ambiente, como também de

formas mais racionais de utilização dos recursos naturais com vistas à

preservação das gerações futuras.

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Em Agosto de 1981, a Lei federal 6.938, instituiu a Política

Nacional de Meio Ambiente (PNMA) e criou o Sistema Nacional de

Meio Ambiente (SISNAMA).

Em 1987 tivemos a divulgação do Relatório "Brundtland",

conhecido também como "Nosso Futuro Comum", através da iniciativa

do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Nesse

documento foi definida, a ideia de “desenvolvimento sustentável”.

A Constituição Federal de 1988, conhecida como Constituição

Verde, trouxe um artigo específico sobre meio ambiente (Art. 225),

além de diversos outros dispositivos relacionados à temática ambiental ao

longo de toda a Carta.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

(Ibama), autarquia federal em regime especial vinculada ao MMA, ao

qual compete executar e fazer executar a Política Nacional do Meio

Ambiente, foi criado em 1989 decorrente da fusão da Sudepe (pesca), da

Sudhevea (borracha), do IBDF (Desenvolvimento florestal) e da Sema

(meio ambiente).

Novos temas de política ambiental foram assim redefinidos no

mundo e a necessidade de um novo pacto entre as nações geraria uma

nova conferência internacional, considerada como a maior e mais

importante, a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente

e Desenvolvimento (CNUMAD), conhecida como Eco92 ou Rio92,

realizada no Rio de Janeiro.

Passados 5 anos tivemos em Nova Iorque a Rio+5 e após 10 anos

da Rio+92 foi realizada em Johanesburgo a Rio+10.

Em 2012, tivemos no Rio de Janeiro, a Rio+20, Conferência que

trouxe à tona novamente todo o debate mundial sobre a economia verde

e a governança ambiental, além de avaliar os resultados dos 20 anos

após a Rio92.

No final de 2015, na França, tivemos a COP 21, com outro debate

importante sobre o desenvolvimento sustentável, mais especificamente

sobre as mudanças climáticas. Nesse mesma temática, ocorreu, em 2016,

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em Marrakesh, no Marrocos, a COP 22, que representa um "ponto de

partida” para a implementação das obrigações assumidas em Paris, na

COP anterior.

Linha do Tempo

Fonte: Elaborada pelo autor

A Conferência de Estocolmo - 1972

Em Estocolmo, Suécia, no período de 5 a 16 de junho de 1972

ocorreu a reunião de 113 países para participarem da Conferência das

Nações Unidas sobre o Desenvolvimento e Meio Ambiente

Humano, conhecida como Conferência de Estocolmo.

Essa Conferência é extremamente importante, pois foi o primeiro

grande encontro internacional, com representantes de diversas nações,

para a discussão dos problemas ambientais e nela se consolidou e discutiu

a relação entre desenvolvimento e meio ambiente. Seus principais

resultados foram a criação do Programa das Nações Unidas para o

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Meio Ambiente (PNUMA) e a aprovação da Declaração sobre o

Meio Ambiente Humano.

A Conferência utilizou como base as conclusões do Relatório

do Clube de Roma e o documento "Only one earth: the care and

maintenance of a small planet", da Organização das Nações Unidas -

ONU, que reuniu 70 especialistas do mundo, que reforçavam, em grande

parte as conclusões do Relatório do Clube de Roma. Consequentemente,

os debates na Conferência de Estocolmo giraram em torno da

questão do controle populacional e da necessidade de redução do

crescimento econômico.

Os dois pontos (controle populacional e redução do crescimento

econômico) foram objeto de contestação por parte dos países em

desenvolvimento e subdesenvolvidos, mesmo concentrando a maior parte

da população mundial e apresentando as maiores taxas de natalidade.

Na Conferência, fica claro que o Homem é o centro da relação

Homem-meio ambiente (visão antropocêntrica). A Declaração trata a

pobreza como causadora da degradação (artigo 10); não apoia o

crescimento zero e sim crescimento com equilíbrio (artigos 8, 9 e 11) e

afirma que deve ocorrer a preocupação com o crescimento populacional

(artigos 15 e 16).

Como os países do hemisfério sul consideravam a Conferência um

movimento de ampliação da subordinação internacional dos países

subdesenvolvidos aos países desenvolvidos, foram incluídos na declaração

vários artigos no intuito de resguardar a soberania das nações sobre seus

territórios e os recursos naturais e também sobre sua necessidade e

liberdade de alcançar o desenvolvimento.

A posição brasileira na Conferência de Estocolmo

O governo brasileiro, na Conferência de 1972, liderou o bloco

de países em desenvolvimento que tinham posição de resistência

ao reconhecimento da importância da problemática ambiental, sob

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o argumento de que a principal poluição era a miséria, além disso, não

reconhecia o problema da explosão demográfica. A posição do Brasil,

em período de regime militar, era a de "desenvolver primeiro e pagar

os custos da poluição mais tarde".

A visão na época era a de que os problemas ambientais eram

originados da pobreza, e que dispor de mais alimentos, habitação,

assistência médica, emprego e condições sanitárias tinha mais prioridade

do que reduzir a poluição da atmosfera. Ou seja, o desenvolvimento não

poderia ser sacrificado por considerações ambientais, dado que essa

preocupação poderia prejudicar as exportações dos países em

desenvolvimento e subdesenvolvidos.

Não se pode olvidar que o Brasil estava em pleno milagre

econômico, durante a ditadura militar. Apesar de inúmeras consequências

ruins do crescimento desenfreado, havia um furor popular valorizando em

demasia alguns índices e resultados do crescimento econômico e

ignorando outros fatores, como o aumento da desigualdade social e o

crescimento da miséria. Ao governo importava o crescimento.

Tal crescimento somente veio a ser barrado com a crise petrolífera

de 1974, entrando então a economia brasileira em recessão, tendo seus

efeitos perdurados até a década de 1990.

Todavia, em Estocolmo 72, o Brasil vivenciava grande entusiasmo

econômico e um constante processo de desenvolvimento interno e a

rápida industrialização era muito bem-vinda.

Assim, a postura brasileira frente às premissas apresentadas na

Suécia foi conflitante a ponto de o país liderar um grupo de 77 outras

nações (do total de 113 países) reivindicando também o direito do

crescimento econômico, o qual já havia sido atingido pelas nações

desenvolvidas.

A posição defendida era de que todos tinham direito ao crescimento

econômico. O Brasil juntamente com os outros países por ele liderados,

deferiram acusações aos países industrializados em defesa do

crescimento a qualquer custo. Em protesto estendeu uma faixa com os

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dizeres: “Bem-vindos à poluição, estamos abertos a ela. O Brasil é

um país que não tem restrições, temos várias cidades que

receberiam de braços abertos a sua poluição, porque nós

queremos empregos, dólares para o nosso desenvolvimento”,

deixando claro que o país preferia promover o crescimento econômico a

se dedicar às políticas ambientais.

Contudo tal posicionamento, após o evento, logo foi corrigido e o

Brasil iniciou internamente o desenvolvimento de políticas e setores do

governo condizentes com as ideias de preservação ambiental do mundo,

como por exemplo, quando o governo brasileiro implantou, em 1973, a

Secretaria Especial do Meio Ambiente (Sema). Esta Secretaria tinha

atribuições especialmente voltadas para o controle da poluição, o uso

racional dos recursos naturais e a preservação do estoque genético.

Apesar dos debates extremistas, ressalta-se a relevância do

encontro em Estocolmo, visto que constitui um marco na

sensibilização da opinião pública quanto à urgência da proteção

internacional do meio ambiente.

Por fim, uma posição ficou acertada entre as Nações: havia uma

urgente necessidade pela preservação ambiental e a redução de

atividades danosas ao meio ambiente em todo o mundo.

Como alternativa à polarização entre as ideias de "crescimento

zero" (defendida por quem já havia explorado os seus recursos

ambientais - países desenvolvidos) e de "crescimento a qualquer custo"

(posição dos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos) propôs-se a

abordagem “Ecodesenvolvimentista”, por intermédio da qual o

processo de desenvolvimento somente se torna possível pelo

equacionamento do trinômio eficiência econômica, equidade social e

conservação ambiental.

Relatório "Nosso Futuro Comum" ou Relatório “Brundtland"

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Em 1987, foi publicado o Relatório "Nosso Futuro Comum",

conhecido como Relatório “Brundtland”, em decorrência da presidência

da primeira ministra da Noruega Gro Harlem Brundtland, tendo como uma

de suas principais recomendações a realização de uma Conferência

Mundial que abordasse todos os assuntos ali levantados.

Foram apontados os principais problemas ambientais em três

grandes grupos:

a) poluição ambiental, emissões de carbono e mudanças

climáticas, poluição da atmosfera, dos efeitos nocivos dos produtos

químicos e dos rejeitos nocivos, dos rejeitos radioativos e a poluição das

águas interiores e costeiras.

b) diminuição dos recursos naturais, como a diminuição de

florestas, perdas de recursos genéticos, perda de pasto, erosão do solo e

desertificação, uso deficiente das águas de superfície, diminuição e

degradação das águas freáticas, diminuição dos recursos vivos do mar.

c) problemas de natureza social tais como: uso da terra e sua

ocupação, abrigo, suprimento de água, serviços sanitários, sociais e

educativos e a administração do crescimento urbano acelerado.

ATENÇÃO! Esse conceito de Desenvolvimento Sustentável é muito

cobrado em provas! Memorizem! Podem tatuar no cérebro esse conceito!

Precisa estar na veia!!!

No Relatório "Brundtland" foi definido o conceito de

“DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL” como sendo o

desenvolvimento que atende as necessidades das gerações atuais

sem comprometer a capacidade das futuras gerações de terem

suas próprias necessidades atendidas.

Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e

Desenvolvimento - RIO 92 ou Cúpula da Terra

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Em 1992, realizou-se na cidade do Rio de Janeiro a Conferência

das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento no

período de 3 a 14 de junho, contando com a presença de 172 países

(apenas seis membros das Nações Unidas não estiveram presentes),

representados por aproximadamente 10.000 participantes, incluindo 116

chefes de Estado. Além disso, receberam credenciais para acompanhar as

reuniões cerca de 1.400 organizações não governamentais (ONGs) e

9.000 jornalistas.

Dentre os objetivos principais dessa conferência, destacaram-se os

seguintes:

• examinar a situação ambiental mundial desde 1972 (Conferência de

Estocolmo) e suas relações com o estilo de desenvolvimento vigente;

• estabelecer mecanismos de transferência de tecnologias não-poluentes

aos países subdesenvolvidos;

• examinar estratégias nacionais e internacionais para incorporação de

critérios ambientais ao processo de desenvolvimento;

• estabelecer um sistema de cooperação internacional para prever

ameaças ambientais e prestar socorro em casos emergenciais;

• reavaliar o sistema de organismos da ONU, eventualmente criando

novas instituições para implementar as decisões da conferência.

Durante a Rio 92 foram produzidos documentos importantes:

Declaração do Rio;

Declaração de Princípios sobre Florestas;

Agenda 21;

Convenção sobre Mudanças Climáticas; e

Convenção sobre Diversidade Biológica.

Documentos da Rio 92:

Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento

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Possui 27 princípios para guiar os países nas suas políticas de

desenvolvimento sustentável. O artigo 15, por exemplo, advoga o uso do

princípio da precaução.

"Com a finalidade de proteger o meio ambiente, os Estados

deverão aplicar amplamente o critério de precaução conforme suas

capacidades. Quando houver perigo de dano grave ou irreversível, a

falta de certeza científica absoluta não deverá ser utilizada como razão

para que seja adiada a adoção de medidas eficazes em função dos

custos para impedir a degradação ambiental." Princípio 15 da

Declaração do Rio.

Declaração de Princípios sobre Florestas

Os países participantes da CNUMAD adotaram esta declaração de

princípios visando um consenso global sobre o manejo, conservação e

desenvolvimento sustentável de todos os tipos de florestas.

A declaração visa à implantação da proteção ambiental de forma

integral e integrada. As funções das florestas estão descritas no texto e

são sugeridas medidas para a manutenção de tais funções.

Agenda 21 (Programa das Nações Unidas para o Séc. XXI)

Programa de transição para o desenvolvimento sustentável

inspirado no Relatório Brundtland.

É um abrangente plano de ação a ser implementado pelos

governos, agências de desenvolvimento, organizações das Nações Unidas

e grupos setoriais. Temos a agenda 21 em âmbito global, nacional e

local.

A execução deste programa deverá levar em conta as diferentes

situações e condições dos países e regiões e a plena observância de todos

os princípios contidos na Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e

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Desenvolvimento.

Trata-se de uma pauta de ações a longo prazo, estabelecendo os

temas, projetos, objetivos, metas, planos e mecanismos de execução

para diferentes temas da Conferência. Esse programa contém 4 seções,

40 capítulos, 115 programas, e aproximadamente 2.500 ações a serem

implementadas.

As quatro seções se subdividem em capítulos temáticos que contêm

um conjunto de áreas e programas. Essas quatros seções abrangem os

seguintes temas:

I - Dimensões Econômicas e Sociais:

Trata das relações entre meio ambiente e pobreza, saúde, comércio,

dívida externa, consumo e população;

II - Conservação e Administração de Recursos:

Refere-se às maneiras de gerenciar recursos físicos para garantir o

desenvolvimento sustentável;

III - Fortalecimento dos Grupos Sociais:

Aborda as formas de apoio a grupos sociais organizados e minoritários

que colaboram para a sustentabilidade;

IV - Meios de Implementação:

Trata dos financiamentos e papel das atividades governamentais.

Agenda 21 Brasileira

É um processo e instrumento de planejamento participativo

para o desenvolvimento sustentável e que tem como eixo central

a sustentabilidade, compatibilizando a conservação ambiental, a

justiça social e o crescimento econômico. O documento é resultado

de uma vasta consulta à população brasileira, sendo construída a partir

das diretrizes da Agenda 21 global. Trata-se, portanto, de um

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instrumento fundamental para a construção da democracia participativa e

da cidadania ativa no País.

A agenda 21 tem provado ser um guia eficiente para processos de

união da sociedade, compreensão dos conceitos de cidadania e de sua

aplicação, é hoje um dos grandes instrumentos de formação de políticas

públicas no Brasil.

Assim a agenda 21 é um compromisso da sociedade em termos de

escolha de cenários futuros. Praticar a Agenda 21 pressupõe a tomada de

consciência individual dos cidadãos sobre o papel ambiental, econômico,

social e político que desempenham em sua comunidade. Exige, portanto,

a integração de toda a sociedade na construção desse futuro que

desejamos ver realizado.

A base para a discussão e elaboração da Agenda 21 Brasileira

parte de seis eixos temáticos:

1. Gestão dos Recursos Naturais.

2. Agricultura Sustentável.

3. Cidades Sustentáveis.

4. Infraestrutura e Integração Regional.

5. Redução das Desigualdades Sociais.

6. Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentável.

Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do

Clima (CQNUMC)

Vigora desde março de 1994, reconhecendo que o sistema climático

é um recurso compartilhado cuja estabilidade pode ser afetada por

atividades humanas – industriais, agrícolas e o desmatamento – que

liberam dióxido de carbono e outros gases que aquecem o planeta Terra,

os gases de efeito estufa.

Seus objetivos são:

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• estabilizar a concentração de gases efeito estufa na atmosfera num

nível que possa evitar uma interferência perigosa com o sistema

climático;

• assegurar que a produção alimentar não seja ameaçada;

• possibilitar que o desenvolvimento econômico se dê de forma

sustentável.

Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica

Aberta para assinatura na Rio 92 e começou a valer em dezembro

de 1993. Desde então, já foram aprovados dois protocolos: o de

Cartagena sobre Biossegurança, vigorando desde setembro de 2003, e o

de Nagoya, adotado em outubro de 2010. O Protocolo de Nagoya institui

princípios para o regime global de acesso a recursos genéticos e

repartição de benefícios de sua utilização, um dos três objetivos centrais

da CDB. Os outros dois são a conservação e o uso sustentável da

biodiversidade.

Os objetivos da Convenção sobre Diversidade Biológica estão

expressos em seu artigo 1: “Os objetivos dessa Convenção, a serem

observados de acordo com as disposições aqui expressas, são a

conservação da biodiversidade, o uso sustentável de seus componentes e

a divisão equitativa e justa dos benefícios gerados com a utilização de

recursos genéticos, através do acesso apropriado a referidos recursos, e

através da transferência apropriada das tecnologias relevantes, levando-

se em consideração todos os direitos sobre tais recursos e sobre as

tecnologias, e através de financiamento adequado.”

Efeito Estufa X Aquecimento Global

Antes de estudar o Protocolo de Kyoto, vamos entender o que é

efeito estufa e aquecimento global.

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Alguns dos gases presentes naturalmente na atmosfera, entre eles

o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4), são chamados de gases de

efeito estufa porque são capazes de reter na atmosfera, por algum tempo,

o calor irradiado pela superfície do planeta.

Sem esses gases, a radiação de comprimento de onda longo (calor -

radiação infravermelha) se dissiparia mais rapidamente da atmosfera para

o espaço, e nosso planeta seria, em média, cerca de 30°C mais frio. Com

eles, parte do calor irradiado pela superfície terrestre fica “preso” na

atmosfera, mantendo a temperatura em níveis ótimos para a existência

da maior parte da vida no planeta. A temperatura média da Terra é de

15°C, sem o efeito estufa seria de -15°C.

O efeito estufa é, portanto, um fenômeno natural, sendo

fundamental à manutenção do clima e da vida na Terra. Não

confunda efeito estufa com aquecimento global.

Há fortes sinais de que as atividades humanas estão aumentando

rapidamente a concentração de alguns dos gases de efeito estufa

“naturais” (CO2, CH4, etc.), além de acrescentarem à atmosfera outros

gases de efeito estufa antes inexistentes (CFC, PFC, SF6). Com isto, a

Terra está ficando mais quente. As últimas décadas do Século XX

tiveram as mais altas temperaturas médias do último milênio, havendo

indícios de intensificação das variações climáticas e da ocorrência de

eventos extremos (secas, enchentes, furacões, etc.).

Essa intensificação do efeito estufa, com o consequente

aumento de temperatura é o que chamamos de aquecimento

global. Esse sim deve ser combatido.

A rápida elevação da temperatura no planeta pode levar a

sérios transtornos climáticos e ambientais, com ondas de calor,

intensificação de secas, furacões e inundações, que causarão extinção de

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espécies (perda de biodiversidade), perdas agrícolas (aumento da fome),

difusão de doenças (entre as quais cólera, malária, febre amarela e

dengue). Além disso, o derretimento de geleiras e calotas polares, com

elevação do nível do mar causará o alagamento de áreas costeiras. Essas

mudanças trarão sérios prejuízos, com o deslocamento forçado de

milhões de pessoas, o aumento da insegurança alimentar, a expansão da

fome e o aumento da mortalidade.

Essas são algumas das consequências das mudanças climáticas

previstas pelo Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC -

Intergovernamental Pannel on Climate Change) caso a temperatura do

planeta continue subindo.

De acordo com o IPCC, o aquecimento do sistema climático é

inequívoco e muitas das mudanças observadas, desde os anos 1950,

não têm precedentes. A atmosfera e o oceano se aquecem, as

quantidades de neve e gelo têm diminuído, o nível do mar subiu e as

concentrações de gases de efeito estufa aumentaram.

Por tudo isto, existe, atualmente, uma grande preocupação mundial

com o monitoramento dos gases de efeito estufa e a quantificação de sua

emissão para a atmosfera.

As principais sugestões do relatório da ONU para os governos são as

seguintes:

Energia: "descarbonizar" a geração de eletricidade, investindo em

recursos como vento, sol e água para gerar energia;

Transporte: investir em veículos de massa, como trens e ônibus e

incentivar veículos movidos a combustíveis menos poluentes;

Construção: implementar as inovações tecnológicas de redução das

emissões;

Uso da terra: reduzir o desmatamento, recuperar áreas degradadas

e manter boas práticas na agricultura.

No intuito de combater o aquecimento global as nações estão

buscando meios para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.

Dentre eles, destacamos o Protocolo de Kyoto, que estudaremos a seguir.

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Protocolo de Quioto ou Kyoto

Com o objetivo de fixar metas concretas de redução dos gases do

efeito estufa (GEE), a 3ª Conferência das Partes da Convenção do Clima

adotou o Protocolo de Quioto no Japão, em 1997.

A sua entrada em vigor dependia da ratificação de, no mínimo, 55

países, incluindo os países desenvolvidos responsáveis por pelo menos

55% das emissões de GEE. Diante dessa exigência, o protocolo só entrou

em vigor no âmbito internacional em 2005, após a ratificação pela

Federação Russa.

A partir de então, o Protocolo definiu metas obrigatórias para países

desenvolvidos, que fazem parte do Anexo I da Convenção. As emissões

deveriam ser diminuídas em 5,2%, em média, entre 2008 e 2012 em

comparação aos níveis de 1990.

O Protocolo de Kyoto entrou em vigor em 2005, após

ratificação da Rússia. No Brasil passou a vigorar com o Decreto

5.445 de 12 de maio de 2005.

Vinculado à Convenção do Clima, Kyoto definiu metas

obrigatórias de redução nas emissões de gases do efeito estufa para

países desenvolvidos, que fazem parte do Anexo I da Convenção.

Conforme disposto no art. 3 do Decreto 5.445/05, as Partes

incluídas no Anexo I devem, individual ou conjuntamente, assegurar que

suas emissões antrópicas agregadas dos gases de efeito estufa não

excedam suas quantidades atribuídas, com vistas a reduzir suas

emissões totais de gases em pelo menos 5% abaixo dos níveis de

1990 no período de compromisso de 2008 a 2012.

As Partes incluídas no Anexo I devem procurar limitar ou

reduzir as emissões de gases de efeito estufa não controlados

pelo Protocolo de Montreal originárias de combustíveis do transporte

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aéreo e marítimo internacional.

Destaca-se que o compromisso de redução ou limitação

assumido no âmbito do Protocolo de Kyoto decorreu da disposição

política de cada país, e o não cumprimento das metas estabelecidas no

Protocolo, pelas Partes no Anexo I, acarreta consequências juridicamente

vinculantes (legally binding) nos termos do artigo 18 do Protocolo de

Kyoto.

Com o intuito de promover o desenvolvimento sustentável, cada

Parte incluída no Anexo I, ao cumprir seus compromissos quantificados de

limitação e redução de emissões assumidos, deve implementar e/ou

aprimorar políticas e medidas de acordo com suas circunstâncias

nacionais, tais como:

O aumento da eficiência energética em setores relevantes da

economia nacional;

A proteção e o aumento de sumidouros e reservatórios de gases de

efeito estufa não controlados pelo Protocolo de Montreal, levando

em conta seus compromissos assumidos em acordos internacionais

relevantes sobre o meio ambiente, a promoção de práticas

sustentáveis de manejo florestal, florestamento e reflorestamento;

A promoção de formas sustentáveis de agricultura à luz das

considerações sobre a mudança do clima;

A pesquisa, a promoção, o desenvolvimento e o aumento do uso de

formas novas e renováveis de energia, de tecnologias de sequestro

de dióxido de carbono e de tecnologias ambientalmente seguras,

que sejam avançadas e inovadoras;

A redução gradual ou eliminação de imperfeições de mercado, de

incentivos fiscais, de isenções tributárias e tarifárias e de subsídios

para todos os setores emissores de gases de efeito estufa que

sejam contrários ao objetivo da Convenção e aplicação de

instrumentos de mercado;

O estímulo a reformas adequadas em setores relevantes, visando à

promoção de políticas e medidas que limitem ou reduzam emissões

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de gases de efeito estufa não controlados pelo Protocolo de

Montreal;

Medidas para limitar e/ou reduzir as emissões de gases de efeito

estufa não controlados pelo Protocolo de Montreal no setor de

transportes;

A limitação e/ou redução de emissões de metano por meio de sua

recuperação e utilização no tratamento de resíduos, bem como na

produção, no transporte e na distribuição de energia.

Agora, vamos entender melhor o porquê de uns terem metas

e outros não.

O protocolo adota o princípio da responsabilidade comum,

porém diferenciada, segundo o qual os maiores poluidores possuem

maior responsabilidade pela poluição gerada e consequentemente terão

também maior parcela de responsabilidade pela redução das emissões de

gases do efeito estufa, arcando assim na mesma proporção pelos custos

para redução dos mesmos.

Dessa forma, todos os países são responsáveis pelas mudanças

climáticas e sofrerão os seus efeitos (responsabilidade comum),

porém essa responsabilidade é diferenciada, porque alguns países

desenvolvidos contribuíram mais para o problema devido às suas

emissões históricas e atuais, conquistadas pelo processo de

industrialização intenso, além disso, possuem mais possibilidades de

enfrentar o problema, tendo em vista suas capacidades econômicas e

tecnológicas.

O Protocolo de Kyoto estabelece que todos os países que o

assinaram têm a responsabilidade comum de deter o processo de

aquecimento global e de criar mecanismos, tecnologias, buscar novos

conhecimentos para isso. Como a atmosfera está sendo igualmente

danificada pelas emissões de gases estufa, não importando sua origem,

todos os países têm a responsabilidade comum de ajudar a minimizar o

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dano causado.

Mas, ao dividir os países em dois grupos, o Anexo I e os que não

estão inclusos nele, temos responsabilidades diferenciadas. Pois os países

do Anexo I possuem metas de redução, enquanto os outros países

possuem apenas as mesmas responsabilidades comuns.

Diante disso, países em desenvolvimento como Brasil, Índia e

China, sendo este último o maior poluidor, não estão obrigados, de

acordo com o protocolo de Kyoto, a cumprir metas de redução de

emissões, embora possam colaborar para a efetivação do acordo, tendo

como instrumento projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

(MDL), que iremos entender melhor mais a frente.

A não exigência de cumprimento de metas por países em

desenvolvimento gera discussões e protestos dos países desenvolvidos.

Por isso, o acordo pós-Kyoto pretende criar metas e obrigações para todos

os países.

De acordo como protocolo, quando os países do Anexo I atingirem

suas metas de redução de emissões, eles devem continuar buscando

soluções internas e novas tecnologias para combater o efeito estufa e

promover o desenvolvimento sustentável, e devem auxiliar outros países

que ainda não conseguiram atingir suas metas.

Ok! Mas, afinal, quais são os principais gases do efeito estufa?

Segundo o Anexo A do Protocolo de Kyoto são gases do efeito

estufa, que devem ter sua emissão controlada:

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Fonte: Elaborada pelo autor.

Segundo o IPCC, os aumentos globais da concentração de CO2 se

devem principalmente ao uso de combustíveis fósseis e à mudança no uso

da terra. Já os aumentos da concentração de CH4 e N2O são devidos

principalmente ao agronegócio.

De acordo com os relatórios mais recentes do IPCC, há mais de

95% (extremamente provável) de chance de que o homem tenha causado

mais de metade da elevação média de temperatura registrada entre 1951

e 2010, que está na faixa entre 0,5 a 1,3 grau.

Obs.: O IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças do

Clima) é a autoridade científica das Nações Unidas responsável pelas

informações oficiais sobre o aquecimento global.

Mecanismos Adicionais de Implementação

Para que os países desenvolvidos (Anexo I) consigam cumprir suas

metas, o Protocolo de Kyoto estabeleceu 3 Mecanismos Adicionais de

Implementação, em complementação às medidas de redução de

emissão e remoção de gases de efeito estufa domésticas implementadas

pelas Partes no Anexo I:

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1-Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, MDL (Clean Development

Mechanism)–;

2 - Implementação Conjunta (Joint Implementation); e o

3 - Comércio de Emissões (Emissions Trading).

Fonte: Elaborada pelo autor.

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL

Dos 3 mecanismos o mais abordado nas provas é o MDL. E por

quê? Pelo simples fato de o MDL ser o único Mecanismo Adicional de

Implementação que permite a participação de Partes não pertencentes ao

Anexo I (países em desenvolvimento), como o Brasil.

O MDL é o único Mecanismo Adicional de Implementação ou

de Flexibilização que permite a participação de Partes não

pertencentes ao Anexo I, como o Brasil, Índia e China.

É uma forma de permitir que países desenvolvidos (Anexo I)

cumpram suas metas, investindo em projetos sustentáveis (MDL)

em países em desenvolvimento (Não Anexo I).

A obtenção de “créditos de carbono” ou Reduções Certificadas de

Emissões (RCEs) é a ferramenta financeira que operacionaliza este

instrumento.

A ideia consiste em que um projeto gere, ao ser implantado, um

benefício ambiental (redução de emissões de gases do efeito estufa - GEE

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ou remoção de CO2) na forma de um ativo financeiro, transacionável,

denominado Reduções Certificadas de Emissões (RCEs).

Tais projetos devem implicar reduções de emissões adicionais

àquelas que ocorreriam na ausência do projeto registrado como MDL,

garantindo benefícios reais, mensuráveis e de longo prazo para a

mitigação da mudança global do clima, nos termos do Artigo 12 do

Protocolo de Kyoto.

Verifica-se que tal mecanismo é uma iniciativa voluntária e por

intermédio do MDL, os países em desenvolvimento continuarão a se

desenvolver, de forma sustentável, combatendo a pobreza e contribuindo,

ao mesmo tempo, para o esforço global de mitigação do efeito estufa.

Esse instrumento econômico visa facilitar o cumprimento das

metas dos países no Anexo I, pois muitas vezes a redução ou remoção

fora das suas fronteiras nacionais tem menor custo. As Partes não-Anexo

I são nações em desenvolvimento e não possuem metas de redução,

como é o caso do Brasil.

Dessa forma o objetivo do mecanismo de desenvolvimento limpo

deve ser assistir às Partes não incluídas no Anexo I para que atinjam o

desenvolvimento sustentável e contribuam para o objetivo final da

Convenção, e assistir às Partes incluídas no Anexo I para que cumpram

seus compromissos quantificados de limitação e redução de emissões.

Resumo da história. O Protocolo é composto de duas Partes: Anexo

I e Não Anexo I.

No Anexo I estão os países desenvolvidos, que possuem metas.

No Não Anexo I estão os países em desenvolvimento, como Brasil,

Índia e China, que não possuem metas obrigatórias de redução de gases

de efeito estufa. Embora os países em desenvolvimento (Não Anexo

I) não tenham obrigações de cumprir metas segundo regras do

Protocolo, podem voluntariamente estipular planos para reduzir suas

emissões, assim como fez o Brasil ao adotar o compromisso nacional

voluntário de reduzir entre 36,1% e 38,9% suas emissões

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projetadas até 2020 para alcançar os objetivos da Política

Nacional de Mudança do Clima (PNMC).

Importante ressaltar que os Estados Unidos, um dos maiores

emissores de CO2 do planeta, nunca ratificaram o acordo, alegando

possíveis prejuízos financeiros. (Essa informação é muito cobrada em

prova).

Conheçam alguns tipos de projetos aceitos:

Substituição de combustível fóssil (Petróleo, carvão, dísel) por

fontes renováveis (biomassa, energia eólica, pequenas e médias

hidroelétricas, energia solar)

Captura de gás em aterro sanitário

Serviços urbanos mais eficientes

Tratamento de dejetos suínos e reaproveitamento de biogás

Compostagem de resíduos sólidos urbanos

Geração de metano a partir de resíduos orgânicos

(biogasificação)

Pirólise de resíduos

Racionalização de energia

Florestamento e reflorestamento em áreas degradadas

Podem participar de uma atividade de projeto de MDL entidades

públicas, privadas e parcerias público-privadas das Partes no

Anexo I e das Partes não-Anexo I, desde que devidamente

autorizadas pelos respectivos países. Além disso, a participação entidades

privadas e/ou públicas e deve sujeitar-se a qualquer orientação que possa

ser dada pelo conselho executivo do mecanismo de desenvolvimento

limpo.

A redução de emissões de GEE e/ou o aumento de remoções de CO2

decorrentes da atividade de projeto são medidas em toneladas de dióxido

de carbono equivalente. Cada tonelada de CO2 equivalente reduzida ou

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removida da atmosfera, devidamente verificada, corresponde a uma

unidade emitida pelo Conselho Executivo do MDL, denominada de

Redução Certificada de Emissão (RCE).

As RCEs podem ser utilizadas pelas Partes no Anexo I que tenham

ratificado o Protocolo de Kyoto como parte do cumprimento de suas

obrigações quantificadas de redução ou limitação de emissões de GEE.

Assim, o MDL permite que uma Parte com metas no âmbito do Protocolo

cumpra parcela de suas metas a um custo mais baixo e, ao mesmo

tempo, invista em Partes não-Anexo I, contribuindo para o

desenvolvimento sustentável desses países.

Embora, seja conhecido como mercado de carbono, todos os gases

do efeito estufa listados no Protocolo são considerados e para isso utiliza-

se o GWP, sigla em inglês que quer dizer Potencial de Aquecimento Global

e é utilizado como parâmetro definido pelo Painel Intergovernamental de

Mudanças do Clima (IPCC), utilizando o dióxido de carbono como base

(CO2 equivalente), para comparar o efeito dos diferentes gases na

ampliação do efeito estufa.

Veja como foi cobrado em prova:

(CESPE / UnB – Técnico Ambiental – ICMBio – 2014)

O potencial de aquecimento global (global warming potential)

mede como determinada quantidade de gás do efeito estufa

contribui para o aquecimento global. É uma medida relativa que

compara o gás em questão com a mesma quantidade de dióxido

de carbono, calculado sobre um intervalo de tempo específico.

Certo.

Proteção de áreas de florestas nativas ou desmatamento evitado

não são projetos MDL e portanto não podem requerer RCEs.

E sabem por quê?

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Porque os projetos devem necessariamente significar reduções de

emissões de gases do efeito estufa adicionais àquelas que ocorreriam

naturalmente na ausência do projeto MDL. É o que o protocolo chama de

adicionalidade.

Assim, de acordo com o Protocolo, não basta alguém chegar e

manter uma área de preservação permanente (APP) intácta, pois essa já

é uma obrigação por lei e mesmo sem o MDL ela deveria ser preservada e

já produziria benefícios independentemente do projeto. Nesse caso não

seria uma redução adicional de emissões.

Agora, um projeto de florestamento de áreas degradadas poderia

ser aprovado como MDL, uma vez que houve uma redução adicional de

CO2 da atmosfera pela fotossíntese das árvores que antes não existiam.

Para calcular essa adicionalidade é utilizada a Linha de Base, um

cenário que representa de forma razoável as emissões antrópicas por

fontes de GEE que ocorreriam na ausência da atividade de projeto

proposta. A remoção ou redução de gases pela atividade do projeto de

MDL será calculado a partir dessa linha de base estabelecida.

Assim, a partir da comprovação de adicionalidade do projeto serão

gerados créditos de carbono a serem utilizados pelos países do Anexo I

que investiram no MDL, no intuito de cumprirem as suas metas de

redução.

Lembrem-se dos pilares do MDL:

Participação voluntária aprovada por cada Parte envolvida;

Benefícios reais, mensuráveis e de longo prazo relacionados

com a mitigação da mudança do clima, e

Reduções de emissões que sejam adicionais às que

ocorreriam na ausência da atividade certificada de projeto.

Resumindo o MDL:

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Fonte: Elaborada pelo autor.

O ciclo do processo do MDL pode ser dividido em sete etapas:

1. Preparação (elaboração) do Documento de Concepção do Projeto

(DCP);

(Antes de um desenvolvedor submeter a um projeto para a validação, ele

precisa preparar o chamado Documento de Concepção do Projeto (DCP).

O DCP é uma espécie de lista pré-formatada que o desenvolvedor do

projeto deve completar, mostrando o desenho do projeto e como ele

atende aos requisitos de validação do MDL. É o documento principal que o

validador irá avaliar para decidir se aprova o projeto)

a. Consulta das partes interessadas locais;

b. Avaliação de Impacto Ambiental (AIA);

c. Metodologias para estimar a linha de base;

d. Demonstração da adicionalidade.

2. Obtendo a aprovação de cada país envolvido;

3. Validação e o período de 30 dias para consulta pública;

4. Registro pelo Conselho Executivo do MDL;

5. Monitoramento de reduções de emissões;

(Uma vez que um projeto é registrado, o desenvolvedor começa a

monitorar a redução de emissões de acordo com o plano de

monitoramento descrito no DCP. Os operadores do projeto devem coletar

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e arquivar todos os dados relevantes necessários para calcular as

reduções de emissões, o número de créditos e escrever um relatório de

monitoramento).

6. Verificação, certificação e emissão de créditos de redução de emissões;

7. Renovação do período de crédito.

Implementação Conjunta

Agora vamos estudar outro mecanismo de flexibilização ou

implementação. Assim como o MDL, a Implementação Conjunta (IC ou

JI em inglês) é um dos 3 mecanismos de flexibilização do Protocolo de

Kyoto criado com o objetivo de ajudar os países a cumprirem as metas de

redução de gases do efeito estufa (GEE).

Este mecanismo permite a um país que possui limites de emissões

de GEE desenvolver um projeto de remoção de emissões em outro país

também desenvolvido, ficando assim com os créditos de carbono, aqui

chamados de Unidades de Emissão Reduzida (ERUs - Emission Reduction

Units).

Assim, os países que investem podem economizar, focando em

locais onde os custos são menores. Enquanto que os que hospedam os

projetos se beneficiam com os investimentos estrangeiros e transferência

de tecnologias.

O processo de aprovação de projetos de IC é mais longo e

complicado do que no MDL. No MDL, o procedimento de emissão dos

créditos de carbono é feito por um órgão da ONU, que não subtrai o que

foi reduzido com o projeto das emissões totais do país, uma vez que estes

não têm metas de redução dentro do Protocolo de Kyoto.

Como os países que hospedam IC têm metas, as reduções

devem ser subtraídas do total de emissões designadas. Os países

hospedeiros então transferem as Unidades de Quantidade Designadas do

registro nacional de carbono para o país que implementou o projeto em

conjunto.

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Comércio de Emissões

Por fim temos o Comércio de Emissões que é um mecanismo de

flexibilização previsto no artigo 17 do Protocolo de Kyoto pelo qual os

países compromissados com a redução de emissões de GEE podem

negociar o excedente das metas de emissões entre si. Este mecanismo

permite que países que não alcancem a sua meta de redução possam

utilizar o excedente de redução de outro país.

Vejam abaixo o esquema com os 3 mecanismos de flexibilização ou

implementação propostos pelo Protocolo de Kyoto:

Mecanismos de Implementação do Protocolo de Kyoto

Fonte: Elaborada pelo autor.

Mecanismos de Implementação

MDL

Países desenvolvidos

(Anexo I)

se beneficiam das reduções de emissões

dos países em desenvolvimento

(Não Anexo I)

Implementação

Conjunta

Países com metas realizam juntos

projetos de redução de emissões.

Comércio de Emissões

Permite que um país compre do outro

cotas de redução de emissões

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Resumindo o Protocolo de Quioto

O Protocolo definiu o enquadramento jurídico da Convenção Quadro

através de diferentes abordagens:

1. Estabeleceu para cada uma das Partes, constantes do Anexo B,

limites juridicamente vinculantes para as emissões de GEE, e definidos

em termos de percentagem do valor das emissões totais de GEE (em

toneladas de CO2eq) relativo ao ano base de referência de 1990;

2. Previu um conjunto de medidas para a redução global das

emissões de gases de GEE e para a implementação da cooperação entre

as Partes;

3. Definiu mecanismos de flexibilidade com vista a minimizar os

custos financeiros envolvidos com a contenção de emissões, a saber:

3.1. Mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL, em português e

CDM – Clean Development Mechanism, em inglês) Artigos 3º e 12º do

Protocolo. Este instrumento aplica-se à criação de projetos em parceria de

países desenvolvidos com países em vias de desenvolvimento, que

resultem em reduções efetivas de emissões de GEE e que tragam

benefício a ambos os países. O CDM garante, às Partes do Anexo B que

financiaram projetos nos países em vias de desenvolvimento, a concessão

de reduções certificadas de emissão (CER - Certified Emission Reduction)

de GEE (em kg de CO2eq) equiparadas às reduções de GEE conseguidas

através desse projeto.

3.2. Mecanismo de implementação conjunta (JI – Joint

Implementation) Artigo 6º do Protocolo. Este mecanismo permite que

uma Parte do Anexo B do Protocolo obtenha unidades de redução de

emissões (ERU – Emition Reduction Units) de GEE através da realização

de projetos noutra Parte do Anexo B e que resultem na redução efetiva

das emissões de GEE.

3.3. Comércio de emissões (ETS – Emission Trading System)

Artigos 3º e 17º do Protocolo. Este mecanismo permite a transferência ou

a aquisição de unidades de quantidade de emissão de GEE atribuída (AAU

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– Assigned Amount Unit) entre diferentes Partes do Anexo B do Protocolo

com o objetivo de facilitar o cumprimento dos níveis de compromisso

assumidos no Protocolo por cada Parte.

A implementação do Protocolo de Kyoto foi bastante complexa, quer

pela sua abrangência, quer pelas dificuldades de estabelecimento dos

mecanismos de flexibilidade que preconiza, mas, acima de tudo, foi

também complexa pelas negociações políticas envolvidas com alguns

países. Por esta razão, o Protocolo só entrou em vigor em 2005, quando a

ratificação pela Federação Russa completou o valor necessário de 55% do

volume total das emissões previstas no Protocolo imprescindíveis para

validar a sua entrada em vigor.

A vigência do Protocolo de Kyoto terminou a 31 de dezembro de

2012 e as negociações de preparação para o prolongamento do Protocolo

e, posteriormente, para a criação de um novo acordo internacional,

tiveram início em 2005, em Montreal, com a criação do Grupo de Trabalho

Ad-hoc para a Criação de Compromissos Adicionais no Protocolo de Kyoto

- AWG-KP (Ad Hoc Working Group on Further Commitments for Annex I

Parties under the Kyoto Protocol (AWG-KP)). O foco principal das

negociações desenvolvidas por este Grupo de Trabalho AWG-KP residiu na

definição sobre o rumo a tomar no final do 1º período de compromisso do

Protocolo de Kyoto, ou seja, sobre a decisão de prolongar o Protocolo de

Kyoto após 2012 ou substitui-lo por outro acordo internacional.

Só em 2011, na Conferência das Partes em Durban (África do Sul)

foi finalmente tomada a decisão sobre o prolongamento do Protocolo de

Kyoto após 2012 (UNFCCC - CMP 2012).

Em dezembro de 2012, em Doha (Qatar), o Protocolo de Kyoto foi

revisto com as alterações que constam do documento “Revisão de Doha”

- Doha Amendment (United Nations Framework Convention on Climate

Change 2012), quantificando limites e/ou redução das emissões de GEE

para cada país e para o período de 2013 a 2020. No entanto, esta Revisão

de Doha foi subscrita, apenas, pela grande maioria dos países europeus

(todos os países pertencentes à União Europeia estão, obviamente,

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incluídos), pela Ucrânia, pelo Kazaquistão e pela Austrália. Países

desenvolvidos como o Canadá, o Japão, a Nova Zelândia e até a

Federação Russa e que eram Partes do Protocolo de Kyoto, tendo

assumido compromissos quantificados no período 2008-2012, declararam

não ter intenções de assumir qualquer tipo de compromisso de redução

das emissões de GEE sob a Revisão de Doha. Adicionalmente, o Canadá

retirou-se do Protocolo de Kyoto em dezembro de 2012, antes ainda do

seu término.

A 21ª Conferência do Clima (COP 21), realizada em

dezembro de 2015, em Paris, teve como principal objetivo

costurar um novo acordo entre os países para reduzir a emissão

de gases de efeito estufa, diminuindo o aquecimento global. Já a

COP 22, no final de 2016, deu continuidade ao debate e buscou

formas de implementar as propostas da COP anterior.

Rio + 10

No ano de 2002 ocorreu a Conferência de Johanesburgo, na

África do Sul, que procurou a adoção de medidas concretas e

identificações de metas quantificáveis para por em ação de forma

concreta a Agenda 21.

Foram avaliados os avanços obtidos e ampliadas as finalidades

para as chamadas “metas do milênio” que visavam, além de garantia da

sustentabilidade ambiental, a erradicação da fome e a miséria, o alcance

de educação primária com iguais oportunidades para homens e mulheres,

a redução da mortalidade infantil, com especial enfoque ao combate à

AIDS e malária, o desenvolvimento de uma parceria global para o

desenvolvimento que inclua sistemas internacionais de comércio e

financiamento não discriminatórios e que atendesse às necessidades

especiais de países em desenvolvimento, aliviando suas dívidas externas,

provendo trabalho aos jovens e acesso a remédios e tecnologia.

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Os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM)

Foram estabelecidos em 2000 pela ONU e são oito:

• Erradicar a pobreza extrema e a fome

• Atingir o ensino básico universal

• Promover igualdade entre os sexos e autonomia das mulheres

• Reduzir a mortalidade na infância

• Melhorar a saúde materna

• Combater o HIV, a malária e outras doenças

• Garantir a sustentabilidade ambiental

• Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento

A partir dessas “metas do milênio” pode-se identificar claramente a

necessidade cada vez mais urgente de aproximar o estudo dos direitos

humanos com o meio ambiente, sem deixar de abordar também a

questão do desenvolvimento.

Isso porque a proteção do meio ambiente está intimamente ligada

com a proteção da pessoa humana, na medida em que não se pode

imaginar o exercício dos direitos humanos sem que exista um ambiente

sadio e que propicie o bem-estar para o desenvolvimento pleno e digno

para todos.

Apesar da avaliação realista produzida em Nova York (Rio+5),

pouca coisa mudou nos cinco anos seguintes (Rio+10).

RIO +20

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento

Sustentável, a Rio+20, ocorreu entre os dias 13 a 22 de junho de

2012, na cidade do Rio de Janeiro. A Rio+20 é assim conhecida porque

marca os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas

sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92) e foi convocada com o

objetivo de definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as

próximas décadas.

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O escopo da Conferência é a renovação do compromisso político

com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso

e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais

cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.

A Conferência abordou dois temas principais:

1 - A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável

e da erradicação da pobreza

O desenvolvimento sustentável enfatiza uma abordagem holística,

equitativa na tomada de decisões em todos os níveis. Busca a

integração equilibrada dos objetivos sociais, econômicos e ambientais,

tanto no setor público quanto privado.

O conceito de economia verde concentra-se principalmente na

intersecção entre o ambiente e a economia. Designa um modelo de

desenvolvimento baseado em baixa emissão de carbono, eficiência no uso

dos recursos e inclusão social. Resulta em melhoria do bem-estar da

humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz

significativamente riscos ambientais e escassez ecológica.

2 - A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável

(Governança Ambiental e Governança do Desenvolvimento

Sustentável)

Os debates sobre o tema da governança no processo preparatório

da Rio+20 têm ocorrido sob dois enfoques:

• Governança ambiental: busca por uma nova configuração

institucional no âmbito da ONU que promova sinergia e eficácia na

implementação dos acordos ambientais multilaterais, conhecidos em

inglês como multilateral environmental agreements (MEAs), e, por

meio deles e de melhor articulação das atividades de órgãos da ONU e

dos países, restaurar e conservar a integridade ambiental no planeta .

• Governança do Desenvolvimento Sustentável: inserir a perspectiva

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de Desenvolvimento Sustentável no coração decisório das Nações Unidas

de modo que o tema, nas suas três dimensões principais (social,

econômica e ambiental) seja tratado de fato como transversal nas

estratégias nacionais e internacionais de desenvolvimento.

Resultados da Rio+20

Os resultados da Rio+20 não foram os esperados. Os impasses,

principalmente, entre os interesses dos países desenvolvidos e em

desenvolvimento acabaram por frustrar as expectativas para o

desenvolvimento sustentável do planeta.

O texto da Rio+20 “O Futuro que queremos” considerado

conservador pelos negociadores europeus que participaram da

Conferência não especifica claramente quais são os objetivos de

desenvolvimento sustentável que o mundo deve perseguir, nem quanto

deve ser investido para alcançá-los, e muito menos quem irá, de fato,

financiar as ações de sustentabilidade. O que o documento propõe são

planos, intenções para que esses objetivos sejam definidos num futuro

próximo.

A meta da erradicação da pobreza, presente nos Princípios da Rio

92 e nos Objetivos do Milênio está elencada como um dos maiores

desafios e um dos compromissos das nações assumidos na Rio+20.

Outros assuntos tratados no texto da Rio+20 foram o

fortalecimento do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio

Ambiente); além do uso sustentável e a preservação da biodiversidade

dos mares.

Os princípios da Conferência do Rio/92 foram reafirmados, assim

como os documentos assinados durante a conferência de 1992. O

princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas é afirmado

em contexto amplo, superando a barragem que os países desenvolvidos

fizeram durante as negociações, ao terem desejado que apenas valesse

na discussão sobre o clima.

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Embora, boa parte da sociedade envolvida tenha considerado fraco

o resultado da Rio + 20, espera-se que ocorra uma evolução nos debates

ambientais nos próximos anos e o início de uma série de processos de

negociação para o fortalecimento e implementação do desenvolvimento

sustentável.

COP 21 – Paris - 2015

A COP (Conferência das Partes) é um espaço de tomada de decisão

para os Estados signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas

sobre a Mudança do Clima (UNFCCC, abreviação do inglês para United

Nations Framework Convention on Climate Change). A conferência ocorre

anualmente, a cada ano em um país. A de Paris é o 21° encontro

realizado pelo grupo.

A COP 21 foi uma ampla negociação diplomática internacional, com

vistas a um entendimento entre os países sobre o futuro do clima.

Na COP3, foi firmado protocolo de Kyoto, pelo qual os países

desenvolvidos se comprometeram a reduzir suas emissões de gases de

efeito estufa.

O que foi discutido em Paris foi a assinatura de um acordo para

substituir o protocolo de Kyoto. Desta maneira, espera-se evitar que o

aumento da temperatura média do planeta ultrapasse os 2°C,

considerado o “limite de segurança” além do qual os efeitos das

mudanças climáticas seriam irreversíveis. Essa temperatura foi

estabelecida pelo painel de cientistas da ONU que analisam esse tema, o

IPCC (Painel Intergovernamental sobre mudanças Climáticas).

O ponto central do chamado Acordo de Paris, que valerá a partir de

2020, é a obrigação de participação de todas as nações - e não apenas

países ricos - no combate às mudanças climáticas. Ao todo, 195 países

membros da Convenção do Clima da ONU e a União Europeia ratificaram

o documento.

Uma das críticas dos ambientalistas, é que o documento não traz

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menções concretas, pois as metas serão voluntárias e cada nação deverá

cumprir suas metas nacionais, que seguem o que cada governo considera

viável considerando o cenário social e econômico local.

COP 22 – Marrakech - 2016

A 22ª Conferência das Partes (COP 22) sobre mudança do clima

ocorreu no final de 2016 em Marrakech, Marrocos, com atenção especial

às populações mais expostas aos efeitos do aumento da temperatura

média global (áreas mais suscetíveis a eventos climáticos, ou seja, mais

vulneráveis.).

O principal objetivo da Conferência foi regulamentar o Acordo de

Paris, concluído no fim de 2015 e já em vigor.

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Linha do tempo de eventos ambientais no Mundo:

1962 - Publicação nos Estados Unidos de Primavera Silenciosa, de

Rachel Carson, que denuncia os malefícios dos agrotóxicos à saúde

humana e à vida selvagem. O livro levou o governo norte-americano a

banir o inseticida DDT em 1972.

1972 - Clube de Roma publica Limites do Crescimento. O relatório

provoca controvérsia ao associar o crescimento econômico ao

esgotamento dos recursos naturais.

1972 - ONU realiza a Conferência sobre Meio Ambiente Humano, em

Estocolmo, na Suécia.

1974 - Os cientistas Mario Molina e Frank Sherwood Rowland mostram

que os clorofluorcarbonos (CFCs) danificam a camada de ozônio em artigo

na revista Nature.

1975 - Entra em vigor a Convenção sobre o Comércio Internacional

de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção

(Cites).

1982 - Adoção da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

O tratado só passaria a vigorar em novembro de 1994.

1985 - Cientistas britânicos publicam carta na Nature comunicando

descoberta do buraco na camada de ozônio sobre a Antártida.

1986 - Explosão em reator da estação nuclear de Chernobyl na Ucrânia

(na época, parte da então União Soviética) espalha nuvem radioativa pela

Europa. O maior acidente nuclear de todos os tempos.

1987 - Nosso Futuro Comum (Relatório Brundtland) populariza a

expressão “Desenvolvimento Sustentável” e lança as bases para a Rio

92.

1987 - Adoção do Protocolo de Montreal, que inicia o controle de

CFCs e outras substâncias químicas que danificam a camada de

ozônio.

1992 - Cúpula da Terra, Eco 92, Rio 92, ou Conferência das Nações

Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento acontece na

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cidade do Rio de Janeiro.

1993 - Acontece em Viena (Áustria) a Conferência Mundial sobre Direitos

Humanos.

2002 - Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+10,

aprova em Johanesburgo, na África do Sul, plano para implementar os

compromissos da Rio-92.

2005 - Adotado em dezembro de 1997, o Protocolo de Kyoto passa a

vigorar, obrigando os países industrializados a cortar em 5,2%, em

média, suas emissões de gases-estufa em relação aos níveis de 1990.

2007 - IPCC lança a primeira parte do 4º Relatório de Avaliação, que

afirma ser muito provável que a maior parte do aumento na

temperatura global é devida ao aumento nas concentrações

atmosféricas de gases-estufa emitidos por atividades humanas.

2008: Crises alimentar, energética e financeira convergem, provocando

recessão econômica. Incentivos a tecnologias verdes são incluídos nos

pacotes de estímulo econômico anticrise.

2008: Acontecimento inédito na história da humanidade, a população

urbana ultrapassa a das zonas rurais.

2009 - A 15ª Conferência das Partes da Convenção sobre Mudanças

Climáticas (COP-15), realizada em Copenhague.

2010 - A aprovação do Protocolo de Nagoya sobre acesso aos recursos

genéticos e repartição de benefícios foi o destaque da 10ª Conferência

das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-10), no Japão.

2012 - Rio de Janeiro sedia a Conferência das Nações Unidas sobre

Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

2013 - COP 19 foi realizada em Varsóvia, na Polônia.

2014 – COP 20 em Lima, no Peru.

2015 – COP 21 em Paris, na França.

2016 – COP 22 em Marrakech, no Marrocos.

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Lista com os Principais Tratados Ambientais:

1959 Tratado Antártico: Utilização da Antártica para fins pacíficos.

1969 Convenção Internacional sobre Responsabilidade Civil por Danos

Causados por Poluição por Óleo.

1971 (emendada em 1982) Convenção Relativa às Áreas Úmidas de

Importância Internacional (RAMSAR) Proteção das áreas úmidas,

reconhecendo seu valor econômico, cultural, científico e recreativo.

1972 Convenção sobre Prevenção da Poluição Marítima por Navios e

Aeronaves Controle de despejos de substâncias nocivas.

1972 Estocolmo - Convenção das Nações Unidas sobre Meio

Ambiente Humano. Declaração de Princípios sobre Proteção do Meio

Ambiente.

1973 Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies de

Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES). Evitar a

exploração através do comércio internacional. Seus anexos relacionam

diferentes categorias de espécies ameaçadas.

1973 Convenção para Prevenção da Poluição do Mar por Navios

Preservação do meio ambiente marinho contra poluição por óleo e outras

substâncias, visando a diminuição do despejo incidental.

1978 Tratado de Cooperação Amazônica Promover o desenvolvimento

harmonioso e distribuição equitativa dos benefícios do desenvolvimento

entre as partes.

1979 Convenção para Proteção de Espécies Migratórias de Animais

Selvagens Proteção de animais que migram além das fronteiras nacionais.

1982 Convenção sobre Direito do Mar Estabelece o regime jurídico para

os mares e oceanos, bem como padrões de proteção e sanções contra a

poluição.

1983 Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,

sob a coordenação da Primeira-ministra da Noruega Gro Harlem

Brundtland. Essa comissão produziu um documento apresentado em

1987 "Nosso Futuro Comum" ou Relatório "Brundtland".

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1985 Tratado de Zona Livre de Elementos Nucleares do Pacífico Sul.

Estabelece zona livre de utilização de materiais nucleares.

1985 Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio

Proteção da saúde humana e do meio ambiente contra os efeitos nocivos

das alterações da camada de ozônio.

1986 Convenção sobre Breve Notificação a respeito de Acidentes

Nucleares Fornecimento de informações sobre acidentes de forma rápida

para minimização das consequências da radiação.

1987 Relatório "Nosso Futuro Comum" ou "Relatório Brundtland".

1987 (Emendas em 1990 e 1992) Protocolo de Montreal sobre as

Substâncias que destroem a Camada de Ozônio. Estabelece etapas

para a redução e proibição da manufatura e uso de substâncias

degradadoras da camada de ozônio, como CFC.

1989 Convenção sobre Controle de Movimentos Transfronteiriços

de Resíduos Perigosos (Convenção da Basiléia) Comercialização

internacional e depósitos de substâncias tóxicas.

1992 Rio 92. Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento; Carta de Princípios para um novo estilo de vida na

terra, proteção dos recursos naturais e busca do desenvolvimento

sustentável.

1992 Agenda 21. Diretrizes para o desenvolvimento sustentável a longo

prazo, a partir de temas prioritários, tais como: desmatamento, lixo,

clima, solo, desertos, água, biotecnologia, etc.

1992 Princípios para a Administração Sustentável das Florestas

Busca um consenso global sobre o manejo, conservação e

desenvolvimento sustentável das florestas.

1992 Convenção da Biodiversidade Conservação da

Biodiversidade, mantendo a maior variedade de organismos vivos,

comunidades e ecossistemas, para atender às presentes e futuras

gerações 1992 Convenção sobre Mudança do Clima Estabilizar as

emissões de gases efeito estufa num nível que evite graves intervenções

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com o sistema climático global e que permita o desenvolvimento

sustentável.

1994 Convenção Internacional de Combate à Desertificação nos

Países afetados por Desertificação e/ou Seca. Reconhece a

importância do combate à pobreza, da melhor distribuição dos benefícios

do desenvolvimento e do atendimento às necessidades de saúde e bem-

estar das populações afetadas pela desertificação.

1997 Protocolo de Kyoto

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Lista de questões (questões comentadas estão na sequência)

1 - (CESPE / UnB - Assembleia Legislativa/ES - 2011)

Fenômeno natural, o efeito estufa tem-se intensificado pela ação

do homem, o que acarreta sérias consequências para o meio

ambiente. Uma dessas consequências mais conhecidas é

a) o desmatamento descontrolado.

b) a intensificação das queimadas.

c) o aquecimento global.

d) a ampliação das geleiras.

e) a poluição dos mares e oceanos.

2 - (CESPE/UnB - SEAD-PA - Procurador - 2005)

Como acontece com qualquer tratado internacional importante, o

Protocolo de Kyoto somente entrou em vigor a partir do momento

em que todos os países integrantes da ONU o ratificaram.

3 - (CESPE/UnB - SEAD-PA - Procurador - 2005)

Há consenso de que, sendo uma criação dos homens em sua

ensandecida vontade de produzir mais e mais riquezas, o efeito

estufa não pode mais existir, sob pena de transformar a Terra em

um planeta gelado e sem condições de vida.

4 - (CESPE/UnB - SEAD-PA - Procurador - 2005)

Os EUA foram proibidos de participar do protocolo justamente por

serem, como afirma o texto, o “maior poluidor do planeta”.

5 - (CESPE / UnB - Cargos de Nível Superior - Conhecimentos

Básicos - TJ-ES - 2011)

O desmatamento na Amazônia representa apenas um décimo do

total da emissão de gases de efeito estufa no Brasil.

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6 – (CESPE/UnB - Procurador - DETRAN-PA - 2006)

A Amazônia brasileira pode ser entendida, em toda sua

complexidade, a partir da visão na qual a floresta é o único centro

da preocupação estratégica.

7 - (IF-SE - Analista - Tecnologia da Informação - 2010)

O Protocolo de Kyoto é um tratado internacional que prevê aos

países industrializados a redução de emissões de gases do efeito

estufa até 2012 para níveis 5% inferiores aos 1990. Sobre o

binômio meio ambiente e Protocolo de Kyoto.

O Protocolo de Kyoto entrou em vigor em 2005, inclusive com a

ratificação dos Estados Unidos.

8 - (IF-SE - Analista - Tecnologia da Informação - 2010)

O tratado não reconhece desigualdades de emissões dos gases do

efeito estufa entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos.

9 - (IF-SE - Analista - Tecnologia da Informação - 2010)

As emissões de gases de estufa associam-se exclusivamente ao

processo de industrialização mundial.

10 - (Cesgranrio - Técnico do Banco Central - BACEN - 2010)

O desenvolvimento sustentável planetário exige a criação de

medidas e parâmetros, para se negociar, mais concretamente, a

redução dos índices de poluição atmosférica. Uma dessas medidas

é o chamado CO2 e ou CO2 eq. A medida mencionada foi criada

para expressar, precisamente, a quantidade de gás carbônico

equivalente encontrada nos gases de efeito estufa.

11 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente - Petrobras -

2/2010)

Um dos elementos que constituem o Protocolo de Quioto é a

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possibilidade de utilização de mecanismos de mercado para que

os países desenvolvidos possam cumprir os compromissos

quantificados de redução e limitação de emissão de Gases de

Efeito Estufa (GEE). No caso do Brasil, a participação nesse

mercado ocorre por meio do Mecanismo de Desenvolvimento

Limpo (MDL), por ser o único mecanismo do Protocolo que admite

a participação voluntária de países em desenvolvimento.

O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Quioto

implica, para o Engenheiro Ambiental, reconhecer que o Protocolo

estabeleceu três Mecanismos Adicionais de Implementação,

compreendendo o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, o

Mecanismo de Depósito Subterrâneo e o Mecanismo de Redução

de Energia.

12 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente - Petrobras -

2/2010)

Os GEE listados no Anexo A do Protocolo de Quioto são: dióxido

de carbono (CO2); metano (CH4); monóxido de carbono (CO);

hexafluoreto de enxofre (SF6); dióxido de enxofre (SO2); e óxido

de nitrogênio (NOx).

13 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente - Petrobras -

2/2010)

Os projetos no âmbito do MDL devem reduzir as emissões de GEE,

ou promover a remoção de CO2, de forma adicional ao que

ocorreria na ausência da atividade de projeto registrada como

MDL.

14 - (Cesgranrio - Técnico Ambiental Jr - Petrobras 2/2010)

As Agendas 21 Nacionais têm como objetivo principal definir os

parâmetros estratégicos para o desenvolvimento sustentável, por

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meio do estabelecimento das prioridades nacionais e da

viabilização do uso sustentável dos recursos naturais. NÃO

corresponde a um dos eixos temáticos adotados pela Comissão de

Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional

(CPDS), para a elaboração da Agenda 21 Brasileira, a(s)

a) agricultura sustentável.

b) redução das desigualdades sociais.

c) infraestrutura e integração regional.

d) mudanças climáticas.

e) cidades sustentáveis.

15 - (Cesgranrio - Profissional Junior Formação Engenharia

Ambiental - Petrobras Distribuidora - 1/2011)

Como os Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) são

considerados em projetos de conservação de florestas?

a) Os MDL são considerados uma excelente aplicação, na

conservação de florestas, já que permitem que os países do

anexo 1 invistam nas florestas naturais restantes.

b) Os MDL, aplicados aos projetos de conservação de florestas,

garantem um retorno pequeno em emissões, mas, dependendo da

disponibilidade de opções, pode valer a pena para os países do

anexo A.

c) Nem todos os projetos de conservação de florestas podem ter

aplicações dos MDL, já que as florestas devem ter garantias de que

possuem vegetação primária, sendo algo difícil de provar.

d) O mercado de MDL não pode ser considerado para os projetos

de conservação florestal, já que o Protocolo de Kyoto não admite

seu uso para fins de estocagem de carbono.

e) O Protocolo de Kyoto ratificou o uso dos MDL pelo mercado

como uma opção importante para o longo prazo, ainda que no

curto prazo ele não seja interessante ao mercado.

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16 - (CESPE / UnB – Analista Ambiental – IBAMA - 2013) No que

se refere à Conferência Rio+20 e suas implicações para o meio

ambiente, julgue os seguintes itens.

Essa conferência foi marcada pela assinatura da Agenda 21, em

que vinte e sete princípios relativos ao desenvolvimento

sustentável foram assumidos por todos os Estados-membros

presentes.

17 - (CESPE / UnB – Técnico Ambiental – ICMBio – 2014)

O potencial de aquecimento global (global warming potential)

mede como determinada quantidade de gás do efeito estufa

contribui para o aquecimento global. É uma medida relativa que

compara o gás em questão com a mesma quantidade de dióxido

de carbono, calculado sobre um intervalo de tempo específico.

18 - (Amazul - Especialista em Desenvolvimento de Tecnologia

Nuclear - Engenheiro Ambiental/Tecnólogo – 2015)

Em 1992, foi elaborado o Relatório “Nosso Futuro Comum”, mais

conhecido como Relatório Brundtland, que formalizou o termo

desenvolvimento sustentável e o tornou de conhecimento público

mundial.

19 - (Cesgranrio - Profissional Júnior / Engenharia de Meio

Ambiente – Petrobras – 2015)

Uma das fases do Ciclo de Projeto de Mecanismo de

Desenvolvimento Limpo contempla um processo que inclui o

recolhimento e o armazenamento de todos os dados necessários

para calcular a redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (ou

remoções de CO2). Esse processo deve estar de acordo com o

plano estabelecido na metodologia indicada no Documento de

Concepção de Projeto registrado. Tal fase é denominada

(A) validação

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(B) aprovação

(C) registro

(D) monitoramento

(E) certificação

20 - (FCC – Técnico Legislativo – AL – SP – 2010)

O artigo 225 da Constituição Federal de 1988 incorpora a ideia de

desenvolvimento sustentável ao afirmar que todos têm direito a

um meio ambiente ecologicamente equilibrado como um bem de

uso comum que deve ser preservado e defendido para as gerações

presentes e futuras.

21 - (VUNESP - CÂMARA DE PIRASSUNUNGA/SP - ANALISTA

LEGISLATIVO – 2016)

A expectativa inicial da COP 21 é chegar a um acordo final para

A - frear o aquecimento global e impedir que a temperatura suba

mais de dois graus Celsius até o final do século XXI.

B - reduzir pela metade a emissão de gases do efeito estufa,

estancando o aquecimento global até o fim da década.

C- reduzir o desmatamento global a zero, contribuindo, com isso,

para a redução do impacto do aquecimento do planeta.

D - responsabilizar os países desenvolvidos pelo aquecimento

global, tolerando a emissão de poluentes por países em

desenvolvimento.

E – minimizar a queima de combustíveis fósseis, garantindo maior

uso de energias limpas e a redução da temperatura média global.

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Questão discursiva

22 – (Cesgranrio - Profissional Básico: Formação Engenharia -

BNDES – 2011)

O Protocolo de Quioto estabeleceu três Mecanismos Adicionais de

Implementação em complementação às medidas de redução de

emissão e remoção de gases de efeito estufa implementadas pelas

Partes no Anexo I.

Entre esses mecanismos, destaca-se o Mecanismo de

Desenvolvimento Limpo (MDL) como um instrumento econômico

que visa a facilitar o cumprimento das metas desse Protocolo.

Nessa perspectiva, descreva:

a) em que consiste o MDL.

b) o objetivo do MDL.

c) quem pode participar do MDL.

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Questões comentadas

1 - (CESPE / UnB - Assembleia Legislativa/ES - 2011)

Fenômeno natural, o efeito estufa tem-se intensificado pela ação

do homem, o que acarreta sérias consequências para o meio

ambiente. Uma dessas consequências mais conhecidas é

a) o desmatamento descontrolado.

b) a intensificação das queimadas.

c) o aquecimento global.

d) a ampliação das geleiras.

e) a poluição dos mares e oceanos.

Gabarito C

Cuidado com a interpretação dos enunciados. A questão quer uma

consequência da intensificação do efeito estufa.

Primeiro, precisa ficar claro que efeito estufa é um fenômeno

natural e imprescindível para a manutenção da vida na terra. O que se

busca é evitar a sua intensificação e o consequente aquecimento global,

esse sim um problema.

Desmatamento descontrolado, queimadas são causas e não

consequências.

Ampliação das geleiras é diferente de derretimento das geleiras.

A intensificação do efeito estufa não polui os mares e oceanos.

2 - (CESPE/UnB - SEAD-PA - Procurador - 2005)

Como acontece com qualquer tratado internacional importante, o

Protocolo de Kyoto somente entrou em vigor a partir do momento

em que todos os países integrantes da ONU o ratificaram.

Errado.

Não dependia da entrada de todos os participantes da ONU. Para

entrar em vigor, o protocolo dependia da ratificação de, no mínimo, 55

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países, incluindo os países desenvolvidos responsáveis por pelo menos

55% das emissões de gases do efeito estufa (GEE).

Isso ocorreu em 2005, após a ratificação pela Federação Russa no

final de 2004.

3 - (CESPE/UnB - SEAD-PA - Procurador - 2005)

Há consenso de que, sendo uma criação dos homens em sua

ensandecida vontade de produzir mais e mais riquezas, o efeito

estufa não pode mais existir, sob pena de transformar a Terra em

um planeta gelado e sem condições de vida.

Errado. O item está errado, pois o efeito estufa deve existir! A questão

afirma o contrário, embora tenha apresentado uma justificativa correta.

Novamente, repito: o problema é o aquecimento global, resultado do

excesso de emissões de gases do efeito estufa na atmosfera.

4 - (CESPE/UnB - SEAD-PA - Procurador – 2005 - Adaptada)

Os EUA foram proibidos de participar do protocolo justamente por

serem o “maior poluidor do planeta”.

Errado. Justamente por ser o maior poluidor é que os EUA deveriam

participar do Protocolo de Kyoto. O que nunca correu, sob a alegação de

possíveis prejuízos econômicos.

5 - (CESPE / UnB - Cargos de Nível Superior - Conhecimentos

Básicos - TJ-ES - 2011)

O desmatamento na Amazônia representa apenas um décimo do

total da emissão de gases de efeito estufa no Brasil.

Errado.

No caso do Brasil, a principal fonte de emissão de CO2 é a

destruição da vegetação natural, com destaque para o desmatamento na

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Amazônia e as queimadas no cerrado, englobadas na atividade “mudança

no uso da terra e florestas”. Esta atividade responde por mais de 75%

das emissões brasileiras de CO2, sendo a responsável por colocar o Brasil

entre os dez maiores emissores.

Interessante notar que ocorre o inverso quando analisamos as

principais fontes de emissões no mundo. 70 % das emissões de CO2 em

todo o planeta são causadas principalmente por queima de combustíveis

fósseis (petróleo, carvão mineral, gás) e 30% por mudança no uso da

terra (desmatamento e queimadas).

6 – (CESPE/UnB - Procurador - DETRAN-PA - 2006)

A Amazônia brasileira pode ser entendida, em toda sua

complexidade, a partir da visão na qual a floresta é o único centro

da preocupação estratégica.

Errado. Quando vocês virem uma questão reduzindo ou limitando demais

uma afirmação, muito provavelmente estará errado.

O Brasil é o país com a maior superfície de florestas tropicais do

globo. A Amazônia se estende por nove países: Bolívia, Brasil, Colômbia,

Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname, e Venezuela. Vale

dizer que a Amazônia brasileira possui 11.248 km de fronteiras

internacionais e 1.482 Km de costa. Será que a floresta é a única

preocupação?

A Amazônia é um bioma extremamente complexo, que não se limita

apenas à floresta, já pensaram na diversidade genética, nos povos

indígenas, no conhecimento tradicional, na biodiversidade de

invertebrados, de peixes, aves, anfíbios e répteis, mamíferos,

microrganismos?

Sem falar nos recursos hídricos, minerais, fármacos. Além disso

ainda temos toda a população dessa região e a sua cultura.

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Enfim, os interesses estratégicos vão muito além da visão de que a

floresta é o único centro de preocupação, atingem interesses políticos,

estratégicos, ambientais entre outros.

7 - (IF-SE - Analista - Tecnologia da Informação - 2010)

O Protocolo de Kyoto é um tratado internacional que prevê aos

países industrializados a redução de emissões de gases do efeito

estufa até 2012 para níveis 5% inferiores aos de 1990. Sobre o

binômio meio ambiente e Protocolo de Kyoto.

O Protocolo de Kyoto entrou em vigor em 2005, inclusive com a

ratificação dos Estados Unidos.

Errado. Novamente!!! Os Estados Unidos nunca ratificaram o Protocolo

de Kyoto. O acordo entrou em vigor em 2005 com a adesão da Rússia.

8 - (IF-SE - Analista - Tecnologia da Informação - 2010)

O tratado não reconhece desigualdades de emissões dos gases do

efeito estufa entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos.

Errado. Reconhece sim. Os países são divididos em 2 partes. Anexo I

(Desenvolvidos) e Não Anexo I (Em desenvolvimento). Além disso, as

metas (percentual de redução das emissões) dos países são diferentes,

sendo a média de 5,2%.

9 - (IF-SE - Analista - Tecnologia da Informação - 2010)

As emissões de gases de estufa associam-se exclusivamente ao

processo de industrialização mundial.

Errado. Existem outras fontes e não são exclusivas de processo

industrial. As emissões consideradas são as geradas por atividades

humanas (antrópicas) no setor energético, em processos industriais, no

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uso de solventes, no setor agropecuário, incluindo criação de gado, arroz

irrigado, queimadas, desmatamentos, e no tratamento de resíduos.

10 - (Cesgranrio - Técnico do Banco Central - BACEN - 2010)

O desenvolvimento sustentável planetário exige a criação de

medidas e parâmetros, para se negociar, mais concretamente, a

redução dos índices de poluição atmosférica. Uma dessas medidas

é o chamado CO2 e ou CO2 eq. A medida mencionada foi criada

para expressar, precisamente, a quantidade de gás carbônico

equivalente encontrada nos gases de efeito estufa.

Certo.

O Potencial de Aquecimento Global é utilizado como parâmetro definido

pelo Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC), utilizando

o dióxido de carbono como base (CO2 equivalente), para comparar o

efeito dos diferentes gases na ampliação do efeito estufa.

11 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente - Petrobras -

2/2010)

Um dos elementos que constituem o Protocolo de Quioto é a

possibilidade de utilização de mecanismos de mercado para que

os países desenvolvidos possam cumprir os compromissos

quantificados de redução e limitação de emissão de Gases de

Efeito Estufa (GEE). No caso do Brasil, a participação nesse

mercado ocorre por meio do Mecanismo de Desenvolvimento

Limpo (MDL), por ser o único mecanismo do Protocolo que admite

a participação voluntária de países em desenvolvimento.

O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Quioto

implica, para o Engenheiro Ambiental, reconhecer que o Protocolo

estabeleceu três Mecanismos Adicionais de Implementação,

compreendendo o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, o

Mecanismo de Depósito Subterrâneo e o Mecanismo de Redução

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de Energia.

Errado. Os 3 mecanismos são: Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

(MDL), Implementação Conjunta e Comércio de emissões.

12 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente - Petrobras -

2/2010)

Os GEE listados no Anexo A do Protocolo de Quioto são: dióxido

de carbono (CO2); metano (CH4); monóxido de carbono (CO);

hexafluoreto de enxofre (SF6); dióxido de enxofre (SO2); e óxido

de nitrogênio (NOx).

Errado. Não há monóxido de carbono (CO); dióxido de enxofre (SO2); e

óxido de nitrogênio (NOx).

Os gases do efeito estufa (GEE), segundo o Protocolo de Kyoto são:

Dióxido de carbono (CO2)

Metano (CH4)

Óxido nitroso (N2O)

Hidrofluorcarbonos (HFC)

Perfluorcarbonos (PFC)

Hexafluoreto de enxofre (SF6)

13 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente - Petrobras -

2/2010)

Os projetos no âmbito do MDL devem reduzir as emissões de GEE,

ou promover a remoção de CO2, de forma adicional ao que

ocorreria na ausência da atividade de projeto registrada como

MDL.

Certo. Perfeito. É o conceito de ADICIONALIDADE. Um dos requisitos

para que o projeto de MDL seja aceito.

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14 - (Cesgranrio - Técnico Ambiental Jr - Petrobras 2/2010)

As Agendas 21 Nacionais têm como objetivo principal definir os

parâmetros estratégicos para o desenvolvimento sustentável, por

meio do estabelecimento das prioridades nacionais e da

viabilização do uso sustentável dos recursos naturais. NÃO

corresponde a um dos eixos temáticos adotados pela Comissão de

Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional

(CPDS), para a elaboração da Agenda 21 Brasileira, a(s)

a) agricultura sustentável.

b) redução das desigualdades sociais.

c) infraestrutura e integração regional.

d) mudanças climáticas.

e) cidades sustentáveis.

Gabarito D

Os seis eixos temáticos da Agenda 21 Brasileira são:

1. Gestão dos Recursos Naturais.

2. Agricultura Sustentável.

3. Cidades Sustentáveis.

4. Infraestrutura e Integração Regional.

5. Redução das Desigualdades Sociais.

6. Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentável.

15 - (Cesgranrio - Profissional Junior Formação Engenharia

Ambiental - Petrobras Distribuidora - 1/2011)

Como os Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) são

considerados em projetos de conservação de florestas?

a) Os MDL são considerados uma excelente aplicação, na

conservação de florestas, já que permitem que os países do

anexo 1 invistam nas florestas naturais restantes.

b) Os MDL, aplicados aos projetos de conservação de florestas,

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garantem um retorno pequeno em emissões, mas, dependendo da

disponibilidade de opções, pode valer a pena para os países do

anexo A.

c) Nem todos os projetos de conservação de florestas podem ter

aplicações dos MDL, já que as florestas devem ter garantias de que

possuem vegetação primária, sendo algo difícil de provar.

d) O mercado de MDL não pode ser considerado para os projetos

de conservação florestal, já que o Protocolo de Kyoto não admite

seu uso para fins de estocagem de carbono.

e) O Protocolo de Kyoto ratificou o uso dos MDL pelo mercado

como uma opção importante para o longo prazo, ainda que no

curto prazo ele não seja interessante ao mercado.

Gabarito D

Aplicação de um dos requisitos para aprovação do projeto de MDL,

a adicionalidade. Notem como se repete esse tipo de questão.

Os projetos devem necessariamente significar reduções de emissões

de gases do efeito estufa adicionais àquelas que ocorreriam naturalmente

na ausência do projeto MDL. Portanto, não pode ser incluído em projetos

de MDL a conservação de florestas nativas, pois não houve incremento

além do que já ocorreria com a manutenção da floresta.

Não foi objeto de cobrança da questão, mas a manutenção das

florestas seria aplicado no REDD (Redução de Emissões por

Desmatamento e Degradação). A ideia nesse caso é proporcionar

incentivos financeiros e apoio técnico àqueles que preservarem as

florestas, importantes sumidouros de carbono.

O Brasil tem grande interesse no REDD, pois pode receber recursos

para manter as suas florestas e contribuir para o equilíbrio climático de

todo o planeta. Assim, países mais ricos poderiam investir em países em

desenvolvimento que ainda possuem florestas nativas.

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TEMA 1: Licenciamento Ambiental Federal p/ Ibama (Analista Ambiental)

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O conceito de REDD já foi ampliado para REDD+, que inclui além

das reduções por desmatamento e degradação, o papel da conservação

florestal, do manejo florestal sustentável e do aumento dos estoques de

carbono.

A redução da emissão de gases de efeito estufa por meio de

projetos de desmatamento evitado e conservação florestal pretende ser

uma alternativa viável de mitigação às mudanças climáticas, além de

proporcionar outros benefícios como a conservação da biodiversidade, dos

recursos hídricos e a melhoria das condições de vida de populações

tradicionais.

Na COP-16, em Cancun, 2010, o mecanismo de REDD+ teve seu

conceito, diretrizes, salvaguardas e principais regras para a sua

implementação aprovadas no âmbito do Acordo de Cancun.

Ressalto que o REDD não está inserido no Protocolo de Kyoto. É um

mecanismo voluntário, que permite que países em desenvolvimento

obtenham recursos para tornar atrativo financeiramente a manutenção da

floresta em pé.

16 - (CESPE / UnB – Analista Ambiental – IBAMA - 2013)

No que se refere à Conferência Rio+20 e suas implicações para o

meio ambiente, julgue o seguinte item.

Essa conferência foi marcada pela assinatura da Agenda 21, em

que vinte e sete princípios relativos ao desenvolvimento

sustentável foram assumidos por todos os Estados-membros

presentes.

Errado. A Agenda 21 foi resultado da RIO 92.

17 - (CESPE / UnB – Técnico Ambiental – ICMBio – 2014)

O potencial de aquecimento global (global warming potential)

mede como determinada quantidade de gás do efeito estufa

contribui para o aquecimento global. É uma medida relativa que

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TEMA 1: Licenciamento Ambiental Federal p/ Ibama (Analista Ambiental)

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compara o gás em questão com a mesma quantidade de dióxido

de carbono, calculado sobre um intervalo de tempo específico.

Certo. O Potencial de Aquecimento Global (GWP - Global Warming

Potential) dos Gases do Efeito Estufa (GEEs) foi definido pelo IPCC

(Intergovernment Panel on Climate Change) para valorar a contribuição

diferenciada de cada um dos gases para o Efeito Estufa e para padronizar

o controle dos GEEs.

O GWP é uma medida relativa que compara o gás em questão com

a mesma quantidade de dióxido de carbono (cujo potencial é definido

como 1, sendo a base para comparação). O Potencial de Aquecimento

Global é calculado sobre um intervalo de tempo específico.

18 - (Amazul - Especialista em Desenvolvimento de Tecnologia

Nuclear - Engenheiro Ambiental/Tecnólogo – 2015)

Em 1992, foi elaborado o Relatório “Nosso Futuro Comum”, mais

conhecido como Relatório Brundtland, que formalizou o termo

desenvolvimento sustentável e o tornou de conhecimento público

mundial.

Errado. O Relatório “Nosso Futuro Comum”, mais conhecido como

Relatório Brundtland é de 1987.

19 - (Cesgranrio - Profissional Júnior / Engenharia de Meio

Ambiente – Petrobras – 2015)

Uma das fases do Ciclo de Projeto de Mecanismo de

Desenvolvimento Limpo contempla um processo que inclui o

recolhimento e o armazenamento de todos os dados necessários

para calcular a redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (ou

remoções de CO2). Esse processo deve estar de acordo com o

plano estabelecido na metodologia indicada no Documento de

Concepção de Projeto registrado. Tal fase é denominada

(A) validação

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TEMA 1: Licenciamento Ambiental Federal p/ Ibama (Analista Ambiental)

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(B) aprovação

(C) registro

(D) monitoramento

(E) certificação

Gabarito D

O ciclo do processo do MDL pode ser dividido em sete etapas:

1. Preparando o Documento de Concepção do Projeto (DCP)

(Antes de um desenvolvedor submeter a um projeto para a validação, ele

precisa preparar o chamado Documento de Concepção do Projeto (DCP).

O DCP é uma espécie de lista pré-formatada que o desenvolvedor do

projeto deve completar, mostrando o desenho do projeto e como ele

atende aos requisitos de validação do MDL. É o documento principal que o

validador irá avaliar para decidir se aprova o projeto)

a. Consulta das partes interessadas locais

b. Avaliação de Impacto Ambiental (AIA)

c. Metodologias para estimar a linha de base

d. Demonstração da adicionalidade

2. Obtendo a aprovação de cada país envolvido

3. Validação e o período de 30 dias para consulta pública

4. Registro pelo Conselho Executivo do MDL

5. Monitoramento de reduções de emissões

(Uma vez que um projeto é registrado, o desenvolvedor começa a

monitorar a redução de emissões de acordo com o plano de

monitoramento descrito no DCP. Os operadores do projeto devem coletar

e arquivar todos os dados relevantes necessários para calcular as

reduções de emissões, o número de créditos e escrever um relatório de

monitoramento. )

6. Verificação, certificação e emissão de créditos de redução de emissões.

7. Renovação do período de crédito.

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20 - (FCC – Técnico Legislativo – AL – SP – 2010)

O artigo 225 da Constituição Federal de 1988 incorpora a ideia de

desenvolvimento sustentável ao afirmar que todos têm direito a

um meio ambiente ecologicamente equilibrado como um bem de

uso comum que deve ser preservado e defendido para as gerações

presentes e futuras.

Correto. Perfeito! Consoante dispõe o artigo 225, da CF/88, todos têm

direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum

do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder

Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as

presentes e futuras gerações.

21 - (VUNESP - CÂMARA DE PIRASSUNUNGA/SP - ANALISTA

LEGISLATIVO – 2016)

A expectativa inicial da COP 21 é chegar a um acordo final para

A - frear o aquecimento global e impedir que a temperatura suba

mais de dois graus Celsius até o final do século XXI.

B - reduzir pela metade a emissão de gases do efeito estufa,

estancando o aquecimento global até o fim da década.

C- reduzir o desmatamento global a zero, contribuindo, com isso,

para a redução do impacto do aquecimento do planeta.

D - responsabilizar os países desenvolvidos pelo aquecimento

global, tolerando a emissão de poluentes por países em

desenvolvimento.

E – minimizar a queima de combustíveis fósseis, garantindo maior

uso de energias limpas e a redução da temperatura média global.

Gabarito: Letra A.

O objetivo da COP 21 foi costurar um novo acordo entre os países para

diminuir a emissão de gases de efeito estufa (GEE), diminuindo o

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aquecimento global e em consequência limitar o aumento da temperatura

global em 2ºC.

Questão discursiva

22 – (Cesgranrio - Profissional Básico: Formação Engenharia -

BNDES – 2011)

O Protocolo de Quioto estabeleceu três Mecanismos Adicionais de

Implementação em complementação às medidas de redução de

emissão e remoção de gases de efeito estufa implementadas pelas

Partes no Anexo I.

Entre esses mecanismos, destaca-se o Mecanismo de

Desenvolvimento Limpo (MDL) como um instrumento econômico

que visa a facilitar o cumprimento das metas desse Protocolo.

Nessa perspectiva, descreva:

a) em que consiste o MDL.

O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) consiste na

possibilidade de um país que tenha compromisso de redução de emissões

(países inseridos no Anexo I) adquirir Reduções Certificadas de Emissões

(RCEs), geradas por projetos implantados em países em desenvolvimento

(países não inseridos no Anexo I), como forma de cumprir parte de suas

obrigações quantificadas no âmbito do Protocolo.

A ideia consiste em que um projeto gere, ao ser implantado, um

benefício ambiental (redução de emissões de GEE ou remoção de CO2) na

forma de um ativo financeiro, transacionável, denominado Reduções

Certificadas de Emissões.

Tais projetos devem implicar reduções de emissões adicionais

àquelas que ocorreriam na ausência do projeto registrado como MDL,

garantindo benefícios reais, mensuráveis e de longo prazo para a

mitigação da mudança global do clima.

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b) o objetivo do MDL.

O objetivo do MDL é assistir às Partes não constantes do Anexo I

para que contribuam com o objetivo final da Convenção, que é estabilizar

as concentrações de gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera.

Ademais, visa ao desenvolvimento sustentável das Partes por meio

da implementação de atividades de MDL; e objetiva contribuir para que as

Partes do Anexo I cumpram suas obrigações quantificadas de limitação e

reduções de emissões de gases.

c) quem pode participar do MDL.

Podem participar de uma atividade de projeto de MDL entidades

públicas, privadas e parcerias público-privadas das Partes no Anexo I e

das Partes não constantes do Anexo I, desde que devidamente

autorizadas pelos respectivos países.

O MDL é um mecanismo de mercado que estimula a ativa

participação do setor privado, com sua reconhecida agilidade, flexibilidade

e capacidade de resposta. Além disso, o engajamento deste setor é

crucial para a efetividade das ações de mitigação.

Gabarito:

1C 2E 3E 4E 5E 6E 7E 8E 9E 10C

11E 12E 13C 14D 15D 16E 17C 18 E 19D 20 C

21A

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"A felicidade é uma borboleta que, sempre que perseguida,

parecerá inatingível;

no entanto, se você for paciente, ela pode pousar no seu ombro"

Nathaniel Hawthorne

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