licao biblica 2 trim 2015

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cpad.com.br Adultos 2 - Trimestre de 2015 , Jesus, o Homem Perfeito O Evangelho de Lucas, o médico amado

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Revista do segundo trimestre de 2015 das Assembleias de Deus

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  • c p a d .c o m .b r

    Adultos2 - Trimestre de 2015

    ,Jesus, o Homem Perfeito

    O Evangelho de Lucas, o mdico amado

  • wGANHO

    UM PROJETO BASEADO NO MODELO DA IGREJA PRIMITIVA

    A CGADB e a CPADlanam o maior projeto de Evangelizao ps-Centenrio:

    ONDE HOUVER:Um ponto de pregao, uma sala de culto, ou uma catedral das Assembleias de Deus, haver um alvo: Um crente ganhar pelo menos uma alma por ano.

    A METODOLOGIA E ESTRATGIA DO PROJETO VISA: Conscientizar, treinar, desafiar e envolver toda a igreja na evangelizao, com os respectivos departamentos: Faixas etrias: crianas, adolescentes, jovens, adultos e terceira idade. Treinar os jovens universitrios para evangelizar nas Universidades. Profissionais Liberais e Empresrios (com o apoio dos coordenadores nacionais)

    COORDENAO NACIONAL

    PR. JOS WELLINGTON BEZERRA DA COSTAPresidente da CGADB

    PR. JOS WELLINGTON COSTA JNIORPresidente do Conselho Administrativo da CPAD

    DR. RONALDO RODRIGUES DE SOUZADiretor Executivo da CPAD

    PR. RAUL CAVALCANTE BATISTAPresidente da Comisso de Evangelizao e Discipulado da CGADB

    PR. ARNALDO SENNACoordenador Nacional de Projetos de Evangelizao da CGADB

    Visite nosso portal: www.avancaad.com.br * Curta nossa pgina no Face: EuGanho+Um

  • Lies B b l ic a s

    Lies do 2 o trimestre de 2015 - Comentarista: Jos Gonalves

    S u m r i oJesus, o Homem Perfeito: O Evangelho de Lucas, o Mdico Am ado

    Lio 10 Evangelho Segundo Lucas 3

    Lio 20 Nascimento de Jesus 11

    Lio 3A Infncia de Jesus 19

    Lio 4A Tentao de Jesus 27

    Lio 5Jesus Escolhe seus Discpulos 34

    Lio 6Mulheres que Ajudaram Jesus 41

    Lio 7Poder sobre as Doenas e Morte 49Lio 80 Poder de Jesus sobre a Natureza e os Demnios 57

    Lio 9As Limitaes dos Discpulos 63

    Lio 10Jesus e o Dinheiro 70

    Lio 11A Ultima Ceia 77

    Lio 12A Morte de Jesus 83

    Lio 13A Ressurreio de Jesus 90

    201 5 - A b r i l / M a i o / J u n h o L i e s B b l i c a s 1

    PROFESSOR

  • L i e sBblicasPublicao Trimestral daCasa Publicadora das Assembleias de Deus

    Presidente da Conveno Geral das Assem bleias de Deus no BrasilJos W ellington Bezerra da Costa

    Presidente do Conselho Adm inistrativoJos W ellington Costa Jnior

    Diretor ExecutivoRonaldo Rodrigues de Souza

    Gerente de PublicaesAlexandre Claudino Coelho

    Consultoria Doutrinria e TeolgicaAnton io G ilberto e C laud ionor de Andrade

    Gerente FinanceiroJosaf Franklin Santos Bomfim

    Gerente de ProduoJarbas Ramires Silva

    Gerente ComercialCcero da Silva

    Gerente da Rede de LojasJoo Batista Guilherm e da Silva

    Gerente de TIRodrigo Sobral Fernandes

    Chefe de Arte & DesignW agner de Almeida

    Chefe do Setor de Educao CristCsar M o is s Carvalho

    EditoresMarcelo Oliveira e Telma Bueno

    Projeto grfico, capa e diagram aoFlam ir Am brsio

    Av. Brasil, 34.401 - Bangu Rio de Janeiro - RJ - Cep 21852-002 Tel.: (21) 2406-7373 Fax: (21) 2406-7326

    C B O www.cpad.com.br

    Prezado professor,N este t r im e s t re te re m o s a

    oportunidade mpar de estudar o Evangelho de Lucas. Esse Evangelho narra de forma in igua lve l a vida do Filho de Deus. Lucas era um mdico gentio que procurou fazer uma pesquisa apurada de todos os acontecimentos referentes ao Mestre.

    Como um gentio, Lucas no mediu esforos para enfatizar que a salvao para todos, no apenas para os judeus. Ele fala dos samaritanos, srios e romanos, sempre enfatizando que estes eram tambm alvos da graa de Deus.

    Lucas igua lm ente fala a respeito das mulheres, crianas e pobres, as minorias do seu tempo. Ele demonstra a compaixo do Salvador para com estes que estavam margem da sociedade da poca.

    Jesus apresentado no terceiro Evangelho como o Homem Perfeito, e, como tal, Ele amou a todos e se compadeceu de suas misrias.

    A maior prova do amor de Deus pela humanidade foi a morte de Jesus na cruz. No sculo I, ser morto em uma cruz era sinal de vergonha e humilhao. Para o judasmo significava maldio (Dt 21.23). Jesus ali morreu por amor a ns. Mas venceu a cruz, a morte e ressuscitou ao terceiro dia. A ressurreio de Jesus uma prova de que Ele era o Filho de Deus, o Messias.

    Oue venhamos a crescer em graa e sabedoria com o estudo do terceiro Evangelho. Que o nosso alvo seja seguir de perto o Salvador, vivendo como "sal" e luz" neste mundo que caminha na escurido. Que a luz de Cristo reflita atravs de nossas vidas.

    Jos W e llin g to n C o sta J n io rPresidente do Conselho Administrativo

    R o n a ld o R o d rig u e s d e S o u zaDiretor Executivo

    2 L i e s B b l ic a s Abril/Maio/Junho - 201 5

  • 5 de Abril de 2015

    0 Evangelho Segundo Lucas

    Texto ureo

    "Para que conheas a certeza das coisas de que j

    ests informado."(Lc 1.4)

    Verdade Prtica

    O cristo possui uma f divinamente revelada e historicamente bem

    fundamentada.

    LEITURA Dl ARI A

    Se gu n da - Lc 3.1,2 0 cristianismo no seu cenrio histrico

    Tera - Lc 1.1-4 O cristianismo se fundamenta em fatos

    O u a r t a - L c 16.16 0 cristianismo no contexto bblico

    O u in t a - L c 2.23-28 0 cristianismo em seu aspecto universal

    Sexta - Lc 1.35; 5-24 O cristianismo e a deidade de Jesus

    S b a d o - L c 4.18 O cristianismo e o Ministrio do Esprito

    201 5 - Abril/Maio/Junho L i e s B b l ic a s 3

  • LEITURA BBLICA EM CLASSE

    Lucas 1.1-4

    - Tendo, pois, muitos empreendido pr em ordem a narrao dos fatos que entre ns se cumpriram,

    - se gu n d o nos transm itiram os m esm os que os presenciaram desde o p r in c p io e fo ram m in istro s da palavra ,

    - pareceu-me tambm a mim conveniente descrev-los a ti, excelentssimo Teflo, por sua ordem, havendo-me j informado m inuciosamente de tudo desde o princpio,

    4 - para que conheas a certeza das coisas de que j ests informado.

    H IN O S SU G ER ID O S: 3. 46, 162 da Harpa Crist

    OBJETIVO GERAL

    Apresentar um panorama do Evangelho de Lucas.

    OBJETIVOS ESPECFICOS

    Abaixo, os objetivos especficos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tpico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tpico

    I com os seus respectivos subtpicos.

    Apresentar o terceiro Evangelho.

    O Conhecer os fundamentos e historicidade da f crist.

    Afirmar a universalidade da f crist.

    Expor a identidade de Jesus, o Messias esperado.

    4 L i e s B b l i c a s A b r i l / M a i o / J u n h o - 201 5

  • INTERAGINDO COM O PROFESSORPrezado professor,; neste segundo trimestre estudaremos a respeito do ter

    ceiro Evangelho, cujo autor Lucas, o mdico amado. Seu relato um dos mais completos e ricos em detalhes a respeito do nascimento e infncia do Salvador. Lucas era um gentio, talvez por isso, em sua narrativa, procure apresentar a Jesus como o Filho do Homem. Ele apresenta o Salvador como o Homem Perfeito que veio salvar a todos, judeus e gentios.

    0 comentarista deste trimestre o pastor Jos Conalves professor de Teologia, escritor e vice-presidente da Comisso de Apologtica da CCADB.

    Oue mediante o estudo de cada lio voc possa conhecer mais a respeito do Filho de Deus, que se fez homem e habitou entre ns.

    Tenha um excelente trimestre.

    COMENTRIOINTRODUO

    0 Evangelho de Lucas um dos livros mais belos e fascinantes do mundo. De fato, o terceiro Evangelho se distingue pelo seu estilo literrio, pelo seu vocabulrio e uso que faz do grego, considerado pelos eruditos como o mais refinado do Novo Testamento.Mas a sua maior beleza est em narrar a histria da salvao (Lc 19-10). 0 autor procura mostrar, sempre de forma bem documentada, que o plano de Deus em salvar a humanidade, revelado atravs da histria, cumpriu-se cabalmente em Cristo quando Ele se deu como sacrifcio expiador pelos pecadores (Jo 10.11). Deus continua sendo Senhor da histria e o advento do Messias para estabelecer o seu Reino a prova disso. Lucas mostra que atravs do Esprito Santo, primeiramente operando no ministrio de Jesus e, posteriormente na Igreja, que esse propsito se efetiva.

    1 - O TERCEIRO EVANGELHO1. Autoria e data. Lucas, "o mdico

    amado" (Cl 4.14), a quem atribuda a

    autoria do terceiro Evangelho, citado no Novo Testamento trs vezes. Todas as citaes esto nas epstolas paulinas e so usadas no contexto do aprisionamento do apstolo Paulo (Cl 4.14; Fm 24; 2 Tm4.11). Embora o autor do terceiro Evan

    ge lho no se identifique pelo nome, isso no depe contra

    a autoria lucana. Desde os seus primrdios, a Igreja Crist atribui a Lucas a autoria do terceiro Evangelho. A crtica contra a autoria de

    Lucas no tem conseguido apresentar argumentos slidos

    para demover a Igreja de sua posio. A erudio conservadora assegura que Lucas escreveu a sua obra (aproximadamente) no incio dos anos sessenta do primeiro sculo da era crist.

    2. A obra. Lucas era historiador e mdico. Ele escreveu sua obra em dois volumes (Lc 1.1-4; At 1 .1,2). 0 terceiro Evange lho a primeira parte desse trabalho e uma narrativa da vida e obra de Jesus, enquanto os Atos dos Apstolos compem a segunda parte e narram o cam inhar e sp ir itua l dos primeiros cristos da Igreja Primitiva.

    P O N TOC E N TR A L

    O plano do sa lvao do cristianismo pode ser localizado com preciso den

    tro da histria.

    2015 - Abril/Maio/Junho L i e s B b l ic a s 5

  • 3. Os destinatrios orig ina is. Odoutor Lucas endereou seu Evangelho a TefiLo, certamente uma pessoa importante que devia ocupar uma alta posio social, sendo citado como "excelentssimo". Pode se dizer que alm deste ilustre destinatrio, Lucas tambm escreveu aos gentios. 0 terceiro Evangelho pode ser classificado como sendo de natureza soteriolgica e carismtica. SoterioLgica, porque narra o plano da salvao, e carismtica porque d amplo destaque ao papel do Esprito Santo como capacitador do ministrio de Jesus Cristo.

    SNTESE DO TPICO ILucas, o mdico ornado, o autor do

    terceiro Evangelho, que foi endereado a Tefilo, um gentio.

    SUBSDIO BIBUOLGICO"Lucas inicia seu Evangelho com

    uma declarao especial: ele mesmo havia se 'informado minuciosamente de tudo [sobre a vida de Jesus] desde o princpio' (1.1-4). Dessa forma, o Evangelho de Lucas um relatrio cuidadoso e historicamente exato do nascimento, ministrio, morte e ressurreio de Jesus.

    A f crist no se trata de um a Lenda ou fbula engenhosam ente inventada. S o fatos histricos.

    ---------99Contudo, ao lermos Lucas percebemos que a sua obra no uma repetio montona das datas e aes. A escrita de Lucas vivida, nos atraindo para dentro dos eventos que ele descreve. A escrita de Lucas tambm exibe uma fervorosa sensibilidade quanto aos detalhes pessoais ntimos" (RICHARDS, Lawrence O. Comentrio Histrico-Culturaldo Novo Testamento, l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 133).

    I I - O S FU NDAM ENTO S E H ISTO RIC IDADE D A F CRIST

    1. O cristianismo no seu contexto histrico. Lucas mostra com riqueza de detalhes sob que circunstncias histricas se deram os fatos por ele narrados. Vejamos: "E, no ano quinze do imprio deTibrio Csar, sendo Pncio Pilatos governador da Judeia, e Herodes, tetrarca da Galileia, e seu irmo Filipe, tetrarca da Itureia e da provncia de Traconites, e Lisnias, tetrarca de Abilene, sendo Ans e Caifs sum os sacerdotes, veio

    CONHEA MAIS

    *Como o Evangelho de Lucas Retrata a Cristo

    No Evangelho de Lucas, Cristo retratado como o Homem Perfeito e de grande empatia. A genealog ia rastreada desde Davi e Abrao at Ado, no sso antepassado comum, apresentan

    do-o, deste modo, com o algum da nossa raa.Para conhecer mais leia In tro d u o ao Novo

    6 L i e s B b l ic a s Abril/Maio/Junho - 201 5

  • ANOTAES DO PROFESSOR

    no deserto a palavra de Deus a Joo, filho de Zacarias" (Lc 3.1,2). Esses dados tm um propsito claro: mostrar que o plano da salvao no cristianismo pode ser localizado com preciso dentro da histria. A f crist, portanto, no se trata de uma lenda ou fbula engenhosamente inventada. So fatos histricos que poderiam ser testados e provados e, dessa forma, podem ser aceitos por todos aqueles que procuram a verdade.

    2. Discipulado atravs dos fatos. A palavra grega katecheo, traduzida como "informado" ou instrudo" no versculo4, deu origem palavra portuguesa catequese. Esse vocbulo significa tambm: doutrinar, ensinar e convencer. Nesse contexto possui o sentido de "discipular". Lucas escreveu o seu Evangelho para formar discpulos. O discipulado, para ser autntico, deve fundamentar-se na veracidade dos fatos da f crist. Nos primeiros versculos do seu Evangelho, Lucas revela, portanto, quais seriam as

    201 5 - Abril/Maio/Junho

    razes da sua obra (Lucas 1.1-4). O terceiro Evangelho foi escrito para mostrar os fundamentos das verdades nas quais os cristos so instrudos.

    SNTESE DO TPICO IIA veracidade dos fatos narrados

    por Lucas pode ser comprovada peta histria.

    SUBSD IO BIBLIOLGICO"Lucas presta bastante ateno

    aos eventos que ocorreram antes do nascimento de Jesus, uma ateno maior que aquela que os outros evangelistas dedicaram ao a ssu n to " (R ICHARDS, Lawrence O. Com entrio H istrico- Culturaldo Novo Testamento, l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 134).

    I I I - A U N IVERSALIDAD E DA SALVAO

    1. A histria da salvao. A teologia crist destaca que Lucas divide a histria da salvao em trs estgios: o tempo do Antigo Testamento; o tempo de Jesus e o tempo da Igreja. O terceiro Evangelho registra as duas primeiras etapas e o Livro de Atos, a terceira (Lc 16.16). No contexto de Lucas a expresso a "Lei e os Profetas" uma referncia ao Antigo Testamento, onde narrado o plano de Deus para o povo de Israel. A frase "anunciado o Reino de Deus" se refere ao tempo de Jesus que, atravs do Esprito Santo, realiza e

    66O discipulado, para ser

    autntico, deve fundam entar-se na veracidade dos fa to s da f crist.

    99L i e s B b l ic a s

  • A descendncia de Cristo, o M essias prometido, vai at Ado, o pai de todos, e no apenas at Abrao, o pa i dos judeus.

    ---------99manifesta o Reino de Deus. O tempo da Igreja ocorre quando o Espirito Santo, que estava sobre Jesus, derramado sobre todos os crentes.

    2. A salvao em seu aspecto universal. 0 aspecto universal da salvao, revelado no terceiro Evangelho pode ser facilmente observado pelo seu amplo destaque dado aos gentios. O prprio Lucas enderea a sua obra a um gentio, Tefilo (Lc 1.1,2). A descendncia de Cristo, o M ess ia s prometido, vai at Ado, o pai de todos, e no apenas at Abrao, o pai dos judeus (Lc 3.23-38). Fica, portanto, revelado que os g e n tios, e no somente os judeus, esto inclu dos no plano salvfico de Deus (Lc 2.32; 24.47). Destaque especial dado para os samaritanos (Lc 9.51-56; 10.25-37; 17.11-19). H ainda outras particularidades do Evangelho de Lucas que mostram o interesse de Deus por toda a humanidade, especialmente os pobres e excludos (Lc 19-1-10; 7.36-50, 23.39-43; 18.9-14).

    SNTESE DO TPICO IIITodos esto includos no plano sal

    vfico de Deus: gentios e judeus.

    SUBSDIO BIBLIOLGICO

    "A Verdadeira Identidade do Filho

    Os aspectos-chave na vida de Jesus ajudaram os primeiros cristos a8 Lies Bblicas

    perceber, de uma forma nova e nica, que Ele era o 'Filho de Deus'.

    A encarnao. Jesus foi concebido pelo poder do Esprito Santo de Deus, e no por um pai humano. De forma consistente, tambm falou de como saiu 'do Pai' para vir 'ao mundo' (Jo 16.28). Enquanto, para outros seres humanos, o nascimento o incio da vida, o nascimento de Jesus era uma encarnao Ele existia como o Filho de Deus antes de seu nascimento humano. Jesus, de forma distinta dos governantes pagos, no era um filho adotado dos deuses, mas sim o eterno Filho de Deus.

    * O reconhecimento por Satans e pelos demnios. Enquanto a identidade verdadeira de Jesus, durante seu ministrio terreno, estava velada para seus discpulos, ela foi reconhecida por Satans (Mt 4-3,6) e pelos demnios (Lc 8.28).

    A ressurreio e ascenso. Jesus foi morto por afirmar que falava e agia como o Filho de Deus. A ressurreio representou a confirmao de Deus de que Jesus falava a verdade sobre si mesmo. Paulo apontou a ressurreio como a revelao ou declarao da verdade ira id e n t id ad e de Jesus como Filho de Deus (Rm 1.4). Depois da ressurreio, Jesus retornou ao Pai para ficar no lugar de honra, direita de Deus" (Guia Cristo de Leitura da Bblia. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp. 34,35).

    I V - A ID EN T IDADE DE JESUS.O M ESS IA S ESPERADO

    1. Jesus, o homem perfeito. NoEvange lho de Lucas, Jesus aparece como o "Filho de Deus" (Lc 1.35) e Filho do Hom em " (Lc 5.24). So expresses m essin icas que revelam a deidade de Jesus. A primeira expresso mostra Jesus como verdadeiro Deus enquanto a segunda, que ocorre 25 vezes no

    Abril/Maio/Junho - 201 5

  • terceiro Evangelho, m ostra-o como verdadeiro homem. Ele o Filho do Homem, o Hom em Perfeito. Ao usar o t tu lo "F i lh o do H o m e m " para si mesmo, Jesus evita ser con fund ido com o Messias poltico esperado pelos judeus. Como Homem Perfeito, Jesus era obediente a seus pais. Todavia, estava consciente de sua natureza divina (Lc 2.4-52). como o Homem Perfeito que Jesus enfrenta, e derrota, Satans na tentao do deserto (Lc 4.1-13).

    2. O M essia s e o Esprito Santo. Lucas revela que Jesus, o Messias, como Homem Perfeito, dependia do Esprito Santo no desempenho do seu ministrio (Lc 4.18). Isaas, o profeta messinico, mostra a estreita relao que o Messias manteria com o Esprito do Senhor (Is11.1,2; 42.1). 0 M essias seria aquele sobre quem repousaria o Esprito do Senhor, tal com o profetizara Isa as e Jesus aplicara a si, na s inagoga em Nazar (Lc 4.16-19; Is 61.1).

    SNTESE DO TPICO IVLucas apresenta Jesus como o Filho

    de Deus e o Filho do Homem, ressaltando tanto a sua humanidade quanto a sua divindade.

    SUBSDIO BIBLIOLGICOLucas descreveu como o Filho de

    Deus entrou na Histria. Jesus viveu de forma exemplar, foi o Homem Perfeito. Depois de um ministrio perfeito, Ele se entregou como sacrifcio perfeito pelos nossos pecados, para que pudssemos ser salvos.

    Jesus o nosso Lder e Salvador perfeito. Ele oferece perdo a todos aqueles que o aceitam como Senhor de suas vidas e creem que aquilo que Ele diz a verdade" (Bblia de Estudo A p l ic a o P e ssoa l. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1337).

    ANOTAES DO PROFESSOR

    201 5 - Abril/Maio/Junho

    ___________________ y

    L i e s B b l i c a s 9

  • CONCLUSOO terceiro Evangelho considerado a

    coroa dos Evangelhos sinticos. Enquanto o Evangelho de Mateus enfoca a realeza do Messias e Marcos o poder, Lucas enfatiza o amor de Deus. Lucas o Evangelho do Homem Perfeito; da alegria (Lc 1.28; 2.11; 19-37; 24.53); da misericrdia (Lc

    1.78,79); do perdo (7.36-50; 19.1-10); da orao (Lc 6.12; 11.1; 22.39-45); dos pobres e necessitados (Lc A.18) e do poder e da fora do Esprito Santo (Lc 1.15,35; 3-22; 4.1; 4.14; 4.17-20; 10.21; 11.13; 24.49). Lucas , portanto, o Evangelho do crente que quer conhecer melhor o seu Senhor e ser cheio do Esprito Santo.

    PARA REFLETIR

    Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:A quem atribuda a autoria do terceiro Evange lho ?A autoria atribuda a Lucas, o mdico amado.

    Com o devem os entender o te rm o " in fo rm a d o " u sado por Lucas no captulo 1 do seu Evange lho ?0 vocbulo significa tambm "doutrinar", "ensinar" e "convencer".

    Com o Jesus revelado no Evange lho de Lucas?Ele revelado como "Filho de Deus" e "Filho do Homem".

    A s exp re sse s "F ilh o do H o m e m " devem ser entend idas em que sen tindo no terceiro Evange lho ?Devem ser entendidas como expresses que mostram o relacionamento de Jesus com a humanidade.

    De acordo com a lio, com o considerado o terceiro Evange lho ?Ele considerado a coroa dos Evangelhos Sinticos.

    CONSULTERevista Ensinador Cristo - CPAD, n 62, p. 37.

    Voc encontrar mais subsdios para enriquecer a lio. So artigos que buscam expandir certos assuntos.

    SUGESTO DE LEITURAComentrio de Lucas: Luz do NT GregoEsta obra apresenta um novo sistem a de cabea lhos com textos g re g o s m ais utilizados, tradues atualizadas, notas textuais, uma ortografia ap ro priada, notas de rodap com p le tas e inm eras referncias em a lga rism o s arbicos.

    Introduo ao Novo TestamentoAbordagem notvel para o estudo da origem e desenvolvim ento do NT. 0 autor examina todos os registros histricos do primeiro sculo aps a morte de Jesus, a fim de proporcionar m elhor compreenso dos ensinos de Cristo e da formulao Pentecostalda igreja.

    Lucas: 0 Evangelho do Homem PerfeitoN este livro, voc aprender com o autor po rque Lucas foi levado a e screve r o seu Evange lho . um com entrio d e vo c io n a l que en riquece os co nhe c im e n to s exeg tico s dos que se ded icam ao e studo da vida do F ilho do Hom em .

    10 L i e s B b l ic a s Abril/Maio/Junho - 201 5

  • Lio 212 de Abril de 2015

    0 Nascimento de Jesus

    L JTexto ureo Verdade Prtica

    "E deu luz o seu filho primognito, eenvolveu-o em panos, e deitou-o numa Deus revelou seu amormanjedoura, porque no havia lugar humanidade ao enviar a este mundo

    para eles na estalagem." o seu Filho Jesus.(Lc 2.7)

    LEITURA DIRIA

    S e g u n d a - L c 1.55 Ouinta - Lc 2.11Deus fiel e cumpre as suas Deus revela a realeza do Messiaspromessas para toda a humanidade

    Tera - Lc 1.41 S e n t a - L c 2.25,26Deus revitaliza as profecias a Deus revela-se aos piedososrespeito do Messias e s minorias

    Ouarta - Lc 4.18; 6.20 S b a d o - L c 2.36-38Deus revela-se aos carentes Deus revela-se aos humildese necessitados e contritos de corao

    201 5 - A b r i l / M a io / J u n h o L i e s B b l i c a s 1 1

  • LEITURA BBLICA EM CLASSE

    Lucas 2.1-7

    - E aconteceu, naqueles dias, que sa iu um decreto da parte de Csar Augusto, para que todo o m undo se alistasse.

    - (Este primeiro alistamento foi feito sendo Cirnio governador da Sria.)

    - E todos iam alistar-se, cada um sua prpria cidade.

    4 - E subiu da Calileia tambm Jos, da cidade de Nazar, Judeia, cidade

    de Davi chamada Belm (porque era da casa e famlia de Davi),

    - afim de alistar-se com Maria, sua mulher; que estava grvida.

    - E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar luz.

    - E deu luz o seu filho primognito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque no havia lugar para eles na estalagem.

    H IN O S SU G E R ID O S: 169,184, 185 da Harpa Crist

    OBJETIVO GERALMostrar que a vinda de Jesus Cristo ao mundo uma prova do amor de Deus.

    OBJETIVOS ESPECFICOS

    Abaixo, os objetivos especficos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tpico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tpico

    I com os seus respectivos subtpicos.

    Apresentar o nascimento de Jesus no contexto proftico.

    O Conhecer como se deu o anncio do nascimento de Jesus segundo Lucas.

    0 Explicar o porqu de o nascimento de Jesus ter ocorrido entre os pobres. Mostrar o nascimento de Jesus dentro do judasmo.

    1 2 L i e s B b l ic a s Abril/Maio/Junho - 201 5

  • INTERAGINDO COM O PROFESSORNa lio de hoje estudaremos a respeito do nascimento do Filho de Deus.

    importante lembrar que quando Jesus veio ao mundo, a Palestina estava debaixo do jugo do Imprio Romano. Csar Augusto era o imperador. Os imperadores romanos eram vistos por todos como um deus. Porm, o Rei dos reis em breve nasceria. Jesus nasceu em um lugar simples, em um estbulo. Seu bero no foi de ouro, foi uma simples manjedoura. Ele abriu mo de toda a sua glria para vir ao mundo salvar todos os perdidos. Jesus veio revelar-se aos piedosos e s minorias.

    O decreto de Csar Augusto de que todos teriam que se alistar a principio parece algo ruim para Jos e Maria, mas na verdade uma prova de que Deus controla a histria. Tudo contribuiu para que as profecias se cumprissem e o Filho de Deus nascesse em Belm (Mq 5.2).

    COMENTRIO

    INTRODUOLucas narra o nascimento de Jesus,

    situando-o no contento das profecias bblicas e do judasmo dos seus dias. 0 "silncio proftico", que j durava quatrocentos anos, foi rompido pelas m anifestaes divinas na Judeia. A plenitude dos tempos havia chegado e o Messias agora seria revelado!

    0 nascimento de Jesus sign ificava boas novas de alegria para todo o povo. Os pobres e os piedosos seriam os prim eiros a receberem a notcia. D e ssa forma. D eu s m ostrava que a salvao, por Ele provida, alcanaria a todos os homens.

    1 - O N A S C IM E N T O D E JESUS NO CO NTEXTO PROFT ICO1. Poesia e profecia. No relato do

    nascimento de Jesus h duas belssimas poesias conhecidas na teologia crist com o M agnificat de Maria, a me de Jesus, e o Benedictus de Zacarias, o sacerdote (Lc 1.46-55,67-79). Esses cnticos so de natureza proftica e201 5 - Abril/Maio/Junho

    como tal contextualizam o nascimento de Cristo dentro das promessas de Deus a seu povo. Maria, porexempLo, diz que,

    ao nascer Jesus, Deus estava se lembrando das promessas feitas a

    Abrao {Lc 1.55). Por outro lado, Z a ca r ia s a firm a da mesma forma que tal v is itao era o cumprimento do que Deus havia prometido

    na antiguidade aos profetas (Lc 1.70). 0 nascimento de Jesus

    no se tratava, portanto, de um evento sem nexo com a histria bblica. Foi um fato que aconteceu na plenitude dos tempos e testemunhou o cumprimento das promessade Deus (Gl 4.4).

    2. A restaurao do Esprito proftico. J observamos que, na teologia lucana, o Esprito Santo ocupa um lugar especial. Encontramos 17 referncias ao Esprito Santo no terceiro Evangelho e 54 no livro de Atos dos Apstolos. Isso significativo se levarmos em conta que Mateus fala apenas 12 vezes no Esprito Santo e Marcos 6. Lucas focaliza o revestimento do Esprito, mostrando que o dom proftico, silenciado no perodo Interbblico, foi revivificado com

    L i e s B b l ic a s 13

    P O N TOC E N TR A L

    Jesus veio ao m undo com o um de ns para sal

    var os perdidos.

  • No plenitude dos tempos, Jesus veio ao mundo. Ele o Messias.

    --------- 99a vinda do Messias. No toa que a maioria das referncias ao Esprito, nesse Evangelho, ocorra nos dois primeiros captulos que relatam o nascimento de Jesus (Lc 1.41,67; 2.25-27).

    SNTESE DO TPICO I0 nascimento de Jesus se deu na

    plenitude dos tempos, cum prindo todas as profecias bblicas.

    SUBSDIO HISTRICO"O censo consistia no alistamento

    o br iga t r io dos c idados no recen- seam ento, o que se rv ia de base de clculo para os impostos. Ouirino era governador do Im prio legado pela Sria, em d.C., mas este pode ter sido seu se g u n d o m andato. A lm disso, Lucas fala do censo que trouxe Jos e Maria a Belm como um prote (que

    provavelmente signifique, aqui, 'o anterior' e no o 'primeiro'). Assim, o ano de nascimento de Cristo continua a ser objeto de debate" (RICHARDS, Lawrence0. Guia do Leitor da Bblia, l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 653).

    I I - O AN N C IO DO NASC IM ENTO DE JESUS

    1. Zacarias e Izabel. Em sua narrativa dos fatos que precederam o anncio do nascimento de Jesus, Lucas diz que o sacerdote Zacarias havia entrado no "templo para ofertar incenso" (Lc 1.9). A queima do incenso fazia parte do ritual do Templo e ocorria no perodo da manh e tarde (x 30.1-8; 1 Rs 7.48-50). Foi durante um desses turnos que um anjo de Deus apareceu a Zacarias para informar-lhe que a sua orao havia sido ouvida pelo Senhor e que a sua mulher, embora j no fosse mais frtil, geraria um menino, cujo nome seria Joo (Lc 1.13). Joo, o Batista, nasceu para ser o precursor do Messias, anunciando a sua misso. Ele seria a "Voz do que clama no deserto" e precederia o Senhor, preparando o seu caminho (Lc 3.4,5).

    2. Jos e Maria. Cerca de seis meses aps o anncio do nascimento de

    CONHEA MAIS

    *0 local de nascimento do Salvador

    Jesus nasceu em Belm, ao sul de Jerusalm, mas passou a infncia e juven

    tude em Nazar, cidade prxima ao mar da Galileia, no norte. Belm, o lugar onde Jesus nasceu, hoje uma regio em conflito." Para

    conhecer mais leia Guia Cristo de Leiturada Bblia, CPAD, p. 21. > s J m

    1 4 L i e s B b l ic a s Abril/Maio/Junho - 201 5

  • Joo, o Batista, o anjo Gabriel enviado a Nazar, lugar onde moravam Jos e sua noiva, Maria. Ela era uma virgem e estava noiva de Jos. O anncio de que ela geraria um filho, sem que para isso fosse necessrio haver intercurso sexual, deixou-a apreensiva (Lc 1.34). 0 anjo informa-lhe que desceria sobre ela o Esprito Santo e o poder de Deus a en vo lver ia com a sua som b ra (Lc 1.35). Aqui est o m ilagre da encarnao - O Filho de Deus fazendo-se carne, a f im de que, a travs d e sse grande mistrio, p o ssam os alcanar a sa lvao (Jo 1.1,14).

    SNTESE DO TOPICO II0 anjo Gabriel anunciou a Maria o

    nascimento do Filho de Deus.

    SUBSDIO DIDTICOProfessor, converse com os alunos

    explicando que jamais devemos adorar a Maria, todavia, no podem os deixar de reconhecer seu valor. Afinal, ela foi escolhida para ser me do Filho de Deus. Esta esco lha est certamente b a se a d a num ca r te r de e sp e c ia l dignidade. Sua pureza, hum ildade e ternura so um exemplo para todos os crentes que desejam agradar a Deus (Adaptado de: PEARLMAN, Myer. Lucas: O Evangelho do Homem Perfeito, l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 27).

    ANOTAES DO PROFESSOR

    No anncio do nascim ento de Jesus, um anjo do Senhor enviado especialm ente aos cam poneses pobres que pastoreavam os seus rebanhos no campo. 99

    III - O NASC IM ENTO DE JESUS E O S CAM PO NESES

    1. A nobreza dos pobres. umfato de fcil constatao o destaque que os pobres recebem no Evangelho de Lucas. Q uando deu incio ao seu m in ist r io , Je su s o fez d izend o as se g u in te s pa lavras: " 0 E sp r ito do S e n h o r so b re mim, p o is que me ungiu para e van ge liza r os p o b re s" (Lc 4.18). Os pobres faziam parte das bem-aventuranas de Jesus (Lc 6.20). Pobres so os carentes tanto de bens materiais como espirituais. No ann cio do nascim ento de Jesus, um anjo do Senhor enviado especia lm ente aos cam p o neses pobres que p a sto reavam os seus rebanhos no campo. Jesus veio para todos, independente

    201 5 - Abril/Maio/Junho L i e s B b l ic a s 1 5

  • ANOTAES DO PROFESSOR

    Lucas lembra o fato de que Cristo nasceu em Belm, cidade de Davi, cum prindo dessa form a a profecia bblica.

    ------------------------------------------------- " "

    da condio social. O Filho de Deus ded icou to ta l a teno as m in or ia s do seu tempo: as mulheres, crianas, gentios, leprosos, etc. Ele chegou a ser chamado de am igo de publicanos e p e c ad o re s , p o is e s ta v a se m p re perto dos mais necessitados. Com o Igreja do Senhor, tem os atendido os d e sv a l id o s em suas n e ce ss id ad e s? Ser que tem os se gu id o o exem plo do Sa lvado r? Com o " s a l " da terra e " lu z " do m undo precisam os revelar Cristo aos carentes e necessitados, pois eles conhecero o amor de Cristo mediante as nossas aes.

    2. A realeza do Messias. A mensagem anglica anunciada aos pastores que se encontravam no campo era que havia nascido na ''cidade de Davi, [...] o Salvador, que Cristo, o Senhor" (Lc2.11). Lucas lembra o fato de que Cristo nasceu em Belm, cidade de Davi, cumprindo dessa forma a profecia bblica (Mq 5.2). M as o M e ss ia s no apenas nasce em Belm, cidade de Davi, Ele tam bm possui realeza porque da

    descendncia de Davi, como atesta a sua rvore genealg ica (Lc 3.23-38). M as no era s isso. Lucas tam bm detalha como o anjo de Deus falou da realeza do M essias aos camponeses! Ele o Salvador, o Cristo, o Senhor (Lc 2 .1 1 ). E ssas pa lavras proferidas pelo anjo, alm de mostrar a realeza do Messias, destacam tam bm a sua divindade. Jesus Deus feito homem!

    SNTESE DO TPICO IIIOs pastores que estavam no campo

    foram os primeiros a saber que o Filho de Deus havia nascido.

    SUBSDIO DIDTICOProfessor, antes de iniciar a explica

    o do tpico, faa a seguinte indagao: ''Por que os pastores foram os primeiros a saber do nascimento do Messias?" "Por que os sacerdotes e escribas no foram os primeiros a saber?" Oua os alunos e incentive a participao de todos. Explique que os pastores faziam parte de uma classe social bem simples. Eles eram pobres. As Boas-Novas de salvao no foram anunciadas primeiro aos poderosos e nobres, mas aos humildes, pobres, a pessoas comuns do povo, mostrando que Cristo veio ao mundo para todos.

    1 6 L i e s B b l ica s Abril/Maio/Junho - 201 5

  • IV - O N ASC IM ENTO DE JESUS E O JU DA SM O

    1. Judeus piedosos. Lucas mostra que o nascimento de Jesus aconteceu so b o juda sm o p iedoso. Ele ocorre dentro do contexto daqueles que alim entavam a esperana messinica. So pessoas piedosas que aguardavam o M ess ia s e, quando Ele se revelou, elas prontam ente o reconheceram. Primeiramente, Lucas cita Zacarias, um sacerdote p iedoso e sua esposa, Isabel. A Escritura sublinha que ambos eram justos diante de Deus e viviam irrepreensivelmente nos preceitos e mandamentos do Senhor (Lc 1.6). Lucas apresenta tambm Simeo, outro judeu piedoso de Jerusalm, e que esperava a consolao de Israel. A ele foi revelado, pelo Esprito Santo, que no morreria antes que visse o Messias {Lc 2.25,26). Da mesma forma a profetisa Ana, uma viva piedosa, que continuamente orava a Deus e jejuava. Ouando viu o menino Jesus, deu graas a Deus por Ele e falava da sua misso messinica (Lc 2.36-38).

    2. Rituais sagrados. Lucas coloca o c r is t ian ism o dentro do contexto do ju da sm o e no com o uma seita derivada deste. Como qualquer judeu de seu tempo, Jesus se submete aos rituais da religio judaica (Lc 2.21-24). Com o Hom em Perfeito, Ele cumpriu toda a lei de Moiss.

    SNTESE DO TOPICO IVJos e Maria, como pais piedosos,

    seguiram todos os rituais do judasmo no nascimento de Jesus.

    SUBSDIO TEOLGICO"A legislao sobre o parto" (2.21-

    24). O texto em Levtico 12.1-5 registra o compromisso materno de oferecer um

    sacrifcio para o ritual de purificao aps o nascimento da criana. Foi para dar cumprimento a esse dispositivo legal do Antigo Testamento que a famlia se dirigiu ao Templo (veja tambm Lv 12.6-8)" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bblia. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 653).

    "Lucas descreveu como o Filho de Deus entrou na Histria. Jesus viveu de forma exemplar, foi o Homem Perfeito. Depois de um ministrio perfeito, Ele se entregou como sacrifcio perfeito pelos nossos pecados, para que pudssemos ser salvos.

    Jesus o nosso Lder e Salvador perfeito. Ele oferece perdo a todos aqueles que o aceitam como Senhor de suas vidas e creem que aquilo que Ele diz a verdade" (Bblia de Estudo Aplicao Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1337).

    ANOTAES DO PROFESSOR

    201 5 - Abril/Maio/Junho L i e s B b l ic a s 1 7

  • CONCLUSOJ observamos que Lucas procura

    situar o nascimento de Jesus dento do contexto histrico. Dessa forma ele d deta lhes sobre fa tos da h istria universal mostrando que Deus foi, e continuar sendo Senhor da Histria. dentro dessa histria que se cumpre as profecias.

    O Messias prometido, diferentemente do Messias esperado peLos judeus, nasce em uma manjedoura e no em um palcio. Os pobres, e no os ricos, so os convidados a participar do seu natal. A Lgica do Reino de Deus se manifesta oposta do reino dos homens. Todos aqueles que se sentem carentes e necessitados so convidados a participarem dele.

    PARA REFLETIR

    Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:De que form a devem se r entend idos os cnticos de Zacarias e M aria ?Eles devem ser entendidos como sendo de natureza proftica. Esses cnticos contextualizam o nascimento de Cristo dentro das promessas de Deus ao seu povo.

    Como era o relacionamento de Jos e Maria antes da anunciao anglica?Eles eram noivos.

    De que form a a lio conceitua o s pob re s?Os pobres so os carentes tanto de bens materiais como espirituais.

    De acordo com a lio, qua l o propsito de Lucas m ostrar Jesus cum prindo rituais juda icos?Lucas deseja mostrar que Jesus, como Hom em Perfeito, se subm eteu e cumpriu os rituais judaicos, tendo, com isso, cumprido a Lei.

    Dentro de que contento Lucas procura situar o nascim ento de Je sus?Lucas procura situar o nascimento de Jesus dentro do contexto histrico.

    CONSULTE

    Revista Ensinador Cristo - CPAD, n 62, p. 38. Voc encontrar mais subsdios para enriquecer a lio. So artigos que buscam expandir certos assuntos.

    SUGESTO DE LEITURA

    Comentrio Histrico-Cultu- ral do Novo TestamentoEsta obra fornecer uma profuso de informaes para seu prprio enriquecimento e para benefcio daqueles que perguntam: "0 que significa isto?"

    Um Mestre Fora da LeiEle foi acusado de quase tudo quebrar a Leif se embriagar, e de ser o prprio Diabo. Ele era to atrativo e perigoso que tiveram de mat-lo.

    Pequena Enciclopdia BblicaEsta obra um clssico da literatura evanglica brasileira. considerada uma das mais populares obras de referncia.

    I 8 L i e s B b l ic a s Abril/Maio/Junho - 201 5

  • Lio 319 de Abril de 2 0 1 5

    A Infncia de Jesus

    Texto Aureo Verdade Prtica

    "E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graa para com

    Deus e os homens."(Lc 2.52)

    Crescer deforma integral e uniforme, como Jesus cresceu, deve

    ser o alvo de todo cristo.

    LEITURA DIARIASegunda - Lc 2.40 ,52; Mc 6.31,32 Jesus ensina a respeito do cuidado com o corpo

    T e ra -Lc 2.51Jesus e o seu proceder familiar impecvel

    Ouarta - Lc 4.16 Jesus Cristo e a cultura do seu tempo

    O u in ta - Lc 12.50Jesus e o desenvolvimento dapersonalidade

    S e x ta - L c 20 .19-26 Jesus e o controle emocional diante das dificuldades

    Sb ad o - Lc 2 .46-49 Jesus e o fortalecimento do esprito

    201 5 - Abril/Maio/Junho L i e s B b l ic a s 1 9

  • LEITURA BBLICA EM CLASSE

    Lucas 2.46-49; 3.21,22

    - E aconteceu que, passados trs dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.

    - E todos os que o ouviam adm iravam a sua inteligncia e respostas.

    - E, quando o viram, m aravilharam-se, e d isse-lhe sua me: Filho, por que fizeste assim para conosco ? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procurvamos.

    - E ele lhes disse: Por que que me procurveis? No sabeis que me convm tratar dos negcios de meu Pai?

    - E aconteceu que, como todo o povo se batizava, sendo batizado tambm Jesus, orando ele, o cu se abriu,

    - e o Esprito Santo desceu sobre ele em form a corprea, com o uma pom ba; e ouviu-se uma voz do cu, que dizia: Tu s meu Filho amado; em ti me tenho comprazido.

    H IN O S SU G ER ID O S: 179, 184, 190 da Harpa Crist

    OBJETIVO GERALA p re se n ta r a in fnc ia de Je su s C risto se g u n d o o E va n g e lh o de Lucas.

    OBJETIVOS ESPECFICOS

    ^ Mostrar que Jesus cresceu fisicamente.

    O Conhecer como se deu o crescimento social de Jesus.

    Saber como se deu o desenvolvimento cognitivo de Jesus.

    Aprender como se deu o desenvolvimento espiritual de Jesus.

    Abaixo, os objetivos especficos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tpico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tpico

    I com os seus respectivos subtpicos.

    2 0 L i e s B b l ic a s Abril/Maio/Jurtho - 201 5

  • INTERAGINDO COM O PROFESSORNo temos muitas informaes a respeito da infncia de Jesus. Os Evangelhos

    so nossas nicas fontes confiveis a respeito dessa fase da vida do Mestre. O Evangelho de Lucas nos mostra que, como Homem Perfeito, Ele experimentou um desenvolvimento saudvel, como de qualquer criana de sua idade. A nica diferena entre Jesus e os meninos de sua poca era o fato de que Ele no tinha pecado.

    Lucas tambm registra um incidente da infncia do menino Jesus. Por meio desse incidente, podemos ver que, aos doze anos, Jesus j tinha plena conscincia de sua relao com o Pai e acerca de sua chamada.

    COMENTRIO

    INTRODUOA s Escrituras revelam que Jesus

    era p lenam ente Deus e p lenamente homem! Ao dizerem que Jesus cem por cento Deus e cem por cento homem, te logos cristos esto afirmando essa m esm a verdade de uma outra forma. Deus se hum anizou em Cristo (2 Co 5.19) e isso conhecido na teologia crist como o grande mistrio da encarnao.

    Conhecer o Jesus d iv ino maravilhoso e bblico, mas conhecer o Jesus humano o da mesma forma. Aqui, vamos aprender que Jesus cresceu como qualquer ser humano. Ele cresceu fsica, social, psicolgica e espiritualmente. Em cada uma dessas dimenses, Ele deixou ricos aprendizados para todos ns.

    I - JESUS CRESCEU F ISICAM ENTE1. A dimenso corprea de Jesus.

    A Bblia nos ensina que Jesus nasceu e cresceu como qualquer ser humano (Lc 2.40,52). Jesus em tudo era, se melhante a ns, mas sem, pecado (Fl 2.6,7; Hb 4.15). Como todo ser humano, Ele possu a um corpo fsico que era lim itado pelo tem po e pelo espao.

    A palavra grega helikia, traduzida em portugus como estatura, no versculo 52, ocorre oito vezes no texto grego do Novo Testamento, com o sentido de tamanho ou idade. a mesma palavra usada por Lucas quando se refere

    pequena estatura de Zaqueu, o publicano (Lc 19.3) e, tambm,

    a mesma palavra usada pelo apstoLo Joo para se referir idade do cego a quem Jesus curou (Jo 9.21,23). A Escri

    tura, de form a algum a, nega a d im enso corprea e fsica de

    Jesus como fazem as heresias.2. O cuidado com o corpo. Como

    todo ser humano que possui um corpo fsico, Jesus tambm viveu os limites dessa dimenso corprea. Ele tambm se cansava (Jo 4.6). Jesus sabia a importncia que tem o corpo humano e, para isso, tratava de dar o devido cuidado ao seu corpo. Para recuperar suas energias fsicas, por exemplo, Marcos relata que Ele procurou o descanso necessrio (Mc 6.31,32). A palavra grega anapauo, traduzida como repousar, significa "parar com todo movimento a fim de que se recupere as energias". Se o Mestre deu os devidos cuidados ao seu corpo, no deveramos ns fazer o mesmo?

    P O N TO C E N TR A L

    Jesus, com o ser humano, desenvolveu-se nor

    malmente.

    201 5 - Abril/Maio/Junho L i e s B b l ic a s 21

  • No antigo Israel do tempo de Jesus, havia uma estrutura familiar consolidada.

    99SNTESE DO TPICO I

    Jesus teve um crescimento fsico normal, igual s crianas de sua idade.

    SUBSDIO TEOLGICO"A humanidade de Jesus. Telo

    gos tm se mostrado confusos quanto preciso do relacionamento entre a humanidade de Jesus e sua divindade. Tudo o que podemos dizer, com certeza, que Jesus tanto Deus quanto homem. Como ser humano, descendente de Ado, nasceu e viveu uma vida humana normal. Teve fome e exausto fsica. Conheceu a rejeio e o sofrimento. Gostava das celebraes nupciais e das festas. Sentiu pena do desamparado, frustrao da apatia de seus seguidores e ira pela indiferena dos lderes religiosos dian

    te do sofrimento humano. Era um ser verdadeiramente humano no melhore ideal sentido da palavra. Por tudo isso, um exemplo para ns" (R ICHARDS, La wrence O. Guia do Leitor da Bblia. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 653).

    II - JESUS CRESCEU SO C IALM EN TE1. Jesus e a famlia. No antigo Israel

    do tempo de Jesus, havia uma estrutura familiar consolidada. Os estudiosos observam que a famlia hebraica obedecia a seguinte estrutura social: endgama -c a sa m -se co m parentes; patrilinear- descendncia pai-filho; patriarcal-poder do pai; patriolocal - a mulher vai para a casa do marido; ampliada - rene os parentes prximos todos no grupo, e polgena - tem muitas pessoas.

    A Bblia fala da fam lia de Jesus dentro desse contexto. Como homem perfeito, Jesus aprendeu a viver em famlia (Lc 2.51). Como membro da famlia, Ele viveu em obedincia a seus pais. Isso mostra que os papeis sociais dentro da famlia precisam ser respeitados. So mente dessa forma, a famlia continua sendo um instrumento importante na formao do carter.

    CONHEA MAIS

    *Os pais e irmos de Jesus"N o sabem os muito sobre a famlia de Jesus;

    entretanto, fica claro, conforme o relato dos Evan= gelhos, que os pais, irm os e irms de Jesus eram muito conhecidos na cidade de Nazar (Mt 13.54- 56). O s primeiros anos da v ida de Jesus foram to

    normais que as pessoas que o viram crescer ficaram surpresas com o fato de que Ele pudesse ensinar

    com autoridade sobre Deus e fazer grandes milagres achavam que era apenas um carpinteiro

    como Jos". Leia mais em Guia de Leitura da , CPAD, p. 28.

    2 2 L i e s B b l ic a s Abril/Maio/Junho - 201 5

  • 2. Jesus e a cultura local. A Bblia afirma que o "Verbo se fez carne e habitou entre ns" (Jo 1.14). O vocbulo habitar traduz o verbo grego skenoo e tem o sentido de "fazer a sua tenda". Deus se humanizou e fez a sua tenda ou morada entre ns. Como homem perfeito, Jesus viveu no meio da cultura dos seus dias. Fazia parte dessa cultura, qual seja, o povo, o espao geogrfico, a lngua e a famlia. Jesus foi criado em Nazar da Galileia e, como nazareno, Ele possivelmente espelhava a cultura desse lugar. Jesus aprendeu a ler as Escrituras (Lc4.16); aprendeu uma profisso (Mc 6.3) e at mesmo aprendeu a maneira de falar que era peculiar dos habitantes dessa regio (Mt 26.73. Mc 14.70). Todavia, um fato fica em evidncia-Jesus estava pronto a confrontar a cultura quando esta contrariava os princpios da Palavra de Deus (Lc 11.38,39).

    SNTESE DO TOPICOIIJesus, enquanto criana, teve um

    desenvolvimento social saudvel.

    SUBSDIO TEOLGICO"Os primeiros anos de vida de Jesus

    foram to normais que as pessoas que o viram crescer ficaram surpresas com o fato de que Ele pudesse ensinar com autoridade sobre Deus (Lc 2.46,47) e fazer grandes m ilagres achavam que era apenas um carpinteiro como Jos o fora antes dEle. Em meados do sculo II d.C., h istrias im aginativas comearam a ser escritas sobre o incio da vida de Jesus, afirmando que tinha poderes sobre-humanos. Por exemplo, na Infncia de Cristo segundo Tom, Ele forma passarinhos de barro e os traz vida!" (Cuia Cristo de Leitura da Bblia,l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.28).201 5 - Abril/Maio/Junho

    ANOTAES DO PROFESSOR

    I I I - J E S U S CRESCEU PSICOLOG ICAM ENTE

    1. A dimenso psicolgica de Jesus.0 texto de Lucas 2.52 informa que Jesus crescia em "sabedoria". Crescer em sabedoria crescer em conhecimento. desenvolver-se intelectuale mentalmente. o desenvolver da psique humana. Como homem perfeito, Jesus tambm possua uma dimenso psicolgica. Ele, por exemplo, angustiou-se em sua alma (Lc 12.50; Mt 26.37; Jo 12.27). Lucas ainda diz que Jesus "enchia-se de sabedoria" (Lc 2.40). Esse crescimento mental e intelectual vem pela assimilao dos conhecimentos da vivncia humana do dia a dia. o acmulo culturalque se forma ao longo dos anos.

    66Crescer em sabedoria crescer em conhecimento.

    99L i e s B b l ic a s 2 3

  • Como todo menino judeu de sua poca, Jesus tinha o seu intelecto treinado pelo estudo das Sagradas Letras (2 Tm 3.15).

    2. Jesus e as em oes. A Escritura mostra que Jesus, como homem perfeito, possua dom n io com pleto sobre suas em oes. Ele no sofria de nenhum d ist rb io m enta l, nem tam pouco era desajustado e m o c io nalmente. Ouando pressionado, no cedia presso do grupo (Jo 8.1-11). Seus prprios algozes reconheceram que Ele agia m ovido por suas convices internas e no pelo que os outros achavam (Lc 20.19-26). Sua presena revelava serenidade e paz (Jo 14.27; Lc 7.50). evidente que essa paz era uma conseqncia natural da ntima comunho com Deus que Ele cultivava. Jesus passava horas em orao, s vezes, at mesmo noites inteiras em orao (Lc 6.12), um claro exem plo para todos os seus seguidores.

    SNTESE DO TPICO III0 m enino Jesus teve um desen

    vo lv im ento co g n it iv o saudve l, compatvel com cada fase da vida.

    SUBSDIO DIDTICOProfessor, antes de iniciar o tpico,

    faa a seguinte indagao: "Jesus tinha conscincia de que era Filho de Deus?" Oua os alunos com ateno. Em seguida, pea que leiam Lucas 2.41-52. Explique o fato de o texto bblico mostrar que, aos doze anos, Jesus j tinha clareza de seu re lac ionam ento com D eu s e da sua misso. Ele afirmou sua filiao nica. Diga que Jesus completamente Deus e completamente humano. Como homem, experimentou todas as etapas do desenvolvimento humano.

    IV-JESUS CRESCEU ESPIRITUALMENTE

    1. C rescendo na graa e fo rta lecendo o esprito. Nos do is textos b b l ic o s c it a d o s por Lucas para se referir ao crescimento de Jesus Cristo, o homem perfeito, a palavra "graa" se destaca (Lc 2.40,52). A palavra grega traduzida como graa charis. Graa um favor de Deus. Jesus cresceu na graa quando viveu a vida como ela . Ele aprendeu a viver com as limitaes que uma fam l ia pobre p o ssu a na Palestina do primeiro sculo. Graa ter conscincia de que, em meio a tudo isso, a vocao e chamada tiveram origem em Deus. Graa saber que Deus est em nosso crescimento enquanto v ivem os em comunidade, enquan to o adoram os, m editam os, co n te m p lam o s e, tam bm , quando v ive m os a vida, m esm o quando ela se mostra dura em sua rotina.

    2. Jesus e sua maioridade. Lucas mostra o desenvolvimento espiritual em duas outras passagens do seu Evangelho (Lc 2.46-49). Na situao do Templo, Jesus se mostra como algum que j tem conscincia da sua misso. Ele veio para cuidar dos negcios de seu Pai, Deus. Por outro Lado, Lucas mostra no relato do batismo de Jesus como Ele se identifica com o povo e recebe a capacitao divina para o exerccio do seu ministrio (Lc 3.21-23).

    At os trinta anos, Jesus permaneceu na cidade de Nazar e trabalhou como carpinteiro. O Salvador esperou

    Jesus cresceu na graa quando viveu a vida como ela .

    -----------992 4 L i e s B b l ic a s Abril/Maio/Junho - 201 5

  • pacientem ente at o m om ento d e term inado pelo Pai para exercer seu ministrio. Vivemos em uma sociedade imediatista; por isso, atualmente, as pessoas no querem esperar o tempo de Deus em suas v idas e ministrio. O tempo do Senhor perfeito. Temos que esperar o seu agir.

    SNTESE DO TPICO IVEnquanto criana, Jesus tambm

    teve um desenvolvimento espiritual saudvel.

    SUBSDIO TEOLGICO"Com a idade de 12 anos, um m e

    nino judeu se torna 'filho da lei'. Nesse m om ento , ele aceita os devere s e obrigaes religiosas aos quais os pais o entregaram pelo rito da circunciso. Para Jesus, isto acontece quando seus pais sobem a Jerusalm para celebrar a Pscoa. O Antigo Testamento ordenava que a pessoa do sexo masculino comparecesse em Jerusalm para trs festas: a Pscoa, o Pentecostes e os Tabernculos (x 23.14-17). A disperso d o s judeus pelo m undo tornou im p o ss ve l que todos f izessem isto

    Jesus no sofria de nenhum distrbio mental, nem tampouco era desajustado emocionalmente.

    99nos d ias de Jos e Maria. Apesar da distncia, os judeus devotos faziam a jornada pelo menos uma vez por ano para a Pscoa. No era exigido que as m ulheres comparecessem, contudo, muitas iam" (Comentrio Bblico Pen- tecostal. l.ed. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 331).

    CONCLUSOAo escrever a sua segunda carta,

    o apstolo Pedro exortou os cristos a desejarem o crescimento: "Antes, crescei na graa e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Ele seja dada a glria, assim agora como no dia da eternidade. Am m !" (2 Pe 3-18). O alvo do crente o crescimento. Mas esse crescimento no acontece de qualquer forma; antes, ocorre nas esferas da graa e do conhecimento do Senhor. Crescimento sem conhecimento uma deformao, assim como o , tambm, o crescimento sem a graa.

    ANOTAES DO PROFESSOR

    V_____________201 5 - Ab ril/M a io/Junho

    ___________________ y

    L i e s B b l i c a s 2 5

  • 0 c r is to deve a ten ta r para o fato de que onde se privilegia apenas o conhecim ento inte lectual, sem a adio da graa, o levar a uma vida rida. Da mesma forma, esse mesmo

    crescimento, onde se privilegia apenas a revelao e menospreza a razo, o conduzir ao fanatismo. 0 crente deve, a exemplo do seu Senhor, crescer de forma integral.

    PARA REFLETIR

    Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:De que form a a lio m ostra a d im enso corprea de Je sus?A lio mostra que Jesus cresceu como qualquer ser humano e, como tal, Jesus viveu os limites dessa dimenso corprea.

    De que form a era estruturada a fam lia no s d ias de Jesus?Os estudiosos observam que a famlia hebraica obedecia seguinte estrutura social: endgama - casam-se com parentes; patrilinear - descendncia pai-filho; patriarcal- poder do pai; patr io loca l-a mulher vai para a casa do marido; ampliada - rene os parentes prximos todos no grupo, e polgena - t e m muitas pessoas.

    Com o as Escrituras dem onstram o equ ilb rio p sico lgico de Je sus?As Escrituras mostram que Jesus tinha total domnio sobre suas emoes. Ele no sofria de nenhum distrbio mental ou emocional.

    De que form a a lio ilustra o crescim ento de Jesus?Ilustra como um crescimento saudvel, perfeito.

    Para voc, o que crescer de form a in tegra l?Apesar de a resposta ser pessoal, havendo entendido a lio necessrio que o aluno responda, mais ou menos, nestes termos: crescer de forma completa - corpo, alma, esprito.

    CONSULTERevista Ensinador Cristo - CPAD, n 62, p. 38. Voc encontrar mais su b s d io s para enriquecer a lio. So art igos que buscam expandir certos assuntos.

    SUGESTO DE LEITURA

    Ministrio Dirigido por JesusAtravs da vida de Jesus, o autor identifica os elementos que permitem que o Lder seja eficaz. Este livro vai ajudar voc no apenas a seguir a Cristo, mas ser um espelho de suas aes, decises e atitudes para que dl muitos frutos.

    Razes para CrerNesta obra, voc encontrar os mais renomados e respeitados telogos e apologistas da atualidade, explicando com clareza, porque o cristianismo faz muito sentido em meio a tantas religies e ceticismo.

    Vincent IIA obra rene um com entrio exegtico e um estudo lxico gram atical conduzindo o le ito r para mais p e rto do ponto de vista de um estudioso da lngua grega.

    2 6 L i e s B b l ic a s Abril/Maio/Junho - 201 5

  • Tento ureo Verdade Prtica"Porque no temos um sumo sacerdote que no possa compadecer-se das nossas fraquezas; porm um que, como ns, em tudo foi tentado, mas sem pecado."

    (Hb4.15)

    Jesus firmou-se na Palavra de Deus para vencer Satans. Assim devemos

    agir para obter a vitria.

    LEITURA DIRIA

    Se gu n da - Lc 4.2; 1 Co 10.13 A tentao uma realidade para todos os crentes

    Q u inta - Lc 4.5-8 A tentao de ser prestigiado e assim descumprirmos o propsito divino

    Tera - Lc 4.3; 1 Pe 5.8 A necessidade constante de vigilncia ante a tentao

    Sexta - Lc 4.9A tentao de ser notado quando Deus quer discrio

    Ouarta - Gn 3.6; Lc 4.3,4 A tentao de ser saciado em um momento de necessidade

    Sbado - Lc 4.12,13Em Jesus Cristo podemos vencera tentao

    2 01 5 - A b r i l / M a i o / J u n h o L i e s B b l i c a s 2 7

  • LEITURA BBLICA EM CLASSE

    Lucas- E Jesus, cheio do Esprito Santo,

    voltou do Jordo efoi levado pelo Esprito ao deserto.

    - E quarenta dias fo i tentado pelo diabo, e, naqueles dias, no comeu co isa algum a, e, term inados eles, teve fome.

    - E disse-lhe o diabo: Se tu s o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em po.

    4 - E Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito est que nem s de po viver o homem, mas de toda palavra de Deus.

    - E o d iabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe, num momento de tempo, todos os reinos do mundo.

    - E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glria, porque a mim mefoi entregue, e dou-o a quem quero.

    .1-13- Portanto, se tu me adorares, tudo

    ser teu.

    - E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satans, porque est escrito: Adorars o Senhor, teu Deus, e s a ele servirs.

    - Levou-o tambm a Jerusalm, e p-lo sobre o pinculo do templo, e disse-lhe: Se tu s o Filho de Deus, lana-te daqui abaixo,

    - porque est escrito: Mandar aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem

    - e que te sustenham nas m os, para que nunca tropeces com o teu p em alguma pedra.

    - E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito est: No tentars ao Senhor, teu Deus.

    - E, acabando o diabo toda a tentao, ausentou-se dele por algum tempo.

    H IN O S SU G ER ID O S: 75. 308, 422 da Harpa Crist

    OBJETIVO GERALMostrar que Jesus foi tentado, mas venceu toda tentao pelo poder da Palavra de Deus.

    OBJETIVOS ESPECFICOS

    Ao lado, o s objetivos especficos

    referem-se ao que o professor deve atingir em cada tpico. Por

    exemplo, o objetivo I refere-se ao

    tpico I com os seus respectivos

    subtpicos.

    Compreender a realidade da tentao.

    Explicar como Jesus venceu a tentao de ser saciado.

    Saber como Jesus venceu a tentao de ser celebrado.

    Analisar as artimanhas do Inimigo para que Jesus cedesse tentao de ser notado.

    2 8 L i e s B b l ic a s Abril/Maio/Junho - 201 5

  • INTERAGINDO COM O PROFESSORO Diabo um anjo do mal que, dia e noite, procura fazer com que os servos

    de Deus sejam seduzidos pelo pecado. Como homem Jesus tambm foi tentado em tudo (Hb 4.15b), mas o Mestre venceu toda tentao. O Inimigo fo i derrotado em todas as reas na vida de Jesus. A tentao vem para todos os filhos de Deus, porm, a Palavra do Senhor nos garante que, se resistirmos ao Diabo, ele fugir de ns (Tg 4.7).

    Lucas diz que o Diabo se ausentou de Jesus por um tempo (Lc4.l3). ou seja, at encontrar outra oportunidade para atac-lo novamente. Jesus estava iniciando seu ministrio quando fo i conduzido ao deserto para experimentar vrios tipos de tentao, mas o Inimigo, mesmo sem sucesso, o tentou at a cruz.

    COMENTRIO

    INTRODUOA tentao uma realidade com a

    qual todo crente, em algum momento, ir se deparar. No existe ningum que seja im une tentao, po is at m esm o Jesus, o hom em perfeito, foi tentado! A resposta tentao no , portanto, neg-la, mas enfrent-la luz da Palavra de Deus.

    Nesta lio iremos aprender como Jesus enfrentou a tentao e derrotou Satans. Veremos a sutileza do Diabo em tentar o Filho de Deus em um momento de extrema carncia e necessidade fsica, e como o Filho do Homem o derrotou ao dizer "n o " a cada uma de suas propostas. Por fim, destacaremos que a vitria de Jesus tambm a nossa.

    I - A REALIDADE DA TENTAO1. Uma realidade humana. J foram

    assinalados em comentrios anteriores que devem os levar em conta o fato bblico e teo lgico incontestvel de que Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Com o Deus, no podia ser tentado, mas como homem,

    201 5 - Abril/Maio/Junho

    m esm o sendo perfeito, sim (Jo 17-5; Fp 2.5-11; Hb 2.17). No m istrio da encarnao, Jesus no perdeu a sua natureza div ina, nem tam pou co os atributos da divindade, mas, como diz a

    traduo americana de Philips, Ele "abdicou de seus privilgios"

    (Fp 2.7). Como homem Ele foi tentado em todas as coisas, assim como ns, porm, no transgrediu (Hb 4.15). luz

    do ensino bblico, portanto, a tentao de Jesus Cristo foi

    real e no apenas uma encenao. 0 homem perfeito, Jesus, foi tentado em tudo, mas no pecou! (1 Pe 2.22)

    2. Vencendo a tentao. Lucas revela que Cristo foi conduzido pelo Esprito Santo ao deserto para ser tentado pelo Diabo. Jesus, em sua condio humana, foi capacitado pelo Esprito Santo para enfrentar Satans. A capacitao de poder sobre Jesus revela o lado messinico da sua misso. Na teologia lucana, o M essias seria revestido pelo Esprito para realizar a obra de Deus, e isso inclua desfazer as obras do Diabo. A vitria de Jesus sobre a tentao tambm a nossa vitria. Jesus, o homem perfeito, venceu a seduo do pecado

    L i e s B b l ic a s 2 9

    P O N TO C E N TR A L

    A tentao um a realidade, m as em

    Jesus podem os venc-la.

  • com orao, com a Palavra e por andar no Esprito. Todos os que e sto em Cristo podem sim, tambm, vencer a tentao (1 Co 10.13).

    SNTESE DO TPICO IA tentao uma realidade para

    todos os filhos de Deus.

    SUBSDIO TEOLGICO"0 Diabo tentou o Filho do homem,

    mas tambm o Filho de Deus. Foi uma disputa entre Jesus, cheio do Esprito Santo, e o acusador dos hom ens. O Diabo tinha vencido, com Ado e Eva. Ele tinha esperanas de triunfar sobre Jesus" (ROBERTSON, A. T. Comentrio de Lucas: Luz do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 80).

    II - A TENTAO DE SER SAC IADO1. A sutileza da tentao. A primeira

    tentao de Jesus se d na esfera dos apetites. A essa tentao Jesus respondeu: "Escrito est que nem s de po viver o homem" (Lc 4.3,4). O Diabo, por certo, sabia que por ocasio do batismo de Jesus, Deus, o Pai, falara-lhe da sua filiao divina (Lc 3.22). Jesus, como o homem perfeito que era, precisava enfrentar a

    tentao em sua condio humana, e no fazer uso de seus atributos divinos como queria o Diabo. Como Filho de Deus que era, evidentemente Jesus poderia usar os atributos da divindade para transformar todo aquele deserto em po. Todavia, se assim procedesse, negaria a sua misso de homem perfeito. Ouer o Diabo estimule um apetite legtimo, quer no, o seu alvo sempre o mesmo colocar tropeos no caminho do servo de Deus.

    2.Gratificao pessoal. Depois de 40 dias de jejum total, Jesus, sem dvida alguma, encontrava-se debilitado fisicamente. Todo o seu ser, por certo, exigia ser saciado. Tanto a gua quanto o po so elementos necessrios para a manuteno do corpo. No h, portanto, nada de errado com o desejo de comer ou beber. Todavia, se esse desejo apenas para uma gratificao pessoal, como queria o Diabo, ento ele se converte em pecado. Satans queria que Jesus visse as coisas materiais como sendo mais necessrias do que as espirituais. Jesus mostra que mais importante do que o po material era o po espiritual, a Palavra de Deus. Ainda hoje, o Diabo usa a mesma artimanha quando convence os homens de que ter abundncia, fartura ou prosperidade material melhor do que desfrutar da comunho com Deus.

    CONHEA MAIS

    *0 jejumSegundo a Leitura mdica, trinta a quarenta

    dias de completo jejum exaure as energias do corpo, causa fom e intensa e aproxima o ind iv duo da exausto. M e sm o neste estado de fraqueza, Jesus

    permaneceu fiel ao compromisso. Confiou e agiu de acordo com a Palavra de Deus." Leia mais em Guia

    do Leitor da Bblia, CPAD, p. 655.

    3 0 L i e s B b l ic a s Abril/Maio/Junho - 201 5

  • SNTESE DO TPICO IIJesus foi tento do o satisfazer suo

    necessidade de ser saciado.

    SUBSDIO TEOLGICO"Jesus experimenta trs tenta

    es especficas. A primeira envolve suas necessidades fs icas (Lc 4.3,4). O Diabo presume que Jesus o Filho de Deus 'Se tu s o Filho de Deus' sign ifica 'V isto que Tu s o Filho de Deus'. Claro que Jesus pode exercer o poder de Deus e transformar uma pedra do cho em po. O Diabo sugere que o uso deste poder para aliviar a fome era verdadeira prova de que Jesus o Filho de Deus. Mas se Jesus transformasse uma pedra em po, tal milagre revelaria sua falta de f na bondade de Deus. Ele teria obedecido a Satans em vez de ser obediente a Deus. Ele teria usado seu poder para satisfazer as necessidades pessoais em vez de us-lo para a glria de Deus.

    Jesus resiste a tentao do Diabo citando Deuteronmio 8.3.0 ponto de sua resposta que o bem-estar humano mais que assunto de ter comida suficiente. 0 mais importante obedecer Palavra de Deus e confiar no Senhor que cuida de ns. Jesus obedece Palavra de Deus, embora implique em fome fsica" (Comentrio Bblico Pentecostal. Vol1. l.ed. Rio de Janeiro, CPAD, p.338).

    I I I - A TENTAO DE SER CELEBRADO

    1. O prncipe deste mundo. Notexto de Lucas 4.5-8, o Diabo oferece a Jesus domnio sobre os reinos do mundo. Jesus no contestou as palavras de Sa tans quando este afirmou que possua autoridade sobre este mundo (Lc 4.6). De fato, o prprio Cristo afirmou que

    201 5 - Abril/Maio/Junho

    Satans o prncipe deste mundo (Jo16.11). O apstolo Joo nos diz que "o mundo est no maligno" (1 Jo 5.19). E o apstolo Paulo diz que o Diabo "prncipe das potestades do ar" (Ef 2.2). Vivemos em um mundo cado e com um sistema inquo, mas, assim como Jesus Cristo, no fazemos parte dele (Jo 8.23; 17-9; 18.36). lamentvel quando crentes no apenas vivem de acordo com os padres deste mundo, mas tambm ficam totalmente comprometidos com ele.

    2. A busca pelo poder terreno. Por trs desse sistema inquo existe toda uma filosofia de domnio. Esse poder pode estar presente tanto na esfera material como na espiritual. a busca pela glria e poder terreno. 0 D iabo sabe que o desejo de ser celebrado, de ser chamado "senhor", algo que fascina os homens. Satans sabia que derrubaria Ado se o convencesse de que ele poderia se tornar poderoso ao adquirir conhecimento. Ado acreditou que at mesmo poderia ser como Deus (Gn 3.5). A isca foi Lanada e Ado a engoliu! O Diabo por certo acreditava que o mesmo aconteceria com Jesus, o Filho do Homem. Mas Jesus no se dobrou diante de Satans. Por certo, muitos esto exercitando poder e domnio neste mundo, mas provavelmente tambm esto se curvando diante de Satans.

    SNTESE DO TPICO IIIComo homem, Jesus fo i tentado a

    buscar honra e celebrao para si.

    SUBSDIO TEOLGICO"A segunda tentao a oferta

    que Inimigo fez a Jesus de autoridade sobre os reinos da terra (Lc 4.5-8). Num momento de tempo, ele traz presena de Jesus todos os reinos do mundo. Afirma que eles lhes foram dados e que

    L i e s B b l ic a s 31

  • ele tem o direito de dispor deles como quiser. A afirmao do Diabo meia- verdade. Embora ele tenha grande poder (Jo 12.31; 14.30), no tem autoridade para dar a Jesus os reinos do mundo e a glria deles. Ele promete que Jesus pode se tornar o governante da terra se to som ente Ele o adorar. Satans tenta ludibriar Jesus para obter poder po lt ico e e stab e lece r um reino no mundo maior que o dos romanos.

    0 Reino que Jesus veio estabelecer muito diferente. um reino no qual Deus reina, e form ado por homens e m u lheres livres da escrav ido do pecado e de S a ta n s " (Com entrio B b lico Pentecostal. Vol 1. l.ed. Rio de Janeiro, CPAD, p.338).

    IV - A TENTAO DE SER NOTADO1. A artimanha do Inimigo. O Diabo

    no desiste nas primeiras derrotas e arrisca tentar Jesus mais uma vez com seu jargo predileto: "Se tu s" (Lc 4.9). Todavia, agora ele acrescenta a frase: "porque est escrito" (Lc 4.10). Satans tenta derrotar Jesus usando a Bblia! Evidentemente que ele usa o Salmo 91 fora do seu contexto! Ouando a Palavra do Senhor tem exatamente o sentido do que o Criador disse, ento ela de fato a Palavra dEle. Porm, quando passa a possuir um sentido particular, isto , que Deus no disse, no mais a Palavra dEle, mas palavras de Satans. A Bblia usada fora do seu contexto, como fez o D iabo e as seitas que ele criou, no a Palavra de Deus, mas uma arma do Maligno. preciso muito cuidado quando se v algum manusear a Bblia. Pode ser que esse "manuseio" no esteja a servio de Deus!

    2. A busca pelo prestgio. Ouando o Diabo quer ver a queda de algum, procura lev-lo at o ponto mais alto (Lc 4.9). a tentao de ser visto, de

    ser notado. Era a lgo muito tentador saber que dezenas, talvez centenas de pessoas, estariam ali para ver e aplaudir aquela cena com caractersticas cinematogrficas. Jesus no se dobrou frente aos apelos de Satans.

    H um reconhecimento e uma fama que so bblicas e no h nada pecaminoso nisso (Gn 12.2; 2 Sm 7.9). Todavia, quando o desejo por publicidade se torna um fim em si mesmo, ento passa-se a fazer o jogo do Diabo. Infelizmente, muitos no medem esforos para se exibir. Isso pecado, mesmo que seja na esfera religiosa ou espiritual.

    SNTESE DO TPICO IVJesus venceu o tentao de ser notado

    petos homens.

    SUBSD IO TEOLGICO"A terceira tentao tem a ver com

    provar a verdade da promessa de Deus (Lc 4.9-12). Jesus se deixa levar voluntariamente com o maligno at o ponto mais alto do templo. A localizao precisa no templo incerta, mas do ponto mais alto do templo Satans instiga Jesus a pular: 'Se tu s o Filho de Deus, lana- te daqui abaixo' (v. 9). A sugesto dele esta: Antes de tu te dispores em tua misso, melhor que te certifiques da proteo de Deus. Ento, por que no pulas e no te asseguras de que Deus tomar conta de Ti?' 0 maligno foi refutado duas vezes com as Escrituras, ento ele cita o Salmo 91.11,12 para garantir que Deus o proteger de qualquer dano. Este um exemplo de torcer as Escrituras para servir a um propsito, pois o Salmo 91 no garante que Deus far milagres sob as cond ies que estipu larm os" (Comentrio Bblico Pentecostal. Vol 1. l.ed. Rio de Janeiro, CPAD, p.338).

    3 2 L i e s B b l ic a s Abril/Maio/Junho - 201 5

  • CONCLUSO Jesus venceu Satans no deserto

    e em todas as outras situaes em queo confrontou durante o seu ministrio terreno (Lc 4.1-13; 10.18,19). Na cruz do Calvrio, o Filho de Deus derrotou Satans de forma definitiva (Cl 2.15; Hb 2.14). Posteriormente, o apsto lo

    Pau lo en s ina r ia Igreja que to do s aqueles que se encontram em Cristo ta m b m p a r t ic ip a m d e s sa v it r ia (Ef 1.20-22; 2.6). Em C r is to so m o s m ais do que ven ce d o re s (Rm 8.37;1 Co 15.57), todavia, com o cristos criteriosos, no devem os subestimar o mal (Lc 22.31-34).

    PARA REFLETIR

    Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:De que form a a lio explica a tentao de Je sus?Ela explica que a tentao uma realidade humana. Como homem Jesus tambm sofreu vrias tentaes. Porm, Ele venceu todas.

    O ual foi a prim eira tentao de Jesus?A primeira tentao foi a sugesto do Diabo de Jesus transformar as pedras do deserto em pes. Ele sabia que Jesus estava em jejum e, certamente, estava com fome.

    O ual fo i a segunda tentao?A segunda tentao foi a oferta que o Diabo fez a Jesus de autoridade sobre os reinos da terra (Lc 4.5-8).

    Satans tentou derrotar Jesus usando at m esm o o qu ?Ele usou at m esm o a Palavra de Deus. Porm, que fique claro, o D iabo utilizou a Palavra de Deus de forma errada, fora do seu contexto.

    Ouando Jesus derrotou Satans de form a defin itiva?Ouando da sua morte e ressurreio na cruz do calvrio.

    CONSULTERevista Ensinador Cristo - CPAD, n 62, p. 39. Voc encontrar mais subsdios para enriquecer a lio. So artigos que buscam expandir certos assuntos.

    SUGESTO DE LEITURAPor que os Lderes Fracassam Liderana EspiritualOuem Jesus

    Esta obra um contraponto espiritualidade moderna influenciada pelas seitas orientais e indicada para um pblico com uima razovel bagagem cultural.

    Ouem est de p, olhe para que no caia", d iz a Palavra de Deus. Esta obra um alerta para aqueles que so ou pretendem ser lderes.

    Numa poca em que "p ro fis sionais da f" fazem sucesso e servem de m influncia a muitos que almejam o pasto - rado, este liv ro um im portante alerta.

    201 5 - Abril/Maio/Junho L i e s B b l ic a s 33

  • Lio 5

    Jesus Escolhe seus

    Texto ureo Verdade Prtica

    "E qualquer que no levar a sua cruz e no vier aps mim no pode

    ser meu discpulo."

    (Lc 14.27)

    0 chamado para a salvao de graa, mas o discipulado

    tem custos.

    LEITURA DIARIASe gu n da - Lc 4.15,31 Jesus, o Mestre por excelncia e nosso exemplo

    T e r a -L c 11.1-4Jesus no somente ensinou compalavras, mas tambm pelo exemplo

    O u a r t a -L c 9.57-62Jesus se utilizou de vrios mtodosem seu ministrio de ensino

    O u in t a - L c 14.25-27 Jesus demonstra o alto custo do discipulado

    Sexta - Lc 9.23 O Senhor Jesus Cristo e a preparao dos discpulos

    S b a d o - L c 9.1-12 A misso dos discpulos era rdua, mas o Mestre estaria com eles

    3 4 L i e s B b l ica s Abril/Maio/Junho - 201 5

  • LEITURA BBLICA EM CLASSE

    Lucas 14.25-35- Ora, ia com ele uma grande mul

    tido; e, voltando-se, disse-lhe:

    - Se algum viera mim e no aborrecera seu pai, e me, e mulher, efilhos, e irmos, e irms, e ainda tambm a sua prpria vida, no pode ser meu discpulo.

    - E qualquer que no levar a sua cruz e no vier aps mim no pode ser meu di sei pulo.

    - Pois qual de vs, querendo edipear uma torre, no se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para verse tem com que a acabar?

    - Para que no acon tea que, depois de haver posto os alicerces e no a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele,

    - dizendo: Este homem comeou a edificar e no pde acabar.

    - Ou qual o rei que, indo guerra a pelejar contra outro rei, no se assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil?

    - De outra maneira, estando o outro ainda longe, manda embaixadores e pede condies de paz.

    - Assim, pois, qualquer de vs que no renuncia a tudo quanto tem no pode ser meu discpulo.

    34 - Bom o sal, mas, se ele degenerar, com que se adubar?

    - Nem presta para a terra, nem para o monturo; lanam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir; que oua.

    H IN O S SU G E R ID O S: 1 1 5 ,1 2 7 ,1 3 2 da Harpa Crist

    OBJETIVO GERALMostrar com o se deu a escolha e a chamada d o s primeiros discpulos.

    OBJETIVOS ESPECFICOS

    oo

    Abaixo, os objetivos especficos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tpico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tpico I com os seus respectivos subtpicos.

    Analisara vida de Jesus enquanto Mestre.Explicar como se deu o chamado dos discpulos.Saber como foi o treinamento dos primeiros discpulos. Analisar a misso de Jesus e de seus discpulos.

    201 5 - Abril/Maio/Junho L i e s B b l ic a s 35

  • INTERAGINDO COM O PROFESSORJesus se tomou muito popular e por onde passava atraa multides. Muitos

    apenas seguiam o Mestre, mas no eram seus discpulos. Ser discpulo envolve um preo e muitos no estavam dispostos a pag-lo. Atualmente tambm, muitos querem ser abenoados por Jesus, todavia, poucos querem se tornar discpulos. Ser discpulo abrir mo da prpria vontade, de desejos pessoais e isso envolve grande sacrifcio. O discpulo no pode permitir que nada venha interferir no seu compromisso com o Mestre. Cabe ao discpulo tomar a sua cruz e seguir o seu Mestre.

    COMENTRIO

    Para ser discpulo de Jesus preciso renunciar a tudo,

    tomar a cruz e segui-lo.

    INTRODUOComo crentes, temos conscincia

    do valor que a pregao da Palavra tem para a construo do Reino de Deus. Todavia, quando lemos os Evangelhos, acabamos descobrindo que Jesus, durante o seu ministrio terreno, p o n t oensinou mais do que pregou. C E N TR A LNa verdade, suas pregaes, mesmo quando proclamaes, eram recheadas de contedo pedaggico. Esses fatos nos mostram a importncia que o ensino tem para um aprendizado eficiente. Nesta lio, aprenderemos com o Mestre dos mestres como Ele ensinou os seus seguidores e como, dentre eles, formou seus discpulos.

    1 - 0 MESTRE1. Seu ensino. Jesus, o homem per

    feito, foi o Mestre por excelncia. A maior parte do seu ministrio foi dedicada a ensinar e a preparar os seus discpulos (Lc 4.15,31; 5.3,17; 6.6; 11.1,2; 13.10; 19.47). Portanto, o ministrio de Jesus foi centralizado no ensino. As Escrituras registram que as pessoas ficavam maravilhadas com o ensino do Senhor (Lc 4.22). Elas j estavam acostumadas a ouvir os mestres judeus ensinando nas

    sinagogas (Lc 4.20). Porm, quando ouviram Jesus ensinando, Logo perceberam algo diferente! (Mt 7.28,29) O que era? Ele as ensinava com autoridade, e no apenas reproduzindo o que os outros disseram. A natureza de seu ensino era

    diferente seu ensino era de origem divina (Jo 7.16).

    2. Seu exemplo. Jesus ensinou seus discpulos atravs do exemplo: "Porque eu vos dei o exemplo, para que, como

    eu vos fiz, faais vs tambm" (Jo 13.15). Isso o distanciou dos es-

    cribas e fariseus que ensinavam, mas no praticavam o que ensinavam (Mt 23.3). Os discpulos se sentiram motivados a orar quando viram seu Mestre orando (Lc 11.1-4). As palavras de Jesus eram acompanhadas de atitudes prticas. De nada adianta a beleza das palavras se elas no vm acompanhadas pelas aes (Tg 1.22). 0 povo se convence mais rpido pelo que v do que pelo que ouve. Por isso, o Mestre exortou os seus discpulos a serem exemplos (Mt 5.16).

    SNTESE DO TPICO IJesus o Mestre por excelncia.

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  • SUBSID IO TEOLOGICO I I - O C H AM A D O"D iscpu lo era um termo comum

    no sculo I para uma pessoa que era um segu ido r com prom issado de um lder religioso, filosfico ou poltico. No mundo judaico, o termo era particularmente usado para os estudantes de um rabi, o m estre re lig ioso. Nos Evangelhos, Joo Batista e os fariseus tinham grupos de discpulos (Mc 2.18; Mt 22.15,16). E sses d isc pu los, com frequncia, eram os alunos mais promissores que passaram pelo sistema de educao judaica os que j tinham m em orizado as Escrituras hebraicas e d e m o n s t ra ra m o p o te n c ia l para aprender os ensinamentos especficos dos rabis sobre a lei e os profetas a fim de que pudesse ensinar isso a outros. Portanto, era uma grande honra e responsabilidade ser chamado por um rabi para ser seu discpulo. Os discpulos aprenderam os ensinam entos de seu rabi v iven d o com ele e se g u in d o -o aonde quer que v. Uma frase daquele tempo descrevia os d isc pulos como aque les que 'ficavam cobertos pela poeira do rabi', porque, literalmente, seguiam de muito perto seus mestres" (Guia Cristo de Leitura da Bblia, l.ed. Rio de Janeiro: CPAD,p. 69).

    1. O m todo. O s te lo g o s tm observado que o m todo usado por Jesus para recrutar seus discpulos variado. De fato, a Escritura mostra que a lg u m a s vezes a in ic ia t iv a do chamamento parte do prprio Senhor Jesus. Enquanto pregava e ensinava, Jesus observava as pessoas a quem iria chamar (Mc 1.16-20). Em alguns casos, o chamamento veio atravs da indicao do Batista (Jo 1.35-39). Houve tambm pessoas que se ofereceram para serem seguidoras de Jesus (Lc 9.57,58,61,62). E, finalmente, existiram os que foram conduzidos at Jesus por intermdio de am igos (Jo 1.40-42,45,46). Dessa forma, todas as c lasses foram alcanadas por Jesus. E foi dentre esses se gu ido re s que Jesus cham ou doze para serem seus apstolos (Lc 6.13-16).

    2. 0 custo. Jesus deixa bem claro quais so as implicaes envolvidas na vida daquele que aceitasse o chamado para ser seu discpulo. Tornar-se discpulo bem diferente de se tornar um sim ples aluno. No discipulado, o se guidor passa a conviver com o mestre, enquanto na relao professor-aluno essa prtica no est p resente . 0 aprendizado acontece diuturnamente,

    CONHEA MAIS

    *Jesus e os discpulos"D isc pu lo era um termo comum no sculo I

    para uma pessoa que era um segu idor com prom issado de um lder religioso, filsofo ou poltico. No

    mundo judaico, o termo era particularmente usado para os estudantes de um rabi, ou mestre religioso.

    Nos Evangelhos, Joo Batista e os fariseus tinham grupos de d iscpulos (Mc 2.18; Mt 22.15.16)." Para

    conhecer mais leia Cuia Cristo de Leitura da Bblia. CPAD, p. 69.

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  • e no apenas durante a lgum as aulas dadas em domiclio ou numa sala. Ouem quiser segui-lo deve, portanto, avaliar os custos. S e g u ir a C r is to envo lve renncia, significa subm isso total a Ele. Jesus lembrou as pessoas desse custo, pois no queria que o seguisse apenas por empolgao (Lc 14.25-27). M u ito s querem ser d is c p u lo s mas no querem renunciar nada. s vezes p rec isam os sacr if icar at m esm o on o sso re lac ion am en to re l ig io so na famlia, abrir mo de a lgum as coisas para segu ir a Jesus. 0 que o Mestre est requerendo de voc?

    SNTESE DO TPICO IIJesus chamou doze discpulos paro

    estar com Ele.

    SUBSD IO TEOLGICOA salvao um presente, mas o

    discipulado caro. Aqueles que seguem Jesus devem estar propensos a pagar o alto preo. Ele quer que as pessoas se deem conta de que considerar o custo antes de tomar uma deciso assunto srio. Requer arrependimento e com promisso total a Jesus " (Comentrio Bblico Pentecostal. Vol 1. l.ed. Rio de Janeiro, CPAD, p.418).

    I I I - O TREINAM ENTO1. Mudana de destino. No treina

    mento dado aos discpulos, a cruz ocupa um lugar central nos ensinamentos do Mestre (Lc 9-23; 14.27). A cruz de Cristo aparece como um divisor de guas na vida dos discpulos. Uma mudana de rumo ou destino. A v ida com Cristo cheia de vida, na verdade vida em abundncia (Jo 10.10). M as por outro Lado, uma vida para a morte! Ouem no estivesse disposto a morrer, no

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    poderia ser seu seguidor autntico. A cruz muda o destino daquele que se torna seguidor de Jesus. Ela garante paz e vida eterna, mas somente para aqueles que morrerem para este mundo.

    2. M udana de va lo re s. Lucas mostra Jesus instruindo os Doze antes de envi-los em misso evangelstica (Lc 9-1-6) e, posteriormente, enviando outros setenta aps dar-lhes tambm in strues de ta lhadas (Lc 1 0 .1 -1 2 ). Para chegar a esse ponto, muitas coisas precisaram ser mudadas na vida desses discpulos. Uma delas, e muito importante, foi a mudana de mentalidade dos discpulos. Jesus mudou a forma de pensar deles. Seus discpulos no poderiam mais, por exemplo, possuir uma mente materialista como os gen tios, que no conheciam a Deus (Lc 12.22,30). Ouem conhece a Jesus de verdade no fica preocupado com o amanh, com as coisas deste mundo, pois sabe que Ele, o Bom Pastor, supre cada uma das nossas necessidades.

    SNTESE DO TPICO IIIJesus escolheu seus discpulos e os

    treinou para todo trabalho na seara.

    SUBSD IO TEOLGICOA esco lha dos doze d isc pu los

    por Jesus relevante, considerando- se que havia inicialmente doze tribos em Israel, provenientes dos doze filhos de Jac (veja Gn 49). Depois do exlio, apenas a tribo de Jud permanecera v is ive lm ente intacta. O uando e sco lheu os doze discpulos, Jesus estava anunciandoa restaurao do povo de Deus, agora reconfigurado em torno do prprio Jesus.

    [...] Pedro era o mais proeminente de todos os discpulos. Mateus ou Levi,

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  • era cobrador de impostos, um publicano, que, por essa razo, era considerado um proscrito social por causa de seu emprego com as desprezadas autoridades romanas" (Guia Cristo de Leitura da Bblia, l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.70).

    IV - A M ISSO1. P regar e ensinar. J fo i d ito

    que o ministrio de Jesus consistia no ensino da Palavra de Deus, na pregao do Evangelho do Reino e na cura dos doentes (Mt 4.23; Lc 4.44; 8.1). No texto de Lucas 9-1,2, vem os Jesus enviando os doze: "E, convocando os seus doze discpulos, deu-lhes virtude e poder sobre to do s os d e m n io s e para curarem enfermidades; e enviou -os a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos". "P rega r a traduo do verbo g re go kerysso, que possu i o se n t id o de "p ro c la m a r co m o um arauto". Jesus treinou seus discpulos com uma misso especfica serem proclamadores da mensagem do Reino de Deus. Proclam ar o Evange lho do Reino ainda continua sendo a principal misso do Corpo de Cristo! Ouando a Igreja se esquece desse princpio, ela perde o seu foco.

    2. Libertar e curar. 0 Evangelho de Cristo prov tanto a cura para a alma como tambm para o corpo. 0 Evangelho de Mateus revela com clareza que o Senhor Jesus proveu tanto a cura como a libertao para todos aqueles que se achegavam a Ele com f e contrio (M t 8.16,17). Frank S tagg , te lo g o americano, observa que embora a obra redentora de Cristo tenha o seu centro na cruz, Ele j era redentor da doena e do pecado durante o seu ministrio terreno. Os discpulos, portanto, precisavam Levar frente essa verdade a todos os locais.201 5 - Abril/Maio/Junho

    SNTESE DO TPICO IVA misso dos discpulos era pregar

    o Evangelho do Reino a todos.

    SUBSDIO TEOLGICO"N o incio do seu ministrio, Jesus

    escolheu doze seguidores de um grupo enorme para formar um grupo mais prximo de discpulos (Mc 3.13-19). Conforme Ele os fez recordar posteriormente, o fato de se tornarem parte integrante desse grupo mais ntimo devia-se ao fato de Ele os ter escolhido, e no de eles terem feito uma escolha (Jo 15.16). Tinham dois propsitos principais: estar 'com' Jesus, como seguidores, e tambm para que eles os 'enviasse a pregar', como os representantes de Jesus (Mc 3.14). Em grego, o termo para enviar a pregar apostolos, e, assim, os Doze tambm passaram a ser conhecidos como 'os apstolos'. Tinham de estar com Jesus durante todo o seu ministrio para ouvir a mensagem e aprender sua forma de viver; depois, eles foram enviados por Jesus para as cidades e vilarejos de Israel, para disseminar a mensagem de Jesus sobre o Reino e para demonstrar isso por intermdio dos mesmos sinais milagrosos que Jesus usara (Mc 3.14,15). Depois da ressurreio, esses discpulos (com exceo de Judas, que traiu Jesus) tinham de levar a mensagem sobre Ele ao mundo (Mt 28.19)" (Guia Cristo de Leitura da Bblia, l.ed. Rio de Janeiro, CPAD, pp.69-70).

    CONCLUSO

    Aprendem os nesta lio sobre a importncia que o ensino tem na formao do carter cristo. Jesus ensinou os seus discpulos, mas no os ensinou de qualquer forma nem tampouco lhes

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  • deu qualquer coisa com o contedo. Ele lhes ensinou a Palavra de Deus. M as at m esm o o ensino da Palavra de Deus, para ter eficcia, precisa ser acompanhada pelo exemplo, valer-se de recursos didticos eficientes, firmar-se em valores e possuir um objetivo claro

    e definido. Tudo isso encontramos com abundncia nos ensinos de Jesus. Ao seguir seus ensinos, temos a garantia de que o hiato existente entre o professor e o aluno, entre o educador e o educando, desaparecero. Dessa forma teremos um ensino eficiente.

    PARA REFLETIR

    Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:No que se d ife renava o e n s in o de Je su s daque le p raticado p e lo s e scribas?0 que diferenava era o fato de que Jesus ensinava com autoridade, e no apenas reproduzindo o que os outros disseram.

    Com o podem os defin ir o m todo de ensino de Jesus?Jesus tinha como mtodo o exemplo. Suas palavras eram associadas a aes prticas. Jesus vivia o que ensinava.

    Com o Jesus treinava seu s d isc pu lo s?No treinamento dado aos discpulos, a cruz ocupava um Lugar central. Ouem no estivesse disposto a morrer, no poderia ser seu seguidor autntico.

    Em que consistia a m isso dos d isc pu lo s de Jesus?Os discpulos tinham como misso pregar o Reino de Deus e curar os enfermos. Jesus treinou seus discpulos com uma misso especfica serem proclamadores da mensagem do Reino de Deus. Proclamar o Evangelho do Reino ainda continua sendo a principal m isso do Corpo de Cristo.

    Voc um d isc pu lo de C risto ?Resposta pessoal, porm, enfatize que para ser discpulo preciso renunciar a si mesmo.

    CONSULTERevista Ensinador Cristo - CPAD, n 62, p. 39. Voc encontrar mais subsdios para enriquecer a lio. So artigos que buscam expandir certos assuntos.

    SUGESTO DE LEITURA

    Comentrio de Lucas: Luz do Novo Testamento GregoEsta obra apresenta um novo sistema de cabealhos com textos gregos mais utilizados, tradues atualizadas.

    Guia Cristo de Leitura da BbliaEsta obra o ajudar a descobrir, com preender e aplicar os grandes tesouros e ensinamentos bblicos.

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  • Tento Aureo Verdade Prtica"E tambm algumas mulheres que ha

    viam sido curadas de espritos malignos A mulher sempre teve ume de enfermidades [...] e muitas outras papel importante na expanso

    que o serviam com suas fazendas." do Reino de Deus.(Lc 8.2,3)

    LEITURA DIRIA

    Se gu n d a - Lc 1.35; Gn 3.15 Jesus da descendncia da mulher e veio para resgat-las

    Tera - Lc 7.44-47Jesus valorizou as mulheres comoningum jamais o fez no mundo

    O u a r t a - L c 8.3Jesus foi ajudado por mulheresq