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Lição 1 A Mulher Junto ao Poço João 4:1-42 Versículo: João 4:24 Jesus atravessa Samaria Jesus e os Seus apóstolos se encontravam na Judeia, no Sul de Israel. Então Ele disse que iriam à Galileia, no Norte do país. “Preciso de passar por Samaria,” disse. Jesus sabia que em Samaria havia gente com a alma sedenta da água da vida, de sorte que Ele precisava de ir ter com essas pessoas, para lhes matar a sede. A região central da Palestina, entre o Norte e o Sul, era chamada de Samaria. Era também um caminho mais curto e natural numa viagem da Judeia para a Galileia. Entretanto, os judeus evitavam passar por Samaria, porque muito desprezavam os habitantes de lá. Eram odiados porque: 1) não eram judeus puros de sangue, mas eram antes uma mistura de judeus de outros países; 2) além disso, os samaritanos haviam construído um lugar de adoração lá mesmo, ao invés de ir adorar em Jerusalém. Jesus envia os apóstolos à cidade Quando Jesus se aproximou da cidadezinha de Sicar por volta de meio-dia, Ele e os apóstolos chegaram ao poço de Jacó. Tinha esse nome porque há mais de 1500 anos antes o Patriarca Jacó o havia cavado. Por isso ficou com o nome de Poço de Jacó. Jesus mandou os discípulos à cidadezinha de Sicar com a instrução de que comprassem comida enquanto Ele ficou sentado junto ao Poço de Jacó. Jesus sabia porque tinha de ir por Samaria, como sabia também que na cidadezinha de Sicar havia gente muito carente da verdade divina. Por isso, sentou-se e aguardou junto ao poço. Jesus fala a uma mulher junto ao poço Logo uma mulher samaritana com um pote na cabeça apareceu no caminho para apanhar água no poço. Naqueles tempos não havia água encanada nas casas. Às mulheres cabia a tarefa de ir buscar água no poço para as necessidades da casa. Era costume das mulheres virem em grupo buscar água de tardezinha. Riam, falavam e se divertiam juntas enquanto puxavam água do poço. Era a sua hora social. Mas a mulher de nossa história veio sozinha ao meio-dia porque tinha má reputação na cidade, de sorte que as outras mulheres a evitavam. Para não dar lugar a cochichos e problemas, ela vinha numa hora em que, sabia com certeza, outras mulheres não estariam lá. Com um rápido olhar ela deduziu que o estranho junto ao poço era um judeu. E considerando que os judeus não davam importância aos samaritanos, ignorou o Homem, enquanto descia o balde para apanhar a água p’ra levar para casa. Quando a mulher acabou de puxar a água, Jesus se dirigiu a ela: “Dá-Me de beber, por favor!” A mulher se surpreendeu de ver um judeu pedindo alguma coisa a uma samaritana, pois era costume dos judeus não falarem com os samaritanos, especialmente se fosse uma mulher. Ela disse: “Considerando que o Senhor é um judeu, por que está a pedir água a um samaritano e, por cima ainda, a uma mulher samaritana? O Senhor sabe que os judeus não querem nada com os samaritanos.” Jesus respondeu: “Se soubesse que presente maravilhoso Deus tem para si, e quem Eu Sou, pediria a água viva!” A mulher não compreendeu o que fosse água viva, e respondeu: “O Senhor não tem corda nem balde

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Lição 1

A Mulher Junto ao Poço

João 4:1-42

Versículo: João 4:24

Jesus atravessa Samaria

Jesus e os Seus apóstolos se encontravam na Judeia, no Sul de Israel. Então Ele disse que iriam à

Galileia, no Norte do país. “Preciso de passar por Samaria,” disse. Jesus sabia que em Samaria havia gente

com a alma sedenta da água da vida, de sorte que Ele precisava de ir ter com essas pessoas, para lhes matar

a sede.

A região central da Palestina, entre o Norte e o Sul, era chamada de Samaria. Era também um caminho

mais curto e natural numa viagem da Judeia para a Galileia. Entretanto, os judeus evitavam passar por

Samaria, porque muito desprezavam os habitantes de lá. Eram odiados porque: 1) não eram judeus puros

de sangue, mas eram antes uma mistura de judeus de outros países; 2) além disso, os samaritanos haviam

construído um lugar de adoração lá mesmo, ao invés de ir adorar em Jerusalém.

Jesus envia os apóstolos à cidade

Quando Jesus se aproximou da cidadezinha de Sicar por volta de meio-dia, Ele e os apóstolos

chegaram ao poço de Jacó. Tinha esse nome porque há mais de 1500 anos antes o Patriarca Jacó o havia

cavado. Por isso ficou com o nome de Poço de Jacó. Jesus mandou os discípulos à cidadezinha de Sicar

com a instrução de que comprassem comida enquanto Ele ficou sentado junto ao Poço de Jacó. Jesus sabia

porque tinha de ir por Samaria, como sabia também que na cidadezinha de Sicar havia gente muito carente

da verdade divina. Por isso, sentou-se e aguardou junto ao poço.

Jesus fala a uma mulher junto ao poço

Logo uma mulher samaritana com um pote na cabeça apareceu no caminho para apanhar água no

poço. Naqueles tempos não havia água encanada nas casas. Às mulheres cabia a tarefa de ir buscar água no

poço para as necessidades da casa. Era costume das mulheres virem em grupo buscar água de tardezinha.

Riam, falavam e se divertiam juntas enquanto puxavam água do poço. Era a sua hora social. Mas a mulher

de nossa história veio sozinha ao meio-dia porque tinha má reputação na cidade, de sorte que as outras

mulheres a evitavam. Para não dar lugar a cochichos e problemas, ela vinha numa hora em que, sabia com

certeza, outras mulheres não estariam lá.

Com um rápido olhar ela deduziu que o estranho junto ao poço era um judeu. E considerando que os

judeus não davam importância aos samaritanos, ignorou o Homem, enquanto descia o balde para apanhar

a água p’ra levar para casa.

Quando a mulher acabou de puxar a água, Jesus se dirigiu a ela: “Dá-Me de beber, por favor!” A

mulher se surpreendeu de ver um judeu pedindo alguma coisa a uma samaritana, pois era costume dos

judeus não falarem com os samaritanos, especialmente se fosse uma mulher.

Ela disse: “Considerando que o Senhor é um judeu, por que está a pedir água a um samaritano e, por

cima ainda, a uma mulher samaritana? O Senhor sabe que os judeus não querem nada com os

samaritanos.”

Jesus respondeu: “Se soubesse que presente maravilhoso Deus tem para si, e quem Eu Sou, pediria a

água viva!”

A mulher não compreendeu o que fosse água viva, e respondeu: “O Senhor não tem corda nem balde

para puxar água e o poço é muito fundo! Como poderia obter essa água viva de que está a falar? Além do

mais, por acaso o Senhor é maior do que nosso Pai Jacó, que nos deu este poço? Como o Senhor pode

oferecer uma água melhor do que esta, que ele, seus filhos e seus rebanhos tanto apreciaram?”

Então, Jesus começou a explicar a diferença entre água viva e a água comum do poço, e disse: “Quem

beber desta água terá sede outra vez e voltará para buscar mais água, mas quem beber da água viva que Eu

dou, se tornará como uma fonte perpétua, como se tivesse um poço artesiano dentro de si jorrando para a

vida eterna.

A mulher disse para si mesma: “água viva! Este Homem diz que dará água viva a quem Lhe pedir.” Ela

ficou interessada porque, pensou, não teria mais de fazer o trabalho cansativo de vir ao poço diariamente

apanhar água, se obtivesse dessa água viva, que jorra como de eterna fonte. Então falou a Jesus: “Senhor,

dá-me essa água viva! Assim, nunca mais terei sede e nem terei de fazer esta viagem cansativa da casa

para o poço e do poço para casa todos os dias.”

Jesus sabia que havia um assunto sobre o qual deveria falar à mulher antes de lhe dar água viva. Por

isso, lhe disse: “Vai buscar o teu marido.” Ela disse: “Não tenho marido.” Ela inclinou a cabeça e ficou

vermelha de vergonha.

“Você está certa,” disse Jesus. “Já teve cinco maridos, e o homem que vive consigo agora não é seu

marido.”

Ela ficou parada, cheia de emoção, e por um instante não soube o que responder. Como poderia esse

estranho saber da sua vida secreta? Quem era esse que podia, apontar o dedo, para o pecado da sua vida?

Ela não se conteve e soltou: “Senhor, deves ser profeta.” Ela compreendeu que Este Homem - que sabia

tudo sobre o seu pecado e maldade de seu coração, embora nunca a tivesse visto antes devia de ser enviado

de Deus.

A mulher se perturbou, porque a sua vida pecaminosa era assunto muito desagradável. Pensando, na

esperança de poder mudar o rumo da conversa, para algo menos embaraçoso, fez uma pergunta que há

muito atormentava: “Conta-me, Senhor,” disse ela, “por que é que os judeus insistem em dizer que

Jerusalém é o único lugar de adoração enquanto nós samaritanos alegamos que é certo adorar aqui no

Monte Gerazim, onde nossos ancestrais renderam culto?”

Jesus explicou que o importante não é onde a pessoa adora, presta o culto, mas como adora, como

presta o culto. E esclareceu: “Porque todos que adoram a Deus devem adorá-Lo em espírito e em verdade.

A verdadeira adoração deve ser com toda sinceridade do coração, em verdade, porque Deus é Espírito, e o

Pai quer esta forma de adoração.”

A mulher olhou-O e disse com certa anelante melancolia: “Bom, pelo menos sabemos que, quando o

Messias vier - Aquele a quem chamam o Cristo - Ele nos explicará todas as coisas.”

Mas qual não foi a sua surpresa quando Jesus LHE disse: “Eu Sou o Messias!” Ele lhe fez a declaração

com a maior tranquilidade, porém com firmeza, como um facto inarredável. Então ela creu que Ele

realmente era o Messias. Essa revelação explicava o porquê de Ele saber tudo sobre ela, tendo, nada

obstante, lhe oferecido a água viva.

Ela ficou seus olhos nos Seus e disse em seu coração: “Oh! Este Homem é Ele! Creio que é o Messias

que há muito esperamos!” Ao reconhecer Jesus como o Messias, ela bebeu copiosamente da água viva.

A mulher corre à cidade

Oh! Que novas maravilhosas! Ela mal podia conter-se, pois queria ir logo contar a seus amigos e

vizinhos que o Messias Prometido havia chegado. Ficou tão animada que, ao sair às pressas de volta para

a cidade, deixou o pote d’água junto ao poço. Há anos que ela tinha sede da água via, mas hoje, quando

viera ao poço de Jacó em busca de água comum, encontrou-o que desejara toda a vida - água viva; e o

próprio Jesus era e é a água viva. Ela creu nEle e agora deveria ir logo contar aos outros o seu achado, que

era por demais importante para ser mantido em segredo. Deveria contar tudo a seus amigos, a toda a

cidade! Todos deveriam vir beber da água viva também. Cristo era a água viva e só Ele poderia satisfazer

os anseios íntimos do coração. Alguém já comentou que “Ela deixou o pote e levou o poço.”

Os discípulos voltam com a comida

Enquanto a mulher voltava para a cidade, os discípulos chegaram com a comida. Por certo ficaram

surpresos ao ver Jesus falando com uma samaritana, mas nenhum deles ousou interrogá-Lo sobre o

motivo, ou o porquê de Sua discussão com ela. Os discípulos disseram: “Mestre, é hora da refeição.” Mas

Jesus, embora fisicamente tão cansado e faminto quanto Seus discípulos, tinha mais do que a ideia de

comida na cabeça.

“Meu alimento é fazer a vontade Daquele que Me enviou”, disse-lhes. “Não digais, ainda há quatro

meses e depois virá a colheita! Porém Eu vos digo: Erguei os olhos e olhai os campos, pois já branquejam,

prontos para a colheita.” O campo de que Jesus falava eram os povos da terra. Ele dizia que as pessoas têm

sede da água viva, da mesma forma que a mulher que veio ao poço. Dar água viva a essa gente +e muito

mais do que satisfazer as exigências de alimento do corpo. Ele estava preocupado com as pessoas que

ainda não O conheciam, e queria despertar os Seus discípulos para essa mesma preocupação também. Os

demais judeus desprezavam os samaritanos, mas Jesus não. Ele os amava.

A mulher fala de Jesus ao povo da cidade

Quase sem fôlego, a mulher chegou à cidade, convocando a todos que encontrava: “Vinde e conhecei

o Homem que me contou toda a minha vida pregressa. Olhou bem dentro da minha vida, disse-me todos os

meus pecados, dando-me água v ia para a minha alma. Só pode ser o Messias! Não?” Andando pelas ruas

da cidade e falando com todos que encontrava, chegou aos líderes mais importantes do lugar. Sem dúvida,

eles sabiam tudo sobre ela, pois todos lá sabiam que ela era uma mulher de vida torta. Nenhuma das

mulheres respeitáveis queria conversa com ela. Ora! Esse negócio de ela agora falar do Messias e de

religião era muito estranho mesmo. Talvez fosse melhor ouvir o que dizia, pensaram.

Enquanto escutavam-na e observavam-na falar, viram que era sincera e que até havia brilho em seus

olhos quando falava do Messias. Suas palavras foram tão convincentes que até os homens da cidade

decidiram ir ao poço para ver com os próprios olhos.

O povo da cidade crê em Jesus

Muitos do resto do pessoal da cidade ficaram tão curiosos que também decidiram ir ver Jesus. Assim

foi que chegaram ao Poço de Jacó para ver o fenómeno, eles próprios, e então creram que Jesus era o

Messias por causa das coisas que a mulher olhes contara. Eles rogaram a Jesus que ficasse com eles na

cidade e lhes ensinasse o amor de Deus e o perdão dos pecados. Por essa razão Jesus ficou dois dias

inteiros na cidade de Sicar, e muitos outros samaritanos creram nEle e Lhe abriram o coração. Então

disseram à mulher que primeiro encontrara Jesus junto ao poço: “Agora cremos porque nós próprios O

ouvimos, e não pelo que tu nos dissestes. Na verdade Ele é o Cristo, o Salvador do mundo.”

Essa mulher não sabia muito sobre Jesus, mas contou ao povo tudo o que sabia e tudo o que Ele lhe fez.

E é só isso que Jesus pede de nós - que sejamos as suas testemunhas, que testemunhemos dEle. Uma

testemunha é uma pessoa que conta o que sabe. Deus salvou a você? A Bíblia significa muito para você?

Deus ouve e responde as suas orações? Deus satisfaz o seu coração, de modo que não precisa de sair em

busca da “água deste mundo” que jamais poderá satisfazer a sua sede espiritual? Então conte isso! Diga

aos amigos e aos vizinhos; diga as colegas de escola; diga aos que estão abatidos, em tristeza; aos que

estão em solidão; aos que estão carentes de amigos, aos que ainda buscam algo que possa satisfazê-los - a

todos esses, conte sobre a água viva.

A água natural que temos de beber continuamente para mitigar a nossa sede é uma alegoria de todas as

coisas deste mundo com as quais tentamos satisfazer nossos corações. Alguns crêem que o dinheiro e as

coisas que o dinheiro pode comprar os farão completamente felizes. É conhecido o facto de que os jovens

sacrificam tudo para brilhar nos desportos ou para colar grau com honra - achando que tais realizações

lhes trarão profunda satisfação interior.

Outros acham que se fizerem e tiverem o que quiserem ficarão com os corações satisfeitos. Vamos

supor que consigam o que desejam. Pois bem, dentro de pouco tempo se cansarão de tais coisas e ficarão

infelizes e inquietos de novo. Satisfeito um desejo, logo surge outro no lugar daquele, num círculo vicioso.

Por isso, os bens materiais, por melhores e mais caros que sejam, não satisfazem o ser humano nem o

satisfarão no íntimo d’alma. Essa busca das coisas terrenas é que significa beber da água deste mundo, e

temos que sair em busca dessa água continuamente, como a mulher ia ao poço, pois a nossa sede jamais é

mitigada.

O coração que foi criado para Deus e a eternidade não se satisfaz com as coisas deste mundo.

Precisamos da água viva, a espécie de água que só Jesus pode dar. Se ainda não bebeu da água viva divina,

agora é a oportunidade de prová-la, aceitando Jesus como o Seu Salvador pessoal. Queres aceitá-Lo?

Lição 2

O Filho do Nobre

João 4:43-54

Versículo: João 5:24a

Jesus cura o filho do nobre

Jesus foi à Galileia, na região Norte de Israel, que era também a região onde nasceu. Àquela altura

espalhavam-se histórias e rumores sobre suas curas de cegos, e aleijados, e até do perdão de pecados.

Todos esperavam que agora Ele realizasse alguns milagres naquela região do país.

Ele viajou pela Galileia e chegou a cidade de Caná. Resolveu ficar um pouco naquele lugar.

À distância de cerca de 25 quilómetros, na cidade de Cafarnau, vivia um nobre, um funcionário do

governo, cujo filho pequeno estava muito doente mesmo. A criança estava tão doente que todos achavam

que morreria logo, pois chegou a um ponto que, sabiam eles, só Deus mesmo poderia curá-lo. O nobre

estava muito preocupado e aflito porque nada podia fazer pelo filho.

O nobre já ouviu falar de Jesus e de Seu poder de operar coisas maravilhosas, de sorte que, quando

chegaram notícias de que Jesus estava em Caná da Galileia, começou a ter esperanças. Quem sabe, Jesus

usaria Seu grande poder e faria o que os médicos não puderam – restaurar a saúde de seu filhinho querido.

O nobre decidiu o que fazer – mandaria chamar Jesus para lhe curar o filho.

Era cera de uma hora da tarde quando Jesus acabou de ensinar no mercado de Caná. Nesse momento

chega um nobre, bem vestido e com grande pressa, com a túnica e o robe cobertos de poeira, em

consequência da viagem de 25 quilómetros que fez desde Cafarnaum, a toda pressa.

“Com licença, por favor,” disse o nobre, “preciso falar com o Senhor imediatamente. É uma

emergência – muito urgente.” Jesus notou a urgência do nobre, quando este falou: “Por favor, cure meu

filho, que não more.” Pediu ajoelhado aos pés de Jesus. Jesus observou: “Não Me credes a menos que faça

milagres?”

O nobre, como muitos outros, só cria em Jesus como alguém que podia realizar os milagres de que

necessitava. Mas Jesus sabia que esta não era a espécie de fé de que as pessoas necessitavam. Não veio ao

mundo só para fazer milagres em favor dos que estavam em dificuldades. Jesus queria que O aceitassem e

confiassem nEle como o Messias e Salvador.

O nobre cria que Jesus poderia fazer algo se pudesse levá-Lo a tempo até onde seu filho se achava. Se

pudesse fazer com que Jesus se apressasse! Sabia que o menino estava se virando na cama com febre alta,

e que qualquer demora em Jesus chegar até ele poderia significar o fim. Mas Jesus não parecia ter pressa.

“Senhor,” implorou o nobre em desespero, “por favor, apressai-vos; não desperdiceis tempo precioso!

Vamos logo a Cafarnaum, pois meu filhinho está morrendo!”

Jesus fitou os olhos no nobre com amor e compaixão e lhe respondeu: “Voltai para casa, pois vosso

filho já está curado:” a fé do nobre era fraca, muito débil, porque até aquele momento ainda não cria que

Jesus pudesse lhe curar o filho sem vê-lo onde estava na sua casa. Não compreendia que Jesus pudesse

curar o menino a distância, sem ir a Cafarnaum.

Talvez por causa de seu olhar, ou pelo que disse, mas o facto é que o nobre sentiu que Jesus falou a

verdade. Creu nas palavras de Jesus e parou de se preocupar com o filho. Cheio de alegria, empreendeu a

viagem de volta a casa. Sem ver o filho, soube que ele estava bem. Creu que Jesus o curava, embora a

criança estivesse bem distante.

Enquanto o nobre tomava pressuroso a estrada de volta ao lar, seus empregados vieram-lhe ao

encontro, gritando as boas-novas: “Tudo está bem, não se preocupe, pois seu filho não está mais doente.”

Cheio de alegria, o nobre indagou dos empregados: “Quando é que o menino começou a sentir-se

melhor?”

Responderam: “Ontem à tarde, por volta de uma hora, a febre dele desapareceu como por encanto.

O nobre compreendeu então que o facto ocorreu no momento em que Jesus lhe disse: “Vosso filho está

curado.”

O nobre correu de volta para casa com grande alegria, e quando se aproximava dela seu filho veio

correndo a seu encontro para saudá-lo. Foi um reencontro feliz, e quanta alegria! O garotinho estava

completamente curado! Então o nobre creu que Jesus era muito mais do que simplesmente um Homem

que fazia milagres. Creu que Jesus era o Messias Prometido, o Filho de Deus, o Salvador do mundo. O

nobre foi salvo naquele dia. Nasceu na família de Deus. Seu testemunho foi tão vigoroso, tão radiante que

a família, os empregados, todos de sua casa também creram em Jesus como o Salvador.

Lição 3

Jesus Entre na Sinagoga de Nazaré

Lucas 4:14-32

Versículo: João 5:24b

Jesus lê as escrituras na sinagoga

Enquanto viveu na terra, Jesus tinha o maravilhoso hábito de ir todos os sábados à sinagoga, que é a

igreja dos judeus, para se reunir com outras pessoas a fim de ouvir e ler as Escrituras. Notem que a

sinagoga não era a mesma coisa que o Templo em Jerusalém, que era o lugar onde o povo fazia os

sacrifícios pelos pecados. A sinagoga tinha o mesmo carácter duma igreja da actualidade. Geralmente

havia uma sinagoga em todas as cidades, onde o povo se juntava para orar e ouvir a leitura da Palavra de

Deus, e a explicação do significado do texto.

Prestem atenção que na época só havia o Velho Testamento. E o livro, como conhecemos hoje, ainda

não for a inventado. As escrituras sagradas eram escritas em rolos de pergaminho. Homens que se

chamavam escribas copiavam o texto cuidadosamente em pergaminho, que é feito de pele de animal

tratada, sempre se certificando de que nenhuma palavra das escrituras saíra errada ou for a mudada. Esses

pergaminhos de pele eram então enrolados em torno dum tubo, formando rolos. Os escribas precisam de

pelo menos vinte e quatro rolos para copiar todo o Velho Testamento. Tais rolos tinham grande valor e

eram guardados num lugar de honra nas sinagogas: as escrituras do Velho Testamento são citadas por

Jesus e os Apóstolos cerca de trezentas vezes em o Novo Testamento.

Num sábado, quando visitava a sua cidade natal de Nazaré pela primeira vez desde que iniciara Seu

Ministério, Jesus foi à sinagoga local. Os líderes responsáveis pelos trabalhos com frequência convidavam

notórios visitantes, isto é, pessoas bem conhecidas que estivessem presentes, para que lessem as escrituras

para eles. Com certeza Jesus já era bem conhecido a esta altura dos acontecimentos, de sorte que Lhe

entregaram o rolo e Lhe pediram que lesse as escrituras.

Deram-Lhe o rolo do livro de Isaías, que Jesus foi desenrolando até que chegou ao capítulo 61 e

versículos 1 e 1. Então começou a ler:

O Espírito do Senhor Deus está sobre Mim, porque o Senhor me ungiu, para pregar boas-novas aos

quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos, e a

pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do Senhor…”

Parou de ler no meio da frase, enrolou o pergaminho, entregou-o ao encarregado de guardá-lo, desceu

do púlpito e sentou-se em Seu lugar. Como poderia explicar as escrituras que acabara de ler?

Jesus se virou para os presentes e declarou com grande autoridade: “Hoje se cumpriram estas

escrituras que acabais de ouvir.”

O povo se entreolhou grandemente agitado. Compreendeu exactamente o que Jesus dissera, que foi o

seguinte: “Sou Aquele que os profetas prometeram - Aquele que pregará as Boas Novas e curará os

humildes de coração, e livrará os prisioneiros de seus pecados. Eu Sou o Prometido, o Messias.”

Mas como poderia ser isto? Não era esse o Jesus vizinho deles por muitos anos? Bem que se

lembravam dEle como menino, brincando nas ruas de Nazaré com outras crianças. Além disso, a Sua

família era tão humilde! “Ele não é nem mais nem menos do que um de nós,” pensaram, “apenas um

homem. Não pode ser o Messias.”

Embora pudessem inferir por Sua maneira de falar que Ele era diferente, não era como eles, preferiram

não crer na verdade e rejeitaram a Jesus.

Jesus falou de novo: “Sei o que direis - ‘Se fores o Messias, realiza milagres em Nazaré, como fizeste

em Cafarnaum. Prova os Teus poderes diante de nós’. Mas em verdade vos direi que nenhum profeta é

aceito em sua própria terra. Pensai no profeta Elias. Havia muitas viúvas em Israel no seu tempo, mas

Deus o enviou em socorro de apenas uma viúva e uma pagã ainda por cima, isto é, uma pessoa que não era

judia. E havia muitos leprosos em Israel no tempo de Eliseu, mas Deus concedeu a Eliseu a cura de apenas

um leproso, Naaman, o siro, que também era um gentio, um pagão, ou seja, uma pessoa que não era

israelitas, não era judeu. Jesus, de facto dizia a eles: “Deus pode estar operando entre vós, mas vós não vos

apercebeis de seu trabalho, sua obra. Pela dureza de vossos corações, ignorais a Deus e Ele vos ignorará.

Deus pode até fazer coisas melhores em favor dos desprezados gentios do que em vosso benefício.”

Ao ouvir os comentários de Jesus, o povo se enfureceu. “Somos judeus,” arrazoaram, “e esse Jesus nos

diz que Deus algumas vezes prefere trabalhar com os gentios e não com os judeus. Esse desaforo nós não

vamos aguentar. E ali mesmo na sinagoga alguns dos principais cidadãos de Nazaré ficaram tão irados que

quiseram matar Jesus imediatamente.

Os homens de Nazaré tentam jogar Jesus dum penhasco

Eles voaram em cima de Jesus e o arrastaram para for a da sinagoga. Levaram-No pelas ruas de Nazaré

até a beira dum penhasco alto e perigoso, sem que Jesus tentasse escapar. Mas no instante em que iam

jogá-Lo lá em baixo e vê-Lo despedaçar-se nas pedras lá no fundo, viram de repente que não mais O

tinham em suas mãos. Num segundo pareceram sem poder de fazer qualquer coisa, nem sequer agarrá-Lo.

Jesus passa no meio deles e vai embora

Tentaram pegá-Lo mas algo muito estranho estava a acontecer. Não podiam mover-se. Era como se

estivessem pregados no chão. Só puderam mesmo ficar onde estavam, de olhos bem arregalados, enquanto

Jesus passou no meio deles e foi embora.

Um milagre acontecera naquele instante em Nazaré, milagre no qual tomaram parte os agressores de

Jesus, que não gostaram nem um pouco dessa espécie de milagre. Jesus os tornara impotentes para

tocá-Lo. Os homens de Nazaré puderam agarrá-Lo, arrancá-Lo da sinagoga, empurrá-Lo pelas ruas da

cidade até a beira do precipício, mas lá, na hora crucial em que iam jogá-Lo penhasco abaixo, de repente

perderam todo o controle sobre Ele, ficaram sem poder fazer mais nada, enquanto Jesus se voltou e foi

embora.

Prestem atenção que Jesus não veio do céu para ser jogado no precipício dum penhasco. Ele veio para

morrer, sim, mas o memento e o modo como deveria morrer estavam estabelecidos, planejados, desde o

começo dos tempos. E até que o momento exacto chegasse, nenhum mal Lhe poderia ser feito. O plano de

Deus Pai exigia a morte de Jesus em Jerusalém, não em Nazaré. Seria na cruz do Calvário, no tempo

exacto previsto por Deus, e essa não era a hora nem o lugar da Sua morte. Depois disso, Jesus deixou a

cidade de Nazaré, sem nada sofrer, e continuou Seu ministério de pregação do Evangelho aos pobres, a

curar os humildes de coração, a fazer com que os cegos vissem e a quebrar as correntes dos presos nas

cadeias do pecado.

Ir à igreja aos domingos

Vocês se lembram do maravilhoso hábito que tinha Jesus? Ele costumava ir à sinagoga todos os

sábados para se reunir com outras pessoas a fim de ouvir a Palavra de Deus. Este costume é muito

importante para todo o crente, também.

Hoje temos igrejas ao invés de sinagogas, onde os crentes se reúnem para cantar, ter comunhão,

adorar, orar, trazer as suas ofertas, e ouvir a pregação das escrituras. Deus nos diz que devemos nos reunir

semanalmente. Ele quer que vamos à igreja todos os domingos porque o culto é importante para nosso

crescimento espiritual, de modo que possamos ajudar outras pessoas. Quando vamos à igreja fielmente,

isso serve de testemunho a outras pessoas para que saibam que levamos a vida cristã a sério. Na igreja

temos também oportunidade de co-participar das bênçãos de Deus com os irmãos em Cristo,

regozijando-nos nos caminhos de Deus. Nenhum crente pode ser forte se negligenciar as suas

responsabilidades de ir à Igreja.

Para os alunos mais velhos:

1) Hoje em dia frequentamos a igreja aos domingos, que é o primeiro dia da semana, e não no

sábado, como no Velho Testamento. Nosso culto aos domingos resulta do facto de que Jesus ressuscitou

dos mortos no primeiro dia da semana. Num domingo, portanto, fazendo desse dia o mais importante do

calendário do crente. Deve ser um dia de descanso, e louvor, e adoração, e não um dia de fazer compras,

dia de trabalho ou de brincadeiras. Através da história, os povos e as nações que têm honrado a Deus,

guardando Seu dia santo, já tiveram prova de que Deus os tem abençoado com força física, crescimento

espiritual e prosperidade económica.

Nos dias mais negros da história da França, quando aquele país acabara de passar pela terrível

experiência da Revolução de 1789 contra as classes dominantes, o povo francês decidiu como nação

acabar com as leis de Deus. “Não descansaremos e nem faremos culto num dia dentre os sete dias da

semana,” disseram. “Descansaremos apenas um dia em cada dez, e não adoraremos a Deus nem Lhe

prestaremos culto.” Mas logo o povo descobriu que não podia cumprir essa tola decisão. Poucos meses

após a adopção do novo sistema, estavam tão cansados que não conseguiam fazer o trabalho direito. Não

podiam produzir as coisas de que necessitavam, e a fome começou a ameaçar a todos. Finalmente,

compreenderam que tinham de voltar a fazer as coisas do modo que Deus ensinou, mesmo que

escolhessem ser ateus. A Bíblia diz que Deus fez o sábado para o homem. É plano dEle para nosso próprio

bem, e sempre fazemos o melhor e escolhemos o melhor quando O obedecemos. É por isso que Ele quer

que nós separemos um dia da semana para descansar os nossos corpos e nossas mentes, concentrando-nos

em adoração a Ele, prestando-lhe culto.

2) Vocês estão lembrados de que quando Jesus estava lendo as escrituras na sinagoga de Nazaré,

Ele parou no meio duma frase? Logo que acabou de ler: “para proclamar o dia aceitável do Senhor,” Ele

enrolou o pergaminho e se sentou. Vocês gostariam de saber o que o Livro de Isaías diz em seguida? Aqui

está Isaías 61:2 “…e o dia da vingança do nosso Deus.” Jesus não leu essas palavras porque não se

referiam à Sua primeira vinda à terra. Sua primeira vinda não era o dia da vingança, mas o dia da

misericórdia, quando veio para curar os humildes de coração, pregar aos pobres, abrir os olhos dos cegos e

libertar os cativos, os presos. Veio socorrer as pessoas e morrer por nossos pecados, ressuscitando de novo

para nossa justificação. Ele virá como juiz quando voltar a segunda vez à terra. Então será “o dia da

vingança de nosso Deus,” quando todos os que ficarem para trás, depois do arrebatamento, e que nunca

aceitaram a Sua oferta gratuita de salvação, serão julgados por seus próprios pecados.

Lição 4

O Cego Bartimeu

Marcos 10:46-52; Lucas 18:35-43

Versículo: Tiago 5:16b

Alguém diz ao cego Bartimeu que Jesus vai chegar

For a dos muros da cidade de Jericó, um mendigo cego, de nome Bartimeu, estava sentado à beira da

estrada pedindo esmolas aos passantes. Dia após dia, mês após mês, ano após ano, Bartimeu se sentava no

mesmo lugar. O povo de Jericó já se acostumara a vê-lo e ouvir a cantilena: “Uma esmolinha para um

pobre cego! Pelo amor de Deus!”

Bartimeu já nascera cego. Nunca vira em toda a sua vida um raio de sol, uma árvore, uma flor, ou o

rosto da sua mãe. As pessoas já haviam tentado explicar-lhe como era a luz do sol, os lindos poente mas

ele não podia compreender ou sequer imaginar como fossem, porque tudo para ele era escuridão. Naqueles

tempos os cegos não podiam conseguir emprego, nem tão pouco ir à escola. Nem podiam aprender a ler

pelo sistema Braille, como os cegos de hoje. Não tinham cães treinados para guiá-los com cuidado, como

actualmente. Só podiam mesmo esmolar para viver.

Pouca gente parava para conversar com o cego Bartimeu, dar-lhe notícias ou para levá-lo para andar

um pouco. Oh! Como ele gostaria de poder ver, como as outras pessoas normais! A vida para ele era sem

horizontes, sem esperanças, uma vez que vestia-se de trapos, isto é, roupas velhas e rasgadas, era pobre,

infeliz, miserável e cego.

Um dia, um homem aproximou-se, dirigiu-se a ele e disse: “Bartimeu, tenho boas notícias para você!”

“O que é?” Bartimeu perguntou, demonstrando na voz o prazer de ter alguém que se incomodasse de

parar para uma conversa de poucos minutos, que fosse.

O homem respondeu: “Há um mestre maravilhoso nesta região que está a operar milagres incríveis!

Está a curar gente das piores doenças. Já curou leprosos só em tocá-los! Fez aleijados andarem e surdos

ouvirem. Te conto mais: Até já abriu os olhos dos cegos!”

Bartimeu nem podia crer no que ouvia. Seu coração começou a bater forte enquanto um raio de

esperança começou a bater forte enquanto um raio de esperança começou a brilhar para ele. “Por favor

leve-me até Ele! Talvez possa curar-me! Quem sabe poderá restaurar-me a visão! Como é o nome dEle?”

“Seu nome é Jesus,” replicou o amigo.

“Oh! Já ouvi a respeito dEle,” disse Bartimeu. “Alguns acham que Ele é o Messias, o Salvador. Me

disseram também que Ele até perdoa pecados!”

“As boas notícias,” disse o amigo, “é que Ele está em Jericó. Na verdade, Ele está a vir por este

caminho, eu posso vê-Lo agora!”

“Se Ele ao menos passasse por aqui!”, pensou o pobre Bartimeu, enquanto uma grande esperança

invadiu o seu coração naquele momento. Nesta tarde quente e ensolarada, ao ouvir o murmúrio da

multidão e o soar de passos em sua direcção, Bartimeu se encheu de esperança. Sentia que era muita gente

que vinha aproximando-se dele. Bartimeu bradou: “O que está a acontecer?” Sabia que deveria haver

muita gente na multidão barulhenta, mas ninguém se deu ao trabalho de responder ao cego Bartimeu. Por

isso, voltou a bradar.

Então alguém lhe disse: “Neste momento, passa por aqui Jesus, o Nazareno!” Bartimeu nem podia

acreditar no que ouvia! “Jesus de Nazaré” pensou, “é bom demais para ser verdade!”

Bartimeu acreditava firmemente que Jesus poderia curá-lo e que, talvez, Ele fosse mesmo o Messias

Prometido, o Salvador do mundo. Portanto, ele começou a tremer de emoção. “Não posso perder a ocasião

de falar com ele; poderei nunca mais ter outra oportunidade.” pensou. Bartimeu ouvia muitas vozes, cujo

volume aumentava cada vez mais. Adivinhou que Jesus já estava perto dele e que logo iria embora.

Portanto, teria de agir com muita rapidez, fosse como fosse. Era a única oportunidade de Bartimeu!

Bartimeu clama a Jesus

Bartimeu se achava agora cercado pela multidão. Então, ficou de pé dum salto e clamou o mais alto

que pode: “Jesus, Filho de David, tem misericórdia de mim! Socorre-me!” Todo o anseio da sua alma

explodiu neste clamor, toda a esperança duma vida inteira desgraçada e triste.

Bartimeu clamou de novo, o mais alto que pode: “Jesus, Jesus, Filho de David, tem misericórdia de

mim!” Agora estava já em desespero!

“Cala a boca, cego velho!” alguém da multidão lhe gritou. “O Mestre está muito ocupado e já tem

bastante aperreio, do jeito que as coisas estão.”

Como magoaram o cego com essa falta de compaixão! A multidão então não sabia que Jesus nunca

está muito ocupado; Ele nunca se aborrece como nosso clamor, nossos gritos de socorro. Ele é Bondoso, e

nos ordenou também que sejamos bondosos uns para com os outros, e não apenas para com os amigos e

familiares, mas para com todos os que têm defeitos físicos ou mentais, todos os desfavorecidos, e todos os

que, em suma, precisam de nosso amor.

Bartimeu nem ligou para aquelas pessoas que queriam fazê-lo calar-se. Pediu socorro em voz mais alta

ainda. Precisava de chamar a atenção de Jesus, clamando num tom mais alto que o barulho da multidão.

Pressentiu então que a multidão se imobilizara, quando ouviu a voz de Jesus, cheia de bondade e amor,

dizendo: “Trazei-o a Mim.”

Alguém falou: “Vem, Bartimeu, o Mestre te chama!” Jesus o estava a chamar? Bom demais para ser

verdade! Cheio de alegria ele caminhou em direcção a voz de Jesus.

Jesus chama Bartimeu a si

Bartimeu se ajoelhou aos pés de Jesus e o Mestre lhe perguntou: “Como te chamas?”

“Bartimeu.”

“Há quanto tempo és cego?” Jesus indagou, embora, sem dúvida, soubesse, pois ele é omnisciente, isto

é, sabe tudo. Queria que a multidão ouvisse a resposta de Bartimeu. “Toda a minha vida, Mestre! Sou cego

de nascença!” respondeu Bartimeu.

“Que queres que te faça, Bartimeu?” perguntou-lhe Jesus.

Pensem nisto! Aqui estava o Senhor da criação, que tinha operado poderosos milagres, a perguntar a

este mendigo, pobre e cego, o que ele queria!

Pondo a alma na boca, Bartimeu exclamou: “Mestre, eu quero ver, quero receber a minha visão”

Diante deste patético pedido, Jesus disse: “Muito bem, seja feito como queres! Recebe a tua visão! Tua

fé te tornou são e te salvou!”

Bartimeu pode ver

No mesmo instante o cego pode ver. Não só ficou curado da cegueira, mas também foi salvo, pois

Jesus viu-lhe a fé na alma. Jesus lhe deu de presente a visão física, a visão dos olhos do corpo, e vida

espiritual para o coração. Jesus atendeu ao pedido de Bartimeu porque o cego pediu com fé.

Imediatamente depois de recuperar a vista, Bartimeu, cheio de gratidão pelo presente maravilhoso que

recebera, seguiu a Jesus, glorificando e louvando o Senhor.

Todos nós devemos fazer o mesmo. Quando recebemos a vida espiritual e o perdão de nossos pecados,

e temos Jesus em nossos corações, devemos segui-Lo e obedecê-Lo com louvor e acção de graças. Não

devemos ser ingratos como aqueles que recebem as bênçãos maravilhosas de Deus e nunca agradecem,

encarando-as como coisa banal, como se Deus fosse seu devedor!

Quando Bartimeu glorificou a Deus e seguiu a Jesus, este facto serviu de grande testemunho para a

multidão. Viram-no dando seu testemunho do Senhor. Espero que nós também procuremos dar

testemunho dEle, contando a outras pessoas o que Ele fez por nós, de sorte que essas pessoas também

possam ser levadas a confiar nEle e a louvá-Lo.

Há gente que não quer que fiquemos animados e entusiasmados pela Bíblia e pelas coisas espirituais.

Não querem ser chamados de “fanáticos religioso”, ou acusados de “ir longe demais” com Deus, ou de

exibir qualquer espécie de emoção sobre as coisas do espírito. Mas essas mesmas pessoas se animam e se

agitam sobre tudo o mais. Vão ao futebol e gritam a plenos pulmões quando sua equipa faz um golo ou

ganha um campeonato. Ser crente não significa uma vida sem alegria, apagada e aborrecida. Na verdade,

todos os dias podem ser cheios de novas e excitantes aventuras e empreendimentos com Deus.

Quando Bartimeu foi a Jesus, o Senhor lhe disse: “Que queres que te faça?” Fico a pensar se nós

compreendemos que o poderoso Deus nos faz essa mesma pergunta no início de cada dia. “Meu filho, que

queres que te faça hoje?”

O que pediu a Deus hoje? Muitas vezes dizemos: “Senhor, estou com muita pressa neste momento,

estou atrasado para a escola! Volto a falar com o Senhor mais tarde.” Mas nos esquecemos de voltar a falar

de facto, e nada pedimos. Só enganamos a nós próprios. Talvez digamos que temos de ver um programa de

TV, brincar com um amigo, fazer nossa tarefa, estudar para a prova de amanhã - sempre muito ocupados

com nossos planos, nossos prazeres e nossas obrigações. E deixamos Jesus a esperar, desejoso de fazer

coisas maravilhosas em nosso favor, na expectativa de que levemos nossos pedidos a Ele em oração. E não

dedicamos tempo a Lhe dizer o que necessitamos e o que queremos que nos faça!

Deus quer que sejamos objectivos e específicos quando oramos. Bartimeu definiu bem seu pedido

quando disse: “Senhor, que eu receba minha vista!” Talvez precisemos de pedir a Deus que nos perdoe os

pecados e nos dê a vida eterna. Talvez precisemos de Lhe pedir que nos ajude a entender que somos os

Seus filhos. Talvez tenhamos um amigo que precisa de Cristo, e queiramos pedir a Jesus que nos dê

coragem de falar a esse amigo sobre o nosso Salvador. Devemos lembrar que a nossa petição, nosso

pedido, é dirigida a um Deus Todo-Poderosos, Todo-Amor, que nos pergunta:

“Que queres Eu que te faça hoje?”

Se vêm à pressa do Rei, irmãos,

Tragam com vocês grandes petições,

Pois a sua graça e poder de suprir,

Supera tudo que vocês possam pedir.

Lição 5

Jesus Cura a Filha de Jairo

Mateus 9:18-26; Marcos 5:22-43; Lucas 8:41-56

Versículo: I Pedro 2:2

Jairo implora a Jesus para vir e curar a filha dele

“Mestre, a minha filha está a ponto de morrer; venha curá-la por favor, para que ela não morra.” Jairo,

um dos homens mais importantes da cidade de Cafarnaum, tinha forçado o seu caminho através da

multidão que rodeava Jesus e estava de joelhos diante do Senhor Jesus com a sua súplica desesperadora.

As pessoas da multidão estavam surpresas de verem Jairo naquela posição. Por que? Pois ele era o líder e

dirigente da Sinagoga. Que necessidade podia ele ter?

Mas Jairo tinha uma necessidade desesperadora. Sua filha de doze anos de idade estava muito doente.

Por ser sua única filha, ela era muito querida e especial para ele e para a mãe dela. Naquela manhã Jairo

tinha notado que a filha estava com o rosto bem vermelho; ele pôs a mão nela e ela estava bem quente. “Já

mandou chamar o médico?” ele perguntou à esposa.

“Já,” ela respondeu. “Ele está a caminho.”

O médico chegou, mas balançou a cabeça e disse: “Sua filha está terrivelmente doente; e não há nada

que eu possa fazer por ela.”

Os pais da menina ficaram como loucos. Jairo andou dum lado para o outro, pensando o que ele podia

fazer. Então ele exclamou: “Eu gostaria de saber se Jesus está em Cafarnaum hoje! Ele curou o filho do

oficial do rei. Eu creio que Ele poderia curar nossa filha, também.”

Embora o médico não tivesse poder para salvar a filha de Jairo, um raio de esperança entrou em seu

coração. Ele cria que Jesus tinha poder do alto e podia curar sua filhinha.

Jairo não tinha corrido muito longe na estrada quando ele viu Jesus cercado por uma grande multidão.

“Com licença, por favor deixe-me passar,” ele estava a dizer. “Eu tenho que chegar imediatamente até

Jesus! É muito urgente - uma emergência!”

E foi assim que Jairo chegou a ajoelhar-se diante de Jesus, naquele momento com seu pedido urgente.

O coração de Jesus encheu-se de compaixão por Jairo. Como aquele homem amava a sua filhinha! “Eu

vou consigo,” Jesus disse: Como Jairo ficou feliz e agradecido quando ele ouviu aquelas palavras.

“Senhor, poderias apressar-te por favor?” Jairo implorou.

Com Jesus a seu lado, Jairo começou a andar para casa, mas a multidão ainda estava com Ele. Alguns

queriam fazer perguntas a Jesus; outros eram apenas curiosos que queriam aproximar-se de Jesus para

vê.Lo.

Subitamente, Jesus virou-se e perguntou à multidão: “Quem Me tocou?” Todos negaram, mas Pedro

disse: “Mestre, com toda esta multidão a Te empurrar e a Te apertar nos perguntas, “quem Me tocou?” Era

como se Pedro estivesse ralhando com Jesus por perguntar uma pergunta não razoável. Com tal multidão

ao redor dEle, Ele podia ser tocado e empurrado por inúmeras pessoas.

Mas Jesus disse a Pedro: “Não, foi alguém que deliberadamente Me tocou, querendo a Minha ajuda.

Eu senti poder de cura a sair de Mim.” É claro que Jesus sabia quem tinha tocado nEle, porque Ele sabe de

todas as coisas, mas Ele provavelmente queria que a pessoa falasse e dissesse o que havia acontecido.

Jesus cura a mulher que tocou em Suas vestes

E então uma mulher, com voz trémula começou a falar: “Fui eu que Te toquei, Senhor! Eu não queria

incomodar-Te ou a atrapalhar-Te na Tua ajuda a este povo necessitado, mas eu precisava de tocar-Te.”

Ali ajoelhada diante de Jesus com lágrimas de alegria e agradecimento a correr pela face, ela contou a

sua história de como durante doze anos ela sofreu de uma doença já sem esperança de ser curada. “Todo

meu dinheiro foi gasto,” ela disse, “eu gastei tudo pagando médicos que não puderam fazer nada por mim.

Eu sabia que esta era talvez a minha única oportunidade de ser curada, por isso toquei na orla de Teu mano

e estou completamente curada!” O povo estava atónito! Eles tinham acabado de ver um milagre acontecer

bem diante de seus olhos.

Jesus estendeu a mão toucou-lhe no ombro gentilmente e disse: “Filha, a tua fé te salvou. Não te

preocupes; vai e goza a tua boa saúde.” Ele queria que ela soubesse que foi a fé nEle, não nenhuma coisa

mágica das vestes dEle, que a tinha curado. Ela saiu regozijando-se.

Enquanto Jesus estava a falar com a mulher que Ele havia curado, Jairo estava em pé ao lado,

impacientemente esperando que Jesus viesse curar a sua filha que estava tão doente. Ele apressou Jesus:

“Por favor,” ele disse, “vamos agora! Ela pode morrer a qualquer minuto.”

Exactamente naquele momento um servo veio depressa da casa de Jairo e disse-lhe: “Senhor Jairo, não

precisa de mais incomodar o Mestre - é tarde demais - a sua filha está morta!”

Jairo ficou ultrapassado de dor e aflição. Ele escondeu o rosto nas mãos e chorou, triste demais para

dizer sequer uma palavra.

Que notícia triste e sem esperança aquela. Era tarde demais para Jesus fazer alguma coisa para ajudar.

Nada mais podia ser feito por sua pobre filhinha; ela estava morta.

Com profunda simpatia Jesus olhou para aquele pai tão triste e falou-lhe palavras de conforto: “Não

temas! Somente creia em Mim e confie; ela vai ficar boa de novo.” Jairo olhou para Jesus e creu no que Ele

disse. Mesmo que a sua filha estivesse morta, Jairo creu que de alguma forma Jesus podia fazer tudo dar

certo.

Jesus disse: “Vem comigo Jairo, vamos a tua casa.”

Jesus vai à casa de Jairo

Com a maioria da multidão a segui-Lo, eles chegaram à casa de Jairo. A casa, o pátio, e o quintal

estavam cheios de gente. Alguns eram amigos outros eram “pessoas contratadas para lamentar”, pois de

acordo com o costume oriental essas pessoas eram pagas para chorar quando alguém morria. Havia muita

lamentação, choro, muito barulho e confusão.

Ao passar pelas pessoas juntamente com Jairo, Jesus disse-lhes: “Por que estão a fazer todo esse

barulho e choro? A menina não está morta, está apenas a dormir.”

A multidão riu-se dEle zombeteiramente. Eles disseram: “qualquer pessoa pode ver que a pobre

menina está morta - morta porque Ele não chegou a tempo. E agora Ele diz que ela está apenas a dormir!

Mas sabemos que ela não está só a dormir! Sabemos que ela está morta.”

Jesus ordenou que todo mundo saísse da casa e do pátio e fosse para o quintal. Ele só deixaria a mãe, o

pai, Pedro, Tiago e João entrarem. Então Ele gentilmente falou com a mãe: “Leve-me para o quarto onde a

menina está deitada.”

Jesus cura a menina

Jairo, a esposa e os discípulos seguiram Jesus até o quarto. A filha estava deitada na cama. Eles

podiam ver que ela não estava a respirar; era óbvio que ela estava morta.

Então Jesus gentilmente pegou a mão da menina e pôs nas mãos dEle e com voz de autoridade disse:

“Menina, Eu te ordeno, levanta-te.”

Instantaneamente, a vida retornou e ela começou a respirar; logo a cor voltou ao seu rosto pálido!

Ela ficou boa

Ela sentou-se na cama como se nunca tivesse estado doente! Jesus a tinha levantado da morte! Este era

sem dúvida um milagre!

Os pais atónitos ficaram sem palavras! Eles não podiam acreditar no que estavam a ver! A filha deles

estava viva! As lágrimas estavam descendo enquanto a mãe abraçava-a apertadamente. A mãe e o pai

estavam transbordando de alegria.

A menina olhou para o rosto radiante da mãe e disse: “Estou com fome!”

Jesus, sorrindo, disse: “É claro que ela está com fome, dê-lhe alguma coisa para comer!”

É possível que ela tenha olhado pela janela e tenha exclamado: “Que é que todo este povo está a fazer

no nosso quintal?”

A mãe gaguejou um pouco e então explicou: “Bem querida, estava morta e os vizinhos amigos vieram

todos para tentar nos confortar e consolar.”

Quando a menina saiu e andou for a da casa, imaginem a admiração e descrença da multidão no

quintal. Jesus tinha ressuscitado alguém dos mortos; toda Cafarnaum logo ouviu sobre tão grande e

destacado milagre. Realmente Jesus é o Filho de Deus!

Aplicação para alunos mais velhos

Assim como a menina foi ressuscitada dos mortos, assim a nós que aceitamos Jesus Cristo como

Salvador nos é dada nova e eterna vida quando confiamos nEle.

Assim como Jesus ordenou que dessem alguma coisa para a menina comer, assim também um

recém-convertido precisa se alimentar de leite, pão e carne da Palavra de Deus. Lendo a Palavra,

estudando-a e escondendo-a no coração, cresceremos para sermos cristãos fortes.

A Bíblia nos ensina que, no minuto em que o corpo dum salvo por Cristo morre, a pessoa vai viver

com Deus no céu, mas o corpo dorme por um tempo na sepultura. Um dia, contudo, aquele corpo morto

que dormia vai acordar e ressuscitar num corpo novo e glorificado por toda a eternidade.

Deus dará a todo que nEle crer um corpo novo e glorificado. Este corpo novo nunca mais morrerá,

envelhecerá, adoecerá ou poderá ser machucado. Não será maravilhoso? E este será o corpo em que

habitaremos por toda a eternidade.

Lição 6

Jesus e as Criancinhas - O Ovelha Perdida

Mateus 18:1-14f; 19:13-15; Marcos 9:36-37;

Marcos 10:13-16; Lucas 9:46-48; 15:3-7; 18:15-17;

João 10:1-18; Salmos 23; Isaías 40:11

Versículo: João 10:11

Crianças são levadas a Jesus

Por onde quer que Jesus andasse, havia crianças de todas as idades no meio da multidão que se

ajuntava a Seu redor. As crianças amavam a Jesus e criam em Suas Palavras. Uma vez, quando Jesus

jornadeava pela Judeia, parou num lugar para descansar um pouco, e as notícias se espalharam

rapidamente pelo vilarejo próximo: Jesus, o grande Profeta de Nazaré estava por perto, nas vizinhanças.

Essa notícia agitou especialmente as mães daquele lugar. Queriam levar os seus filhos para ver e conhecer

a Jesus.

Quando os discípulos viram as mães e seus filhos virem, fizeram-nos parar e tentaram

mandá-los embora. “Jesus está muito cansado e muito ocupado com coisas importantes para que O

deixemos ser importunado por crianças,” os discípulos disseram. Pensavam que as crianças não tinham

importância para Jesus e que elas não podiam compreender os ensinamentos dEle.

Tão logo Jesus viu o que os discípulos fizeram, ele não gostou nem um pouquinho e lhes ordenou:

“Deixai vir a Mim as crianças, e não as mandeis embora, pois o Reino dos Céus pertencem a pessoas como

estas criancinhas.” Então Jesus tomou as crianças em Seus braços, pôs-lhes as mãos na cabeça e as

abençoou.

Noutra ocasião, os discípulos vieram a Jesus com esta pergunta: “Quem é o maior no Reino dos

Céus?” os discípulos estavam se preocupando sempre sobre quem era e quem não era importante. Talvez

pensassem que Jesus responderia: “Pedro,” ou “João”, ou “Tiago.”

Mas não foi nada disso. Jesus fez algo que muito os surpreendeu a todos. Apontou para uma criança no

meio da multidão, chamou-a para junto dEle e a colocou onde todos a pudessem ver. Então Jesus deu aos

discípulos uma lição de máxima importância.

“Eu vos direi,” disse Jesus, que, quem não vier a Deus como uma criança, nunca entrará no Reino de

Deus ou na família de Deus.” E explicou o que queria dizer: “Portanto, aquele que se humilhar como esta

criança, esse é o maior no reino dos céus.” É preciso de humildade para vir a Jesus. É preciso de

reconhecer que não somos suficientemente bons, ou bastante inteligentes para fazer as coisas do nosso

modo. Somente aqueles que crêem em Jesus com a fé simples, humilde e confiante duma criança podem

tornar-se membros da família de Deus.

Jesus disse: “Quem receber uma criança, tal como esta, em Meu nome, a Mim Me recebe.” Isso mostra

o quanto Jesus dá valor às crianças que crêem nEle.

Pode pensar: “Sou apenas uma criança agora, e a Deus não importa como eu me comporte.” Mas não é

assim! A Deus importa e muito. Jesus se interessa tantos pelas crianças quanto pelos adultos. Ele vê e

acompanha tudo o que faz: Ele se agrada quando faz as coisas certas e se aborrece quando faz o que não

deve. Seus actos importam muito para Jesus. Seu desejo de agradá-Lo deve ser sempre um grande motivo

da sua vida, porque Ele se importa consigo. A Seus olhos, vale tanto quanto um adulto - pequeno ou

grande, rico ou pobre - em qualquer tempo - presente, passado ou futuro. Diariamente, precisa de pedir a

Ele que o ajude a fazer as coisas que são direitas, mesmo que ninguém esteja vendo, para que não seja uma

frustração para Ele.

Jesus explicou aos discípulos porque deviam permitir que as crianças viessem até Ele. “Porque o Filho

do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.” Ele estava a dizer: “As crianças são perdidas, do

mesmo modo que os adultos. São pecadoras e precisam dum Salvador.

“Deixai vir a Mim as crianças para que se salvem; e que Me sigam todos os dias das suas vidas.”

E para nos mostrar, como mostrou a eles, que coisa terrível é a perdição, e para explicar como o

perdido pode ser achado, Ele contou uma história maravilhosa sobre um pastor que perdeu uma ovelha.

O pastor e a sua ovelha

Era uma vez um pastor que tinha cem ovelhas a seus cuidados. Conhecia a cada uma e as chamava pelo

nome. Todas as manhãs o bom pastor levava o seu rebanho a pastar, procurando para ele capim verdinho e

fresco, água fria e tranquila. Algumas vezes o caminho era difícil e acidentado, e em outras ocasiões havia

profundas gargantas e precipícios onde um escorregão ou um passo em falso poderiam fazer com que uma

ovelha mergulhasse montanha abaixo para se despedaçar no fundo da ravina.

As ovelhas não enxergam bem de longe e sem alguém que as guie é certo que se percam. Mas o pastor

conhecia o caminho e sempre ia na frente do rebanho, levando-o pelos caminhos certos, longe das veredas

perigosas. E sempre havia leões, ursos e outros animais selvagens espreitando por entre os arbustos, na

expectativa duma oportunidade de saltar sobre um cordeirinho ou uma ovelha que tivessem se desgarrado

do rebanho.

Era fácil para um cordeiro cair num buraco fundo ou numa fossa meio coberta de capim. Além disso,

um cordeiro poderia com facilidade quebrar uma perna ou mesmo morrer de fome se não fosse logo

encontrado pelo pastor.

Se um animal selvagem, um predador como um leão ou dum urso, atacasse uma ovelha, o bravo e

vigilante pastor veria o atacante imediatamente, poria uma pedra na sua funda e a arremessaria contra o

leão ou o urso para matá-lo, acerando-lhe na cabeça.

Algumas vezes um cordeiro continuava a fugir pelos bosques, ou a errar cada vez mais longe do

pastor. Toda vez que isso acontecia o pastor o chamava de volta. Se o cordeiro não voltasse, o pastor saía

no seu encalço. Se esse cordeiro continuasse a repetir a mesma coisa, isto é, a fugir, o pastor pegava o seu

cajado e lhe acertava uma perna, quebrando-a. Em seguida, pegava a perna quebrada e a encanava,

carregando o cordeiro carinhosamente até que sarasse. Embora a perna lhe doesse, contudo era bom para o

cordeiro sentir-se tão perto de seu pastor! Aquele cordeiro aprendia bem a lição e depois que ficava bom

da perna nunca mais fugia, nunca mais se extraviava.

Ao trazer o seu rebanho para o aprisco à noite, isto é, para um curral, o bom pastor contava todas as

ovelhas à medida que elas iam entrando. Eram cem, mas ele só contou noventa e nove: faltava uma. O

pastor deixou as noventa e nove ovelhas bem seguras e tranquilas no aprisco e saiu atrás da ovelha

perdida.

O pastor encontra a ovelha perdida

O pastor subiu montanha acima, algumas vezes se arrastando contra o forte vento nocturno. Os

espinhos furavam e rasgavam-lhe as mãos e o rosto. Seus pés escorregavam à medida que ele prosseguia

por entre as pedras traiçoeiras, mas em meio a tudo isso ele ia chamando a ovelha pelo nome.

Quando a voz do pastor chegou ao alcance do ouvido da ovelha perdida, ela lhe reconheceu a voz e fez

“Béeeee.” Nós dizemos que a ovelha bala; portanto, ela se pôs a balir. O pastor se inclinou sobre a enorme

pedra e viu a sua ovelha bem enganchada num espinheiro. Como o pastor ficou feliz ao encontrar a sua

ovelha!

Com voz carinhosa e tranquilizadora, o pastor disse: “Não chore; vou tirá-la daí.” Em seguida, o pastor

desemaranhou a ovelha do espinheiro, colocou-a nos ombros firmemente e iniciou a viagem de volta para

casa. A ovelha perdida, agora achada, ainda tremia, mas logo começou a recobrar a calma ao sentir o calor

e a protecção do corpo do seu pastor.

Ele leva a ovelha de volta para o curral

Com a ovelha nos ombros vigorosos, o pastor desceu a montanha em direcção a casa. Falava palavras

de conforto à ovelha enquanto caminhava laboriosamente de volta ao lar. O pastor anunciava aos amigos

para que se alegrassem com ele. “Regozijai-vos comigo,” disse ele, “porque achei minha ovelha perdida.”

O bom pastor pôs a ovelha perdida com as outras noventa e nove e se regozijou com os amigos por ter

encontrado, a ovelha perdida.

Jesus é o bom pastor

Vocês adivinharam que o bom pastor nos faz lembrar a Jesus? Jesus disse: “Eu sou o Bom Pastor, e

conheço as Minhas ovelhas e elas Me conhecem.” Somos como a ovelha perdida - desobedientes,

perdidos, e sem recursos para nos salvar a nós próprios. Só se aceitarmos o cuidado amoroso de Jesus, o

Bom Pastor, podemos ser salvos. Jesus fez até muito mais do que o pastor de nossa história. Ele disse:

“Dou Minha vida pelas Minhas ovelhas.” Jesus nos amou tanto que deu Sua vida por nós. Entregou a Sua

vida na cruz para que as Suas pobres ovelhas perdidas e errantes possam ser achadas, possam ser salvas.

Talvez nunca O tenha deixado entrar no seu coração e O aceitado como Salvador. Por isso não sabe

como é maravilhoso pertencer a Ele e tê-Lo também como o seu Bom Pastor. Jesus é a Pessoa mais

bondosa que já viveu e o maior bem que praticou foi entregar a Sua vida por Suas ovelhas; foi morrer na

cruz por nossos pecados.

As crianças são parte do rebanho de Deus

E, assim, Jesus, o Bom Pastor, terminou de explicar aos discípulos porque as crianças eram tão

importantes para Ele. As crianças também podem ser as Suas ovelhas, parte de Seu rebanho. Ele deseja

que as crianças venham a Ele para serem salvas. Ele deseja que elas O sigam, obedeçam a Sua liderança

enquanto são jovens, de maneira que, ao tornarem-se mais velhos ainda estarão seguindo-O e realizando o

Seu trabalho entre os homens.

Jesus deseja conduzir as Suas crianças aos pastores verdejantes de Sua Palavra, a Bíblia, onde eles

podem aprender coisas maravilhosas a Seu respeito e acerca do que Ele deseja que elas façam. A Bíblia é

como alimento para nossos espíritos; ela torna-nos fortes interiormente para resistir à tentação de praticar

o mal e, quando nos alimentamos da Palavra de Deus, crescemos espiritualmente e não permanecemos

como bebés cristãos.

Crianças são de tamanha importância para Jesus Cristo, que Ele chama crianças de todas as partes da

terra para segui-Lo. Talvez possa ajudá-Lo, contando às crianças da sua vizinhança a respeito do Bom

Pastor que cuida de seus cordeirinhos.

Jesus está à porta de seu coração

Jesus disse: “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta entrarei em sua

casa e cearei com ele e, ele Comigo” (Apocalipse 3:20). Jesus está à porta do coração de cada pessoa,

desejando entrar em suas vidas e ministrar perdão, alegria e bênçãos. Observe na figura que não há

maçaneta ou alça no lado de for a da porta. Assim é com a porta de nosso coração. Deus não irá forçar a

Sua entrada em nossas vidas, mas Ele espera até ser convidado a entrar. Precisa de abrir a porta de seu

coração pelo lado de dentro para permitir que Jesus entre. Ele não deseja apenas entrar em seu coração,

mas Ele também deseja ceiar consigo, o que significa que Ele quer aproveitar a doce comunhão que é

consequência de conhecê-Lo e obedecê-Lo. Por que não abrir o seu coração a Ele, que é o Bom Pastor e

convida todas as crianças do mundo a virem a Ele?

Lição 7

Cinco Mil São Alimentados

Mateus 14:12-21; Marcos 6:31-44;

Lucas 9:10-17; João 6:1-14

Versículo: Jeremias 17:9

Jesus fala à multidão

O menino olhou para a margem deserta do mar da Galileia, mas não estava deserta naquele dia! Era a

maior multidão de pessoas que ele jamais tinha visto - homens, mulheres, meninos e meninas! Todos

tinham os olhos fixos numa pessoa, Jesus Cristo, que estava a falar à multidão. O menino deu um jeito de

chegar até a frente da multidão. Havia muito mais pessoas do que ele podia contar - cinco mil homens

além de mulheres e crianças.

Jesus estava a falar às multidões e estava a ensinar-lhes verdades grandiosas sobre Deus, céu, e como

as pessoas podiam ir para o céu.

Naquela manhã o menino estava tão contente em ouvir as palavras que Jesus dizia que ele nem se

apercebeu quando chegou a hora do almoço; parece que todo o mundo tinha esquecido, tudo sobre

almoço. Nem ocorreu ao menino que a tarde tinha chegado e já tinha quase acabado. Mas agora, o

estômago dele estava a começar a ficar com fome.

Os discípulos dizem a Jesus que as pessoas não têm pão

O menino viu dois discípulos a falar com Jesus; ele estava perto bastante para ouvir o que eles estavam

a dizer a Jesus: “Senhor, este é um lugar deserto e está a ficar tarde; manda que as pessoas vão para as suas

casas, ou pelo menos manda-os comprar comida nos vilarejos dos arredores. Eles não têm comido durante

todo o dia!”

Então o menino ouviu Jesus replicar: “eles não precisam de ir embora com fome. Nós não podemos

mandá-los embora sem comer. Eles podem desmaiar no caminho para casa. Precisamos dar-lhes de

comer!”

“O que?!” Os discípulos exclamaram. Como, se nós não temos todo esse dinheiro na tesouraria; nós

não poderíamos comprar comida nem para todo o mundo receber apenas um bocado, quanto mais dinheiro

para uma refeição digna. De qualquer maneira, onde poderíamos comprar comida? Não há mercados por

perto; nós estamos numa área deserta.”

“O povo não deve ser mandado embora com fome,” Jesus disse.

O menino oferece o seu lanche

Subitamente o menino lembrou-se do seu lanche. Sim - ele ainda o tinha. A mãe dele tinha preparado

para ele naquela manhã, mas ele quase o tinha esquecido. Excitadamente, ele andou até André, um dos

discípulos. “Senhor, eu estava tão interessado em ouvir o ensino de Jesus que eu não me lembrei de comer

nem o pão nem o peixe que a mamã preparou para mim hoje de manhã. Eu sei que Jesus deve estar com

fome, e eu gostaria de dar-lhe o meu lanche. É apenas um pequeno lanche, mas eu quero dá-lo a Jesus.

Posso dá-lo a Ele?”

André sorriu e levou o menino até Jesus. “Senhor, aqui há um menino que tem cinco pedaços de pães

e dois peixinhos; ele quer dar-lhe o seu lanche, mas o que adianta isso para toda essa multidão?” Os

discípulos sabiam que Jesus mesmo não comeria o lanche. Ele estava interessado apenas em que o povo

comesse, não ele mesmo.

Os discípulos estavam atordoados com a impossível tarefa que Jesus lhes tinha dado de alimentar tanta

gente faminta.

Jesus olhou para aquele menino com olhos brilhantes e rosto ansioso e perguntou-lhe: “Filho, está

pronto a dar-Me o seu lanche?”

“Ah, sim, Senhor,” o menino replicou. “Não é muito, mas eu quero que O Senhor fique com tudo,” ele

disse enquanto entregava o seu lanche para Jesus.

Para os discípulos Jesus disse: “Mandem o povo sentar na grama em grupos de cinquenta e de cem.”

Jesus queria que a comida fosse distribuída facilmente para o povo. Isto nos ensina que Deus trabalha em

ordem, trabalha de forma bem organizada.

“Sentem-se! Sentem-se! Sentem-se em grupos de cinquenta ou de cem” os discípulos falaram,

andando pela multidão.

“Por que? O que há?” As pessoas perguntaram.

“Vamos comer?” outros quiseram saber.

“Comer? Comer o quê?”

“Não se importem. Vão ver. Vamos fazer o que Jesus nos está a mandar.”

Jesus abençoa e parte o pão

Então Jesus pegou o lanche do menino. Ele orou e agradeceu ao Pai pelos cinco pãezinhos e pelos dois

peixinhos. Ele deixou um maravilhoso exemplo para nós - mostrando que sempre devemos agradecer a

Deus por nossa comida, não importa onde estivermos ou quanta comida seja.

Jesus então começou a partir o pão e os peixes em pedaços e deu aos discípulos para eles distribuírem

entre a multidão. A coisa estranha era que quanto mais Ele partia os alimentos, mais alimento aparecia! O

menino estava a ver acontecer um milagre bem diante de seus olhos! Ele certamente contaria a sua mãe

aquele milagre que Jesus fez com aquele pequeno lanche que ela havia preparado para ele! Aquela seria

uma coisa que ele jamais esqueceria!

Os discípulos distribuem a comida

Logo todos os discípulos estavam a levar comida para o povo subindo e descendo o morro o mais

rápido que podiam. Vez após vez eles voltaram para pegar mais, e sempre havia mais pão e peixe a espera

deles vindos das mãos do Senhor Jesus. O menino, os discípulos e o povo olhavam maravilhados! Aquele

era realmente o Deus que havia feito o universo e o firmou em nada. Foi fácil para Ele alimentar a

multidão com cinco pães e dois peixinhos! Tudo o que Ele precisou foi ter alguém pronto e desejoso de

Lhe entregar o que tinha.

Todo o mundo comeu até que não podia mais comer. O menino nunca tinha comido tanto em sua vida.

Ele teve mais, muito mais do que se ele tivesse comido o lanche sozinho.

Que milagre! Mais de cinco mil homens além das mulheres e crianças foram alimentados de cinco

pãezinhos e dois peixinhos! Sabe o que Jesus fez com o lanche do menino é o que Deus, hoje, ainda quer

fazer com o dinheiro, o tempo e os talentos que der a Ele. Ele pega o pouco que temos e multiplica duma

forma maravilhosa para ajudar outros a ouvirem o evangelho e para serem alimentados nas verdades de

Jesus, o Pão da vida.

Quando a refeição terminou, Jesus disse a seus discípulos: “Agora vão e juntem o que sobrou para que

nada seja desperdiçado!”

Os discípulos juntam a comida que sobrou

Assim eles juntaram doze cestos com a comida que sobrou e levaram para o barco deles! Com Jesus

mandando os discípulos juntarem todo o resto de comida, aprendemos que estragos não agradam a deus.

Uma vez que Cristo podia multiplicar os alimentos através de milagre, por que se incomodar de juntar as

sobras, talvez perguntemos? Mas Deus deixa bem claro os seus pensamentos sobre isso quando Jesus

mandou os Seus discípulos juntarem as sobras.

Aprendemos assim que o Deus Criador do Universo não aceita estragos com a Sua criação. Assim

também nós não devemos ser estragados. Às refeições, não devemos por mais comida no nosso prato do

que podemos comer, e deixar comida par ser jogada no lixo. E que tal as nossas coisas? Às vezes blusas.

Camisas, luvas, sapato ténis, bonés, são largados em qualquer lugar e nunca mais os achamos. Deus quer

que aprendamos a cuidar dos nossos pertences e não perdê-los. Ele não quer que sejamos estragados. Às

vezes bicicletas, bolas, bonecas, livros, são deixados fora e a chuva e o sol os estragam. Deus nos dá boas

coisas para gozarmos e Ele quer que cuidemos bem delas. Ele diz que se podemos ser fiéis em cuidar do

que temos, Ele pode confiar em nós e nos abençoar com maiores responsabilidades.

Suponhamos que o menino que deu o lanche para Jesus tivesse dito para si mesmo: “Eu estou com

muita fome, estou a crescer, e este lanche é meu. A minha mãe o fez e eu o trouxe até aqui e preciso dele;

não teria sentido dáli, de qualquer maneira, pois não seria bastante para tanta gente. Eu vou comê-lo.” Se

ele tivesse dito isto, acha que ele teria visto o maravilhoso milagre que Cristo fez para todas aquelas

pessoas? Não está alegre que ele deu o que tinha, embora não tivesse muito?

Dando tudo para Cristo

O Senhor quer mais do que as coisas que nós temos. Ele quer a nós mesmos. Ele está a bater à porta do

nosso coração dizendo: “Filho meu, dá-Me o teu coração.” E em outro lugar a Bíblia diz: “Dá-te a ti

mesmo a Deus.” Assim como a Jesus foi dado todo o lanche do menino, Ele quer que eu e você nos demos

a Ele. Se eu me der todo a Ele, isto quer dizer - dar a minha vontade - aquela parte de mim que decide e

escolhe. Eu devo deixá-Lo escolher para mim em tudo - coisas pequenas ou grandes. Ao dar-Lhe o meu

coração eu devo deixá-Lo controlar a minha mente e pensamentos; meus olhos - o que eu vejo, leio, ou

olho na televisão. E que tal os programas sugestivos que nos fazem ter pensamentos errados? E aquelas

figuras que as outras pessoas procuram nos mostrar que desagradam tanto a Deus? Quanto tempo usamos

os nossos olhos a ler e estudar a Palavra de Deus?

Meus ouvidos devem pertencer a Cristo. Que tipo de música eu ouço? Eu permito os meus ouvidos

ouvirem piadas sujas ou crítico dos outros? Eu ouço coisas que me ajudam a ser um cristão mais forte?

Que tal sobre as minhas mãos e pés? Eles pertencem a Jesus? Será que deixo os meus pés me levarem

a lugares onde Cristo teria vergonha de ir? Onde meu testemunho seria denegrido? Ou eu “viajo” com uma

multidão de cristãos? As minhas mãos - elas estão ocupadas trabalhando e servindo a Ele?

E não podemos esquecer dos nossos lábios como devemos ser cuidadosos no que nós dizemos quando

nossos lábios foram dados para o Senhor. É tão fácil de pegar o hábito de dizer coisas blasfemadoras e ter

linguagem obscena e feia. Às vezes, sem pensar nós falamos desrespeitosamente com os nossos pais e

pessoas mais velhas. Devemos pedir a Deus para nos ajudar a sermos cuidadosos com o nosso falar para

que todos saibam que pertencemos a Ele pela bondade e graciosidade das palavras que saem dos nossos

lábios.

Assim, quando dizemos: “Sim, tenho dado o meu coração a Jesus - todo o meu ser,” devemos parar e

pensar seriamente no que isso significa, quando Ele é primeiro e reina no meu coração e vida como Rei de

Senhor!

Talvez, muitos tenham convidado Jesus como Salvador da sua vida. Mas quantos realmente têm

cantado este cântico de oração com real significado para você?

Todo meu coração, todo meu coração

Toma todo o meu coração, Senhor Jesus

Toma-o todo hoje, toma-o todo eu peço

Toma todo meu coração, Senhor Jesus.

Lição 8

Jesus Anda Sobre as Águas

Mateus 14:24-33; Marcos 6:47-51; João 6:16-21

Versículo: Mateus 11:29

Jesus despede a multidão

Depois que Jesus acabou de alimentar a grande multidão com o lanche do rapazinho, já era o fim da

tarde e logo a noite cairia. Jesus disse aos discípulos que entrassem no barco e atravessassem para o outro

lado do Mar da Galileia, que é de facto um grande lago, enquanto Ele, Jesus, faria com que a multidão

voltasse para casa. Alguns refutaram em ir embora, porque queriam fazer de Jesus Seu Rei naquele

momento e naquele mesmo lugar. Um homem que podia fornecer comida de graça daquele jeito era

exactamente a pessoa que eles estavam a procurar para ser o Rei de Israel. Mas Jesus não viera do céu para

ser o Rei deles, mas veio para ser o Salvador deles. Finalmente, todo o povo foi embora e então Jesus subiu

o monte para orar.

Jesus ora no monte sozinho

E lá no monte, no escuro, Deus o Filho começou a falar com Deus o Pai. Vocês poderão perguntar: “Se

Jesus é Deus, Por que orava?” Não estava a falar com Ele próprio, Ele mesmo? Lembrem-se de que é uma

trindade, isto é, três em um. Por isso, Deus, o Filho, falava com Deus, o Pai. Vocês e eu também muitas

vezes falamos connosco mesmos mentalmente. Sabemos que isso nos acontece com frequência, não é

nada for a do comum. Portanto, não deve parecer tão for a do comum que Deus, o Filho, falasse com Deus,

o Pai, que conversasse com Ele. E sobre o quê Jesus falou a Deus, o Pai, naquela noite? Não sabemos

porque a Bíblia não nos revela. Em outra ocasião, contudo, sabemos que Ele falou com Deus, o Pai, a

respeito do dia em que Ele, o Filho, iria para o Calvário a fim de dar a Sua vida pelos pecados da

humanidade. Nessa ocasião Ele orou por aqueles que se tornariam as ovelhas de Seu rebanho.

Enquanto Jesus continuou a orar naquela noite, as estrelas apareceram no céu e a noite foi passando.

Enquanto Jesus orava no monte, os discípulos remavam com vigor no seu barquinho, na esperança de

poder cobrir os seis ou sete quilómetros que os separavam da margem oposta do Mar da Galileia, que é de

facto um grande lago, como dissemos. Tudo ia correndo bem, quase quando o barco já estava na metade

da viagem, uma tempestade violenta começou a varrer a superfície das águas.

Os discípulos no mar na tempestade

Fortíssimos ventos formaram enormes ondas que se abatiam contra o barco, fazendo-o rolar e mudar

de rumo a todo momento. Os discípulos, que eram homens afeitos ao mar, remavam com toda a força, mas

não podiam fazer com que o barco avançasse contra as rajadas de vento. O barco continuou a se contorcer

e a balançar naquele mar borbulhante, e não podia atravessar aquela tempestade. Parecia que iam

naufragar. Os discípulos temeram por suas próprias vidas!

Jesus permanecia no monte, orando. Embora não estivesse no barco com os discípulos, sabia que eles

estavam com medo e que precisavam dEle naquele momento difícil de tempestade. Sabia tudo sobre as

dificuldades e problemas que estavam a enfrentar na escuridão no meio do vento e das ondas

embravecidas. Jesus os amava e cuidava deles, e, por isso, decidiu ir em socorro dos discípulos no meio da

tempestade. Desceu o monte e veio para a margem do Mar da Galileia. Jesus não dispunha dum barco ali,

e nem precisava de um. Ele simplesmente começou a andar no mar sobre as ondas!

Os discípulos vêem alguém caminhando em direcção a eles

O clarão dum relâmpago rasgou a escuridão e as brumas; e sob a luz daquele fugaz instante os

discípulos viram a figura duma Pessoa caminhando por sobre as águas em direcção a eles. Naturalmente

eles se assombraram, ficaram morrendo de medo, porque não lhes podia passar pela cabeça que um ser

humano pudesse andar por sobre a água! Deve ser o anjo da morte que vem ao nosso encontro, pensaram.

Assim, mortos de medo, gritaram em seu pavor: “É um fantasma!”

Mas através do ribombar dos trovões na tempestade, ouviram estas palavras de conforto e segurança:

“Não tenhais medo, sou Eu.” Era a Voz de Jesus. Não podiam acreditar no que viam e ouviam. Mas como

podia Jesus está lá fora sobre a água sem um barco, sem nenhum apoio nos pés? Não havia dúvidas de que

essa Pessoa estava a andar por sobre a água!

Pedro pede a Cristo que o mande ir ter com Ele

A Pessoa de pés sobre as ondas se aproximava cada vez mais do barco. Agora podiam vê-La

claramente. Sim, com efeito, era Jesus! Os discípulos vibraram! Jesus viera até eles neste momento de

grande aflição e perigo. E foi Pedro quem mais vibrou. Incrível, mas Jesus estava a andar por sobre as

águas de maneira tão tranquila como se fosse por sobre o vidro. A fé de Pedro aumentou e ele pensou: “Se

Jesus tem poder para andar por sobre água, então tem poder para me fazer andar do mesmo jeito, de sorte

que vou Lhe pedir que me permita ir ter com Ele andando por sobre as águas também!” Pedro sabia que se

Jesus detinha o poder de andar na água, por certo Ele poderia dar a ele, Pedro, o mesmo poder. Pedro então

fez o apelo: “Se és Tu de verdade, Senhor, manda-me ir ter Contigo por sobre as águas.”

E Jesus respondeu: “Pedro, vem!” Os outros discípulos ficaram a olhar atentamente enquanto Pedro

subia na borda do barco e passava para a +agua, começando a andar por sobre as ondas em direcção a

Jesus. Era preciso de muita fé para ir ter com Jesus com o mar tão agitado. Mas Pedro manteve a fé e não

temeu as águas enquanto os seus olhos estiveram fitos em Jesus. Sua fé estava firmada no Criador dos

mares, dos montes e de todo o Universo. E quando vem a fé, o medo foge.

“Que maravilha!” pensou Pedro, quando deu seu primeiro passo sobre as ondas. “Estou a andar por

sobre as águas do mesmo que Jesus! Hei! Vocês aí, discípulos! Dêem uma olhada aqui no velho Pedro!

Isto é simplesmente fantástico! A água sob meus pés é real e profunda. Além disso, as ondas são enormes!

É uma senhora tempestade aqui na água!” Mas quando Pedro começou a olhar a seu redor e viu o mar tão

agitado, viu e sentiu, ele pensou: “Que tal se uma dessas ondas que parecem montanha me derrubar e eu

perder o apoio dos pés?” Este foi um pensamento muito preocupante, de sorte que Pedro começou a

duvidar, a enfraquecer e a amolecer de medo.

Pedro começa a afundar

No instante que um raio de dúvida lhe entrou no coração, Pedro começou a afundar.

“Senhor, salva-me!” gritou apavorado. Com rápido movimento, Jesus lhe estendeu a mão e reergueu

Pedro das águas. Ao fazê-lo, Jesus comentou: “Homem de pequena fé, por que duvidaste?”

Jesus ajudou Pedro a firmar-se nos pés e juntos andaram por sobre as águas até o barco, no qual

entraram, reunindo-se aos outros discípulos. Bastou Jesus entrar no barco e o vento parou de soprar e o

mar se acalmou.

O mar se acalma

A tempestade rugente se transmudou em perfeita calma. Era quase incrível! Os discípulos ficaram

sentados, surpresos e repletos de temor reverencial, cheios de respeito diante do milagre que haviam

presenciado. Jesus e Pedro andaram por sobre a água até o barco e a tempestade ameaçadora amainara

completamente. O medo deles se evaporara. A próxima coisa de que se deram conta foi que já tinham

chegado a costa, próximo à cidade de Cafarnaum.

Caramba! A coisa toda foi um milagre do começo ao fim! Caindo de joelhos diante de Jesus, eles O

adoraram, exclamando: “Verdadeiramente, Tu és o Filho de Deus.”

Aplicação

Da mesma maneira que os discípulos no mar tempestuoso e agitado, com o barco quase, a naufragar no

meio dos vagalhões, levando-os ao afogamento nas profundezas das águas, muitas vezes em nossas vidas

de crentes, quando enfrentamos problemas e dificuldades, ficamos sem saber se Jesus nos esqueceu e se

Ele ainda se preocupa com o facto de as tempestades da vida estão a derrotar nos. Será que Ele nos

esqueceu? Indagamos. Podemos até pensar: “De que adianta tentar viver para Deus? Não posso lutar

contra tudo isso sozinho.”

Lembrem-se então de que, quando se achavam angustiados ao máximo, os discípulos “viram Jesus

andando por sobre o mar e se aproximando do barco!” Viram a Jesus claramente, e O vemos pela fé. Ora,

ele nos promete que em todas as nossas dificuldades e aflições Ele se preocupa, Ele nos ama e cuida de

nós. Ele nos diz: “Não temais, porque estou convosco não tenhais medo, Sou vosso Deus. Eu vos ajudarei,

vos fortificarei, e vos sustentarei com a mão direita de Minha justiça.” Essas são promessas maravilhosas!

O que foi que aconteceu que fez Pedro afundar? Ele começou a submergir quando tirou os seus olhos

de Jesus e passou a preocupar-se com a tempestade, a temer as ondas. Foi então que, sem olhar para Jesus,

o medo entrou no seu coração e a sua fé falhou.

Em todas as tempestades da vida, em todas as tentações que Satanás joga contra nós, podemos

manter-nos seguros se não tirarmos os olhos de Jesus em busca de abrigo. Ele pode acalmar as nossas

tempestades a ajudar-nos a andar por cima das tempestades da vida! Podemos ter nEle grande fé porque

ele é uma grande Salvador!

1

"Deus é Espírito, e importa que os que o

adoram o adorem em espírito e em verdade."

João 4:24

"Deus é Espírito, e importa que os que o

adoram o adorem em espírito e em verdade."

João 4:24

"Deus é Espírito, e importa que os que o

adoram o adorem em espírito e em verdade."

João 4:24

"Deus é Espírito, e importa que os que o

adoram o adorem em espírito e em verdade."

João 4:24

2

"Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve

a minha palavra, e crê naquele que me enviou,

tem a vida eterna..."

João 5:24a

"Na verdade, na verdade vos digo que quem

ouve a minha palavra, e crê naquele que me

enviou, tem a vida eterna..."

João 5:24a

"Na verdade, na verdade vos digo que quem

ouve a minha palavra, e crê naquele que me

enviou, tem a vida eterna..."

João 5:24a

3

"...e não entrará em condenação, mas,

passou da morte para a vida."

João 5:24b

"...e não entrará em condenação, mas,

passou da morte para a vida."

João 5:24b

"...e não entrará em condenação, mas,

passou da morte para a vida."

João 5:24b

"...e não entrará em condenação, mas,

passou da morte para a vida."

João 5:24b

4

"...a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos."

Tiago 5:16

"...a oração feita por um justo pode

muito em seus efeitos."

Tiago 5:16

"...a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos." Tiago 5:16

5

"Desejai afectuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para

que por ele vades crescendo." I Pedro 2:2

"Desejai afectuosamente, como meninos novamente

nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo." I Pedro 2:2

"Desejai afectuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que

por ele vades crescendo." I Pedro 2:2

6

"Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a

sua vida pelas ovelhas."

João 10:11

"Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a

sua vida pelas ovelhas."

João 10:11

"Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a

sua vida pelas ovelhas."

João 10:11

7

"Enganoso é o coração, mais do

que todas as coisas, e perverso:

quem o conhecerá?"

Jeremias 17:9

"Enganoso é o coração, mais do que

todas as coisas, e perverso: quem o

conhecerá?"

Jeremias 17:9

"Enganoso é o coração, mais do que

todas as coisas, e perverso: quem o

conhecerá?"

Jeremias 17:9

8

"Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e

encontrareis descanso para as vossas almas." Mateus 11:29

"Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas."

Mateus 11:29

"Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas."

Mateus 11:29