lição 07 - honrarás pai e mãe

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Pr. Andre Luiz

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Pr. Andre Luiz

Teologia do Antigo Testamento’ (Shedd Publicações); “Oprimeiro dos seis últimos mandamentos toca diretamente em um pontoteológico muitíssimo relevante em torno do qual gira boa parte da nossaabordagem, e este é a inter-relação inerente à criação e à ordem dacriação (Êx 20.12). Deus, como Criador, é soberano, mas ele escolheuexecutar seu governo por intermédio da humanidade. Contudo, háesferas de soberania na humanidade, pessoas ou instituições que, pornatureza ou indicação, são designadas para exercer senhorio beneméritosobre outros. Isso começa na esfera do casamento e da família, matériade que tratamos de passagem. O modelo do Antigo Testamento éclaramente patriarcal, mas não patriarcal ditatorial. Conformeobservaremos, muitas estipulações da aliança que regulamentam ocomportamento dos filhos exigem que eles tratem pai e mãeexatamente da mesma maneira”.Eugene H. Merrill. Teologia do Antigo Testamento. Editora

Shedd Publicações. pag. 334.

Os termos mãe e pai veem do Latim mater e pater, equivalentes aogrego,pater, palavra relacionada à raiz que significa «nutridor» ou «protetor».A palavra hebraica correspondente à mãe é ’em; e no grego é meter. O Rev.Hernandes Dias Lopes escreve em sua obra ‘MALAQUIAS A Igreja no tribunal deDeus’ (Editora Hagnos): Malaquias inicia essa mensagem fazendo umadeclaração indiscutível: “O filho honra o pai e o servo ao seu Senhor” (1.6).Assim, ele conquista a atenção dos sacerdotes antes de acusá-los.51 A primeirarelação envolve afeição e a segunda respeito. Mas os sacerdotes nãodemonstraram amor nem respeito a Deus. Desde o início, Deus tratou Israelcomo um filho amado, tirando-o do Egito, dando-lhe uma herança, proteção,revelação sobrenatural e missão especial. Não obstante Israel ser o filhoprimogênito de Deus (Êx 4.22), ele tornou-se um filho ingrato (Os 11.1) erebelde (Is 1.2). Malaquias, também, acusa Israel de uma ingratidão inegável.Como foi que Israel retribuiu ao Senhor Seu amor gracioso? Do amor de Deus, oprofeta volta-se para a ingratidão do povo. Deus o tratou como filho, mas Israelnão o honrou como pai. Não houve honra nem respeito a Deus. LOPES. Hernandes Dias.

MALAQUIAS A Igreja no tribunal de Deus. Editora Hagnos.

O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel, e seus cavaleiros! E nunca

mais o viu; e, pegando as suas vestes, rasgou-as em duas partes.

2 Reis 2:12

A Timóteo meu verdadeiro filho na fé: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus nosso Pai, e

da de Cristo Jesus, nosso Senhor.

1 Timóteo 1:2

O pai espiritual pode ser o pastor, líder, ou pessoa mais madura na fé.O tempo não cura ferida gerada por problemas de paternidade. Eliseu falou deElias de forma muito honrável, mostrando o motivo de tanto lamentar suaausência. Ele próprio tinha perdido o guia de sua mocidade: Meu pai, meu pai.Ele viu sua própria condição como a da criança sem pai atirada ao mundo, elamentou isto da forma adequada. Quando Cristo deixou seus discípulos, não osdeixou órfãos (Jo 14.15), mas Elias teve que fazê-lo.

O quinto mandamento revela a sustentabilidade divina da estrutura familiar e

da ordem social.

O quinto mandamento se aplica também ao relacionamento secular,pois a figura do governante se assemelha à de um pai. Débora se considera mãede Israel (Jz 5.7). O respeito e a honra se devem também a quem se destaca peloconhecimento em qualquer área. Embora Faraó fosse a maior autoridade noEgito, ele honrou e respeitou um escravo hebreu simplesmente porque este tinhao conhecimento da vontade de Deus: "senão Deus, que me tem posto por pai deFaraó, e por senhor de toda a sua casa" (Gn 45.8). O rei do Egito nos dá oexemplo mesmo séculos antes da promulgação da lei. Isso deve servir comoexemplo hoje nas igrejas. Esse respeito e essa consideração não se restringemapenas aos membros da Igreja e a seu pastor, mas vale também entre ospróprios pares e companheiros de ministério. A hierarquia, portanto, é esta:Deus, os pais e as autoridades eclesiásticas e civis. Esequias Soares. Os Dez Mandamentos.

Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 80-81.

A honra é o alto respeito ou estima mostrada a uma outra pessoa ourecebida dela, ou ainda uma demonstração de tal respeito. O conceito éexpresso figurativamente no AT por palavras que também são traduzidas comobeleza, majestade, talento, preciosidade, valor e glória. Os paralelos sãosignificativos: glória e honra (1 Cr 16.27; SI 8.5); glória e majestade (SI 21.5;96.6; 104.1); honra e distinção (Et 6.3); dádivas, prêmios e grandes honras (Dn2.6); riquezas e glória (1 Rs 3.13). Dessa forma, o conceito insere-se na adoração(q.v.), que é o reconhecimento do valor. O próprio Deus merece toda a honra: oreconhecimento daquilo que Ele é, e a atribuição do louvor que lhe é devido.Deus também pode fazer com que os homens sejam reconhecidos pelos outros:"Deus deu riquezas, fazenda e honra" (Ec 6.2). Ele ordenou que fosse mostradorespeito aos pais (Êx 20.12) e aos mais velhos (Lv 19.32). Uma esposa virtuosamerece a estima de seu marido (Pv 31.25; 11.16; 1 Pe 3.7). Aqueles que honrama Deus serão por sua vez honrados (1 Sm 2.30). O homem que persegue a justiçae a lealdade da aliança encontrará a honra (Pv 21.21). Uma sugestão para omotivo pelo qual Deus restaura a honra aos homens de modo redentor é dadano Salmo 8.5: Deus fez o homem um pouco menor do que os anjos. O homemmais representativo, o Senhor Jesus, coroado com glória e honra por seusofrimento de morte, traz a redenção e a glória final para os seus redimidos(veja Hb 2.5-10). A honra, como um subproduto da sabedoria e da piedade, éassociada à vida no sentido de que só poderia encontrar seu cumprimento em

uma imortalidade abençoada (Pv 3.16; 8.18; 21.21; 22.4; cf. Rm 2.7,10). No NTgrego, palavras significando valor e glória são traduzidos como honra. Osvalores éticos estão em perspectiva. A honra descreve de forma majestosa aaprovação e a estima mútua entre o Pai e o Filho (2 Pe 1.17; Hb 2.9; Jo 8.49,54).A honra em glória redentora é concedida por Deus aos homens (Rm 2.10; 1 Pe1.7; Jo 12.26). Os homens e os anjos dão glória e honra a Deus (1 Tm 1.17; Ap4.9; 19.1) e a Cristo (Jo 5.23; Ap 5.12ss.). Os homens devem buscar a honra ou aaprovação que vem de Deus ao invés da aprovação dos homens (Jo 12.43).Entretanto, não devemos negar a honra que é devida aos outros (Rm 12.10): aospais (Mt 15.4), às viúvas (1 Tm 5.3), aos mestres (1 Tm 6.1), e ao rei (1 Pe 2.17).O casamento, também, deve ser honrado por todos (Hb 13.4). PFEIFFER .Charles F.

Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 936.

Salomão, o homem mais sábio que já existiu, encorajou os filhos arespeitarem seus pais (Pv 1.8; 13.1; 30.17). Apesar de que talvez não estejamosmais sob sua autoridade, não podemos ignorar o comando de Deus de honrarnossos pais. Até Jesus, Deus Filho, submeteu-se aos Seu pais terrenos e ao seuPai Celestial (Mt 26.39; Lc 2.51). Ao seguir o exemplo de Cristo, como Cristãosdevemos tratar nossos pais da mesma forma reverencial com a qual nosaproximaríamos de nosso Pai Celestial (Hb 12.9; Ml 1.6).

A Bíblia declara que "honrar pai e mãe" é mandamento divino, não sugestão

humana.

A palavra «...obedecei...», no original grego, é «upakouo», que querdizer «obedecer», «seguir», «estar sujeito a». Fica subentendido que aquilo queaos filhos é ordenado, seja justo, moral, correto, visando o desenvolvimentoespiritual da criança, ou simplesmente apropriado para a vida e a conduta diárias.Seu trecho paralelo, de Cl 3.20, acrescenta «em tudo». Mas tudo deve estar sujeitoà mesma condição de justiça, incluindo até mesmo questões indiferentes, atinentesà vida diária, que não têm conteúdo «certo» ou «errado». O pai da família deveassumir a «direção» do lar, tanto nas coisas importantes como nas incidentais.Mas, ao assim fazer, o pai deve manter uma atitude razoável, a fim de não alienarde si os seus filhos, satisfazendo os desejos razoáveis dos filhos o tanto que lhe forpossível, para que seja reputado como gentil e cheio de consideração por eles, quedessa maneira o amarão e respeitarão, sujeitando-se naturalmente à suaautoridade, não querendo subjugá-los pelo temor ou pelo mero senso deobrigação. Devemos notar que, em Rm 1.30, a desobediência aos pais é nomeadaentre os pecados sérios dos povos pagãos, que são reprovados por Deus. E aprópria natureza nos ensina a conveniência dos mais jovens e menos experientesse sujeitarem aos mais velhos, que já têm bastante experiência de vida, em suasexigências e inúmeras situações. Outrossim, dos pais crentes se espera queentendam as implicações espirituais da necessidade de obediência, para que assimexerçam a devida autoridade sobre seus filhos. CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento

Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 635.

Honrar pai e mãe é muito abrangente e envolve cuidar dos pais,principalmente na velhice: "Ouve a teu pai, que te gerou, e não desprezes a tuamãe, quando vier a envelhecer” (Pv 23.22). O termo "filho meu",frequentemente empregado em Provérbios, em geral se aponta para oaconselhamento de um mestre a seus discípulos, mas aqui ambos sãomencionados, pai e mãe, referindo-se, portanto, aos pais naturais. O quintomandamento vai além do sustento dos pais na velhice. É dever dos filhosproteger os pais, a sanção da lei é dura contra os que descumprem o quintomandamento: "O que ferir a seu pai ou a sua mãe certamente morrerá... Equem amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe certamente morrerá" (Êx 21.15, 17).O v. 15 fala sobre violência fisica, e o v. 17, que é reiterado mais adiante deforma expandida (Lv 20.9), vai além do desprezo e do abandono. Amaldiçoaraqui significa depreciar e repudiar a autoridade dos pais. Além da agressão edo menosprezo em relação aos progenitores, a lei estabelecia a pena capitalpara o filho desobediente, o rebelde contumaz (Dt 21.18-21). Qualquer atitudede desonra era um grave insulto, e a punição da lei era a mesma para ambosos casos: agressão física e moral, violência e desrespeito. Por isso, a lei impõerespeito e honra aos pais (Êx 20.12; Dt 5.16). Desonrar a pai e mãe é desonrara Deus. Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança.

Editora CPAD. pag. 63.

Corbã (a transliteração do hebraico é “Qorban”) é uma palavrahebraica que significa “Sacrifício”, “oferta”, “oblação”. Literalmente, descreveaquilo que é levado para junto do altar (do verbo qarab). Matthew henry explicao seguinte: “E fácil deduzir que é dever dos filhos, se os pais são pobres, ajudá-los, conforme a sua capacidade; e se os filhos que maldizem os seus paismerecem a morte, muito mais a merecem aqueles que não os sustentam. Sealguém estivesse de acordo com todos os pontos da tradição dos anciãos, elesdescobririam um expediente pelo qual ele poderia ser liberado dessa obrigação(v. 11). Se os pais estivessem em necessidade, e o filho tivesse os recursosnecessários para ajudá-los, mas não tivesse a intenção de fazer isso, ele poderiajurar pelo Corbã, ou seja, pelo “ouro do templo”, e pela “oferta que está sobre oaltar”, e assim os seus pais não seriam beneficiados por ele; esse filho não osajudaria. E, se eles lhe pedissem qualquer coisa, bastava que ele lhesrespondesse isso, e seria suficiente. Como se pela obrigação desse juramentoiníquo alguém pudesse se liberar da obrigação imposta pela santa lei de Deus.Observe a interpretação do Dr. Hammond: Um antigo cânone dos rabinos diz queos juramentos devem acontecer com referência a coisas ordenadas pela lei, etambém a coisas indiferentes, para que, se alguém fizer um juramento (ou umvoto) que não possa ser ratificado sem infringir um mandamento, o juramentoseja ratificado, e o mandamento violado. Esta opinião está de acordo com ainterpretação do Dr. Whitby. Os papistas ensinam uma doutrina como essa,

isentando os filhos de qualquer obrigação para com os seus pais, por meio dosseus juramentos (ou votos) monásticos, e da sua admissão à religião, como elesos chamam. O Senhor Jesus conclui: “E muitas coisas fazeis semelhantes aestas”. Onde os homens irão parar, quando tiverem feito com que a Palavra deDeus dê lugar às suas tradições? Esses que avidamente impunham taiscerimônias, no início somente menosprezavam os mandamentos de Deus emcomparação com as suas tradições; mas, posteriormente, anulavam osmandamentos de Deus, se estes entrassem em conflito com as suas tradições.Tudo isso, na verdade, Isaías tinha profetizado; aquilo que ele dizia sobre oshipócritas na sua época, aplicava-se também aos escribas e fariseus (v. 6).Observe que quando vemos a iniquidade dos tempos atuais, e reclamamosdela, se dissermos que os dias passados foram melhores do que estes,estaremos mostrando que não investigamos esse assunto mais a fundo (Ec7.10). O pior dos hipócritas e malfeitores já teve os seus predecessores”. HENRY.

Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 441.

Os filhos não podem se esconder das suas responsabilidades para com os seus

pais.

A Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal (CPAD), traz o seguinte: “Mc7.13. O voto Corbã colocava efetivamente a tradição acima da Palavra de Deus.Ser capaz de se isentar de um dos mandamentos de Deus, adotando um votohumano, significava que os fariseus estavam invalidando a Palavra de Deus.Jesus acrescentou que os fariseus faziam muitas e muitas coisas como essa. Eesse era apenas um exemplo da premeditada mesquinhez desses líderesreligiosos que se colocavam acima de todas as pessoas, mas que, de fato,destruíam as leis que tinham tanto orgulho de parecer obedecer. Nesseexemplo, Jesus deixou claro a esses líderes religiosos hipócritas que a lei deDeus, e não a tradição oral, deveria ser a verdadeira autoridade na vida daspessoas”. Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 234.

Os judeus colocam o quinto mandamento como dever do homem paracom Deus. Os mandamentos de caráter vertical, do compromisso do israelita comDeus, de amar a Deus acima de todas as coisas, de acordo com o ensino de Jesus,são teológicos e estão registrados na primeira tábua; os outros são de caráterhorizontal, são preceitos éticos que constam da segunda tábua, resumidos nosegundo mandamento de amar o próximo como a si mesmo. Esta é a interpretaçãojudaica. Esta linha de pensamento mostra a relevância de honrar os pais, os quaissão representantes de Deus. Honrar pai e mãe ocupa um lugar de elevadaconsideração na lei porque a autoridade deles foi delegada por Deus. Desobedecera eles, portanto, é desobedecer a Deus, pois eles estão investidos de autoridadesobre a vida e receberam a responsabilidade do bem-estar dos filhos. O apóstoloPaulo ensina obedecer aos pais e explica, "porque isto é justo" (Ef 6.1). Ele estáfalando a respeito de uma lei natural que existe desde o princípio do mundo. Deusjá havia colocado a sua lei no coração de todos os homens, mesmo antes de serevelar a Moisés no Sinai (Rm 1.19; 2.14, 15). Essa prática existe em todas ascivilizações antes e depois de Moisés. Todos esses povos já reconheciam aimportância de obedecer e respeitar aos pais como fundamento para umasociedade estável. Sua inobservância sinaliza a decadência da estrutura social.Infelizmente, o que se vê na atualidade é inversão desses valores; os pais estãoperdendo o direito de opinar e decidir sobre a vida dos filhos adolescentes porimposição até do Estado. Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em

Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 81.

Os quatro primeiros mandamentos da lei mosaica tratam dosdeveres do homem para com Deus. Os últimos seis, tratam dosrelacionamentos humanos. Por isso mesmo, as tábuas do testemunho, ondetinham sido inscritos os mandamentos, eram duas. Essas duas tábuas da leiincorporavam todas as atitudes apropriadas aos seres humanos. Honrar aospróprios progenitores não somente é uma forma de piedade do mais altocalibre, como também é uma regra social de suprema importância, pois osconflitos domésticos naturalmente têm reflexos sobre a sociedade como umtodo. Visto que os pais atuam como representantes de Deus, ocupando o lugarde Deus no seio da família, este quinto mandamento, na realidade, é umaaplicação dos dois primeiros mandamentos. Assim, honrar a Yahweh implicaem honrar aos pais. A solidariedade familiar jamais poderá tomar-se um fatonos lugares onde houver filhos desobedientes, que tentem impingir suavoluntariedade às expensas dos pais. Dentro do contexto hebreu, honrar ospróprios pais era uma parte vital da existência, tão vital quanto a respiração.Um filho que ousasse ferir seus pais sofria a pena de morte (Êx 21.15). Idênticocastigo cabia a quem amaldiçoasse qualquer de seus pais (Êx 21.17). Somenteos zombadores insensatos rejeitariam esse princípio de respeito pelos própriospais, e o fim deles é triste (Pro. 30.17). Paulo reitera esse mandamento emEfésios 6.1-3. Todavia, o apóstolo também frisou sabiamente aresponsabilidade dos pais para com seus filhos (vs. 4). E lembrou que o quinto

mandamento é o primeiro mandamento que envolve uma promessa, ou seja,que os filhos obedientes serão abençoados com uma vida longa e feliz (Ef 6.3).Nesse ponto, Paulo citou o trecho de Deuteronômio 5.16. A punição capital (vera esse respeito no Dicionário) era imposta no caso de quatro crimes,mencionados em Êx 21.12-17 (que vide). Entre esses queremos destacar aqui aquebra do sexto mandamento (o homicídio; Êx 21.12,14) e a quebra do quintomandamento (os abusos contra os pais; Êx 21.17). Entre certas tribos indígenasdo Rio Negro, no estado do Amazonas, Brasil, somente dois atos são tidoscomo aquilo que chamamos de pecados, ou seja, atos errados: abusar dequalquer modo da própria mãe e furtar. Entre eles, esses atos são consideradospiores do que o homicídio, o qual, entre eles, é tão comum que deixou de sercensurado. Assim sendo, o código de ética daqueles indígenas incorporasomente o quinto e o oitavo mandamentos do decálogo mosaico. Aristótelespensava que as relações entre filho e progenitor são análogas àquelas queexistem entre o homem e Deus (Ethics, Nic. vii.12 par.5). O confucionismoalicerça toda a sua moralidade sobre as relações entre pais e filhos. Os egípciosenfatizavam a questão a ponto de ameaçarem a uma má vida pós-túmulo aosfilhos que fossem desobedientes a seus pais (apud Lenormant, HistoireAncienne, vs. 1, pág. 343 s.). CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por

versículo. Editora Hagnos. pag. 392.

Dentro da perspectiva da graça, o quinto mandamento tem o mesmo valor que os outros. Uma lei que existe desde que o mundo existe.

Nós vivemos essas coisas como resultado da nossa nova vida emCristo e não por coerção da lei, que condena à morte os filhos rebeldes (Êx21.15,17; Lv 20.9; Dt 21.18-21). O cristão está debaixo da graça e é guiado peloEspírito Santo para as boas obras que "Deus preparou para que andássemosnelas" (Ef 2.10). Cabe a cada um de nós não desperdiçarmos o privilégio e aoportunidade de honrar pai e mãe para não perdermos as bênçãos deDeus. Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora

CPAD. pag. 85.