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li, , i I I o s agricultores brasileiros se preparam para iniciar a colheita da safra 2004/2005 com uma excelente expectativa de produção. Se- gundo estimativa da Companhia Nacio- nal de Abastecimento (Conabl2004), na área plantada de 48,3 milhões de hecta- res, a produção será de 131,9 milhões de toneladas. Da área total, cerca de 22,3 milhões de hectares estão sendo culti- vados com soja; 9,1 milhões, com mi- lho; e o restante da área é cultivado com arroz, algodão, feijão e outros produtos. A produção de soja deverá atingir cerca 46 - FEVEREIRO 2005 de 61,4 milhões de toneladas e o milho, 32,6 milhões. Esses números são melhores do que a safra anterior, mas poderiam ser ainda mais expressivos, pois parte da produ- ção será desperdiçada, justamente na úl- tima etapa do processo no campo, a colheita, reali7<1dana maioria das pro- priedades de forma mecânica, principal- mente pelas colheitadeiras automotrizes. As perdas de grãos no campo podem chegar a 7% da produção nacional por- que medidas relativamente simples de manutenção e regulagem das colheita- deiras não são realizadas antes e durante a colheita. Em termos numéricos, isso representa 3,4 milhões de hectares per- didos, onde os agricultores deixarão na lavoura mais de 9,9 milhões de tonela- das de grãos. No caso da soja, as perdas devem ficar em tomo de duas sacas por hecta- re e serão desperdiçados em tomo de 5,2 milhões de sacas e no milho a perda será de aproximadamente I, I milhão de sacas. Para o agricultor, a perda de duas sacas por hectare representa um prejuí- zo de aproximadamente R$ 60,00, con- -- -

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I

os agricultores brasileiros sepreparam para iniciar a colheitada safra 2004/2005 com uma

excelente expectativa de produção. Se-gundo estimativa da Companhia Nacio-nal de Abastecimento (Conabl2004), naárea plantada de 48,3 milhões de hecta-res, a produção será de 131,9 milhõesde toneladas. Da área total, cerca de 22,3milhões de hectares estão sendo culti-vados com soja; 9,1 milhões, com mi-lho; e o restante da área é cultivado comarroz, algodão, feijão e outros produtos.A produção de soja deverá atingir cerca

46 - FEVEREIRO 2005

de 61,4 milhões de toneladas e o milho,32,6 milhões.

Esses números são melhores do quea safra anterior, mas poderiam ser aindamais expressivos, pois parte da produ-ção será desperdiçada, justamente na úl-tima etapa do processo no campo, acolheita, reali7<1dana maioria das pro-priedades de forma mecânica, principal-mente pelas colheitadeiras automotrizes.As perdas de grãos no campo podemchegar a 7% da produção nacional por-que medidas relativamente simples demanutenção e regulagem das colheita-

deiras não são realizadas antes e durantea colheita. Em termos numéricos, issorepresenta 3,4 milhões de hectares per-didos, onde os agricultores deixarão nalavoura mais de 9,9 milhões de tonela-das de grãos.

No caso da soja, as perdas devemficar em tomo de duas sacas por hecta-re e serão desperdiçados em tomo de5,2 milhões de sacas e no milho a perdaserá de aproximadamente I, I milhão desacas. Para o agricultor, a perda de duassacas por hectare representa um prejuí-zo de aproximadamente R$ 60,00, con-

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empontosiderando a cotação de hoje. Isto signi-fica que, para cada 1.000 hectares culti-vados, cerca de R$ 60 mil serão joga-dos fora. Em vista disso, é fundamentalque a colheita seja feita com todo o cui-dado, de forma planejada e respeitandoos critérios técnicos para diminuir asperdas, já que é impossível eliminá-Iaspor completo.

De olho nos critérios - Entre oscritérios técnicos alguns fatores devemser ressaltados, como o preparo corre-to do solo, a cultivar escolhida, a épocade semeadura, a sanidade das plantas, ocontrole de plantas daninhas e a umida-de dos grãos no ponto de colheita. Emrelação à umidade dos grãos, após atin-girem a maturação fisiológica, eles en-tram em processo de secagem natural,que deve ser acompanhado para nãodeixar passar o momento certo. Se acolheita for realizada quando os grãosestiverem muito úmidos, poderá ocor-rer danos mecânicos. No caso do mi-lho, pedaços dos grãos podem ficar pre-sos à raque (sabugo) e serem jogadospara fora da máquina. Por outro lado,se os grãos estiverem muito secos, aperda na colheita seráainda maior de-

Ivido ao aumento da deiscência (aber-tura espontânea) das vagens e que-bra dos grãos na trilha.

As colheitadeiras são máquinascomplexas constituídas de dezenasde milhares de elementos (peças) ar-ranjados de forma engenhosa. Jun-tas, fazem o corte das plantas, se-param os grãos das vagens ou espi-gas, limpam esses grãos e os arma-zenam para posterior descarrega-mento. Além disso, as máquinasatuais apresentam sistema eletrôni-co sofisticado que controla desde avelocidade do molinete até a rota-ção do picador de palhas. À frentedesta sofisticação, o principal fatora ser considerado para que a utiliza-ção dessas máquinas seja eficientee a colheita realizada com rapidez e,

principalmente, sem perdas de grãos nalavoura é, sem dúvida, o operador des-sas máquinas.

Quer seja o próprio proprietário ouum funcionário contratado para essefim, o operador deve estar atualizado,conhecer as opções de regulagens e oscomandos que a colheitadeira apresen-ta. Para isso é essencial que ele faça cur-sos de operação e manutenção normal-mente oferecidos pelos fabricantes oupelos revendedores autorizados e quetenha ao alcance das mãos o manual dooperador para consultá-Io sempre quehouver dúvida.

Alguns fatores, contudo, que devemser levados em consideração para evitaras perdas durante a colheita, são aquiapresentados para que o leitor tenha no-ção do que isso representa. É importan-te, por exemplo, a escolha correta davelocidade de trabalho, a regulagem dossistemas que fazem parte da colheita-deira (corte, trilha, separação e limpeza)e a manutenção correta das máquinas.

Quanto maior for a velocidade

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maior será a capacidade operacional dasmáquinas, isto é, maior área será colhi-da em determinado tempo. Entretanto,a velocidade de deslocamento da colhei-tadeira deve ser compatível com o tra-balho a ser realizado, pois se for em ex-cesso, pode aumentar as perdas pelo im-pacto da barra de corte no caule das plan-tas, causar o acúmulo de material no con-dutor de alimentação (embuchamento)ou no sistema de trilha e aumentar ovolume de palha no saca-palha, dificul-tando a separação dos grãos. A veloci-dade a ser utilizada depende, portanto,de vários fatores a serem consideradose pode variar de uma cultura para a ou-tra ou mesmo na mesma cultura em ta-lhões diferentes. Para se ter um valor dereferência, a velocidade de deslocamen-to, na maioria dos casos, não deve sersuperior a 6 km/h.

Na plataforma de corte, o molinete éo elemento que faz a escora para o cortedas plantas pelas navalhas e o tomba-mento dessas plantas na base da plata-forma. A rotação do molinete pode ser

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COLHEITA

Esqu.emacleumacolhe.itacleira

1. Molinete2. Cilindro hidráulico do molinete3. Variador hidráulico do molinete

4. Direção e comandos hidráulicos5. Cilindro de trilha6. Batedor7. Sem-fim do tanque graneleiro8. Tanque graneleiro9. Motor10. Lona de retenção do cereal11. Saca-palhas12. Capô traseiro13. Divisor14. Navalha de corte15. Plataforma de corte16. Sem-fim de plataforma de corte17. Esteira do alimentador do cilindro18. Cilindro hidráulico da plataformade corte19. Captador de pedras

ajustada para entre Oe 60 rpm, de for-ma que a velocidade periférica das bar-ras do molinetesejade 25% a 50% maiorque a velocidade de deslocamento damáquina.Aprojeção do eixo do molinetedeve ficar de 15 a 30 cm à frente dabarra de corte e a altura deve permitirque os travessões com os pentes toquemno terço superior das plantas.

Na barra de corte deve-se verificarse as navalhas estão sem fio ou empe-nadas, se dedos duplos estão desalinha-dos ou desgastados, se os grampos (cli-pes) da barra estão muito justos ou mui-to folgados, se os cursos das navalhasestão fora de centro e outros fatores quepodem resultar em plantas mal cortadas,mastigadas ou mesmo não cortadas. Asnavalhas quebradas deverão ser troca-das, assim como os dedos das contra-navalhas deverão ser alinhados, substi-tuindo os que estão quebrados e ajus-tando as folgas.A folgacorretaentre umanavalha e a guia e entre as placas de des-gaste e a régua da barra de corte deveser de 0,5 milímetro. Para a colheita dasoja, a barra de corte deve ser mantida omais próximo possível do solo.

Colhendo o milho - A plataformarecolhedoraou despigadorautilizadapararealizar a colheita de milho é compostade ponteiras, rolos giratórios, navalhasdestacadoras, correntes transportadorase um condutor helicoidal transversal. Asponteiras passam nas entrelinhas da cul-

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20. Côncavo21. Caixa de transmissão2.2.Bandejão23. Ventilador

tura, levantam as plantas que estão par-cialmente acamadas e conduzem-nas atéos rolos giratórios. O espaçamento dasponteiras deve ser o mesmo que a en-trelinha da cultura. Quando a planta épuxada para baixo pelos rolos, a espigafica retida em navalhas destacadoras,localizadas lateralmente e acima dos col-mos. Estas devem ser ajustadas parapermitir a passagem do colmo, que épuxado para baixo, e reter a espiga, queé destacada. As espigas destacadas sãolevadas por correntes transportadorasaté o helicoidal transversal (caracol),quemovimenta o material para a parte cen-tral da máquina, onde é captado pelocanal alimentador.

No restante da máquina - Nocondutor de alimentação, é importanteque o material flua com facilidade e paraisso deve-se ajustar a altura da esteira.Esse ajuste depende do material a sercolhido.

No sistema de trilha são realizadasbasicamente duas regulagens: a da rota-ção do cilindro e a da abertura entre ocôncavo e o cilindro. Para cereais degrãos graúdos, como o milho, a soja e ogirassol, a abertura entre o cilindro detrilha e o côncavo deve ser a maior pos-sível, evitando danos às sementes, maspermitindo a trilha do material.A veloci-dade do cilindro de trilha dever ser amenor possível para evitar danos às se-mentes. Para cereais de grãos miúdos,

Fonte: Centro Nacional de Pesquisa de Soja

24. Elevador de grãos25. Caixa de peneiras26. Peneira superior regulável27. Peneira inferior regulável

como o arroz, a cevada, o centeio e otrigo, deve-se reduzir a abertura e au-mentar a rotação do cilindro trilhador.No caso do milho, deve-se regular a ro-tação de debulha em função do teor deumidade do grão. Quando colhido maisúmido, o grão é menos duro, mais ma-leável e mais difícil de ser debulhado.Portanto, exige maior rotação do cilin-dro para ser debulhado e, ao perderumidade, ficam mais quebradiços, ha-vendo a necessidade de diminuir a rota-ção (faixarecomendada: 400 a 700 rpm).Com o côncavo fechado, a debulha émais agressiva; e com o côncavo aber-to a debulha é mais suave, lembrandoque a grelha do côncavo deve ser man-tida limpa.

O mecanismo de separação namaioria das colheitadeiras é o saca-palha, que agita o material, deslocan-do-o para trás. São fatores importan-tes: a freqüência com que o materialé arremessado para cima, altura e dire-ção da agitação, inclinação, forma e tipoda superfície. A quantidade de grãos quesai pelo saca-palhas deve ser observa-da, pois velocidade muito baixa do cilin-dro, abertura muito grande entre cônca-vo e cilindro, extensão do côncavo de-sajustado e cortina incorretamente incli-nada poderão acarretar perdas de grãos.

Os grãos separados são enviados aosistema de limpeza pela calha intema dossaca-palhas e a palha para o picador, que

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fragmenta o material e o distribui sobreo solo. No picador, pode-se determinaro tamanho dos fragmentos e a largurade distribuição de palha.

Na maioria das colheitadeiras existeduas peneiras: uma superior e outra in-ferior. A peneira superior tem a funçãode separar os grãos e partes vegetativasque contêm grãos (vagens, espigas, pa-nículas, etc.) das demais impurezas. Porisso deve ter abertura suficiente parapermitir a passagem desse material. Naparteposterior da peneira superior,existeuma extensão, que pode ser de arameou seções retangulares denteadas super-postas (como a da peneira). A extensãotambém deve ter abertura maior do quea peneira superior,para facilitar a passa-gem de vagens, espigas, panículas, quesão diretamente enviadas para a retrilha,não caindo sobre a peneira inferior, evi-tando a sobrecarga.

O material que passa pela peneirasuperior cai sobre a inferior, que deveser regulada para permitir apenas a pas-sagem dos grãos limpos. As vagens eespigas que caem sobre esta peneira sãomovimentadas para trás por um movi-mento alternativo das peneiras e envia-das por um elevadorpara a retrilha, onderecomeça o processo a partir do cilin-dro e côncavo.

Para a regulagem do ventilador, ini-cia-se com uma rotação relativamentebaixa, aumentando gradualmente, até oponto onde a maior parte das palhas ésoprada para fora, sem perda de grãos.Corrigida a velocidade do ventilador,deverão ser feitas correções nas pe-neiras e, se necessário, novamentena velocidade, até que melhores re-sultados sejam alcançados.

Colhendo grãos e não prejuí-zos - A manutenção de máquinas eimplementos agrícolas é de suma im-portância para o bom funcionamen-to e desempenho nas operações decampo. Para isso, é preciso um pla-no adequado de prevenção, manu-tenção e de ajustes ao longo de suautilização, que devem ser realizadospor pessoas treinadas e atualizadasou por técnicos especializados dasempresas (fábricas ou revendedoras)que conheçam o funcionamento damáquina.

A manutenção da colheitadeiradeve ser realizada na safra e na en-tressafra. Na safra onde a máquinatrabalha ininterruptamente (diae noi-

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o's.;:."~~

te), deve-se dar atenção aos pontos delubrificação, às condições das corren-tes e correias e dos sistemas de funcio-namento. A manutenção da colheitadei-ra é feita conforme as horas de opera-ção. Na entressafra, os cuidados devemser redobrados, evitando assim que amáquina venha a quebrar durante a ope-ração de colheita. Antes de começar amanutenção da colheitadeira, o funcio-nário especializado deve ligar a máquinapor um período suficiente para que osrestos da cultura colhida (palha, sujeira,grãos, entre outros matcliais) sejam ex-pelidos de seu interior.Após essa opera-

ção, desacoplar o elevador de palha coma plataforma, verificando todos os lo-cais em que haja possível acúmulo dematerial.

O funcionário ou o operador da má-quina deve apertar as porcas das ro-das dianteiras e os parafusos das ro-das traseiras, verificar a tensão e o ajus-te, se necessário, das correias e dascorrentes (inclusive do elevador depalhas, elevador de grãos e retrilha).Nunca instale ou faça manutenção dascorreias e correntes com o motor emfuncionamento. Para a limpeza dascorreias, não se deve usar produtos

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muito fortes, como os solventes, é re-comendado o uso apenas de água esabão. Após o término da colheita, re-comendamos retirá-Ias e guardá-Iasem local arejado e seco. As correntestambém requerem cuidados em suainstalação e manutenção, o que lhesproporcionam maior durabilidade.Deve-se fazer os ajustes corretos dostensores, pois oscilações excessivascausam desgastes rápidos dos rolosda corrente, dos dentes das engre-nagens e dos componentes da má-quina acionados pelas correntes.Também podem causar danos aosrolamentos e eixos e desgastes pre-coces da própria corrente. A lubrifi-cação da corrente é de suma impor-tância e tem como objetivo principala diminuição do atrito, o resfriamen-to e o amortecimento de pequenos im-pactos. O lubrificante deve penetrarnos intervalos entre placas e atingiroutras partes, como pinos, buchas erolos. Sugere-se dar preferência parao querosene ou óleo diesel.

O nível do óleo do cárter deve serverificado diariamente antes do aciona-mento do motor, e este deve chegar atéa marca superior da vareta indicadora.A troca deverá ocorrer nas primeirasIO ou 25 horas de trabalho e nas de-mais horas especificadas no manual dooperador. Para drenar o óleo, retire otampão da extremidade do cano (aindacom o motor quente). O filtro do óleodeverá ser trocado a cada troca de óleo.O tanque de combustível deverá ser rea-bastecido ao final de cada dia de traba-

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lho, para evitar a formação de umidadee a possível condensação do combus-tível à noite. Não se deve andar com acolheitadeira até o tanque secar, poisisto poderá provocar a entrada de ar nosistema de alimentação. O tanque decombustível tem em sua parte inferiorum decantador, antes de começar o tra-balho, abra o bujão de dreno para sairas impurezas acumuladas.

Sempre que aparecer água no pré-filtro de combustível (recipiente de vi-dro), drene através do bujão. O nívelde óleo não deve ficar a menos de 15mm da borda superior do recipiente devidro. Após o termino da colheita, o re-servatório de combustível deve ser la-vado para evitar possíveis corrosões.Diariamente, antes do funcionamentodo motor, verifique o nível de água doradiador, se necessário complete-o comágua limpa. Elimine todos os dias, esempre que necessário, a palha e partí-culas de sujeiras no filtro rotativo, paramelhor refrigeração. No radiador, lim-pe as colméias com uma escova de aço,desprenda com ar comprimido possí-veis incrustações de sujeiras, dirigindoo jato de ar de dentro para fora.

A manutenção do sistema elétrico dacolheitadeira começa com a limpeza dabateria e a verificação do nível eletrolí-tico semanalmente, completando-oquando necessário com água destiladacom o motor funcionando. Tambémdeve ser verificado o estado da fiação,os fusíveis e os microterminais.

No sistema hidráulico, limpe acada 100 horas de trabalho os respi-

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ros de ambos os depósitos, comálcool ou querosene, completan-do a limpeza com jatos de ar.Periodicamente, o nível do óleohidráulico em ambos os depósi-tos deve ser verificado, comple-tando-os com óleo recomenda-do pelo fabricante. Essa opera-ção deve ser realizada com a pla-taforma e o molinete abaixados.Os filtros de ambos os depósi-tos devem ser trocados nas pri-meiras 100 horas de trabalho, edepois a cada 500 horas, ou ao

- final de cada safra (o que ocor-'~, rer primeiro). Para troca do óleo] I do sistema hidráulico, é neces-Q I sário que a plataforma esteja ni-

velada ao solo e o molinete abai-xado. A seguir, drenar comple-tamente o sistema e manter o

tubo descarregador na posição detransporte (fechado). A drenagem dodepósito de ar deve ser realizada pe-riodicamente. Com o motor desliga-do, drene a água acumulada, abrin-do o bujão de dreno. Examinar e ajus-tar quando necessário as embreagensde segurança da esteira alimentado-ra, dos elevadores, do sem-fim daplataforma de corte (ao final das pri-meiras 5 horas e nas primeiras 25horas, e, após, semanalmente) e dosaca-palha.

A manutenção da plataforma de cor-te é periódica. Começa com a máquinanivelada, verificando as pressões dospneus dianteiros, realizando a sangriado sistema hidráulico do molinete e ali-nhando os dedos duplos, se necessáriosubstituindo-os. Realizar os ajustes dosclipes fixadores das navalhas, onde osmesmos devem manter as navalhas li-vres nos dedos duplos, para permitirque a barra de corte se desloque semoscilar. Na unidade de trilha, é neces-sário verificar periodicamente o para-lelismo entre o côncavo e o cilindro paramelhor eficiência. Em caso de não pa-ralelismo, deve-se fazer o ajuste atra-vés da haste roscada, na qual se ajustaa parte traseira do côncavo e atravésda haste frontal. A manutenção da uni-dade de limpeza também deve ser reali-zada após cada safra. As peneiras su-periores e inferiores devem ser retira-das, puxando-as para trás (depois deretirar os parafusos), e limpas com es-covas de aços. A lubrificação das arti-culações deve ser feita com óleo de mé-

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dia viscosidade. O mesmo procedimen-to deve-se dar ao bandejão todos os dias.

Após todos os procedimentos cita-dos, é preciso realizar a lubrificação damáquina. Essa operação deve ser diá-ria e a cada intervalo de horas de traba-lho especificado no manual do opera-dor. Os pontos de aplicação de graxa eóleo lubrificantes variam de máquinapara máquina. Também se faz neces-sário um local adequado para guardar amáquina. Este deve ser protegido daação do tempo (sol, chuva e umidade).

Avaliação das perdas na colhei-ta - As perdas de grãos no campopodem ocorrer naturalmente antes dacolheita mecanizada, principalmentedevido à deiscência das vagens e aoacamamento das plantas, que impedemque a barra de corte consiga trazer paradentro da máquina os grãos a seremcolhidos, derrubando-os sobre o solo.Na colheitadeira, as perdas ocorremna plataforma de corte, principalmen-te quando a velocidade do molinete é ex-cessiva ou muito baixa; no mecanismode trilha, onde a regulagem errada podecausar quebra dos grãos ou não haver atrilha; no saca-palhas, onde o grão podeser perdido junto com a palhada, quan-do esta é excessiva; e nas peneiras,quando não estão corretamente abertas.As perdas nos diferentes mecanismosocorrem em proporções diferentes, sen-do que é na plataforma de corte ondeexistem maiores incidências.

A avaliação precisa das perdas nosdiferentes mecanismos requer um de-morado sistemade avaliação,com pa-radas e manobras da máquina e a uti-lização de lonas para separar o mate-rial que sai do saca-palha e aquele quesai das peneiras. Essas avaliações sãomais utilizadas para fins experimen-tais e é impraticável de ser feito nascondições de campo.

No campo, existem formas maispráticas para se quantificar as perdasde grãos sem distinguir as perdas en-tre os mecanismos. Uma delas é a co-leta e contagem de grãos em uma áreade 1 metro quadrado, que pode sermarcada com estacasou com um qua-drado de ferro ou madeira. Repetir detrês a quatro vezes em locais diferen-tes antes e depois da passagem da co-lheitadeira.Comovalorobtidoem cadacoleta, pode se estimar a quantidadede sacas perdida por hectare confor-me a tabela a seguir.

Quantidade de sacas degrãos perdidas por hectareCulturaSojaTrigoArrozMilhoSacas/ha

Grãos por m240 80 120 160

120 240 360 480170 340 510 68013 26 39 52

1 2 3 4

Atualmente, alguns modelos de co-lheitadeiras apresentam, como acessó-rio, sensores automáticos que são ins-talados na parte traseira da máquina.Eles detectam a quantidade de grãos queestão caindo, por meio do impacto des-ses grãos sobre uma placa metálica, eemitem um sinal para um monitor pre-sente no posto do operador, onde seobserva a quantidade de grãos perdi-dos. Isto permite a um operador bemtreinado aumentar a capacidade opera-cional da máquina, ao mesmo tempoque mantém as perdas dentro dos limi-tes aceitáveis. É importante ressaltar queesses sensores não descartam as avalia-ções no solo, pois eles não detectam asperdas que ocorrem na plataforma.

Para que o agricultor consiga obtermelhor aproveitamento do cultivo degrãos, é importante que sejam seguidasas recomendações técnicas indicadaspara o processo de produção no cam-po. Em relação à colheita, se as regula-gens na colheitadeira e as medidas demanutenção forem tomadas, as perdasserão minimizadas aumentando o lucrodo produtor.

Fica evidente, portanto, que umdos principais fatores na prevençãodo excesso de perdas na colheita é acorreta utilização e manutenção dascolheitadeiras, bem como o adequa-do treinamento e capacitação do ope-rador. Assim, a colheitadeira "esta-rá em ponto de bala" para evitar odesperdício. .

,A.

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Fonte: Guia do Operador New Holland

A diferença entre a quantidade degrãos obtidos antes e depois da passa-gem da máquina representa a quantida-de de grãos perdidos na colheita. Se oagricultor deseja determinar a perda nosmecanismos de corte, é necessário pa-rar a máquina, afastá-Ia a uma distânciamaior que o comprimento da platafor-ma e coletar os grãos na área de recuo.

Outra forma de medir as perdas é pormeio do uso do copo medidor,desenvol-vido pela Embrapa. O método consisteem colocar uma armação feita de madei-ra e barbante, cuja largura seja igual à daplataforma da máquina e o comprimentoda armação de 0,5 m (soja) ou 0,25 m(trigo e arroz), coletar no solo os grãosencontrados ou aquelesque estão em va-gens, cachos e espigas não debulhadas,colocá-los no copo medidor,e verificar aperda na coluna correspondente à áreada armação. Para determinar as perdas,na plataforma de corte, o procedimentoé semelhante ao método anterior.

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