lágrimas e esperanças...era para ser um encontro fácil, entrar, se apresentar, mostrar o respeito...
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Lágrimas e EsperançasLágrimas e Esperanças
1 Livro da Série Matilha WolfHotº
Série escrita pelas Revisoras do Blog Hotmaniac.
Resumo:
James foi renegado pelo seu Companheiro !
E foi expulso da Matilha pelo seu próprio companheiro!
O que lhe resta agora?
Ian é o Alfa, ele já tem um companheiro, e agora aparece outro
reivindicando sere seu companheiro.
Sua decisão vai se tornar seu pior pesadelo.
Capítulo UmCapítulo UmEra para ser um encontro fácil, entrar, se apresentar, mostrar o
respeito ao novo Alfa, ouvir as regras da Matilha e pronto.
Fácil.
Rápido.
E estaria liberado para voltar para casa e seu novo quarto – ou
melhor – seu novo refúgio, onde a segurança vã representada pela porta
trancada lhe daria uma sensação de que nada poderia lhe acontecer
novamente.
Tá certo que teria que convencer seu pai que estava bem e só
precisava descansar, isso seria fácil, o difícil seria convencer seu irmão Sam a
sair da festa e largar os possíveis rapazes solteiros que sempre estariam
dispostos a soltar um pouco da energia e tesão em algum canto escuro.
Mas todo seu plano bem elaborado escorreu ralo abaixo quando
James Dark sentiu o cheiro mais doce e maravilhoso vindo do meio da
multidão, o cheiro de companheiro.
Seu lobo interior ficou frenético, querendo chegar ao seu
companheiro o mais rápido possível, mas primeiro ele tinha que encontrá-lo.
Ao começar a furar a multidão, James foi agarrado pelo braço, olhando confuso
para trás, viu seu pai segurando-o.
— Não se afaste James, precisa prestar juramento e fidelidade ao
Alfa Ian, antes de qualquer coisa, e não quero você se escondendo por aí. —
Disse Adam com uma expressão preocupada.
— Eu... não.... ia me esconder pai, eu só … eu preciso encontrá-lo!
— Disse James frenético, tentando se desvencilhar de seu pai.
— Encontrar quem meu filho?
Antes que pudesse encontrar palavras para descrever sua urgência,
alguém esbarrou nele, fazendo com que o agarre em seu braço afrouxasse e
assim que ele se libertou correu pelo meio da multidão reunida na clareira,
atrás de seu companheiro.
Seguindo seu olfato, James de repente se viu na frente de um Deus
na terra, o homem era o sonho molhado que sempre fantasiou e era dele que
vinha aquele cheiro delicioso.
Sem pensar em mais nada, James pulou nele.
— Meu!
Alfa Ian WolfHot estava se sentindo desconfortável, não sabia o que
era, estava esperando o juramento de fidelidade dos novos integrantes de sua
matilha, mas algo mais estava acontecendo, ele não sabia explicar.
Tendo um companheiro já, ele deveria estar feliz, estar contente,
afinal nem todos conseguiam encontrar seu companheiro, e ele já havia
encontrado, seu nome era Bernard.
O único problema é que toda vez que eles tentavam se acasalar algo
acontecia, isso só poderia ser azar, ou carma, quem sabe....mas estava
chegando a hora de fazer acontecer, nada iria impedi-lo nem mesmo um
homem quente e sexy, com os olhos mais lindos que ele já conheceu....
— Meu! — Ele ouviu o moreno dizer, agarrando-o no braço.
Mas o que...?
O pensamento ficou a meio quando sentiu Bernard empurrando o
outro homem. Bernard, com seus compridos cabelos loiros e olhos de gelo.
Com seu corpo fino e delgado, quase como um menino da antiga aristocracia
inglesa.
Como o destino podia ter sido tão brincalhão ao acasalá-lo com um
macho assim?
Um macho sem o menor sentido de humor, sem um pingo de
piedade, com uma crescente fome de riqueza e poder.
Como podia o destino ter encontrado para ele um macho que não
equilibrava as coisas na balança hierárquica da matilha?
Ele precisava de alguém doce e que gostasse de partilhar emoções.
Alguém que não tivesse medo de enfrentar uma multidão e proclamar
um estranho como... SEU!
Se gelo pudesse pegar fogo, seria como os olhos de Bernard quando
o olhou.
O homem parecia prestes a ter um surto enquanto estava de pé, em
frente a um James atordoado e caído.
Seu olhar desviou para Ian, confuso.
Como seu companheiro apenas deixou outro homem, aliás, outra
pessoa o tocar?
Sempre ouviu dizer que o vínculo era tão forte, que os companheiros
até mesmo impediam os familiares de tocarem, então que raios estava
acontecendo?
James encarou o loiro na sua frente, ele não era exatamente feio,
mas o conjunto todo simplesmente lhe dava calafrios, como se algo muito
errado estivesse ligado aquele homem.
— Quem você pensa que é para chegar assim e tocar o meu
companheiro? Sabe quem eu sou? Eu sou o companheiro alfa, filhote! — A voz
do homem normalmente já era esganiçada, mas Deus, quando ele gritava era
quase impossível aguentar sem uma careta. As mãos estavam nos quadris
finos e ele tinha um rosnado reverberando em sua garganta. — Ele é meu,
filhote! Meu, entendeu?
A cena era tão inimaginável que todos ali pararam para assistir, mas
o que ninguém esperava era que James se colocasse de pé e voasse no outro
homem.
— Eu vou mostrar a única coisa sua aqui, é a marca do meu sapato
na sua bunda quando eu terminar com você, seu loiro aguado! — Sem hesitar
James se atirou em Bernard e deu um soco no homem.
Finalmente as pessoas – e Ian – acordaram do transe de ver os
homens trocando xingamentos e foram separar os dois ao mesmo tempo que a
voz de Ian soou alta, trazendo todo o poder alfa consigo.
— Chega! Bernard, aqui comigo! E você? Quem acha que é para vir
aqui e atacar meu companheiro, lobo?
James olhou para o homem lindo que era seu companheiro com
espanto.
— Sou seu companheiro. — James respondeu
James estava tentando entender porque o homem não tinha
percebido ainda que ele era seu companheiro.
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Ian confuso não sabia o que pensar dessa confusão toda,mas uma
coisa ele sabia, o filhote não era seu companheiro.
— Filhote, você esta enganado, eu já tenho um companheiro e você
acabou de atacá-lo. E isso é um crime punível com a morte.
~~~~
James olhou com o coração partido seu companheiro o rejeitar.
James sempre ouviu os mais velhos falarem que quando você
encontrava seu companheiro era o momento mais sublime que se poderia
alcançar, que o tempo parava e que uma fita invisível os puxava juntos,
fazendo cada um ter uma necessidade sufocante um do outro.
Onde estava essa necessidade que ele tanto precisava agora?
Ele olhava para o seu companheiro e não podia acreditar que ele não sentia
essa conexão.
Se o homem branquelo ao seu lado fosse mesmo o seu companheiro,
porque ele não sentia a ligação com o homem também?
— Você está errado, eu sou seu companheiro, você não pode sentir?
— James falou enquanto agarrava seu peito, sentia tanta dor que estava
começado a sufocar sua respiração.
— Ian eu exijo uma reparação! Esse filhote não apenas me atacou,
mas também está pondo em dúvida nossa ligação. Eu exijo sua morte! —
Bernard gritava enquanto agarrava o braço de Ian.
— Fique calado Bernard não piore a situação! — Ian esbravejou.
— Eu sou o seu companheiro, como a matilha vai me respeitar se o
meu próprio companheiro não me defende? — Bernard fez beicinho, tentando
parecer frágil, mas seu rosto apenas se contorceu sem conseguir encobrir o
ódio claro em seu rosto.
James olhava tudo aquilo como se estivesse envolto em uma nuvem
escura, que cada vez mais o puxava pra baixo, tentado engoli-lo.
— Por favor me cheire, eu sou o seu companheiro, você precisa
acreditar em mim, por fa...
— Fique quieto filhote! Você já causou problemas de mais! Além de
atacar, você está humilhando meu companheiro.
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Ian estava confuso, o cheiro do lobo estava o intrigando, ele sentia
um cheiro diferente dos outros lobos, mas ele já tinha um companheiro e seu
lobo sabia que era Bernard. Ele não via outra decisão que ele pudesse tomar.
Ele precisava punir o lobo sexy com a morte ou com a expulsão da matilha, ele
não sabia o porque, mas a simples ideia do lobo morrendo lhe trazia uma dor
no peito.
— Alfa, por favor, se puder me ouvir, eu posso explicar o que está
ocorrendo. — disse um estranho, entrando na frente do pequeno lobo.
— Quem é você? E por sinal, são vocês que estão pedindo a entrada
em meu bando? Se for para causar esse tipo de confusão, terei que pensar
muito bem sobre essa admissão.
— Sim Alfa, meu nome é Adam Dark e este é um dos meus filhos,
na verdade é o meu caçula James, peço desculpas pelo seu ataque. Não sei o
que aconteceu, James tem problemas, mas isso não é motivo para atacar o
companheiro do Alfa eu sei, se puder reconsiderar a execução imediata, eu
garanto que ele não irá mais perturbar, e lhe dou minha palavra.
— Alfa... — Ian se virou para trás ao escutar sua irmã e Beta
sussurrar algo para ele — tenho certeza que a decisão que tomar será a
certa, mas deve levar em consideração algumas coisas antes de tomar a
decisão. Nem todos desta nova família juraram fidelidade a você, somente o
chefe da família e portanto o pequeno Lobo não está ainda preso ás regras da
matilha e por consequência à sua decisão. Se vai condenar o lobo à morte,
terá que fazer isso como um ataque pessoal normal a seu companheiro, ele
parece ser um pai amoroso e pelos relatórios, a família tem mais 2 lobos
machos e uma fêmea além desse. Se condenar um deles, destruirá essa
família, porque um deles está preso a seu juramento e parece ser um homem
de honra. Seja prudente meu irmão e quem está te pedindo é a irmã e não sua
Beta.
Ian assentiu e se virou para Bernard quando sentiu seus dedos e
unhas cravarem em seu braço.
— Ian? Vai deixar ele sair assim? Eu sou seu companheiro, você
jurou me proteger. — Bernard implorou choroso.
— Niméria tem razão Bernard, não posso aplicar a lei da matilha
nele se não faz parte do bando ainda, é ilegal! Me deixe cuidar disso, fique
quieto e confie — Bernard fez um biquinho mas concordou, Ian deu um beijo
em sua testa e se dirigiu à multidão, já com sua decisão tomada, e um pouco
aliviado por não precisar condenar o pequeno lobo à morte, mas para dar uma
satisfação à seu companheiro e seu bando, teria que punir o rapaz com algo
exemplar, se não o bando não o respeitaria mais por deixar qualquer um
atacar seu companheiro.
— Ouçam! Atacar o companheiro do Alfa é punível com a morte na
lei da Matilha … — disse isso olhando nos olhos do pai do pequeno lobo — …
mas sua família ainda não fazem parte do bando, então a lei não se aplica a
este caso. No entanto, meu companheiro foi atacado, e é meu dever pedir
reparação.
— Eu sei Alfa, e sinto muito pelo comportamento de meu filho, seja
qual for sua decisão, eu aceito — disse Adam com a voz cansada, ainda
segurando James pelo braço, mas aliviado que a sentença de morte saiu de
cima da cabeça de James.
— Pai... — James sussurrou, incapaz de acreditar que seu pai
ficaria do lado deles — Você não entende... ele é o meu …
— Quieto James, não piore mais as coisas. — Adam cortou e se
preparou para ouvir o Alfa.
James se calou e olhou para seu companheiro na frente de todos,
com aquele branquelo agarrado ao seu braço como uma trepadeira, seu lobo
interior estava rosnando querendo tirar as mãos deles de cima do que era seu.
Estava quase impossível segurar a mudança. James estava no limite, mas
esperou seu companheiro falar.
— Em punição por atacar o companheiro alfa e humilhá-lo
publicamente ,você está banido desta matilha! Saia imediatamente das terras
do bando! — Assim que Ian proferiu a sentença, ele viu a dor cruzar os olhos
de James, e sentiu uma necessidade de afagar e acabar com o sofrimento do
rapaz, mas ele olhou pra Bernard, seu verdadeiro companheiro e sabia que não
poderia ser diferente.
— Não, não, nãoooooo! — James gritava enquanto uma dor tão
profunda corria pelo seu sangue, fazendo que seu corpo queimasse. Ele não
conseguia entender, isso tinha que ser um pesadelo. Ele precisava acordar;
mas a dor que emanava em sua pele o mostrava que isso era real e que ele
estava sendo rejeitado por seu companheiro predestinado.
James tentou gritar mas sua voz não saia, ele se afundava cada vez
mais na nuvem escura que o envolvia e ele somente almejava a morte.
Qualquer coisa seria menos cruel que conviver com essa dor, que
mostrava que ele nunca iria ser completo.
James caiu no chão, a dor forçando sua mudança, seu lobo o
arranhava pra sair, chorando por dentro. James viu suas mãos se transformar
em patas, seu focinho se alargando e a ultima visão que ele teve foi de seu
companheiro olhando pra ele com piedade.
Olhando para o seu companheiro, James deu um uivo alto e longo,
mostrando toda a sua dor, e correu, correu para o desconhecido onde nem
mesmo ele poderia se encontrar.
James corria desesperadamente pela floresta, suas patas se feriam
em cada galho caído no chão. Ele não se importava com a dor física, seu lobo
chorava e se arranhava em total desespero, ele correu por tanto tempo que ele
não sabia em que local ele se encontrava.
James derrapou em um penhasco, levantando sua cabeça e uivou,
tentando empurrar seu sofrimento para fora, ele só sabia que tinha que fugir e
nunca mais voltar, já não lhe importava mais a vida, seus sonhos tinham se
desfeito quando seu companheiro o rejeitou. Ele sentia por seus irmãos e seu
amado pai, mas ele não seria forte o suficiente para encontrar o mesmo olhar
de piedade que ele encontrou no olhar que seu companheiro deu a ele antes
dele fugir.
James só tinha uma certeza.
Ele se afundou em seu lobo , deixando seu lado selvagem tomar
conta de sua mente.
Ele iria viver assim agora, da caça e da água da floresta até que o
destino tivesse pena dele e o fizesse encontrar com sua morte.
Capítulo DoisCapítulo Dois
— Vai só expulsá-lo? — Bernard gritou e continuou a andar de um
lado para o outro no quarto depois de Ian o ter arrastado do pátio do bando.
— Eu fiquei quieto, como pediu, mas não vou ficar mais, você não me
defendeu corretamente!
— Bernard, o que você queria que eu fizesse, meu companheiro?
Eu não poderia matá-lo, temos leis na matilha que precisam ser seguidas.
— Eu fui atacado, humilhado e você, ao invés de me defender,
você ouviu aquela sua irmã! Ela me odeia e você sabe disso, como você pode
não me defender?
— Bernard você está nervoso meu querido, venha aqui, deixe-me
acalmá-lo — Ian sabia que o temperamento explosivo de Bernard não iria
acabar tão cedo, ele as vezes preferia enfrentar as papeladas que ele tanto
odiava do que tentar acalmar Bernard.
— Sim me acalmar, como se um simples carinho do caralho fosse
me acalmar — Bernard resmungou.
— Um simples carinho não, mas que tal usarmos essa situação e
eu te reivindicar? As vezes penso que esse seu nervosismo é devido ao fato
que não reivindicamos mutualmente ainda.
— Sim Ian, me reivindique, me faça o companheiro alfa, assim
teria uma palavra quando alguém me desafiar novamente.
— Bernard é somente por isso que você quer que eu o reivindique?
Você não anseia em me ter como companheiro? Somente o seu posto? — A
ambição de Bernard deixava Ian confuso as vezes.
— Não meu amor, você acha mesmo que eu o trocaria por uma
simples posição? — Bernard falou enquanto se sentava no colo de Ian.
— Você me confunde as vezes Bernard, e ... — Ian foi
interrompido pelos lábios de Bernard nos seus.
Ian começou a beijar Bernard, mas na sua cabeça aparecia a imagem
de James no momento em que ele o expulsou da matilha, Ian se lembrou do
uivo torturado que o lindo lobo moreno deu e estremeceu quebrando o beijo.
Bernard percebendo que algo está acontecendo puxa Ian para ele.
— Vamos meu amor, vamos consumar a nossa união e esquecer
tudo o que passou.
Ian começa a despir Bernard quando a sua irmã bate na porta, e ele
xinga quando cheira Niméria atrás da porta.
— O que foi desta vez Niméria?
— Ian você esqueceu o motivo da reunião lá fora?
Ian xinga baixinho novamente quando manda ela entrar.
— Merda. Vai na frente Niméria, já te sigo e vamos acabar logo
com isso, estou com dor de cabeça.
Bernard segura o braço de Ian, impedindo-o de descer.
— Amor você não ia me reivindicar? — Bernard diz fazendo
beicinho que mais parecia uma careta.
Ian olhou do seu companheiro e para a porta e perdeu o olhar de
ódio que Bernard dirigiu para onde Niméria esteve.
— Bernard, nos vamos chegar a isso logo, mas agora eu tenho
obrigações a cumprir — disse Ian ainda muito confuso.
— Tudo que existe para você é esse bando idiota, eu sempre sou
deixado de lado — Bernard argumentou.
Ian bufou
— Amor você tem que entender que eu tenho obrigações que não
podem ser deixadas porque você quer. Vamos conversar sobre isso mais tarde,
agora me solte e me deixe terminar logo com isso, como eu disse estou com
dor de cabeça. — Ian estava começando a ficar muito irritado e não estava
entendendo o porque, algo estava errado, ele só não sabia o que era.
A confusão imperou no pátio após o Alfa arrastar seu companheiro
para dentro, Niméria se postou calmamente a espera do retorno do Alfa para
acalmar os ânimos apesar de seu interior estar exaltado pelos acontecimentos.
Tinha ficado com medo de Adam ser expulso do bando, não havia dito ao seu
irmão que o chefe dos Dark era seu companheiro e que ela se negou a ser
reivindicada por ele, na primeira vez que esteve aqui para conhecer a matilha.
Seu coração estava pesado pela expressão de dor que via agora nos
olhos de seu companheiro, parecia que o mundo inteiro estava em seus
ombros.
Olhos que endureceram quando dois homens correram para perto
dele, Niméria se preparou para defender seu companheiro mas parou quando
sentiu o aviso no olhar de Adam.
Uma ordem que não devia ser questionada.
— Pai? O que aconteceu? — perguntou Jared afobado — Ouvi o
rumor de que alguém atacou o companheiro do Alfa.
— James …
— James o que — Sam cortou seu pai, já vasculhando em volta à
procura de seu irmãozinho, sua veia protetora ao máximo quando dizia
respeito ao seu irmão caçula. — Cadê ele? Droga. Vamos ter que procurar,
ele deve estar escondido ou distraído com alguma coisa, e nem sabe o que
está acontecendo.
— James atacou o companheiro do Alfa. — Respondeu Adam com
uma voz cansada — E o Alfa o expulsou da matilha.
— O que? — Jared e Sam disseram ao mesmo tempo.
— Ele se transformou e saiu correndo, foi tão rápido e eu já estava
me transformando para ir atrás dele. Minha honra exige que eu obedeça o Alfa.
Mas a ordem não dizia que não poderia ver mais meu filho, e sim que ele não
podia ficar mais aqui. Vamos meninos, vamos achar nosso menino antes que
seja tarde demais .
Niméria viu quando os três homens saíram correndo e se despindo no
meio do caminho em direção à floresta seguidos por uma moça quieta e com
expressão triste. Quando eles desapareceram na floresta, sentiu a presença de
Ian atrás de si.
— Ele é meu companheiro. — Disse baixinho.
— Como ? — respondeu Ian confuso.
— Adam. Ele é meu companheiro, descobri quando ele veio da
primeira vez, mas estava com medo Ian, ele é muito dominante e eu … não sei
se posso me entregar assim. Minha posição não permite isso. — Niméria
termina quase sem voz.
Ian desvia o olhar a procura de Adam e não o vê, olha na direção que
sua irmã está olhando e sente um aperto que não entende. Seu lobo está
arranhando, confuso, quase como se quisesse sair para correr e a procura. Mas
não sabe do que. Não entendia essa agonia que sentia.
— Onde ele está?
— Eu queria que você soubesse disso, antes de te informar que
Adam e seus filhos foram atrás do pequeno lobo. Tem que entender Ian, a
honra de Adam é para contigo, mas James é seu filho, sangue do seu sangue,
e pelo que vi, muito jovem, não acredito que Adam vai trazê-lo de volta, mas
se certificar que o menino esteja bem.
Ian suspira e passa a mão pelo cabelo, cansado.
— Termine aqui. Não sei o que pensar agora, meu lobo está me
dando um tempo ruim, vamos conversar amanhã. — com isso, Ian se virou e
saiu, agora com mais essa preocupação na cabeça.
Ian não via a hora de ir para a sua cama e dormir.
Quando ele chegou ao seu quarto, Bernard estava deitado já todo
esparramado e dormindo, não querendo acordar o seu companheiro Ian foi
dormir no quarto ao lado.
Ian sonhou a noite toda com James e quando ele acordou estava
suado, respirando com dificuldade e tinha seu pau na sua mão e estava todo
sujo com o seu sêmen.
— Mas que merda. — Ian disse frustrado. Ele nunca tinha tido esse
tipo de sonho e nunca tinha acordado assim também, o que era ao mesmo
tempo excitante e perturbador, só de pensar no sonho ele começou a ficar duro
novamente. — Deuses o que está acontecendo comigo — ele sussurrou e se
levantou para ir tomar banho. Tinha muita coisa para fazer.
Depois do banho ao entrar em seu quarto escuro por causa das
proteções na janela, olha e não vê o corpo de seu companheiro na cama. O
vapor vindo do banheiro lhe diz que Bernard está tomando seu banho matinal,
não entendia como o vampiro tomava tantos banhos por dia.
Era como se sentisse uma compulsão.
Resolvido a acabar de uma vez por todas com a espera, se despiu e
entrou atrás de Bernard.
— Bom dia companheiro, ainda acordado? — diz arrastando
pequenos beijos em seu pescoço e curioso por não sentir suas presas
abaixarem e nem seu lobo se manifestar. Que merda estava acontecendo.
— Hum... Estava me limpando e me esticando. Eu sabia que ia vir
me ver. E não vou deixá-lo sair antes de me reivindicar e se aquela sua irmã
vier, eu juro Ian. Vou matá-la. — diz com uma voz fina.
— Desta vez, vamos até o final. — Ian ri e o abraça — Quero que
seja memorável. E que se lembre da nossa primeira vez para sempre. Vem
amor, deixa eu te secar e te levar para a cama.
— Não! Agora Ian! Aqui! Antes que algo aconteça e nos impeça
novamente — Bernard se liberta e cai de joelhos, ao ver o pênis de Ian ainda
mole, toma-o em sua boca e começa a chupá-lo.
Ian sente a boca quente o envolver e fecha os olhos, em sua mente
não são olhos azuis que ele vê, mas sim olhos verdes quentes e um sorriso
travesso que lhe sorri.
Lábios envolvem seu pau e engolem cada vez mais de comprimento
até a cabeça encostar no fundo da garganta.
Sentindo seu lobo ficar frenético com sua fantasia, e envolto numa
névoa de fantasia, Ian perde seu controle, levanta e vira Bernard contra a
parede. Segurando seu quadril, Ian posiciona seu pênis contra a entrada e ao
sentir a facilidade ao entrar, impulsiona até o fundo numa só estocada, se
enterrando dentro de Bernard.
Ao ouvir o suspiro de Bernard, Ian se dá conta de quão duro foi, e
começa a se retirar para ser parado pela mão de Bernard em sua nuca.
— Não se atreva a parar agora — Diz a voz ríspida e dura. Tão
diferente da usual pelo seu companheiro.
Ian começa a impulsionar para dentro e para fora, a mão em volta de
sua nuca o forçando para baixo, para seu pescoço. Aninhando seu rosto no
pescoço de Bernard, Ian se espanta por não sentir a compulsão de morder seu
companheiro, mas ao fechar os olhos, vê novamente James em sua mente e
sente seus dentes caírem.
Com os olhos fechados, envolve a mão no pequeno pênis de seu
companheiro e começa a bombear quando sente seu clímax chegando,
querendo que os dois cheguem ao orgasmo juntos.
Sentindo Bernard endurecer e encher sua mão, Ian se deixa levar por
sua fantasia e aumenta as estocadas e morde o pescoço de Bernard e enfim
reivindicando seu companheiro.
Por incrível que possa parecer, seu orgasmo não chega e ele não
sente os fios que entrelaçam as almas quando companheiros se reivindicam.
Sente sim, um desgosto e um amargor na boca do sangue azedo do
vampiro. Seu pênis mole escapa de dentro de Bernard com um Plop.
— Que Merda é essa?? — Diz confuso com o seu lobo arranhando
dentro querendo sair e matar o vampiro que ousou tomar o lugar de seu
companheiro.
Seu Companheiro?
— Seu maldito! O que você fez?
Ian parecia que ia sair de sua mente maldita! Que porra estava
acontecendo aqui? Bernard não era seu companheiro? As mãos de Ian se
transformaram em garra quando ele sustentou Bernard na parede do chuveiro.
— O que está acontecendo aqui? O que você fez pra que eu pensasse
que você é meu companheiro? — Ian observava toda a cor fugir de Bernard
enquanto sentia que algo o estava molhando. — Você não é tão valente
Bernard ? O que diria seu tio se soubesse que o sobrinho querido dele mijou de
medo? — Ian foi interrompido quando Bernard começa a se debater até bater
com a cabeça na parede e desmaiar.
Depois que Ian percebe o que aconteceu ele fica desnorteado e
furioso sacudindo Bernard, o deixa desacordado no banheiro, ele grita pela sua
irmã que vem correndo e entra no quarto.
— O que aconteceu Ian?
— Chame Donavan e Derik e consiga esse verme nojento que está
no meu banheiro preso em uma das celas do porão.
Niméria olha para ele com uma pergunta nos olhos e vai até o
banheiro para ver quem era o tal verme. Quando ela entra, fica ainda mais
confusa por ver Bernard desacordado no chão. Ela se vira para o seu irmão.
— Ian acho que ele fugiu, a única pessoa aqui é o seu companheiro.
Ian fica ainda mais irritado e grita
— ELE É O VERME, PORRA. FAÇA O QUE EU MANDEI.
Niméria fica um pouco assustada mas faz o que o seu alfa e irmão
está mandando. Ela puxa o rádio da sua cintura e chama os executores da
matilha. Quando eles chegam ela já tem Bernard amarrado e manda os dois
levarem Bernard para a cela. Depois que os homens saem ela se vira para o
seu irmão.
— Você pode me informar que merda é essa?
— Ele não é o meu companheiro, Ni. Acho que eu enviei o meu
verdadeiro companheiro pra longe de mim. — Ian sussurra para a sua irmã
caindo na cama.
— Calma Ian e me explique direito o que aconteceu, porque você
acha que Bernard não é o seu companheiro.
Ian olha para a sua irmã com os olhos cheios de lágrima e fala.
— Eu o reivindiquei e não sei o que aconteceu, mas ele não é o meu
companheiro. Eu não consegui nem ficar duro com ele sem imaginar que ele
era o James, e quando eu o mordi não aconteceu nada, nada.....
Ian começa a chorar e Niméria o puxa para um abraço. — Calma
Ian, vamos resolver isso. Nos vamos encontrá-lo. — E com isso ela deixa seu
irmão desabafar até que ele se acalma e foi capaz de se levantar.
Ian se vira para Niméria e diz.
— Vamos, temos um verme para interrogar. — Ian vai até o
banheiro lava o rosto e depois volta para o seu quarto e se veste. — Estou
pronto.
Ian adentra o porão com uma nova resolução: Descobrir o que
estava acontecendo aqui, nem que ele precisasse arrancar presa por presa do
maldito vampiro.
— Pronto para começar a falar Bernard? — Ian pergunta em sua
voz Alfa com veneno escorrendo em sua voz.
— Meu tio virá atrás de mim e não vai sobrar um só lobo para contar
a história. — Bernard cospe ódio e rancor.
— Sim meu querido falso companheiro, era isso que você queria ser
não é? Meu companheiro? — Ian queria utilizar a raiva de Bernard a seu
favor, parecia que seria mais fácil tirar as informações de Bernard do que ele
pensava.
— Seu companheiro? Você não passa de um degrau que eu tenho
que pisar para subir e adquirir toda essa matilha e o poder que vem com ela.
— Pena que você não conseguiu não é pequeno Bernard? — Ian
sabia que tinha muito mais para ele descobrir e ele estava perdendo a
paciência porque seu lobo queria sair e procurar seu verdadeiro companheiro.
— Agora você vai me dizer tudo o que eu preciso saber antes que eu comece
a arrancar suas presas — Ian se virou para Derik que estava se divertindo com
o sofrimento de Bernard, Ian sabia que somente com um aceno seu, Derik
acabaria com a vida de Bernard, o homem era sanguinário, um dos melhores
executores de Ian.
— Derik me passe o alicate — Ian disse mostrando seu melhor
sorriso maligno, quando Niméria entrou correndo com um rosto assustado.
— Estamos sendo atacados! — Niméria avisou deixando todos em
alerta. Ian ficou ereto fazendo-se parecer ainda maior do que era.
— Segure esse merda Derik, não o deixe fugir, quero chegar ao
fundo do que está acontecendo aqui. Quero que ele me diga detalhe por
detalhe.
Com seu rosto transformado em pedra ele vira pra Derik e viu seu
executor derrubado por alguém.
— Ele não vai dizer nada, porque ele simplesmente não vai saber! —
Um homem alto, forte e musculoso estava na entrada com os braços em
posição luta. Ótimo isso só ficava melhor e melhor.
— E quem vai me impedir? — Ian retrucou.
— Eu, eu Myafar! Eu vou tanto te impedir, quanto tomar o seu lugar
como Alfa como também reivindicar Bernard como meu companheiro — O
homem cheio de sim, falava em tal arrogância que somente irritava Ian ainda
mais.
— Quer dizer então que esse era o plano? Você vai me explicar antes
de me matar ou vou morrer curioso? — Ian sabia que ia ser uma grande luta,
mas ele não queria acabar com isso sem respostas. Ele olhou pra Bernard que
estava num canto, tentando fugir pela porta, o idiota era um covarde, ele iria
lidar com ele depois.
— Eu sou metade lobo, metade bruxo. Acredito que essa matilha
precisa de um braço forte que a guie para o futuro e você não fez nada aqui
além de deixar os lobos fracos e dóceis.
— Donavan, Niméria, peguem Derik e vão ajudar os outros, eu vou
lidar com esse aqui! — Ian se virou para Myafar — E como você pretende
fazer isso?
Ele sabia a resposta, mas isso veio em um bom momento, ele
precisava deixar seu lobo sair e brincar.
— Eu te desafio para a posição de Alfa da matilha WolfHot, um alfa
que se deixa enganar por um simples feitiço não merece levar uma matilha
dessas — Myafar falou totalmente confiante.
— Eu aceito o desafio. — Ian se virou quando ouviu um rosnado
atrás dele. — Niméria vá, confio em você para vencer esses filhos da puta,
assim como você deve confiar em mim aqui, me junto a vocês logo — Ian mal
terminou de falar, quando ele deixou a transformação vim sobre ele, tinha
chegado a hora dele vingar seu companheiro e um dos culpados estava bem
na frente dele. Ele viu que Bernard aproveitou a distração de todos e fugiu,
mas ele lidaria com ele depois, agora ele tinha alguém que arrancar o pescoço.
Ian pulou no lobo cinza em sua frente com o único objetivo de vingar
seu companheiro perdido, ele sabia que precisava ser rápido, seu companheiro
estava sozinho em algum lugar e correndo perigo.
Ele sentiu uma mordida em sua perna esquerda, alongando ainda
mais suas garras ele deu um golpe certeiro no peito do lobo, fazendo ele soltar
sua perna, e não perdeu tempo, pulando em cima do lobo enquanto eles
rolavam e tentavam um alcançar a garganta do outro, pensando no olhar de
dor de seu companheiro quando ele o expulsou, Ian deu um arranque e
alcançou a garganta do lobo, mordendo e arrancando carne enquanto uma
fúria sangrenta o atacava, seu lobo saiu e ele não conseguia parar.
— Ian, Ian , eles entraram na casa , preciso de você aqui. —
Niméria informou tirado-o do transe em que ele se encontrava, ele olhou para
baixo e viu nada além de pedaços de carne, ele não tinha percebido que o lobo
estava morto em sua fúria. Ian correu para a frente de sua casa e viu uma luta
formada entre vampiros e os membros de sua matilha, Ian deixou sua fúria vir
sobre ele novamente, despedaçando cada vampiro que ele encontrava pela
frente, quando sua fúria passou ele viu lobos feridos e vampiros mortos. Ele
olhou para cada lobo presente e soltou um uivo de vitória seguido pelos uivos
de cada lobo presente.
Agora ele só precisava de uma coisa.
Encontrar seu companheiro, e nada iria o impedir nem mesmo o
ferimento em sua perna.
Depois que Ian chamou seus sentinelas para limpar a bagunça que a
batalha travada deixou no pátio e ajudou os membros feridos da matilha, ele
recebeu a notícia que em meio a luta, Bernard havia escapado. Isso foi ruim o
suficiente, mas ele não poderia se preocupar com isso agora.
Ele não poderia virar as costas para o seu lobo agora e seu lobo só
queria correr atrás de seu companheiro.
Encontrá-lo era tão importante como o ar para respirava. Ele não
poderia viver mais sem a sua outra metade, aquele que juntaria os pedaços da
sua alma.
Ele correu para a família de seu companheiro.
E sabia que não seria fácil, mas teria que falar com o pai de seu
companheiro, pedir desculpas e até rastejar para que eles o perdoassem.
Adam estava no ajudando algumas pessoas a se levantarem quando
Ian o achou.
— Adam, acho que preciso lhe pedir desculpas. — Falou Ian
— Desculpas pelo que, alfa Ian.
— Me chame de Ian. Parece que somos da mesma família agora .
Adam olhava sem entender o que Ian estava falando. Até momentos
atrás Ian não sabia se ia aceitar sua família no bando e agora vinha com essa
história. Algo não estava se encaixando.
De repente Adam entendeu.
— James não estava enganado! Você é o companheiro do meu filho.
— Diz espantado e indignado — Deus o que você fez? Meu filho está perdido
em algum lugar por aí, depois de ser rejeitado por você. Corremos atrás dele,
mas perdemos seu cheiro, Sam ainda está investigando. Aonde você estava
com a cabeça.
— Desculpe Adam. Eu estou preocupado com ele também. Onde ele
está?
— Não sei Ian, a única coisa que sei é que, se acontecer alguma
coisa com meu filho, alfa ou não, eu vou te matar.
Ian ficou parado, seu lobo tentando sair e responder o desafio, mas
Adam estava certo, seu dever era proteger seu companheiro e ele falhou nisso.
Ele merecia a morte
— Adam, se eu não encontrar meu companheiro, nada mais importa,
eu irei te implorar para me matar.
Dizendo isso Ian deixa seu lobo vir a tona e sai correndo na direção
que James tinha seguido.
A corrida desenfreada de James começou a diminuir quando sentiu
seu membros começarem a fraquejar.
Quanto tempo estava correndo?
Onde estava?
Em meio as trevas e névoa em sua cabeça pela dor que sentia, James
não se importava onde ia para, queria somente fugir.
Fazendo uma parada um riacho para aplacar sua sede, James sentiu
a compulsão de voltar em sua forma humana, deixando a transformação tomar
conta, não viu a sombra chegar por trás até que tudo ficou escuro.
Seu último pensamento foi o desejo de não acordar nunca mais.
Capítulo TrêsCapítulo Três
James acordou ainda desnorteado.
Não sabia onde estava e nem como foi parar ali.
Sentiu uma pontada de dor no punho e percebeu que estava
acorrentado, suspenso pelos seus punhos.
As paredes ao redor eram de pedra e um cheio de mofo impregnava
suas narinas.
Que lugar horroroso era aquele e o que ele fazia ali.
Aquilo parecia uma masmorra de um castelo medieval.
As coisas só ficavam piores.
Primeiro o filho de seu antigo Alfa tentou forçá-lo a acasalar e quase
o estuprou, sendo salvo no ultimo instante por sua mãe que apesar da
natureza dócil e calma, atacou e conseguir salvar James, mas acabou
perdendo a vida e deixando James com uma culpa comunal. Eles foram
aconselhados a deixar sua matilha de nascimento pelo próprio Alfa – um
homem honrado – diferente de seu filho que recebeu a justiça do conselho
Lobo e foi executado.
Para não ser uma lembrança má do que ocorreu, seu pai escolheu a
matilha WolfHot por sua localização e tamanho. Só para descobrir seu
companheiro na nova matilha e ser rejeitado diante de todo bando e como se
não fosse ruim o suficiente ele alegar ter outro companheiro e o defendeu
dele.
Isso era um pesadelo.
Encontrar seu companheiro deveria ser o melhor momento da sua
vida, mas a dor da rejeição quase o dilacerou.
E agora, aqui estava ele acorrentado em....ele nem sabia onde
estava.
— Ah! a Bela adormecida acordou! — O sarcasmo escorria como
veneno na voz do estranho.
— Quem é você? — Retrucou James
— Sou nada perto do seu pior pesadelo bola de pelos. E você … —
O estranho pega o rosto de James e o levanta — você é um pequeno bilhete
de loteria. Você vai trazer aquele seu companheiro direto para a armadilha. E
quando isso acontecer, vamos erradicar toda a sua espécie nojenta da face da
terra.
— Eu não tenho companheiro, você está enganado. — Diz James
chorando.
— Isso é o que vamos ver. Nathaniel! Dê a esse cãozinho um pouco
de água, vou mandar os guardas levá-lo para o salão. Ele pode servir de
diversão para nós. — O estranho dá uma risada sinistra e sai, deixando para
trás um lobo desesperado.
James olha ao redor para saber quem é esse Nathaniel para descobrir
um pequeno vampirinho num canto, quase escondido. Ele fica esperando para
saber qual é o perigo que o vampiro baixinho vai representar para ele.
Dando um passo para ele, o vampiro olha para a porta e para James,
e de volta para a porta, parecia que estava com medo de alguém entrar. Ele
chega mais perto e dá um meio sorriso nervoso e quando chega a meio metro
de James, estende uma garrafa e começa a torcer os dedos.
— Eu … hum... — ele gagueja e começa a amassar a ponta de sua
camisa — … por favor, não beba. — diz sussurrando — Está dopado. Eles
usam para que o sangue fique com um aditivo melhor. E você não consiga se
defender quanto te levar para cima. Desculpe, eu não... eu não posso fazer
mais que isso... — a urgência na voz do vampirinho aumenta quando ouve
passos se aproximando. — Tenha cuidado por favor.
— Me ajude ! — James implora — Por favor! Ligue para minha
família, eles virão me resgatar. Por favor Nathaniel. — James diz urgentemente
o numero de seu pai.
— Nate … eles me chamam de Nathaniel... só porque não gosto —
Diz Nate sussurrando e coloca um dedo nos lábios e se refugia no canto
novamente.
James fica a espera ouvindo os passos vindo pelo corredor.
Apavorado com o que estava para acontecer.
Deus, será que sua vida sempre seria esse show de horrores, ele não
se importaria se o matassem, mas não achava que ia aguentar alguém o
tocando.
Mesmo que seu companheiro o houvesse rejeitado, para James só
existiria ele e ninguém teria permissão para tocá-lo a não ser Ian.
Quando os guardas chegaram, James começou a tremer lembrando
do que tinha passado com o filho de seu ex alfa e começou a lutar o máximo
que podia com suas mão presas.
Nate em um canto, se escondia mais ainda como para se misturar
com a mobília e não ser visto. Mesmo em seu desespero James se perguntava
o que aquele pequeno vampiro já tinha passado nas mãos de Fiodor e de seus
homens, ele parecia uma sombra se esgueirando pelos cantos, James rezava
para que ele conseguisse ligar para seu pai.
Os guardas riam das tentativas de luta de James ao entrarem.
Um deles chegou mais perto e deu um murro na cara de James.
— Vamos filhote de cachorro, eu vou te foder até você não poder
andar.
James gemia, o sangue escorrendo de seu nariz e sua boca
— Não chore filhote, Cassius e eu vamos cuidar tão bem de você
que quando acabarmos você vai estar implorando por mais. — Disse o
imbecil que parecia um armário rindo — Agora, para você não dizer que não
te avisamos, nós gostamos de ouvir nossos bichinhos de estimação gritando
antes de qualquer coisa.
Assim que disse isso, o que se chamava Cassius pegou um tipo de
chicote e começou a estalar no chão. O imbecil como James o chamava pegou
James o virou de costas e começou a rasgar suas roupas, primeiro a camisa e
depois suas calças o deixando exposto a eles.
— Vamos marcar você e depois te foder como você nunca foi fodido
em toda sua vida.
A raiva queimava em James enquanto ele pensava que o imbecil
realmente acreditava no que estava dizendo.
Nate se esgueirava no porão escuro, ele não sabia o que fazer, ele
não poderia deixar aquele rapaz passar pelas mesmas coisas que ele passou,
ele tinha marcas em seu corpo que demonstravam o horror em que ele vivia.
Ele precisa ajudar, mas como ele ia fazer? Ele tinha pegado o celular de um
dos vampiros, ele precisava ajudar, Nate pegou o celular em sua mão tremente
e discou o numero que o rapaz tinha dado pra ele.
— A...alô ? — Nate tremia tanto que até sua voz, saia em pedaços —
Vo...cês pre..e...cisam aj...judar e...ele — Nate ouviu passos e se encolheu
debaixo da mesa velha que lhe servia como cama.
—
~~~~
— Quem está falando? — Adam respondeu seu telefone, sem
muita paciência, ele estavam procurando seu filho desde o momento em que a
luta tinha terminado na casa do Alfa e ele não tinha tempo a perder.
~~~~
— O rapaz preso m...me de...eu falo..ou pra lig...gar — Ele se
encolheu ainda mais, o homem do outro lado estava com raiva, e ele tinha
medo de homens com raiva, eles gostavam de machucar as pessoas, mas
porque o rapaz tinha mandado ele ligar para um homem assim? Será que o
homem iria ajudá-lo? E se o homem soubesse quem era ele? Será que ele viria
e o denunciaria? Nate começou a tremer ainda mais , ele estava com muito
medo agora.
~~~~
— Calma filho, me conte o que está acontecendo, me ajude a
salvar meu filho e eu ajudarei você. Você também quer ajuda não é? — Adam
sabia que o pobre rapaz estava apavorado, ele podia perceber na voz do
garoto. Quando o garoto lhe contou onde James estava e o que eles
pretendiam fazer, ele teve a certeza disso. Esse rapaz também tinha sido
abusado.
~~~~
— Quem era e o que está acontecendo? — Sam perguntou , ele já
estava nu na lateral do carro.
Adam sabia que Sam era muito protetor dos seus irmãos , e ele não
iria se acalmar até que tivesse resgatado James, mas ele não queria perder um
filho no resgate, e deixando Sam sair sem ele era o mesmo que deixar um
touro selvagem em uma arena.
— Você vai me comigo, no caminho eu te informo — Ele logo
mudou e esperou que Sam o seguisse, sem questionar, eles não tinham tempo
agora.
James sentia o sangue se escorrer pelo seu corpo, enquanto os
homens riam e apreciavam cada vez que ele gritava, eles tinham prazer em
cada grito de dor que ele dava.
— Não o deixem inconsciente, quero ver sua expressão de dor
quando vocês o foderem — Bernard estava agora em pé na porta, como que
apreciando um show.
James levantou a cabeça que estava pendurada, ele não sabia quanto
tempo ele iria suportar mais, ele olhou surpreso ao ver que a voz era de
Bernard, o suposto companheiro de Ian.
— Ha, o que você pensou? Que eu iria deixar você escapar depois
de me agredir? Não queridinho, eu vou fazer você pagar por tudo o que me
fez, por sua culpa eu perdi aquele imbecil e meus planos de conquistar a
matilha e ter vários escravos de sangue e seu poder. Eu iria fazer aquele
imbecil fazer exatamente o que eu queria e quando eu queria. Mas chega! Meu
tio Fiodor vai querer foder ele antes de vocês, ele aprecia ser sempre o
primeiro e vocês sabem, vão chamá-lo agora e depois que meu tio e vocês
acabarem com ele, me chamem porque quero ser eu a dar o tiro de
misericórdia.
Ian tinha estado perseguindo o cheiro de seu companheiro pela
floresta, desde que deixou a mansão alfa, ele sabia que estava perto,porque o
cheiro se fazia forte a cada passo. Ele parou e avistou de longe uma casa com
muros altos , ele podia ver que tinha dois vampiros na porta e mais ao redor,
ele tinha certeza que era esse o lugar que seu companheiro estava, o cheiro
era mais forte aqui. Ian ouviu movimentos e se preparou para uma luta,
relaxando quando viu Adam e seus filhos.
— Vocês chegaram rápido. — Ian sabia que ele estava a frente
deles, e não imaginava que o alcançariam tão rápido.
— Nós recebemos um telefonema enquanto eu estacionava o carro,
não sabemos como vamos encontrar James e achei prudente trazer um carro
enquanto Jared rastreava o seu cheiro. — Adam não imaginava porque seu
filho tinha sido sequestrado, mas imaginava que não estaria em um bom
estado, pela forma que ele saiu quando Ian o rejeitou.
— E quem ligou te informou quantos vampiros tem lá dentro? —
Ian perguntou um pouco cético.
— Muitos Alfa e ele também falou a localização exata, onde James
se encontrava, já liguei para Niméria, ela está vindo com reforço e antes que
você pergunte. Não, não é uma armadinha, o pobre garoto que ligou parecia
mais assustado que uma corsa e eu prometi que iria levá-lo conosco por q —
Adam foi cortado pela voz exaltada de Sam.
— Levá-lo conosco? Pai onde você está com sua maldita cabeça,
como você pode dá asilo pra um vampiro ? Foram eles que aprisionaram meu
irmãozinho, foram eles que o sequestraram e foi por um maldito vampiro que o
Alfa o desprezou, onde sua cabeça grggrgr — Sam engasgou com as garras
do seu pai.
— Seu maldito filhote, como ousa levantar a voz pra mim? Eu sou o
seu pai e mereço respeito. Se eu disse que estaria trazendo o vampiro é o que
estará acontecendo. Eu sou um homem de palavra, ele me ajuda e eu o ajudo.
Me fiz bastante claro?
— Sim pai. — Sam sabia que jamais poderia desafiar seu pai, ele
era uma força da natureza e não admitia ser questionado, mas isso ainda não
resolvia seu problema, ele odiava os vampiros com toda sua força e não queria
ver nenhum na sua frente à não ser em pedaços.
— Agora que vocês acabaram com o show, podemos ir resgatar
meu companheiro? — Ian falou e seu rosto era uma mascara fria. — Eu vou
pelo lado esquerdo e vocês vão pelo lado direito, eu tenho o seu cheiro e
saberei onde encontrá-lo. Não viemos para fazer perguntas, viemos para
resgatar meu companheiro e tudo o que venha a atrapalhar isso deverá ser
destruído. Sejam silenciosos, isso nos dará tempo para o reforço chegar. E
Adam , lembre-se, nada é mais importante resgatar meu companheiro com
vida, mesmo que eu tenha que perder a minha no processo, entendido? —
Ian só queria ter certeza de que se algo passasse com ele , Adam iria tirar o
James de lá independente de qualquer coisa.
— Alto e Claro Alfa — Adam viu seu Alfa e cunhado sair em sua
forma de lobo e torceu para que nada acontecesse com ele, porque não
somente James e Niméria sofreriam, mas ele também por ver o sofrimento dos
dois.
Ian se concentrou, o seu lobo estava irritado e agitado, louco para ter
o controle, então ele respirou fundo e o deixou sair, ele procurou esquecer de
todas as coisas que estava sentindo, o ódio pelo Bernard, a raiva de si mesmo
por não ter percebido. Afinal porque alguém como ele poderia ser
companheiro de um alfa? Ele não se importava com as pessoas da matilha, ele
só queria o poder.
Ele seguiu o cheiro de seu companheiro, e foi andando ao redor da
casa, onde encontrou uma porta entreaberta e cheirou ao redor para saber se
tinha algum vampiro, quando percebeu que não tinha ninguém, entrou, a porta
dava num corredor escuro e um tapete se estendia ao longo desse corredor,
haviam duas portas do lado direito e três do lado esquerdo e uma no fim do
corredor, ele se virou de volta, e entrou na ultima porta, ela o chamava, era
quase como uma intuição, essa porta dava numa escada. Então de repente ele
sentiu o cheiro do sangue de seu companheiro, e uma raiva descomunal o
tomou enquanto seguia o cheiro até a porta.
Quando Ian entrou pela porta e avistou James....
Ele já estava cansado, quebrado e sangrando tanto por dentro, como
por fora, já tinha perdido as esperanças, e mesmo que o vampirinho tivesse
conseguido falar com o meu pai, ele sabia que se esse Fiodor chegasse, e
fizesse tudo que eles disseram que fariam, ele jamais seria o mesmo.
Então sentiu um fedor horrendo, jamais tinha sentido algo assim,
cheirava a algo pútrido quase como a morte, mas era diferente, não era só a
morte, tinha cheiro de perversão e ódio, o fazia querer vomitar. Logo depois
desse cheiro começou a ouvir passos estalando pelo corredor, cada passo o
fazia tremer ainda mais.
Então ele chegou e ficou parado na porta, um homem alto e com a
pele tão pálida quanto o giz e cabelos negros como as azas de um corvo até a
altura dos ombros, mas nada disso o chocou mais do que aqueles olhos, eram
de um preto tão absoluto que mais parecia um buraco negro, eles sugavam
para a escuridão. Então soube, depois de Fiodor o tocar ele se entregaria de
bom grado para a morte.
Ele sentia pelo seu companheiro.
Pelo amor que ele poderia ter vivido.
Pelo seu pai e os seus irmãos.
Mas depois disso, a morte seria sua única escolha.
— Hora hora, o que temos aqui...Se não é o lobinho do alfa. Você
sabe, eu gosto deles bem novinhos, e você meu amigo é carne de primeira.
— Você vai se arrepender de tocar suas mão fétidas em cima de mim.
— Mas eu vou tocar muito mais que as minhas mãos lobinho.
Fiodor se aproximou lentamente como se ele fosse uma presa, que
neste caso era verdade. Chegando perto ele começou a tocar em seus braços,
seu tórax e o seu pênis, ele se debateu, mas era bem mais forte do que ele.
Seu estomago estava na garganta, não que era uma pessoa covarde, mas
queria gritar igual uma menininha. Ele esfregou suas presas em seu pescoço, e
James quis estar em outro lugar ou possivelmente ter desmaiado para evitar o
que viria a seguir. Ele o mordeu, mas não é como nos contos românticos onde
a mordida é uma neblina sexual, isto era o puro inferno, um fogo infinito.
Parecia que ele queria o drenar.
No meio da sua agonia, ouviu um estrondo, e James olhou para a
porta da cela despedaçada e nela de pé tão lindo como um anjo vingador
estava o seu companheiro.
Capítulo QuatroCapítulo Quatro
Quando Ian entrou pela porta nada podia o preparar para a visão
infernal que teve naquele momento em que invadiu o lugar. Todo seu ser
gritava em como errado era ter o seu companheiro sendo mordido por um
vampiro, a raiva o consumiu
— Tire as mãos do meu companheiro — Ian rosnou, suas mãos se
transformaram em garras e ele só viu uma coisa, a destruição daqueles que
tinham machucado seu companheiro.
Ian deixou seu lobo tomar as rédeas da situação e ele deixou-se levar
pela besta. Fiodor mal viu o que lhe acertou quando arrancou as presas de
James, porque segundos depois as garras de Ian já marcavam seu rosto
pálido, lhe arrancando um rugido. O vampiro não deu tempo do lobo continuar
seu assalto e revidou, as garras e presas eram usadas sem dó para acertar Ian
tanto quanto o alfa usava as suas com a intenção de mandar aquele homem
para o inferno. A dor que ele sentia não se comparava com a necessidade de
salvar James.
Ian foi jogado contra a parede e pôde escutar seus ossos quebrando,
ele podia sentir o cheiro de medo que emanava de James.
— Você acha mesmo que é pário pra mim, bola de pelo? Eu sou
Fiodor o líder deste coven , eu vou te esmagar por ferir meu sobrinho e depois
vou amarrá-lo e foder seu pequeno lobinho para que você o veja se contorcer
de dor, e ai então eu vou chamar Bernard e deixá-lo assistir quando tirar sua
pele com meus dentes.
Ian viu Fiodor ir em direção a James e junto com o gemido de dor de
James ele ouviu um choro no canto do quarto e viu um pequeno vampiro,
encolhido como uma bola.
Quando Fiodor se aproximou de James, seu lobo uivou, tirando forças
de onde ele não tinha, ele voou na garganta de Fiodor, sentido as garras
presas em suas costas só lhe deu mais força para aprofundar a mordida, ele
ouviu o gorgolejar do vampiro e sabia que tinha vencido.
~~~~
James que mal se mantinha acordado, assistia a cena quando não
estava alto demais para isso e por mais que forçasse a voz, ela se recusava a
sair, Será que ele estava imaginando Ian lá? O alfa não tinha porque ir atrás
dele e salvá-lo. Pelo contrário, ele foi o único que fez James ir embora. As
coisas eram confusas na mente de James, mas quando ele ouviu um grito
dolorido sumir, ele forçou-se a ver o que acontecia, para encontrar Fiodor caído
no chão.
Alívio seguiu -se por um curto momento, até que sentiu seu
companheiro o encarar próximo e o nó em seu estômago voltou.
— James? James, pode me ouvir? Eu vou tirar você daqui, bebê. —
James mal registrou as palavras de Ian, a não ser o bebê e isso
automaticamente, fez as lágrimas correrem por suas bochechas machucadas.
— Eu não sou o seu bebê, não sou! — Mesmo que quisesse
resistir, ele não estava em condições e Ian aproveitou isso para tirar seu
companheiro das amarras e o colocar em seus braços, que era onde ele
pertencia. — Shh filhote, conversaremos depois.
Em meio uma névoa de dor, Ian se arrastou com seu companheiro,
quando ele ouviu um movimento na porta, ele se colocou em posição de luta
novamente, temendo por seu companheiro.
— Calma Ian, somos nós, Adam e Sam, estamos aqui para ajudar.
— Adam estava na porta, vendo Ian sangrando e James acorrentado, ele sabia
que um simples movimento, Ian o atacaria, mesmo Ian estando machucado
ele sabia que seria um inferno de uma luta.
— Vamos tirar James daqui. — Ian voltou sua forma humana,
sentindo-se aliviado.
— Ok, mas tudo está sob controle, o saldo é positivo, mas temos
muitos feridos, Sam foi ferido com uma bala de prata e ... — Adam foi
cortado com o rosnado que veio detrás dele.
— Meu!
~~~~
Sam rosnou e voou em direção à uma pequena sobra no canto. Ele
tinha achado seu companheiro e ele iria reivindicá-lo agora.
— Nãooooooooooo! — Nate gritou , mas já era tarde demais, ele
sentiu uma mordida em seu pescoço e o único que soube foi quando a
escuridão o abraçou.
James acordou em uma cama grande com lençóis macios.
Ele não se lembrava de como tinha vindo parar aqui, tudo o que ele
se lembrava era de estar acorrentado ao porão, da luta de Ian e Fiodor e de
seu pai e seu irmão Sam na porta, tudo o mais, era um completo vazio. Ele
tentou se mexer mas foi impedido por uma grande mão.
— Calma, você está muito machucado ainda.
James olhou pra cima e viu Ian ao seu lado, ele não conseguia
entender o que estava acontecendo. Quando Ian o rejeitou ele estava com
Bernard, alegado-o como companheiro.
Então o que estava acontecendo aqui?
— Eu sei que você tem muitas perguntas pra fazer, mas agora você
precisa comer algo meu pequeno companheiro. — Ian não sabia onde tocar,
não tinha um lugar no corpo de James que não estava ferido.
— E...eu tenho sede. Onde está meu pai, Sam, Jared? Eu quero ir
pra casa, eu quero meu pai. — James estava começando a entrar em
desespero, e ele estava cansado demais pra entender algo agora.
James estava em pânico, e queria estar perto das pessoas amadas ,
ele precisava se sentir seguro e no momento estar perto de Ian não era uma
opção.
— Onde esta meu pai?
— Ele esta la embaixo com seus irmãos e Nate.
— Nate?
— Sim, o vampiro que você pediu para ligar para seu pai.
— Foi assim que vocês me acharam?
— Eu segui seu cheiro, quando cheguei ao covil dos vampiros seu pai
já estava lá com Sam e me disse que alguém tinha ligado para eles.
— Certo. Posso ir agora? O senhor vai me deixar ficar com meu pai.
Cortou o coração de Ian que seu companheiro lidasse tão
formalmente com ele, mas ele não podia cobrar nada de James depois do
modo como agiu, mesmo que estivesse sob influência de um feitiço. Nada era
mais forte que o laço entre companheiros, Ian devia saber que James era seu
companheiro e não devia ter agido do jeito que agiu.
— Acho melhor você ficar aqui por um tempo,amor.
— Não me chame de amor! — gritou James — Eu não sou seu
amor, nem seu companheiro. Você me expulsou daqui, você me rejeitou, foi
por sua causa que eles me pegaram e me machucaram.
James continuava gritando, mesmo que com isso suas costelas
doessem como uma cadela.
— Eu não sou nada para você ! Vá atrás de Bernard e seja feliz! —
disse James chorando
— Eu não quero Bernard, eu quero você meu companheiro. Bernard
lançou um feitiço em mim que me fez acreditar que éramos companheiros. Eu
posso explicar tudo para você mais tarde, agora você tem que descansar
Ian sentiu que precisava dar algum espaço ao James, pois seu
pequeno companheiro estava entrando em desespero e ele não queria ser a
causa disso.
Saiu do quarto dizendo apenas — Vou providenciar algo para você
beber e comer. Descanse.
Na porta encontrou Adam e Jared.
Ambos os homens perguntaram ao mesmo tempo.
— Como ele está?
— Está cansado, com sede, quer falar com vocês e não me quer por
perto. — Disse Ian com as costas curvadas em uma pose derrotada.
— O que você esperava depois do que fez a ele. — Disse Jared,
sempre protetor do irmão mais novo.
Adam fez um sinal com a mão para que ele parasse e se calasse.
Adam colocou o braço sobre o ombro de Ian, dando amparo.
— Tenha paciência, filho. Ele só precisa de um tempo. — Adam tinha
sentido a sinceridade de suas palavras. Já considerava Ian como um filho. E
sabia que ele seria perfeito para o seu caçula. Afinal James precisava de um
homem forte.
Ian o olhou e Adam sentiu um aperto no peito quando percebeu tanta
dor naquele olhar.
— Acho que ferrei com tudo. Mas obrigado pelo seu apoio. Agora vou
providenciar para que ele seja alimentado e que não falte nada. Ele vai
precisar de você. Vá, eu vou ficar bem.
Adam deixou o Alfa ir e sentiu que o homem teria um tempo ruim até
que conseguisse chegar ao coração de seu filho novamente. Bem, quem disse
que a vida é fácil.
James viu seu pai e irmãos entrarem e sentiu que podia finalmente
respirar.
— Cara, parece que você passou por um espremedor de limão! —
Jared disse assim que ele adentrou o quarto.
— Obrigado idiota, mas quem é você mesmo? — James sabia que
seu irmão só queria distrai-lo como sempre.
— Aquele que vai chutar sua bunda, por me fazer te rastrear na
floresta e por se comportar como um maricas por sair correndo e não lutar
pelo que é seu! — Jared falou, deixando bem claro que James tinha errado e
por mais que seu irmão fosse super protetor ele sabia que seria punido por
abandoná-los .
— Jared , cala essa boca, acha mesmo que é hora pra isso? —
Adam rugiu em seu tom habitual de comando. Como ninguém ousava ir contra
seu pai quando ele estava bravo, Jared apenas o olhou prometendo retribuição
quando ele lhe mostrou a língua e sorriu.
— Bem, e agora James? O que você pretende fazer filho? O Alfa Ian
nos pediu para ficarmos aqui, por um tempo. Bernard conseguiu fugir e
enquanto ele estiver solto, quanto mais proteção você tiver, melhor.
— Pai, por favor me explique o que aconteceu. — James olhava
para o seu pai, enquanto ele relatava todo acontecido, e quanto mais seu pai
lhe falava, mas ele percebia que Ian tinha sido uma vitima assim como ele.
James estava sentado na varanda com seu Kindle em seu colo. Desde
que ele foi sequestrado e trazido para a mansão Alfa à duas semanas atrás, ele
não conseguia manter sua atenção em nada, tudo o fazia lembrar seu
companheiro e isso o estava levando louco. Ian tentava se aproximar, mas ele
tinha sido muito ferido quando foi rejeitado e ele simplesmente não conseguia
o perdoar.
Ele olhou para cima e observou Ian olhando diretamente pra ele,
mesmo a distancia ele podia ver a dor nos olhos de seu companheiro. Ian
deixou o grupo com que ele estava e se dirigiu diretamente pra ele. Ele sabia
que estava em apuros, cada vez que se encontrava sozinho com Ian ele tinha
certeza que não ia conseguir se segurar e pular no pescoço do homem e se
banhar com o seu cheiro.
— Oi. — Ian disse com aquele sorriso assassino.
— Oi .
— Niméria precisa de algumas coisas da cidade, vou precisar de
uma ajuda e parece que você é o único disponível.
James arregalou seus olhos enquanto fitava Ian — Você está
dizendo que sou o único despreocupado, desinteressado, inútil e folgado
disponível?
Ian olhou para James e depois sorriu, seu riso se transformando em
uma gargalhada quando ele pegou seu companheiro e o jogou no ombro. Ele
tinha visto que seu pequeno companheiro adorava um drama e sempre
conseguia o que queria de seu pai e irmãos com seus biquinhos, mas ele ia
mostrar para o seu pequeno que ele não era tão maleável assim.
— Me ponha no chão seu troglodita, você está me machucando, vai
quebrar minhas costelas, não você vai me fazer ter dor de estômago, já estou
sentido o mundo girar, paiiiiiii — James gritou por seu pai quando eles
passaram por ele.
— Calma filho vou te arrumar um remédio quando você voltar —
Seu pai lhe disse rindo ao se aproximar e isso o irritou ainda mais. Ian o
colocou no banco de passageiro do seu SUV e fechou a porta, dando a volta e
sentado enquanto o olhava, e James não podia manter aquele olhar. Ele sabia
que era infantil as vezes, ele sabia que era o caçula e se aproveitava disso
então simplesmente, atire-me.
— Bem , agora vamos a loja de suprimentos comprar os
mantimentos e chocolate para ... — Ian foi interrompido pelo grito eufórico
de James.
— Chocolate? Chocolate em barra ou com crocante? Você vai
comprar com avelã, ameixa, hummmmm, que tal comprar aquele com licor de
cereja? Você acha muito enjoativo? Tudo bem se você quiser pode comprar
com pimenta, com amêndoas,caramelo ooooh meu Deuuuuuuus, trufas da
Godiva, você já comeu trufas da Godiva?
Ian gargalhou, ele não imaginava que seu pequeno companheiro
fosse tão apaixonado por chocolate, ele já sabia como começar a conquistar
seu pequeno diabinho.
— Ok, você consegue um chocolate se você se comportar bem.
Niméria precisa de uma barra pra fazer uma sobremesa, posso te conseguir
uma também — Ian sabia que isso iria alegrar seu companheiro.
— Oooooh, ok! Sou um santo, prometo me comportar, mas quero
duas barras e não pense que vou te perdoar só porque você me deu um
simples chocolate, ok?
— Duas barras de chocolate companheiro. — Ian o lembrou.
— Certo, que seja, duas barras. Sou muito difícil para ser comprado
por apenas duas barrinhas de chocolate! — James falou cruzando os braços e
olhando pra Ian com um olhar que só fez Ian rir, seu pequeno companheiro
não conseguia nem mesmo simular uma cara de bravo, ele queria entender
como ele conseguiu dar um murro na cara de Bernard. Por isso Ian se sentia
muito mais culpado, seu pequeno companheiro tinha que estar muito
perturbado para fazer isso.
Eles tinham ido à loja de suprimento e comprado tudo o que estava
na lista, além de comprar as barras extras de James, que ele viu com surpresa
como James as tinha devorado antes mesmo de chegar em casa.
Se separaram quando ele ajudava alguns membros do bando a levar
as compras para dentro.
Ele tinha preparado uma surpresa para essa noite confiado na paixão
de seu companheiro por chocolate. Todos estariam fora dando espaço para que
ele conquistasse seu companheiro, a tristeza de James e a dele já estava
começando a afetar a matilha e todos torciam que eles resolvessem logo seu
problema.
Ele sabia que James não o culpava pelo ocorrido, afinal de contas ele
estava enfeitiçado, e mesmo sob o efeito do feitiço ele tinha poupado seu
companheiro da morte que Bernard tinha exigido.
Ele encontrou seu companheiro novamente na varanda com seu
kindle lendo.
— Hoje tem “O Segredo de Brokeback Mountain” na tv, não quer
me fazer companhia? — Ian já sabia que seu companheiro negaria, ele tinha
rejeitado cada avanço que Ian tentava fazer, mas hoje ele tinha um trunfo.
— Não obrigado, estou lendo “A Matinha WolfHot” que o Hotmaniac
acabou de lançar, vou passar essa. — James respondeu nem sequer
levantando o rosto.
Ian ficou de pé, pegando a sacola que estava do seu lado que James
não tinha notado. — Ok, então eu vou assistir sozinho, amo assistir um bom
filme acompanhado de um bom chocolate Godiva
— Eu vou! Quero dizer, posso ler o livro depois, não é bom assistir
um filme sozinho né? Assim, não que eu esteja interessado, mas são trufas?
Nem precisa responder, não quero que você pense que estou interessado em
chocolate, ainda mais Godiva que é tão caro, tão macio que derrete na boca e
desce por sua garganta como uma carícia, deixando uma sensação de prazer e
…
— Chega já entendi você não está interessado, já entendi. Então
vamos ver o filme? — Ian colocou a sacola na frente de seus jeans, seu pau
estava tão duro com a descrição do chocolate que o estava estrangulando.
Essa noite ou ele conquistava seu companheiro ou sua mão direita ia ter um
bom trabalho.
Ian estava sentado ao lado de James com a caixa de chocolate ao seu
lado. Cada vez que ele dava a James uma trufa, ele colocava na boca e gemia
degustando o chocolate. Seu pau estava tão duro que dava pra pregar um
prego. Ele pegou a ultima trufa de café e fez questão que James o observasse
comer
— Hummmm, deliciosa essa de café não é? — Ian observava
enquanto James salivava — Humm, amo essa de café — ele falava
enquanto fazia questão de deixar pedaços derretidos em seus lábios e dedos,
ele aproximou sua mão de James colocando o dedo em seus lábios — Sinta
meu companheiro, sinta como é suave e macia, e como o sabor explode na
boca — ele introduzia o dedo na boca de James e viu James enrolar sua
língua rosa em torno. — Isso meu pequeno companheiro, chupa meu dedo,
hum que linguinha deliciosa você tem . — Ele mordiscava a orelha de seu
pequeno companheiro o ouvindo gemer — Já imaginou essa sua linguinha
enrolada em torno do meu pau? Vou passar chocolate em torno do meu
comprimento e dá-lo para você chupar, você vai chupá-lo meu pequeno? — Ian
estava indo ao delírio com os gemidos de James.
James não tinha mais força para resistir, ele tinha lutado com todas
suas forças para não ficar sozinho com seu companheiro, mas quando ele tinha
mencionado as trufas , ele sabia que tinha perdido a luta. Ian mexia o dedo
dentro de sua boca como se o tivesse alimentando com seu pau. Ele pensou
que teria problemas quando fosse acasalar com Ian, devido ao abuso que ele
tinha sofrido em sua antiga matilha, mas ele estava enganado. Ian fazia seu
corpo queimar como lava viva e seu lobo choramingava querendo atenção.
— Abre a boca pra mim, deixe-me ver essa pequena língua rosada.
— Ian o montava com suas palavras ditas roucamente em torno de sua
garganta. Assim que ele abriu a boca, Ian entrou, tomando posse não somente
de sua boca, mas também de sua alma, ele sabia que depois daquele beijo ele
jamais se negaria a Ian.
Ian o pegou no colo, levantando e indo em direção ao quarto, seu
corpo ansiava pelo toque de seu companheiro e ele achava que iria perder sua
mente se ele parasse.
Ian tentava se controlar, seu lobo queria que ele reivindicasse seu
companheiro, mas ele precisava ir com calma, pois ele não queria machucar
seu pequeno companheiro. Ele colocou James na cama e começou a tirar sua
roupa peça por peça apreciando a pele cremosa que aparecia dando-lhe água
na boca.
— Eu quero te lamber todinho, vou passar minha língua em cada
pedacinho de pele e depois vou abrir suas pernas e lamber seu pau, e quando
você não aquentar mais e me implorar pra gozar, vou esticá-lo com meus
dedos e depois vou enfiar meu pau grosso dentro de você , marcando-o com
meu sêmen. — Ian viu com espanto enquanto James gritava seu orgasmo,
seu rosto se contraindo na mais bela expressão que Ian tinha visto. Seu
pequeno companheiro tinha gozado apenas com suas palavras, Ian sorriu, seu
pequeno não sabia o que o esperava.
— Desculpe-me. — James falou enquanto suas bochechas ficaram
coradas de vergonha.
— Nunca se desculpe por gozar para mim , meu pequeno
companheiro. Você é muito mais do que eu sonhei. — Ian disse e viu os
olhos de seu companheiro se escurecer.
— Mas... — James tentou falar mas Ian o cortou.
— Você me perdoa meu pequeno? Se eu pudesse voltar atrás, eu
voltaria, mas eu não posso. O que eu posso é somente tentar te fazer o
homem mais feliz do mundo, e é o que eu vou lutar dia após dia, para tentar
te compensar pelo mal que te fiz.
— Eu te perdoo meu companheiro, eu sei que você estava
enfeitiçado, é que machuca muito quando me lembro dele ao seu lado. —
James falava enquanto lagrimas desciam do seu rosto.
— Não lembre meu amor, eu vou te mostrar essa noite e todas as
noites que virão que é somente seu toque que eu almejo, somente seus beijos
que me incendeiam e somente seu cheiro que me deixa louco. Deite-se meu
amor e deixe-me te provar que você é o único que eu amo, o único do porque
meu coração bate. — Ian lambeu as lagrimas de James e o deitou
delicadamente na cama, ele iria mostrar ao seu companheiro o quanto ele era
amado para que ele nunca mais olhasse para trás e seria agora.
James olhava para seu companheiro espantado e deliciado por suas
palavras.
Ele esperava que fossem verdadeiras, porque não aguentaria se seu
companheiro mudasse de ideia novamente.
Ian o deitou na cama suavemente como se ele fosse de vidro.
— Bebê, me diga se algo te deixar desconfortável, não quero te
forçar a fazer nada que não queira. Seu pai me contou pelo que você passou
na sua matilha anterior e se o filho de uma cadela ainda estivesse vivo eu iria
matá-lo.
— Calma Ian, nada do que você fez até agora me deixou
desconfortável, além do mais você é meu companheiro e não fará nada para
me machucar, não mais.
— Juro bebê não mais te machucar, sei que teremos nossas
diferenças e brigaremos um pouco mas sempre faremos as pazes. Sexo de
reconciliação deve ser uma delícia. — Falou Ian com um sorriso no rosto.
— Faça amor comigo Ian, meu companheiro.
— Não precisa pedir de novo,amor.
Ian começou a beijar o pescoço de James e foi descendo pelo corpo
do homem menor parando em seus mamilos e os trazendo para dentro de sua
boca com uma sucção suave e mordendo a ponta dos círculos rosados
alternado de um para o outro. James se contorcia se segurando para não gozar
uma segunda vez em tão pouco tempo. Quando Ian chegou ao umbigo de
James ele enfiou a língua dentro do orifício fazendo com que James mais uma
vez derramasse sua carga, dessa vez em todo peito de Ian.
Ian olhava para seu companheiro adorando que ele fosse tão
responsivo as suas carícias. Ian desceu mais um pouco e pegou o pau flácido
de James e começou a limpá-lo com sua língua enrolando e conhecendo todo
seu comprimento.
— Ian , deixe-me fazer algo por você, eu já gozei duas vezes é sua
vez agora meu companheiro. — Disse James ainda ofegante pelas carícias de
Ian
— Hoje é tudo para você,meu pequeno. Nada mais importa a não
ser o seu prazer.
Ian continuou a chupar o pau de James se esticando para pegar o
lubrificante que tinha deixado em cima da cama antes de descer para ver o
filme com seu companheiro, espremendo o líquido viscoso em seus dedos e
logo depois o largou sobre a cama, ele passeou com seu dedo no buraco
rosado de seu companheiro que estava pulsando como se o tivesse convidando
para entrar.
— Meu amor, não fique nervoso, vou até aonde possa, se você se
sentir nervoso ou com medo me avise ok?
— Sim Ian, só... só não pare por favor.
Ian começou a forçar um dedo na área sensível de James sondando e
depois inseriu um dedo dentro experimentando sondando até que pode inserir
o segundo e começou a tesourar seus dedos dentro de James. James ofegava
e gemia pedindo por mais.
— Ian ,mais por favor, mais duro ...
— Espere amor já chegaremos lá, tenha paciência.
Ian já tinha inserido três dedos dentro de James ,mas seu
companheiro era muito apertado e Ian era grande, ele tinha medo de
machucar seu bebê por isso inseriu o quarto dedo e procurou por aquele lugar
doce dentro de James.
— Filho da puta, o que é isso? O que você esta fazendo? — Ian
parou imediatamente achando que tinha machucado James — Nãoooooo. Não
pare, não sei o que malditamente no mundo você fez, mas só não pare!
Ian sorria,achando que seu bebê ainda não tinha visto nada do que
ele poderia fazê-lo sentir.
— Não meu companheiro eu não vou parar, eu prometo.
Ian sabia que James estava pronto, só não sabia se ele conseguiria se
segurar e não gozaria assim que entrasse em James. Ele começou fácil,
devagar deixou a ponta de seu pau beijar a entrada rosada de James.
— Porra Ian, só faça, estou morrendo aqui. — Ian deu uma
risadinha para seu companheiro impaciente.
— Coisinha difícil de agradar, não?
Ian entrou no primeiro anel de músculos e James gemeu, ele ficou
parado esperando que seu companheiro se acostumasse com ele
— Ian, por favor. Não esta doendo, é só uma queimação e sei que
vai passar. Por favor Ian preciso de você! — Ouvir seu companheiro implorar
por ele foi a gota d´água e Ian levou todo seu comprimento para dentro de
James.
— Foda . — James gritou jogando sua cabeça para trás e se
alavancando com os pés travados na cama.
— Assim meu amor, mexa-se comigo. Rebole no meu pau — Ian
adorava falar sujo e pela cara de James ele também gostava de ouvir. — Vou
te foder até a inconsciência, meu companheiro. Quando eu acabar com você ,
não vai poder sentar direito por uma semana — A cada palavra que Ian
falava ele entrava mais fundo e mais rápido em James, este se contorcia e
choramingava. Ian rolou na cama para ficar deitado em baixo de James. James
colocou seus joelhos na cama ao lado dos quadris de Ian e começou a subir e
descer no pau de seu companheiro, Ian segurava em seus quadris o ajudando
na subida, James o apertava dentro de seu buraco como se fosse uma forca,
seu pau jorrando pré-semên, Ian passou o dedo na ponta e o levou a boca
para lamber, vendo isso James aumentou seus movimentos.
— Isso meu companheiro, rebole no meu pau, pegue tudo que você
precisa, sou seu. — James estava no limite mais uma vez, mas dessa vez ele
não iria sozinho, apertando seus músculos ao redor do pau de Ian fazendo com
que Ian soltasse sua carga toda em seu traseiro, só depois James gozou e
desmaiou em cima de Ian.
Ian se levantou com cuidado para não acordar seu companheiro e foi
para o banheiro para pegar uma toalha molhada e limpar James. James nem
se mexeu quando Ian começou a limpá-lo, quando ele acabou, jogou a toalha
em direção ao banheiro e deitou-se ao lado de James.
Amanhã eles conversariam e resolveria todos os seus problemas, por
enquanto bastava que seu companheiro estivesse em seus braços, dormindo
suavemente.
James acordou sentido um corpo quente colado ao seu, se assustou
por um momento até se lembrar da noite anterior e um sorriso brilhou em seus
lábios.
A felicidade só era ofuscada pelo fato de seu companheiro não o ter
reivindicado ontem a noite, será que ele não o queria para passarem suas
vidas juntos, será que Ian só o tinha usado porque ele estava disponível e a
mão.
James saiu da cama devagar para não acordar Ian e foi para seu
quarto com o coração pesado, quantas vezes ele teria que ser rejeitado para
aprender, porque seu companheiro não o reivindicar ontem era uma forma de
rejeição.
James deitou em sua cama em posição fetal e fez o que jurou que
nunca mais faria.
Chorou.
Ian acordou com um sorriso no rosto e passou a mão pela cama
estranhando que o lugar de James estava vazio e frio, onde será que seu
companheiro tinha ido, ele devia estar no banheiro, mas a luz estava desligada
quando Ian virou na direção da porta, inferno, ele planejava reivindicar seu
pequeno homem logo que acordassem para uma seção de amor matinal,
ontem foi tudo para ele, Ian não quis empurrar James mais longe logo em sua
primeira vez, mas ele iria atrás de seu companheiro, ele ia reivindicar o que
era seu, não iria esperar nem mais um dia .
Seu pequeno companheiro era quente, e Ian estava muito feliz com o
que o destino o presenteou.
Assim que James cansou de sentir pena de si mesmo, ele notou outra
presença em seu quarto, ele levantou a cabeça e viu Nate embolado no chão.
— Ei, o que você está fazendo aqui aqui Nate? — James
perguntou enquanto observava Nate levantar sua cabeça e mostrar um rosto
inchado de tanto chorar.
— E ...eu queria me esconder um pouco. — Nate respondeu
enquanto tremia de medo.
— Ei cara não precisa ter medo de mim lembra? Você ajudou que
me encontrassem então somos amigos agora. — James falou sentindo tanta
pena do rapaz que parecia ter sido tão abusado em sua vida, que ele se sentiu
humilhado por estar chorando só porque Ian não o reivindicou, sendo que Ian
tinha sido tão carinhoso e delicado com ele. Ele sorriu só de imaginar aquele
homem grande sendo delicado, sua matilha não poderia saber ou ele nunca
teria o fim disso.
— Amigos, você quer ser meu amigo? Eu nunca tive amigos, o que
amigos fazem? – Nate perguntou mostrando um leve sorriso.
— Hum, amigos se divertem, deixe-me ver....hã que tal
procurarmos a sobremesa que Niméria fez ontem, sei que deve estar em
algum lugar porque eu e o Ian fomos comprar chocolate pra ela ontem.
— Legal, ai comemos e assistimos novela , eu assistia escondido
quando podia no coven mas quando eu era pego eles … — O rosto de Nate se
escureceu com a lembrança e James esperava que um dia ele confiasse nele o
suficiente para se abrir, mas por enquanto ele iria tentar tornar a vida do rapaz
melhor.
— Cara, aqui você vai poder assistir novela o quanto quiser, você
viu a TV de 50 polegadas na sala de mídia? Imagine seus atores em tela
gigante, até eu vou assistir com você! — James riu quando viu o rosto de
Nate se irradiar.
— Legal, assistir novela, ter um amigo , comer chocolate, ei , eu
nunca comi chocolate será que eu vou gostar? — Nate olhou para James com
uma expressão de interrogação que James não aquentou e teve que sorrir.
— Vamos lá e você vai se surpreender Nate, posso te chamar
assim, seu nome é muito grande para um cara tão pequeno como você —
James falou enquanto se encaminhava pra cozinha.
James e Nate estavam procurando a sobremesa à mais de 30
minutos e não encontravam, ele já estava ficando impaciente, onde Niméria
tinha escondido? Quando ele finalmente se lembrou de olhar dentro do forno
ele encontrou uma torta com massa de chocolate e cobertura de chocolate. Ele
olhou para torta e olhou para Nate, ele viu como o pequeno vampiro lambia os
lábios, não faria mal se eles pegassem um pedaço, afinal de contas ele estava
fazendo isso por Nate e por sua amizade, nada mais.
James pegou toda a torta e levou pra sala de mídia, quando ele e
Nate se sentaram, eles começaram a assistir uma reprise de novela que
passava pela manhã, quando ele olhou para torta, viu que não sobrou nada,
ouvindo passos e logo escondeu a bandeja debaixo do sofá.
— Ei meninos, assistindo novela numa hora dessas, vocês não
deveriam está tomando um café e fazendo algo saudável ? – Niméria
perguntou enquanto olhava para o rosto dos dois pestinhas, ela sabia que eles
estavam aprontando algo, eles tinham uma cara muito culpada para o gosto
dela.
— Ah, acho que não estou com fome, você está Nate? — Nate
balançou a cabeça olhando com os olhos mais arregalados que James já tinha
visto, ele sabia que tinham sido pegos.
— Ok, então vou cortar a torta de chocolate para que todos comam
um pedaço. — Niméria começou a se levantar quando James gritou.
— Não, isso não é hora de comer chocolate, Niméria espere. —
Era tarde demais Niméria estava na cozinha gritando feito uma louca
perguntando quem tinha pegado a torta de chocolate dela.
— Foram vocês, não foram seus pestinhas? — Niméria gritava
enquanto balançava os braços no ar, avançando em direção a James e Nate
que estavam enrolados no canto da sala.
— Ei que diabos está acontecendo aqui? — Ian disse assim que
entrou na sala acompanhado por Adam e Sam.
— Ela está querendo nos atacar Ian, segure ela, acho que ela está
feral — James falou enquanto se arrastava para o lado de Ian levando Nate
com ele.
— Feral ? E o que a deixou tão feral meu pequeno companheiro? —
Ian perguntou meio cético, ele via a culpa no rosto do seu pequeno
encrenqueiro.
— Nada, ela apareceu aqui gritado e veio pra cima de mim e do
Nate como louca. Ian, lobas tem menopausa?
— Menopausa, eu vou lhe mostrar a menopausa seu pivete. —
Niméria avançou em direção a James e Nate, quando foi segurada por Adam.
Ela ouviu um rosnado e se virou vendo que ele saia de Sam. — AH , fique
calado, você nem mesmo quer nada com seu companheiro e agora vem dar
um de protetor com ele?
Sam a olhou por um tempo e logo saiu da sala , deixando-a com um
sentimento de culpa.
— Niméria , diga o que aconteceu! — Ian já estava perdendo a
paciência com todo esse drama.
— Eles pegaram a torta de chocolate que eu fiz ontem, eles
estavam ai todo culpados quando entrei e quando falei que ia cortar a torta
seu precioso companheiro me disse que era cedo demais, eu o queria agradar
porque me disse ontem que ele adorava chocolate. — Niméria falou e olhou
para Adam, ela conseguiu sair do seu agarre e cheirou o ar, encontrando a
vasilha da torta vazia debaixo do sofá, ela avançou com a vasilha na mão em
direção a James e Nate.
Adam a segurou novamente, enquanto Ian olhava para o seu
companheiro — Foi você que comeu toda a torta? — Ele não precisava de
resposta, o rosto do seu pequeno companheiro já o delatava.
— Olha, para que ela fez, se ela não queria que comêssemos? Por
isso eu falo que ela está na menopausa, só uma mulher na menopausa faria
uma coisa e guardaria ao invés de comer. Então eu estou certo em dizer ... —
James foi cortado com o rosnado saindo de Niméria.
— Niméria não rosne para o companheiro do Alfa, você sabe que
tem punição ao desafiar meu companheiro — Ian disse mal conseguindo
disfarçar a diversão em sua voz.
— Ok, você está certo, mas ele ainda não é seu companheiro por
completo, pois não estou vendo a marca de acasalamento . — Niméria
arqueou as sobrancelhas para Ian.
— Sim, mas isso porque meu pequeno companheiro ao invés de me
esperar acordar, estava aqui roubando torta — Ian parou quando sentiu
alguém puxar sua camisa.
— Eu também roubei. — Nate falou como que orgulhoso de seu
grande fato.
Ian olhou para ele e sorrindo retificou sua frase.
— Sim, mas isso porque meu pequeno companheiro ao invés de me
esperar acordar, estava aqui com seu AMIGO Nate, roubando torta e assistindo
novela, mas isso vai mudar agora. — Ian não se conteve ao ver o olhar de
desejo de James e o colocou por cima do ombro enquanto se virava para Adam
que estava atualmente segurando uma Niméria sorridente em seus braços —
Conto com você Adam pra terminar de resolver isso aqui.
— Claro Alfa, pode deixar. — Adam viu Ian levar um James se
contorcendo pelas escadas e se virou para Niméria. — Agora acho melhor
levar essa vasilha para a cozinha, o que acha? Nate você pode ficar aqui
assistido o final de sua novela, mas cuidado. Se aprontar de novo vou dizer
para o Ian proibir novelas na matilha. — Ele sorriu quando Nate arregalou os
olhos e cruzava os dedos.
— Eu juro Adam.
— Ótimo . — Adam se virou pra Niméria esperando ela comandar
o caminho, seu pau tinha enchido para sua dureza total enquanto ele via
Niméria nada mais que atuar para cima de seu filho compulsivo por chocolate.
Ele a tinha dito ontem que James amava chocolate e por isso ela enviou Ian e
o James para cidade, sabendo que seu irmão iria pegar a dica. Ela tinha feito a
torta para James por isso ninguém tinha comido. Ele olhava sua loba balançar
os quadris em sua frente como uma sinfonia harmônica, e ele precisava
parabenizá-la por sua atuação.
Assim que Niméria entrou na cozinha, ele a empurrou contra a
parede, saqueando sua boca com uma fome selvagem que no momento ele
não podia conter. Ele a agarrou pelos cabelos deixando ela lutar contra o seu
domínio, ele amava o seu jeito forte e decidida de ser e isso o excitava ainda
mais. Adam sentiu o momento exato em que ela deixou-se dominar, ele
aproveitou seu deslize e alcançou sua blusa abrindo seus botões e encontrando
seus fartos seios. Ele apertou o pequeno bico enrugado enquanto esfregava
seu pau em sua coxa firme e a ouviu gemer.
— Isso é o que você vai ter minha loba, sinta o meu pau criando
vida e querendo sair do confinamento do meu jeans para adentrar nessa doce
vagina que eu cheiro que está toda molhada esperando por ele. — Adam
apertou seu seio ainda mais, mordendo seu pescoço enquanto se inebriava
com o cheiro da excitação proveniente de sua mulher, ele estava esperando as
coisas se resolverem entre Ian e James para poder começar a conquistar sua
companheira, e esse momento estava chegando. — Caralho você é tão
gostosa que me dá vontade de te dobrar na mesa e foder essa doce buceta,
até te ouvir gritar meu nome enquanto eu te possuo inteira. — Adam ouviu o
choramingo de sua loba e com muita luta ele a deixou ir. Ela olhou para ele
com um olhar de desejo crú e total confusão, o que fazia ainda mais difícil sua
decisão — O seu tempo está acabando. E quando ele acabar, nem mesmo o
inferno vai me impedir de ter você! — Adam viu a expressão de espanto em
sua loba e saiu da cozinha antes que seu lado dominante e seu lobo fizessem
alguma besteira juntos, ele daria á ela somente mais um tempo e depois
começaria sua caçada.
James ria sem parar enquanto Ian o carregava pelas escadas, eles
deram de encontro com Jared.
— Meu irmãozinho já andou aprontando das suas, Ian?
— Minha irmã estava querendo arrancar a pele dele, por ter roubado
sua torta de chocolate.
Jared se dobrava de tanto rir.
— É bom ter você de volta baixinho, pensei que tinha te perdido
depois do que você passou em nossa matilha antiga e como se não bastasse,
ainda teve seu início turbulento aqui. Nesse momento Ian abaixou a cabeça e
escondeu seu rosto no pescoço de seu companheiro, tentando esquecer que o
início turbulento foi causado por ele.
James acariciou seu rosto.
— Ian nada para se preocupar, agora você está comigo e nada vai
nos separar,meu amor.
— Eu sou seu amor Bebê? Mesmo depois de tudo que fiz ?
— Sim, Ian. Você lutou por mim. Você me salvou, e eu sou todo seu
como você é todo meu.
— Sim meu companheiro lindo.
Dizendo isso, Ian entrou em seu quarto com James agarrado em seu
pescoço. Ele o deitou na cama não tão gentilmente como na noite passada.
— Eu vou te foder como se fosse a última vez e vou te reivindicar
para que ninguém tenha dúvidas de a quem você pertence.
Seu lobo o rasgava para sair e tomar o que Ian tinha protelado por
muito tempo. Suas garras saíram e transformaram as roupas de James em
farrapos. James não estava com medo, essa agressividade de Ian o deixava
quente. Ian abocanhou o pau de James e começou a sugá-lo com força.
— Se segure bebê, vai ser rápido, duro e sujo. Não acho que tenho
forças para levar isso calmo.
— não precisa Ian, estou pronto para você. Me possua — Ian
começou a estirar James, o seu buraco já estava estirado da noite de amor de
ontem, mas ainda precisava de mais para que ele não sentisse dor. Ian já
estava com dois dedos dentro de James, seu bebê estava montando seus
dedos, quando Ian já estava com quatro dedos dentro de James ele os retirou
e substituiu por seu pau. Ian montou James duro, ele não conseguia ter o
suficiente de seu companheiro.
— Mais duro Ian.
Ian pegou um travesseiro e o colocou embaixo dos quadris de James,
a nova posição fez com que ele fosse mais fundo.
— Ahhh, sim meu companheiro me reivindique agora, me morda por
favor. — James virou sua cabeça e expôs seu pescoço para Ian.
Ian não podia se conter, ele afundou seus caninos na pele suave de
James.
James gozou até ficar seco, enquanto Ian continuava batendo nele.
— Meu! — Ian não sabia que tinha tanto esperma dentro dele, mas
ele continuou gozando ainda por um tempo. Quando eles se deixaram cair em
cima da cama.
James não sabia se conseguiria andar.
— Vamos tirar uma soneca bebê. Depois tomamos um banho.
— Certo! Ian?
— Fale bebê.
— Quando podemos repetir? Foi tão bom.
— Bebê você ainda vai ser a minha morte. — logo depois os dois
caíram no sono.
Capítulo CincoCapítulo Cinco
James estava descendo as escadas quando encontrou Nate pulando
no meio da sala como se tivesse ganhado na loteria .
— Ok eu vou morder a isca . O que aconteceu que você está
pulando igual peru na época de natal Nate? — James riu quando Nate o
olhou com os olhos arregalados.
— Hoje a bruxa vai ser pega, ela vai ter o que merece, estou tão
feliz James — Nate falava e seus olhos brilhavam como safira lhe dando uma
aparência angelical.
— A bruxa? Eu não conheço nenhuma bruxa.
— A reprise da novela das 9, está passando agora, vem assistir
comigo?
James olhava para o rosto de Nate e não conseguiu resistir ao seu
apelo.
— Ok vamos lá matar essa megera cara. — James pegou na mão
de Nate e o arrastou para a sala de mídia . Assim que eles entraram ele ficou
boquiaberto com a cena que se desenrolava na sua frete, Jared e Sam estavam
discutindo com tanto fervor que nem sequer notaram suas presenças.
— Quando você vai tirar a porra desta sua cabeça da bunda seu
idiota? Você está entrando em seu estado feral, tudo porque você não quer
afirmar seu vínculo. Vo... – Jared parou quando sentiu um leve toque em seu
braço .
— Não pode amaldiçoar Jared, eu vi em carrocel a mãe do menino
lavando a boca dele com sabão, e eu não quero que o Adam faça isso com
você! — Nate estava aflito.
Jared lançou um olhar assassino para Sam, a sua vontade de
estrangular seu irmão foi contida pela entrada de seu pai e Ian na sala.
— Nate, porque você não vai andar um pouco com James? Não
precisa se preocupar eu não vou lavar a boca do Jared com sabão .
— Mas James e eu íamos assistir a megera levando uma surra
agora — Nate fez biquinho enquanto olhava para Adam.
— Pode deixar Nate. Eu vou gravar a novela pra você, vai dar uma
volta com James, meu pequeno não gosta de ficar sozinho e eu tenho muitas
coisas para resolver aqui. — Ian falava enquanto beijava a testa de James,
seu pequeno logo entendeu a deixa .
— Vamos lá Nate, estou louco por uma caminhada. — James
puxava Nate pelas mãos .
— Ei pequeno não se esqueça de levar o Derik com vocês, não
quero você andando sem proteção até nós pegarmos o Bernard, lembra?
— Sei, sei , sei, não andar sozinho, não correr na floresta, não
respirar e nem mesmo dormir por que tem um maluco querendo me pegar
entendi. — James balbuciava enquanto saia da sala.
— Você não pode dormir? Como você faz James? — James olhou
para Nate com os olhos arregalados. O coitado era muito inocente pra sua
própria segurança.
James estava caminhando com Nate nos jardins atrás da casa, ele
preferiu não chamar Derik como Ian havia pedido, ele estava cansado de ter
um babá pra tudo, mas quando sentiu um aroma familiar, já não estava tão
certo disso . Uma mistura de cheiros ruins, ódio, raiva e inveja impregnavam o
ar, um cheiro que nunca mais quis sentir.
— Nate, corra para casa e avise a Ian que Bernard está por aqui.
Nate apavorado se agarrou a James não o querendo deixar ir.
— Vá, Nate.
— Não, não vou deixar você sozinho com Bernard, ele é mau James.
— Eu sei, e é por isso que preciso que você vá atrás de Ian para me
ajudar.
— Mas...
— Agora Nate. Você é meu amigo e você tem que me ajudar. Se
você for atrás de Ian e o trazer aqui, você vai ser o melhor amigo do mundo.
— É isso que os amigos fazem, James.
— Sim, Nate. Os amigos ajudam uns aos outros. Vá chamar Ian
assim você estará me ajudando.
Nate saiu correndo deixando James sozinho com seu medo.
— Apareça, Bernard! Eu sei que você está aqui, seu branquelo sem
sal.
— Ahhh. O menino brinquedo esta mostrando as garras.
James sabia que não era tão forte como o vampiro azedo, mas que
ele fosse amaldiçoado, se ele não levaria Bernard junto se ele caísse.
— Eu vou te matar seu merdinha!
— Certo, você e que exército?
Quando Bernard pulou para cima de James ele deixou seu lobo vir e
agarrou Bernard pelo pescoço, mas Bernard não era nem um fraco, usou suas
garras e rasgou o peito de James fazendo com que o soltasse. Os dois
sangravam muito quando James começou a rodear o vampiro.
— Você acha que pode me derrotar filhote? Pense mais uma vez.
Bernard caiu em cima de James e começou a socá-lo .Chutando as
costelas de James até que ele estava tão machucado que achava que fosse
morrer. James caiu e Bernard foi para cima dele com garras a mostra em
direção ao seu pescoço. Fechando os olhos e esperando o golpe final, James
sentiu quando o vampiro foi jogado longe, quando ele abriu os olhos Ian
estava em cima dele chorando
— Ah bebê, o que esse desgraçado fez para você.
— Eu estou bem Ian,você chegou a tempo.
— Graças ao seu pequeno amigo aqui.
James levantou um pouco a cabeça e viu Bernard deitado imóvel a
uma certa distância. Procurando ao redor, James viu Nate chorando e
tremendo, James estendeu a mão e seu amigo veio correndo para ele.
— Eu ajudei Jamie? E sou seu melhor amigo agora?
— Sim pequenino.
— Vamos para casa . — James começou a levantar e pelo canto dos
olhos viu um movimento. Bernard tinha se levantado e estava indo para cima
de Nate. Não daria tempo de gritar para Nate se proteger.
James se transformou e pulou na direção de Bernard, dessa vez não
errando o alvo, e rasgou o pescoço do vampiro, o gosto de sangue invadiu sua
boca, James começou a balançar o vampiro para cima e para baixo sem soltar
seu aperto.
— Bebê pode soltar! Bebê ele esta morto. Chega amor. Acabou
James soltou o corpo do vampiro inerte e voltou a sua forma humana
caindo nos braços de seu companheiro.
— O que aconteceu aqui? — Derik chegou correndo com Niméria
e Adam.
— Nada demais Derik, meu pequeno aqui acabou de salvar minha
vida — O sorriso de Ian se expandia de um lado a outro em seu rosto. —
Acho que estamos livre desse tormento agora . Vou levar meu pequeno herói
para tomar um belo banho, conto com você e Niméria para limpar a bagunça .
— Ian se afastou levando James em seu colo.
— Eu vou assistir a megera agora — Nate enxugava seu rosto
enquanto saia correndo.
— Bem, bem, e eu aqui pensando que iria participar da festa, se as
coisas continuarem assim daqui a pouco a matilha não precisa de executores.
Deixa eu ir chamar os rapazes para vim recolher esse bosta. — Derik acenou
para Niméria e Adam e saiu resmungando.
— Então, enfim sós ou você vai sair correndo? — Adam falou
enquanto cruzava os braços, olhando diretamente para Niméria.
— Eu não sou mulher de sair correndo Adam! — Niméria
exclamou enquanto fitava Adam.
— Não minha loba, você não corre de uma luta — Adam falava
enquanto se aproximava de Niméria , se arrastando devagar como que
caçando uma presa. — Não abaixa a cabeça para nenhum homem e leva essa
matilha melhor que qualquer Beta que já conheci, — Seus corpos estavam
tão próximos que dava pra sentir a corrente de energia em volta deles
enquanto eles se encaravam. — Mas você tem medo daquilo que te faz
perder o controle, que te deixa molhada e te faz ansiar por meu toque . Você
tem medo daquilo que eu causo em você Niméria.
— Eu não tenho medo de nada — Niméria o desafiou , ela estava
cansada de deixar Adam sair com a sua sempre que eles tinham um confronto.
— Diga-me Niméria, você sonha comigo a noite ? Você acorda
molhada e transpirando? O que eu faço com você em seus sonhos minha loba,
eu chupo sua buceta suculenta ou eu introduzo meu pau dentro desse túnel
apertado te fazendo gritar?
— Ei Niméria onde você quer que jogamos esse bostinha de pau
pequeno? — Derik gritou não percebendo o duelo que estava acontecendo.
— Vai minha loba, a minha caça começa aqui. — Os olhos de
Adam continham uma determinação que Niméria sabia que não teria mais
como fugir. Ou ela lutava com seu companheiro ou ela tinha que fugir , e ela
não era mulher de fugir de uma luta.
Niméria se virou para seus executores e temia que Adam destruísse
tudo o porque ela tinha lutado. Ela era forte e provou que não precisava da
proteção do seu irmão e que ela era forte o suficiente para ser Beta de uma
matilha tão grande como WolfHot.
Mas ela poderia ser Beta e ao mesmo tempo companheira de Adam?
Como seria se ela se rendesse ao domínio de Adam? Ela balançou a cabeça e
foi fazer o que ela melhor fazia, comandar sua matilha.
Ian acordou com os gritos de James e percebeu que seu pequeno
companheiro estava tendo mais um de seus pesadelos, se ele pudesse, ele
ressuscitava Bernard somente para poder matá-lo de novo.
— James, James, amor acorde! — Ian sacudia James enquanto
falava — Foi um pesadelo meu pequeno, tudo isso já passou. — Ian sentia
seu peito esmagado enquanto ele olhava pra o rosto assustado do seu
pequeno companheiro.
— Ian , era tão real — A voz de James não passava de um
sussurro . James se aconchegou no musculoso peito de Ian buscando o seu
cheiro, o cheiro de seu companheiro sempre o acalmava.
— Humm, eu tenho uma ideia que vai te fazer saber o que é
realidade . — Ian ria enquanto se ele salpicava beijos no pescoço de James,
ele sabia que James era sensível nessa área .
— Serio e que ideia é essa ? Ela exige roupa? — James falou
divertido, ele sabia que Ian odiava que ele dormia com roupas.
— Essa é a melhor parte meu pequeno, sem roupas — Ian
começou a mordicar a orelha de James enquanto seus dedos beliscavam os
montículos rosas os deixando duros e pontudos. — eu adoro quando eles
ficam assim, eles choram para serem amamentados — Ian falava enquanto
apertava os mamilos de James.
— Ian você esta me matando aqui — James choramingava e se
contorcia.
— Abra as pernas pra mim meu pequeno, isso James se toque
quero ver você tocar seus mamilos enquanto eu me amamento de seu pau.
Você que me amamentar com seu pau meu companheiro? — Ian adorava
falar sujo e aos poucos estava fazendo James se soltar ainda mais na cama.
— Quero Ian, chupe o meu pau, chupe como um picolé ,oooh
merda! — James segurava os lençóis enquanto Ian o engolia por inteiro.
— Porra James você tem gosto de mel! Abra essa boquinha e chupe
meus dedos amor, isso deixe-os bastante molhados, eu vou esticar seu buraco
apertado com eles. — Ian tirou seus dedos dos lábios de James introduzindo
2 dedos dentro do buraco rosado de James, ele estava esticado devido suas
atividades na noite anterior.
— Ian chega, já estou esticado .
— Nunca é demais meu companheiro. — Ian pegou James no colo
e colocou um travesseiro em seu quadril. — James segure suas bochechas e
abre esse buraco pra mim. Droga! Você é perfeito. Porra vai ser rápido e duro
meu companheiro ! — Ian introduziu seu comprimento em uma só estocada
parando quando ouviu um gemido proveniente do James — Desculpe querido,
esta difícil de controlar meu lobo agora, ele quer reafirmar seu companheiro .
— Ian disse enquanto olhava culpado para James.
— Porra Ian se você não se mexer agora eu vou sair daqui e pegar
um pau de borracha. — James sabia o quanto Ian era possessivo e queria
que seu companheiro se soltasse, ele não era uma boneca de vidro inferno.
— Nada . Além . Do. Meu . Pau . Entra. Nesse. Buraco. — Ian
falava cada palavra com um estocada forte. James era dele e somente ele
poderia tocá-lo nem mesmo um brinquedo entrava nesse túnel se não fosse ele
quem o colocasse. — Isso que você queria companheiro? Soltar minha
besta? — Ian estava frenético, ele se levantou com James em seu colo sem
tirar seu pau , colocando James na beirada da cama com a bunda empinada no
ar e com o peito encostado na cama, ele tirava e empurrava seu pau e
observava James o engolir todinho. — Vire pra mim quero ver o seu rosto
enquanto te possuo. — Ian virou James , ele queria ver o rosto de seu
companheiro enquanto gozava.
Ian se abaixou passando os braços em volta de James enquanto
sussurrava em seu ouvido — De quem é esse buraco James? A quem ele
pertence? — Ian estava louco, ele batia em James como um homem
possuído, queria marcar James, por dentro e por fora.
— Seu Ian, sou todo seu. Meu corpo e minha alma meu
companheiro.
— Eu vou te marcar com meu sêmen James, eu quero que todos
sintam meu cheiro em você e saibam que você me pertence. Goze James.
AGORA. — James disparou jato, mais jato de esperma . — Me marque
amor, me faça seu novamente. — James viu os dentes de Ian se alongarem e
virou o pescoço para seu companheiro, sentindo a picada da mordida que o
reafirmava como de Ian para sempre.
— Meu ! Somente meu, pra sempre meu! — Ian gritava enquanto
derramava dentro de seu pequeno companheiro.
Ele sabia que tinha muitas coisas para resolverem ainda, mas ele
tinha muito tempo pela frente, porque só a eternidade era suficiente para ele e
James, nem um tempo a menos.
Fim
Em Breve ….
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A Loba Domada