lgpd - fenalaw · 2020. 8. 26. · lgpd com dados de crianças e adolescentes 02 a lei geral de...

11
LGPD com dados de crianças e adolescentes

Upload: others

Post on 19-Feb-2021

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • LGPD com dados de crianças

    e adolescentes

  • LGPD com dados de crianças e adolescentes

    02

    A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709/2018) entrará em vigor em breve. Empresas de todos os segmentos já estão prontas ou se preparando para a adequação à norma. Mas e aquelas que tratam dados pessoais de crianças e adolescentes? De acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), criança é a pessoa de até 12 anos de idade incompletos, ao passo que adolescente é aquela entre 12 e 18 anos.

    Para realizar o diagnóstico da situação atual e elaborar um plano de ação, elas deverão considerar as particularidades da LGPD relativas a esses dados. A verificação da conformidade do tratamento de dados de crianças e adolescentes deve ser rigorosa. Afinal, existem princípios, como o melhor interesse do menor, que devem ser atendidos.

    Considerando esse cenário desafiador, preparamos este e-book, que traz as principais questões em torno da adaptação à LGPD de quem lida com dados de crianças e adolescentes.

    Boa leitura!

  • LGPD com dados de crianças e adolescentes

    03

    O RECORTE DA LGPD PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES O regulamento europeu (GDPR - Regulamento nº 679/2016) abordou o tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes em seu artigo 8º. Neste sentido, sendo um espelho do GDPR, a LGPD também trouxe previsão específica para um controle rígido de tais dados.

    Essa previsão vai ao encontro da realidade em que vivemos atualmente, com o avanço das novas tecnologias de comunicação e informações. Redes sociais, aplicativos e jogos online demandam dados pessoais de crianças e adolescentes. E é um grande desafio tornar este ambiente seguro, de modo com que tudo que chegue aos menores seja coerente com a idade.

    Alessandra Borelli, advogada especialista em direito e educação digital, sócia e diretora executiva da Ópice Blum Academy, diz que “a nova Lei Geral de Proteção de Dados é mais um marco legislativo na infância por já trazer em seu conteúdo o expresso cuidado com os dados, informações e privacidade de crianças e adolescentes”.

    E o recorte da LGPD para crianças e adolescentes aparece no artigo 14, em seção própria (seção III). Alessandra destaca que as disposições da LGPD para crianças e adolescentes “concernem a todos: escolas, clubes, agremiações recreativas, hotéis e toda sorte de entidades públicas e privadas que lidam com informações relativas a crianças e adolescentes”. As principais regras que a norma traz são:

    • Deve haver consentimento específico e destacado dado por um dos pais, pelo menos, ou pelo responsável legal, exceto se a coleta for necessária para contatar os pais ou o responsável, ou para a proteção do menor; • Os controladores dos dados não podem condicionar a participação dos menores em jogos, aplicativos ou outras atividades ao fornecimento de dados pessoais, além daquelas estritamente necessárias à atividade; • A informação sobre os tipos de dados coletados, a forma de uso e os procedimentos para o exercício dos direitos do titular dos dados deve ser pública; • Tratamento de dados pessoais de crianças e de adolescentes deve ser feito em seu melhor interesse.

    Essas regras reconhecem a falta de discernimento de crianças e adolescentes a respeito do tratamento direcionado a seus dados pessoais. São pessoas vulneráveis, não capazes, ainda, de reconhecer riscos, consequências e garantias atreladas a tais informações. Por isso, uma das principais bases de processamento e exigência da LGPD em relação aos dados de crianças e adolescentes é o consentimento de um dos pais ou responsável legal.

    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

  • LGPD com dados de crianças e adolescentes

    04

    RESTRIÇÕES IMPOSTAS AO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES As principais regras sobre tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes já trazem consigo as restrições impostas. Elas deverão ser observadas pelos controladores para que tal tratamento seja correto.

    CONSENTIMENTO OBRIGATÓRIO

    A primeira restrição é a obrigatoriedade do “consentimento específico e em destaque dado por pelo menos um dos pais ou pelo responsável legal” (art. 14, §1º). E essa restrição se torna um desafio enorme para o controlador, pois ele deve realizar “todos os esforços razoáveis” para verificar que o consentimento realmente foi dado pelo responsável pela criança (art. 14, §5º). É a tentativa do legislador de assegurar a autenticidade do consentimento.

    No entanto, essa restrição possui duas ressalvas. Não é preciso obter o consentimento se a coleta dos dados pessoais das crianças ou adolescente for necessária para contatar os pais ou o responsável legal. Neste caso, os dados só podem ser utilizados uma única vez e não podem ser armazenados. Ele também não será necessário quando a coleta for para a proteção do menor. Em nenhum dos dois casos, os dados poderão ser repassados a terceiros sem o consentimento.

    GRAU DE TRANSPARÊNCIA E FACILIDADE NA COMUNICAÇÃO

    Outra restrição importante diz respeito ao grau de transparência e a facilidade da comunicação. A LGPD exige um alto grau no tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes, além de uma comunicação eficiente.

    Deve ser pública “a informação sobre os tipos de dados coletados, a forma de sua utilização e os procedimentos” para o exercício dos direitos do titular (art. 15, §2º). Vale lembrar que, dentre os direitos do titular, estão a correção, o bloqueio e a eliminação de dados, portabilidade e acesso.

  • LGPD com dados de crianças e adolescentes

    05

    Além disso, as informações sobre o tratamento de dados de crianças e adolescentes “deverão ser fornecidas de maneira simples, clara e acessível, consideradas as características físico-motoras, perceptivas, sensoriais, intelectuais e mentais do usuário, com uso de recursos audiovisuais quando adequado, de forma a proporcionar a informação necessária aos pais ou ao responsável legal e adequada ao entendimento da criança” (art. 14, §6º).

    As regras podem parecer, à primeira vista, muito restritivas. No entanto, considerando a totalidade da LPGD, com suas regras e princípios, são necessárias para a proteção do menor. Especialmente se considerarmos a infinidade de ofertas na internet que atingem esse público. As normas de transparência e informação, por exemplo, preconizam que as informações sobre o tratamento de dados devem ser simples, claras e acessíveis. Isso auxilia a interpretação de pais ou responsáveis legais para avaliar os dados de crianças e adolescentes.

    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

  • LGPD com dados de crianças e adolescentes

    06

    O EXEMPLO DA PUBLICIDADE INFANTIL A publicidade infantil está regulamentada em diversas normas brasileiras, como na Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), no Decreto nº 99.710/90 (promulga a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Crianças), no Código de Defesa do Consumidor, na Resolução nº 163/14, do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e no Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, do Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar).

    O sistema de proteção ao menor se baseia nos princípios de proteção integral e melhor interesse. O menor é uma pessoa com possibilidade de pleno desenvolvimento humano, e as normas giram em torno do respeito a este status. Neste contexto, a publicidade infantil deve ter em mente a prevalência e a primazia dos interesses do menor como sujeito de direitos.

    Por isso, o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária estabelece parâmetros e diretrizes para a publicidade voltada a crianças e adolescentes, de maneira a prezar pela segurança desse público. A Resolução nº 163/014 do Conanda traz as condutas abusivas praticadas ao direcionar publicidade e comunicação mercadológica à criança, com a intenção de persuadi-la a consumir qualquer produto ou serviço.

    MAS COMO LIDAR COM O TRATAMENTO DE DADOS NA PUBLICIDADE?

    Grosso modo, todas as regras que pontuamos valem da mesma maneira: consentimento específico dado por um dos pais ou pelo responsável, melhor interesse da criança e do adolescente e outras normas.

    Há uma discussão, porém, sobre a necessidade do consentimento do responsável para adolescentes maiores de 16 anos e menores de 18 anos. Estes são considerados relativamente incapazes. O que aconteceria se fosse fechado um contrato de publicidade com esse público, se a importância paga for revertida a seu favor, como preconiza o Código Civil? O negócio jurídico, que demanda tratamento de dados pessoais, terá efeito sem o consentimento do responsável?

    Para alguns profissionais do Direito, sim, desde que o tratamento seja revertido em favor do próprio adolescente. Eles defendem que a restrição do consentimento específico não abrange adolescentes entre 16 e 18 anos. No entanto, parte da doutrina entende que há, sim, a necessidade de consentimento dos pais e responsáveis, tanto para crianças quanto para adolescentes.

    A questão ainda não possui unanimidade e, possivelmente, só será resolvida após a Autoridade Nacional de Proteção de Dados pacificá-la. Para tanto, deverá estabelecer critérios mais objetivos sobre o tratamento de dados pessoais de adolescentes, inclusive na publicidade.

  • LGPD com dados de crianças e adolescentes

    07

    LGPD E ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

    A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais LGPD, nos pontos que trata de crianças e adolescentes, deve ser harmonizada com o ECA, que é a legislação mais detalhada sobre esse público. A diretora executiva da Ópice Blum Academy dá especial destaque à positivação expressa do princípio universal do melhor interesse da criança.

    Em sua visão, a positivação complementa “o Estatuto da Criança e do Adolescente que, promulgado 28 anos atrás, não tinha como antever todas as mudanças trazidas pela quarta revolução industrial. Complementa também o Marco Legal da Primeira Infância que, em seu artigo 4º, inciso IX, espera das políticas públicas voltadas ao atendimento dos direitos da criança que sejam elaboradas e executadas de forma a, inclusive, promover a formação da cultura de proteção e promoção da criança, com apoio dos meios de comunicação social”.

    De fato, a LGPD demonstra a preocupação do ECA no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes. A proteção dos direitos fundamentais desse grupo de pessoas está explicitada nos princípios do consentimento obrigatório (salvo exceções) e no melhor interesse do menor.

    Patrícia Peck, advogada especialista em Direito Digital e Head de Direito Digital no escritório PG Advogados, destaca ainda o papel dos responsáveis, juntamente com a LGPD, na proteção do menor:

    “A maioria das aplicações na internet possui idade mínima recomendada, que gira em torno dos 13 anos. Isso porque até 12 anos incompletos o jovem ainda é considerado criança pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e precisa estar sempre assistido por um adulto. Logo, criança não pode ficar na web sozinha, porque vira um ‘menor abandonado digital’, à mercê de abordagens de estranhos e a todo tipo de situação já que a internet é a maior rua do planeta, é a rua digital!

    ‘É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor’, de acordo com o artigo 18 do ECA. Ou seja, precisamos agir pensando em manter a sua segurança e saúde”.

    Apesar da harmonização entre LGPD e ECA, há desafios para alinhar, na prática, as duas normas.

  • LGPD com dados de crianças e adolescentes

    08

    DESAFIOS PARA ALINHAR ECA E LGPD

    A LGPD traz grande preocupação com a transparência e com o consentimento no uso de dados pessoais de crianças e adolescentes. Isso significa seguir a diretriz de proteção do próprio ECA.

    Patrícia traz o primeiro grande desafio: a possibilidade de vazamento de dados. A advogada especialista em Direito Digital ressalta que “é importante lembrar que o risco de exposição ou vazamento de dados de crianças é muito alto e há alguns fatores que contribuem para essas ocorrências. Como o uso e a adoção cada vez mais precoce de recursos digitais, seja para vida pessoal, para entretenimento como também para ensino-aprendizagem. Tablets, smartphones, lousas digitais e outros aparelhos tecnológicos estão presentes em muitas salas de aula, e durante a quarentena, acabaram sendo a plataforma de estudo para vários alunos”.

    Além do vazamento de dados, Alessandra também traz outra preocupação: “o grande desafio não consiste em tão somente cumprir o que estabelece a LGPD e/ou o ECA, mas no genuíno desejo de garantir a liberdade no desenvolvimento de nossas crianças, sem que suas interações com o mundo, on ou off-line sejam monitoradas e utilizadas para a manipulação de suas escolhas e de fazer a coisa certa o tempo todo, independentemente da existência ou início de vigência de uma lei”.

    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

  • LGPD com dados de crianças e adolescentes

    09

    GARANTIR QUE O CONSENTIMENTO SEJA DADO PELO RESPONSÁVEL De acordo com o § 5º do artigo 14, “o controlador deve realizar todos os esforços razoáveis para verificar que o consentimento [...] foi dado pelo responsável pela criança, consideradas as tecnologias disponíveis”. Esse é um grande desafio, porque muitas crianças utilizam os aparelhos (smartphones e tablets) de seus pais ou responsáveis.

    Não sendo os proprietários dos equipamentos, há um costume do usuário de salvar informações, como senhas e números de cartões de crédito. Em outras palavras, crianças podem ter acesso facilitado aos apps de compras online, inclusive de jogos e aplicativos. Ao utilizá-los, fornecem seus dados pessoais. Como o fornecedor saberá que pais e responsáveis estão cientes da compra?

    Talvez, a melhor saída seja utilizar o reconhecimento facial ou a identificação digital, mas nem todos os equipamentos possuem tais facilidades.

    AJUSTAR PROCEDIMENTOS E PROCESSOS INTERNOS Patrícia traz um desafio fundamental que as instituições deverão superar: ajustar procedimentos e processos internos às regras da LGPD para coleta e tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes. Ela dá o exemplo das instituições de ensino:

    “As instituições de ensino precisam implementar essa nova cultura desde o ponto de partida de coleta de dados, que ocorre no ato da matrícula, além de promover uma análise minuciosa do cenário atual para traçar um plano de ação. Em princípio, as prioridades são adequar a recepção (que tem inclusive autenticação de visitantes), atualizar contrato de trabalho, contrato de prestação de serviços, contrato de ensino, política de privacidade que precisa estar no portal, pois pela lei os controladores devem manter pública a informação dos tipos de dados pessoais que são coletados, a sua forma de utilização, e os procedimentos para exercer os direitos dos titulares previstos no artigo 18 da LGPD”.

    Por fim, ela destaca que há necessidade de “rever processos de armazenamento das informações, desenhar logística para autorizações, deixar claras as políticas de uso dos dados (finalidades), para que tudo esteja disponível de maneira ágil e inteligente no resgate, caso seja solicitado pelos pais, para atender a quaisquer exigências deles, por alguma razão. Afinal, o ambiente educacional precisa ser exemplo de cumprimento dos direitos humanos e de conformidade com as leis”.

  • LGPD com dados de crianças e adolescentes

    10

    CONCLUSÃO

    O tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes está positivo na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. Esse recorte, porém, traz algumas restrições ao controlador, especialmente quanto ao consentimento por parte de um dos pais ou do responsável legal do menor. As restrições são desafios a serem superados pelos controladores, que deverão ajustar seus procedimentos para obedecer à norma, harmonizando-se indiretamente ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

  • LGPD com dados de crianças e adolescentes

    11

    A Fenalaw é a maior e mais importante feira de negócios que reúne os principais players e

    profissionais do setor jurídico da América Latina. Reconhecida como a melhor plataforma

    de lançamento de produtos, serviços, soluções e tecnologia para o mercado jurídico, a

    Fenalaw traz mais de 60 marcas expositoras, 4.000 visitantes de departamentos jurídicos e

    escritórios de advocacia, 1.200 congressistas, 200 palestrantes nacionais e internacionais,

    além de promover mais de 200 palestras em seis auditórios simultâneos focados em

    tecnologia, gestão e temas técnicos. A Fenalaw é organizada pela Informa Markets.

    A Informa Markets acredita que eventos são plataformas de conhecimento e de

    relacionamento, que auxiliam a impulsionar a economia brasileira. A empresa é filial do

    Informa Group, maior organizador de eventos, conferências e treinamentos do mundo, com

    capital aberto e papéis negociados na bolsa de Londres. Dentre os eventos realizados pela

    Informa Markets no Brasil estão: Agrishow, Fispal Tecnologia, Fispal Food Service,

    ForMóbile, FutureCom, ABF Franchising Expo, Serigra Sign e Feimec, num total de 24

    feiras setoriais. A Informa Markets possui escritórios em São Paulo (sede) e Curitiba, com

    cerca de 200 profissionais. Nos últimos quatro anos, a empresa investiu cerca de R$ 400

    milhões no Brasil em aquisições de eventos e marcas, o que levou a decisão estratégica de

    alterar o nome da empresa no Brasil de BTS Informa para Informa Markets.

    SOBRE A FENALAW

    Fique por dentro do mercadodigital.fenalaw.com.br

    Conheça a Fenalawwww.fenalaw.com.br

    digital.fenalaw.com.brwww.fenalaw.com.brhttps://www.facebook.com/Fenalawhttps://www.linkedin.com/groups/4033637/profilehttps://www.instagram.com/fenalaw_oficial/?hl=pt-brdigital.fenalaw.com.brhttps://www.informamarkets.com/en/regions/south-america.html