levantamento de carga

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SENAI

DIRETOR JOO ROBERTO CAMPANER

COORDENADOR ROSIVALDO CATO

CUSRO TCNICO DE MECNICA INDSTRIAL

Escola SENAI Roberto Simonsen Curso Tcnico de Mecnica

Peterson Pires Pereira Rodrigo Rodrigues Thiago Santos Silva Wilson Santos

28 X 33 X

Turma 3DM

RELATRIO

LEVANTAMENTO DE CARGAS

So Paulo 28/04/2010

ndiceMOVIMENTAO MECNICAS DE CARGAS ......................................................................... 3 INTRODUO .............................................................................................................................. 3 Classificao dos Sistemas de Movimentao de Cargas ............................................................. 3 Classificaes empricas .............................................................................................................. 3 Classificao baseada na carga nominal ................................................................................... 4 Classificao baseada na F.E.M. .............................................................................................. 4 PRINCIPAIS RISCOS DOS SISTEMAS DE MOVIMENTAO DE CARGAS ........................... 5 Gruas, pontes rolantes, guinchos, diferenciais e outros aparelhos de elevao .............................. 5 Transportadores pneumticos, por gravidade, de correia, de cadeias, de rolos e de parafusos sem fim. ............................................................................................................................................. 6 Carros de transporte mecnico e manual - empilhadores e carros de mo ..................................... 7 NOES BSICAS DE AMARRAO, SINALIZAO E MOVIMENTAO DE CARGAS. 8 Introduo ....................................................................................................................................... 8 Equipamentos de Proteo Individual (E.P.I.) .............................................................................. 9 Proteo da Cabea ................................................................................................................. 9 Proteo dos Ps...................................................................................................................... 9 Proteo das Mos................................................................................................................... 9 Tabelas de Cargas .................................................................................................................... 9 Cronograma Ideal para uma Movimentao .............................................................................. 10 Acessrios do Movimentador .................................................................................................... 11 A Carga: Peso e Centro de Gravidade ........................................................................................ 11 Qual a Linga para Qual Aplicao? ........................................................................................... 13 Cordas....................................................................................................................................... 14 Como diferenciar as diversas fibras: ...................................................................................... 14 Cabos de Ao ............................................................................................................................ 15 Laos ............................................................................................................................................ 20 Cintas ........................................................................................................................................ 22 Para utilizao de cintas existem algumas regras especiais..................................................... 24 Formas de Levantamento ....................................................................................................... 25 Correntes para Lingas ............................................................................................................ 25 Correntes Soldadas ................................................................................................................ 25 Correntes Forjadas................................................................................................................. 25 Lingas de Correntes ............................................................................................................... 26 Lingas Combinadas ............................................................................................................... 27 Capacidade de Carga das Lingas............................................................................................ 28 Exemplos de Tabelas ............................................................................................................. 30 Modos de Movimentao ...................................................................................................... 35 Como se Assegurar que a Carga no se Solte ............................................................................. 39 Comunicao entre Operador e Movimentador.............................................................................. 43 Sinais Visuais ................................................................................................................................ 45 Finalizao da Movimentao ............................................................................................... 50 Acessrios..................................................................................................................................... 50 Sapatilhas protetoras tipo pesado ........................................................................................... 50 Sapatilhas compactas ............................................................................................................. 51 Estribos protetores especiais .................................................................................................. 51 Anis tipo pra ...................................................................................................................... 51 Aneles ................................................................................................................................. 51 Ganchos forjados com olhal .................................................................................................. 52

Ganchos corredios ............................................................................................................... 52 Manilhas forjadas .................................................................................................................. 52 Grampos pesados .................................................................................................................. 52 Soquetes abertos .................................................................................................................... 53 Soquetes fechados ................................................................................................................. 53 Soquetes de cunha ................................................................................................................. 54 Esticadores forjados .............................................................................................................. 54 Garras ................................................................................................................................... 55 Fixao de Cabos de Ao, Correntes e Cordas ....................................................................... 55 Ponte rolante ................................................................................................................................. 56 Componentes ............................................................................................................................ 56 Ponte ..................................................................................................................................... 56 Cabeceiras ............................................................................................................................. 57 Viga(s) .................................................................................................................................. 57 Carro da tralha ....................................................................................................................... 57 Trolley................................................................................................................................... 58 Talha ..................................................................................................................................... 58 Caminho de rolamento .............................................................................................................. 58 Tipos de equipamentos .......................................................................................................... 58 Controle dos movimentos .......................................................................................................... 60 Botoeira pendente.................................................................................................................. 60 Controle remoto .................................................................................................................... 60 Cabine ................................................................................................................................... 61 Referncias ............................................................................................................................... 62

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MOVIMENTAO MECNICAS DE CARGAS INTRODUOA movimentao de cargas compreende as operaes de elevao, transporte e descarga de objectos, que pode ser efectuada manualmente ou com recurso a sistemas mecnicos. A movimentao mecnica de cargas permite que, de um modo planeado e seguro, e com recurso a um determinado conjunto de materiais e meios, se movimentem cargas de um determinado ponto para outro. Esta operao compreende as seguintes fases: - elevao (ou carga); - manobra livre (ou movimentao); - assentamento (ou descarga).

Classificao dos Sistemas de Movimentao de CargasOs sistemas de movimentao mecnica de cargas so normalmente classificados de trs formas diferentes: - Classificaes empricas - Classificao baseada na carga nominal - Classificao baseada na F.E.M. ( Federao Europeia de Movimentao )

Classificaes empricasOs sistemas seleccionados para o desempenho das mais variadas operaes esto dependentes de muitos factores. Os equipamentos de movimentao sero bem escolhidos se obtivermos, relativamente s diversas fases de operao (elevao, manobra livre e assentamento), respostas s seguintes questes: - O qu? - Onde? - Quando? - Como? - Durante? O qu ? - A carga a movimentar estudada em todas as suas caractersticas que devem incluir o nome do material constituinte, a sua composio qumica, estado fsico, forma, capacidade, textura, tipo de embalagem, dados de segurana, etiquetas de aviso de perigo, nmero de embalagens e massa total. Onde ? - necessrio conhecer, com preciso, o local da carga e descarga. Quando ? - A data e a hora, assim como as condies meteorolgicas nos locais de carga e

4 descarga. Como ? necessrio que durante a operao, se tenham em conta os documentos oficiais necessrios, tais como, licenas para o transporte ou eventual necessidade de acompanhamento de autoridades oficiais. Durante ? - Quanto tempo ser necessrio para efectuar o transporte e quais os meios humanos e equipamentos necessrios. Em resumo, os principais factores a ter em considerao so os seguintes: - Tipo e caractersticas da carga; - Tipo e importncia da interveno humana; - Nvel da incluso de meios auxiliares de movimentao; - Tipo e importncia da participao de meios mecnicos; - Tipos de energias associadas ao sistema de movimentao de carga; - Tipo e importncia da incluso de meios de comando; - Tipo e importncia da incluso de sistemas inteligentes; - Ritmos e cadncias do sistema de movimentao das cargas.Classificao baseada na carga nominal

Os sistemas de movimentao de cargas incluem no seu grupo os aparelhos que elevam e movimentam cargas cujas massas esto abrangidas pelos limites das suas capacidades nominais. Foi feita uma classificao geral dos aparelhos de elevao e movimentao baseada na NP 38471992 que estabelece a gama de cargas nominais. Com base nesta classificao, entende-se por carga nominal, carga mxima de elevao ou capacidade de carga a carga mxima que o aparelho de elevao pode suspender. Esta classificao d uma primeira indicao da capacidade de um aparelho de elevao.Classificao baseada na F.E.M.

Esta classificao baseada na Terminologia Ilustrada dos Aparelhos de Elevao de Srie que a F.E.M. (Fdration Europenne de la Manutention) publicou em 1960, que aps vrias edies, possui actualmente as seguintes Seces: Seco I - Aparelhos pesados de elevao e movimentao Seco II - Transportadores contnuos Seco III - Transportadores areos ( Telefricos ) Seco IV - Empilhadores Seco V - Gruas mveis Seco VII - Elevadores, escadas rolantes e tapetes rolantes Seco IX - Aparelhos de elevao srie Seco X - Equipamentos e processos de armazenagem O quadro seguinte d-nos uma ideia do tipo de equipamentos pertencentes a cada uma destas seces.

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PRINCIPAIS RISCOS DOS SISTEMAS DE MOVIMENTAO DE CARGASGruas, pontes rolantes, guinchos, diferenciais e outros aparelhos de elevaoTodos os elementos da estrutura, mecanismo, fixao e acessrios dos aparelhos de elevao devem ser de boa construo, de materiais apropriados e resistentes, e ser mantidos em bom estado de conservao e funcionamento. Os ganchos dos aparelhos de elevao devem estar munidos de dispositivos de segurana que impeam a fuga do cabo de suspenso. Os aparelhos de elevao accionados electricamente devem ser equipados com limitadores de elevao que cortem automaticamente a corrente elctrica quando a carga ultrapassar o limite superior do curso que lhe est fixado. Os guinchos dos aparelhos de elevao devem ser concebidos de modo a que a descida das cargas se faa com o motor embraiado e no em queda livre. Todos os aparelhos de elevao devem ser providos de freios calculados e instalados de maneira a poder suportar eficazmente uma carga que atinja, pelo menos, vez e meia a carga autorizada. Os rgos de comando devem ser colocados em locais de fcil acesso, indicar claramente as manobras a que se destinam e ser protegidos contra acionamento acidental Em cada aparelho de elevao accionado automaticamente deve-se apresentar, de forma bem visvel, a indicao da carga mxima admissvel. Deve ser fixada junto do condutor, assim como na parte inferior do aparelho, a indicao dos seus limites de emprego, tendo em conta, especialmente, o valor e posio do contrapeso, a orientao e inclinao da lana, a carga levantada em funo do vo e a velocidade do vento compatvel com a estabilidade. A estabilidade e a ancoragem de gruas e pontes rolantes que trabalham ao ar livre devemser asseguradas tendo em ateno as mais fortes presses do vento, segundo as condies locais e as solicitaes mais desfavorveis resultantes das manobras de carga. Nas extremidades dos caminhos de rolamento de aparelhos de elevao sobre carris devem existir

6 dispositivos de paragem. A elevao e transporte de cargas por aparelhos de elevao devem ser regulados por um cdigo de sinalizao que comporte, para cada manobra, um sinal distinto feito, de preferncia, por movimentos dos braos ou das mos, devendo os sinaleiros ser facilmente identificveis vista. Os aparelhos de elevao devem ser inspeccionados e submetidos a prova por pessoa competente aquando da sua instalao e recomeo de funcionamento aps paragem prolongada ou avaria. Os aparelhos de elevao devem ser examinados diariamente pelo respectivo condutor e inspeccionados periodicamente por qualquer outra pessoa habilitada, variando o perodo que decorre entre as inspeces dos diferentes elementos com os esforos a que estejam submetidos. Os cabos, correntes, ganchos, lingas, tambores, freios e limitadores de curso devem ser examinados completa e cuidadosamente, pelo menos, uma vez por semana. Os condutores dos aparelhos de elevao devem evitar, tanto quanto possvel, transportar as cargas por cima dos trabalhadores e dos locais onde a sua eventual queda possa constituir perigo. Quando seja necessrio deslocar, por cima dos locais de trabalho, cargas perigosas, tais como metal em fuso ou objectos presos a electromanes, deve lanar-se um sinal de advertncia eficaz, a fim de alertar os trabalhadores para abandonarem a zona perigosa. Os condutores dos aparelhos de elevao no os devem deixar sem vigilncia quando estiver suspensa uma carga.

Transportadores pneumticos, por gravidade, de correia, de cadeias, de rolos e de parafusos sem fim.Os elementos carregadores dos transportadores devem ser suficientemente resistentes para suportarem, com toda a segurana, as cargas previstas. O conjunto do mecanismo de transporte deve ser construdo de maneira a evitar o risco de esmagamento entre os rgos mveis e entre estes e os rgos ou objectos fixos Os transportadores areos de acesso frequente devem ser providos de passadios ou plataformas estabelecidos em todo o seu comprimento. Estes passadios ou plataformas devem ter, pelo menos, 0,45 m de largura, ser munidos, de ambos os lados de guarda-corpos e rodaps e manter-se desembaraados de quaisquer materiais ou objectos. Os pavimentos dos passadios ao longo dos transportadores e os das plataformas nos postos de carregamento e descarga no devem ser escorregadios. Os passadios dos transportadores areos e os transportadores que, no sendo completamente fechados, estejam situados em fossas ou ao nvel do pavimento devem ser protegidos por guardacorpos e rodaps adequados. Quando os transportadores no sejam completamente fechados e passem por cima de locais de trabalho ou de passagem, devem instalar-se protectores feitos de chapa ou rede metlica para reterem qualquer material ou objecto susceptvel de cair do transportador. As correias, cadeias, engrenagens e rvores motoras, cilindros tambores ou carretos dos mecanismos dos transportadores devem ser protegidos. Os transportadores accionados mecanicamente devem ser munidos, nos postos de carga e descarga e nos pontos onde se efectue o accionamento mecnico e a regulao das tenses, de dispositivos que permitam travar os rgos motores em caso de emergncia. Os transportadores que elevam as cargas segundo um plano inclinado devem ser providos de dispositivos mecnicos de travagem automtica, para o caso de corte acidental da fora motriz. Quando os objectos ou materiais forem carregados manualmente nos transportadores em movimento, a velocidade destes deve ser suficientemente pequena para que os objectos ou materiais possam ser carregados sem perda de equilbrio. A descarga manual de materiais pensados ou volumosos no deve efectuar-se com os transportadores em movimento, salvo nos locais designados para esse efeito.

7 Quando parte do transportador se situe fora do campo de viso do operador, devem instalar-se sinais acsticos ou luminosos a accionar pelo operador, a ttulo de aviso, antes de pr o mecanismo em movimento. Os transportadores devem ser inspeccionados periodicamente a fim de assegurar que se mantm em bom estado.

Carros de transporte mecnico e manual - empilhadores e carros de moOs carros de transporte manual e os carros de mo devem ser projectados, construdos e utilizados tendo especialmente em ateno a segurana do seu comportamento em servio e serem apropriados para o transporte a efectuar. Se possvel, as rodas devem ser de borracha ou material com caractersticas equivalentes. Os carros manuais devem ser dotados de traves quando se utilizem em rampas ou superfcies inclinadas. Nunca se deve proceder ao carregamento dos carros enquanto estes permanecerem em rampas. As pegas ou vares de empurrar devem dispor de guarda-mos. Os empilhadores devem ser projectados, construdos e utilizados tendo especialmente em ateno a segurana do seu comportamento em servio e, para o efeito, ser dotados de dispositivos de comando e sinalizao adequados. Os comandos de arranque, acelerao, elevao e travagem devem reunir condies que impeam movimentos involuntrios. Os veculos devem dispor de cabina de segurana ou, alternativamente, estar providos de armao de segurana (quadro, arco ou prtico) para salvaguardar o trabalhador em caso de reviramento, capotagem ou empinamento. A indicao da capacidade de carga a transportar deve ser afixada em local bem visvel do veculo. Os carros automotores e reboques devem apresentar, de forma bem visvel, indicao da capacidade mxima de carga. O carregamento deve fazer-se de maneira a baixar, tanto quanto possvel, o centro de gravidade da carga. Os carros em que a descarga se efectue por basculamento devem estar providos de dispositivos que impeam que o mesmo se faa acidentalmente. A velocidade dos meios mecnicos de transporte deve ser condicionada s caractersticas do percurso, natureza da carga e possibilidades de travagem. Os carros automotores e os reboques devem ser munidos de engates automticos concebidos de maneira que no se afastem da via escolhida. Os carros accionados por motores de combusto no devem ser utilizados na proximidade de locais onde se evolem poeiras explosivas ou vapores inflamveis e no interior de edifcios onde a ventilao no seja suficiente para eliminar os riscos ocasionados pelos gases de escape. Quando no estejam em servio, os carros devem ser recolhidos em locais reservados para o efeito, protegidos das intempries e devidamente imobilizados. Os diferentes elementos dos carros devem ser inspeccionados a intervalos regulares pelo pessoal encarregado da conservao, sendo postos fora de servio e devidamente reparados quando for caso disso.

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NOES BSICAS DE AMARRAO, SINALIZAO E MOVIMENTAO DE CARGAS

IntroduoNas indstrias crescente a utilizao de meios de elevao com operao a partir do solo (controle remoto), onde o movimentador tambm operador, ou seja, ele responsvel pelas duas funes. O perigo que tanto o pessoal da produo quanto o pessoal da manuteno operam e movimentam, com isso exercem uma atividade a qual no esto acostumados ou mesmo preparados. A facilidade com que os meios de elevao movimentam a carga engana quanto as situaes de perigo. Pela demonstrao de condies de acidentes tpicos preciso que elas sejam conhecidas e consequentemente evitadas. No setor de transportes, apesar do alto grau de automatizao, ainda existe um grande percentual de trabalho manual, especialmente na movimentao de cargas por meio de talhas, guindastes, etc. que de agora em diante chamaremos de meios de elevao. Meios de elevao, como talhas, facilitam a movimentao de cargas, por meio destes podemos reduzir muito nosso trabalho braal, porm, deveremos usar mais a cabea. O homem ao lado da carga que o movimentador forma uma equipe com o operador do meio de elevao. A atuao do movimentador fundamental para a execuo de uma movimentao com segurana.

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Equipamentos de Proteo Individual (E.P.I.)

Proteo da Cabea

Devido ao risco de se bater a cabea em ganchos, cargas em movimentao ou mesmo objetos parados, o capacete indispensvel em qualquer lugar onde exista a possibilidade de se machucar a cabea. Capacetes devem estar a disposio e tem de ser utilizados.

Proteo dos Ps

Os ps correm perigo constante pois a qualquer instante podem cair objetos sobre os mesmos. Quando o movimentador est prestando ateno carga, ao operador e outras coisas que o cercam ele est sujeito a bater o p em objetos pontiagudos e machuc-los e por isso que necessrio o uso de sapatos com biqueira de ao. Onde existem pregos e outros objetos pontiagudos, que poderiam perfurar a sola, necessrio que se use sapatos com palmilha de ao revestida.

Proteo das Mos

Arames soltos em cabos de ao sempre tm machucado mos de movimentadores assim como farpas de madeira das cunhas e caibros e cantos vivos de cargas, portanto, indispensvel o uso de luvas.

Tabelas de Cargas

As tabelas de carga para os diversos tipos de Lingas que utilizamos completam nosso equipamento de segurana. Com elas podemos definir facilmente qual Linga e de que forma devemos utiliz-las.

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Cronograma Ideal para uma Movimentao

1. Preparao: Conhecer o peso e centro de gravidade de carga; Determinar qual Linga e se necessrio preparar proteo para os cantos vivos; Preparar o local de destino com caibros e cunhas se Necessrio.

2. Informar ao operador o peso da carga. 3. Colocar o gancho do meio de elevao perpendicularmente sobre o centro de gravidade da carga. 4. Acoplar a Linga carga. Se no for utilizar uma das pernas da Linga, acopl-la ao elo de sustentao para que no possa se prender a outros objetos ou cargas. Quando necessrio, pegar a Linga por fora e deixar esticar lentamente. 5. Sair da rea de risco. 6. Avisar a todos os envolvidos no processo de movimentao e a todos que estiverem nas reas de risco. 7. Sinalizar ao operador. A sinalizao deve ser feita por uma nica pessoa. 8. Ao iniciar a movimentao devemos verificar: se a carga no se ganchou ou prendeu; se a carga est nivelada ou corretamente suspensa; se as pernas tm uma carga semelhante.

9. Se a carga pender mais para um lado, abaix-la para prend-la corretamente. 10. Movimentao da carga. 11. No transporte de cargas assimtricas ou onde haja influncia de ventos deve-se usar um cabo de conduo que seja longo o suficiente para que se fique fora da rea de risco. 12. Abaixar a carga conforme indicao do movimentador. 13. Certificar-se de que a carga no pode se espalhar ou tombar. 14. Desacoplar a Linga. 15. Prender os ganchos da Linga no elo de sustentao. 16. Ao levantar a Linga verificar se ela no pode se prender a nada.

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Acessrios do MovimentadorCunha: Devem evitar que a carga escorregue ou se espalhe. As fibras da madeira devem estar no sentido longitudinal da cunha para que elas no possam se quebrar e para que possam ser pregadas quando necessrio. Caibros: Tem a finalidade de manter um vo livre entre a carga e o solo para que a Linga possa ser retirada por baixo da carga e em caso de nova movimentao, para que a Linga possa ser passada por baixo novamente. Puxar a Linga por baixo da carga sem caibros: prejudica a carga prejudica a Linga derruba a pilha possa Num

Por estes motivos, os caibros devem ser grandes o suficiente para que a Linga passar livre por baixo da carga e para suportar o peso sobre eles depositado. estalo, pedaos de caibros trincados podem ter a velocidade de uma bala e sempre ocasionam acidentes. Ao empilhar vigas e chapas grandes por exemplo, jamais devemos usar caibros menos de 8x8 cm. Para evitar de prender os dedos devemos pegar os caibros lateral. Gancho de engate: Fabricado a partir de arame dobrado e com punho possibilita movimentador manter suas mos fora de perigo. Com o gancho de engate podemos, na posio 2, pux-la at um determinado ponto.

com pela

ao

A Carga: Peso e Centro de GravidadeQual o peso da carga a ser elevada? Para responder a esta pergunta existem 4 possibilidades: conhecer, pesar, calcular e supor. O ideal quando a pea tem seu peso indicado (pintura ou plaqueta) para peas prontas e em estaleiros, normatizado que peas acima de uma tonelada tenham seu peso indicado.

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Esta norma deveria ser praxe em qualquer indstria. Fabricantes de mquinas e peas tm se empenhado muito em indicar o peso em suas peas (e cargas). Outra possibilidade de se encontrar o peso so os borders ou ordens de fabricao que deveriam indicar o peso. Quando tivermos que pesar uma carga o ideal que tenhamos uma balana para talhas, de preferncia com leitura digital para facilitar a leitura, ou mesmo talhas com balana embutida com mostrador digital no comando.

Quando essas possibilidades no existem no resta outra alternativa se no calcular ou pedir superviso que calcule o peso. Chutar a pior alternativa, pois somente com muita experincia em peas semelhantes que temos a possibilidade de chegar a um resultado satisfatrio. Se a definio do peso importante, ainda mais a definio do centro de gravidade. Nas peas simtricas esta definio fcil mas em mquinas e peas assimtricas onde o centro de gravidade deslocado, o ideal seria que houvesse uma indicao na mquina, pea ou mesmo embalagem. Se o centro de gravidade desconhecido no se sabe onde alinhar o gancho de elevao. A capacidade de um guindaste de lana depende de quanto se avana a sua lana. Quanto mais distante a carga estiver, menor a capacidade de carga do guindaste. O limitador de carga da mquina no deve ser usado por erros de clculos do operador.

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Qual a Linga para Qual Aplicao?Para movimentar cargas com meios de elevao so utilizados lingas e dispositivos de movimentao. As Lingas so, por exemplo: cabos, correntes, cintas e laos sintticos. Por meio delas que fazemos o acoplamento da carga ao meio de elevao. Dispositivos de movimentao so aqueles que fazem um acoplamento direto ou mesmo atravs de uma Linga carga. So considerados dispositivos de movimentao: ganchos e garras especiais, suportes para eletroims, travesses, etc. A escolha da Linga deveria ser feita pela engenharia de produo ou pelo planejamento, mas na maioria das vezes, quem tem de escolher o prprio movimentador.

Aplicveis so: Cabos de Ao: para cargas com superfcie lisa, oleosa ou escorregadia, assim como laos de cabo de ao com ganchos para aplicao nos olhais da carga. Correntes: para materiais em altas temperaturas e cargas que no tenham chapas ou perfis. Lingas de corrente com gancho podem ser acoplados aos olhais da carga. Cintas e Laos Sintticos: para cargas com superfcies extremamente escorregadias ou sensveis, como por exemplo, cilindros de calandragem, eixos, peas prontas e pintadas. Cordas de Sisal e Sintticas: para cargas com superfcie sensvel, de baixo peso, como tubos, peas de aquecimento e refrigerao ou outras peas passveis de amassamento. Combinao Cabo e corrente: para o transporte de perfis e trefilados. Neste caso a corrente deve ficar na rea de desgaste onde possivelmente existam cantos vivos e o cabo fica nas extremidades exercendo funo de suporte e facilitando a passagem da Linga por baixo das cargas.

No aplicveis so: Cabos de Ao: para materiais com cantos vivos ou em altas temperaturas. Correntes: para cargas com superfcie lisa ou escorregadia. Cintas e Laos Sintticos: para cantos vivos e cargas em altas temperaturas.

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Para o transporte de chapas na perpendicular devemos usar grampos pega-chapa. Desde abril de 1979 obrigatrio que estes ganchos tenham uma trava. A pega (abertura) do grampo deve ser indicada na prpria pea. Para o transporte de chapas devemos usar sempre dois grampos que tenham uma pega compatvel com a espessura da chapa. Os dois grampos so necessrios para que se garanta a estabilidade da carga, pois, se a chapa balana, as ranhuras da garra desgastam rapidamente, podendo se quebrar nos cantos. Antes de movimentar, sempre travar os grampos. Para o transporte de perfis existem diversos tipos de dispositivos de movimentao, os quais nem sempre so dotados de travas que no permitam que a carga se solte. Estes dispositivos so projetados para cargas especficas e s devem ser usados para as quais foram construdos. Tambm para movimentar as chapas na horizontal, devemos usar grampos com trava, pois chapas finas tendem a se dobrar o que pode fazer com que se soltem dos grampos e caiam.

CordasAs cordas so o mais antigo tipo de Linga, que se conhece. Elas so produzidas a partir de fibras que so torcidas, tranadas ou encapadas. Antigamente as fibras que se utilizavam na fabricao de cordas eram fibras naturais como Sisal ou Cnhamo. Hoje estas fibras so substitudas por fibras sintticas como Poliamida, Poliester ou Polipropileno que as vezes so comercializadas com nomes comerciais como nylon, diolen, trevira e outros.

Como diferenciar as diversas fibras:

Uma vez que existem diversos tipos de fibras com diferentes capacidades, necessrio que se saiba qual a fibra para se conhecer sua capacidade de carga.

15 Em cordas, a partir de 3mm de dimetro devemos ter uma filaa de uma determinada cor para identificar a fibra mas, cordas abaixo de 16mm de dimetro, so muito finas e no devem ser utilizadas para movimentao. Em cordas a partir de 16mm deveria haver identificao do fabricante e do ano de fabricao. Por normalizao internacional as cores que identificam as fibras so: Cnhamo ........................................................Verde Sisal ...........................................................Vermelho Cnhamo de Manilha .......................................Preto Poliamida ........................................................Verde Poliester ............................................................ Azul Polipropileno ................................................Marrom A cor verde, para cnhamo e poliamida, no passvel de ser confundida uma vez que o cnhamo tem um acabamento rstico e a poliamida um acabamento muito liso.

Cabos de AoTerminologia PERNA - o agrupamento de arames torcidos de um cabo. ALMA - o ncleo do cabo de ao. Um cabo feito com diversas pernas em redor de um ncleo ou alma. LEITURA - Exemplo: cabo 6 x 19 O primeiro nmero ( 6 ) representa a quantidade de pernas de que constitudo. O segundo nmero ( 19 ) especifica a quantidade de arames que compe cada perna. Portanto, o cabo 6 x 19 tem 6 pernas, tendo cada uma delas 19 fios ou seja um total de 114 fios.

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Classificao quanto a AlmaAF - Alma de fibra (canhamo) maior flexibilidade. AA - Alma de Ao - maior resistncia trao. AACI - Alma de Ao com Cabo Independente: combinao de flexibilidade com resistncia trao. Nota: Os cabos AA (Alma de ao) tem 7,5% de resistncia trao a mais e 10% no peso em relao aos AF (alma de fibra). Toro Toro DIREITA: quando as pernas so torcidas da esquerda para a direita. Toro ESQUERDA: quando as pernas so torcidas da direita para a esquerda.

Toro REGULAR: quando os fios de cada perna so torcidos em sentido oposto toro das prprias pernas (em cruz). Maior estabilidade. Toro LANG: quando os fios e as pernas so torcidas na mesma direo (paralelo). A toro LANG tem por caracterstica o aumento da resistncia abraso e da flexibilidade do cabo.

17 Cabos de ao com alta capacidade de carga so construdos a partir de arames trefilados a frio com uma resistncia de 1770 mm2. Arames individuais so tranados primeiramente para formar uma perna e estas pernas por sua vez so tranadas para formar o cabo de ao. O arame individual fica numa helicoidal dupla, sendo a primeira na perna e a segunda na torcedura do cabo. Com aplicao de carga no cabo feita uma alterao no seu volume, o que se explica pela acomodao das pernas sobre a alma, com isso o dimetro do cabo reduzido. Para apoio das pernas existe, no interior do cabo, uma alma que pode ser feita a partir de fibras naturais, sintticas ou de ao. A alma no tem somente funo de apoio, mas funciona tambm como reservatrio de leo. Quando o cabo solicitado, as pernas comprimem a alma que libera o leo, com isso o atrito dentro do cabo reduzido.

Cabos velhos onde o leo j foi consumido e cabos que trabalham em temperatura que j perderam seu leo por evaporao ainda no perderam resistncia mas, perderam vida til. Por isso devemos periodicamente lubrificar os cabos externamente com leo adequado. Um nico arame rompido de pouca importncia pois logo a frente estar prensado entre outros e ainda contribuindo para a capacidade de carga. Somente quando temos vrios arames rompidos que a capacidade de carga diminui. Aqui, fica demonstrada uma boa caracterstica do cabo de ao. Ele nunca se rompe sem que antes vrios arames se rompam. O cabo de ao, habitualmente, composto de seis pernas e da alma que retm o lubrificante. O cabo assim composto utilizado para Lingas, guindastes ou talhas. Ele tem uma boa deformidade e, portanto, aplicvel para diversas finalidades.

Cabos de ao fabricados em espiral (cordoalhas) ou uma perna simples, no devem ser utilizados para movimentao, pois tem uma estrutura muito rgida e so feitos apenas para tensionamento. O tipo mais flexvel o cabo de ao que composto de diversas pernas e da alma. A alma no interior e a diferena de rea metlica fazem com que num mesmo dimetro, a cordoalha tenha uma maior capacidade de carga que o cabo.

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FlexibilidadeA flexibilidade est condicionada ao nmero de arames que o compe. So os cabos classificados em: a) Pequena flexibilidade: construo 3 x 7, 6 x 7, 1 x 7 (cordoalha); b) Flexveis: construo 6 x 19, 6 x 21, 6 x 25, 8 x 19, 18 x 7; c) Extra flexvel: construo 6 x 31, 6 x 37, 6 x 41, 6 x 43, 6 x 47, 6 x 61.

TiposWARRINGTON - Pernas do cabo construdas com duas bitolas de arames; bastante flexvel e menos resistente ao desgaste, pois os arames mais finos encontram-se na periferia. SEALE - Pernas do cabo construdas com trs bitolas de arame, sendo o cabo menos flexvel da srie, porm mais resistente ao desgaste abraso. FILLER - Pernas do cabo construdas com vinte e cinco arames (seis de enchimento) apresentando boa flexibilidade. COMUM - As pernas do cabo so construdas por um s tipo de arame. um termo intermedirio entre a flexibilidade e resistncia ao desgaste, dos outros tipos acima.

19 Para definir a carga de trabalho de um cabo pelo seu dimetro devemos medi-lo, conforme demonstrado na figura abaixo.

Cabos j utilizados em guindastes ou outros meios de elevao no podem ser utilizados novamente numa composio de Linga. Ele pode ter um grande desgaste interno que no visvel externamente.

Tabela de Dimetros Ideais de Tambores e PoliasSeguem os dimetros ideais das polias ou tambores conforme a formao do cabo:

Resistncia dos Cabos de AoA resistncia terica dos cabos se determina somando-se a resistncia dos arames que o compe, excluindo-se as almas dos mesmos, quer sejam de ao ou de fibra. A carga de ruptura efetiva diminui conforme aumenta o nmero de arames: Exemplos:

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A carga de trabalho de um cabo em movimento 1/5 (umquinto) de sua carga de ruptura mnima. O fator de segurana a relao entre a carga de ruptura mnima e a carga aplicada. Exemplo:

f) Elevadores alta velocidade, fator 10 a 16 Pr-formao: processo de fabricao cuja finalidade a de eliminar as tenses internas e tores inerentes aos arames de alto carbono, utilizados na fabricao de cabos de ao. As pernas dos cabos pr-formados se acomodam na posio Helicoidal que ocupam no conjunto. So as seguintes as vantagens apresentadas pelos cabos pr-formados: a) aumento flexibilidade; b) maior resistncia fadiga de flexo; c) eliminao das tenses internas; d) manuteno na sua posio original dos arames que se quebram, no se desfiando; e) o no desenrolamento das extremidades cortadas.

LaosUm cabo de ao to bom quanto o lao que feito com ele. Laos para formao de olhais so feitos por tranamento ou prensagem. Presilhas de alumnio devem deixar a ponta mostra para controle e devem ter a marca da firma que executou a prensagem, que normalmente composta por duas letras.

21Presilha de alumnio com indicao da firma que executou a prensagem Ns em cabos de ao so estritamente proibidos

A norma DIN 1142 prescreve que somente grampos com porcas auto-travantes e uma grande rea de apoio podem ser utilizados. Todos os grampos devem ser montados de forma que o mordente se prenda a perna portante. No mnimo 3 grampos so necessrios (grampo pesado) para se fazer um lao com cabo de ao fino. Quanto maior o dimetro do cabo mais grampos so necessrios. Laos feitos com grampos devem ser usados apenas para uma nica aplicao, devendo ser desfeitos logo aps a utilizao, para que no sejam utilizadas erroneamente. Grampos construdos conforme DIN 741 (grampos leves) com porcas simples e pequena rea de apoio, no so mais normalizados e no devem ser utilizados para movimentao.

Neste caso 4 grampos so necessrios ( Dimetro do cabo 3/4 )

Pronto para usar. Todos os mordentes esto no cabo portante.

Desmontar imediatamente aps utilizada

Ultimamente a tendncia a de se fazer o olhal flamengo, que feito a partir do prprio cabo. O olhal Flamengo feito abrindo-se a ponta do cabo em duas metades, separando-se as pernas 3 a 3. Uma metade curvada para formar um olhal, e em seguida a outra metade entrelaada no espao vazio da primeira.

Mesmo antes de ser colocada a presilha de ao, o olhal j capaz de suportar uma carga superior carga de trabalho do lao. A presilha de ao especialmente ensaiado e aprovado conforme rigorosa especificao. Principais vantagens do Olhal Flamengo:

22 1. Olhal mais resistente e seguro 2. Carga centrada 3. Presilha de ao de pequenas dimenses e de superfcie lisa

Laos

CintasAs cintas de movimentao so fabricadas a partir de fibras sintticas. Com relao ao seu prprio peso, as cintas tm uma capacidade de carga e no prejudicam a sua superfcie.

Cinta de poliester com etiqueta As cintas de poliester devem ter uma etiqueta azul para que sejam reconhecidas. Elas tm uma boa resistncia quanto luz e calor e tambm cidos solventes. Elas tm tambm uma boa elasticidade,

23 o que faz com que seja o tipo de cinta mais utilizada. Ela s no resiste base e por isso no deve ser lavada com sabo. As cintas de poliamida devem ter uma etiqueta verde de identificao e so resistentes bases. A desvantagem das cintas de poliamida est no fato de que elas absorvem muita gua em ambientes midos o que reduz sua capacidade. Esta acumulao de gua pode tambm fazer com que em dias muito frios ela possa se enrijecer (congelar) e ficar quebradia. Cintas de movimentao feitas de polipropileno (etiqueta marrom) tem uma baixa capacidade de carga, levando-se em conta seu peso prprio, e so pouco flexveis. Mas elas tm uma boa resistncia qumica e so utilizadas em casos especiais. O NYLON a mais forte das fibras sintticas e apresenta uma alta capacidade de absoro de fora, alm de excepcional resistncia a sucessivos carregamentos. Para utilizao de cintas em banhos qumicos, o fabricante deveria ser consultado para maiores esclarecimentos. As formas mais comuns de cintas so: cesto sem fim com olhais sem reforo com olhais reforados com terminais metlicos

No caso de terminais metlicos, eles devem ser feitos de forma que seja possvel passar um pelo outro para que se possa fazer uma laada. Devido ao envelhecimento das fibras, em especial quando usadas ao ar livre ou em banhos qumicos, a data de fabricao das cintas deve estar na etiqueta. Para reduzir o atrito e para evitar cortes nas cintas podemos usar revestimentos com materiais sintticos resistentes, em especial de poliuretano. Normalmente estes de perfis so ajustveis cinta.

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Para utilizao de cintas existem algumas regras especiais:

Quando se eleva uma carga, o ngulo de abertura entre as pontas da cinta no deve ultrapassar 120. Somente cintas com olhais reforados podem ser utilizadas em lao. Para utilizar diversas cintas num travesso todas devem estar numa perna perpendicular para no haver esforo maior numa das pernas. As cargas no podem ser depositadas sobre as cintas para que no sejam danificadas. No se pode dar n nas cintas. Aps utilizao em banhos qumicos, as cintas devem ser neutralizadas e enxaguadas para que no haja concentrao qumica.

Segurana tabm requer InspeoAs cintas devem ser examinadas em intervalos no superiores a duas semanas, quando usadas em levantamentos gerais de diferentes tipos de cargas. 1. Coloque a cinta em uma superfcie plana com rea apropriada. 2. Examine os dois lados da cinta. 3. Cintas tipo Anel devem ser examinadas em todo seu comprimento e permetro. 4. As alas dos olhais devem ser examinadas particular e cuidadosamente. 5. Todo equipamento deve ser examinado somente por uma pessoa, designada para esta inspeo.

10 itens para um levatamento seguro1. No exceder s especificaes do fabricante, nas limitaes de peso e estabilidade. 2. Nunca aplique uma sobrecarga no equipamento de elevao. 3. Uma operao suave e balanceada rende muito mais, alm de evitar desgaste do equipamento e acidentes. 4. Nunca use cintas avarariadas. 5. Posicionar a cinta corretamente na carga, para propiciar uma fcil remoo, aps o uso. 6. No deixe a carga em contato direto com o piso. Coloque calos ao descarreg-la para melhor poder elev-la. 7. No posicione a cinta em cantos agudos ou cortantes. 8. Utilize ganchos com um raio de apoio nunca inferior a 1, de seo lisa e redonda. 9. Evite a colocao de mais de 1 par de cintas, no mesmo gancho. 10. Quando elevar uma carga pesada com mais de uma cinta, verifique se o total do peso est

25 bem distribudo na tenso dos vrtices da cinta.Formas de Levantamento

As cintas elevam e movimentam sua carga em qualquer uma das quatro formas diferentes de levantamento ilustrado. Algumas cintas so especificamente designadas para serem utilizadas em somente um tipo de levantamento.

Correntes para Lingas

Correntes so fabricadas em diversas formas e qualidades. Primeiramente os elos so dobrados e depois soldados. Posteriormente feito o tratamento trmico (correntes de grau) e ensaio de trao. Diversos teste so feitos durante e aps a fabricao para que as correntes sejam certificadas. Durante a produo, alguns elos so dobrados em diversos sentidos para verificar a solda e aps a produo e tratamento trmico, so realizados testes de trao e ruptura. O passo de um elo o seu comprimento interno. Somente correntes que tenham elos com passo igual a 3 vezes o seu dimetro podem ser utilizadas para movimentao e amarrao de cargas. Esta regra se explica pelo fato de que correntes assim construdas, quando aplicadas em ngulos retos, os elos se apoiam nos elos vizinhos, evitando assim que a corrente se dobre.Correntes Soldadas

Comuns, Galvanizadas, Calibradas (Especiais para Talhas)

Correntes Forjadas

Tabela de Medidas e Pesos Aproximados:

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As correntes calibradas tm as medidas exatas, so testadas em mquinas de provas de acordo com a tabela acima e com o coeficiente 2, ou seja, 100% da carga admissvel (carga de segurana).

Lingas de Correntes

Lingas simples - em ao forjado usadas em fundies, Pontes rolantes, Empreiteiros de Construo e para todos os trabalhos onde se tornam necessrios Guindastes para remoo de material, como cargas e descargas de navios e caminhes. Segue tabela de cargas de trabalho.

Lingas de Correntes

Quadro de Cargas de Trabalho

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Lingas Duplas, Triplas, Quadruplas, etc. em Corrente de Ao forjado testadas.

Lingas Combinadas

Para a movimentao de cargas temos alternativas para melhorar a durabilidade, facilitar o manuseio e tambm poupar a carga. Podemos conseguir isso combinando diversos materiais. a) Cabo - corrente - cabo: Usa-se o cabo para passar por baixo da carga. A parte que envolve a carga uma corrente de grau 8 o que, por exemplo, no transporte de trefilados garante uma boa durabilidade e bons custos. b) Corrente com encurtador - cabo.

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Quando o cabo necessrio para que se envolva a carga e precisamos tambm de ajuste no comprimento da Linga, usamos esta combinao. c) Corrente - cintas. As cintas so utilizadas principalmente no transporte de peas acabadas ou semi-acabadas onde a superfcie no pode ser danificada. Com essa combinao temos a vantagem da durabilidade da corrente e da facilidade de substituir a cinta quando necessrio. Fora a possibilidade de ajuste no comprimento da Linga usando garras de encurtamento. d) Corrente - lao sinttico Assim como a cinta, o lao sinttico pode ser conjugado com a corrente e seus acessrios e manter a boa caracterstica do lao que a de poupar a carga de danos superficiais. Em Lingas combinadas devemos atentar para que a plaqueta de identificao seja feita de acordo com a parte mais frgil da Linga. Nunca considerar a carga pelo dimensional da corrente, pois nestes casos normalmente ela est super dimensionada com relao aos outros materiais aplicados.

Capacidade de Carga das Lingas

Aps definir qual tipo de Linga iremos utilizar (cabo, corrente, cinta e combinada) devemos tambm definir o dimensional das mesmas. A carga deve ser transportada sem que a Linga seja sobrecarregada. A capacidade inscrita na plaqueta, tabela ou etiqueta define a massa que pode ser elevada com a Linga. Para definir a carga aplicada na Linga devemos saber: se a carga ser transportada por uma ou mais pernas perpendiculares se a carga ser transportada por duas ou mais pernas em ngulo.

Princpios bsicos: Quando a carga aplicada em uma ou mais pernas perpendiculares e a carga aplicada de forma igual sobre as pernas, podemos somar as capacidades das mesmas. Quando a carga no aplicada igualmente sobre as pernas, devemos contar com a capacidade de apenas duas. Quando a Linga forma um ngulo diminumos a capacidade de cada perna. Quanto maior a angulao, menor a capacidade e, portanto, maior a Linga a ser utilizada.

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ngulo maior que 60

ngulo de trabalho no permissvel. Como ngulo de trabalho,

A carga pende para um lado por isso

30entendemos o ngulo que se forma numa perpendicular a lateral da carga e Linga. a angulao de trabalho das pernas diferenciada.

Com a utilizao de tabelas de carga e o conhecimento dos ngulos podemos sempre escolher a Linga correta. Obs.: ngulos acima de 60 no so permitidos. Quando uma carga assimtrica seu centro de gravidade est deslocado e portanto uma perna mais solicitada que a outra. Portanto nesses casos devemos usar uma Linga onde uma perna suportaria toda a carga.

A capacidade de carga definida pela angulao de trabalho

Exemplos de Tabelas

31 Cargas de Trabalho do Olhal Flamengo Tipo C CABO 6 X 25 FILLER + AF CIMAX FATOR DE SEGURANA 5:1

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Observaes1) As cargas de trabalho dos Olhais Flamengo dobrados so baseados em dimetros de curvatura mnimos de 8 a 10 vezes o dimetro do cabo. Se esse dimetro for menor, deve-se aumentar o fator de segurana. 2) Para dimenses diferentes dos olhais e outros dimetros consultar o Fabricante

Cargas de Trabalho dos Laos com Olhais Tranados Tipo T

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Observaes1) Normalmente so fabricados laos com olhais tranados com cabos de dimetro acima de 38,0mm 2) As cargas de trabalho dos laos dobrados so baseadas em dimetros de curvatura mnimos nos pontos de contato das cargas, de 8 a 10 vezes o dimetro do cabo.

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Observaes

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As cargas de trabalho dos Laos Sem Fim (Grommets) so baseadas em dimetros de curvatura mnimos nos pontos de contato das cargas, de 8 a 10 vezes o dimetro do cabo.

Modos de Movimentao

Para efeito de clculos usamos, como exemplo, sempre Lingas que comportam 1000Kg por perna. corrente 10mm grau 2 cabo de ao 12mm corda de polipropileno 24mm corrente 8mm grau 5 corrente 6mm grau 8 Devemos demonstrar com isto o quanto a carga pode pesar em cada modo de operao.

A movimentao com Lingas de uma perna mais simples. A carga pode ser igual a capacidade de carga da perna

A movimentao com Lingas de duas pernas. Quanto maior a angulao menor a capacidade de carga da Linga pois as foras resultantes so crescentes (veja tabela).

Linga em cesto perpendicular carga pode ter o peso igual a capacidade de quatro pernas independentes somadas. Mas isso somente se o dimetro da pea for grande o suficiente e no houver cantos vivos. S pode ser usada quando no houver risco da carga escorregar

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Dois laos em perpendicular, por causa da fora aplicada no lanamento. Devemos contar com apenas 80% da capacidade da carga

Cesto duplo com angulao: por causa da angulao no podemos contar com a capacidade de 4 pernas individuais (4x700kg). Quando temos Lingas de quatro pernas podemos apenas contar como se fossem trs pernas portanto, a menos que se tenha certeza de que as quatro pernas estejam igualmente carregadas.

Dois laos com angulao: a carga est depositada em duas pernas. Devemos consultar a tabela e ver qual o dimetro e qual a angulao temos e posteriormente descontar 20% da capacidade de carga por causa do laamento.

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Se utilizarmos uma Linga em cesto onde as extremidades esto presas a um nico elo de sustentao onde a corrente trabalhe sem dobras ao redor da carga e com uma angulao inexpressiva. Podemos calcular com a capacidade de cada perna como cheia.

Se utilizarmos uma Linga em cesto ou em lao devemos contar com apenas 80% de sua capacidade de carga por causa da dobra que feita no laamento.

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Se utilizarmos uma Linga em cesto sem fim onde a corrente trabalhe sem dobras ao redor da carga e com uma angulao inexpressiva. Devemos contar com 80% da capacidade da carga de suas pernas uma vez que ela trabalha dobrada sobre o gancho.

Se utilizarmos uma Linga sem fim em lao, devemos contar tambm com apenas 80% da capacidade de suas pernas uma vez que ela sofre dobramentos no lao e no gancho.

Movimentao com TravessesCom travesses podemos fazer movimentaes mesmo com pouca altura de elevao, evitando total ou parcialmente a angulao das pernas. As cargas abaixo do Travesso devem ser presas de tal forma que no possam se dobrar e cair (carga ou peas individuais). Devemos considerar como nica desvantagem do Travesso o seu prprio peso, pois quanto maior seu peso menor o peso que poderemos transportar, devido a limitao do meio de elevao.

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Se utilizarmos Travesses e a carga no for alinhada em seu centro a carga pende e pode escorregar e cair

Movimentao com angulao invertida, as Lingas podem escorregar por baixo da carga

Modo correto

Em Travesses com dois pontos de fixao superior, se a carga alocada mais para um lado, esta carga s estar sendo suportada em uma das fixaes superiores do Travesso

A carga est no centro, as duas fixaes superiores esto igualmente carregadas

Como se Assegurar que a Carga no se SoltePossibilidades de acidentes nunca podem ser descartadas. A Linga pode se soltar do gancho do meio de elevao, ou mesmo o gancho da Linga, pode se soltar da carga.

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Travas adequadas nos ganchos do meio de elevao e do Travesso impedem que a carga possa se soltar

Uma trava de segurana se faz necessria sempre que exista possibilidade de acontecer que a carga se solte involuntariamente. Quando se usar garras especiais, ganchos especiais ou mesmo laos de cabo de ao curtos e rijos, existe a possibilidade de com uma oscilao, a carga se soltar do gancho ou de o anel de sustentao da Linga se soltar do gancho do meio de elevao. Por isso necessrio que, nesses casos, sejam utilizados ganchos com travas de segurana.

Quando a corrente no est tracionada os ganchos se soltam

Colocar os ganchos de dentro para fora, se possvel usar ganchos com travas

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Os ganchos devem ser passados pelos olhais ou pontos de amarrao da carga de modo que no possam se soltar mesmo quando a Linga estiver frouxa. Para isso, devemos sempre passar o gancho de dentro para fora.

Gancho para correntes com trava em ponto de amarrao

Enganchar amarraes de arame risco de vida

Os ganchos no podem ser passados por olhais muito estreitos.

42 Eles devem estar livres dentro do olhal para que o tensionamento no seja feito em sua ponta pois desta forma ele abriria e escaparia do olhal.

aconselhvel a instalao de pontos de amarrao especiais em peas ou mquinas que so continuamente movimentadas, para que se tenha sempre um bom ponto de fixao. Pontos de amarrao so fabricados em diversas dimenses e podem ser aparafusveis ou soldveis. terminantemente proibido usar amarraes de arame como ponta de amarrao. Estas amarraes so muito utilizadas em fardos de telas de arame e etc. Para movimentar fardos, devemos utilizar ganchos especficos ou pequenos estropos de cabo de ao. No tratamento de semi-acabados enfardados devemos verificar se no existem peas mais curtas sobre ou entre a carga que possam se soltar e cair, o que inadmissvel. Peas soltas com 5 a 6 Kg a mais de 4 metros de altura so risco de vida. Grampos pega-chapas devem sempre estar travados e trabalhando dentro de sua capacidade.

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Comunicao entre Operador e MovimentadorA movimentao de carga normalmente uma operao que envolve mais de uma pessoa, ou seja, um trabalho de equipe. Quando temos mais de um movimentador, que est envolvido no processo de movimentao, um deles dever ser eleito para sinalizar ao operador. Ele ser responsvel pela operao e somente ele pode sinalizar aps verificar se os outros movimentadores deixaram a rea de risco e se a Linga est bem colocada. Ambos os movimentadores sinalizam ao operador, porm com diferentes intenes. Neste caso o operador no deve fazer nada

Este o procedimento correto, apenas um movimentador sinaliza ao operador. Apenas aquele escolhido antes do processo de movimentao em conjunto com o operador.

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A comunicao entre operador e movimentador pode ser feita atravs de: sinalizao com as mos; comunicao verbal (somente quando o operador estiver prximo e possa ouvi-lo); rdio-comunicao; sinalizao tica ou sonora. Para evitar acidentes devemos ter certeza de que a sinalizao utilizada pelo movimentador tambm a que o operador entende. Para a sinalizao manual os sinais das tabelas a seguir tem se mostrado muito eficientes. Podemos ter variaes destes sem problemas contanto que a linguagem utilizada seja compreendida pelos envolvidos. Sempre deixar a rea de risco antes de sinalizar ao operador.

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Sinais VisuaisSo usados entre o sinaleiro e o operador para comando dos diversos movimentos necessrios para o embarque, desembarque e movimentao de cargas, conforme a seguir: 1. Incio de Operao Sinaleiro se identifica para o operador como o responsvel pela emisso de sinais. SINAL: Com o brao esquerdo junto ao corpo e antebrao direito na horizontal, com a palma da mo virada para o operador, em posio de continncia, sada o operador.

2. Translao do Guindaste (prtico) Sinaleiro ficar de frente para a cabine do operador e indicar o lado para o qual deseja a translao do equipamento. SINAL: Com o brao esquerdo junto ao corpo, e o brao direito com a mo aberta, esticada na horizontal indica a direo.

3. Movimento do Carrinho (Trolei) Sinaleiro ficar de frente para o Norte e a direita do mar. SINAL: Com o brao esquerdo junto ao corpo e o brao direito esticado na horizontal, com o dedo indicador mostrar a direo.

46 4. Subir os Ganchos Indica a subida simultnea dos dois ganchos. SINAL: Com os braos erguidos, os dedos indicadores girando sempre no sentido horrio.

5. Abaixar os Ganchos Indica a descida simultnea dos dois ganchos. SINAL: Com os braos para baixo e os dedos indicadores girando sempre no sentido anti-horrio.

6. Abaixar o Gancho N 2 SINAL: Com o brao esquerdo erguido, com os dois dedos (indicador e mdio) determinando o gancho n 2, e o brao direito para baixo, com o dedo indicador girando sempre no sentido anti-horrio.

47 7. Subir o Gancho N 2 SINAL: Com o brao esquerdo erguido, com os dois dedos (indicador e mdio) determinando o gancho n 2, com o brao direito para cima, com o dedo indicador fazendo pequenos movimentos circulares no sentido horrio.

8. Abaixar o Gancho N 1 SINAL: Com a mo esquerda levantada, com o dedo indicador apontado para cima, indicando o gancho n 1. O brao direito para baixo, com o dedo indicador apontando para baixo, realizando pequenos movimentos circulares, determinando o abaixamento.

9. Subir o Gancho N 1 SINAL: Com a mo esquerda levantada, com o dedo indicador apontando para cima, determina o gancho n 1. O brao direito para cima, com o dedo indicador apontando para cima e efetuando pequenos movimentos circulares no sentido horrio, determina a elevao.

48 10. Movimentos Lentos Pequenos movimentos devero ser antecipados por este sinal nas atividades de translao, direo, elevao, iamentos, arriamento, aproximao, etc. SINAL: Com os dois dedos, indicador e polegar direitos, aproximam-os, imitando o movimento de abrir e fechar.

11. Parada de Emergncia Este sinal de parada de emergncia. Qualquer pessoa pode fazer este sinal, mesmo sem autorizao do sinaleiro. No pode ser feito nenhum movimento com o equipamento. SINAL: A pessoa dever cruzar os antebraos, com as mos abertas altura do rosto.

12. Sinal de Espera Este sinal de parada e espera sem nenhum movimento com o equipamento a no ser com a autorizao do sinaleiro. SINAL: O Sinaleiro cruza os braos, com as mos abertas, altura da cintura.

49 13. Fechar a Lana do CG O sinaleiro se posiciona com o lado direito no sentido de abertura da lana. Com os dois antebraos erguidos para frente, com o polegar esquerdo indicando para a direita, e com o polegar direito indicando para a esquerda, determina o fechamento.

14. Abrir a Lana do CG O sinaleiro se posiciona com o lado direito no sentido de abertura da lana. Com os dois antebraos erguidos para frente, com as mos fechadas, com o polegar esquerdo indicando para a esquerda e com o polegar direito indicando para a direita.

15. Giro da Coluna do CG Com o brao esquerdo junto do corpo, com o antebrao direito erguido para frente, com os dedos indicador, mdio, anular e mnimo fechados, com o polegar erguido, indica o sentido de giro com meia volta do dedo ao redor do prprio corpo.

50 16. Trmino de Tarefa Este sinal de trmino de tarefas. Com os braos cados, o sinaleiro os move horizontalmente, com as palmas das mos voltadas para baixo.

Finalizao da Movimentao

O movimentador s pode sinalizar, para que a carga seja depositada, aps ter verificado se todos os envolvidos (ou no) estejam fora da rea de risco. Acidentes sempre acontecem quando o movimentador tenta rapidamente, enquanto a carga desce, preparar ou limpar a rea de destino, e acaba tendo o dedo esmagado ou pior. Quando temos que ajeitar a carga ou estabiliz-la, no devemos faz-lo com as mos, mas sim, por meio de acessrios como ganchos e engates ou cabos. Se a carga, ao ser depositada, deve ser ajeitada manualmente, no podemos ficar entre ela e obstculos fixos, pois mesmo quando movimentada com a mo, ela tem uma energia potencial to grande que, depois de movimentada, no podemos par-la com nossa fora. Ao depositar a carga devemos observar, para que tenhamos uma base que facilite a retirada da Linga por baixo da carga, utilizando caibros por exemplo. Se o material for redondo, devemos nos assegurar de que ele no possa rolar.

AcessriosSapatilhas protetoras tipo pesado

Especialmente dimensionadas para evitar a deformao e o desgaste do cabo nos olhais do superlao.

51Sapatilhas compactas

Normalmente utilizadas na fixao dos cabos de ao de pontes rolantes ou guindastes.

Estribos protetores especiais

Fabricados com material de alta resistncia. Evitam a deformao e o desgaste do cabo nos olhais do superlao. Proporcionam proteo de olhais padres ou de dimenses especiais, podendo ainda ser reaproveitados na troca do superlao. Dimensionados para entrar diretamente no gancho da ponte rolante ou guindaste.

Anis tipo pra

Fabricados com ao carbono e submetidos a uma carga de prova superior em 50% respectiva carga de trabalho, garantindo mxima segurana na sua utilizao.

Aneles

Fabricados com ao carbono e submetidos a uma carga de prova superior em 50% respectiva carga de trabalho. Podem ser aplicados em quaisquer dos conjuntos apresentados.

52Ganchos forjados com olhal

Forjados em ao carbono. Submetidos a uma carga de prova superior em 50% sua carga de trabalho, para maior segurana. Obs.: Podem ser encontrados com trava de segurana.

Ganchos corredios

Forjados em ao de alta resistncia, tendo um canal redondo para o cabo poder deslizar. Fixam a carga evitando a deformao e o desgaste do cabo.

Manilhas forjadas

Forjadas em ao carbono. Podem ser fornecidas com pino rosqueado ou contrapinado. Fcil colocao nos olhais dos superlaos ou fixao nas cargas a serem iadas.

Grampos pesados

Grampos pesados. Ideais para fixao de cabos de ao ou formao de olhais em cabos de ao para iamento de cargas.

Aplicao correta de grampos em laos.

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Soquetes abertos

Fabricados com ao carbono e submetidos a uma carga de prova de 40% da carga de ruptura mnima efetiva do cabo de ao, que corresponde a duas vezes a carga de trabalho.

Soquetes fechados

Fabricados com ao carbono e submetidos a uma carga de prova de 40% da carga de ruptura mnima efetiva do cabo de ao, que corresponde a duas vezes a carga de trabalho.

54Soquetes de cunha

Utilizados para fixao de cabos de ao, permitindo posterior regulagem no comprimento.

Esticadores forjados

55Garras

Fixao de Cabos de Ao, Correntes e Cordas

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Ponte rolanteNassar classifica uma ponte rolante como sendo uma mquina de elevao do tipo guindaste de ponte (ponte rolante) e ainda afirma que os principais equipamentos que fazem parte das mquinas de elevao so os seguintes: guindaste, ponte rolante, elevador e guincho. No Brasil a norma da ABNT que rege o projeto e a construo de mquinas de elevao a NBR 8400 - Clculo de Equipamentos para Elevao e Movimentao de Carga - de 1984. Tamasauskas afirma que so necessrios os seguintes dados tcnicos para o desenvolvimento de um projeto de uma ponte rolante: objetivo do equipamento, classificao dos mecanismos e estruturas conforma a norma NBR 8400, tenso eltrica de alimentao, ambiente de trabalho, sistemas de controle de rotao dos motores eltricos, carga til, tipo do controle de movimentos, dispositivo de fixao da carga, vo, altura de elevao, velocidades dos movimentos, comprimento do caminho de rolamento, disponibilidade fsica e dimensional do local de operao do equipamento e intermitncia (%) e classe de partida para os motores eltricos, conforme a norma NBR 8400.

ComponentesPonte

a estrutura principal que realiza o movimento de translao (movimento de profundidade dentro de um barraco, por exemplo) da ponte rolante que cobre o vo de trabalho. Uma ponte rolante constituda por duas cabeceiras e uma uni-viga ou dupla-viga.

57Cabeceiras

Esto localizadas nas extremidades da viga. Nas cabeceiras esto fixadas as rodas, uma das quais geralmente acionada por uma caixa de engrenagem, que por sua vez acionada por um motor eltrico, o que permite o movimento de translao da ponte rolante. Estas rodas se movem por sobre os trilhos que compem o caminho de rolamento.

Viga(s)

a viga principal da ponte rolante. Quando o projeto da ponte rolante utiliza apenas uma viga tem-se uma ponte chamada de uni-viga, e quando o projeto da ponte rolante utiliza duas vigas temse uma ponte chamada de ponte dupla-viga. Sobre ou sob esta viga, dependendo do tipo de ponte rolante desloca-se o carro da talha.

Carro da tralha

O carro da talha composto pelo carro trolley e pela talha.

58Trolley

O carro trolley movimenta a talha por sobre a viga da ponte rolante. Geralmente o movimento do carro trolley realizado por um motor eltrico que aciona uma caixa de engrenagem por meio de um conjunto de correia e polia.

Talha

A talha montada no carro trolley e resposvel pelo movimento de elevao da ponte rolante. Geralmente a talha utiliza um cabo de ao para levantar um bloco de gancho ou dispositivo de elevao. Para parar o movimento de elevao utilizado um motor eltrico com freio chamado de motofreio.

Caminho de rolamento

Tipos de equipamentos

Ponte rolante apoiadaA viga da ponte rolante corre por cima dos trilhos do caminho de rolamento. Estes trilhos so sustentados pelas colunas de concreto do prdio ou, no caso do projeto do prdio no ter previsto a instalao de uma ponte rolante, colunas de ao especialmente fabricadas para a estrutura do caminho.

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Ponte rolante suspensaA viga da ponte rolante corre por baixo dos trilhos das vigas do caminho de rolamentos.Estes trilhos so sustentados pelas colunas de concreto do prdio ou, no caso do projeto do prdio no ter previsto a instalao de uma ponte rolante, colunas de ao especialmente fabricadas para a estrutura do caminho.

Ponte rolante uni-vigaA ponte rolante constituda por duas cabeceiras, uma nica viga e um ou dois carros trolley que sustentam a(s) talha(s). O carro trolley corre na flange inferior da viga da ponte rolante.

Ponte rolante dupla-vigaA ponte rolante constituda por duas cabeceiras, duas vigas e um ou dois carros trolley que sustentam a(s) talha(s). O carro trolley corre em trilhos que so fixados na parte superior da viga da ponte rolante.

60 Controle dos movimentosBotoeira pendente

A botoeira pendente a forma mais tradicional de controlar os movimentos de uma ponte rolante. Entretanto, como a botoeira pendente ligada ao painel eltrico da ponte rolante atravs de um cabo, ela pode contribuir para: aumentar o risco da operao (devido a proximidade do operador com a carga que est sendo movimentada), diminuir a produtividade (o operador pode ter dificuldade em se movimentar por entre mquinas e materiais, pois est preso a ponte rolante pela botoeira pendente) e aumentar os custos de manuteno (pois o cabo est sujeito a enroscar em algo e a botoeira pendente est sujeita a golpes e pancadas).

Controle remoto

Outra maneira de controlar os movimentos de uma ponte rolante atravs do uso de um controle remoto via rdio frequncia. Este tipo de equipamento composto por um receptor de rdio frequncia conectado eletricamente ao painel da ponte rolante, um transmissor porttil para seleo dos movimentos, carregador de baterias e bateria (qumica). O uso do controle remoto via rdio frequncia oferece algumas vantagens sobre a botoeira pendente:

O transmissor do controle remoto porttil, assim, assegura um melhor posicionamento do operador em relao a carga que est sendo movimentada, ou seja, mais segurana na operao da ponte rolante. O controle remoto permite que o operador se posicione a uma distncia segura do receptor que est conectado ao painel da ponte rolante, ou seja, o operador pode escolher a melhor e mais eficiente rota dentro da configurao de instalao de fbrica para se locomover, aumentando a produtividade. Com o uso do controle remoto, a botoeira pendente pode ser retirada ou pode continuar instalada atuando como reserva do controle remoto. Em ambos os casos o desgaste dos cabos ser mnimo, reduzindo os custos de manuteno da ponte rolante.

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Outra maneira de controlar os movimentos da uma ponte rolante atravs de uma cabine de operao que localizada na prpria ponte rolante. Este tipo de controle utilizado quando o ambiente abaixo da ponte muito agressivo e/ou quando o operador precisa visualizar a operao pelo alto, como, por exemplo, a movimentao de um container (transporte).

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Referncias1. NASSAR, Wilson Roberto. Mquinas de Elevao e Transportes. Universidade Santa Ceclia, Santos.

2. TAMASAUSKAS, Arthur. Metodologia do Projeto Bsico de Equipamento de Manuseio e Transporte de Cargas - Ponte Rolante - aplicao No-Siderrgica. 2000. Mestrado em Engenharia Mecnica. Escola Politcnica da Universidade de So Paulo, So Paulo 3. http://www.automatica-e.com/controle-remoto-ponte-rolante.html 4. FACTOR SEGURANA LTDA. Publicaes: Tecnometal n154 (Setembro/ Outubro de 2004) Kramica n 275 (Novembro/ Dezembro de 2005)