levantamento da fauna de pselaphinae latreille (1802...

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i UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ LUCIANO PEREIRA DE OLIVEIRA LEVANTAMENTO DA FAUNA DE PSELAPHINAE LATREILLE (1802) (COLEOPTERA: STAPHYLINIDAE) EM DIFERENTES FRAGMENTOS DE MATA ATLÂNTICA E CABRUCA DO SUL DA BAHIA, BRASIL ILHÉUS, BA 2014

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i

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

LUCIANO PEREIRA DE OLIVEIRA

LEVANTAMENTO DA FAUNA DE PSELAPHINAE LATREILLE (1802)

(COLEOPTERA: STAPHYLINIDAE) EM DIFERENTES FRAGMENTOS DE MATA

ATLÂNTICA E CABRUCA DO SUL DA BAHIA, BRASIL

ILHÉUS, BA

2014

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LUCIANO PEREIRA DE OLIVEIRA

LEVANTAMENTO DA FAUNA DE PSELAPHINAE LATREILLE (1802)

(COLEOPTERA: STAPHYLINIDAE) EM DIFERENTES FRAGMENTOS DE MATA

ATLÂNTICA E CABRUCA DO SUL DA BAHIA, BRASIL

Dissertação apresentada para obtenção do

título de Mestre em Zoologia à Universidade

Estadual de Santa Cruz. Área de concentração:

Utilização e Conservação de Animais.

Orientador: Prof. Dr. Anibal Ramadan Oliveira

Co-orientador: Dr. Giulio Cuccodoro

Colaborador: Dr. Sergey Kurbatov

ILHÉUS, BA

2014

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LUCIANO PEREIRA DE OLIVEIRA

LEVANTAMENTO DA FAUNA DE PSELAPHINAE LATREILLE (1802)

(COLEOPTERA: STAPHYLINIDAE) EM DIFERENTES FRAGMENTOS DE MATA

ATLÂNTICA E CABRUCA DO SUL DA BAHIA, BRASIL

Ilhéus, 23 de outubro de 2014

____________________________________________

Anibal Ramadan Oliveira - DS

DCB/UESC

(Orientador)

____________________________________________

Ivan Cardoso do Nascimento - DS

DCB/UESB

____________________________________________

Sébastien Lacau – DS

DEDI/UESB

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iv

Dedico este trabalho a Lorena Leite de Oliveira Silva por me ensinar, na prática, o verdadeiro

significado de “lutar com Fé” diante às adversidades que a vida nos impõe.

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v

AGRADECIMENTOS

Com breves palavras gostaria de agradecer a aquelas pessoas que, direta ou

indiretamente, contribuíram para a realização deste trabalho.

Em especial à minha família por estar sempre ao meu lado.

Ao Dr. Anibal Ramadan Oliveira pelo exemplo de profissionalismo, paciência e

conselhos valiosos que servirão para me guiar em qualquer direção que eu seguir.

Ao Dr. Giulio Cuccodoro, do Museu de História Natural de Genebra, além de todo o

suporte fundamental para este trabalho, por ter me apresentado esses insetos tão minúsculos e

surpreendentes ao mesmo tempo e por ceder as fotos utilizadas nesse trabalho.

Ao Dr. Sergey Kurbatov, do Museum of Entomology, All-Russian Plant Quarantine

Center, pela valiosa colaboração e confirmação das identificações, e por me mostrar o quanto

esses insetos nos deixa á beira da fascinação quando nos deparamos a tamanha diversidade.

Ao Dr. Jacques Delabie por sempre estar disposto a ajudar direta ou indiretamente.

À graduanda Mytalle Fonseca pela colaboração em todas as etapas desse trabalho.

Ao Dr. Alfred Newton e sua esposa Margaret Thayer, do Field Museum of Natural

History, USA, pelas valiosas informações e por estarem sempre à disposição para ajudar.

Ao Dr. Ivan Löbl pelas importantes informações e grandes conselhos.

A Mickäel Blanc, do Museu de História Natural de Genebra, pela ajuda

imprescindível.

Ao Dr. Rodolfo Mariano por sempre estar disposto a ajudar a todos no laboratório.

Ao Programa de Pós-graduação em Zoologia da UESC.

À FAPESB pelo financiamento concedido.

E por fim, porém não menos importante, agradeço á todos os amigos que sempre

estiveram ao meu lado em todos os momentos difíceis e alegres durante todo o curso e agora

para sempre.

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LEVANTAMENTO DA FAUNA DE PSELAPHINAE LATREILLE (1802)

(COLEOPTERA: STAPHYLINIDAE) EM DIFERENTES FRAGMENTOS DE MATA

ATLÂNTICA E CABRUCA DO SUL DA BAHIA, BRASIL

RESUMO

Pselaphinae é uma subfamília cosmopolita de pequenos besouros estafilinídeos predadores

(medindo entre 0,5 e 5,5 mm de comprimento total), mais diversos nos trópicos, com olhos

compostos com apenas alguns omatídeos, antenas com no máximo 11 segmentos, palpos

labiais com no máximo três segmentos e élitros reduzidos. São comumente encontrados no

solo e na serapilheira em decomposição de florestas, em gramíneas, musgo e outros

microhabitats. Cerca de 10.000 espécies são conhecidas no mundo. Desse total, 389 tem sua

ocorrência registrada exclusivamente no Brasil, com 99 delas relatadas no estado da Bahia. O

presente estudo teve como objetivos: (1) apresentar uma lista de tribos, famílias e gêneros de

Pselaphinae que ocorrem no sul da Bahia, (2) estimar a diversidade de Pselaphinae na região e

seu potencial para investigações taxonômicas futuras e (3) descrever ao menos uma espécie

nova de Pselaphinae. Trezentos e vinte e oito espécimes de Pselaphinae foram determinados,

em 12 tribos e 30 gêneros. As tribos identificadas foram: Arhytodini, Clavigerini, Batrisini,

Brachyglutini, Bythinoplectini, Euplectini, Goniacerini, Jubini, Phalepsini, Proterini,

Trogastrini e Tyrini. A captura média de Pselaphinae por amostra foi de 0,6 no campus da

UESC, 0,5 na Fazenda Santa Luzia, 0,3 na área da CEPLAC e 0,2 na Reserva do Conduru,

Serra Grande, BA. A abundância total teve variação de 21 a 168 indivíduos entre os locais de

coletas. O gênero mais abundante foi Jubus, com 73 indivíduos encontrados, seguido de

Sebaga, com 58 indivíduos. Uma nova espécie do gênero Paragoniastes foi descrita e uma

chave de indetificação para as especies de Paragoniastes foi apresentada.

Palavras-chave: besouros, solo, serrapilheira, identicação, cacau

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vii

SURVEY OF THE FAUNA OF PSELAPHINAE LATREILLE ( 1802)

(COLEOPTERA: STAPHYLINIDAE) IN DIFFERENT ATLANTIC FOREST

FRAGMENTS AND CABRUCA OF SOUTHERN OF BAHIA , BRAZIL

ABSTRACT

Pselaphinae is a cosmopolitan subfamily of small predatory staphylinid beetles (measuring

between 0.5 and 5.5 mm in total length), with compounds eyes with few ommatidia, antennae

with at most 11 segments, labial palps with at most three segments and reduced elytra. They

are commonly found in the soil and decaying leaf litter in forests, grasses, moss, and other

microhabitats. About 10,000 species are known worldwide. From this total, 389 have been

recorded exclusively in Brazil, with 99 of them reported in the state of Bahia. This study

aimed to: (1) to present a list of tribes, families, and genera of Pselaphinae that occur in the

southern Bahia, (2) to estimate the Pselaphinae diversity in the region and its potential for

future taxonomic research and (3) to describe at least one new species of Pselaphinae. Three

hundred twenty eight Pselaphinae were determined, in 12 tribes and 30 genera. The tribes

identified were: Arhytodini, Clavigerini, Batrisini, Brachyglutini, Bythinoplectini, Euplectini,

Goniacerini, Jubini, Phalepsini, Proterini, Trogastrini and Tyrini. The average capture of

Pselaphinae per sample was 0.6 in the campus of UESC, 0.5 at Fazenda Santa Luzia, 0.3 in

the area of CEPLAC, and 0.2 in Reserve of Conduru, Serra Grande, BA. The total abundance

variated from 21 to 168 individuals between the collection sites. The most abundant genus

was Jubus, with 73 individuals found, followed by Sebaga, with 58 individuals. A new

species of the genus Paragoniastes was described and an indetificação key to the species of

Paragoniastes was presented.

Palavras-chave: beetles, soil, litter, identification, cocoa

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viii

SUMÁRIO

RESUMO.............................................................................................................. vi

ABSTRACT.......................................................................................................... vii

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 1

2 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................... 3

Estudo sobre Pselaphinae no Brasil................................................................... 3

3 LEVANTAMENTO DE GENEROS E ESPÉCIES DE PSELAPHINAE

LATREILLE (1802) (COLEOPTERA: STAPHYLINIDAE) EM

DIFERENTES FRAGMENTOS DE MATA ATLÂNTICA E CABRUCA

DO SUL DA BAHIA, BRASIL.............................................................................. 9

Resumo..................................................................................................................... 9

Abstract.................................................................................................................... 10

Introdução............................................................................................................... 11

Material e método................................................................................................... 11

Resultados e Discussão........................................................................................... 15

Resultados das identificações................................................................................... 18

Taxa identificados neste trabalho.............................................................................. 18

ARHYTODINI......................................................................................................... 18

CLAVIGERINI......................................................................................................... 19

BATRISINI............................................................................................................... 19

BRACHYGLUTINI.................................................................................................. 22

BYTHINOPLECTINI…………………………………………………………....... 23

EUPLECTINI........................................................................................................... 25

GONIACERINI........................................................................................................ 25

JUBINI...................................................................................................................... 27

PHALEPSINI……………………………………………………………………… 33

PROTERINI.............................................................................................................. 34

TRICHONYCHINI………………………………………………………………... 34

TROGASTRINI........................................................................................................ 35

TYRINI..................................................................................................................... 36

Referencias Bibliográficas………………………………………………………… 37

4 Uma nova espécie do gênero Paragoniastes (Staphylinidae,

Pselaphinae) de Camacan, Bahia, Brasil............................................ 47

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ix

Resumo..................................................................................................................... 47

Abstract.................................................................................................................... 47

Introdução............................................................................................................... 47

Material e métodos.................................................................................................. 47

Taxonomia............................................................................................................... 48

Chave para as espécies de Paragoniastes................................................................. 50

Referencias Bibliográficas........................................................................................ 50

5 Anexo I: On the Genus Paragoniastes Comellini, 1979, with Description of a

New Species from Ilhéus, Brazil (Coleoptera, Staphylinidae,

Pselaphinae)............................................................................................................. 52

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1

1 INTRODUÇÃO

Considerada atualmente como uma subfamília de Staphylinidae (Insecta: Coleoptera),

os Pselaphinae formam um grupo especialmente diversificado nos trópicos, apresentando dez

mil espécies descritas em todo o mundo (NAOMI, 1985; NEWTON; CHANDLER, 1987;

THAYER, 1987; COSTA et al 2006). São insetos pequenos, geralmente variando entre 0,5 e

5,5 mm, facilmente identificados por apresentarem élitros curtos, nunca cobrindo totalmente o

abdome, abdome rígido, com no máximo cinco segmentos visíveis dorsalmente, antenas

contendo entre três e onze antenômeros, tarsos com no máximo três tarsômeros, cabeça

prognata, geralmente com palpos labiais bem proeminentes e mandíbulas fortes (THAYER,

2005). Lawrence e Newton (1982), assim como Thayer (1987), afirmam que os Pselaphinae

são incluídos em estafilinídeos primitivos como os da subfamília Omaliinae. Já Kasule (1966)

e Naomi (1985) apontam um parentesco mais próximo a Steninae e Euaesthetinae, sendo que

os adultos desses apresentam bdômen flexível diferente dos Pselaphinae adultos. Os

Pselaphinae podem ser de vida livre ou associados a formigas.

Esses insetos são comumente encontrados na serapilheira, matéria orgânica em

decomposição e no solo superficial de florestas, em gramíneas, musgos, ninhos de formigas e

outros micro-habitat altamente particulares e estruturados (CHANDLER, 2001). Pouco se

sabe sobre sua biologia, mas acredita-se que sejam predominantemente predadores,

principalmente de colêmbolos (Collembola) e ácaros oribatídeos (Acari: Oribatida)

(KRIVOLUTSKY, 1995), desempenhando um papel significativo como inimigos naturais de

pequenos invertebrados de solo. Schomann et al. (2008) descreveu o comportamento

predatório de sete espécies pertencentes a seis gêneros de Pselaphinae, caracterizando em

detalhes desde a velocidade de captura e rastreamento até o tamanho das presas (colembolos)

capturadas por psefíneos.

Apesar da maioria dos Pselaphinae possuir hábito predador, a saprofagia foi registrada

para algumas espécies dos gêneros Batrisodes, Claviger e Adranes. Por outro lado, todos os

membros da subfamília Clavigerini são encontrados exclusivamente associados a ninhos de

formigas (THAYER, 2005). Cammaerts (1995) observou pselafíneos mirmecófilos. Eles

podem se passar por outras formigas, “enganando-as” e sendo alimentados pelas mesmas.

Para tanto, eles excretam feromônios específicos pelas glândulas cefálicas e abdominais,

podendo se passar por matéria inerte, ou, até mesmo, matar e se alimentar das próprias larvas

de seus hospedeiros.

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Dez mil espécies de Pselaphinae são conhecidas no mundo, sendo que estas estão

concentradas principalmente na Europa; mil duzentas e trinta e nove espécies são conhecidas,

até o momento, na Região Neotropical, das quais trezentos e oitenta e nove tem sua

ocorrência registrada exclusivamente no Brasil, com noventa e nove delas relatadas no estado

da Bahia (ASENJO et al., 2013).

Pesquisas sobre pselafíneos têm principalmente foco em sistemática e biogeografia, ao

passo que os estudos sobre seu comportamento e ecologia (DE MARZO, 1985, 1986, 1988;

POGGI, 1990; REICHLE, 1967) são escassos. Além disso, há poucos estudos morfológicos

gerais para o grupo (CHANDLER, 2001; JEANNEL, 1949; SABELLA et al., 1998;

THAYER, 2005). A maioria dos trabalhos sobre Pselaphinae são descrições morfológicas e

taxonômicas gerais, muitas vezes com notas sobre as estruturas visíveis usadas para

identificação das espécies.

Apesar da grande diversidade de Pselaphiae no mundo, larvas de apenas 19 espécies e

15 gêneros foram descritas (COSTA et. al, 1988; CARLTON, 2008). Mais recentemente,

Carlton e Watrous (2009) descreveram larvas e pupas de Mayetia pearsei, dos Estados

Unidos. Parece certo que as larvas de Pselaphinae não ocorrem juntamente com os adultos

(PEACE, 1957). Peace (1957) e Besuchet (1956) encontraram larvas de Bibloplectuse

Plectophloeus nas mesmas condições, descrevendo larvas e ninfas destes gêneros em uma

profundidade de 20 cm a partir da superfície, muito além da profundidade ocupada por

Pselaphinae adultos em seu ambiente natural. Para estudos da biologia de Pselaphinae, esses

insetos são facilmente mantidos em ambientes húmidos e ao abrigo direto de luz, porém, a

maior dificuldade é dispor do ambiente ideal para que esses insetos consigam se reproduzir

(CARLTON e WATROUS, 2009).

O presente estudo teve como objetivos: (1) apresentar uma lista de tribos, famílias e

gêneros de Pselaphinae que ocorrem no sul da Bahia, (2) estimar a diversidade de Pselaphinae

na região e seu potencial para investigações taxonômicas futuras e (3) descrever ao menos

uma espécie nova de Pselaphinae.

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3

2 REVISÃO DE LITERATURA

Estudo sobre Pselaphinae no Brasil

Aubé (1844), ao descrever Ctenisis aequinoctialis, Hamotus ryaxoides e Iteticus

germari, publicou os primeiros registros de espécies de Pselaphinae no Brasil. Reichenbachia

rubra foi descrita no mesmo artigo, porém, com ocorrência restrita à Colômbia. Embora

Schaufuss (1887) e Park (1944) tenham registrado sua ocorrência no Brasil, também foi

contestada por Newton et al. (2005), que, ao listarem as espécies sul-americanas, restringiram

a ocorrência de R. rubra apenas à Colômbia, de acordo com sua descrição original. A

ocorrência de Tyrus mucronatus no Brasil, de acordo com Panzer (1805), seria o primeiro

registro de Pselaphinae para o país, porém, essa espécie ocorre apenas na Região Paleártica.

LeConte (1849) descreveu Ctenisodes zimmermanni, registrando essa espécie, do

Brasil, também da Colômbia, do México e dos Estados Unidos, mesmo sem estabelecer

localidades específicas.

Westwood (1856) descreveu Fustiger brasiliensis do Rio de Janeiro, Metopiosoma

pacificum do Amazonas e Metopioxys bellicosus, sem localidade tipo especificada no Brasil.

Westwood (1869) descreveu Fustiger amazonicus da Amazônia e, um ano depois

(WESTWOOD, 1870), descreveu mais seis espécies com base em espécimes coletados no

Brasil: Arthmius coronatus e Goniastes sulcifrons do Amazonas, e Phalepsus batesellus,

Phalepsus subglobosus, Syrbatus auritulus e Rhytus vestitus do Rio de Janeiro.

Schaufuss (1872, 1874, 1877 e 1880) destacou-se na descrição de espécies de

diferentes regiões do Brasil. Em 1972 foram descritas quatro espécies de Arthmius (A.

honestus, A. macrocephalus, A. orion e A. peniculus) do Rio de Janeiro, e do Amazonas

quatro espécies de Metopioxys (M. longipennis, M. reichei, M. subcarinatus e M.

traberculatus), duas espécies de Rhinoscepsis (R. gracilis e R. militaris), duas espécies de

Eurhexius (E. insignis e E. majorinus), Rhexius brasiliensis e Metopiasoides elongatus. Ainda

do Rio de Janeiro, Schaufuss (1874) descreveu Arthmius aubei e A. carinatus. No mesmo ano

descreveu A. cornutus de Minas Gerais, Anarmodius gibbus do Amazonas e A. rhinoceros de

uma localidade brasileira não informada. Schaufuss (1877) registrou a ocorrência de

Goniacerus setifer no Amazonas. Em 1880, Schaufuss registrou a ocorrência de Fustiger

festivus, Reichenbachia pygmaea, Euteleia recens, Phalepsus ampliventris e P. nanus do

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Amazonas, Bryaxina fraudatrix do Rio de Janeiro, Nondulia convexa de Minas Gerais e

Decarthron cearae do Ceará.

Reitter (1882) com suas publicações concentradas na região Sudeste, descreveu

Arthmius bicolor, Apharus muelleri, Eurhexius procerus, E. simoni, Jubus simoni, Syrbatus

brevispinus, S. calcarifer, S. clypeatus, S. phantasma, S. sublyratus, Xybaris spiniceps,

Trimicerus curtula e T. fortis do Estado de São Paulo. Dalmoplectus batrisoides, Decarthron

externedens, Euphalepsus ovipennis, Hamotus aubeanus, H. inaequalis, Syrbatus

simplicifrons, Trimicerus punctipennis e Xybaris sahlbergi do Rio de Janeiro. Euphalepsus

bistriatus e Reichenbachia stussineri e Hamotus gracilicornis de Minas Gerais. Reitter (1883)

descreveu Pseudohamotus conjunctus de Pernambuco. Reitter (1885), descreveu Metopiellus

aglenus de São Paulo, Metopioxys gladiator e Metopiellus hirtus de Santa Catarina e

Euphalepsus longicornis de uma localidade brasileira não informada.

Schaufuss (1886) descreveu Metopioxys spiculatus, Enoptostomus clandestinus,

Phalepsus fluminicola, Neopselaphus bizonatus, Pselaphellus elegantissimus, P. opacus,

Neotyrus gibbicollis e Cercocerulus hirsutus do Amazonas, Hamotus bellus de São Paulo,

Phamisulus horroris de Santa Catarina e Rhamophorus manticoroides de uma localidade não

especificada do Brasil.

Schaufuss (1887) descreveu Arthmius cinnamomeus, A. sus, Decarthron corpulentum,

Euplectus brasiliensis, Reichenbachia dorsopunctata, R. semisanguinea, R. pentachiroides,

Syrbatus trinodulus e Xybaris triangulifera de Minas Gerais. Além de seis espécies do

Amazonas (Jubus brevipennis, Reichenbachia fluviatilis, R. penita, R. subnitida, R.

tenuicornis e Scalenarthrus marginalis), seis do Rio de Janeiro (Batrisobryaxis labialis,

Cryptorhinula nodifera, Decarthron macrocephalum, D. nanum, Reichenbachia

hippopotamus e R. spuria) e duas de uma localidade brasileira não informada (Decarthron

dimissione e Oxarthrius anthicoides). Schaufuss (1888) descreveu H. furcifer e H. subtilis de

Minas Gerais e H. appendicularis de uma localidade brasileira não informada.

Reitter (1888) descreveu Hamotus angusticollis, H. appendiculatus, H. gracilipes, H.

impunctatus, H. parviceps e H. vulpinus, Pseudohamotus inflatipalpus, Phalepsus marelloides

e Termitotyrus hirta de Santa Catarina, e Termitotyrus pilifera de São Paulo. Reitter (1889)

descreveu Arthmiu cristatifrons e A. cristulatus sem informar a localidade específica no

Brasil.

Rafray (1890), no início de uma série de importantes contribuições ao conhecimento

da fauna de Pselaphinae do Brasil, descreveu as seguintes espécies de diversas regiões do

país: Adrogaster longipennis e Mitrametopus longipennis do Rio Grande do Sul, Macta

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constricta e Goniacerus anophthalmus de Santa Catarina, Pselaphomorphus longiceps de

Minas Gerais, Phtegnomus oberthuri do Amazonas, Cercoceroides germaini do Mato Grosso,

Pseudohamotus inflatipalpus do Rio de Janeiro, e Cryptorhinula longiclava, Adrocerus

cavicornis e Paragoniastes westwoodi sem informar a localidade específica no Brasil.

Rafray (1891) descreveu Reichenbachia estebanensis e Rhytus oberthueri do Brasil e

Rafray (1893) descreveu as seguintes espécies: Jubus argus, J. bifossulatus, J. brasiliensis, J.

convexiusculus, J. dominulus, J. gracilis, J. hetschkoi, J. intermedius, J. laeviceps, J.

lativentris, J. liliputanus, J. longicornis, J. microcephalus, J. microphthalmus, J. quadratus, J.

sinuatus, J. subrectus, J. vulpinus e Sebaga dilatata de Santa Catarina, além de Jubus

grouvellei sem localização específica no Brasil.

Wasmann (1893) descreveu Fustiger reitteri de Santa Catarina e, no ano seguinte,

descreveu Hamotus emeryi do mesmo estado (WASMANN, 1894).

Rafray (1896) descreveu Dalmomima caviceps, Harmophola clavata, Jubus coeculus

e J. trouessarti do Rio de Janeiro. Rafray (1897) descreveu Iteticus regius de Minas Gerais,

Cryptorhinula schaufussi do Rio de Janeiro, Pselaphus grouvellei da Bahia, Xybarida clavata

do Mato Grosso, Ctenisis amazonica e C. nasuta da Amazônia e Bythinoplectus impressifrons

de uma localiadade não especificada no Brasil.

No ano de 1898, Rafray publicou três importantes contribuições referentes ao

conhecimento dos Pselaphinae brasileiros. Rafray (1898a) descreveu Arthmius cerastes, A.

modestus e A. rufipes do Rio de Janeiro, além de A. circumscriptuse Syrbatus centralis de

Santa Catarina e A. cruralis do Mato Grosso. Iteticus biarmatus, Syrbatus bubalus, S.

demoniacus e S. grouvellei da Bahia e Iteticus. longispina e Syrmocerus cervus de Minas

Gerais. Foram descritas no mesmo trabalho, porém sem uma localaidade específica

determinada Arthmius areolatus, A. bicornis, A. bison, A. brevicollis, A. ciliatus, A. elephas,

A. erectus, A. hydropicus, A. infirmus, A. inflatipes, A. parallelus, A. resectus, Syrbatus

spathulatus, S. transversalis, Syrmocerus dama, S. gazela e S. rugiceps. Rafray (1898b)

descreveu Arthmius wasmanni do Rio Grande do Sul. Rafray, (1898c) descreveu Thesium

insigne, de Santa Catarina, e Rhinoscepsis pubescens, de uma localidade não especificada do

Brasil.

Rafray (1904a) descreveu Bythinoplectus transversiceps, Eurhexius octopunctatus E.

reitteri e E. sexpunctatus de Santa Catarina, E. longicornis e E. megacephalus do Mato

Grosso, E. subacuminatus do Rio de Janeiro, E. laevis e E. quadrifoveatus de uma localidade

não especificada no Brasil. Rafray (1904b), descreveu, Arthmius edmund, A. labiatus,,

Bryaxina torticornis, B. crassicornis e B. schaufussi do Rio de Janeiro; Batoctenus incertus

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do Amazonas; Euphalepsus fasciculatus, E. tibialis, E. tricarinatus e Hamotus grouvellei da

Bahia; Batrisobryaxis gracilipes, Bunoderus longipilis, Cryptorhinula xybaridoides,

Decarthron hetschkoi, Pselaptus politissimus, Strombopsis breviventris, Xybaris atomaria e

X. punctula de Santa Catarina; Eremomus crassicornis do Pará; Cercoceropsis longipes,

Decarthron brasilianum, D. longicorne, D. minutum, D. tritomum, D. schaufussi, Euteleia

trifoveata, Reichenbachia curvipes e R. illepida do Mato Grosso e Reichenbachia chevrolati

do Amazonas. Também foram descritas do Brasil Bryaxina armiceps, B. clavata, B.

dimidiata, B. foveifrons, B. lucida, Euteleia lewisi, Hamotus globulifer, Rafrayolus laticeps,

Reichenbachia globulosa, Scalenarthrus schaufussi e Xybaris quadraticeps, porém sem a

indicação de uma localidade specífica de coleta.

No ano seguinte Rafray (1905) descreveu Hamotus longiceps e Rhytus brevicornis de

Minas Gerais, Cercoceroides simplex, Phalepsus cavicornis e Cercoceroides tuberculatus do

Mato Grosso, Hamotus nigropilosus do Pará, Hamotus simplex do Rio de Janeiro e

Pseudohamotus planiceps de uma localidade não especificada no Brasil.

Rafray (1908a) descreveu Pselaphocompsus punctatus do Rio de Janeiro e, um ano

depois, Rafray (1909) descreveu uma série de novas espécies de diversos estados: Arthmius

barbiellinii, Decarthron torticorne, Euphalepsus cavifrons, Eupsenina fracticornis, Hamotus

ecitophilus, Jubus crassipes, Melba clavata, Melbamima clavicornis, Phalespoides

vagepunctatus, Rhexius elegans e Xybaris excisa de São Paulo, Fustiger gounelleide e Rhytus

gounellei do Rio de janeiro, Hamotus deplanatus, Iteticus semipunctatus e Rhytus

semisulcatus do Ceará, Reichenbachia gounellei do Pará e Reichenbachia obesa de

Pernambuco.

Rafray (1911) descreveu Metopiosoma pacificum do Pará. Rafray (1912a), descreveu

Decarthron nigricans, Eurhexius cavifrons, Hamotocellus hirsutus, Hamotus iheringi,

Iniocyphus iheringi e Melba impressifrons de São Paulo, Eurhexius abdominalis de Santa

Catarina, Batrisobryaxis infossus do Ceará, Batrisobryaxis pullus do Mato Grosso e

Pselaphocompsus punctatus do Rio de Janeiro. Rafray (1912b) descreveu Bythinoplectus

forrnicetorum de uma localidade não especificada no Brasil.

Bryant (1915) descreveu Fustiger nitidus de São Paulo.

Bruch (1917) descreveu Metopioxys gallardoi de uma localidade não especificada no

Brasil.

Rafray (1918) descreveu Euphalepsus gounellei de Pernambuco.

Fletcher (1930) descreveu Arthmius extraneus, A. mancus e A. rubriculus do Mato

Grosso do Sul.

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Reichensperger (1936) descreveu Attapsenius eidmanni do Rio de Janeiro.

Park (1942), em um importante estudo sobre os Pselaphinae neotropicais, descreveu

seis espécies do Mato Grosso do Sul: Batoctenus barberi, Syrmocerus guarinus, Metopioxys

mattogrossoensis, Rhinoscepsis falli, Rhytus achillei e Cercoceroides sternalis.

Blackwelder (1944) descreveu Arthmius satis do Rio de Janeiro.

Park (1944) descreveu Decarthron rudigenus e Decarthron uveum do Mato Grosso e,

em seguida, Hamotocellus araujoi de São Paulo (PARK, 1946).

Park (1952a) descreveu Tuberoplectus plaumanni, Jubus monstrosus, Jubus

plaumanni e Thesium prosperum de Santa Catarina. Park (1952b) descreveu Eurhexius

hambletoni de Minas Gerais.

Borgmeier (1954) descreveu Apharus denticulatus e Termitotyrus palpalis do Paraná,

Syrmocerus termitophilus do Rio Grande do Sul, Hamotus inquilinus de Minas Gerais,

Hamotus socius de Santa Catarina e Neotyrus metoecus do Rio de Janeiro.

Jeannel (1962) descreveu Termitotyrus hirtella do Brasil sem especificar a localidade

tipo.

Chandler (1976) descreveu Caccoplectus probus do Brasil, também sem especificar a

localidade tipo.

Comellini (1979) criou o gênero Paragoniastes, exclusivamente brasileiro, e

descreveu duas novas espécies, P. besucheti do Paraná e P. Rafrayi de Santa Catarina.

Comellini (1981a) descreveu Goniastes adisi, Goniastes amazonicus e Goniastes

simplex do Amazonas e Goniastes brasiliensis de Santa Catarina. Comellini (1981b)

descreveu Listriophorus serratus do Amazonas e Listriophorus specialis do Pará.

Besuchet (1982) descreveu Neopselaphus adisi do Amazonas e Neopselaphus

tavakiliani do Mato Grosso do Sul, Neopselaphus armatus sem especificação da localidade de

coleta no país.

Comellini (1983) descreveu Metopioxys adisi, Metopioxys minutus e Metopioxys

tavakiliani do Amazonas e Metopioxys chandleri do Pará. Comellini (1985) descreveu

Bythinoplectus antennatus e Octomeros sulcatum de Santa Catarina e Bythinoplectus bertonii

do Mato Grosso do Sul. Foram descritas também Hendecameros brasiliense do Amazonas e

Pyxidion acinaces de Pernambuco.

Chandler (1989) descreveu Barrojuba afoveata de Santa Catarina, Barrojuba

campbelli do Paraná, Barrojuba lenticornis e Barrojuba prolongicornis do Rio de Janeiro,

Barrojuba plaumanni de Santa Catarina e Barrojuba simpliciventris do Pará.

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Comellini (1990) descreveu Goniacerus amazonicus, G. moraisi, G. reticulatus, G.

incostatus e G. microphthalmus do Amazonas, G. antennatus do Rio Grande do Sul, G.

brasiliensis do Pará, G. magnus de São Paulo e G. schusteri de Pernambuco. Comellini

(1994) descreveu Metopiosoma adisi, Metopiosoma parvum, Metopiosoma amazonicum,

Metopiosoma brasiliense e Metopiosoma prominens do Amazonas.

Oliveira e Fonseca (1998) descreveram Metopiosoma carinatum e Rhytus

amazonicumdo também do Amazonas.

Comellini (2000) descreveu Metopiasoides brasiliensis de São Paulo.

Cuccodoro et al. (2012) descreveram Paragoniastes uesci da Bahia.

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3 LEVANTAMENTO DE GÊNEROS E ESPÉCIES DE PSELAPHINAE LATREILLE

(1802) (COLEOPTERA: STAPHYLINIDAE) EM DIFERENTES FRAGMENTOS DE

MATA ATLÂNTICA E CABRUCA DO SUL DA BAHIA, BRASIL

Resumo

Os Pselaphinae formam um grupo especialmente diversificado nos trópicos, apresentando

cerca de dez mil espécies descritas em todo o mundo. Esses insetos desempenham um papel

significativo como inimigos naturais de pequenos invertebrados de solo. Eles também podem

servir como modelos biogeográficos, locais e em grande escala, em estudos evolutivos e como

bioindicadores de qualidade ambiental. Este trabalho teve como objetivo realizar um

inventário de táxons de Pselaphinae em diferentes ambientes florestais e agrícolas do sul da

Bahia. As coletas foram realizadas em ambientes de Mata Atlântica e de Cabruca nos

municípios de Ilhéus, Serra Grande e Coaraci. Foram realizadas coletas manuais e com

Extrator de Winkler. A serrapilheira foi peneirada in situ, cerca de 1m2 para cada extrator,

resultando em um material particulado e fino. Antes do material peneirado ser depositado nos

extratores, foram realizadas triagens preliminares em uma superfície branca, de modo a

possibilitar a captura dos insetos mais ativos que tentavam escapar. Os Pselaphinae

encontrados foram montados em alfinetes entomológicos, etiquetados e depositados na

coleção do Laboratório de Entomologia da UESC. Foram analisados 328 espécimes de

Pselaphinae determinados em 12 tribos e 30 gêneros. As tribos identificadas foram:

Arhytodini, Clavigerini, Batrisini, Brachyglutini, Bythinoplectini, Euplectini, Goniacerini,

Jubini, Phalepsini, Proterini, Trogastrini e Tyrini. A mais representativa foi Jubini, com oito

gêneros (Arctophysis, Balega, Barrojuba, Jubomorphus, Jubus, Phamisus, Sebaga e ?Gênero

novo 5), seguida por Batrisini e Bythinoplectini, cada um com quatro gêneros. São novos

registros para o Brasil os gêneros: Arctophysis, Balega, Barada, Besucheteidos, Biblomelba e

Jubomorphus. Representam novos registros para a Bahia: Apharuse, Arthmius, Barrojuba,

Euphalepsus, Fustiger, Goniacerus, Jubus, Oxarthrius, Phamisus, Phalepsus, Rhytus,

Rhexius, Sebaga, Thesium e Tyrus. O presente trabalho contribuiu para o conhecimento dos

Pselaphinae em áreas da região Sul da Bahia até então inexploradas em estudos referentes a

estes insetos.

Palavras-chave: diversidade, coleópteros, pselafíneos, serrapilheira, Região Neotropical

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3 SURVEY OF THE FAUNA OF PSELAPHINAE LATREILLE (1802)

(COLEOPTERA: STAPHYLINIDAE) IN DIFFERENT FRAGMENTS OF ATLANTIC

FOREST AND CABRUCA OF SOUTHERN BAHIA, BRAZIL

Abstract

The Pselaphinae form a specially diversified group in the tropics, with approximately ten

thousand species described throughout the world. These insects play a significant role as

natural enemies of small invertebrates in soil. They can also serve in local or large scale

biogeographical models, in evolutionary studies and as bioindicators of environmental

quality. The objective of this work was to present an inventory of the taxons of Pselaphinae in

different forest and agricultural environments in southern Bahia. Collections were conducted

in Atlantic Forest and Cabruca environments in the municipalities of Ilhéus, Serra Grande e

Coaraci. Collections were manual and with Winkler Extractor. The litter was sieved in situ,

approximately 1m2 for each extractor, resulting in a finely particulate material. Before

transferring the sifted material to the extractors, a preliminary sorting was conducted over a

white surface, as a way to permit the capture of the more active insects that tried to escape.

The insects found were mounted in entomological pins, labeled and deposited in the

collection of the Laboratório de Entomologia of UESC. We analyzed 328 specimens of

Pselaphinae determined in 12 tribes and 30 genera. The tribes identified were: Arhytodini,

Clavigerini, Batrisini, Brachyglutini, Bythinoplectini, Euplectini, Goniacerini, Jubini,

Phalepsini, Proterini, Trogastrini e Tyrini. The most representative tribe was Jubini, with eight

genera (Arctophysis, Balega, Barrojuba, Jubomorphus, Jubus, Phamisus, Sebaga and

?Gênero novo 5), followed by Batrisini and Bythinoplectini with four genera. The genera

representing new records in Brazil are: Arctophysis, Balega, Barada, Besucheteidos,

Biblomelba e Jubomorphus. The genera representing new records in Bahia are: Apharuse,

Arthmius, Barrojuba, Euphalepsus, Fustiger, Goniacerus, Jubus, Oxarthrius, Phamisus,

Phalepsus, Rhytus, Rhexius, Sebaga, Thesium e Tyrus. The present work contributed to the

knowledge of Pselaphinae in areas of the southern region of Bahia hitherto unexploited in

studies related to these insects.

Keywords: diversity, beetles, pselaphines, litter, Neotropical Region

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Introdução

Pselaphinae é uma subfamília cosmopolita de pequenos besouros estafilinídeos, mais

diversos nos trópicos, porém, também abundante em regiões temperadas. Eles geralmente

ocorrem na serapilheira, sob as folhas ou detritos de florestas úmidas, ou musgos úmidos na

margem dos corpos d'água. Alguns pselafíneos podem exibir adaptações biológicas incomuns,

mirmecofilia, por exemplo, que às vezes envolvem características comportamentais curiosas,

especialmente notáveis em Claviger testaceus (CAMMAERTS, 1991).

Eles são pequenos predadores (medindo entre 0,5 e 5,5 mm de comprimento total)

com uma aparência característica. Seus olhos possuem olhos compostos com apenas alguns

omatídeos. Os aparelhos bucais são prógnatos, muitas vezes os palpos maxilares são

proeminentes e muito diversificados morfologicamente, com mandíbulas fortes, o que indica

um estilo de vida predatório. A maioria das especeis de Pselaphinae apresenta antenas com 11

antenômeros, sendo que alguns podem apresentar três, nove ou dez segmentos antenais

(THAYER, 2005).

Os pselafíneos apresentam grande riqueza de caracteres taxonômicos, grande

diversidade de espécie, são cosmopolitas, e cada espécie tende a ser restrita ao ambiente onde

é encontrada. Todas essas características fazem com que eles sejam ótimos candidatos a

pesquisas sobre biogeografia (biogeografia local e em grande escala), em estudos evolutivos e

como bioindicadores (NEWTON e CHANDLER, 1987; CARLTON, 1999).

Este trabalho teve como objetivo realizar um inventário de táxons de Pselaphinae em

diferentes ambientes florestais e agrícolas do sul da Bahia.

Material e métodos

As coletas foram realizadas em cabrucas da região sul da Bahia e na porção da Mata

Atlântica que ocupa a área denominada faixa litorânea sul-baiana, de Salvador a Ilhéus

(ROMARIZ, 1964), com predominancia de floresta higrófila perenifólia (Mata Atlântica

stricto sensu) (DOMINGUES e KELLER, 1956).

As coletas de amostras para extração dos Pselaphinae foram realizadas entre agosto de

2011 e maio de 2012 em ambientes de Mata Atlântica e Cabruca (plantio de cacaueiros

sombreados por árvores da Mata Atlântica) de quatro localidades da região sul da Bahia

(Tabela 1).

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Tabela 1- Localização, ambientes, substratos, datas e tipos de coletas realizadas para extração dos

Pselaphinae na região sul da Bahia.

Local de

Coleta Município Coordenadas

Ambiente/

substrato Data Tipo de Coleta

UESC Ilhéus 14°47’50”S

39°10’14”W

Mata Atlântica:

Área de

recuperação,

Serapilheira

8/2011 e

2/2012

Extrator de

Winkler

CEPLAC Ilhéus 14º46’20,60”S

39º13’17,72”W

Mata Atlântica:

Reserva

Zoobotânica,

Serapiheira e

ninho de formiga

5/2011 e

2/2012

Extrator de

Winkler, coleta

manual e Funil

de Bersele

Serra do

Conduru

Serra

Grande/

Uruçuca

14°25’S

39°05’W

Mata Atlântica:

Parque Estadual

Serra do Conduru,

Serapilheira

5/2012 Extrator de

Winkler

Fazenda

Santa Luzia

Coarac 14º37’53,24”S

39º32’38,29”W

Cabruca,

Serrapilheira

11/2011

e 1/2012

Extrator de

Winkler

As coletas foram manuais, com auxilio de pinças, e com Extrator de Winkler

(BESUCHET et al., 1987; BARREIROS et al., 2005). A serapilheira (cerca de 1m2 para cada

armadilha) foi peneirada em campo (Figura 1A), resultando em material particulado e fino. O

material coletado foi então acondicionado em sacos de tecido de algodão, o que permitiu à

umidade escapar, evitando assim que a água se acumulasse e matasse os animais. Em seguida

o material particulado resultante do peneiramento foi acomodado em uma bandeja de plástico

ou em outra superfície branca (Figura 1B), para permitir a captura dos espécimes mais ativos

com o auxílio de pinças e pincéis. Após a captura manual, o material foi acondicionado em

redes (tela com cerca de 4 mm de abertura) em forma de saco (Figura 1C) que foram

colocadas dentro dos extratores de Winkler (Figura 1D). Na tentativa de escapar das rendes,

os animais caíram no interior de recipientes plásticos de 300 mL acoplados na base dos

extratores de Winkler (Figura 1E). Uma tira de tecido umedecido com água de

aproximadamente 15 cm de comprimento, posicionada dentro dos recipientes, favoreceu a

sobrevivência dos animais caídos, fornecendo umidade, abrigo e minimizando a perda de

indivíduos por predação, facilitando sua captura ao final do processo de extração. Os

Extratores de Winkler ficaram montadas por um período de 36 horas. Após esse período, o

material peneirado encontrava-se muito seco e a maioria dos animais já estava morta ou se

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movia pouco para cair nos recipientes. Todo o procedimento de observação dos Pselapinae foi

realizado no Laboratório de Entomologia da UESC

.

Na preparação dos espécimes para identificação, estruturas que exigiram visualização

em microscópio (como edeago e esternitos, por exemplo) foram dissecadas com o auxilio de

alfinetes entomológicos. Os insetos foram posicionados em vista ventral, aderidos a um

pedaço de papel com cola solúvel em água, após hidratação por cerca de 30 minutos numa

câmara úmida. Delicadamente, os dois últimos segmentos abdominais foram retirados e

transferidos para um pequeno recipiente com água destilada, onde fibras musculares e outros

tecidos ligados às estruturas a serem estudadas foram removidos. Em seguida, o edeago e os

esternitos foram mergulhadas em cerca de 3 mL de água com um pouco de KOH para

Figura 1- Coleta de amostras para extração de Pselaphinae. A – Peneirando a serapilheira; B –

Triagem preliminar, superfície branca; C – Material depositado na rede do extrator de Winkler;

D – rede no interior do extrator de Winkler; E – Extrator de Winkler montado. Fonte: C-E:

Google imagens

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clarificação e dissolução dos tecidos moles das estruturas. Depois de separar o edeago dos

esternitos, este foi desidratado em álcool absoluto (100%), e ambos (edeago e esternitos)

foram delicadamente imersos, com o auxílio de alfinetes, em uma gota de Euparal (ou

Bálsamo do Canadá) localizada na extremidade de um retângulo de acrílico de 1,5 x 0.5 cm e

montados em alfinete entomológico junto com o espécime identificado e etiquetado (Figura

2). Todos os insetos coletados foram depositados na coleção do Laboratório de Entomologia

da UESC.

As identificações foram realizadas sob microscópio estereoscópico da marca Leica

EZ4, Olympus SZX7 ou microscópio óptico da marca Leica DM500, com aumento de 400

vezes. Para a identificação do material foram utilizadas como base as chaves de identificação

de Park (1942) e Navarrete-Heredia et al. (2012), assim como outros artigos específicos de

cada táxon.

Para as analises faunística, a riqueza de gêneros foi considerada igual ao número total

de gêneros de cada amostra (ODUM, 1985; MAGURRAN 1988). Atribuiu-se N ao número

de indivíduos capturados e S para o número de gêneros identificados. Utilizou-se o Índice de

Shannon (MAGURRAN 1988) para estimar a diversidade de gêneros através do software

livre Past (HAMMER et al., 2001).

Figura 2- Insetos montados, devidamente identificados e depositados na coleção

entomológica da UESC.

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As imagens dos Pselaphinae apresntadas nos resultados pertencem à coleção do

Museu de Historia Natural de Genebra (MHNG) e são de autoria do biólogo Zi-Wei YIN, e

gentilmente cedidas pelo Museu.

Resultados e discussão

Foram determinadas 328 espécimes de Pselaphinae, distribuídos em 12 tribos, 30

gêneros. Das 92 amostras, 35 foram da Área de recuperação do campus da UESC, 24 da

Reserva Zoobotânica da CEPLAC, 13 do Parque Estadual Serra do Conduru e 20 na cabruca

da fazenda Santa Luzia em Coaraci (Tabela 2).

Ocorrência

Tribo Gênero UESC CEPLAC Serra do

Conduru

Coaraci

ARITODINI Rhytus 3 2

CLAVIGERINI Fustiger 5

BATRISINI

Arthmius 5 4 3

Euphalepsus 4 6 5

Oxarthrius 2

?Gênero novo 1 cf.

Oxartrius 4

BRACHYGLUTINI Barada 6

?Gênero novo 2 cf. Barada 3

BYTHINOPLECTINI

Besucheteidos 10 12

?Gênero novo 3 cf.

Besucheteidos 3

?Gênero novo 4 cf.

Besucheteidos 3

EUPLECTINI Thesium 3 2 3

GONIACERINI Goniacerus 4 4

Tabela 2- Ocorrência dos gêneros de Pselaphinae em fragmentos de Mata atlântica e cabrucas do

Sul da Bahia.

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Das doze tribos identificadas neste estudo a mais representativa foi Jubini, com oito

gêneros (Arctophysis, Balega, Barrojuba, Jubomorphus, Jubus, Phamisus, Sebaga e um

gênero não identificado, ?Gênero novo 5), seguida por Batrisini, com quatro gêneros

(Artmius, Euphalepsus, Oxarthrius e um possível novo gênero, ?Gênero novo 1), e por

Bythinoplectini, também com quatro gêneros (Besucheteidos, Barada, ?Gêneronovo 3 e

?Gênero novo 4). As seguintes tribos foram representadas por apenas dois gêneros cada:

Trichonychini (Biblomelba e ?Gênero novo 7), Trogastrini (Rhexius e ?Gênero novo 8) e

Paragoniastes 21

JUBINI

Arctophysis 11 5

Balega 4

Barrojuba 3

Jubomorphus 4 3

Jubus 44 10 19

Phamisus 3

Sebaga 30 28

Phalepsus 5 2

?Gênero novo 5 cf.

Edytocera 2

PHALEPSINI Phalepsus 2 2

PROTERINI ?Gênero novo 6 cf.

Harmophola 7

PROTERINI ?Gênero novo 6 cf.

Harmophola 7

TRICHONYCHINI

Biblomelba 4 4 3

?Gênero novo 7 cf.

Verabalorus 2

TROGASTRINI Rhexius 5 4

?Gênero novo 8 cf. Rhexius 3

TYRINI Apharus 2

Tyrus 3

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Tyrini (Apharus e Tyrus). Apenas um gênero foi registrado para as tribos Arhytodini,

Clavigerini, Brachyglutini, Euplectini, Phalepsini e Proterini: Rhytus, Fustiger, ?Gênero novo

2, Thesium, Phalepsus e ?Gênero novo 6, respectivamente. A captura média de Pselaphinae

por amostra foi de 0,6 no campus da UESC, 0,5 na Fazenda Santa Luzia, 0,3 na área da

CEPLAC e 0,2 na Reserva do Conduru. A abundância total teve variação de 21 a 168

indivíduos entre os locais de coletas. O gênero mais abundante foi Jubus, com 73 indivíduos

encontrados, seguido de Sebaga, com 58.

A área do campus da UESC foi o ambiente com maior riqueza de gêneros (S = 16,

distribuídos em 9 tribos) seguida pela Fazenda Santa Luzia (S=14 distribuido em 18 tribos), já

a área da CEPLAC ficou em terceiro lugar em relação a riqueza dos gêneros (S=11 em 6

tribos), e por fim a Reserva ambiental da Serra do Conduru foi área que apresentou o menor

índice de riqueza (S=5 distribuidos em 4 tribos).

Com relação à riqueza de gêneros específicos, o capus da UESC atingiu o maior valor

(S= 6), seguida pela área da CEPLAC e pela Serra do Conduru (ambos apresentaram 4

gêneros exclusivos cada), já A fazenda Santa Luzia (Coaraci) apresentou apenas um gênero

exclusivo). As áreas com maiores índices de Shannon foram o campus da UESC e a Fazenda

Santa Luzia (H’= 2,89 e H’= 2,70 respectivamente), seguidos por CEPLAC (H’ = 2,30), e

Serra do Conduru (H’ = 1,61).

O índice de equitabilidade foi diferente para todos os habitats analisados, sendo 85%

para a UESC, 79% para a Fazenda Santa Luzia, 68% para a Mata da CEPLAC e 47% para a

Mata da Serra do Conduru que a comunidade de Pselaphinae das áreas amostradas tende

apresentar alguma dominância de determinados táxons, provavelmente aqueles capturados em

maiores números.

Vários fatores podem influenciar no resultados de captura desses insetos, como por

exemplo, no caso do Brasil a sazonalidade, a temporada de chuva ou de calor nas regiões

onde se encontram as florestas úmidas, o local escolhido para as coletas ou a metodologia

empregada para coletar os indivíduos (BARBOSA et al, 2002).

A subfamília Pselaphinae está entre o mais rico e diversificado grupo de insetos dos

trópicos e das regiões temperadas do globo (SCHOMANN, 2008). O que pode explicar o fato

desses insetos apresentarem grande diversidade nos ambientes estudados são, provavelmente,

suas adaptações assim como o seu tamanho diminuto.

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Resultados das identificações

Foram analisados 328 espécimes de besouro divididos em 12 tribos e 30 gêneros e 82

espécies. Todos os indivíduos foram encontrados na serapilheira, tanto nas áreas de Mata

Atlântica (MA) quanto para a Cabruca, exceto aqueles provenientes das coletas da Bióloga

Roberta Santos (Arthmius sp.5, Rhytus sp.2 e Thesium sp.2) cujo seu trabalho foi

desenvolvidos no laboratório da CEPLAC em Ilhéus. Todos os indivíduos provenientes de

Coaraci foram coletados na Fazenda Santa Luzia em uma aréa de cabruca.

Taxa identificados neste trabalho

ARHYTODINI Raffray, 1890.

RHYTUS Westwood, 1870 (Figura 3).

Observação: Primeiro registro do gênero para a Bahia.

Rhytus sp.1

Espécime examinado: 2 ind. Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.

Rhytus sp. 02

Espécime examinado: 3 ind., Col. 014, ninho de formiga, 11/2011, Coletado pela

Bióloga Roberta Santos, Lab. de Mirmecologia da CEPLAC, Ilhéus.

Figura 3- Rhytus sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.

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CLAVIGERINI Leach, 1815.

FUSTIGER LeConte 1866 (Figura 4).

Observação: primeiro registro do gênero para a Bahia.

Fustiger sp.1

Espécime examinado: 5 ind., Serapilheira, Serra do Conduru, MA, 05/2012,

Uruçuca.

BATRISINI Reitter, 1882a.

ARTHMIUS LeConte, 1849 (Figura 5).

Observação: Primeiro registro do gênero para a Bahia.

Figura 4- Fustiger sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.

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20

Arthmius sp.1

Espécime examinado: 3 ind., cabruca, 11/2011, Fazenda Santa Luzia, Coaraci.

Arthmius sp.2

Espécime examinado: 1 ind., MA, 02/2012, UESC, Ilhéus.

Arthmius sp.3

Espécime examinado: 4 ind., MA,Cabruba, 01/2012, UESC. Ilhéus.

Arthmius sp.4

Espécime examinado: 2 ind., MA, 01/2012, CEPLAC, Ilhéus.

Arthmius sp.5

Espécime examinado: 2 ind., ninho de formiga, col. 04, Coleta manual. Coletor:

Roberta Santos, CEPLAC, Ilhéus.

EUPHALEPSUS Reitter, 1882c (Figura 6).

Observação: Primeiro registro do gênero para a Bahia.

Figura 5- Arthmius sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.

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21

Euphalepsus sp.1

Espécime examinado: 5 ind., Faz. Santa Luzia, cabruca, 11/2011, Coaraci.

Euphalepsus sp.2

Espécime examinado: 1 ind., MA, 02/2012, UESC, Ilhéus.

Euphalepsus sp.3

Espécime examinado: 2 ind., MA, 01/2012, UESC,Ilhéus.

Euphalepsus sp.4

Espécime examinado: 1 ind., MA, 06/2012, UESC, Ilhéus.

Euphalepsus sp.5

Espécime examinado: 3 ind., Serra do Conduru, MA, 05/2012, Uruçuca.

OXARTHRIUS Reitter, 1882c (Figura 7).

Observação: Primeiro registro do gênero para a Bahia.

Oxarthrius sp.1

Espécime examinado: 2 Ind. Reserva Zoobotânica, MA, CEPLAC, Ilhéus.

?Gênero novo 1 próximo a Oxartrius

Figura 6. Euphalepsus sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.

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22

Gênero novo 1 sp.1

Espécime examinado: 3 ind., MA, Serra do Conduru, Uruçuca.

BRACHYGLUTINI Raffray, 1904a (Figura 8).

Figura 8- Tribo Brachyglutini (Scalenathrus sp). Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.

Figura 7. Oxartrius sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.

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23

?Gênero novo 2 proximo a Besucheteidos

Gênero novo 2 sp.1

Espécime examinado: 1 ind, MA, 01/2012, UESC, Ilhéus.

BYTHINOPLECTINI Schaufuss, 1890.

BESUCHETEIDOS Comellini, 1985 (Figura 9).

Observação: Primeiro registro do gêneropara o Brasil

Besucheteidos sp.1

Espécime examinado: 4 ind, MA, UESC, 01/2012 e 03/2011; Fazenda Santa Luzia,

cabruca, Coaraci, 11/2011.

Besucheteidos sp.2

Espécime examinado: 5 individuos, MA, 02/2012, UESC, Ilhéus.

Figura 9. Besucheteidos sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.

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24

Besucheteidos sp.3

Espécime examinado: 2 individuos, Serapilheira, Fazenda Santa Luzia, cabruca,

01/2012, Coaraci.

Besucheteidos sp.4

Espécime examinado: 4 ind., Fazenda Santa Luzia, cabruca, 01/2012, Coaraci;

01/2012, UESC, MA, Ilhéus.

Besucheteidos sp.5

Espécime examinado: 1 individuos, Serapilheira, UESC, MA, 03/2011.

Besucheteidos sp.6

Espécime examinado: 1 individuos, Fazenda Santa Luzia, cabruca, 01/2012, Coaraci.

Besucheteidos sp.7

Espécime examinado: 5 ind., Serapilheira, MA, 01,03/2011, UESC, Ilhéus; Fazenda

Santa Luzia, cabruca, 01/2012, Coaraci.

BARADA Raffray, 1891.

Observação: Primeiro registro do gênero para o Brasil.

Barada sp.1

Espécime examinado: 6 ind., Serapilheira, UESC, MA, 06/2012, Ilhéus.

?Gênero novo 3 próximo a Barada.

Gênero novo 3 sp.1

Espécime examinado: 1 ind., Serapilheira, Serra do Conduru, MA, 05/2012,

Uruçuca.

?Gênero novo 4 próximo a Barada.

Gênero novo 4 sp.1

Espécime examinado: 3 ind., MA, 01/2012, UESC, Ilhéus.

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25

EUPLECTINI

THESIUM Casey 1884 (Figura 10).

Observa: Primeiro registro deste gênero para a Bahia.

Thesium sp.1

Espécime examinado: 3 ind. Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.

Thesium sp.2

Espécime examinado: 2 ind. Reserva Zoobotânica, MA, 3/2012, Funil de Berlese:

Col. Roberta Sampaio Santos Lab. de Mirmecologia da CEPLAC, Ilhéus.

Thesium sp.3

Espécime examinado: 1 ind., MA, 06/2012, UESC, Ilhéus.

GONIACERINI Reitter, 1882a.

GONIACERUS Motschulsky, 1855 (Figura11).

Observação: Primeiro registro do gêneropara a Bahia.

Goniacerus sp.1

Espécime examinado: 1 ind., MA, 06/2012, UESC, Ilhéus.

Figura 10- Thesium sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.

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26

Goniacerus sp.2

Espécime examinado: 4 ind., Cabruca, 06/2012, Coaraci.

Goniacerus sp.3

Espécime examinado: 1 ind., MA, 05/2012, UESC, Ilhéus.

Goniacerus sp.4

Espécime examinado: 1 ind., MA, 03/2012, UESC, Ilhéus.

Goniacerus sp.5

Espécime examinado: 1 ind., MA, 06/2012, UESC, Ilhéus.

PARAGONIASTES Comellini, 1979 (Figura 12).

Paragoniastes uesci Cuccodoro & Kurbatov, 2012.

Espécime examinado: 19 ind. serrapilheira, 11/2011, UESC, Ilhéus.

Observação: Espécie descrita em homenagem a Universidade Estadual de Santa

Cruz (Anexo I).

Figura11- Goniacerus sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.

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27

Paragoniastes sp.2

Espécime examinado: 1 ind., 01/2012, UESC, Ilhéus.

Paragoniastes sp.3

Espécime examinado: 1 ind., 11/2011, UESC, Ilhéus.

JUBINI Raffray, 1904b.

?Gênero novo 5 próximo a Edytocera.

Gênero novo 5 sp.1

Espécime examinado: 2 ind., Cabruca, 01/2012 e 09/2011, UESC, Ilhéus.

ARCTOPHYSIS Reitter, 1882c (Figura 13).

Observação: Primeiro registro do gênero para o Brasil.

Figura 12- Paragoniastes besucheti, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.

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28

Arctophysis sp.1

Espécime examinado: 3 ind., MA, 01/2012, UESC, Ilhéus; Fazenda Santa Luzia,

cabruca, 11/2011, Coaraci.

Arctophysis sp.2

Espécime examinado: 5 ind. MA, 01/2012, UESC, Ilhéus.

Arctophysis sp.3

Espécime examinado: 1 ind. MA, 02/2012, UESC, Ilhéus.

Arctophysis sp.4

Espécime examinado: 1ind., Fazenda Santa Luzia, cabruca, 11/2011, Coaraci.

Arctophysis sp.5

Espécime examinado: 5 ind., MA, 01/2012 e 11/2012, UESC, Ilhéus; Frazenda Santa

Luzia, cabruca, Coaraci, 01/2012 e 11/2011.

Arctophysis sp.6

Espécime examinado: 1 individuos, 06/2012, MA, UESC, Ilhéus.

BALEGA Reitter, 1882d (Figura 14).

Observação: Primeiro registro do gêneropara o Brasil.

Figura 13- Arctophysis sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.

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29

Balega sp.1

Espécime examinado: 4 individuo, Fazenda Santa Luzia, 01/2012, Coaraci.

BARROJUBA Park, 1942 (Figura 15).

Observação: Primeiro registro do gênero para a Bahia.

Figura 14- Balega sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.

Figura 15- Barrojuba sp, viata dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.

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30

Barrojuba sp.1

Espécime examinado: 3 ind., Cabruca, 02/2012 e 09/2011, UESC, Ilhéus.

JUBOMORPHUS Raffray, 1891.

Observação: Primeiro registro deste gênero para o Brasil.

Jubomorphus sp.1

Espécime examinado: 2 ind., Reserva Zoobotânica, MA, 05/2011, CEPLAC, Ilhéus;

Fazenda Santa Luzia, cabruca, 01/2012, Coaraci.

JUBUS Schaufuss, 1872a (Figura 16).

Observação: Primeiro registro do gêneropara a Bahia.

Jubus sp.1

Espécime examinado: 23 ind., MA, 01,02/2012 e 01,02,11/2011, UESC, Ilhéus;

Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.

Figura 16- Jubus sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.

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31

Jubus sp.2

Espécimes examinados: 30 ind., UESC, MA, 01, 02,03/2012 e 03/2011; CEPLAC,

05/2011; 01,11/2012 e 11/2011, Faz. Santa Luzia- Cabruca, Coaraci.

Jubus sp.3

Esécimes examinados: 4 ind., MA, 01/2012 e 03/2011, UESC, Ilhéus.

Jubus sp.4

Espécimes examinados: 2 ind., MA, 01/2012, UESC, Ilhéus.

Jubus sp.5

Espécimes examinados: 13 ind., MA, 01,02/2012 e 11/2011, UESC, Ilhéus; 01/2011,

Fazenda Santa Luzia, Cabruca, Coaraci.

Jubus sp.6

Espécimes examinados: 2 ind., MA, 01 /2012, UESC, Ilhéus; 01/2012, Fazenda

Santa Luzia, Cabruca, Coaraci.

Jubus sp.7

Espécimes examinados: 7 ind., Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.

Jubus sp.8

Espécimes examinados: 2 ind., Fazenda Santa Luzia- Cabruca, 01/2012, Coaraci.

PHAMISUS Reitter, 1888 (Figura 17).

Observação: Primeiro registro do gênero para a Bahia.

Figura 17- Phamisus sp. vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.

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32

Phamisus sp.1

Espécime examinado: 3 ind., UESC, Cabruca, 01/2012 Ilhéus.

SEBAGA Raffray 1891 (Figura 18).

Observação: Priemeiro registro do gêneropara a Bahia.

Sebaga sp.1

Espécime examinado: 20 ind., UESC, MA, 01,02/2012; Fazenda Santa Luzia,

Cabruca, 01/2012, Coaraci.

Sebaga sp.2

Espécime examinado: 13 ind., UESC, MA, 01,02,03/2012; Fazenda Santa Luzia,

Cabruca, 01/2012, Coaraci.

Sebaga sp.3

Espécime examinado: 2 ind., UESC, MA, 01/2012; Faz. Santa Luzia, Cabruca,

01/2012, Coaraci.

Figura 18- Sebaga sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.

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33

Sebaga sp.4

Espécime examinado: 3 ind., Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.

Sebaga sp.5

Espécime examinado: 2 ind., Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci;

UESC, MA, 01/2012, Ilhéus.

Sebaga sp.6

Espécime examinado: 4 ind., Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.

Sebaga sp.7

Espécime examinado: 1 ind., UESC, MA, 02/2012, Ilhéus.

Sebaga sp.8

Espécime examinado: 5 ind., UESC, MA, 02/2012 e 11/2011, Ilhéus; Fazenda Santa

Luzia, Cabruca, 11/2012, Coaraci.

Sebaga sp.9

Espécime examinado: 7 ind., UESC, MA, 01, 02/2012 e 05/2011, Ilhéus; Fazenda

Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.

PHALEPSINI Jeannel, 1949.

PHALEPSUS Westwood 1870 (Figura 19).

Observação: Primeiro registro do gênero para a Bahia.

Figura 19- Phalepsus sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.

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34

Phalepsus sp.1

Espécime examinado: 2 ind. Fazenda. Santa Luzia, Cabruca, 11/2011, Coaraci.

Phalepsus sp.2

Espécime examinado: 3 ind., Reserva Zoobotânica, MA, 05/2011, CEPLAC, Ilhéus.

Phalepsus sp.3

Espécime examinado: 2 ind., Reserva Zoobotânica, MA, 05/2011, CEPLAC, Ilhéus.

PROTERINI Jeannel, 1949.

?Gênero novo 6 próximo a Harmophola Raffray 1896.

Gênero novo 6 sp1

Espécime examinado: 7 ind., UESC, MA, 06/2012, Ilhéus.

TRICHONYCHINI Reitter, 1882a.

BIBLOMELBA Park, 1952a.

Observação: Primeiro registro do gênero para o Brasil.

Biblomelba sp.1

Espécime examinado: 3 ind., Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.

Biblomelba sp.2

Espécime examinado: 1 ind., MA, 11/2011, UESC, Ilhéus.

Biblomelba sp.3

Espécime examinado: 1 ind., Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.

Biblomelba sp.4

Espécime examinado: 1 ind. Reserva Zoobotânica, MA, 05/2012, CEPLAC.

?Gênero novo 7 próximo a Verabalorus.

Gênero novo 7 sp.1

Espécime examinado: 3 ind. Reserva Zoobotânica, MA, 05/2011, CEPLAC, Ilhéus.

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35

TROGASTRINI Jeannel, 1949.

RHEXIUS LeConte 1849 (Figura 20).

Observação: Primeiro registro do gêneropara a Bahia.

Rhexius sp.1

Espécime examinado: 2 ind., MA, 01/2012, UESC, Ilhéus.

Rhexius sp.2

Espécime examinado: 2 ind., MA, 01/2012, UESC, Ilhéus.

Rhexius sp.3

Espécime examinado: 3 ind. Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.

Rhexius sp.4

Espécime examinado: 2 ind. Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.

Rhexius sp.5

Espécime examinado: 1 ind., MA, 11/2011, UESC,Ilhéus.

Figura 20- Rhexius sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.

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36

?Gênero novo 8 próximo a Rhexius

Gênero novo 8 sp.1

Espécime examinado: 1 ind. Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 11/2011, Coaraci.

TYRINI Reitter, 1882e (Figura 21).

APHARUS Reitter, 1882.

Observação: Primeiro registro do gênero para a Bahia.

Apharus sp.1

Espécime examinado: 1 ind., Col. 046 – funil de Berlese, 11/2011, Coletado pela

Bióloga Roberta Santos, Lab. de Mirmecologia da CEPLAC, Ilhéus.

TYRUS Aubé, 1833.

Observação: Primeiro registro do gênero para a Bahia.

Tyrus sp.1

Espécime examinado: 1 ind. Serra do Cunduru, MA, 05/2012, Coaraci.

Figura 21- Tribo: Tyrini, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.

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4 Uma nova espécie do gênero Paragoniastes (Staphylinidae, Pselaphinae)

de Camacan, Bahia, Brasil.

Resumo

Uma nova espécie de Paragoniastes (Staphylinidae, Pselaphinae) do sul da Bahia é descrita e

uma chave para auxiliar na identificação das especies de Paragoniastes do mundo é

apresentada.

Abstract

A new species of Paragoniastes (Staphylinidae, Pselaphinae) from southern Bahia is decribed

and a key to help in the identification of the species of Paragoniastes of the world is

presented.

Introdução

Os membros do gênero Paragoniastes são pequenos besouros predadores da

subfamília dos Pselaphinae, tribo Goniacerini. Esses insetos são encontrados na serrapilheira

florestal. O gênero foi descrito por Comellini para acomodar Goniastes westwoodi Raffray,

1890, descrita para o Brasil, e três novas espécies de Santa Catarina e do Paraná (P. besucheti,

P. parki e P. raffrayi). Mais recentemente P. uesci Cuccodoro e Kurbatov, 2012, foi

acrescentada neste gênero após coleta de espécimes no campus da UESC em Ilhéus-Ba.

Em pesquisas subsequentes foram coletados mais indivíduos de Paragoniastes na

RPPN da Serra Bonita, Camacan-Ba. A comparação desses espécimes com os tipos de

Paragoniastes alojados no Museu de Historia Natural, Genebra-CH, indicou que eles se

tratavam de a uma espécie até então não registrada. A espécie é descrita e seu habitus é

exemplificado, assim como o desenho de seu edeago.

Material e métodos

Todos os espécimes referidos neste estudo (10 indivíduos) foram examinados. Estes

estão alojados na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Ilhéus, Brasil e no Museu de

História Natural (MHNG), Genebra, Suíça. No futuro, o material depositado na UESC será

depositado no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), Brasil.

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As medições são definidas da seguinte forma: o comprimento do corpo é medido a

partir da porção anterior da cabeça (ou seja, a margem apical do labro) até o ápice do abdome;

largura da cabeça (LC) é a distância entre o contorno exterior da cabeça logo atrás dos olhos;

comprimento da cabeça (CC) é a distância entre a porção medial do clípeo-fontal e a margem

occipital; comprimento do pronoto (CP) é a distância entre a porção medial anterior e

posterior das margens do pronoto; largura pronotal (LP) é a distância máxima entre contorno

lateral do pronoto; comprimento elitral (CE) é o comprimento da sutura elitral; largura elitral

(LE) é a largura máxima do élitro tomada em

conjunto. Artículos antenais são medidos em vista

dorsal, como seu comprimento axial (sem haste

basal), e a sua largura máxima.

Os tergitos abdominais e esternitos são

numerados de acordo com Chandler (2001) em

algarismos arábicos (posição visível) e algarismos

romanos (posição morfológica); que são contados a

partir tergito 1 (IV) e esternito 1 (III). Terminologia

de escultura superfícial segue Harris (1979). O

edeago e outras partes do corpo foram montadas em

Euparal em lâminas de acetato e desenhado com o

auxilio de um microscópio com câmara clara. A

imagem do habitus foi composta com uma câmera

digital Leica MZ Apo montada em um microscópio

de dissecação e processada utilizando o software Automontage.

Taxonomia: Paragoniastes camacaensis Oliveira e Cuccodoro sp. nov. (Figura1).

Holótipo (macho macroftalmo, em Camacan): “Brazil, Bahia, Camacan, RPPN da Serra

Bonita, 850m <15°25' S; 39°30' W>, 29.vii.2011. “L. Pereira de Oliveira, M. Santana Fonseca

& G. Cuccodoro”.

Paratipo: idem holótipo, 2 machos macroftalmos e 7 fêmeas microftalmos, Camacan-Ba.

Descrição: Corpo (Figura 1 (a)) com 1,50 milímetros de comprimento. Cabeça com cerca 1,2-

1,3 vezes mais longa que larga (sem considerar os olhos). Antenas (holótipo) com escapo

Figura 1: Paragoniastes camacaensis, vista dorsal.

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quase tão largo quanto o pronoto;

Segundo artículo, tão longo quanto largo;

o terceiro 1,4-1,5 vezes mais longo que

largo, 1,9-2,0 vezes mais longo que o

segundo e 1,3-1,4 vezes mais longo que o

quarto; quarto artículo, tão longo quanto

largo; o quinto artículo 1,3-1,4 vezes mais

longo que largo e 1,2-1,3 vezes mais

longo que o tercei ro. Pronoto tão largo

quanto longo, totalmente coberta com

sulcos longitudinais ligeiramente

divergentes anteriormente. Élitro liso,

estrias discal interna e externa do élitro bem marcadas; estria umeral presente em mais de 3/4

do comprimento do élitro. Presença de 1 cerda disposta ao longo da estrias discal interna.

Mesofêmur com dentículo posterior subbasal obsoleto.

Medidas: (Holotipo) CC= 0.34mm; LC= 0.27mm; CP= 0.30; CE= 0.55; LE= 0.60mm.

Obs.1: Macho macroftalmo apresenta olhos com cerca de 30-32 facetas (indivíduos

microftalmo desconhecido). Esternito abdominal 2 com pequeno tubérculo medioapical tendo

cerdas curtas dirigidas para a frente; esternitos 3-5 deprimido na porção medial. Edeago

(Figuras 2 (a, b)) 0.80-0.81mm de comprimento. Parâmeros dilatados na porção apical com

uma ceta muito grande próximo ao ápice e cinco menores na extremidade.

Obs.2: Fêmea microftamo apresenta olhos com no máximo 3 facetas.

Distribuição: Esta espécie é conhecida até o momento apenas para o sul da Bahia.

Comentário: Paragoniastes camacaensis é o único membro do gênero com o pronoto

completamente coberto com sulcos longitudinais ligeiramente divergentes em sua porção

anterior em combinação com élitros lisos, mais estria humeral longa e bem marcada. Assim

como é o único a apresentar edeago com parâmeros bem dilatados na porção apical com

grandes cetas evidentes.

a b

Figura 2: P. camacaensis. a) Edeago em vista lateral e b) vista ventral. Barra de escala: 0.4mm.

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Etimologia: O epíteto camacaensis é um acrônimo para a cidade de Camacan, Bahia, onde a

nova espécie foi descoberta.

Chave para as especies de Paragoniastes

1 Centro do pronoto areolado.......................................................P. besucheti Comellini

1’ Centro do pronoto com estrias longitudinais ligeiramente divergindo na porção

anterior........................................................................................................................ 2

2 Élitros liso, sem estrias discal marcantes.....................................P. westwoodi Raffray

2’ Élitros enrugado, com estrias discal marcantes.......................................................... 3

3 Élitros sem estria umeral, Mesofemur com um dente subbasal

conspícuo...................................................................................P. raffrayi Comellini

3’ Élitro com estria umeral, sem dente basal no mesofemur.......................................... 4

4 Élitro com estria umeral, com no máximo um dente sub-basal conspícuo ou

obsoleto........................................................................P. uesci Kurbatov e Cuccodoro

4’ Élitro com estria umeral, vértice da parede ventral do lobo médio em vista lateral

linear.....................................................................P. camacaensis sp. nov. (Figura 1)

Referencias Bibliográficas

CHANDLER, D. S. Biology, Morphology, and Systematics of the Ant-Like Litter Beetle

Genera of Australia (Coleoptera: Staphylinidae: Pselaphinae), vol. 15 of Memoirs on

Entomology, International, 2001.

COMELLINI, A. Notes sur les Ps´elaphides n´eotropicaux (Coleoptera): 1, Deux

nouveaux genres de la tribu des Goniacerini. Revue Suisse de Zoologie, vol. 86, no. 3, pp.

681–689, 1979.

CUCCODORO, G.; KURBATOV, S. A.; OLIVEIRA; L. P.; FONSECA, M. S. On the

Genus Paragoniastes Comellini, 1979, with Description of a New Species from Ilhéus,

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Brazil (Coleoptera, Staphylinidae, Pselaphinae). Psyche, vol. 2012, Article ID 561352, 6

pages, 2012. doi:10.1155/2012/561352.

HARRIS, R. A. A glossary of surface sculpturing. Occasional Papers in Entomology, vol.

28, pp. 1–31, 1979.

RAFFRAY, A. Etudes sur les Pse´laphides (suite): VI. Diagnoses des espèces nouvelles sur

lesquelles sont fond´es des genres nouveaux. Revue d’Entomologie, vol. 9, pp. 193–219,

1890.

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5 Anexo I

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