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Levantamento bibliográfico: gênero no meio rural ARTIGOS, REVISTAS E PERIÓDICOS CARNEIRO, Maria José; e TEIXEIRA, Vanessa L. Mulher rural nos discursos dos mediadores. Estudos Sociedade e Agricultura, 5 novembro 1995. RATTO, Izabel Maria R. De boa mãe de família a consumidora esclarecida: os currículos de Economia Doméstica. Estudos Sociedade e Agricultura, 3 novembro 1994. CARNEIRO, Maria José. Mulheres no campo. Estudos Sociedade e Agricultura, 2 julho 1994. Farah, Marta Ferreira Santos. Gênero e políticas públicas. REVISTA ESTUDOS FEMINISTAS, DO CFC/CCE/UFSC, VOL. 12, N. 1/2004 Palavras-chaves: gênero, política pública, política de gênero, agenda de gênero, governo local. Resumo: Análise da incorporação da perspectiva de gênero por políticas públicas desenvolvidas por governos subnacionais no Brasil. O artigo inicia-se com uma reconstituição da agenda de gênero e de sua relação com a agenda de reforma do Estado e das políticas públicas desde a década de 1980. Identificam-se a seguir propostas formuladas por movimentos de mulheres e entidades feministas no campo das políticas públicas. Com base nessas propostas, são analisados programas das áreas de saúde, combate à violência contra a mulher e geração de emprego e renda, destacando-se a maior ou menor aderência das iniciativas locais à agenda feminista. Brumer, Anita e Paulilo, Maria Ignez (organizadoras). As Agricultoras do Sul do Brasil. REVISTA ESTUDOS FEMINISTAS, DO CFC/CCE/UFSC, VOL. 12, N. 1/2004 Deere, Carmem Diana. Os direitos da mulher à terra e os movimentos sociais rurais na reforma agrária brasileira. REVISTA ESTUDOS FEMINISTAS, DO CFC/CCE/UFSC, VOL. 12, N. 1/2004 Palavras-chaves: reforma agrária, movimentos sociais, direitos da mulher à terra, Brasil. Resumo: Este artigo examina a evolução da reivindicação dos direitos da mulher à terra na reforma agrária brasileira sob o prisma dos três principais movimentos sociais rurais: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), os sindicatos rurais e o movimento autônomo de mulheres rurais. O mérito maior por levantar a questão dos direitos da mulher a terra e das mulheres dentro dos sindicatos rurais. Os direitos formais das mulheres à terra foram conseguidos na reforma constitucional de 1988, e em grande medida isso foi um subproduto do esforço para acabar com a discriminação contra as mulheres em todos as suas dimensões. A conquista das igualdades formais, contudo, não levou a um aumento na parcela de mulheres beneficiárias da reforma, a qual permaneceu baixa até a metade da década de 1990. Isso aconteceu principalmente porque garantir na prática os direitos da mulher à terra não estava entre as prioridades dos movimentos sociais rurais. Além disso, o principal movimento social a determinar o passo da reforma agrária, o (MST), considerava classe e gênero questões incompatíveis. Próximo ao final da década de 1990, entretanto, havia uma consciência crescente de que deixar de reconhecer os direitos da mulher à terra era prejudicial ao desenvolvimento e à

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Levantamento bibliográfico: gênero no meio rural

ARTIGOS, REVISTAS E PERIÓDICOS CARNEIRO, Maria José; e TEIXEIRA, Vanessa L. Mulher rural nos discursos dos mediadores. Estudos Sociedade e Agricultura, 5 novembro 1995. RATTO, Izabel Maria R. De boa mãe de família a consumidora esclarecida: os currículos de Economia Doméstica. Estudos Sociedade e Agricultura, 3 novembro 1994. CARNEIRO, Maria José. Mulheres no campo. Estudos Sociedade e Agricultura, 2 julho 1994. Farah, Marta Ferreira Santos. Gênero e políticas públicas. REVISTA ESTUDOS FEMINISTAS, DO CFC/CCE/UFSC, VOL. 12, N. 1/2004 Palavras-chaves: gênero, política pública, política de gênero, agenda de gênero, governo local. Resumo: Análise da incorporação da perspectiva de gênero por políticas públicas desenvolvidas por governos subnacionais no Brasil. O artigo inicia-se com uma reconstituição da agenda de gênero e de sua relação com a agenda de reforma do Estado e das políticas públicas desde a década de 1980. Identificam-se a seguir propostas formuladas por movimentos de mulheres e entidades feministas no campo das políticas públicas. Com base nessas propostas, são analisados programas das áreas de saúde, combate à violência contra a mulher e geração de emprego e renda, destacando-se a maior ou menor aderência das iniciativas locais à agenda feminista. Brumer, Anita e Paulilo, Maria Ignez (organizadoras). As Agricultoras do Sul do Brasil. REVISTA ESTUDOS FEMINISTAS, DO CFC/CCE/UFSC, VOL. 12, N. 1/2004 Deere, Carmem Diana. Os direitos da mulher à terra e os movimentos sociais rurais na reforma agrária brasileira. REVISTA ESTUDOS FEMINISTAS, DO CFC/CCE/UFSC, VOL. 12, N. 1/2004 Palavras-chaves: reforma agrária, movimentos sociais, direitos da mulher à terra, Brasil. Resumo: Este artigo examina a evolução da reivindicação dos direitos da mulher à terra na reforma agrária brasileira sob o prisma dos três principais movimentos sociais rurais: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), os sindicatos rurais e o movimento autônomo de mulheres rurais. O mérito maior por levantar a questão dos direitos da mulher a terra e das mulheres dentro dos sindicatos rurais. Os direitos formais das mulheres à terra foram conseguidos na reforma constitucional de 1988, e em grande medida isso foi um subproduto do esforço para acabar com a discriminação contra as mulheres em todos as suas dimensões. A conquista das igualdades formais, contudo, não levou a um aumento na parcela de mulheres beneficiárias da reforma, a qual permaneceu baixa até a metade da década de 1990. Isso aconteceu principalmente porque garantir na prática os direitos da mulher à terra não estava entre as prioridades dos movimentos sociais rurais. Além disso, o principal movimento social a determinar o passo da reforma agrária, o (MST), considerava classe e gênero questões incompatíveis. Próximo ao final da década de 1990, entretanto, havia uma consciência crescente de que deixar de reconhecer os direitos da mulher à terra era prejudicial ao desenvolvimento e à

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consolidação dos assentamentos da reforma agrária e, portanto, para o movimento. O direito da mulher à terra, junto com um lobby efetivo, encorajou o Estado em 2001, a adotar mecanismos específicos para a inclusão de mulheres na reforma agrária. Brumer, Anita. Gênero e Agricultura: A situação da mulher na agricultura do Rio Grande do Sul. REVISTA ESTUDOS FEMINISTAS, DO CFC/CCE/UFSC, VOL. 12, N. 1/2004 Palavras-chaves: gênero e agricultura, mulher rural, migração rural. Resumo: O texto examina as formas de inserção das mulheres na agricultura familiar, procurando explicar a seletividade de gênero do processo migratório. Primeiramente, aborda a distribuição da população, por sexo e por grupos de idade, em diversas regiões do Estado do Rio Grande do Sul, caracterizando o maior índice de emigração de mulheres jovens do que dos demais grupos etários e de sexo. Depois, trata da divisão do trabalho por sexo e idade, dos efeitos da modernização sobre o trabalho agrícola, da inserção dos jovens no trabalho da unidade produtiva familiar, das atividades fora d agricultura e dos procedimentos utilizados pelos produtores agrícolas para a transmissão da propriedade rural para os filhos. Finalmente, discute o possível efeito do acesso das mulheres rurais à Previdência Rural sobre suas perspectivas de permanecer ou não na atividade agrícola. Paulilo, Maria Ignez S. Trabalho Familiar: Uma categoria esquecida de análise. REVISTA ESTUDOS FEMINISTAS, DO CFC/CCE/UFSC, VOL. 12, N. 1/2004 Palavras-chaves: movimentos sociais rurais, gênero, agricultura familiar, feminismo. Resumo: A influência do marxismo na Sociologia do Trabalho e no feminismo foi e ainda é muito grande, o que trouxe uma ênfase nos estudos sobre o operariado. Com isso, o campesinato tornou-se um tema de difícil articulação dentro do marxismo e do feminismo. Havia uma crença generalizada de que liberação das mulheres passaria necessariamente por sua independência financeira, fruto da inserção individual no mercado de trabalho. Como 'encaixar' aí as mulheres em regime de trabalho familiar? Elas não foram bem 'encaixadas', havendo com freqüência um 'viés urbano' perpassando as análises do trabalho feminino no campo. O surgimento de vários movimentos de mulheres agricultoras no Brasil colocou em cheque a visão corrente de 'vítimas' que se tinha sobre elas, na medida em que estão se impondo como 'atoras'. Neste momento, porém, os movimentos feministas estão mais voltados para questões de reconhecimento, de identidade, que de redistribuição de renda, propriedades e, o que nos interessa mais, terra. Nosso objetivo neste trabalho é desvendar os preconceitos imbricados na análise do campesinato e trazer de volta questões sobre a condição econ6omica desigual das mulheres envolvidas na agricultura familiar, cujo acesso à terra se faz quase unicamente pelo casamento. O direito de tomar decisões sobre a própria vida pode ser desvinculado da obtenção de um salário individual, mas não do acesso a uma renda própria. Stropasolas, Valmir Luiz. O valor do casamento na agricultura familiar. REVISTA ESTUDOS FEMINISTAS, DO CFC/CCE/UFSC, VOL. 12, N. 1/2004 Palavras-chaves: agricultura familiar, juventude, gênero, casamento. Resumo: O artigo aborda o questionamento de valores culturais na agricultura familiar e, especificamente, coloca em relevo as diversas representações que vêm sendo construídas por jovens e mulheres em torno da noção de casamento. Para discutir o

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significado, a importância e as redefinições em curso na categoria casamento, resgatam-se alguns depoimentos feitos por filhas/os de agricultores familiares na âmbito da minha pesquisa de doutorado realizada na região Oeste de Santa Catarina. A partir da análise das representações e das iniciativas da juventude rural, visualiza-se a emergência de conflitos na horizonte das escolhas dos modelos de família e casamento, processo que repercute nos projetos de vida formulados por moças e rapazes e que acarreta um viés de gênero no movimento migratório de jovens. Silva, Cristiani Bereta da. Relações de gênero e subjetividade no DEVIR MST. REVISTA ESTUDOS FEMINISTAS, DO CFC/CCE/UFSC, VOL. 12, N. 1/2004 Palavras-chave: movimentos sociais, gênero, subjetividades. Resumo: Os relatórios internos e as diversas e distintas publicações do e sobre o MST produzidos nos últimos 20 anos desvelam processos que permitem perceber que outras preocupações foram constituídas em meio às lutas e disputas pela idas e vindas da produção de idéias, práticas e sujeitos de um Movimento em construção. Este estudo é um exercício crítico de reflexão sobre a natureza dessas produções nas relações cotidianas, nas tentativas de construir sujeitos militantes. Busca investigar como as mudanças foram sendo construídas e de forma foram investidas sobre as relações de trabalho, sociais, políticas e, também afetivas de mulheres e homens, bem como de homens e homens, e de mulheres e mulheres, nas dobras do MST. Boni, Valdete. Poder e Igualdade: As relações de gênero entre sindicalistas rurais de Chapecó, Santa Catarina. REVISTA ESTUDOS FEMINISTAS, DO CFC/CCE/UFSC, VOL. 12, N. 1/2004 Palavras-chaves: Gênero, sindicalismo, empoderamento. Resumo: A participação das mulheres na direção dos sindicatos, incluindo o Sindicato de Trabalhadores Rurais, tem aumentado nos últimos anos. O movimento sindical rural, historicamente masculino, não aceitava mulheres associadas até início dos anos de 1980. Hoje as mulheres vêm ocupando cargos nas direções executivas, o que não significa que os sindicatos tenham mudado suas práticas discriminatórias. Neste texto analiso as relações de gênero e poder que envolvem homens e mulheres dirigentes no oeste do Estado de Santa Catarina. Mesmo com a abertura do espaço sindical para as mulheres e a instauração da cota mínima de 30% de participação feminina estabelecida pela CUT, não há muitas mulheres nos cargos de direção. Elas ficam 'escondidas' nos quadros de apoio, ou não participam igualmente, já que o sindicato não evolui quanto às suas práticas cotidianas, ainda discriminatórias. É uma batalha constante aliar reivindicações de classe à busca por igualdade de gênero e poder. Às vezes as mulheres precisam escolher uma das bandeiras. Karan, Karen Follador Karam. A mulher na agricultura orgânica e em novas ruralidades. REVISTA ESTUDOS FEMINISTAS, DO CFC/CCE/UFSC, VOL. 12, N. 1/2004 Palavras-chaves: mulher agricultura, ruralidade, agricultura orgânica. Resumo: Conhecer e reconhecer o papel da mulher agricultora nos novos processos produtivos em curso voltados a atualizar o lugar do rural nas sociedades contemporâneas, a partir do sistema de produção da agricultura orgânica, é a pretensão maior deste trabalho. Interessa identificar as estratégias adotadas pela agricultura familiar para a dinamização e manutenção de modos de viver o meio rural nas

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sociedade modernas. Nesse contexto é que se pesquisou a agricultura orgânica na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), analisou-se quem são os agricultores envolvidos no processo e, dentro dele, buscou-se apontar o papel que a mulher agricultora desempenha, desde o processo produtivo até a sociabilidade necessária à manutenção de um "meio rural vivo", onde a agricultura orgânica aparece como uma estratégia. Salvaro, Giovana Ilka Jacinto. Jornadas de trabalho de mulheres e homens do MST. REVISTA ESTUDOS FEMINISTAS, DO CFC/CCE/UFSC, VOL. 12, N. 1/2004 Palavras-chaves: assentamento coletivo, relações de gênero, divisão sexual do trabalho, jornadas diárias de trabalho Resumo: Este texto busca discutir a divisão sexual do trabalho em assentamento coletivo do Movimento dos Sem Terra (MST), em Santa Catarina, marcado pela proposta de coletivização da terra e dos meios de produção. Nessa forma de organização, busca-se, seguindo as diretrizes estabelecidas pelo MST, a transformação igualitária e solidária da sociedade, incluindo a construção de novas relações de gênero. O que se observou é que, no cotidiano, mulheres e homens, sujeitos históricos e culturais, apropriam-se desses discursos de gênero, ao mesmo tempo que buscam lidar com as contradições que se apresentam. Entre estas, colocam-se as diferentes jornadas de trabalho que, apoiadas em padrões relacionais fixas, determinam oito horas diárias para os homens na produção e quatro para as mulheres, em função do trabalho doméstico e do cuidado das crianças. Woortmann, Ellen F. Da complementaridade à dependência: espaço, tempo e gênero em comunidades "pesqueiras"do nordeste. REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS SOCIAIS (ANPOCS), Ano 7, N. 18/1992 Palavras-chaves: espaço, gênero, identidade Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar a relação entre o espaço, a construção do gênero e a condição feminina em comunidades que se identificam como "pesqueiras". Ele se divide em quatros partes. Na primeira, discuto a relação entre identidade, classificação do espaço e classificação de gênero. Na Segunda, apresento uma descrição etnográfica da perda sucessiva de espaços/ambientes e seus efeitos sobre a mulher, periodizando a história dos grupos estudados a partir da percepção das mulheres. A terceira parte está voltada para a relação entre o espaço e a construção do tempo histórico, também do ponto de vista das mulheres. Finalmente, na Quarta parte, considero a relação entre modernização, ambiente e condição feminina. As duas últimas partes retomam algumas questões que foram sugeridas nas duas primeiras. Brumer, A. - A REPRODUÇÃO DA UNIDADE FAMILIAR DE PRODUÇÃO: GÊNERO, HERANÇA DA TERRA, EDUCAÇÃO E TRABALHO. In: XXIV Congreso Latinoamericano de Sociologia, 2003, Arequipa (America Latina: Hacia una Nueva Alternativa de Desarrollo. Associação Latino-Americana de Sociologia -ALAS).Trabalho publicado na íntegra, no CD do congresso. Palavras-chaves: Gênero, sucessão geracional, reprodução geracional. Resumo: O trabalho examina as condições principais em que se dá a reprodução geracional nas unidades familiares de produção, numa perspectiva de gênero. Examina também as transformações que provocam mudanças na práticas tradicionais de sucessão

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geracional, envolvendo aspectos tais como a herança da terra, o acesso à educação e a atividades múltiplas no meio rural. Brumer, A - A REPRODUÇÃO GERACIONAL NA UNIDADE DE PRODUÇÃO FAMILIAR NA AGRICULTURA: UMA ABORDAGEM CONCEITUAL. In: XI Congresso Brasileiro de Sociologia, 2003, Campinas, São Paulo (Sociologia e Conhecimento: Além das Fronteiras - Sociedade Brasileira de Sociologia, 2003. Anais do congresso, p.98. Palavras-chaves: reprodução geracional, gênero, herança da terra, juventude rural. Resumo: Com vistas a subsidiar pesquisas sobre juventude rural, neste trabalho, apresentam-se e discutem-se alguns elementos do conceito de reprodução geracional na unidade de produção familiar na agricultura. Merecem destaque, entre outros, os seguintes aspectos: dimensões do conceito de reprodução (reprodução profissional X reprodução da unidade produtiva); lógica de reprodução X transmissão do patrimônio; gênero X herança da terra. Brumer, A, Lopes, M. N., Sevilla, G., - A INSERÇÃO DE MULHERES JOVENS NA AGRICULTURA FAMILIAR NO EXTREMO SUL DO BRASIL Trabalho a ser apresentado no GT 31: 'Employment and labour relations in rural areas`, no XI Congresso Internacional de Sociologia Rural, da IRSA, a ser realizado em Trondheim, Noruega, no período de 25 a30 de julho de 2004. Palavras-chaves: jovens agricultores, gênero, agricultura familiar. Resumo: O objetivo principal deste trabalho é analisar as perspectivas de permanência dos jovens agricultores, no meio rural, num enfoque de gênero. Procura-se explicar o menor interesse das jovens mulheres em permanecer na atividade agrícola, devido às formas diferenciadas em que são socializados rapazes e moças no trabalho agrícola, do limitado acesso das jovens mulheres a responsabilidades, a uma renda própria e à herança da terra. Brumer, A - PREVIDÊNCIA SOCIAL RURAL E GÊNERO. Sociologias. Porto Alegre, v.7, p.50 - 81, 2002. Palavras-chaves: Gênero, Mulher Rural, Previdência Social Rural Resumo: O trabalho apresenta uma análise das principais transformações da previdência rural no Brasil, que culminaram com a inclusão das mulheres trabalhadoras rurais como beneficiárias (direito à aposentadoria por idade e salário-maternidade) na legislação aprovada pelo Congresso Nacional em 1988. Paralelamente, faz-se um exame do papel do Estado e da sociedade civil na evolução da legislação relativa à previdência social rural, procurando-se evidenciar seu caráter de ‘doação’ por parte do Estado ou da ‘conquista’ pelos próprios trabalhadores(as). Finalmente, são examinados alguns impactos da implantação da previdência social rural no sul do Brasil, ressaltando-se seu papel na diminuição da pobreza rural e da desigualdade na distribuição da renda, assim como sua importância material e simbólica na mudança de relações de gênero no meio rural. Brumer, A - PREFÁCIO ao livro “O empoderamento da mulher; direitos à terra e direitos de propriedade na América Latina”, publicado em Porto Alegre, pela Editora da UFRGS, em 2002. p.5-8.

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Brumer, A - PREFÁCIO ao livro “Jeito de mulher; a busca de direitos sociais e da igualdade de gênero no Rio Grande do Sul”, de autoria de Alie van der Schaaf, publicado pela EDUPF, Passo Fundo/RS, em 2001. p.5-7. Brumer, A - RELACIONES DE GÉNERO Y SEGURIDAD SOCIAL EN EL SUR DE BRASIL. In: Alicia Puyana y Guillermo Farlán (org.). Dessarrollo, Equidad y Ciudadanía: Las políticas en América Latina. México: Plaza y Valdes, 2003. p. 261-283. Palavras-chaves: Gênero, assistência social Resumo: El propósito central de este estudio es exponer la evolución que há tenido el sistema de seguridad social en Brasil, poniendo especial atención en los avances que han logrado las mujeres trabajadoras de las áreas rurales. Al hacer esto es importante examinar los antecedentes de estos avances, sobre todo al enfatizar el carácter de "donativo" que el imprime es Estado, o el de "conquista" que le dan las trabajadoras. Al concentrar nuestros estudios en la parte sur de Brasil, nuestra intención también es la de analizar los efectos sociales que tiene la seguridad social en sus beneficiarios y considerar las posibles direcciones que pueden tomarse en las presentes circunstancias de la sociedade brasileña. Rosas, E.N.L., Brumer A, - APOSENTADORIA RURAL E GÊNERO NO SUL DO BRASIL Palavras-chaves: aposentadoria rural, gênero, meio rural. Resumo: A partir da Constituição de 1988, as mulheres rurais passaram a ter acesso aos benefícios da aposentadoria e da licença maternidade. Entre as conseqüências dessa medida estão seu caráter redistributivo e sua importância na sustentabilidade da agricultura como uma espécie de seguro agrícola. De acordo com uma perspectiva de gênero, pode-se esperar que seus efeitos sejam diferentes para homens e mulheres. O objetivo da pesquisa é verificar o impacto da aposentadoria sobre a situação das mulheres rurais, examinando: 1º as formas de utilização dos recursos da aposentadoria em domicílios onde a mulher é a única aposentada e em domicílios onde o beneficiário é o homem ou o casal; 2º as possíveis alterações nas relações familiares. A análise baseia-se na recodificação dos dados coletados pelo IPEA/Ipardes/Deser em 1998, num total de 3000 questionários, em domicílios com pelo menos um beneficiário da previdência rural, nos três estados do sul do Brasil. Foram feitas também observações e entrevistas, com roteiro semi-estruturado, com mulheres e homens do meio rural, que possibilitam uma análise qualitativa dos impactos do acesso à aposentadoria nas relações familiares. A análise dos dados indica que as mulheres utilizam o recurso para aumentar seu poder pessoal junto aos demais membros da família, enquanto que os homens privilegiam o uso do recurso na esfera produtiva. Isto fica evidenciado, no caso das mulheres, pela forma de utilização dos recursos da aposentadoria no auxílio aos demais membros da família. Além disso, devido ao acesso a uma conta bancária em seu nome, a um recurso que podem controlar diretamente e à percepção de que o acesso aos benefícios da previdência resultou de uma conquista e não de uma dotação por parte do Estado, elas têm maior autonomia, auto-estima e confiança no seu potencial. Trabalho apresentado no VI Congresso da Associação Latino-Americana de Sociologia Rural (ALASRU), realizado em Porto Alegre, em novembro de 2002. Publicado no Livro de Resumos do Congresso, p. 106.

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Lopes, M.N., Brumer,A - ANÁLISE DA DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO NA UNIDADE DE PRODUÇÃO AGRÍCOLA Palavras-chaves: Agricultura familiar, gênero, divisão sexual do trabalho. Resumo: O objetivo principal da pesquisa é analisar a divisão sexual do trabalho dentro da produção familiar agrícola, sob uma perspectiva de gênero. Geralmente as mulheres participam ativamente das atividades na unidade produtiva, além de responsabilizar-se pelas atividades domésticas. Com a modernização da agricultura, o trabalho humano é em grande parte substituído pelas máquinas, o que resulta num relativo excesso de trabalhadores permanentes, face “as necessidades produtivas”. A pesquisa procurará examinar os arranjos existentes entre os membros da família (homens e mulheres, pais e filhos) para distribuição do trabalho dentro da unidade produtiva e fora do estabelecimento familiar. Serão examinados dados já coletados em duas regiões do Rio Grande do Sul (Vale do Caí e Litoral), contanto com 200 questionários. Trabalho apresentado no XIV Salão de Iniciação Científica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, dezembro de 2003; e no XI Congresso Brasileiro de Sociologia, realizado em Campinas, São Paulo, de 01 a 05 de 2003). (Sessão Sociólogos do Futuro) Brumer, A; Souza, R .H. V; Zorzi, A - ETNIA, GÊNERO E ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA. In: XIV Salão de Iniciação Científica da UFRGS, 2002, Porto Alegre Palavras-chaves: Etnia, gênero, agricultura familiar. Resumo: As pequenas propriedade agrícolas, baseadas na mão-de-obra familiar, constituem-se simultaneamente como unidades de produção (atribuídas aos homens) e de reprodução (atribuídas às mulheres). O trabalho desenvolvido pelas mulheres na esfera produtiva e o dos homens no espaço doméstico são geralmente concebidos como ‘ajuda’. Neste trabalho pretende-se relacionar a organização produtiva dos estabelecimentos agrícolas com o espaço ocupado pelas mulheres, principalmente jovens, na produção familiar, enfatizando a possibilidade da influência da cultura (origem étnica das famílias estudadas) em sua na delimitação. A análise baseia-se em dados primários coletados no estado do Rio Grande do Sul. Nas duas amostras formadas por agricultores com predominância de origem étnica alemã, tanto a organização produtiva como a divisão do trabalho por gênero são diferentes das características encontradas nas duas amostras formadas por agricultores com predominância de origem étnica luso-brasileira, aspectos que se sustentam na literatura existente sobre o assunto. Trabalho publicado no livro de Resumos Iniciação Científica 2002. Porto Alegre: Propesq-UFRGS, 2002, p.866. Brumer, A e Giacoboo, E. O - A Mulher Na Pequena Agricultura Modernizada. HUMANAS. UFRGS, v.16, n.1, p.139 - 156, 1993 Palavras-chaves: Pequena Produção, Produção Familiar na agricultura, Trabalho da Mulher Resumo: O trabalho parte da hipótese que as transformações que acompanham o processo de modernização - mantida a tradicional divisão sexual do trabalho vigente em nossa sociedade - provocam mudanças na pequena produção agrícola em aspectos tais como a separação entre a produção para o auto-consumo e a produção para o mercado e entre as esferas produtiva e doméstica, acentuando-se a divisão sexual do trabalho entre homens e mulheres. O estudo examina a divisão sexual do trabalho existente em 47 unidades produtivas de pequenos produtores de soja e trigo de Ijuí (RS), focalizando os

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seguintes aspectos: a) a chefia do estabelecimento; b) a divisão de tarefas entre os sexos em diferentes tipos de unidades produtivas; c) o trabalho da mulher fora do estabelecimento agropecuário. O estudo examinou, ainda, as diferentes oportunidades dos filhos desses pequenos produtores de acordo com o sexo. Brumer, A - O Sexo da Ocupação: Considerações Teóricas Sobre A Inserção da mão-de-obra feminina na Força de Trabalho. Revista Brasileira De Ciências Sociais (ANPOCS), v.8, n.3, p.20 - 38, 1988. Palavras-chave : Divisão Sexual do Trabalho, Mulher, Trabalho. Resumo: A partir do exame da forma como a mão-de-obra feminina se insere na força de trabalho brasileira, o texto discute as principais teorias que tentam explicar a estratificação do trabalho por sexo e a discriminação a que são submetidas as mulheres. São apresentadas e discutidas as formulações teóricas do "exército industrial de reserva" e da "segmentação do mercado de trabalho", mostrando-se suas limitações. Finalmente, faz-se uma análise da "teoria do patriarcado" e de suas relações com o modo de produção capitalista, examinando-se suas possibilidades de explicar as relações entre o capital e o trabalho assalariado, em suas especificações de sexo. Brumer, A., Freire, N. M. S. - O Trabalho da mulher na pequena produção Agrícola, Revista do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas/UFRGS v.:XI/XII, n.3, p.305 - 322, 1983. Palavras-chave : Campesinato, Mulher Rural, Pequena Produção Resumo: O presente trabalho tem como base a tese de mestrado de Nadia M. S Freire, intitulado "Mulher, trabalho e capital no campo; um estudo da pequena produção em Cruzeiro do Sul/RS" apresentada em 1983. O objetivo deste trabalho é duplo. De um lado visa examinar as principais mudanças ocorridas em um grupo de pequenas propriedades agrícolas durante um período de 10 anos. De outro lado, pretende analisar o trabalho da mulher nessas propriedades, verificando como o avanço do capitalismo trouxe transformações nas atividades que desenvolvem. Brumer, A. - Mulher e Desenvolvimento Rural In: MULHER, FAMÍLIA E DESENVOLVIMENTO RURAL Ed.SANTA MARIA: UFSM, 1996, p.39-58. Palavras-chave : Mulher e desenvolvimento rural Resumo: O exame da mulher rural em diversos países revela a existência de variações consideráveis tanto entre as nações como entre diferentes regiões de um mesmo país. Vários estudos têm demonstrado que o grau e o tipo de desenvolvimento sócio-econômicos apresentados por diferentes países ou regiões têm muito a ver com as maneiras como as mulheres se inserem na divisão do trabalho e dos bens sociais e com as possibilidades existentes para elas nessas sociedades. O objetivo primeiro deste estudo é examinar os principais fatores que afetam a inserção das mulheres rurais em atividades produtivas e como o desenvolvimento rural pode modificá-las. Para isso, são considerados os resultados de algumas pesquisas realizadas na América Latina e de uma pesquisa comparativa internacional sobre a produção familiar na agricultura, da qual a autora participou, e de dados coletados pela autora numa região do sudoeste da Bahia, em 1993. A hipótese principal é que existe uma relação entre o tipo de produção desenvolvido, a tecnologia utilizada e a forma de inserção no mercado dos produtores e a divisão de trabalho que se institui no interior dos estabelecimentos produtivos.

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Brumer, A - A reprodução da unidade familiar de produção: gênero, herança da terra, educação e trabalho In: XXIV Congreso Latinoamericano de Sociologia, 2003, Arequipa. Palavras-chaves: Gênero, herança da terra, educação, trabalho, agricultura familiar. Resumo: Com vistas a subsidiar pesquisas sobre juventude rural, neste trabalho, apresentam-se e discutem-se alguns elementos do conceito de reprodução geracional na unidade de produção familiar na agricultura. Merecem destaque, entre outros, os seguintes aspectos: dimensões do conceito de reprodução (reprodução profissional X reprodução da unidade produtiva); lógica de reprodução X transmissão do patrimônio; gênero X herança da terra. Brumer, A. A Participação das Mulheres Na Produção Familiar Agrícola In: "O desenvolvimento de uma outra agricultura: acesso à terra e a meios de produção, a questão da fome e a integração social". Curitiba - Paraná: 1995. Palavras-chave: Mulher Rural, Produção Familiar Na Agricultura Resumo: Não disponível Brumer, A - Divisão do Trabalho Na Pequena Produção Agrícola - O Trabalho da Mulher. In: VIII Encontro Anual da Associação Nacional de pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS). AGUAS DE SAO PEDRO: 1984. p. 650 Palavras-chaves: gênero, trabalho, agricultura familiar. Brumer, A. - Mobilização de Mulheres No Campo No Sul do Brasil (Luta Por Uma Identidade Camponesa Ou Movimento Feminista?) In: CONGRESSO DOS AMERICANISTAS. AMSTERDAM, HOLANDA: 1988. p.0 - 0 Palavras-chaves: mulher, agricultura familiar, movimento feminista Resumo: Resumo: A mobilização das agricultoras gaúchas visando sua inclusão como beneficiárias do sistema de previdência social (SPS), iniciada no final dos anos 1970, insere-se dentro de um quadro onde se destacam, de um lado, a crise econômica vivida pelos produtores rurais, e, de outro, um contexto de mudança política. Essa mobilização põe em destaque uma problemática mais ampla, que inclui a questão dos preços agrícolas e do endividamento dos pequenos produtores modernizados, a consideração das mulheres, juridicamente, como agricultoras de fato e de direito (o que significa, entre outras coisas, inclusão, de formas autônomas, como beneficiárias do SPS e como sócias do sindicato de trabalhadores rurais), a equiparação dos trabalhadores rurais aos trabalhadores urbanos no que diz respeito ao recebimento de benefícios do SPS e, mais timidamente, a relação homem/mulher dentro da família. Em resumo, trata-se de um passo dentro de processo de construção de uma identidade camponesa, a qual provoca efeitos no processo de construção da identidade feminina. Brumer, A - Gênero e agricultura: a situação da mulher na agricultura do Rio Grande do Sul. In: XXII Congresso Internacional da Latin American Studies Association (LASA), Hyatt Regency Miami, 16-18 de março de 2000. Palavras-chaves: Gênero e agricultura – mulher rural – migração rural

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Resumo: O texto examina as formas de inserção das mulheres na agricultura familiar, procurando explicar a seletividade do processo migratório. Primeiramente, aborda a distribuição da população, por sexo e por grupos de idade, em diversas regiões do estado, caracterizando o maior índice de emigração de mulheres jovens do que dos demais grupos etários e de sexo. Depois, trata da divisão do trabalho por sexo e idade, dos efeitos da modernização sobre o trabalho agrícola, da inserção dos jovens no trabalho da unidade produtiva familiar, das atividades fora da agricultura, dos procedimentos utilizados pelos produtores agrícolas para a transmissão da propriedade rural e do possível efeito do acesso das mulheres à Previdência Rural sobre suas perspectivas de permanecer ou não na atividade agrícola. RUA, Maria das Graças; ABRAMOVAY, Miriam. Companheiras de luta ou “coordenadoras de panelas”? As relações de gênero nos assentamentos rurais. Brasília: UNESCO, 2000. SCHAAF, Alien van der. Jeito de mulher rural: a busca de direitos sociais e da igualdade de gênero no Rio Grande do Sul. Passo Fundo:UPF, 2001. HALSEMA, Ineke van. Housewives in the field: power, culture and gender ina a South-Brazilian village. Amsterdam: CEDLA, 1991. LISBOA, Teresa K. Gênero, classe e etnia: trajetórias de vida de mulheres migrantes. Florianópolis: ed. Da UFSC; Chapecó: Argos, 2003. PREVESLAU, Clio. ALMEIDA, F. Rodrigues e ALMEIDA J. Anécio (org.) Mulher família e desenvolvimento rural. Santa Maria RS: Ed. da UFSM, 1996.

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.2 GROUP, Caipora W. Women in Brazil. London: Latin America Bureau, 1993. Women and devopment: 1990-1992/Royal Tropical Institute, Department of Information and Documentation. – Amsterdã: Royal Tropical Institute- (An annoted bibliography. NOBRE, Miriam; SILIPRANDI, Emma; QUINTELA, Sandra; MENASCHE, Renata (Orgs.). Gênero e agricultura familiar. São Paulo: SOF, 1998. (Cadernos Sempreviva). PAULILO, Maria Ignez S. “O peso do trabalho leve”. In: Revista Ciência Hoje. Rio de Janeiro: SBPC, 5 (28): 64-70. 1987. PAULILO, Maria Ignez S. Leite: produção familiar, mercado e saúde publica. In: Revista de Ciências Humanas. Florianópolis/SC, N° 31, p. 31-65, abril de 2002. Walquíria Kruger Corrêa. A produção familiar e os desafios do mercado. In: Revista de Ciências Humanas. Florianópolis/SC, N° 31, p. 109-132, abril de 2002. CHOINASKI, Luci. Uma experiência prática de luta. In: Mulher e política: Gênero e feminismo no Partido dos Trabalhadores. Ângela Borba, Nalu Faria, Tatau Godinho (organizadoras). São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 1998. Bila Sorj. O Feminismo como Metáfora da Natureza. Rev. Estud. Fem Volume 0 1992.

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Céli Pinto. A Sem-Terra Sem Roupa . Rev. Estud. Fem Volume 5 nº 2/97 Maria José Carneiro Esposa de Agricultor na França Rev. Estud. Fem. Volume 4 nº 2/96 CARNEIRO, MARIA JOSÉ. Herança e gênero entre agricultores familiares. Rev. Estud. Fem., 2001, vol.9, no.1, p.22-55. ISSN 0104-026X. Entender as lógicas de transmissão do patrimônio familiar, particularmente no caso da terra, levando-se conta as diferenças de gênero, exige identificar os distintos papéis reservados ao homem e à mulher na dinâmica de reprodução social. A compreensão de tais lógicas distintas requer que investiguemos os diferentes significados do patrimônio territorial em cada contexto social e cultural. Embora a herança seja baseada na noção de consangüinidade, as regras costumeiras não reconhecem os mesmos direitos para todos os filhos. É precisamente sobre essas diferenças de que trataremos nesse artigo, particularmente no que se diz respeito às distintas práticas derivadas das identidades de gênero. Buscar-se-á entender a lógica das diferentes formas de transmitir a herança e sua relação com a reprodução social de famílias de agricultores familiares em duas regiões distintas: no município de Nova Pádua, na região de influência de Caxias do Sul, no estado do Rio Grande do Sul, e na região serrana do estado do Rio de Janeiro, município de Nova Friburgo. Palavras-chave: reprodução social; agricultura familiar; herança; identidades de gênero DI CIOMMO, Regina Célia. Relações de gênero, meio ambiente e a teoria da complexidade. Rev. Estud. Fem., jul./dez. 2003, vol.11, no.2, p.423-443. ISSN 0104-026X. O trabalho utiliza a teoria da complexidade para a análise das questões de gênero, mostrando que a sociedade as constrói em uma interação de informações entre natureza e cultura. O enraizamento bioantropológico e as características socioculturais comportam graus diversos de experiências, conhecimentos e sabedoria, em uma complexa organização em que as oposições não devem significar extinção e as diferenças não podem traduzir enfraquecimento ou superioridade. Dessa forma, podemos aplicar o conceito do "anel tetralógico" de Edgar Morin, que comporta desordem, organização, ordem e interação para a compreensão dos impasses entre seres masculinos e femininos, humanos e não-humanos, em direção a uma mudança paradigmática em nossas relações sociais e ambientais. Palavras-chave: gênero; complexidade; meio ambiente; educação; ecologia humana. NOBRE, Miriam e FARIA, Nalu. Feminismo em movimento: temas e processos organizativos da Marcha Mundial das Mulheres no Fórum Social Mundial. Rev. Estud. Fem., jul./dez. 2003, vol.11, no.2, p.623-632. ISSN 0104-026X. O texto apresenta uma comparação entre o surgimento e desenvolvimento do processo Fórum Social Mundial e a Marcha Mundial das Mulheres no Brasil. O Fórum teve uma enorme contribuição para historicizar a globalização capitalista e mudar os termos do debate, e o movimento de mulheres tem sua trajetória imersa neste contexto, assim como o feminismo tem um grande potencial para desnaturalizar o discurso sobre a globalização e a economia neoliberal. O texto também mostra as relações construídas entre os movimentos sociais e suas agendas em comum que vêm se expressando no conjunto das ações do movimento antiglobalização. Palavras-chave: mulheres; feminismo; movimentos sociais; política.

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NAZZARI, Muriel. Tradução de Lólio Lourenço de Oliveira. O desaparecimento do dote: mulheres, famílias e mudança social em São Paulo, Brasil, 1600 ? 1900 - São Paulo: Companhia das Letras, 2001. 361 p. Texto na integra O dote é uma antiga prática, herdada dos portugueses, que inúmeras novelas de época da televisão brasileira já mostraram: o pai, poderoso escravocrata, senhor de engenho de cana-de-açúcar ou fazenda de café, combina o casamento de sua filha com o filho de um outro senhor igualmente poderoso. A moça, chorosa protagonista apaixonada pelo mocinho da trama, levaria consigo um dote, em bens ou dinheiro. Moça sem dote corria o risco de morrer solteira. José de Alencar, no romance Senhora, foi porta-voz da moça pobre condenada ao celibato forçado, criticando com veemência a prática do dote. Era um 'puxão de orelhas' nos rapazes interesseiros. Na Inglaterra, o costume do dote durou até o final do século XIX e na Alemanha parece ter persistido até pouco depois da Primeira Guerra Mundial. Na Europa contemporânea já se extinguiu quase completamente, resistindo ainda em pequenas localidades rurais da Grécia, Irlanda, Itália, Espanha, Portugal e Malta. A Índia não o abandonou. Alguns estudos acompanharam o seu declínio em países da América de língua espanhola.1 Um livro recentemente traduzido pela editora Companhia das Letras analisa as transformações sofridas por essa prática na longa duração da história de um núcleo urbano específico: a sociedade paulista. Publicado originalmente em 1991, pela Stanford University Press, O desaparecimento do dote foi um longo trabalho de pesquisa, realizado pela professora emérita de história da Indiana University, em inventários dos séculos XVII ao XIX. Partindo de uma perspectiva da história econômica, a autora mostra como o declínio dessa prática esteve condicionado às mudanças econômico-sociais sofridas pela sociedade paulista. Conseqüentemente, o casamento, a família e o papel da mulher sofreram profundas modificações ao longo do tempo. Se no século XVII a mulher de elite era peça-chave do sistema produtivo, já que o dote que trazia consigo era a base da viabilização material da família, no século XIX a autora percebeu uma inversão desse papel, pois em um contexto urbano socialmente mais complexo como o paulista, com uma grande maioria de pequenos proprietários, comerciantes e profissionais liberais, os pais não dispunham dos recursos semelhantes aos de seus antepassados para dotar suas filhas, de modo que as moças iam, em boa medida, de mãos abanando para o casamento. O declínio do dote deslocou a mulher de elite para uma posição secundária no casamento, mas também alterou o próprio sentido do matrimônio, já que passaram a não ser mais os atrativos de enriquecimento que levavam o noivo ao altar. A família extensa e o poder do patriarca, conseqüentemente, foram diminuindo, com a maior necessidade de autonomia dos filhos para se dispersarem em busca do próprio sustento, afinal, não havia mais o aceno de um bom dote, e as transformações econômicas e jurídicas vividas pela sociedade brasileira viriam a debilitar o outrora tão absoluto pater familis. Antonio Candido, em estudo clássico sobre a família brasileira,2 já havia mostrado, em 1972, como se deu a passagem de uma família fortemente patriarcal para a maior independência dos filhos. Sobre o dote, Laima Mesgravis, em 1976, identificou a sua prática por entidades de caridade, como a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que até 1836 ainda notificava a dotação de uma jovem.3 Eni de Mesquita Samara apontou a importância do dote, no século XIX, como estratégia familiar na transmissão do legado.

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Embora a cidade de São Paulo passasse por transformações econômicas, ocorrendo inclusive um empobrecimento da população, a prática do dote manteve-se, embora readequada aos recursos disponíveis. Muriel Nazzari, contudo, atenta às conclusões dessas pesquisas, inovou ao documentar, através de uma minuciosa investigação em inventários, esse processo na longa duração dos séculos XVII ao XIX. Para ela, o século XVIII foi a fase de transição, na qual o costume do dote se enfraqueceu bastante, mas ainda era mantido pelas famílias que podiam se dar o luxo de paramentar suas filhas com recursos suficientes para atrair um casamento. A autora relaciona o declínio do dote na sociedade brasileira, também, ao advento de pressupostos individualizantes, próprios das sociedades modernas burguesas, o que teria levado a uma maior autonomia dos filhos, ao declínio da família patriarcal e ao predomínio do casamento baseado no amor. Mas essa é uma conclusão bastante questionável, tendo em vista que, em uma sociedade fortemente senhorial e com vigorosa herança personalista e privada, como a brasileira, esses pressupostos individualizantes não parecem ter encontrado ambiente propício para se desenvolverem plenamente, principalmente no século XIX. A família patriarcal pode ter se enfraquecido na prática, mas em termos das estruturas de pensamento ainda teve vida longa, se é que ainda não tem. Em uma sociedade como a paulista, com o advento da grande lavoura cafeeira, o dote pode ter declinado não pelo avanço do individualismo, mas pelo fortalecimento econômico das famílias cafeeiras, de modo que o casamento pode ter passado a ser um meio de somar fortunas, não de arranjar um genro que tocasse o empreendimento da família da noiva ou a enobrecesse com seu sobrenome. Temas como casamento e família têm inscrição direta no plano cultural de uma sociedade, de modo que a perspectiva essencialmente econômica da autora a impediu de perceber a especificidade da sociedade brasileira. Mesmo com o declínio da família patriarcal, ainda parece predominar um aroma bem masculino. Mas avançamos, é inegável, embora ainda seja preciso fazer mais. Ao contrário de nossas afortunadas antepassadas, não são nossos pais que decidem sobre nossos maridos, mas continuamos, em boa parte, sendo peça-chave no sustento de nossas famílias. E ai de nós se não trabalharmos para o nosso dote de cada dia... 1 LAVRIN, Asunción, and COUTURIER, Edith. "Dowries and Wills: a View of Women's Socioeconomic Role in Colonial Guadalajara and Puebla, 1640 –1790". Hispanic American Historical Review 59, n. 2, p. 280-304, 1979. ARROM, Silvia M. "Changes in Mexican Family Law in the Nineteenth Century: the Civil Codes of 1870 and 1884". Journal of Family History 10, n. 3, p. 304-17, autumn 1985. 2 CANDIDO, Antonio. "The Brazilian Family". In: SMITH, Lynn, and MARCHANT, Alexander. (Orgs.). Brazil: Portrait of Half a Continent. Westport, Conn.: Greenwood Press, 1972. 3 MESGRAVIS, Laima. A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (1559? – 1884). São Paulo: Conselho Estadual de Cultura, 1976. Guivant, J. S.A comparative gender perspective of family farming and agrarian reform settlements in Brazil.Paper preparado para UNRISD/FSS conference, Addis Ababa, 20-21 September 2001, UNRISD Project on Agrarian Change, Gender and Land Rights

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(em 2004 aprovado para publicação com correções em Natural Resources Forum, Nações Unidas) Abstract : In this article, we evaluate the position of Brazilian women farmers, in the agrarian reform and the family farming sector on the basis of our field work in the western region of Santa Catarina State. The research was designed to identify the problems which women farmers face for access to land through formal and informal processes. The western region of Santa Catarina was chosen as the locus of the research for a number of reasons: 1) the historical relevance of its family farming in social, economic and political terms; 2) the pattern of income distribution and land occupation which is less concentrated than in other regions of the country; 3) one of the original centres of the agrarian reform and women farmers’ movements; and 4) the great heterogeneity both of organisational forms within the settlements (individual and collective) and in the types of economic insertion of family farming (especially, the prevalence of different forms of organisation and cooperation, including collective production Palavras chaves: gênero - agricultura familiar- agroindústria familiar- reforma agrária BASTOS, Elide Rugai. Situación socioprofissional de la mujer en la agricultura. Campinas: Cadernos Pagu (5), 1995, (pp. 277-284). Palavras-chave: sociedade espanhola, setor agrário, mão-de-obra feminina rural, processo de modernização agrária, CUNHA, Auri Donato da Costa. Relações de Gênero na agricultura familiar no perímetro irrigado de São Gonçalo. In: “Horizontes Plurais – Novos Estudos de Gênero no Brasil.” Cristina Bruschini e Heloísa Buarque de Hollanda (orgs.), São Paulo: FCC – São Paulo, Ed. 34, 1998, (pp. 193-224). Palavras-chave: divisão sexual do trabalho, agricultura familiar, modernização da agricultura, relações entre os gêneros no grupo doméstico. SAFFIOTI, Heleieth & FERRANTE, Vera Lúcia Silveira. Famílias rurais no Estado de São Paulo: algumas dimensões da vida feminina. In: “Trabalhadoras do Brasil”, São Paulo: FCC: Ed. Brasiliense, 1982. Palavras-chave: família rural, papel social, tarefa agrícola, processo de individualização do trabalhador, mecanização da agricultura, estratégias de sobrevivência de famílias, economia capitalista, nível de vida do trabalhador rural. PAULILO, Maria Ignez Silveira. A mulher e a terra no brejo Paraibano. In: “Trabalhadoras do Brasil”, São Paulo: FCC: Ed. Brasiliense, 1982. Palavras-chave: mulheres de parceiros, mulheres volantes, forma de apropriação pelo capital, roçado, motadeira, arrendatários, trabalhadores sem-terra. FIÚZA, Ana Louise de Carvalho. Mulheres nas políticas de desenvolvimento sustentável. In: “Tempos e Lugares de Gênero”, Cristina Bruschini & Céli Regina Pinto. (orgs.), São Paulo: FCC: Ed. 34, 2001.

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Palavras-chave: desenvolvimento sustentável, políticas de desenvolvimento rural, preocupação ambiental, práticas produtivas “alternativas”, pequenos agricultores familiares, êxodo rural, “mentalidade ecológica”. SILVA, Maria Aparecida de Moraes. Mulheres Bóias-Frias a caminho do eito , In: “Entre a virtude e o pecado”, Albertina de Oliveira Costa & Cristina Bruschini (orgs.), Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos; São Paulo: FCC, 1982. Palavras-chave: trabalhadoras rurais bóias-frias, classe social, processo de dominação, relações de poder, espaços sociais, relações de gênero. GIULIANI, Paola Cappellin. Silenciosas e Combativas: as contribuições das mulheres na estrutura sindical do Nordeste, 1976/1986., In: “Rebeldia e Submissão – Estudos sobre Condição Feminina.”, Albertina de Oliveira Costa & Cristina Bruschini. (orgs.), São Paulo: Vértice, Ed. Revista dos Tribunais: FCC, 1989. Palavras-chave: inserção da mulher nas organizações sindicais, luta contra a discriminação feminina, representação política, movimento sindical, classe trabalhadora. MARIN, Rosa Elizabeth Acevedo. Perfil da mulher camponesa no sudeste do Pará, novos cadernos do Naea, v.2, n.Junho, p. 103 – 128, Belém, 1999. SIMONIAN, Lígia T. Mulheres indígenas vítimas de violência. Cadernos do Naea, v.12,p. 44 – 105, 1994. Invisibilidade dos saberes: manejo e uso da palmeira do açaí por mulheres do rio Atauá-apá-marajó (Pa). Belém. Autoras: Ruth Almeida - aluna de Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará/UFPA; Regina Oliveira – Biologa, Msc. Ecologia, pesquisadora do Museu Paraense Emilio Goeld. CPPG. Universidade Federal do Pará. Disponível: www: http// nerua.inpa.gov.br/NERUA/22htm Etnocentrismo e educação de trabalhadoras e trabalhadores na Amazônia. Trabalho apresentado no I encontro de etnobiologia da Região Norte, durante a sessão temática Integrada. “Etnoconservação: uma questão das populações tradicionais da Amazônia. Manaus – Am ( 05/12/01). Autor: Antonio Almérico Biondi Lima Instituição: Núcleo Trabalho Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. Disponível: www http:/ nerua. inpa.gov.br/NERUA.p.01.htm#02 Saberes “invisíveis” no uso da palmeira do açaí por mulheres em Muaná Marajó/Pa. In: Olhares sobre gênero e políticas públicas. Belém-Pa

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Autora: Ruth Helena Cristo Almeida - Grupo de Estudos e Pesquisa “ Eneida de Moraes”/ GEPEM – Universidade Federal do Pará / UFPA - Belém- Pa. Disponível: Fase/Pará – (biblioteca) Tornar-se pescadora: Associação de mulheres e constituição de sujeitos políticos. In: No mar, nos rios e na fronteira – faces do campesinato no Pará. Ed.Universitária – UFPA, 2002. Autoras: Maria Cristina Maneschy e Marineide Pereira de Almeida Resumo: Nos últimos anos, constata-se o aparecimento de associações de mulheres ou de associações em que as mulheres são maioria em comunidades pesqueiras na região do Nordeste paraense. Essa associação vêm somar-se às associações de pescadores, de agricultores, de extrativistas e de outras categorias de trabalhadores rurais que têm florescido e cuja criação, geralmente, esta voltada para a busca de alternativas de renda, de melhorias nas condições de produção e comércio, ou na base tecnológica. Suscita interrogações e interesse de pesquisa, esse surgimento de associações de mulheres no meio pesqueiro, em que tradicionalmente as atividades femininas ocupam papéis secundários, ou complementares aos homens pescadores, sendo muitas vezes invisíveis, ou tidas como não trabalho. Paralelamente, em organizações representativas da categoria profissional de pescadores artesanais emerge a categoria pescadoras como figura de discurso. Disponível: Fase/Pará - (biblioteca) DISSERTAÇÕES E TESES FIÚZA, Ana Louise de Carvalho. O papel da mulher rural nas políticas de desenvolvimento sustentável. 2001. Tese. CPDA/RJ Resumo: Esta tese enfoca contradições presentes nos projetos e políticas de desenvolvimento sustentável, no que diz respeito às representações sociais de gênero, que enfatizam uma condição essencialista da mulher na agricultura e face aos recursos naturais. Objetivou-se construir uma perspectiva crítica destas concepções, buscando-se evidenciar a condição de sujeito da mulher rural, reveladas nas suas escolhas e julgamentos de estratégias, práticas e experiências. Estudo de caso na região de Porteirinha, Vale do São Francisco, Norte de Minas Gerais. Santorum, Katia Maria Teixeira. Mulheres trabalhadoras e lesões por esforços repetitivos: uma análise na perspectiva de gênero e trabalho. Santa Cruz do Sul - CE. 01/07/1996. 1v. 168p. Mestrado. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL - PSICOLOGIA. Palvras-chaves: Mulher-Trabalho, Mulher-Saúde, Gênero e trabalho Resumo: O objetivo desta pesquisa foi buscar as relações entre Gênero e trabalho no processo de adoecimento de mulheres portadoras de Lesões por Esforços Repetitivos (LER). Compreender como se caracteriza o processo de adoecimento por LER e quais são as repercussões subjetivas deste nas mulheres trabalhadoras, tanto no âmbito profissional quanto no doméstico. Foram entrevistadas seis mulheres trabalhadoras de diferentes categorias profissionais, com diagnóstico de LER: três provenientes do meio rural e três, do maio urbano, com idades entre 36 e 48 anos. Todas possuem família e filhos, sendo responsáveis por eles e pela casa. O procedimento metodológico escolhido

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para a análise do discurso foi o desenvolvido por Max Pagès e colaboradores - um método dialético de análise de conteúdo. A partir deste emergiram três grandes temas (as rubricas): Lesões por esforços Repetitivos: um longo passado, uma história; LER e a organização do trabalho: situação atual da mulher no âmbito profissional; O trabalho doméstico e as mulheres lesionadas: quando a cuidadora necessita cuidados. As Lesões por Esforços Repetitivos atingem cada vez mais as diversas categorias profissionais, nas quais as mulheres são maioria. No momento em que as entrevistadas reconstituem sua trajetória profissional, pude verificar os grandes riscos aos quais estão expostas, por sua inserção no mercado de trabalho em ocupações com habilidades historicamente tidas como femininas. As ocupações ditas femininas têm em comum a característica de exigirem esforços repetitivos, produzindo efeitos a longo prazo, uma vez que são acumulativos e não visíveis de imediato. Ainda que o adoecimento autorize a paralização do trabalho profissional, a mulher não deixa de atender a outra parte de sua dupla jornada de trabalho - as tarefas domésticas - apontando para uma relação entre a maior incidência da LER em mulheres e a sua inserção na produção e reprodução social. O não questionamento do papel socialmente atribuído ao gênero feminino, que é também internalizado pelas mulheres lesionadas, acaba por manter a aliança entre capitalismo e patirarcado, responsável pela super-exploração das mulheres. Isto vem a impedir sua consciência sobre os determinantes da doença, dificultando a busca de caminhos que permitem resignificar seu destino e resgatar sua saúde. PEREIRA, Jorge Luiz de Goes. Lideranças femininas na luta pela terra no assentamento Batatal e suas conseqüências para as relações de gênero. 1999. 160f. Dissertação. CPDA/RJ Resumo: Este estudo trata das relações sociais de gênero desenvolvidas no Assentamento Batatal durante o período de janeiro de 1993 a março de 1995. Nesse período, algumas mulheres evangélicas pentecostais assumiram a direção do grupo, legitimadas por sua participação anterior à posse da terra e por seu nível de escolaridade e, em alguns casos, pelo momento da sua trajetória de vida. Se, num primeiro momento, o da desapropriação, as mulheres não tiveram dificuldades em participar das organizações do grupo, num segundo momento, a luta pela permanência no local, elas passam a sentir o peso da diferença nas relações de gênero. Algumas mulheres têm a possibilidade de constituírem sua individualização nas suas opiniões e na sua participação política, apesar de terem dificuldades em participar nas decisões sobre a produção familiar. Os homens se vêem diante de uma nova realidade: já não são totalmente os responsáveis pela aquisição da renda familiar e pela representação pública do grupo. ZASSO, Maria Aparecida de Carvalho. Da prática política às lidas domésticas: um estudo do cotidiano das líderes do Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais de Santo Cristo (RS). 1997. 212f. Dissertação. CPDA/RJ Resumo: O Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais de Santo Cristo (RS) é uma forma de participação política diferente das demais existentes no município, pois prioriza as questões específicas das mulheres em relação às lutas gerais. Este estudo verifica como as lutas específicas fazem parte do cotidiano das mulheres que lideram o Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do município. O objetivo é trabalhar com o retorno das líderes ao universo privado após a participação na organização política, estudando as possíveis alterações nas relações intrafamiliares promovidas por

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esta participação. O Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais de Santo Cristo não é uma forma de participação política isolada das demais organizações da sociedade civil existentes no município, mas se diferencia delas. Neste sentido, estuda-se aqui a interação desta organização política com o sindicato dos trabalhadores rurais do município, com os clubes do lar da EMATER-RS, com a igreja e com os partidos políticos. PEREIRA, Sonilda F. da Silva. De senhoras a mulheres trabalhadoras rurais: a desordem no MSTTR. 2002. 122f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2002. (sob orientação de Malvina do Amaral Dorneles) FREITAS, Caroline Lorena Schulte de. O trabalho com o fumo: subjetivação e precarização na atividade das trabalhadoras safristas. 2002. 106f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social e Institucional) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2002. (sob orientação de Álvaro Roberto Crespo Merlo) Resumo: O trabalho de safra no beneficiamento do fumo, em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, se articula significativamente com as discussões contemporâneas sobre precarização do trabalho e sobre tempo. Este trabalho sazonal traz a marca da precarização desde seus primórdios, indicando que práticas precarizantes já existem há muito tempo, embora sua discussão seja atual. A progressiva redução do número de postos de trabalho, a redução do período da safra, a automação do processo do trabalho desenvolvida pelas empresas e o aumento de exigência para a admissão de safristas, em relação à escolaridade, indicam a instabilidade e exclusão social que perpassam estes trabalhadores e que não ocorrem sem reflexos em seu processo de subjetivação. A partir de uma pesquisa com safristas do sexo feminino, sindicalizadas, de diferentes funções e empresas, procedemos, neste trabalho, a uma análise de como os safristas vivenciam este trabalho de poucos meses, com repetição e interrupção previsível, quais os elementos de precarização que estão presentes nas condições de trabalho, bem como os efeitos que produzem na subjetivação destes trabalhadores. Para realizar a pesquisa e a análise dos dados, utilizamos o aporte teórico da Psicologia, Sociologia, Psicodinâmica do Trabalho e Filosofia, em uma metodologia qualitativa em que o tratamento dos dados baseou-se na análise de conteúdo. Os resultados indicam que os safristas se subjetivam pela negativa do emprego pleno, efetivo, sendo perpassados pela lógica da desfiliação mesmo em período de safra, tendo inscrição social nesta condição de espera, à margem do modelo imposto pelo capital. FREIRE, Nadia Maria Schuch. Mulher, trabalho e capital no campo: um estudo da pequena produção em Cruzeiro do Sul (RS). 1984. 155f. Dissertação. (Mestrado em Economia Rural) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1984 TEDESCHI, Losandro Antonio. Do silêncio à palavra: construções e perspectivas em gênero no meio rural do noroeste do Rio Grande do Sul. 2001. 169f. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2001. (sob orientação de Ieda Gutfreind) Palavras-chave: gênero, mulheres rurais, poder político, sindicato. Resumo: As mulheres trabalhadoras rurais que guardam a história, que contam a seus filhos e filhas, mostram uma longa vida em que as mesmas, para não falar de outras

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dicotomias, tiveram que enfrentar permanentemente a desigualdade, embora nunca tenham se submetido completamente a isso. Submissão e resistência sempre fizeram parte da vida das mulheres. O presente apresenta uma análise histórica e teórica que toma como referência a implementação do projeto Educação para os Direitos das Mulheres Trabalhadoras Rurais, realizado na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, voltado à pesquisa e à formação, envolvendo grupos de mulheres trabalhadoras rurais nos temas referentes a gênero e direitos reprodutivos. Neste trabalho, envolvemos, mulheres e homens. Criamos diversos espaços para um debate aberto entre os diferentes agentes. Todas as pessoas envolvidas neste processo puderam confrontar suas trajetórias e experiências de vida, refletindo sobre suas condutas, valores e práticas sociais na sua história familiar e comunitária. Histórias de vida, relações de gênero na agricultura familiar, participação das mulheres na construção do sindicalismo, conquista de direitos sociais e da cidadania política, construção de um projeto alternativo de desenvolvimento sustentável para o meio rural, dentre outros aspectos, constituem temas centrais neste trabalho. A atualidade histórica e a complexidade desses assuntos revelam a importância desse debate para os rumos da sociedade brasileira, em especial para aqueles segmentos sociais que buscam, no seu cotidiano, construir novas formas de relacionamento humano, em que se superam as desigualdades sociais e históricas que marcam profundamente o mundo moderno. VIEIRA, Sonia Regina Bressan. Imagens de organizações de mulheres no Rio Grande do Sul. 2001. 375f. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2001. (sob orientação de Ieda Gutfreind) Palavras-chave: mulher, poder, organizações, gênero. Resumo: A Dissertação "Rio Grande do Sul: Imagens de Organizações de Mulheres - 1940/2001" tem como propostas, investigar e analisar as Organizações do Movimento de Mulheres no Rio Grande do Sul, destacando as que permanecem, em atividade, neste início de século. Através da visão foucaultiana de poder, estas Organizações são vistas e sentidas como parâmetros dos avanços do campo do poder feminista/feminino, numa época em que as questões de gênero adquirem visibilidade e se tornam relevantes e sensíveis no contexto histórico. O estudo possui três eixos centrais: no primeiro, recupera fragmentos do alicerce deste presente, as origens do Movimento Gaúcho de Mulheres, identificando e categorizando grupos na esfera pública ou particular, muitos dos quais não se encontram mais em atividade. No eixo seguinte, costura, através da identificação, aspectos estruturais, históricos, objetivos e propostas das Organizações, ainda em atividade, de acordo com sua formação. A partir daí, num terceiro eixo, busca efetuar um balanço entre o compasso dos objetivos e propostas, e ações efetivas realizadas por estas Organizações, nos aspectos da saúde, do jurídico, do político, do rural e urbano, do econômico e cultural, atingindo a mulher branca, negra, índia, dona de casa, profissional do sexo, profissional liberal etc. oferecendo imagens de como as mulheres estiveram e estão organizadas no Rio Grande do Sul. A pesquisa desenvolve-se alicerçada num referencial teórico a partir dos conceitos organização, poder, gênero como categorias analíticas, num contexto de História do Tempo Presente, utilizando a História oral como forma e meio de uma aproximação maior com a realidade. Resulta de uma pesquisa de campo, de âmbito quantitativo e qualitativo com um enfoque dialético, envolvendo mais de oito dezenas de lideranças destas Organizações, as ações concretas, os projetos que estão sendo agilizados no Estado pelas mesmas, bem como leis recentes que propiciam esta visibilidade da mulher gaúcha, na esfera pública e privada, e na conquista de sua autonomia como sujeito histórico. As conclusões revelam

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avanços significativos da participação da mulher nas questões políticas, econômicas, sociais, educacionais, assistenciais no Estado, alertando para a necessária preocupação com a continuidade e ampliação dos mesmos, confirmando e tornando explícito, o conceito foucaultiano de poder, ressaltado nas premissas iniciais. COTTA JUNIOR, Humberto. Mudança social nos arranjos familiares, trabalho e conhecimento do meio ambiente em uma sociedade tradicional Amazônica: o caso de Igarapé-Açu. 2001. 335f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Araraquara, 2001. (sob orientação de Maria Ângela D'incao) Palavras-chave: relação de gênero; sociabilidade; conhecimento tradicional Resumo: O grupo de vizinhança estudado, localizado na Zona Bragantina, surgiu como resultado de uma colonização planejada pelo governo do Pará, desde o final do império, com o objetivo de abastecer a população de Belém em rápido crescimento, devido à expansão da borracha e de outros produtos da floresta. Antes de 1970, eram muito baratas, de maneira que as famílias, até a primeira geração, conseguiram ampliar o número de lotes na proporção do úmero de filhos. Mas muitos filhos aventuraram-se em outras profissões, deixando os lotes extras ociosos, que foram vendidos pêlos seus pais, devido a mecanismos culturais de redistribuição. Os filhos que se aventuraram na sua maioria não conseguiram se fixar em outros ramos voltando então para o lote do pai, o que levou a superlotação, pois no novo contexto criado pela Rodovia Belém-Brasília, as terras supervalorizaram devido a uma nova grande onda de migração. O aumento de domicílios por lote levou à crise da agricultura tradicional itinerante, por eliminar as áreas de reserva necessárias a viabilidade da mesma sem a adição de insumos agrícolas. Mais tarde, com a adesão dos colonos a cultura do maracujá, que economizam a cultura tradicional sofreu um impacto, interferido na relação de gênero dentro e fora do trabalho e no contrato social pai e filho, no qual o filho assumia a responsabilidade da aquisição dos próprios meios de trabalho, que antes era paterna. Por um outro lado refletiu em uma nova tendência de diminuição de natalidade que começa a se manifestar, constada mais nas representações, embora também nos fatos. Isto pode resultar em um futuro em um menor impacto ambiental. Palavras chave: roçado; maracujá; agricultura familiar; relação de gênero; sociabilidade; conhecimento tradicional. ALMEIDA, Ana Maria Leal. Da casa e da roça: a mulher escrava em Vassouras no século XIX. 2001. 140f. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Severino Sombra, 2001. Palavras-chave: escravidão, gênero, Vassouras. Resumo: Esta dissertação apresenta pontos fundamentais para o estudo da mulher escrava, em Vassouras no período de 1850 a 1888, a partir de fontes documentais, da literatura de época e da bibliografia moderna. Destaca, em especial, a presença da mulher escrava em inúmeras ocupações, tanto no interior dos casarões urbanos ou campestres, como no meio rural, nos mais diversos trabalhos da roça. OLIVEIRA, Hersília Monteiro Cadengue de. Organização das mulheres e estratégia de sobrevivência no semi-árido (Jaboatão dos Guararapes – PE). 2001. 130f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) – Universidade Federal de Pernambuco, 2001. (sob orientação de Vitória Régia Fernandes Gehlen)

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Palavras-chave: Gênero, subsistência, organização, mobilização, semi-árido. Resumo: O presente trabalho procura analisar a organização dos pequenos produtores do semi-árido nordestino, em especial das mulheres que trabalham no âmbito da agricultura de subsistência como uma estratégia de sobrevivência face a seca. O estudo foi realizado, através do estudo de caso dentro dos procedimentos da pesquisa e observação participante, em Caraíbas, município de Arcoverde, envolvendo 40 unidades de produção familiar, no assentamento do programa Cédula da Terra. A agricultura familiar vem sendo colocada como um recurso ao enfrentamento da exclusão e considerada como um setor estratégico à manutenção e recuperação do emprego, da redistribuição da renda e de importância para o desenvolvimento sustentável. O estudo procura contribuir para tornar visível o trabalho da mulher na organização da unidade de produção familiar seja no trabalho reprodutivo, produtivo, de agente comunitário e de gestão do ecossistema local. Neste sentido considera que a organização das mulheres contribui para a valorização da força da ação coletiva na busca de soluções aos problemas que afetam a comunidade e pelos direitos coletivos. Desta forma a mobilização das mulheres vem facilitando a organização da agricultura familiar na área e a gestão dos recursos necessários para a produção de subsistência das famílias do semi-árido. OLIVEIRA, Silvana Maria de. O trabalho das mulheres em projetos de geração de emprego e renda na área rural: autonomia ou dependência. 2001. 90f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2001. (sob orientação de Maria de Fátima Gomes de Lucena; Zélia Maria Pereira da Silva) Palavras-chave: geração de emprego e renda, gênero. Resumo: Este estudo tem como objetivo identificar e analisar de que forma as desigualdades que marcam as relações de gênero apresentam-se no trabalho das mulheres nos projetos de geração de emprego e renda na área rural e em que medida este trabalho constitui-se um instrumento que reforça a sua submissão e dependência ou sinaliza numa perspectiva de autonomia. A pesquisa de campo foi realizado no município de Montanhas, zona rural do Rio Grande do Norte, junto à "fabrica de confecções das mulheres de montanhas" que se configura um projeto de geração de emprego e renda, implementado no ano de 1996. As entrevistas semi-estruturadas foram utilizadas como instrumento privilegiado no processo de coleta de dados. Os resultados da pesquisa evidenciam: o trabalho doméstico e a maternidade constituem-se como fatores limitantes na inserção das mulheres no projeto de geração de emprego e renda; a relação entre trabalho e participação política possibilita a inserção das mulheres no universo do trabalho assalariado, favorecendo o seu processo de organização política da mesma forma que, a participação, nesta esfera, sinaliza na perspectiva de uma consciência crítica de sua posição na sociedade, enquanto mulher e classe trabalhadora; trabalho das mulheres apresenta-se como um locus contraditório que reproduz situações de dominação e discriminação presentes em outras esferas de sua vida ao tempo em que, contribui com seu processo de autonomia, uma vez que o acesso ao espaço público significa a ruptura do isolamento do ambiente doméstico/familiar, a oportunidade de profissionalização e qualificação, a interação com outras pessoas, a aprendizagem no tomar decisões e a descoberta de seu potencial como mulher, como trabalhadora, como sujeito social.

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LAGO, Maria Regina. Gênero, agricultura familiar e desenvolvimento: o caso das mulheres quebradeiras de côco babaçu, na região do médio Mearim. 2001. 90f. Dissertação (Mestrado em Agriculturas Amazônicas) – Universidade Federal do Pará, 2001. (sob orientação de Maria de Nazaré Angelo Menezes) Palavras-chave: mulheres, agricultura familiar, côco babaçu Resumo: Os desafios da agricultura familiar e a questão de gênero são focalizados a partir do papel da mulher quebradeira de côco de babaçu no Maranhão. O contexto é o das políticas públicas e a importância da mulher no âmbito político-institucional, produtivo, reprodutivo e cultural. MENESES, Ana Cristina Carneiro de. A situação da mulher em um assentamento rural: um enfoque a partir da saúde reprodutiva. 2001. 140f. Dissertação (Mestrado em Ciência Ambiental) – Universidade Federal Fluminense, 2001. (sob orientação de Vilma Aparecida da Silva;Ivan de Oliveira Pires) Palavras-chave: fatores socioeconômicos Resumo: O objetivo do presente trabalho foi avaliar a saúde da mulher em um assentamento rural de Cachoeiras de Macacu, RJ - São José da Boa Morte. Para tanto foram avaliadas todas as mulheres em idade reprodutiva (mulheres entre 15 e 50 anos), (n=65) de uma amostra aleatória que compreendeu 50% do assentamento. Utilizamos um questionário semi-aberto. A análise dos resultados demonstrou que as práticas e funções dos serviços de saúde na região não incorporaram os significados e percepções culturais da população local e estão distantes de atender as necessidades reais da população feminina que está exposta a maiores riscos ambientais sobre sua saúde. Os resultados indicam ainda que as condições de vida e os recursos a que as mulheres têm acesso no assentamento não atendem as expectativas das mulheres. NUÑEZ, Poppy Brunini Pereira. Mulheres rurais organizadas e suas perspectivas de gênero. 2001. 152f. Dissertação (Mestrado em Extensão Rural) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2001. Palavras-chave: movimento social, organização social, mulheres rurais. Resumo: o seguinte trabalho é uma análise comparativa entre duas organizações de mulheres rurais, uma uruguaia e uma brasileira, esta última pertencente ao estado do rio grande do sul, procurando analisar as estratégias utilizadas por estes grupos para revalorizar individual e coletivamente as mulheres integrantes dos mesmos. as organizações escolhidas para o estudo foram a asociación nacional de grupos de mujeres rurales del uruguay (amgmru) e o movimento de mulheres trabalhadoras rurais do rio grande do sul (mmtr/rs), duas organizações exclusivamente formadas por mulheres rurais que trabalham de forma autônoma. ambas organizações foram caracterizadas através de diferentes indicadores como origem, base social, modelo organizativo, maneiras de luta, estratégias de ação coletiva, projeto político ideológico e parcerias. a metodologia utilizada baseou-se na análise da bibliografia existente sobre o assunto, pesquisas na internet, publicações das organizações estudados em roteiro de entrevistas realizadas com lideranças de ambas organizações. a realização das entrevistas teve o objetivo de identificar principalmente o empoderamento pessoal dessas mulheres e o desenvolvimento de sua auto-estima a partir do trabalho em grupo. dentro das conclusões do trabalho podemos destacar primeiramente que as organizações possuem dois tipos de ações sociais, a partir daí surgem suas diferenças enquanto as bandeiras de luta e parcerias desenvolvidas. apesar disso, não se encontraram grandes

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diferenças em quanto a seus modelos organizativos, relativamente complexos, com lideranças municipais, regionais e nacionais, assim como nas suas bases sociais que são formadas principalmente por pequenas produtoras familiares. destaca-se como diferença o modelo político ideológico, caracterizado por uma posição de esquerda de forte confronto com o governo federal e suas políticas neoliberais, no caso brasileiro. enquanto as mulheres uruguaias não identificam sua organização com uma posição política, mostrando-a como uma associação de tipo econômico que, no entanto, trabalha a favor de suas associadas dentro do campo social, econômico e produtivo. apesar de suas diferenças e logo de analisar as entrevistas com a líderes de ambas as organizações, pode-se afirmar que as mulheres que formam parte das mesmas criam uma consciência crítica muito similar, revalorizando-se e empoderando-se como mulher e cidadã. esse empoderamento e esse resgate da auto-estima permite que as relações de gênero no meio rural começam a mudar, colocando mulher numa posição mais relevante e participe dentro da sociedade onde vive. NASCIMENTO, Josilene Barbosa do. O corpo belo: beleza e práticas de embelezamento no discurso das mulheres da Zona Rural (estudo de caso no Mororó - distrito da cidade de Barra de Santana-PB). 2001. 176f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade Federal da Paraíba, Campina Grande, 2001. (sob orientação de Durval Muniz de Albuquerque Júnior) Palavras-chave: identidade; gênero; representações. Resumo: Este trabalho é um estudo sobre beleza corporal e práticas de embelezamento feminino e masculino, desenvolvido a partir das observações participantes e não participantes e dos discursos das mulheres da zona rural, particularmente do Mororó. Os objetivos principais do estudo são: identificar os ideais de beleza feminina e masculina defendidos pelas depoentes da referida localidade; constatar de quais maneiras estas avaliam esteticamente seus próprios corpos a partir da subjetivação e/ou reelaboração dos padrões de beleza construídos e divulgados socialmente e da relação social com os sujeitos; mostrar quais as práticas de embelezamento - cotidianas ou não - que as mesmas dispõem como meio de ficarem mais bonitas. O estudo mostra que os cânones de beleza feminina e masculina são construções sociais que definem faces e corpos esteticamente belos e feios. As análises indicam que as práticas de embelezamento são delimitadas pelo contexto social no qual as mulheres entrevistadas e/ou observadas estão inseridas, por questões econômicas, morais, religiosas e históricas e, também, diferenciadas de acordo com a faixa etária das mulheres e o gênero. Nesse sentido, as identidades de gênero demarcam não apenas universos femininos e masculinos mas, também, corpos e/ou aparências diferentes. Finalmente, divergindo das representações da mulher rural divulgadas pela mídia, de que as mesmas são desatentas à beleza corporal, à vaidade e ao cuidado de si, o resultado da pesquisa aponta que as mulheres da zona rural buscam ser bonitas e atraentes. LEITE, Sarah Ayesha. Le donne immigrante: famiglia, lavoro, vita (as italianas em Franca, 1900-1934). 2000. 209f. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Franca, 2000. (sob orientação de Dulce Maria Pamplona Guimarães) Palavras-chave: imigração; mulheres italianas; Franca Resumo: Destaca as mulheres italianas no fenômeno imigratório e revisa a história da imigração no Brasil comparando-a à de outros países. Analisa condições de vida das

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mulheres no Brasil, modelos de comportamento feminino no Brasil e na Itália; toma como contrapontos papéis ativos e contestatórios. Mapeia estratégias matrimoniais da etnia e sua reinterpretação social. Destaca o papel da mulher na ascensão social. Destaca o papel da mulher na ascensão social rural e urbana dos imigrantes, destacando estratégias de transmissão de valores culturais. PIRES, Antônio Geraldo Magalhães Gomes. As bóias-frias e suas representações sociais sobre o tempo livre e lazer. 2000. 345f. Tese (Doutorado em Educação Física) – Universidade Gama Filho, 2000. (sob orientação de Sebastião Josué Votre) Palavras-chave: lazer; mulher; bóia fria; tempo livre. Resumo: O objetivo do estudo foi identificar, analisar e interpretar as Representações Sociais constituídas pelas bóias-frias sobre tempo livre e lazer. Para tanto, lançamos mão do referencial teórico relativo às pesquisas de natureza qualitativa, visto que a obtenção dos dados necessários à pesquisa foram obtidos no contato direto que travamos com a situação estudada, tendo a perspectiva das atoras sociais como referencial. Procuramos orientar a pesquisa a partir de uma leitura interdisciplinar das possibilidades metodológicas em realiza-la. Neste sentido, lançamos mão de alguns pressupostos pertinentes às perspectivas teórico-metodológicas Etnografia, Etnometodologia e Análise do Discurso, em função de termos procurado evitar uma construção apriorística de hipóteses, na medida em que optamos por mergulhar na situação do estudo para buscarmos então um aprimoramento do problema proposto inicialmente na pesquisa. Outro fator marcante em nossa opção pela etnografia, diz respeito a possibilidades que ela nos oferece de combinarmos vários métodos de coleta de dados conjugados entre si, o que nos permitiu traçar um quadro mais vivo e denso da situação estudada. Como optamos por fazer da sociedade rural o locus de nosso estudo e a trabalhadora bóia-fria foi constituída como sua atora social, tomamos o município paulista de Taciba, com 5.051 habitantes; enquanto cenário da pesquisa em função dele apresentar o algodão (palco da pesquisa), cultura altamente agregadora de mão-de-obra, portanto de forte caráter social, como sua principal fonte de geração de riquezas. A bóia-fria vende sua força de trabalho sem vínculo trabalhista com o capital, e por temporalidade determinada. Para coletarmos os dados necessários ao estudo, fizemos uso de uma entrevista semi-estruturada, da observação direta das atividades cotidianas das atoras sociais tanto no ambiente do mundo privado (casa) quanto no universo do público (trabalho). Participaram de forma direta das entrevistas bóias-frias que eram mães. As entrevistas foram realizadas de forma individualizadas e em grupos, o que propiciou a cada uma delas uma singularidade. No estudo não nos preocupamos com o número de bóias-frias que colaborariam na pesquisa, pois entendemos que os dados coletados valeriam pela sua qualidade, já que sua representatividade se construiria de forma objetiva na medida em que as atoras sociais pertencem a um mesmo grupo. Em função da natureza da pesquisa, incorporamos à pesquisa, como auxiliar, uma moradora do cenário que partilhava de alguns valores das atoras sociais. Desenvolvemos a coleta de dados tendo como ponto de referência levantar informações relativas a dois tipos de fenômenos: um globalizante/periférico e outro focal/central. Para tanto, tomamos com questão a investigar detonadora do processo de pesquisa a seguinte indagação: existiria uma relação entre a forma como estão constituídas as representações sociais sobre o tempo livre e lazer e a maneira pela qual a bóia-fria realiza trabalho na cultura do algodão? Podemos dizer que as representações sociais identificadas sobre o tempo livre e lazer foram: tempo de devaneio e direito social respectivamente, sendo que a primeira se aproxima da noção de tempo de devaneio proposto por Bachelard (1991/96), e a

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outra aos princípios de cidadania propugnados por Teves Ferreira (1993), ao mesmo tempo em que nos remetem as seguintes idéias fundamentais: imaginação, fantasia, felicidade, exclusão e cidadania. CAYRES, Guilhermina Maria Vieira. Nazarenos e Marias do rio Capim: relações de gênero em uma comunidade amazônica. 1999. 234f. Dissertação (Mestrado em Planejamento do Desenvolvimento) – Universidade Federal do Pará, Belém, 1999. (sob orientação de David Gibbs McGrath) Palavras- chave: Mão-de-obra, mulheres no desenvolvimento, agricultura Resumo: Estudo de caso da comunidade de Nazaré (Paragominas-PA), cujos objetivos são identificar as atividades envolvidas no sistema de produção tradicional dos grupos domésticos caboclos e verificar como as relações de gênero manifestam-se na mão-de-obra que exerce tais atividades, salientando especificamente, o papel das mulheres. Em Nazaré, os grupos domésticos caboclos têm na agricultura a principal atividade de onde provêm os recursos alimentícios e financeiros. Além das atividades agrícolas, os membros dos grupos domésticos caboclos empregam mão-de-obra nas atividades extrativistas, domésticas e outras. Essas atividades permitem a produção doméstica cabocla da comunidade. A mão-de-obra familiar garante a execução dessas atividades durante todo o ano. CRUZ, Lindalva Alves. A emergência da mulher como sujeito político e coletivo na história do M.M.T. 1999. 150f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 1999. (sob orientação de Celinda Lilian de Lourdes Letelier Vasquez) Palavras-chave: emergência ,mulher, sujeito, político, história, M.M.T. Resumo: A dissertação apresenta uma visão do processo histórico e organizacional da luta do movimento das Mulheres Trabalhadoras da Região do Agreste/Brejo Paraibano no Estado da Paraíba, no período compreendido entre a sua criação até 1998, como também, demonstra a relevância dessa luta no âmbito da cidadania, da transformação social e da construção de novas relações políticas e culturais. No decorrer do trabalho percebemos que a mulher do MMT tornou-se portadora de identidade própria, e pôs questões de ordem política e cultural no contexto das lutas sociais. Como mulher, no processo de luta assumiu-se enquanto sujeito político e sujeito coletivo. Conquistou significativamente o espaço de participação nas instancias de decisão no âmbito privativo e público. O MMT tem dado grandes contribuições no processo de construção e exercício da cidadania não só da mulher trabalhadora rural mas também de outras categorias como: professoras, garis, lavadeiras, domésticas etc. Como trabalhadoras, assumiram as lutas gerais por direitos para todos. GRANDI, Alessandra Bueno de. Relações de trabalho nas famílias agricultoras associadas a mini-usinas de leite no estado de Santa Catarina. 1999. 93f. Dissertação (Mestrado em Sociologia Política) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1999. (sob orientação de Maria Ignez Silveira Paulilo) Palavras-Chave: gênero, agricultura familiar, produção leiteira. Resumo: A divisão sexual do trabalho nas unidades de pequena produção agropecuária é influenciada pelo sexo, idade e tamanho da família, uma vez que a mão-de-obra utilizada nas mesmas é preponderantemente familiar. Apesar de trabalhar cerca de 10/16

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horas semanais a mais do que o homem (BULLOCK, 1994), o trabalho da mulher é considerado atividade não econômica, não produtivo, além de ser não remunerado. Esta situação de desconsideração pelo trabalho feminino é verificado na família produtora, nos órgãos institucionais, e em algumas ONG's, muitas delas responsáveis por programas de desenvolvimento junto a essas famílias agricultoras, que não levam em consideração a participação real das mulheres nos mesmos. Estes programas ou projetos provocam alterações no ritmo do ciclo produtivo e da vida dos agricultores, muitas vezes prejudiciais às mulheres. Na análise de duas agroindústrias de pequeno porte, duas mini-usinas de leite, que estão sendo consideradas uma alternativa para a crise econômica vivida pelos agricultores, verificamos que as mulheres participaram no processo de gestação e implementação das mini-usinas, mas o mesmo não ocorre atualmente. Houve aumento da carga de trabalho delas, mesmo utilizando-se a ordenhadeira mecânica, devida ao aumento do número de vacas e dos cuidados necessários para com o leite. Como o associado é o marido, a renda do leite agora vai para ele, resultando em perda de poder econômico para as mulheres, que antes beneficiavam o leite e produziam derivados e, com a venda destes produtivos auferiam um rendimento que elas mesmo administravam, o que não acontece mais. Uma reestruturação dos projetos voltados para a agricultura familiar, no sentido de incentivar e valorizar uma maior participação das mulheres e dos jovens em todas as etapas do processo, se faz necessária para que haja um nível de aceitação maior por parte de toda a família. PELÚZIO, Adriana Mucci. Padrão de trabalho da mulher rural e sua contribuição no desenvolvimento dos recursos familiares. 1998. 72f. Dissertação (Mestrado em Economia Doméstica) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 1998. (sob orientação de Maria das Dores Saraiva de Loreto; Nerina Aires Coelho Marques; Therezinha Mucci Xavier) Palavras-chave: Padrão - trabalho - mulher Resumo: Apesar de estarem surgindo, na atualidade, numerosos estudos sobre a mulher, não têm sido avaliadas, pertinentemente, as atividades femininas no meio rural. Tal avaliação é de suma importância para subsidiar novos projetos que contribuam para elevar o padrão de seu trabalho, e, conseqüentemente, melhorar a qualidade de vida de suas famílias por meio do desenvolvimento dos recursos familiares. É importante mostrar às autoridades o valor do trabalho da mulher rural, tornando-o mais visível e dando condições para a permanência da família no campo, a fim de minimizar o êxodo rural. Nessa perspectiva, esta pesquisa examinou a contribuição e o padrão de trabalho feminino em três aspectos dimensionais: mulher, atividades e ambiente, nem como sua variação em função da modernização das unidades de produção do Município de Viçosa-MG. Dessa forma, analisaram-se os pontos inerentes ao perfil da mulher; às características familiares, aos aspectos da unidade doméstica, às condições de trabalho e ao output do trabalho feminino, considerando-se as comunidades como um todo e dicotomizando-as em tradicionais e modernas. Para tal, foram coletados dados junto às donas-de-casa rurais, utilizando-se procedimentos estatísticos descritivos e o modelo de regressão do tipo Probit. Os resultados mostraram uma significativa participação da mulher rural em atividades caseira que eram subvalorizadas pelo próprio segmento feminino, possuíam um padrão de organização seqüenciado sendo restrita a colaboração de outros membros familiares. A família predominantemente nuclear, de tamanho reduzido, encontrava-se na fase de dispersão do ciclo de vida, possuindo, basicamente, as mulheres acima de cinqüenta anos e baixo nível de escolaridade, o que dificultava o

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aproveitamento das potencialidade locais, por meio da produção doméstica, assim como, a produção fora da unidade doméstica. Do ponto de vista estatístico as variáveis que tiveram maior peso na probabilidade de a mulher rural trabalhar fora da unidade doméstica estavam relacionadas mais com os aspectos familiares e do ambiente de trabalho do que com suas características pessoais. Torna-se também imprescindível, para conscientização da relevância do trabalho da mulher rural, a adoção de políticas dirigidas nesse sentido, uma vez que, se suas atividades fossem reconhecidas, contribuiriam amplamente para o crescimento econômico e social das famílias e dos municípios. BÉLENS, Jussara Natália Moreira. Trabalhando feito homem: o (des)compasso do papel social das mulheres do Estreito, Campina Grande, PB. 1998. 155f. Dissertação (Mestrado em Sociologia Rural) – Universidade Federal da Paraíba, Campina Grande, 1998. (sob orientação de Maria Cristina de Melo Marin) Palavras-chave: trabalho feminino - questões de gênero - cultura rural Resumo: A sociedade tem naturalizado a distribuição de papéis sociais, tanto de mulheres como de homens, baseada no discurso de que a mulher é frágil, dependente, emocional, em contraposição ao homem, forte, determinado e racional. Contudo, singularidades de mulheres, no Estreito - Campina Grande, transcendem ao modelo que define a existência de um ser mulher único, dotado de docilidade e passividade, levando-nos a repensar os limites das teorias patriarcalistas, dicotomizadoras, essencialistas que elaboram idéias universais de mulher frágil, passiva, emocional. Estas idéias podem ser observadas nos discursos, entendidos como articulação de poder e de saber, uma pluralidade de elementos distintos que podem entrar em estratégias diferentes. Utilizando-se o método qualitativo, com técnicas de histórias de vida, relatos orais e participação observante percebeu-se o cotidiano das "viúvas" que são consideradas como mulheres que "trabalham feito homem". Estas mulheres mantêm suas famílias, depois da migração, morte ou doença dos maridos e até mesmo com a presença deles em casa. Como, tradicionalmente, sustentar a casa com o trabalho no roçado é tarefa ao homem, chefe de família, dessas mulheres diz-se que "trabalham feito homem", como que a reforçar o modelo tradicional. Halsema, Ineke van - Housewives in the Field: Power, Culture and Gender in a South-Brazilian Village Amsterdam: Vrije Universiteit Te Amsterdam/CEDLA, 1991.170p. Resumo:O tema da pesquisa é a mudança das relações de poder entre mulheres e homens numa localidade (vila) da região do Alto Uruguai, no norte do Rio Grande do Sul, chamada de Vila Itália para fins da pesquisa. A autora faz uma ampla abordagem histórica e antropológica da vida nesta vila, enfatizando especialmente as relações de gênero. A população de Vila Itália é predominantemente de origem italiana, com algumas famílias de origem alemã ou polonesa, e praticante da religião católica. Cerca de 150 famílias vivem nesta vila, cujo centro é a capela, um salão de festas, um jogo de bocha, a escola elementar (até o quarto ano), um bar, um armazém, um engenho de milho e as casas de 21 famílias. Todos os habitantes da Vila Itália são produtores rurais, embora alguns tenham uma renda extra de profissões como ferreiro, professor e pedreiro. A média das propriedades é 19 hectares.

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CUNHA, Auri Donato da Costa. Relações de gênero na agricultura familiar: a produção frutícola no projeto irrigado de São Gonçalo (PB). 1998. 325f. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal de Brasília, Brasília, 1998. (sob orientação de Lourdes Maria Bandeira) Palavras- chave: agricultura familiar e gênero Resumo: Este trabalho teve por objetivo estudar as mudanças ocorridas na divisão sexual do trabalho no âmbito da agricultura familiar no Perímetro Irrigado de São Gonçalo, localizado no Sertão Paraibano, com o advento da modernização e da especialização da agricultura. Ou seja, em que medida a introdução de novas tecnologias na agricultura, tem contribuído para redefinir as relações e os papéis entre os gêneros no interior do grupo familiar, considerando-se que o estudo das relações de trabalho, no âmbito deste grupo, passam pelo estudo das relações sociais entre homens e mulheres. O fio condutor que orientou as discussões, no plano teórico, no que concerne ao gênero como categoria de análise, fundamentou-se no conceito elaborado por Scott (1990) e outras (1) que também consideram o gênero no se refere ao modo como as diferenças sexuais são construídas numa dada sociedade, num determinado grupo, em determinado contexto, ou seja, a maneira como elas são trazidas para a práticas sociais e tornadas partes do processo histórico. Por conseguinte, as características do lugar que os homens e as mulheres ocupam no âmbito da agricultura familiar, constitui-se em um locus privilegiado para o estudo das mudanças ocorridas na organização e na gestão do trabalho na agricultura familiar, que utilizava novas tecnologias e está integrada ao mercado. A agricultura familiar, denominada tradicional, é o segmento da agricultura ancorada no trabalho família, onde o regime salarial só é utilizado de forma ocasional. A família é o núcleo essencial, tanto que se refere à produção como ao consumo. As estratégias familiares procuram satisfazer às necessidades do grupo doméstico e da unidade de exploração, como também obter os meios para responder às exigências das relações sociais ou institucionais da unidade produtiva. A agricultura tradicional praticada pelos pequenos produtores, que residiam em São Gonçalo, sofreu significativas alterações na sua organização produtiva e nas relações de trabalho, após a desapropriação das terras onde trabalhavam, para instalação do Perímetro Irrigado, sob administração do Departamento Nacional Contra as Secas. As famílias selecionadas para fazerem parte deste Projeto Irrigado, passaram a morar em agrovilas, portanto a conviver com vizinhos; a produzir em pequenos lotes culturas para o mercado, entre as quais se destacou a fruticultura, com orientação técnica e utilização de tecnologias de homens e mulheres no âmbito do grupo familiar. Portanto, a redefinição da divisão sexual do trabalho gestada no bojo por processo das transformações da vida, da organização e das relações de trabalho das famílias assentadas no Projeto, implica em relações de gênero que estão em constante construção, tanto no contexto regional quanto no tipo de organização social. A pesquisa foi realizada, a partir de um estudo de caso. Fundamentou-se em dados coletados através de fontes orais e documentais, colhidos junto as famílias de colonos assentadas no projeto e de técnicos que atuam na área. (1)-LOBO, (1991); BRUSCHINI, (1992) e BENDINI, (1997) entre outras DIEFENBACH, Carla Verônica Vasconcellos. O conceito, a proposta e a prática do MMTR nas questões relativas à saúde da mulher rural. 1998. 103f. Dissertação (Mestrado em Extensão Rural) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 1998. (sob orientação de Joaquim Anécio de Jesus Almeida) Palavras-chave: saúde da mulher, proposta e prática do MMTR.

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Resumo: este trabalho apresenta uma análise sobre o conceito, a proposta e a prática do movimento de mulheres trabalhadoras rurais nas questões relativas à saúde da mulher rural. foi desenvolvido no município de Júlio de Castilhos-RS e Nova Palma-RS e apresenta um marco conceitual sobre movimentos sociais, movimento de mulheres trabalhadoras rurais e saúde da mulher rural em questão. está fundamentado em diversos autores, entre eles: Scherer, Navarro, Mynaio, Dallari, Godde, Almeida e outros. a metodologia aplicada constou de coleta de dados (através de entrevistas e observação), utilizados qualitativamente através de interpretação fundamentada na referência bibliográfica e na análise do conteúdo das entrevistas. na discussão e análise dos dados, caracterizou-se o grupo em estudo e após refletiu-se, a partir de suas falas, o entendimento sobre o conceito de saúde, a proposta do mmtr para as questões de saúde e o que o mmtr está pondo em prática. dividiu-se a prática por municípios e após em tópicos, analisando-se não só os trabalhos desenvolvidos em cada município, a participação das mulheres nas reuniões, as campanhas e informações trazidas pelo mmtr, como também o atendimento médico e hospitalar da região e as informações que as integrantes do movimento gostariam de debater. ao final da pesquisa, expôs-se a diferença do atendimento á saúde em cada um dos municípios abordados com considerações sobre o mmtr. CAVALCANTI, Maria do Socorro Loureiro. "Gosto de ser mulher": representação da sexualidade feminina em uma comunidade rural. 1998. 190f. Tese (Doutorado em Enfermagem Fundamental) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 1998. (sob orientação de Dulce Maria Rosa Gualda) Palavras-chaves: representação, sexualidade. Resumo: neste trabalho procurei compreender o significado cultural da sexualidade de mulheres de uma comunidade. procurei compreender como elas vivenciavam a sexualidade e percebiam as influências dos fatores sociais em seus comportamentos e no das outras mulheres da localidade. adotei como opção conceitual a antropologia cultural, uma vez que esta tem uma abrangência considerável no que diz respeito aos aspectos que constituem uma sociedade, como : suas atitudes, suas crenças, suas tradições, dentre outros. procurei ancorar-me ainda nos conceitos oriundos dos referenciais teóricos da representação social que consideram a representação social como forma de conhecimento do senso comum, que ocorre de forma partilhada, que assegura a comunicação dos códigos, que rompem e classificam as partes do mundo e de suas histórias, quer individual ou coletivamente. parti dos pressupostos de que estas mulheres detinham um saber próprio e especificidades de comportamentos e atitudes gerados nas suas condições de vida. embora reconhecesse as interferências das condições sócio-históricas e culturais sobre as mulheres, na manutenção dos processos culturais, acatava a idéia de que elas também influenciavam, para que transformações processassem. dentre as dificuldades encontradas a mais árdua foi optar por uma maneira de apresentar e analisar os dados, sem promover uma fragmentação dos mesmos. assim, ao adotar a forma de transformação dos relatos orais, colhidos durante as "oficinas didáticas" e as entrevistas, em linguagem escrita, seguindo as fases de transcrição, textualização, transcriação e conferência, tentei propiciar esta aproximação entre as cinco colaboradoras e o público. recorri aos diversos constructos que formam o conceito de cultura. vários deles que permeiam o inconsciente coletivo e como tal se reproduzem nos rituais, como forma de perpetuação de mitos, crenças, normas, valores e conhecimentos ; enquanto outros, vão surgindo pelo processo de metamorfose, próprio de sociedades em transformação. a representação que permeou todas as narrativas, pode

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ser assim colocada: "gosto de ser mulher". no entanto, o vivenciar a sexualidade esteve sempre imbricado com todos os demais aspectos da vida e foram enfaticamente apresentados nas palavras chave que resultaram na elaboração do "tom vital", que no meu entendimento equivale a representação das narradoras. assim, a percepção que as colaboradoras de Canaã expõe sobre a sexualidade das demais mulheres de sua localidade, é a de que elas a vivenciam diferentemente uma das outras. todo o conhecimento cultural levou-me a assumir compromissos e emitir propostas a ser desenvolvidas no campo da enfermagem. FRANCISCO, Maria Luiza Oliveira de. Trabalho familiar na agricultura do Município de Rio Claro (SP): a mulher e a criança na pequena produção. 1997. 149f. Dissertação (Mestrado em Geografia Humana) – Universidade de São Paulo, Presidente Prudente, 1997. (sob orientação de Rosa Ester Rossini) Palavras-chave: geografia de gênero, trabalho familiar, agricultura. Resumo: Esse trabalho procurou investigar as estratégias de sobrevivência familiar na agricultura e as formas de inserção da mulher proprietária e da criança residentes nas zonas rurais na força de trabalho na pequena produção do município de Rio Claro. Especificamente, buscou-se analisar as estratégias de sobrevivência familiar na pequena produção, procurando demonstrar o papel desempenhado pela mulher proprietária nas atividades produtivas e reprodutivas, os papéis de gênero atribuídos à ela pela família, a divisão sexual do trabalho, as relações de poder dentro da unidade doméstica e o papel desenvolvido pela criança nas atividades produtivas e reprodutivas. Abordou-se assim, as relações de gênero na Geografia, ou seja, na construção de uma Geografia de Gênero e suas vinculações com as estratégias de sobrevivência familiar, fato que possibilitou o estudo da inserção da mulher na força de trabalho na pequena produção. Tratou-se das relações de trabalho desenvolvidas no colonato buscando-se entender os papéis de gênero atribuídos à ela pela família, a divisão sexual do trabalho e as relações de poder dentro da unidade doméstica. Verificou-se que as atividades produtivas e reprodutivas desenvolvidas pela mulher e criança eram essenciais para a produção e reprodução da força de trabalho. As atividades produtivas eram encobertas pelo trabalho familiar, ou seja, o caráter integrativo e cooperativo do trabalho familiar mascarava o trabalho da mulher e da criança que não eram valorizados, pois não eram remunerados. Constatou-se também que a intensificação das relações capitalistas no campo rioclarense através da sujeição da renda da terra tem levado a uma acentuação do trabalho familiar onde a mulher e a criança trabalham mais intensamente nas atividades produtivas e reprodutivas buscando fugir da expropriação da terra e do assalariamento. A soma das atividades produtivas e reprodutivas tem levado a mulher a um elevado sobretrabalho, ou seja, a uma dupla jornada de trabalho o que tem prejudicado seu tempo de repouso. Hoje, o capital tem ocasionado uma maior subordinação da mulher à família e ao próprio capital. MELO, Ligia Albuquerque. Reprodução da subordinação de gênero: o caso da mulher trabalhadora rural de empresa de uva do Sub-médio São Francisco. 1997. 183f. Dissertação (Mestrado em Administração Rural) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, 1997. (sob orientação de Margot Barbosa Schulze) Palavras-chave: gênero; trabalho rural. Resumo: O estudo tenta mostrar que a Política Pública de Irrigação para o Nordeste implantada na década de 60, incentivando a modernização da agricultura da Região,

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abre espaço de trabalho para a mulher, na função de trabalhadora rural, embora esse não fosse objetivo da referida política. Trata-se de uma experiência nova para o rurícola, enquanto força de trabalho remunerada, que até então se dedicava à unidade familiar do cultivo tradicional do sequeiro, de forma gratuita. A oportunidade dada à mulher trabalhadora rural de ingressar no mercado de trabalho, proporcionada por empresários rurais e colonos, usuários do Programa de Irrigação do Nordeste. Acontece pela produtividade no trabalho por ela apresentada, em comparação com a do homem, quando da realização de atividades agrícolas. Esse rendimento que é possível obter da mulher pela condição de Ser subordinado ao homem e legitimado pela sociedade, cria preferência do empregador pelo trabalho da mulher em culturas agrícolas, como a uva que exige, dentre outras, paciência, habilidade manual e concentração na realização de determinadas tarefas, qualidades ditas femininas. O capital ao reproduzir a subordinação da mulher, estimula uma cadeia de violência do homem contra a mulher, por ela já experimentado "em casa", pois também na esfera pública o homem mais do que a mulher tem condições de exercer o poder, uma vez que, os cargos de maior prestígio, são por ele ocupados. A mulher também se beneficia da chance de participar do mercado de trabalho dada pelo capital. A saída "para a rua" além de tirar a mulher do isolamento "da casa", a remuneração do trabalho pode lhe dar independência financeira do homem, variável que exerce forte influência no comando do homem sobre a mulher. As brechas deixadas pelo capital possibilitam à mulher, através do trabalho social, minar a sua subordinação ao homem. GOMES, Belkisse Corrêa. "Retrato" de mulheres "Pantaneiras" na década de 20 a 40: "Molduras" em educação e gênero. 1997. 216f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Fundação Universidade Federal de Mato Grosso, Campo Grande, 1997. (sob orientação de Sônia da Cunha Urt) Palavras-chave: representação social - gênero - educação Resumo: Neste estudo procuramos desvelar o papel desempenhado pela mulher no pantanal da Nhecolândia, no início deste século, através de suas representações sociais, usando como instrumento as suas memórias. Buscamos através da teoria de gênero, compreender e explicar a educação formal e informal dessas mulheres e a vida no pantanal. na análise do discurso dessas mulheres encontramos nas atividades do cotidiano, o trabalho, como principal atividade de todas da região. A educação informal através do trabalho era realizada no cotidiano e a educação formal, através de professores das escolas dos pantanais rural e urbano. Através da análise dos discursos, chegamos à conclusão que essas mulheres pantaneiras assumiam culturalmente a dominação masculina e a conseqüente submissão feminina, o que ficava evidenciado na educação informal e formal que podiam "receber". FIÚZA, Ana Louise de Carvalho. Verde-rosa/natureza-mulher: um estudo de caso comparativo das relações de gênero em contextos tecnológicos distintos na Zona da Mata mineira. 1997. 119f. Dissertação (Mestrado em Extensão Rural) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 1997. (sob orientação de José Norberto Muniz; Franklin Daniel Rothman; Maria De Fátima Lopes) Palavras-chave: Mulher - aspecto social; ecologia; sociologia rural. Resumo: Esta dissertação constitui um estudo comparativo do "status" de mulheres que vivem na zona rural de dois municípios da Zona da Mata mineira. O que diferencia fundamentalmente as unidades produtivas familiares pesquisadas, em ambos os municípios, é a difusão de tecnologias de concepções paradigmáticas distintas. Em uma das regiões, difundem-se idéias e técnicas "alternativas", na outra há um predomínio de

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idéias e técnicas do paradigma produtivista (industrial). O intuito deste trabalho foi o de analisar a forma como vivem as mulheres em ambas as situações, a fim de problematizar as críticas que se tem feito em relação às conseqüências negativas da modernização tecnológica para a mulher, ao mesmo tempo em que se valorizam as tecnologias alternativas como sendo benéficas a ela. SILVA, Maria Goreti da. Mandona vem de família: um estudo de gênero, trabalho e poder entre trabalhadoras rurais. 1996. 130f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1996. (sob orientação de Sebastiana Rodrigues de Brito) Palavras-chave: Trabalho; Gênero; Agricultura familiar; Poder Resumo: Este trabalho busca compreender a dimensão do poder feminino na lógica dos atores sociais vinculados a pequena unidade familiar de produção e reprodução social em São Bartolomeu, sul de Minas Gerais. Neste espaço, a mulher se insere enquanto trabalhadora no tipo de atividade essencialmente familiar, domestica e, na condição de trabalhadora que acumula atividades familiar/domesticas com as assalariadas. Nesta perspectiva, busca-se compreender se o que os atores sociais entendem por poder feminino corresponde a representação social contida na expressão, usual entre a população do campo, "mulher mandona". A reflexão parte de uma abordagem teórica acerca das categorias trabalho, relações sociais de gênero e de poder, passando para um estudo geral a respeito da pequena unidade familiar de produção e reprodução social, objetivando focalizar as pequenas unidades familiares de produção onde a mulher se insere no processo produtivo. A partir deste entendimento, enfatiza-se o modo como a mulher vive, cotidianamente, as relações sociais de gênero e poder. Sendo possível, assim, entender a concepção que os atores sociais têm do poder feminino e o que desvenda a representação social da "mandona". SARTORI, Maria Salette. Saúde, doença e a representação: um estudo com mulheres rurais. 1996. 116f. Dissertação (Mestrado em Extensão Rural) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 1996. (sob orientação de Joaquim Anécio de Jesus Almeida) Palavras-chave: mulher rural, saúde, doença. Resumo: as concepções de saúde e de doença de um determinado grupo social, bem como suas práticas, podem apresentar diferenciais semânticas importantes entre as pessoas que cuidam e as que são cuidadas. interessada em compreender como se constrói esses diferenciais no contexto de uma comunidade rural, a autora, utilizando-se de uma abordagem qualitativa, analisa as representações e relações sociais de ordens diversas, e que concorrem a construção destes conceitos e práticas desenvolvidas no interior da comunidade.os dados para essa discussão foram obtidos através de entrevistas não diretivas, organizadas de forma que as palavras que se repetissem freqüentemente fizessem emergir os temas e estes foram indicando as concepções e práticas de saúde, bem como suas inter-relações. o estudo mostra que é a partir da percepção e classificação da doença que se estabelecem relações com os diversos agentes de cuidado de saúde, confrontando assim, as diferentes concepções e práticas relacionadas à saúde e à doença. a pesquisa toma como referência a mulher, e se centra numa certa noção de que ela é quem primeiramente olha, avalia e trata os sintomas, de acordo com conhecimentos disponíveis através de uma estrutura cognitiva culturalmente transmitida e socialmente aceita. dessa forma, pretende dar conta de uma

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determinada dimensão da realidade, onde o evento disruptivo do adoecer cria limites de ordenamento dessa realidade, e no interior da qual, certas práticas de saúde adquirem sentido. ALVES, Maria de Fátima Paz. E o homem trabalha que nem a gente? um estudo sobre relações de gênero e trabalho numa comunidade rural do agreste pernambucano. 1996. 149f. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 1996. (sob orientação de Josefa Salete Barbosa Cavalcanti) Palavras-chave: relações de gênero/trabalho/casa/tempo/espaço/homens/mulheres. Resumo: nesta dissertação analiso o trabalho realizado por homens e mulheres de uma comunidade rural do agreste setentrional de Pernambuco na comunidade, os homens normalmente migram, enquanto as mulheres, que ficam realizam múltiplas atividades. as relações de gênero - permeadas por um conflito entre papéis, ideais de homens e mulheres e pela articulação entre estes(as) com vistas a reprodução de sua condição - estruturam o tempo e o espaço vivenciado e concebido de modo diverso por homens e mulheres. a casa apresenta-se como espaço do trabalho da mulher e do 'não trabalho' do homem. no roçado familiar homens e mulheres realizam atividades embora a identidade masculina esteja mais diretamente ligada a esta esfera com a imigração dos homens, as mulheres, assumem maior responsabilidade no trabalho no roçado, participando de modo efetivo na sociedade beneficente onde embricam-se relações de gênero e parentesco. a maior flexibilidade do trabalho para as mulheres que podem fazer tudo enquanto os homens tem delimitada a sua atuação, cria um tempo diferenciado para ambos, favorecendo a que as mulheres tenham uma presença marcante na comunidade, algumas vezes desquantificando os homens que não condizem com as expectativas, enquanto sobrecarga de trabalho quanto numa maior. autonomia e poder das mulheres o que implica necessariamente numa mudança ou questionamento da forma como as relações de gênero se dão na comunidade. OLIVEIRA, Dalva Felipe de. Mulher trabalho e vida no campo: um estudo junto às mulheres da comunidade rural do Ligeiro, no Cariri paraibano. 1996. 129f. Dissertação (Mestrado em Sociologia Rural) – Universidade Federal da Paraíba, Campina Grande, 1996. (sob orientação de Maria Cristina de Melo Marin) Palavras-chave: mulher; trabalho; família. Resumo: O trabalho executado pelas mulheres tomando como referência a casa e o roçado ou as atividades a elas relacionadas, constitui o objeto central desta dissertação. Procurei detectar os condicionamentos que influenciam o processo de diferenciação social entre os sexos, essencialmente quando se refere ao trabalho executado por essas mulheres no âmbito da casa como no âmbito do roçado com a representação do trabalho de casa como trabalho de mulher, busquei apreender os mecanismos que condicionam a atribuição "natural" das tarefas domésticas ao sexo feminino. Nesse estudo, tentei analisar a imbricação do trabalho doméstico com o trabalho exercido pelas mulheres no roçado, pois parti da hipótese que entre esses espaços, há uma relação de complementaridade, embora reconheça o peso do trabalho doméstico, que se traduz na responsabilidade pela socialização dos filhos e da manutenção da unidade doméstica pretendi, a partir dessa análise, apreender as representações que as mulheres têm sobre o trabalho, levando em consideração os fatores que as levam a considerá-lo apenas uma ajuda. Procurei saber quais as vantagens e desvantagens de trabalhar em casa; que explicações elaboram para o seu cotidiano e como ele se traduz.

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RESSEL, Lucia. A cultura como mediadora na sexualidade da mulher rural. 1995. 181f. Dissertação (Mestrado em Extensão Rural) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 1995. (sob orientação de Rossato Ricardo) Palavras-chave: sexualidade mulher rural cultura Resumo: este trabalho apresenta uma analise sócio-antropológica sobre a ação da cultura na sexualidade da mulher rural. foi desenvolvido na localidade de são Rafael, município de Restinga Seca - RS, e apresenta um marco conceitual sobre cultura e sexualidade feminina, fundamentado em diversos autores.a metodologia aplicada foi baseada principalmente em Minayo e constou da coleta de dados utilizando entrevista e observação, sendo estes dados utilizados qualitativamente através de analise de conteúdo, e ainda, de discrição de trajeto para a escolha do campo, entrada e amostragem. na discussão dos dados, caracterizou-se, inicialmente sexualidade das entrevistadas, relacionando com as agencias educativas,, família, religião, escola, amigos e meios de comunicação de massa.completou-se a discussão com o exame de mitos e tabus quanto a sexualidade das mulheres do grupo em estudo. ROCKENBACH, Inácio Hugo. A mulher na administração da empresa familiar rural: o caso de um grupo de gestão agrícola em Santa Catarina. 1995. 80f. Dissertação (Mestrado em Administração Rural) – Universidade Federal de Lavras, Lavras, 1995. (sob orientação de Ricardo de Souza Sette). Palavras-chave: administração rural participação da mulher, resultado. Resumo: o objetivo do estudo foi verificar a participação da mulher nos processos produtivo e administrativo da empresa familiar rural e a sua influencia no resultado econômico. Como resultado verificou-se que ha expressiva participação da mulher no processo produtivo e esta participação e mais requisitada nas fases mais criticas da empresa. No processo administrativo verificou-se uma participação constante, atuando como elemento harmonizador entre os demais componentes familiares. Verificou-se também que, embora não significativo pelos testes estatísticos, ha indícios de que a participação da mulher no processo administrativo. LECHAT, Noelle Marie Paule. A questão de gênero no movimento dos trabalhadores rurais sem terra (MST): estudo de dois assentamentos no Rio Grande do Sul. 1993. 257f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1993. (sob orientação de Carlos Rodrigues Brandão) Palavras-chave: gênero/movimento sem terra/camponês mulheres/assentamento/caboclo colono/ita Resumo: o gênero constrói a política e por esta e construído. a partir da ótica feminina, eu analiso como as relações de gênero tecem-se no seio do MST-RS, a centralidade que ai ocupam e o exercício do poder que as permeiam. o fio condutor e o gênero, como categoria de analise e de significação, mas usei varias abordagens para este estudo. uma visão histórica do processo de ocupação, perda e reconquista da terra na região de origem dos sujeito da pesquisa de 1815 a 1990 destacando a participação da mulher neste processo: uma etnografia dos assentamentos palco das relações de gênero em estudo; a reconstituição do período de acampamento iabilidade do publico e do privado no mst pois ele e composto por famílias e não por individuo isolados. especificidades culturais, históricas e etárias levam as assentadas a processos diferenciados de

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participação neste movimento, mas a maioria delas procura a transformação das relações de gênero pois consideram-se na parte integrante do projeto político de construção de uma sociedade mais justa. LIMA, Isa Maria Meira Rocha de. Mulheres na luta pela terra e as relações patriarcais na família camponesa. 1992. 145f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) – Universidade Federal de Pernambuco, 1992. (sob orientação de Pinto João Bosco Guedes) Palavras-chave: gênero, mulher rural, patriarca. Resumo: o estudo visa compreender ate que ponto a participação da mulher na luta pela terra contribuiu para mudar as representações sobre as relações patriarcais da família camponesa. A pesquisa foi realizada no assentamento do engenho pitanga i, município de Abreu e Lima, estado de Pernambuco, utilizando o estudo de caso junto a dois grupos de mulheres acrescido de dados secundários sobre o assentamento: grupo a, forma do por mulheres que participaram da luta pela terra e o grupo b, formado por mulheres que não participaram, mas que residiam no mesmo local.as categorias gênero e patriarcado e os conceitos de família e papeis homem e mulher, como também mudanças das condições devida. As representações das mulheres do grupo B somente indicam mudanças relacionadas as condições de vida. As representações dos dois grupos não revelam questionamentos, nem criticas sobre as relações patriarcais na família camponesa, donde se conclui que estas permanecem na família, pois o poder continua centrado no homem (varão). PAIXÃO, Maria Lídia Gomide. Variação na estrutura de poder conjugal da família rural microrregião de Viçosa. 1992. 202f. Dissertação (Mestrado em Extensão Rural) – Universidade Federal de Viçosa (sob orientação de Jose Norberto Muniz) Palavras-chave: ciclo de vida da família rural estrutura de poder conjugal autoridade. Resumo: a proposta do estudo foi identificar as variações na estrutura de poder conjugal ao longo do ciclo de vida de 20 famílias selecionadas na microrregião rural de viçosa. A estrutura de poder conjugal estabelecida a partir da identificação de quem tem autoridade nas decisões e de quem e responsável pela execução das tarefas nas áreas agrícola de quintal e domestica serviu de marco teórico para este estudo. O ciclo de vi da foi dividido em oito depois em cinco e apos as visitas iniciais ao campo ficou com quatro estágios. Os procedimentos metodológicos utilizados na investigação diversificaram entre um questionário observação d vida entrevistou-se cinco famílias. As conclusões deste estudo podem ser assim resumidas: o ciclo de vida dessas famílias não se apresenta padronizado.na analise do poder geral em relação aos diferentes estagio s observou-se que o marido apresenta maior poder que a mulher nos três primeiros estágios. Apenas no ultimo estagio e que se identificou uma quase igualdade de poder entre marido e mulher motivada pela redução do poder do marido e o aparecimento mais intenso dos filhos e meeiros. CASAGRANDE, Jacir Leonir. Movimentos sociais no campo: mulheres agricultoras em Santa Catarina. 1991. 87f. Dissertação (Mestrado em Sociologia Política) –Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1991. (sob orientação de Ilse Scherer-Warren) Palavras-chave: produção familiar mulheres agricultoras meio rural

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Resumo: o movimento de mulheres agricultoras de Santa Catarina surge um contexto de lutas do meio rural pela continuidade da reprodução da vida camponesa. Quadro este que se apresenta numa linha de agravamento gradativo das dificuldades para este modo de vida e de trabalho familiar. Este coletivo, constituído a partir da problemática vivida pela pequena produção, numa perspectiva de fortalecimento das lutas de classes, de somar forcas com as demais organizações do campo, projeta-se por outro lado, numa luta especifica por questões que denominamos de gênero. As mulheres agricultoras se percebem submissas e subordinadas dentr especifico. Neste sentido, ser 'mulher agricultora' na unidade de produção familiar, bem como na sociedade, lhe possibilita um avanço, rumo a emancipação plena, como ser humano. O movimento de mulheres agricultoras, como sujeito e ator social, e portador de um projeto utópico de transformação social, que emancipa a classe trabalhadora e sobretudo a mulher agricultora, submissa e subordinada na vida domestica e na sociedade. BARROS, Márcia Ester Zorzo. Sindicatos rurais: organização e participação da mulher em SC. 1990. 141f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1990. Palavras-chave: trabalhadora rural, sindicato. Resumo: a presente dissertação tem como objeto a participação das trabalhadoras rurais nos sindicatos de sua categoria profissional e analise do crescente envolvimento destas nas lutas dos sindicatos de trabalhadores rurais. Aborda também as formas como os sindicatos tem conseguido reestruturar a atuação para incluir a participação e as reivindicações das mulheres no contexto da classe trabalhadora rural. CATTANI, Rosane Maria Manica Rizzi. Trabalhadora rural: o despertar da mulher (movimento das mulheres no Rio Grande do Sul). 1989. 268f. Dissertação (Mestrado em Extensão Rural) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 1989. Palavras-chave: mulheres rurais movimento social trabalhadoras. Resumo: o estudo versa sobre o movimento de mulheres rurais no rio grande do sul, nos seus aspectos mais estruturais e cronologicamente iniciais. Foram identificados fatores conjunturais, sociais, políticos e econômico s (período de 64 a 85) acrescidos dos aspectos ideológicos revelando prováveis causas de um movimento em que as relações de classe estão no âmago do processo. Desenvolveu-se uma analise do movimento sob o ponto de vista da configuração tipológica feminina, feminista por apresentar uma organização de gênero documentando-se as manifestações reivindicatórias do movimento com vista a estudos posteriores. ABRAMOWAY, Miriam. Por trás dos bastidores: uma análise de mensagens produzidas por organizações governamentais e não governamentais que trabalham com a mulher. 1989. 441f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 1989. Palavras-chave: mulher, meios de comunicação agencias de desenvolvimento social cultura Resumo: estudo das mensagens transmitidas por instituições que trabalham com a mulher com relação a, seus papéis sociais. As mensagens destas instituições reforçam os papeis tradicionais que a sociedade impõe a mulher. O estudo tem, por base a análise de meios radiofônicos, impressos e audiovisuais. Brasil e costa rica fornecerem os

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principais exemplos para a verificação das hipóteses. A mulher rural foi analisada da manei ra particular. A divisão dos papéis sexuais relega a mulher a uma posição subordinada no plano do trabalho-onde ocupa, nas mensagens transmitidas, o lugar domestico e também no terreno educacional. As mensagens igualdade de oportunidades no trabalho. E através do sexo que se da diferenças entre o publico, o privado, o natural, o cultural, o biológico e o psicológico. O local socialmente destinado a mulher e a família e o espaço privado e de subordinação e submissão. Em suma, o discurso encontrado e pseudo-modernizante e se encaixa perfeitamente na ideologia patriarcal. CALEGARRO, Iara do Carmo. Estratégias de sobrevivência familiar em pequenas propriedades rurais de três Barras (RS). 1989. 237f. Dissertação (Mestrado em Extensão Rural) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 1989. Palavras-chave: pequena produção, agricultura familiar, trabalho da mulher, estratégia de sobrevivência. Resumo: partindo de uma analise sobre a extensão do modo de produção capitalista na agricultura brasileira, o presente estudo consiste em uma pesquisa de campo sobre as estratégias de reprodução social e sobrevivências adotadas por famílias de pequenos produtores; abordando em especial o aspecto da produção artesanal rural e sua situação frente aos produtores industrializados a nível urbano. A pesquisa de campo foi desenvolvida numa comunidade rural no interior do rio grande do sul, formada basicamente por imigrantes italianos e alemães a qual mais um dos exemplos da sobrevivência camponesa nos diversos contextos brasileiro. A produmentos necessários ao trabalho domestico e agrícola, são fundamentais para manutenção familiar. Toda esta produção só e possível em função do trabalho familiar onde a mulher entra como principal agente, pois alem do trabalho doméstico e agrícola e responsável por uma diversificada produção artesanal. FAVORITO, Celsina Alves. Deus no céu e o rádio na terra: papel do rádio junto a mulheres rurais de Pitanga. 1989. 159f. Dissertação (Mestrado em Comunicação Social) – Universidade Metodista de São Paulo, 1989. Palavras-chave: mulher, rádio, rural, trabalhadoras, bíblia, terra, deus, comunicação. Resumo: com o objetivo de verificar o papel que o radio exerce entre dois clubes de mãe de pitanga, interior do Paraná, tomei como objeto de estudo quatro programas (um feminino, um de variedades, um musical e um religioso), alem do serviço de utilidade publica transmitidos pela radio auriverde de pitanga ltda., único meio de comunicação de massa do município. Pelo fato de pitanga ser muito grande (2 em extensão do PR), e possuir comunidades distantes, observei que o radio e um veiculo fundamental como elo de ligação entre elas e entre o centro da cidade. Verifiquei que, com o radio, as entrevistadas conversam, lamentam, riem, choram ponsavel pela vida das ouvintes, pela continuidade do seus sonhos, de suas cartas amorosas. Acima do radio, só mesmo deus. Finalmente constatei que apesar das inovações tecnológicas, da comunicação por satélite , ha espaço para o radio. Eles convivem perfeitamente bem, porque atingem públicos diferentes, com necessidades diferentes. QUEIROZ, Maria da Gloria. Mulher sempre as vezes gente ocultamento e revelação na linguagem da mulher rural. 1987. 131f. Dissertação (Mestrado em Extensão Rural) –Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 1987.

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Palavras-chave: ditado popular, extensão rural mulher rural, mudança do papel da mulher rural. Resumo: a extensão rural tem ate hoje considerado a mulher camponesa principalmente como domestica ensinando-o a cumprir seu papel de mãe esposa e dona de casa e reforçando assim o modelo da família e de núcleo de pequena produção que interessa conservar. As mudanças que estão em curso na re -orientação da extensão rural devem portanto ter em conta as mudanças no papel da mulher. Por essa razão procuramos descobrir quais sa o as frustrações e aspirações da mulher do campo para fornecer subsídios as novas dimensões do relacionamento do extensionista com o seu publico e sobretudo para que o camponês e sua família sejam vistos mais ver os ditados populares. Tentamos assim definir um perfil local da mulher rural através de sua fala e da construção de um modelo e anti-modelo que represente suas aspirações. Cristiani Bereta da Silva. As fissuras na construção do “novo homem” e da “nova mulher”. Relações de gênero e subjetividades no devir do MST – 1979-2000. Tese de doutorado no programa de Pós-Graduação em História /UFSC, 2003. Palavras-chave: conflitos entre homens e mulheres; construção do “novo homem” e da “nova mulher”; transformação social. Araujo, Lucimar de. O trabalho da mulher nos assentamentos rurais(o exemplo das glebas XV de novembro, Rosana e Areia Branco no Pontal do Paranapanema).01/05/1995. 1v. 137p. Mestrado. UNIVERSIDADE EST.PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO/PR.PRUDENT - GEOGRAFIA. Orientadores: ARMANDO PEREIRA ANTONIO. Palavras- chave: trabalho da mulher - trabalho familar - luta pela terra. Resumo: O estudo aqui apresentado, traz uma analise sobre o trabalho da mulhernos assentamentos rurais do pontal do paranapanema paulista, no contexto da luta pela terra.ao conquistar a terra, o campones atinge uma nov a etapa de sua luta, onde o trabalho familiar vai dar sustentacao para que ele juntamente com sua familia, permanecam na area rural.embora a mulher nunca tenha estado ausente ao trabalho, as atividades desempen hadas por ela, seja no espaco domestico ou fora dele, sempre foram pouco valorizadas. nas ultimas decadas a mulher vem conquistando espaco nos mais diferentes niveis da sociedade, destacando-se sobretudo na que ela resistencia ao exodo rural.alem de verificar o seu envolvimento atraves das manifestacoes de suas ideias diante das questoes que envolvem o assentamento como um todo Giovana Ilka Jacinto Salvaro - Ainda precisamos avançar: os sentidos produzidos por trabalhadoras/as rurais sobre a divisão sexual do trabalho em um assentamento coletivo do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) em SC. Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Psicologia/ UFSC, 2004. Palavras-chave: trabalhadores/as rurais assentados; assentamento coletivo; MST; divisão sexual do trabalho Alessandra Bueno De Grandi Relações de gênero nas famílias agricultoras associadas à Mini-Usinas de leite no Estado de Santa Catarina. Mestrado. UFSC, 1999 Palavras-chave: Gênero, Agricultura Familiar, Leite Vicente, Maria Carlota Meloni. "Inserção da força de trabalho feminina: as bóias frias na agricultura do sudoeste paulista". SÃO PAULO - PA. 01/04/1998. 1v. 228p.

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Doutorado. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - GEOGRAFIA (GEOGRAFIA HUMANA). Palavras- chave: Trabalhadora Rural; Trabalho Volante; Sudoste Paulista Resumo: O presente estudo teve por objetivo analisar a inserção da trabalhadora volante ou bóia-fria na agricultura de município do sudoeste paulista - Itaberá, Itararé e Riversul. Inicialmente, foram apresentadas considerações sobre a inserção das mulheres no mercado de trabalho, passando na seqüência, à analise do trabalho da mulher na agricultura, com destaque para a ocupação das trabalhadoras volantes. Avaliou-se, também, os principais condicionantes do crescimento do trabalho assalariado na agricultura paulista, bem como a situação sócio econômica dos município pesquisados do contexto do desenvolvimento do estado. Os resultados da pesquisa foram baseados em informações obtidas por meio da pesquisa de campo, com a realização de entrevistas junto às trabalhadoras rurais e a diversos setores ligados à agricultura local. A análise da inserção da mulher como bóia-fria na agricultura dos municípios pesquisados mostrou significativa relação do trabalho assalariado com o incremento do cultivo de feijão em moldes empresariais, a partir da década de 70. Com a tecnificação dos cultivos e as mudanças na composição da produção agrícola, as volantes passaram a seguir em calendário de trabalho restrito e excludente, adotando estratégias de sobrevivência que incluem diversos serviços na cidade. Diante do processo de exclusão do trabalho, e, consequentemente, das precárias condições de reprodução como trabalhadores e trabalhadoras rurais, uma parcela destes vai se mobilizar no obtenção de terra para trabalhar. Bock, Marinês Rosali A participação da mulher na luta pela terra. novo cabrais - . 01/10/1998. 1v. 92p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - EXTENSÃO RURAL. Palavras- chave: mulher rural, luta pela terra, trabalhadora rural Resumo: A mulher, a cada dia, vem conquistando novos espaços, em específico nos movimentos sociais do campo. neles, homens e mulheres procuram condições mais digna de vida. este trabalho objetiva estudar a forma como a mulher acampada do movimento dos sem terra (mst) está ocupando o espaço dentro do acampamento. para isso, torna-se necessário caracterizar esta mulher, verificar qual o seu grau e o nível de participação no acampamento e identificar possíveis obstáculos a essa participação. o trabalho foi realizado no acampamento dos sem terra, da fazenda alvorada, no município de Júlio de Castilhos. primeiramente, contextualizou-se a mulher dento dos movimentos sociais no campo. após utilizou-se a metodologia de entrevistas semi-estruturadas, em que foram anotadas as falas das mulheres, observando-se o comportamento delas perante as distintas situações. dessa forma, obtiveram-se dados sobre a participação das mulheres, os quais foram relacionados com teorias sobre participação. o trabalho apontou que um caminho muito longo ainda deve ser percorrido para que se obtenha uma equidade entre os gêneros, respeitando, logicamente, as diferenças entre sexos. no entanto, no acampamento do movimento dos sem terra, a mulher está pouco a pouco conseguindo entrar no espaço público. isso pode ser demonstrado através da sua presença em quase todas instâncias do acampamento onde estão atingindo praticamente todos os níveis de participação, enfrentando para isso os mais diversos obstáculos.

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Panzutti, Nilce da Penha Migueles. As mulheres na produção familiar do algodão em Leme.01/06/1992. 1v. 124p. Mestrado. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - SOCIOLOGIA. Palavras- chave: produção familiar, mulher rural, modernização Resumo: Este trabalho analisa a inserção produtiva e reprodutiva de um grupo de mulheres produtoras familiares de algodão, que vivenciaram dois momentos distintos da cultura: antes e depois da modernização agrícola, no período que vai de 1960 ate 1990. esse grupo e especialmente importante pelo fato de ter vivenciado um processo de transformação agrícola e por ter, como categoria social ascendido da condição de trabalhadora a proprietária e posteriormente a proprietária modernizada. outra peculiaridade e que passaram de uma sociedade tradicional rural para uma sociedade urbano-industrial. assim analisamos a produção familiar que a her. Essa revisão teve como objetivo, captar as principais questões que envolvem o gênero. no cap. ii e colocado o referencial teórico e metodológico procurando conceitualizar a produção familiar no contexto da s transformações da modernização capitalista e identificar nesse panorama os produtores modernizados de leme caracteriza e delimita o objeto de analise, alinhando os procedimentos utilizados. no cap. iii estão colocadas as características da economia tradicional, pois grande parte das peculiaridades da produção familiar de leme forma condicio...... Silva, Roselaine Berenice Ferreira da. Trabalho Infantil e Construção da Identidade de Gênero. Santa Cruz do Sul - RS. 01/08/2000. 1v. 109p. Mestrado. UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL - DESENVOLVIMENTO REGIONAL. Palavras- chave: Trabalho infantil, Construção de Identidade Resumo: Esta pesquisa consiste em analisar uma das formas de trabalho infantil na região de Santa Cruz faz Sul. Foi estudado o modo como a inserção precoce no trabalho é assimilado pelas crianças, especialmente pela menina, sendo que o trabalho doméstico é um deles. Os passos para a consolidação deste trabalho se deram, inicialmente, pelas visitas às famílias do interior do município; em seguida, foi entrevistado seus componentes, como também as crianças. Num outro momento, foi aplicado um teste de personalidade (CAT-A), nas meninas, analisando-se seus vínculos afetivos e o modo como a identidade feminina está se estruturando, já que ela está inserida precocemente no mundo do trabalho. Cabe dizer que a aplicação deste teste de personalidade também se deu nas meninas do meio urbano, com a intenção de fazer um comparativo de respostas. A faixa etária estudada compreendeu as idades de 10 a 12 anos. As crianças do meio rural pertenciam à famílias de pequenos produtores rurais, em que a atividade agrícola principal é o cultivo do fumo. Os resultados alcançados salientam a importância de um vínculo maior entre a criança e sua família. Meninas entrevistadas comentam da impossibilidade de realizar seus sonhos profissionais, tendo que se sujeitar à lavoura. Esta impossibilidade de consolidar seus projetos para o futuro, enredam a menina no mundo doméstico, desde pequena. A identidade que ela forma fica circunscrita às tarefas de organização da casa, como limpar, varrer, cozinhar. Não lhe são dadas outras possibilidades, pois aprendem que o dever e o lugar da mulher é ficar em casa, pois os homens trabalham na lavoura e as mulheres auxiliam. Esta forma de ajuda reflete-se na formação de sua identidade que, por sua vez, fica calcada em cima de pressupostos de deveres domésticos. O tempo para o estudo e a brincadeira tornam-se, com isto, escassos. Não se tem tempo para ser criança e a identidade feminina, desde cedo, é amarrada por valores preconcebidos e incutidos por um sistema consolidado

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pelo trabalho familiar. Conclui-se, então, que o trabalho infantil interfere na capacidade da menina em ser criança e isto faz com que ela desenvolva uma identidade baseada nas relações de trabalho, já que suas relações familiares dão margem a estas relações numa idade bastante precoce. Sabe-se que as primeiras relações e vínculos mantidos pelas crianças constituem a base de uma construção de identidade e senso de eu muito importantes para um desenvolvimento sadio. Caso estas sejam relegadas a um segundo plano, a criança pode apresentar conseqüências, na vida adulta, prejudiciais para sua personalidade. Então, estas meninas, além de não terem tempo para viver sua infância, também carregam consigo o peso de construírem sua identidade feminina enredada num mundo privado, ou seja, no mundo doméstico apenas, sem muitas chances de conhecer e dar vazão às suas potencialidades inatas. GOMES, Maria de Lourdes. Mulheres Líderes Macuxi: uma identidade política Disponível: www.bc.ufrr/tesesdissertações_ufrr.html LIMA, Josinete Pereira. Pescadoras e donas-de-casa: a invisibilidade do trabalho das mulheres numa comunidade pesqueira – o caso da Baía do Sol. (dissertação de mestrado - Sociologia – Universidade Federal do Pará / UFPA. Orientador: Prof. Drº Lex Fiúza de Mello, 2003). Resumo: Pescadoras e donas-de-casa: a invisibilidade do trabalho das mulheres num comunidade pesqueira – o caso da Baía do Sol, retrata a realidade de algumas mulheres, esposas, filhas e mães, membro de famílias de pescadoras artesanais na comunidade de Baía do a Sol, localizada no município de Mosqueiro/Pa. São mulheres que realizam cotidianamente atividades voltadas para os trabalhos domésticos, agrícolas e da pesca artesanal. Mas esse rol de tarefas tende a contribuir para a sua invisibilidade enquanto agente produtora, por não se tratar de um trabalho sistemático e remunerado. Daí o interesse em investigar os trabalhos que realizam, tanto na atividade de pesca artesanal quanto nas atividades de donas-de-casa. A hipótese é a que a inserção da mulher nesses dois espaços é desvalorizada devido a não mercantilização de sua tarefas que esta subjacente a eles. No estudo, foi necessário trabalhar com os conceitos de gênero, trabalho, dona-de-casa, pescadores e direitos sociais. Via observações entrevistas individuais e grupais masculino e feminino nas esferas do lar e da pesca artesanal. Com essa investigação, foi possível, desmistificar a ideologia do discurso sexista de que o trabalho feminino é meramente de complemento ou ajuda, pois, os dados empíricos comprovam que homens e mulheres dividem os espaços produtivos na atividade da pesca artesanal, desde as tarefas de pré-captura quanto na de captura e na de pós-captura. Isso tanto na pesca do mar como nas proximidades da terra. Na agricultura, ambos os sexos se apresentam dividindo espaço. Contudo, quando é na casa ou no espaço do lar essa divisão se apresenta mais desigual, pois são as mulheres que mais assumem tais funções. O trabalho também chama atenção ao fenômeno da eclosão dos movimentos sociais e, em especial, os movimentos de mulheres, que passam a se organizar em busca de melhores qualidades de ida para a categoria e nessa trilha, vão se constituindo como sujeitos políticos. Outro aspecto importante nesse estudo é a analise feia da atuação dos órgãos institucionais e das colônias de pescadores no decorrer do processo. Uma das conclusões a que se chega é que as mulheres, não só da Baía do Sol , mas de todo o país, estão se organizando esse fortalecendo

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politicamente, visando o seu reconhecimento como pescadoras e a aquisição de seus direitos previdenciários e sociais, na perspectiva de uma maior igualdade na sociedade. JULIÃO, Maria Romélia Silva. “Donas da História”: relações raciais, gênero e mobilidade social em Belém. Dissertação de mestrado em Antropologia da Universidade Federal do Pará / UFPA. Orientador: Prof(a) Drª. Maria Angélica Motta Maués, Belém, 2000. Resumo: Este trabalho trata das versões de mães de famílias, das camadas médias urbanas de Belém, sobre relações raciais, lembrando a trajetória de suas famílias – com maridos, filhas e filhos - elas revelam como retornam e atualizaram um antigo projeto de mobilidade social ascendente (formulado por seus pais e conseguiram mudar a vida pelo menos de algumas de suas filhas. O calculo continuou sendo, como anteriormente, o mesmo alcançou a ascensão social através da escolaridade. Considerando a situação da população negra em nossa sociedade e das mulheres negras em particular, elas se constituíram, de um certo ponto de vista, “donas da História” que traçaram (com seus maridos) os rumos de vida das filhas: as “doutoras” da família. São estas interpretações e esse processo que o trabalho analisa. Disponível: Biblioteca Central da Universidade Federal do Pará / UFPA. ALMEIDA, Marineide Pereira de Andrade. Usos Sociais do tempo por mulheres de uma comunidade agropesqueira no Estado do Pará. (dissertação de mestrado em Socilogia), Universidade Federal do Pará / UFPA. Orientadora: Profª. Drª. Maria Cristina Maneschy,2002. Resumo: Estudo sobre os usos sociais do tempo pelas mulheres em uma comunidade agropesqueira do Estado do Pará, a vila de Alto Pareru, em Caetano de Odivelas. Na localidade em 1998, foi criada uma associação de mulheres, que trouxe consigo atividades expectativas e relações com o Estado, consideradas novas no local. Daí o interesse em investigar como as mulheres administram seu tempo. Partir da hipótese de que os valores associados à percepção tradicional dos papeis de mulher, mãe, dona-de-casa e esposa, influem sobre o uso do tempo, de modo que assumir novos papéis torna-se particularmente difícil para mulheres. No estudo foi necessário trabalhar com os conceitos de gênero, tempo, papel social, e papel chave. Via observações, entrevistas individuais e grupais e aplicações de formulários, o estudo analisou a divisão sexual do trabalho doméstico e extra doméstico, a tempo das mulheres no quotidiano e o calendário anual. O estudo mostrou que o tempo das mulheres e dos homens em Pareru é, marcado por pressões dos tempos da natureza, nas pescas e na roça, bem como pelos tempos do mercado. No trabalho e no lar, homens e mulheres participam em graus variados de intensidade. Nos cuidados com as pessoas e o lar predominam as mulheres. Conforme a situação econômica e a fase do ciclo da vida da família, há maior ou menor diferenciação entre os sexos no trabalho. O calendário religioso e cultural é importante para os moradores. A televisão trouxe a “hora da novela”, que ainda não parece concorrer com as visitas, os mutirões e as trocas de favores, que reforçam as relações sociais sobre as quais, depende a sobrevivência do grupo. Uma das conclusões foi que o tempo das mulheres é mercado por muitas atribuições. Essa situação contribui para a invisibilidade de seu trabalho. O exame das falas associações representa para as envolvidas, sua constituição como sujeito políticos que questionam também as relações de gênero, com suas hierarquias e exclusões e

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invisibilidades. Porém, elas se vêem obrigadas a “esticar” seu tempo para responder as muitas pressões entre os antigos e os novos papeis e se fazerem presentes na esfera pública, através da cidadania. NETO, Joaquim Shiraishi. A reconceituação do extrativismo na Amazônia: Praticas de uso comum dos recursos naturais e normas de direito construídas pelas quebradeiras de coco. (dissertação de mestrado), Universidade Federal do Pará – UFPA. Resumo: As categorias de designação coletiva conhecidas como seringueiras, castanheiras e quebradeiras de coco babaçu emergem de forma organizada na defesa de seus direitos a partir dos anos 1980. organizam Associações e Cooperativas de Pequenos Produtores, reivindicando formas de acesso e uso dos recursos naturais, com isto contribuem conceitualizando e construindo o direito. Assim podem ser compreendidas as práticas formas de uso comum das quebradeiras de coco babaçu nas áreas de ocorrência dessa palmeira. Essa emergência parece contradizer vasta literatura e uma visão na literatura pensada para a Amazônia que insiste no fim do extrativismo. A pesquisa de campo realizada nos “centros” e nas “ruas” iluminam as práticas, formas de uso comum e situações de conflito na experiência social em grupo. Disponível: Biblioteca Central da Universidade Federal do Pará. NASCIMENTO, Maria Antonia Cardoso do. Tecelãs e tecelões: processo de trabalho quotidiano e resistência. (dissertação de mestrado em Planejamento do Desenvolvimento, Universidade Federal do Pará / UFPA, 1993, orientador, Prof(a). Edna Ramos de Castro). Palavras-chave: Trabalhadoras da indústria têxtil, Belém Pará. Resumo: Este estudo tem como objetivo central conceber as diversas formas de resistências manifestadas pelos operários e operárias de uma determinadas fábrica têxtil de Belém. Esta analise tem como fio condutor a questão e de resistência específica de mulheres, unindo dois espaços de estudos tradicionalmente separados – fábrica e bairro. PANTOJA, Ana Lígia Nauar. Mulheres negras em Belém do Pará: Política públicas e estratégicas de sobrevivência (1890 –1910), (dissertação de mestrado em Planejamento do Desenvolvimento, Universidade Federal do Pará / UFPA, Orientador. Profª. Ligia Simonian).Belém, 2001. Resumo: este estudo circunscreve-se a analise das políticas publicas em relação as mulheres negras de Belém e as experiências no período compreendido entre 1890 e 1910, como este contexto foi marcado por mudanças estruturais tanto a nível nacional como ao nível como ao nível local, busca-se recuperar as formas de inserção das mulheres no chamado mundo “livre” de então além do mais na interface das políticas publicas e estratégicas e sobrevivência objetivou-se compreender o que de fato teria mudado na vida dessas mulheres, em especial no que diz respeito as oportunidades de trabalho. Para além das paredes do lar as evidencias apostaram para a complexidade do mundo vivido pelas mesmas. Nas ruas no mercado da cidade e em outros espaços públicos, suas práticas adquiriam legitimidade e uma relativa autonomia. De certo modo muito desse modo de vida persiste, pois as mulheres contemporâneas que trabalham em tais ambientes, experimentam condições similares.

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CAYRES, Guilhermina Maria Vieira. Nazarenos e Marias do rio capim: relações de gênero em uma comunidade amazônica 1999.234 f. Dissertação (mestrado em planejamento do desenvolvimento) – Universidade Federal do Pará, 1999. (sob orientação de David Gibbs Macgrath) Palavras – chave: Mão-de-obra, mulheres no desenvolvimento, agricultura. Resumo: Estudo de caso da comunidade de Nazaré (Paragominas –Pa), cujos objetivos são identificar as atividades envolvidas no sistema de produção tradicional dos grupos domésticos caboclos e verificar como as relações de gênero manifestam-se na mão-de-obra que exerce tais atividades,salientando especificamente o papel das mulheres. Em Nazaré os grupos domésticos caboclos tem na agricultura a principal atividade de onde provêm os recursos alimentícios e financeiros. Além das atividades agrícolas, os membros dos grupos domésticos caboclos empregam mão-de-obra nas atividades extrativistas, domestica cabocla da comunidade. A mão-de-obra familiar garante a execução dessas atividades durante todo o ano. LAGO, Maria Regina. Gênero, agricultura familiar e desenvolvimento: O caso das mulheres quebradeiras de coco babaçu, na região do médio Mearim. 2001. 90f. Dissertação (mestrado em Agriculturas Amazônicas) – Universidade Federal do Pará, (Sob orientação de Maria de Nazaré Ângelo Menezes) Palavras-chave: Mulheres, agricultura familiar, coco babaçu. Resumo: os desafios da agricultura familiar e a questão do gênero são focalizados a partir do papel da mulher quebradeira de coco babaçu no Maranhão. O contexto é o das políticas publicas e a importância da mulher no âmbito político-institucional, produtivo, reprodutivo e cultural. PONTES, Romero Ximenes. Amazônia - A hipérbole e o pretexto. Belém. 2001, 181f. (Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Pará /UFPA – Antropologia. Orientador: Raymundo Heraldo Maués). Palavras-Chave: Amazônia, sociedade, mulheres. Resumo: O autor trabalha a idéia de uma “sociedade de mulheres”, como o caminho do imaginário amazônico para criar formar hiperbólicas e pretextuais da definição e representação da região amazônica que se converteram em arquétipos reproduzidos através da história. As Amazonas como hipérboles fundadora não representam o delirante, nem o falso mas significam a “teoria da sociedade”. A coincidência entre os imaginários indígenas e europeus em torno da “sociedade de mulheres” deu ao mito/fabulas de um avalassador que o converteu em arquétipo do modo de pensar a realidade. CARDOSO, Denise Machado. Mulheres catadoras: uma abordagem antropológica sobre a produção de massa de caranquejo. (Dissertação de mestrado em Antropologia. Orientador: Lígia T.Simonian). Palavras-chave: catação, caranguejo, pesca. Resumo: A catação de caranguejo (ucides cordatus), desenvolvido por mulheres caboclas em áreas do litoral norte da região amazônica, precisamente no nordeste paraense, possibilita a análise da problemática ambiental e relações de gênero a partir de uma abordagem antropológica sobre uma parcela da população tradicional amazônica. Quando a questão ambiental é tratada em termos acadêmicos é reconhecida a importância da mulher em termos de conservação, manejo e conhecimento de

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recursos de conservação ambientais. A pesca desenvolvida nas áreas de manguezais na vila de Guarajubal é feita artesanalmente e direcionada à captura e beneficiamento do caranquejo. Essa produção passou a contar em sua fase de beneficiamento, com o trabalho decisivo da mulher a partir da maior demanda nos centros urbanos próximos a esta vila. A carne do caranquejo já catada passou a ser produzida com o fim de comercialização e não mais para o consumo pelas próprias famílias catadoras. O trabalho das catadoras, embora não seja enfatizado no âmbito público possibilita que tais mulheres manifestem-se em relação aos problemas educacionais, falta de saneamento e infra-estrutura de sua vila. Permite ainda que a relação entre sexo não seja totalmente marcada pela hierarquização que privilegia o homem em detrimento da mulher na pesca por permitir a superação da naturalização de determinadas atividades, quando estas são atribuídas apenas ao universo masculino ou feminino. O trabalho das mulheres catadoras da vila de Guarajubal acarretou mudanças referentes aos aspectos econômicos desta localidade, mas também a aspectos relacionados a sua organização social em e do seu ambiente. LAGO, Maria Regina. Babaçu livre e roças orgânicas: a luta das quebradeiras de coco babaçu do maranhão em defesa dos babaçuais e em busca de formas alternativas de gestão dos recursos naturais. 2002, 121f. (dissertação – pós- graduação) em agricultura familiar e desenvolvimento sustentável, centro agropecuário da Universidade Federal do Pará, (sob orientação: Maristela de Paula Andrade). PINTO, Benedita Celeste de M. Nas veredas das sobrevivências: memórias, gênero e símbolos de poder feminino em povoados amazônicos de antigos quilombolas. Cametá Pa. 1999. Belém Pará, (sob orientação de Maria Odila Leite da Silva Dias). Palavras-chave: mulheres negras, quilombolas, quilombos, Amazônia Resumo: A presente investigação tem como problemática central a estudo das experiências históricas e as relações sociais de gênero, analisa, principalmente a construção da idéia de “ausência” de fragilidade e de “dependência” da mulher negra rural, na região do Tocantins(Pará). ÁLVARES, Maria Luzia Miranda. Saias, laços e ligas: construindo imagens e lutas: (um estudo sobre as formas de participação política e partidária das mulheres paraenses: 1910-1937), (orientadora, Edna Maria Ramos de Castro). Resumo: No alvorecer da primeira republica e no pós trinta, no Pará, a representação submissa, passiva, imóvel da mulher no espaço doméstico associada aos seus “papéis históricos de mãe-esposa”, foi desestruturada por um grupo de mulheres de um segmento social médio que conquista espaços no interior de partidos políticos locais. Esta estrutura partidária, solidamente masculino, explora “qualidades” desse grupo feminino de comportamentos insubmissos que constrói aberturas para discussão de seus espaços sociais. Assim elas afinam-se com luta pelo sufragismo, formam filas no apoio as lideranças partidárias, organizando ligas, legiões , constituindo-se em forças auxiliando das agremiações partidárias um outro setor de sua efervescente atividade toca o operariado, sem se sensibilizar pela essência da situação econômica das mulheres trabalhadoras de fabricas, domesticas, nem pelas suas reivindicações elementares. Este trabalho examina um movimento da sociedade paraense no seu lado oculto, por proceder de um olhar masculinizado da história, encontra nele um pensamento e um fazer femininos repletos de sentidos e contradições.

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Disponível: Biblioteca Central da Universidade Federal do Pará. LIMA, Anita Eleonora Fonteles de. As operárias da Castanha e a Construção do seu cotidiano em Belém.(dissertação de mestrado, orientadora: Prof(a): Edna Ramos de Castro. Resumo: O presente trabalho trata de conhecer as formas pelas quais as mulheres operárias da castanha de Belém, constroem seu cotidiano, e a partir de que condições concretas esse cotidiano é construído. Tenta viabilizar esta questão através de quatro capítulos: Primeiro – estuda a industria da castanha e a formação do operariado; Segundo – tenta analisar o cotidiano do operário como construção analíticos; Terceiro – relaciona tempos e espaço no cotidiano operário em que vida pública e privada; e Quarto – situa o lugar dos sonhos no cotidiano operário. Utilizando bibliografia especializada sobre o tema, assim como entrevistas com a técnica de historia oral junto às operárias da castanha em Belém. BELTRÃO, Jane Felipe. Mulheres da Castanha: um estudo sobre o trabalho e o corpo. Universidade Federal do Pará Resumo: Conta da associação trabalho/corpo feita pelas operárias que desenvolvem atividades objetivando atualizar a proposta a pesquisadora conviveu durante sete meses junto as operárias pertencentes a cinco usinas dedicadas ao beneficiamento, procurando coletar os dados necessários a partir de observações participante e entrevista em profundidade completadas através de pesquisa documental feita nos arquivos das referidas usinas. Buscando através do material aprender a representação social do corpo mantida pelas operárias em função de seu trabalho, tentando captar tanto o referencial cultural que informa a representação como as interferências sociais que produzem alterações na maneira das operarias representarem socialmente seus corpos. AZEVEDO, Helena Selma. “Identidade resgatada ou nova identidade?: Identidade e cotidianidade de famílias de áreas de assentamento”. Programa de Pós Graduação em Sociologia/UFC. Mestrado. Fortaleza, 1992. SALES, Celecina de Maria Veras. “Conflitos no feminino: trajetórias políticas de mulheres no campo”. Programa de Pós Graduação em Sociologia/UFC. Mestrado. Fortaleza, 1995. FARIAS, Maria Dolores Mota. “Sem medo de ser feliz: a experiência e a construção das trabalhadoras rurais como categoria política”. Programa de Pós Graduação em Sociologia/UFC. Doutorado. Fortaleza, 2001. LEITE, Maria Jorge dos Santos. “Conceição das crioulas: terra, mulher e identidade etnica no sertao de Pernambuco”. Programa de Pós Graduação em Sociologia/UFC. Doutorado. Fortaleza, 2001. SALES, Celecina de Maria Veras. “Criações coletivas da juventude no campo político: um olhar sobre os assentamentos rurais do MST”. Programa de Pós Graduação em Educação/UFC. Doutorado. Fortaleza, 2003.

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ESMERALDO, Gema Galgani S. L. Esmeraldo. “O MST sob o signo de uma economia subjetiva. O Assentamento José Lourenço”. Programa de Pós Graduação em Sociologia/UFC. Doutorado. Fortaleza, 2004. PINHEIRO, Salete Favin. Por uma história das Trabalhadoras Rurais Sindicalistas no Rio Grande do Sul (1980 – 1997). Pós – graduação em mestrado de história – linha de pesquisa: historia: discurso, imaginário e cotidiano. 03 de maio de 1999 O presente trabalho, tem o objetivo de reconstituir a história das trabalhadoras rurais sindicalistas no Rio Grande do Sul, abrangendo o período entre 1980 a 1997. Procura mostrar as representações e auto-representações das agriculturas na família e nos sindicatos rurais, bem como os seus fazeres cotidianos. Tomando como fio condutor à história oral, pretende trabalhar as diferentes vozes das trabalhadoras. Sujeitos de suas histórias. Estudar homens e mulheres comuns, nessa perspectiva significa uma historia em construção. GONÇALVES, Kenia. (Dês) Encantos da Terra: A Desvalorização do Trabalho Feminino nos textos Etnográficos (os). Gênero. Universidade de Brasília. 1995. Woortman, Ellen Fensterseifer. Colonos e Sitiantes: um estudo comparativo do parentesco e da reprodução social camponesa. Antropologia do Campesinato. Universidade de Brasília. 1988 A tese analisa, pela comparação entre duas formações camponesas – sitiantes nordestinos os colonos brasileiros do Rio Grande do Sul – o significado dos parentescos como pratica de reprodução social. Descendência, casamento, compadrio e nominação são considerados como constituição, sistema articulado. O estudo do parentesco e colocado em perspectiva histórica, enfatizando-se memória mítico-historica dos grupos estudados. Destaca-se, por outro lado, o papel da mulher nos grupos, particularmente sua situação quanto à herança. Maués, Maria Angélica Motta. Trabalhadoras e Camaradas: um estudo sobre o status das mulheres numa comunidade de pescadores. Construção do Gênero. Universidade de Brasília. 1977 A pesquisa foi realizada em Itapuã, povoado localizado no município de Vigia, no Estado do Pará. Itapuã é uma comunidade de cerca de 600 habitantes, cujas atividades econômicas principais são a pesca artesã e a agricultura de subsistência, que tem como produto quase exclusivo a mandioca, destinada à fabricação de farinha. O trabalho visa a investigação do status das mulheres e, implicitamente, dos homens, na comunidade estudada, examinando, para isso, as atribuições próprias de cada sexo, com base nas diferenças entre eles, que são manipuladas pelo grupo do qual fazem parte. Alencar, Edna Ferreira. Pescadoras, companheiras e perigosas: pesca feminina na ilha de Lençóis. Construção do Gênero. Universidade de Brasília. 1991 Esta dissertação é um estudo de caso sobre a construção do gênero na tradição pesqueira. Foram dados etnográficos para a construção do diálogo com outras etnografias brasileiras, contribuindo para o processo interpretativo da construção

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etnográfica. O objetivo do estudo é a análise da construção e formas de organização do trabalho na pesca tradicional na comunidade de Lençóis – Maranhão. São observadas as práticas produtivas e os espaços de ação dos gêneros, assim como as representações, levando em consideração as especificidades históricas, culturais e as formas de envolvimento no qual o grupo interage com o meio natural. Woortmann, Ellen. Herdeiros, parentes e compadres. São Paulo/Brasília: Hucitec/UNB, 1995. BONI, Valdete. “Poder e igualdade: as relações de gênero entre sindicalistas rurais – Chapecó/SC”. Trabalho de Conclusão de Curso. UFSC, fevereiro de 2002. PELEGRINE, Edenilse. Trabalho feminino na maricultura do Sul da Ilha de Florianópolis - SC". Trabalho de Conclusão de Curso. UFSC, fevereiro de 2003. FERNANDES, Sirlei Aparecida. A participação das mulheres no agroturismo. Trabalho de Conclusão de Curso. UFSC, agosto de 2004. Grupos de estudos GRUPOS DE ESTUDOS - Universidade Federal do Pará/UFPA Mulheres, gênero e desenvolvimento Universidade: Universidade Federal do Pará - NAEA Coordenadora: Ligia T. Simonian Mulheres e gênero na Amazônia no contexto da produção de cuias Universidade Federal do Pará – NAEA Coordenadora: Ligia T. Simonian Grupos de Estudos e Pesquisa “Eneida de Moraes” sobre mulheres e relações de gênero. Universidade: Universidade Federal do Pará – CFCH Coordenadoras: Maria Luzia Miranda Álvares e Maria Cristina Maneschy Linhas de Pesquisas: 1- Estudos sobre a mulher e relações sociais e políticas e de gênero; 2- Mulher, trabalho e meio ambiente. Grupo de trabalho de Políticas de Acesso à Universidade Universidade: Universidade Federal do Pará - UFPA Coordenadores: Prof: Roberto Ferraz Barreto – Pró-reitor de ensino de graduação; Prof: Raimundo Jorge N. de Jesus – Depart. C. Política – CFCH; Prof(a): Zélia Amador de Deus – Depart. de Art/CLA; Prof: Raimundo Alberto F. Dasmasceno– Depart. Centro Educação; Prof(a): Marilú Márcia Campelo – Deptar. Antropologia - CFCH Disponível: http://www.ufpa.br/proeg/negros/proposta.htm

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Livros ESMERALDO, Gema Galgani S. L. Esmeraldo; ARAGÃO, Lúcia Maria Paixão e PINHEIRO, Margarida Maria de Souza. “Ceará no Feminino. As condições de vida da mulher na zona rural”. Fortaleza: Editora UFC, 2003. AAMOT, Daniel; SUASSUNA, Dantas; PORTELA, Ismael; PORTELLA, Tarciana; CASTELLO BRANCO, Telma. “Viuvas da seca”. Recife: Edições Rebento,1999.105p. ÁLVARES, Maria Luiza Miranda. A mulher existe? Uma contribuição do estudo da mulher e gênero na Amazônia. GEPEM/ UFPA: MPEG, Belém, Universidade Federal do Pará / UFPA,1995,234p. CASTRO, Edna Maria Ramos de. Biodiversidade, política e conhecimento das mulheres sobre a floresta. In: VI Reunião de antropólogos do Norte e Nordeste, Belém, 1999. Palavras-Chave: Agroextrativismo, Amazônia, gênero, remanescentes de quilombos, identidade. CASTRO, Edna Maria Ramos de. O lugar da mulher e do negro no mercado de trabalho: novos estudos, Cebrac, Belém, V.1, n.2, p.69-88.Belém.1988. MAUES, Maria Angélica. “Trabalhadeiras” e “Camarados”: relação de gênero, simbolismo e ritualização numa comunidade Amazônica. Maria Angélica Motta Maués. Editora Universitária da UFPA. Belém: Universidade Federal do Pará / UFPA, 1993, 216p. SIMONIAN, Lígia T. Mulheres Amazônicas das áreas de reservas e/ou preservadas, Brasil: Brasília : MMA, 2002. SIMONIAN, Lígia T. Mulheres da Amazônia brasileira: entre o trabalho e a cultura. Belém: NAEA – Universidade Federal do Pará / UFPA, 2001, 270p. SIMONIAN, Lígia T. Seringueiras do rio Aripuanã (AM/MT): minorias, condições atual e perspectivas futuras. Manaus: Secult – Am. 2002. Jornais

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SIMONIAN, Lígia T. Mulheres e violência nas sombras das florestas pan-amazônicas. O Liberal, Belém, 1998. (22 de Novembro). Caderno Mulher, p. 2

SIMONIAN, Lígia T. Mulheres indígenas de Roraima discutem alcoolismo. Porantim. Maio, p. 5, 1997.

SIMONIAN, Lígia T. Mulheres indígenas de Roraima e seu II encontro. Folha de Boa Vista. 16 de Janeiro, p.2, 1997 Congressos e seminários MANESCHY, Maria Cristina. Da casa ao Mar: papéis das mulheres na construção da pesca. Seminário Internacional sobre pesca responsável em Beberibe – Ceará, (5 a 7 de Setembro de 1997). SIMONIAN, Lígia T. Tradição e mudanças tecnológicas nas relações de gênero na Amazônia Brasileira recente – 1° encontro da REDOR. Salvador, (29/10/2001). SIMONIAN, Lígia T. Mulheres da floresta: problemas, experiências e perspectivas. Encontro Nacional das mulheres de carreira jurídica. Porto Velho, (Outubro de 2002). SIMONIAN, Lígia T. Mulheres indígenas nas esferas do poder. Sexta Ciência. Belém: Universidade Federal do Pará - Naea, (08/03/2002). SIMONIAN, Ligia T. Mulheres seringueiras na Amazônia brasileira: uma vida de trabalho e de silêncio. Brasília: SASC / MC e CTI / MIRAO, 1988, ( Manuscrito). SIMONIAN, Lígia T. O cotidiano das mulheres do Maracá (AP): de glamour, trabalho, poder e violência – I encontro sobre mulheres da Amazônia; GEPEM/UFPA – Belém, (Dezembro de 1994). III Encontro da REDOR – 1994 – Local: Natal/RN/UFRN Título do trabalho: “O processo de construção de gênero com mulheres camponesas no sul do Pará e a relação homem/mulher na esfera pública e privada”. Autora: Albenize da Cunha Figueiredo. VI Encontro da REDOR – 1997 – Local: Maceió/AL/UFAL Título do trabalho: “A mulher da feira do Riachão: um modo de vida e experiência”. Autora: Amy Adelina Alves/UFSe. Título do trabalho: “Mulher e relações de trabalho no submédio São Francisco”. Autora: Isaura Rufino Fischer/FJN/PE. Título do trabalho: “Gênero e conflito da terra: notas sobre a dinâmica da violência no campo”. Autora: Celecina de Maria Veras Sales/UFC.

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Título do trabalho: “Pesquisa e participação: relato de uma experiência com mulheres pescadoras do litoral do paraense”. Autora: Cristina Maneschy/UFPA. Título do trabalho: “Relações de gênero na agricultura familiar: a produção frutícola no perímetro irrigado de São Gonçalo/PB”. Autora: Auri Donato da Costa Cunha/UFPB. Título do trabalho: “A mulher na produção da uva no sub-médio São Francisco: libertação econômica ou estratégia de sobrevivência?”. Autora: Lúcia Maisy S. R. de Oliveira/UNEB – Juazeiro. Título do trabalho: “Do trabalho invisível à ação coletiva: uma experiência de pesquisa e participação com mulheres de comunidades pesqueiras no litoral amazônico”. Autoras: Maria Cristina Maneschi e Maria Luzia Alvares/UFPA. Título do trabalho: “Pesca e lavoura: Espaço de complementaridade entre os sexos?”. Autora: Marinelde Pereira de Almeida/UFPA. VII Encontro da REDOR – 1998 – Local: São Luis/MA/UFMA. Título do trabalho: “A incidência da doença de chagas em mulheres de carnaubais - RN”. Autora: Carla Mara Dantas de Britto/UFRN. Título do trabalho: “Gênero e família camponesa: repensando a unidade”. Autora: Maria de Fátima Paz Alves/UFRPE. Título do trabalho: “Assalariamento e conscientização: opostos que se atraem”. Autora: Isaura Rufino Fischer/FJN/PE. Título do trabalho: “O imaginário do empregador de uva sobre a trabalhadora rural: uma questão de gênero”. Autora: Lígia de Albuquerque de Melo/FJN/PE. Título do trabalho: “O despertar das sereias/gênero na prática organizativa das marisqueiras”. Autoras: Isa Maria M. Rocha de Lima e Elza Maria Marquez Vieira/UFRPE. Título do Trabalho: “A mulher na agricultura: o beneficiamento de andiroba na Baixada Ocidental Maranhense”. Autora: Marleze do S. Pastor Santos/UEMA. Título do trabalho: “A realidade das mulheres assentadas no Maranhão”. Autora: Denise Gomes Privado/MA. Título do trabalho: “Cidadania, participação política e gênero: a questão de gênero no âmbito da agricultura familiar”. Autora: Maria Sueli Rodrigues de Sousa. Título do trabalho: “Envelhecer na luta: a trabalhadora idosa no Vale do São Francisco”. Autora: Adélia de Melo Branco/FUNDAJ.

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Título do trabalho: “Nem caladas nem silenciadas: as falas das mulheres trabalhadoras rurais e a desconstrução de sujeitos políticos tradicionais”. Autora: Maria Dolores Mota Farias/UFC. Título do trabalho: “Ocupação e sonhos: notas sobre a participação dos jovens assentados no campo político”. Autora: Celecina de Maria Veras Sales/UFC. Título do trabalho: “A política e a pesca: espaços masculinos?”. Autora: Josinete Pereira Lima/UFPA. VIII Encontro da REDOR – 1999 – Local: Fortaleza/CE/UFC. Título do trabalho: “Donas de casa, lavradoras e trabalhadoras da pesca: ocupações de mulheres em duas comunidades do nordeste paraense, invisibilidade e organização política”. Autoras: Maria Cristina Maneschi/UFPA e Marineide P. de Almeida/UFPA. Título do trabalho: “O trabalhador e sua família: desvendando a cegueira de gênero na agricultura familiar”. Autor: Emerson Inácio Cenzi/UFRN. Título do trabalho: “Mulheres pescadoras: mudando o oceano onde navega o navio”. Autoras: Isa Maria Meire Rocha/UFRPE e Elza Maria Marques Vieira/UFRPE. Título do trabalho: “O feminino no território de Acauã: a luta pela terra e a construção de uma subjetividadefeminina”. Autora: Mariana Moreira Neto/UFPB. Título do trabalho: “A relação de poder no espaço fammiliar camponês”. Autora: Francisca Aparecida F. da Silva/UEP. Título do trabalho: “Relações de gênero na família rural da seca”. Autoras: Isaura R. Fischer/FJN/PE. Título do trabalho: “Gênero, geração de renda e conservação ambiental no projeto Jupará: Ilhéus/BA”. Autora: Syvia Maria dos Reis Maia/UFBA. Título do trabalho: “A perspectiva de gênero nos programas de tecnologia alternativa para agricultura familiar do semi-árido”. Autora: Lígia Albuquerque de Melo/FJN/PE. IX Encontro da REDOR – 2000 – Local: Teresina/PI/UFPI Título do trabalho: “A participação política da mulher nas frentes produtivas da seca”. Autoras: Vitória Régia Fernandes Gehlen; Cícera Maria dos Santos Gomes; Danielle de Kássia V. Moura e Sulamy C. P. Borba. Título do trabalho: “Pensando a categoria gênero na política agrícola”. Autora: Lígia Albuquerque de Melo/FJN/PE. Título do trabalho: “O estado e a questão feminina na reforma agrária”. Autora: Izaura Rufino Fischer/FJN/PE. X Encontro da REDOR – 2001 – Local: Salvador/BA/UFBA.

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Título do trabalho: “Mulheres rurais e assentadas: uma experiência com atividades de produção”. Autora: Gema Galgani S. L. Esmeraldo/UFC. Título do trabalho: “Muito trabalho, pouco poder: participação/exclusão feminina nos assentamentos rurais do estado de Sergipe”. Autora: Mônica Cristina Silva Santana/UFBA. Título do trabalho: “A participação da mulher na geração de renda de famílias assentadas na região Cacaueira – Ba”. Autora: Sylvia Maria de Reis Maia/UFBA. Título do trabalho: “A representação da terra para quem nela trabalha”. Autora: Auri Donato da Costa Cunha/UFBA. Título do trabalho: “Atividade doméstica e extradoméstica na casa da pescadora: limites & junções”. Autora: Josinete Pereira Lima/UFPA. Título do trabalho: “O ônus da invisibildade: o trabalho da mulher na agricultura familiar”. Autora: Lígia Albuquerque de Melo/FJN/PE. Título do trabalho: “Tempo e gênero em comunidades pesqueiras: olhares acadêmicos”. Autora: Marineide Pereira de Almeida/UFPA. Título do trabalho: “Indicadores de gênero em áreas do semi-árido nordestino de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará”. Autoras: Adélia de Melo Branco/FJN/PE; Françoise Dominique Valéry/UFRN e Célia Chaves Gurgel do Amaral/UFC. Lista de fontes e forma de acesso: Revistas e periódicos Estudos Sociedade e Agricultura http://www.alternex.com.br/~cpda/ Disponíveis os índices da Revista apenas até o nº 13 Teses e Dissertações: CPDA/UFRRJ, Disponível em cd-rom PGDR/UFRGS, Disponível em http://www.biblioteca.ufrgs.br/bibliotecadigital/ e em http://www.ufrgs.br/pgdr/ Banco de Teses - CAPES, Disponível em http://www.capes.gov.br UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. LABORATÓRIO DE ESTUDOS SOBRE AGRICULTURA FAMILIAR (NAF1). www.cfh.ufsc.br/~naf 1 Levantamento feito sobre a coordenação da professora Maria Ignez S. Paulilo, tendo como

colaboradora a Bolsista, Sirlei Aparecida Fernandes.

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REVISTA DE ESTUDOS FEMINISTAS http://www.cfh.ufsc.br/~ref/ache.html PUBLICAÇÕES NAEA DISPONÍVEL EM: http://www.naea.ufpa.br/publicações Junto aos Anais e Livros/Resumos dos Encontros da Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisas sobre Mulher e Relações de Gênero/REDOR Pesquisadores/as que realizaram o levantamento: Trabalho realizado em parte pelas bolsistas Leila Schmitz e Cândida Zanetti (IC/CNPq, Curso de Desenvolvimento Rural e Gestão Agroindustrial da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Unidade de Encantado), sob orientação de Renata Menasche, em julho/2004. A continuação do trabalho foi feita pelas alunas do curso de Ciências Sociais da UFRGS, bolsistas de iniciação científica do CNPq, Milena Nunes Lopes e Gabriela Garcia Sevilla, sob orientação de Anita Brumer.