lettering 5ª ed. mai | jun 2012

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revistalettering.com.br Nº5 ANO 1 MAI|JUN 2012

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magazine of communication and regional marketing of the Valley of the Paraiba River, Brasil.

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Page 1: Lettering 5ª ed. MAI | JUN 2012

revistalettering.com.br

Nº5 ANO 1 MAI|JUN 2012

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A comunicação tem muitas facetas. A Lettering tem a mis-

são de trazê-las à tona a cada edição, para informar e orientar

os que queiram aprimorar os seus negócios por meio das fer-

ramentas da publicidade, da melhoria do relacionamento com

os diferentes públicos ou do cuidado com a reputação de sua

empresa diante da sociedade. Ou com tudo isso junto.

Desta vez, decidimos abordar assuntos que nem sempre são

observados no dia a dia das empresas, mas que podem fazer

toda a diferença para se destacar em meio à concorrência.

Investir na produção de um jingle de qualidade pode ser um

deles e ter, por um bom tempo, o nome de sua empresa, literal-

mente, na ponta da língua dos potenciais consumidores.

Por falar neles, trazemos uma reportagem sobre os que têm

algum tipo de necessidade especial e que estão sendo esqueci-

dos pela maior parte das empresas e uma outra sobre a impor-

tância de se investir em eventos internos para conseguir manter

os funcionários sempre motivados.

Falamos, ainda, sobre investimentos, mostrando como to-

das as mídias, desde o jornal até as mídias sociais, podem atin-

gir o seu público de forma eficiente: tudo é uma questão de

planejamento.

Esperamos que, senão todas, a maioria delas seja útil para

você e seus seus negócios.

> >

rodrigo abreuthiago gustavo

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revistalettering.com.br

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@SouldreeA revista @Lettering_ está realmente muito boa!

Parabéns a todos!!

@leandroribbeiroMuito bom o artigo sobre rádio na revista @

Lettering_ desse mês. Vou usar como referência bibliográfica do meu TCC.

@fromandrecoisa boa essa @Lettering_ galera. VEM Q TEM.

@heldpereiraCara... chegou minha @Lettering_ a Capa

ta legal, mas o anuncio do prêmio ta show! #paguei1pau

@linc_sEstava aqui lendo a @Lettering_ que mais uma

vez prova que o Vale tem muito conteúdo e qualidade em comunicaçao. Parabéns

@designontherock @Lettering_ Legal ter uma revista e um prêmio

para o publico do vale, parabéns pela iniciativa!

@re_bm@Lettering_ tá linda e cremosa! anúncio do

prêmio então, zeeenzacional!

@LucasJRodrigues“@cruzeferreira: A revista @Lettering_ desse

mês está show de bola! Se você ainda não leu, leia já!” To curioso para ver!

Dione NègreAcabei de receber a Lettering no meu escritório....conteúdo 10! E linda! Valeu!

Mariana MoraesConteúdo, fotografia e diagramação admiráveis. Parabéns!

Gil CastilloAcaba de sair uma nova edição da Revista Lettering. Mais um show de conteúdo.(...)

Francine RodriguesParabéns a Revista Lettering que nos surpreende cada vez mais!!! Uma edição melhor que a outra =)

a foto da edição 4 foi feita por thiago gustavo e retrata um cemitério de orelhões, no município de tremembé-sp.

tendo como missão valorizar a comunicação sob suas mais variadas vertentes, é postura da lettering respeitar as imagens de suas capas, não estampando nelas manchetes e outras chamadas.

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Anun_Rev_Lettering_Maio_curv.indd 1 16/04/12 12:01

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thiago gustavo é fotógrafo. kelma jucá é jornalista. eluanda andrade é estudante de propaganda e assistente de arte. luzimar goulart gouvêa é revisor. rodrigo abreu é ilustrador. marina duarte é estudante de propaganda e assistente de arte. vanessa campos é escritora e ilustratora. fernanda guerra é jornalista. gabriela ciolini é es-tudante de propaganda e fotógrafa.

editora leticia maria mtb: 27.773

editora-adjunta camila gouvêa mtb: 51.269

arte e design editorial karina r dias

secretária de redação maria clara carvalho conselho editorialaislan greca cassio rosas gustavo gobatto josué brazil osWaldo rodrigues

impressão resolução gráficaeditora papel brasilrua coronel gomes nogueira 44 - sala 11centro - taubaté-sp12010-120

10 mil eXemplares

distribuição gratuita e dirigida

publicidade [email protected]

revistalettering.com.br@lettering_facebook.com/revistalettering

10 comunicação inclusiva 22 propaganda 2.0

32 vídeo institucional 52 mídia

é proibida a reprodução total ou parcial de teXtos, fotos e ilustrações por qualquer meio sem prévia autorização dos artistas ou do editor da revista lettering.os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da revista.

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comunicação inclusiva > >

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algumas empresas cumprem a legislação, mantendo em seus quadros pessoas com deficiência, mas são poucas as que se propõem a se comunicar de forma adequada com esse público que, segundo o ibge, representa algo em torno de 24% dos brasileiros

thiago gustavo

Eles somam cerca de 46 milhões

de pessoas, correspondente a 24% da

população brasileira, de acordo com

o Censo 2010 do Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (IBGE): as

pessoas com deficiência formam um

público de tamanho significativo que

pode estar sendo deixado de lado – e

até mesmo ignorado – pelas estraté-

gias de comunicação de sua empresa.

Sim: comunicar-se diretamente

e de forma eficaz com pessoas com

deficiência ainda não está entre as

prioridades da maioria das empresas

brasileiras. Preconceitos e desconhe-

cimentos fazem com que quase um

quarto dos brasileiros fique de fora

dos processos de comunicação cor-

porativa e deixem de ser percebidos

por empresas como parceiros, co-

laboradores, consumidores e, prin-

cipalmente, cidadãos que buscam e

têm direito à informação – um direito

previsto na Constituição Federal bra-

sileira para todos os brasileiros, sem

distinção.

Presidente da ONG Vez da Voz,

que desenvolve ações de mídia inclu-

siva em parceria com diversas empre-

sas, como a Folha de S. Paulo e o UOL,

Claudia Cotes acredita que é possível

levar para as empresas um novo mo-

delo de comunicação que seja aces-

Consumidores esquecidos

sível a todas as pessoas. Os recursos

são amplos e envolvem material em

áudio e em braile, softwares de reco-

nhecimento de voz, leitores de telas

(softwares que reproduzem em áudio,

ou seja, leem o que está escrito na

tela), tradutores de Libras (Linguagem

Brasileira de Sinais) e vídeos inclusivos

que contenham audiodescrição de

cenas (narradas por um locutor), le-

gendas e tradutor de Libras mostrado

em tamanho adequado.

“Este modelo de comunicação in-

clusiva pode ser utilizado por toda a

sociedade, em qualquer setor. A ino-

vação depende de uma equipe de

profissionais que queiram mudar e

ampliar horizontes. O ganho para a

empresa é o de pensar de uma forma

inclusiva, mais ampla, e o de comuni-

car-se de uma forma mais eficaz, sem

preconceito.”

Jornalista e presidente da Usina da

Inclusão, startup de social commerce

inclusivo, que conta com assessoria

de comunicação e de imprensa es-

pecializada, Lincoln Tavares acredita

que as empresas devem evitar pensar

na comunicação inclusiva como um

conceito isolado ou como estratégia

para atingir determinado segmento.

“É preciso estruturar uma cultura

inclusiva em todos os segmentos da

10 | 11

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empresa, inclusive (e não somente) na

comunicação corporativa. Queremos

nos comunicar com quem? Se a res-

posta é “com todas as pessoas”, então

devemos pensar quais ferramentas

tornam essa comunicação possível.

Na comunicação com o público ex-

terno, o raciocínio é o mesmo”, diz

Tavares.

RECuRSoS ESTRATéGICoS

Desenvolver uma estratégia de co-

municação e marketing que alcance a

todos exige atenção a detalhes que

comumente passam despercebidos,

tanto em empresas de segmentos

diversos, quanto em agências de co-

municação. Dentre os cuidados para

que a informação esteja realmente ao

alcance de todos, Tavares cita desde a

escolha dos formatos de arquivos até

a elaboração de produtos específicos.

“Por exemplo, ao elaborar uma

newsletter, a empresa pode (na ver-

dade deve) saber que determinadas

Cumprir a legislação. Essa é a

meta de muitas empresas quando se

trata da inclusão de pessoas com de-

ficiência em seus quadros de trabalho.

Mas, para especialistas, o setor em-

presarial brasileiro está muito longe

de pôr em prática o que determina a

lei. E mais: cumprir à risca o que diz a

lei brasileira é insuficiente para garan-

tir uma inclusão efetiva, que respeite

as necessidades e valorize as capaci-

dades de pessoas com deficiência no

ambiente de trabalho.

Considerada um marco na criação

de postos de trabalho para pessoas

com deficiência, a Lei 8.213, sancio-

nada em 1991 e conhecida como Lei

de Cotas, estabelece que empresas

com mais de 100 funcionários devem

reservar de 2% a 5% das vagas de tra-

balho para pessoas com deficiência.

Para Tabata Contri, consultora da

Talento Incluir, empresa de São Paulo

que assessora profissionais com defi-

ciência para a inclusão e recolocação

no mercado de trabalho, a legislação

brasileira está começando a rever-

ter esse quadro de exclusão e, como

exemplo, cita dados do Ministério do

Trabalho e Emprego, que apontam

que, em 2001, havia apenas 601 pes-

soas com deficiência empregadas no

Estado de São Paulo – em 2008, esse

número alcançou 102 mil pessoas.

“É um salto bem grande e que

mostra que a inclusão está acon-

tecendo. Por outro lado, ainda falta

muito, pois a estimativa é que apenas

14% das empresas cumpram a cota.

A responsabilidade pela inclusão tem

InCLuSão dE FunCIonáRIoS CoM dEFICIênCIA dEVE IR ALéM dA LEGISLAção

FEIRA APRESEnTA TECnoLoGIAS InCLuSIVAS àS EMPRESAS E AoS

ConSuMIdoRES

Uma oportunidade de conhecer novas práticas voltadas à aces-

sibilidade de pessoas com deficiência chegará ao Vale do Paraíba

no segundo semestre de 2012, com a realização da primeira Feira e

Congresso de Acessibilidade, Inclusão Social e Tecnologia Assistiva

da região. Realizada pela Mastran Business Fairs, o evento, que reu-

nirá fabricantes de equipamentos e tecnologias para pessoas com

deficiências, discutirá leis e melhorias na qualidade de vida e abor-

dará alguns temas, como a acessibilidade, a tecnologia assistiva, a

inclusão social e a geração de empregos.

de ser compartilhada entre empresas,

governo e pessoas com deficiência.

As empresas devem assumir, sim, sua

responsabilidade na capacitação de

quem tem deficiência, preparando os

funcionários para o mercado e para

a cultura corporativa, pois as pessoas

com deficiência estiveram por séculos

à margem desse processo em nosso

país. Além disso, a pessoa com defi-

ciência deve atuar como protagonista

de sua inclusão, mostrando do que ela

é capaz e apresentando soluções para

dificuldades e limitações que encontre

para exercer sua função, pois quem

está entrevistando e selecionando

funcionários, muitas vezes, não co-

nhece as especificidades de sua defici-

ência e não sabe tudo o que ela pode

realizar.”

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revistalettering.com.br

SERVIÇOS E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

COMÉRCIOINDÚSTRIA

1

RENDIMENTOS MÉDIOS DOS TRABALHADORES

R$ 1.742,00R$ 1.922,90

TRABALHADORESCOM DEFICIÊNCIA

306 miltrabalhadores com

deficiência nomercado formal

(0,7% do total no país)

A regra atual é usar a expressão

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, conforme aprovação pela Convenção

sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU e pela legislação brasileira.

RANKING DE CONTRATAÇÃONO ESTADO DE SÃO PAULO

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MÉDIA DE RENDIMENTO GERAL

pela legislação brasileira.

Informe-se

2 3

“A produção de podcasts também

pode ser uma boa saída. No caso da

produção de vídeos, ainda há a audio-

descrição, uma técnica que descreve

o que está acontecendo durante a

cena sem conflitar com os diálogos.

Para as pessoas com deficiência au-

ditiva, é recomendável a utilização de

legendas e intérprete de Libras, não

somente para os vídeos, mas também

como material complementar aos tex-

tos. No caso de blogs, hotsites e outras

ferramentas relacionadas às mídias

sociais, também devem ser utilizados

recursos como os botões de aumento

e contraste da fonte e programação

de HTML que facilite e torne intuitiva

a navegação”, explica.

eluanda andr

ade

extensões de arquivos (JPG e PDF,

por exemplo) não são reconhecidas

por softwares leitores de tela, utiliza-

dos por pessoas com deficiência vi-

sual. Qual seria, então, uma solução

razoável? Preparar um equivalente

textual em TXT ou mesmo em Word.

Ou, então, se for utilizar imagens em

meio ao material produzido, deve-se

descrevê-las (de maneira objetiva) por

meio de legendas.”

A impressão em braile, importante

para o acesso das pessoas com defici-

ência visual à informação, também é

recomendada. No entanto, o jornalista

frisa que nem todas as pessoas com

deficiência visual dominam esse tipo

de escrita.

12 | 13

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ACESSIBILIdAdE nA REdE

Grande aliada na inclusão das

pessoas com deficiência dentro dos

processos de comunicação, a internet

pode ser utilizada de forma mais efi-

caz pelas empresas que buscam criar

novos paradigmas na construção de

uma sociedade mais igualitária no

acesso à informação e nas oportuni-

dades de trabalho e de consumo.

Para isso, além dos recursos ci-

tados por Tavares, é necessário, por

exemplo, que o site facilite a utilização

de leitores de tela, que o seu código

seja organizado de modo a permitir a

total navegação por meio do teclado

(sem o uso do mouse), de forma sim-

ples, que possibilite o uso de atalhos

para o acesso a diferentes partes do

site e que ofereça transcrição em áu-

dio e vídeo do conteúdo.

“de acordo com Tim Berners-Lee,

criador da internet e hoje líder do W3C

(consórcio internacional com objetivo

de desenvolver padrões para a web),

a web tem de estar disponível para

todas as pessoas, independentemen-

te do hardware que usam, software,

idioma, cultura, localização geográfi-

ca ou capacidade física e mental”, afir-

ma Rodrigo Leme, gerente de projetos

da Espiral Interativa, agência digital de

São Paulo que trabalha com consulto-

ria em acessibilidade para a web e que

tem clientes como a Fundação Dorina

Nowill, uma das mais reconhecidas

entidades voltadas à inclusão das pes-

soas com deficiência visual do Brasil.

“Tenho esperança de que daqui a

alguns anos seja natural construirmos

sites e/ou outros meios de divulgação

de informação e serviços acessíveis.

Hoje, o principal é termos consciência

da importância de seguirmos algumas

regras e tomarmos alguns cuidados

extras na concepção de um site. Sites

acessíveis têm cuidados visuais, es-

a j&j investe em materiais

específicos de treinamento: “é importante

termos uma base única de

desenvolvimento, respeitando as

diferenças”

MERCAdo EXCLuI PARCELA dE TRABALHAdoRES doS PRoCESSoS dE InCLuSão

Os avanços na inclusão social

verificados nos últimos anos não al-

cançam de forma igualitária todas as

pessoas com deficiência. de acordo

com Maria Gorete Cortez de Assis,

do Hospital Próvisão, os deficientes

visuais continuam à margem do

processo de inclusão no mercado de

trabalho.

“No caso das pessoas com de-

ficiência visual, a legislação ajudou

muito pouco. Existem poucas opor-

tunidades de trabalho para os cegos

e o mercado não conhece a capaci-

dade que eles têm, pois são pessoas

com total condição de trabalho, des-

de que haja os recursos necessários.”

A realidade exposta por Gore-

te é confirmada por dados oficiais:

segundo o Ministério do Trabalho

e Emprego, do total de empregos

preenchidos por pessoas com de-

ficiência no Brasil, apenas 5,79% fo-

ram destinados a deficientes visuais,

enquanto 54,47% foram preenchidos

por pessoas com deficiência físi-

ca (54,47%), seguida dos auditivos

(22,49%). Pessoas com deficiências

intelectuais (5,10%) e com deficiên-

cias múltiplas (1,26%) foram ainda

menos incluídas entre os trabalha-

dores brasileiros.

Jornalista e editor do blog Guia

Inclusivo, que trata de assuntos re-

lacionados às pessoas com defici-

ência com enfoque nas cidades do

Vale do Paraíba, Luis Daniel da Silva

avalia que a convivência é importan-

te para quebrar as barreiras que exis-

tem entre empresas, funcionários e

candidatos às vagas de emprego. Por

isso, é no próprio processo de inclu-

são que as dificuldades encontradas

podem ser minimizadas e até resol-

vidas.

“É na convivência cotidiana que

surgem as dúvidas, as possibilidades,

as experiências, pois não existe ‘re-

ceita’ para se incluir. A pessoa com

deficiência quer ser tratada como

qualquer outra, com seus direitos e

deveres”, afirma Luis daniel.

gabriela ciolini

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revistalettering.com.br

gabriela palombo

truturais, no conteúdo, na semântica

e também na usabilidade. A informa-

ção deve ser pensada para atender a

todos.”

dIFEREnçAS QuE PRoMoVEM A

IGUALDADE

Consultora da Talento Incluir, em-

presa que trabalha com a inclusão de

pessoas com deficiências no mercado

de trabalho, Tabata Contri esclarece

que as empresas precisam ter sensi-

bilidade para entender as diferentes

necessidades de seus funcionários e

clientes, promovendo a autonomia e

a profissionalização da relação entre

empresa e funcionários com defici-

ência.

“A pessoa com deficiência tem de

receber e entender 100% das infor-

mações que são passadas para ela e,

para isso, é preciso trabalhar a cultura

da empresa como um todo. A pessoa

com deficiência não pode ser vista

como um coitadinho, mas como uma

pessoa que pode contribuir com a

empresa e que deve receber as infor-

mações necessárias para isso.”

Cadeirante há 11 anos, Tabata de-

fende que as pessoas com deficiên-

cia devem ser vistas pelas empresas

como um público a ser alcançado,

não de uma forma assistencialista,

mas por meio de ações efetivas que

promovam sua inclusão nas mesmas

esferas que as demais pessoas: con-

sumo, trabalho, educação, lazer, en-

tretenimento, cidadania – e, para ela,

a comunicação tem um papel primor-

dial nesse processo.

“Mais do que promover a acessibi-

lidade, a comunicação pode provocar

uma mudança na cultura das empre-

sas e da sociedade”, afirma, lembran-

do que cadeirantes e pessoas com

mobilidade reduzida também preci-

sam ser contempladas com ações de

comunicação inclusiva, como correto

posicionamento de avisos e jornais

murais em locais acessíveis, com con-

“a publicidade e as empresas começaram a entender que esse é um nicho de mercado interessante e que as pessoas com deficiências são formadoras de opinião e eXercem influência importante na sociedade”, diz tabata contri, da talento incluir

14 | 15

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forto para quem precisa de apoio físi-

co e em uma altura compatível com

a leitura a partir de cadeiras de rodas.

Apesar do longo caminho a se

percorrer para que a comunicação in-

clusiva esteja no dia a dia de todas as

pessoas, a consultora analisa o atual

momento com otimismo: “A publici-

dade e as empresas começaram a en-

tender que esse é um nicho de merca-

do interessante e que as pessoas com

deficiências são formadoras de opi-

nião e exercem influência importante

na sociedade”.

REnTABILIdAdE HuMAnA E

EMPRESARIAL

Na Johnson & Johnson, o pro-

cesso de comunicação inclusiva teve

início em 2006, com a implantação

do programa de inclusão de pessoas

com deficiência entre os funcioná-

rios. A empresa conta com 20 pessoas

com deficiência auditiva beneficiadas

pelo programa, que envolve traduto-

res de Libras em reuniões e em capa-

citações.

“Uma das ações que implantamos

foi a capacitação correta dos deficien-

tes auditivos – em julho de 2011, fize-

mos o primeiro treinamento. A partir

daí, passamos a desenvolver material

de treinamento específico para esse

grupo”, afirma Rubia Fernandes, da

área de educação e treinamento da

Johnson & Johnson, em São José dos

Campos.

“Para a empresa, o benefício é ter

todos os profissionais motivados, com

a mesma base de conhecimento para

executar sua função corretamente.

Para os funcionários, é importante ter

uma base única de desenvolvimento,

respeitando as diferenças.”

Além de promover a cidadania, de

desmitificar as diferenças e de pro-

mover mudanças importantes na vida

de pessoas com e sem deficiência, a

comunicação inclusiva pode ser uma

aliada estratégica para o incremento

do desempenho dos funcionários e

da rentabilidade empresarial.

“A comunicação promove um ren-

dimento mais individualizado e den-

tro dos padrões dos não deficientes,

promovendo mais autonomia para a

execução das tarefas empresariais.

Com isso, a empresa e os funcionários

ganham tempo, pois as pessoas com

deficiência conseguem resolver suas

tarefas com independência e sem

o auxílio de outras pessoas a todo o

momento. A empresa ganha com um

desempenho melhor de seus funcio-

nários e em sua rentabilidade empre-

sarial”, afirma Maria Gorete Cortez de

Assis, integrante do Conselho Estadu-

al para Assuntos da Pessoa com defi-

ciência, de São Paulo, e coordenadora

educacional do Próvisão, hospital e

centro de reabilitação localizado em

São José dos Campos, que conta com

um núcleo de empregabilidade para

pessoas com deficiência visual.

Pedagoga especializada em defi-

ciência visual, Gorete destaca o papel

da comunicação inclusiva nas rotinas

empresariais, mesmo quando as in-

formações possam parecer simples

ou corriqueiras. “As pessoas que en-

xergam interagem o tempo todo com

tudo que está ao seu redor, como

quadros de comunicação e placas. O

cego fica à mercê dessa comunicação

do dia a dia, que tem uma dinâmica

rápida, e precisa de uma comunica-

ção inclusiva, que se realize de forma

diária, para que ele não receba infor-

mações truncadas. Mais importante

até do que a acessibilidade física e

os materiais assistivos e adaptados é

a acessibilidade dos seres humanos.

Somente quando as pessoas passa-

rem a realmente compreender as di-

ferenças será possível transformar a

realidade.”

a internet tem sido grande aliada das empresas nos

processos de inclusão, representando um dos caminhos para se construir uma sociedade mais

igualitária, com mais acesso à informação,

ao mercado de trabalho e ao consumo

Page 17: Lettering 5ª ed. MAI | JUN 2012

revistalettering.com.br

CANTAR DE GALO É FÁCIL,

FAZER PROPAGANDA DEVERDADE É PARA POUCOS.

Competência, profissionalismo, ética e comprometimento

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a música pode ser eXplorada no rádio, na tv e na internet: ela emociona, gera

intimidade e faz com que o ouvinte associe

marcas, produtos e serviços à sensação de

prazer

danilo c monteiro e thiago gustavo

“O tempo passa, o tempo voa”... se

você já passou dos 25 anos, de certo

deve ter completado mentalmente o

restante da letra entre aspas. A letra,

já enraizada na memória coletiva, fez

parte das propagandas do Banco Ba-

merindus e, mesmo sendo um jingle,

marcou algumas gerações com a mes-

ma força das canções populares de Ro-

berto Carlos.

Um bom jingle é garantia de que

uma empresa será sempre lembrada.

A versatilidade da publicidade sonora

possibilita que ela seja explorada tanto

no rádio, quanto na TV e na Internet,

apesar de ser um meio utilizado des-

de que o frio chegava desprevenido na

casa das pessoas que já tinham com-

prado cobertor nas casas Pernambu-

canas (um dos primeiros comerciais

que marcaram pela música), o formato

continua agradando o consumidor.

“O jingle é uma ferramenta incrível

e está longe de se extinguir. Ele tem um

Melodias imortais

papel fundamental na fixação da mar-

ca de uma empresa. Ele pode ressus-

citar uma marca, lançar um novo pro-

duto ou até mesmo rejuvenescer uma

marca antiga. Por ser uma produção

musical, ele faz com que o inconscien-

te das pessoas o associe à sensação

de prazer do indivíduo, e assim tem o

poder de gerar certa intimidade com o

público-alvo pretendido, o que auxilia

na confiabilidade de um determinado

produto sem que a pessoa perceba

isso”, conta Alan Tadini, proprietário do

digiMax Estúdio, de São José dos Cam-

pos. Com a fala, ele exemplifica porque

recomenda que um jingle seja veicula-

do por meses a fio.

Na verdade, ultimamente, o jingle

tem atraído empresários devido às su-

gestões feitas por quem conhece o po-

der de fogo das canções que falam de

um produto ou empresa.

“dificilmente alguém nos procura

com a ideia de fazer um jingle. Nor-

JinGlEs > >

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revistalettering.com.br 18 | 19

malmente, somos nós, no processo de

planejamento e criação, quem visua-

lizamos essa perspectiva como atra-

tiva para o cliente. O jingle é uma das

ferramentas persuasivas que temos –

como o texto inteligente, a fotografia,

o diálogo, enfim, para fortalecermos

um determinado conceito de valor que

queremos compartilhar”, revela Alejan-

dro Vera Mendez, sócio-diretor da On-

dasete, em São José dos Campos.

Além de ser um item pouco visa-

do por empresários, um aspecto pou-

co explorado no universo das músicas

que divulgam uma marca é o custo

versus benefício atrativo.

“A maioria dos anunciantes não

tem muita percepção do benefício,

porque é um investimento de médio a

longo prazo. Fazer um jingle para usar

por uma semana não trará o retorno

de fixação de marca, e terá de ser um

jingle promocional, o que não é muito

feito por aqui. Já os anunciantes que

perceberam como funciona o jingle e

sabem usá-lo como identidade sonora

de sua empresa percebem que o valor

é muito justo, visto que existem artistas

e técnicos por trás da produção, além

do conhecimento publicitário e estra-

tégico no planejamento de um ritmo e

de uma letra”, diz Alan.

“Todo cliente pode ter um jingle,

mas o mais importante é ele possuir

um plano de comunicação e posicio-

namento de marca bem estruturado,

que possa dar mais sentido e direção

às demais iniciativas”, explica Alejan-

dro.

A ESSênCIA PoR TRáS do ESTúdIo

A pergunta inevitável agora é “o

que um bom jingle deve ter”? Os espe-

cialistas também respondem.

“Não basta o jingle ser bonitinho,

ele é uma comunicação. E, como

toda comunicação, deve ser pensado

para que efetivamente ocorra e atin-

ja o público-alvo. Basicamente, um

bom jingle deve gerar ‘awareness’, ou

seja, lembrança da marca, intimida-

de, acompanhar a pessoa e gerar no

inconsciente dela a crença de que a

empresa anunciante pode resolver o

problema dela, seja com um produto

ou com um serviço, não por meio do

pensamento, mas por meio de emo-

ções inconscientes. E ele não faz isso

sozinho, ele é uma ferramenta que

deve compor um planejamento estra-

tégico”, saliente Alan.

“Tem de ser capaz de representar

a essência do negócio, inteligente na

letra, acompanhado de uma melodia

atrativa, produção de qualidade, ele-

mentos que, integrados, podem forta-

lecer e facilitar a lembrança desta ‘ideia

principal’”, diz Alejandro.

“Por isso, é fundamental um bom

briefing e planejamento, não apenas

do jingle, mas de toda a campanha que

nele estará envolvida. Depois, escolher

os profissionais mais competentes para

cada produção. Desde o compositor da

letra até o técnico de som. Por exem-

plo: colocar um cantor de rock para

cantar um pagode, ou colocar um gui-

tarrista de jazz para gravar um serta-

nejo não funciona”, comenta ele, que

ainda recomenda que sejam usados

“a peça tem de ser capaz de representar a essência do negócio”, diz alejandro mendez, da ondasete, de são

josé dos campos

gabriela ciolini

Page 20: Lettering 5ª ed. MAI | JUN 2012

conhecimentos de PNL (Programa-

ção Neurolinguística) para deixar mais

atrativo aos clientes.

o HIT QuE SE ToRnA JInGLE

Uma coisa muito comum no uni-

verso dos produtores de jingle é o

cliente dizer que quer seu jingle em

cima de uma música conhecida -

transformar um “Ai, se eu te pego” em

um “Ai, vou vender muito”. E é justa-

mente neste tipo de situação que toda

cautela deve ser tomada.

“A responsabilidade comercial de

um jingle é sempre do anunciante. É

ele quem responde legalmente por

este uso, caso o autor original queira

receber seus direitos. Mesmo assim, te-

mos uma política de avaliar cada caso.

Infelizmente, muitos clientes parecem

não se importar com os direitos de

autor, e a lei é bem punitiva nesses ca-

sos. Em cidades menores, no interior,

é bem comum o uso de paródias pela

dificuldade de fiscalização e muitas ve-

zes até porque algumas pessoas não

sabem que este tipo de veiculação é

ilícito”, diz Alan.

Segundo ele, quando o cliente so-

licita um jingle comercial/publicitário

de paródia, sempre é questionado se

pretende pagar os direitos autorais. Se

a resposta é negativa, a saída é propor

uma produção original ou desistir da

ideia. “A paródia tem muitas vantagens,

sendo a principal delas o aproveita-

mento do laço emocional existente

do ouvinte com a música original, o

que causa uma lembrança mais rápi-

da. Algumas empresas gostam de usar

paródias em campanhas internas de

prevenção de acidentes, ou outros ti-

pos de conscientização por conta da-

velocidade.”

Já Alejandro, da Ondasete, só tra-

balha com músicas autorais. “A On-

dasete tem uma particularidade: cria

todos os jingles que desenvolve, tercei-

rizando apenas a produção. Mas vale a

lembrança, o uso de paródia, se bem

construída, é válida e pode ser uma al-

ternativa, quando bem executada”.

alan tadini, da digimaX estúdio, de são josé, ressalta que o investimento é de médio e longo prazos

explicar como ele chega ao veículo (porque muitas pessoas acham que se paga a produção e já vai para a rádio, tv... é importante destacar que depois tem a veiculação)

danilo c monteiro

o publicitário cria a letra de acordo com as necessidades do cliente

na produtora de áudio, é gravada uma versão demo, chamada de voz-guia, so-mente com voz e violão (mas já mostrando o rit-mo e letra)

com a aprovação, a can-ção é gravada com mais intrumentos e um arranjo completo

o cliente recebe uma ver-são demo com uma voz que fica repetindo ao fundo “este é um material de demonstração”

após o pagamento integral do ser-viço, o cliente recebe a versão final

marina duarte

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revistalettering.com.br

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KMS lettering 2304.pdf 1 23/04/2012 17:26:10

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PRoPaGanDa 2.0 > >

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revistalettering.com.br

a primeira pergunta a fazer é se sua empresa está preparada para ser eXposta a um sem-número de internautas, sendo capaz de gerenciar conteúdo de forma eficiente, mesmo no caso de repercussões e comentários negativos

thiago gustavo

Eu curto, tu compartilhas, ele re-

tuíta. Mas quem gera o conteúdo?

Desde os tempos em que farmácia se

escrevia com ‘ph’, o relacionamento

entre a empresa e o cliente passou

por transformações que vão de uma

plataforma de comunicação descen-

tralizada à possibilidade de ampliação

de mercados a pretexto de um mundo

novo, sem barreiras geográficas. Hoje,

não restam dúvidas de que as redes

sociais – usadas profissionalmente –

podem ser o dínamo do sucesso cor-

porativo na web.

Basta pensar que, no Brasil, o nú-

mero de pessoas com acesso à inter-

net atingiu a casa dos 77,8 milhões de

usuários, segundo dados do Ibope

Nielsen Online. Ainda segundo o Ibo-

pe, os brasileiros que acessam sites

sociais gastam, por mês, uma média

de 7 horas e 14 minutos na frente do

computador para acompanhar twitter,

facebook e orkut.

Por causa desse interesse genui-

namente nacional por páginas de re-

lacionamento, as empresas podem

enxergar uma nova possibilidade de

interação com os clientes – como

nunca se pode imaginar! No entanto,

antes de mergulhar a fundo nesse mar

de opotunidades, a empresa tem de

ter consciência de onde quer chegar

com o uso das redes. Resumindo em

uma palavra: planejamento.

“O primeiro passo para uma em-

presa entrar nas redes sociais é ter

em mente, e muito bem desenhado,

o que ela pretende fazer nesse am-

biente”, expõe Cleyton Carlos Torres,

editor do Blog Mídia 8, que trata de

temas sobre comunicação digital. “É

inegável, porém, que toda empresa já

está nas redes sociais, seja de forma

Caiu na rede, tem de virar peixe

oficial, com perfis e canais planejados

e estruturados, seja no boca-a-boca

dos usuários, com elogios e críticas”,

complementa. Por isso, a decisão de

quando entrar nas redes passa pelo

entendimento de como se dão os re-

lacionamentos on-line e o que isso

pode lhe trazer de benefício. Mas fica

o alerta de Torres: “Mídia social é so-

cial, ambiente de trabalho e local de

diálogo. Entrar nas redes pensando

em fazer publicidade gratuita é come-

çar errado”.

Como qualquer estreia capaz de

vislumbrar um marco na vida de uma

corporação, esse contato inicial com

os sites de relacionamento pede um

projeto direcionado, com objetivo

definido. Para Robson Cavalcante, ge-

rente de planejamento e marketing da

Phocus Interact, é preciso, acima de

tudo, viabilizar a entrada de uma mar-

ca nas redes, já prevendo que se tem

de “ouvir” os clientes. “As empresas

devem entender que o mais impor-

tante nesse espaço não é manipular

a ação, mas envolver o público num

bate-papo, como na vida real, intera-

gindo e participando de uma conver-

sa, como numa roda de amigos, mas

com a devida percepção que é de PJ

(Pessoa Jurídica) para PF (Pessoa Físi-

ca)”, ensina.

Como num passe de mágica, en-

gana-se quem acredita que ter um

perfil no social media torna, por isso

mesmo, a empresa integrada às novas

tecnologias de comunicação. “É fun-

damental fazer com que as empresas

participem de forma ativa das redes

sociais com dicas de uso e consumo,

com informações que sejam relevan-

tes ao seu público e relacionadas ao

seu produto ou serviço. Enfim, o prin-22 | 23

Page 24: Lettering 5ª ed. MAI | JUN 2012

cipal é fazer com que o seguidor gos-

te da sua marca e faça parte da vida

dela”, enfatiza Cavalcante.

Outro cuidado essencial para a

empresa que deseja lançar-se no

twitter ou no facebook é certificar-se

de que está pronta para ser vista por

uma multidão – lembrando que os

efeitos negativos na web tendem a ser

mais potencializados do que os positi-

vos, podendo ser devastadores e ma-

cular a imagem da empresa. Cleyton,

neste caso, explica que de nada adian-

ta um relacionamento no digital se

no mundo físico a empresa não tem

produtos de qualidade ou tem funcio-

nários despreparados: “Vivi isso pes-

soalmente, quando vi que uma deter-

minada empresa tinha todos os canais

possíveis no ambiente digital, porém,

na loja física, o atendimento era tão

deplorável que o relacionamento em-

presa-cliente ficou restrito ao digital. é

um erro clássico porque essa experi-

ência se reflete, consequentemente,

no on-line”.

CRíTICAS on-LInE

Quando a empresa já está nas mí-

dias sociais, desfrutando de imagem

moderna e engajada, há que se lem-

brar ainda de não se descuidar do que

“falam” sobre ela. O monitoramento

nas redes deve fazer parte do espírito

empreendedor de quem se pretende

ser exemplo de case bem-sucedido. É

a partir desse acompanhamento on-

-line – e existem aqueles que defen-

dem, inclusive, que deva ser full time

– que será possível identificar as temi-

das críticas e reclamações.

Tal qual a vida real, o mundo virtual

pode nos apresentar um mar revolto.

“Imagine um cardume de sardinhas.

Quando um peixe faz um movimen-

to brusco, todos acompanham juntos,

de forma corporativa. Guardadas as

devidas proporções, assim é a rede”,

compara o professor Walter Teixeira

Lima Junior, professor do programa

de pós-graduação da Universidade

Metodista de São Paulo e estudioso do

assunto.

Para se estabelecer na crista da

onda, o marinheiro tem de ser rápido.

Por isso, o gerenciamento do conteú-

do na web pode ser uma ferramenta

a auxiliar o rumo dos negócios, que

possui altos e baixos. “Algumas em-

presas abrem espaço para o público

se comunicar, mas não têm estrutura.

Permitir que as redes sociais fiquem

repletas de mensagens de consumi-

dores sem que a marca se posicione a

respeito é inadmissível!”, garante Ana

Brambilla, editora de mídias sociais da

Editora Globo.

A princípio, surfar nessa onda da

web pode parecer simples. De forma

rápida e prática, é possível abrir uma

conta no twitter e uma fanpage no fa-

cebook a custo zero. Mas quem gera o

conteúdo? Se canais de comunicação

vão ser inaugurados, alguém precisa

administrar o fluxo de informações

que será gerado. nesse sentido, Tor-

res esclarece que, para a empresa im-

plantar um departamento de mídias

sociais, ela precisa, antes de tudo, ter

cultura digital. “Qualquer profissional

Para o lançamento do SMVP (Social

Media Vale do Paraíba) – evento que

trata da comunicação digital para a

região –, em 2009, o grupo responsá-

vel fez ações on-line de modo que as

pessoas que participavam da fanpage

do evento eram encaminhadas para

o ponto de ancoragem e venda dos

ingressos, no site oficial. Resultado:

auditório lotado. Pessoas de outros

estados puderam participar com per-

guntas durante as palestras por meio

de uma live de twitter. O buzz fez com

que o evento fosse parar no Trending

Topics Brasil – lista de assuntos mais

comentados na rede.

o VALE noS TT´S BRASIL

para clayton torres, do blog midia8, de pindamonhangaba, a adequação ao meio é

essencial. “quem entra pensando em fazer

publicidade gratuita já começa errado”

osWaldo corneti

Page 25: Lettering 5ª ed. MAI | JUN 2012

revistalettering.com.br

Page 26: Lettering 5ª ed. MAI | JUN 2012

com qualquer formação pode atuar

com mídias sociais. O que vale é ter vi-

são de negócio, conhecer a empresa e

o seu segmento de atuação”, acrescenta.

QuEM ESTá no ConTRoLE?

Na história recente, a Arezzo –

marca de calçados femininos – saiu

chamuscada após enfrentar uma crise

que ganhou repercussão no meio on-

-line. Dias após lançar a sua coleção

Pelemania na internet, para o inver-

no 2011, a empresa se viu obrigada a

recolher do Brasil todas as peças que

tinham pelo de raposa e de coelho,

tamanho foi o volume de críticas nas

suas páginas de relacionamento.

Navegando a favor da maré, as

observações do que ocorre no mun-

do digital podem ajudar a empresa a

identificar oportunidades de mercado.

“A Grendene retomou a produção de

um determinado modelo da Melissa a

partir de comunidades do orkut, que

comentavam o quanto sentiam falta

daquele produto. Isso pode aconte-

cer em qualquer ramo, pois o público

sinaliza o que quer. Daí a necessida-

de de se prestar atenção nas redes”,

exemplifica Ana Brambilla.

Esses dois cases – Arezzo e Gren-

dene – dão uma breve noção da for-

ça do chamado consumidor 2.0, que

se mostra atento ao que acontece no

planeta, preocupado com o meio am-

biente e com questões sociais, desejo-

so por expor suas opiniões, sejam elas

favoráveis ou desfavoráveis à ideolo-

gia das organizações. Aliado a isso, o

consumidor 2.0 conta hoje com poder

de voz – a sua capacidade de mobi-

lização é uma característica determi-

nante, que, usada sabiamente, pode

servir de trampolim para uma empre-

sa se destacar entre seus pares.

“Eu ouso falar que, se existissem

redes sociais há vinte anos, nem pre-

cisava ter Código de defesa do Con-

sumidor. é claro que o Código é mara-

vilhoso! Mas, certamente, ele passou

a contar com maior poder de massa,

pois é fortalecido pelas redes”, argu-

menta o professor Walter Lima, que

define a rede como uma expressão

contemporânea da comunicação.

SEGuIdoRES São PESSoAS

O fato é que, para a quase totalida-

de das empresas, analisando o público-

-alvo e os interesses pretendidos, a

entrada nas redes sociais segue um ca-

minho tão espontâneo quanto a vazão

do rio para o mar. O que a empresa pre-

cisa entender é que, uma vez na rede,

perde-se o controle das informações,

o que não significa que não se pode

gerenciá-las. “A web tem uma estrutu-

ra de comunicação descentralizada e

de baixa hierarquia, porque as pessoas

‘sobem’ e trocam informações da for-

ma que querem. E, sobre isso, não se

tem controle”, explica o professor Wal-

ter Lima.

Se a dinâmica tecnológica é dife-

rente da do mundo real, quem anseia

ser partícipe dela tem de ter consci-

ência disso. Uma dica de ouro que

funciona em qualquer ambiente da

empresa – virtual ou não – chama-se

transparência. Agir de acordo como o

PERGunTAS QuE SE dEVE RESPondER AnTES dE EnTRAR nAS REdES SoCIAIS

divulgação

1) A empresa está apta a atuar nas redes sociais?

2) Quais os objetivos e as táticas para se atingir o público-alvo?

3) Você possui algum colaborador preparado para gerar e gerenciar o con-

teúdo nas redes? No caso de uma crise, quem poderá responder pela empresa?

4) Qual produto ou serviço será comentado ou ofertado?

FonTE: RoBSon CAVALCAnTE, GEREnTE dE PLAnEJAMEnTo E MARkETInG dA PHoCuS InTERACT

“imagine um cardume de sardinhas. quando

uma delas faz um movimento brusco, todas acompanham. assim é nas redes sociais”, compara

o professor Walter lima, da umesp

Page 27: Lettering 5ª ed. MAI | JUN 2012

revistalettering.com.br

consumidor espera, dentro dos prin-

cípios da ética, da moralidade e do

respeito, pode ser o tripé para a base

de qualquer relacionamento saudá-

vel, até mesmo entre uma empresa e

os seus clientes. Aliás, saber-se falível

como empresa é uma postura admirá-

vel, uma vez que empresas são cons-

tituídas por pessoas e pessoas erram.

“Quando o consumidor escolhe o

twitter para fazer uma crítica, a res-

posta deve ser dada nessa mesma

rede. Até para que o público veja a

solução do problema. Se você desvia

o contato, respondendo por e-mail ou

por telefone, quem viu a mensagem

negativa no outro canal não vai sa-

ber que você [empresa] se preocupou

com o cliente. Essa opção do consu-

midor deve ser respeitada”, fala Ana

Brambilla.

É assim, de braçada em braçada,

que a marca vai se humanizando, ao

mesmo tempo em que são criados

vínculos com o cliente. E mais: da

mesma forma que o espaço possibilita

maximizar as atitudes positivas e re-

pensar as negativas, é possível enxer-

gar como a concorrência é vista pelo

público e medir seus pontos fracos,

algo até então inédito.

A bem da verdade, não existe uma

receita para garantir o sucesso de uma

empreitada dessa ordem. O foco, des-

de o princípio, precisa estar no consu-

midor. É para ele que a empresa deve

olhar, e não para o próprio umbigo.

Um grande número de seguidores

nas redes – especialmente satisfeitos

– pode ser uma prova de que o tra-

balho está sendo feito corretamente. É

sempre para esse norte que a bússola

deve apontar.

Todo o esforço, afinal, tanto nas lo-

jas de atendimento como nas mídias

sociais, é para o consumidor. As “cur-

tidas”, os compartilhamentos e os re-

tuítes, se volumosos, é claro que cha-

mam a atenção até mesmo de leigos

no assunto. Mas, antes de atingir um

número excepcional de seguidores,

interessa atingir seguidores dispostos

a experimentar e a comprar o produto.

Em outras palavras, qualidade é me-

lhor que quantidade. “O que importa

não é ser grande, mas relevante”, diz

Robson Cavalcante.

marina duarte

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Por que eu invisto em comunicação

“é evidente que, quando investimos

mais em comunicação, os resultados no mês seguinte são

melhores. tem uma frase que diz que

‘quem não é visto não é lembrado’. então,

não tem como as pessoas procurarem seu produto se elas nem ao menos sabem que você eXiste”

Por Walther JunquettiGESToR CoMERCIAL dA TEIXEIRA PInTo

Revista Lettering Na sua opinião, qual a impor-

tância da Comunicação para o seu tipo de negócio?

Walther Junquetti A comunicação é essencial

em tudo na vida e com negócios não é diferente. É

evidente que, quando investimos mais em comu-

nicação, os resultados no mês seguinte são melho-

res. Tem uma frase que diz que “Quem não é visto

não é lembrado”. Então, não tem como as pessoas

procurarem seu produto se elas nem ao menos sa-

bem que você existe.

RL desde quando a Teixeira Pinto investe em

comunicação?

WJ A construtora Teixeira Pinto sempre investiu

em comunicação. Assim, quando resolvemos criar

um espaço para o cliente, trouxemos esse costume

conosco e investimos desde o início.

É muito importante que as pessoas associem o

Espaço Teixeira Pinto à construtora, mas que per-

cebam que aqui estamos focados no setor comer-

cial.

RL Quais as principais mídias usadas pela em-

presa?

WJ Como nosso público-alvo é formado por

moradores de Taubaté e região, anunciamos muito

em revistas locais focadas em construção, jornais,

outdoors, internet e numa comunicação direta

com o cliente.

RL O senhor poderia dizer quais meios mais uti-

lizados?

WJ As revistas locais como a “Casa Vale”, que

é focada em construção, nos trazem bons resulta-

dos. A internet atualmente tem sido outra grande

fonte de retorno, já que cada vez mais as pessoas

procuram esse tipo de serviço.

RL O que dizer a outros empresários?

WJ Aconselharia os empresários a terem um

grande foco no cliente e a procurarem sempre um

diferencial no modo de atendê-los.

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NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█

www.revistalettering.com.br/fimdomundo

NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█

www.revistalettering.com.br/fimdomundowww.revistalettering.com.br/fimdomundowww.revistalettering.com.br/fimdomundowww.revistalettering.com.br/fimdomundowww.revistalettering.com.br/fimdomundo

NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER

█EIS OS VENCEDORES

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revistalettering.com.br

NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█

www.revistalettering.com.br/fimdomundo

NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█

www.revistalettering.com.br/fimdomundowww.revistalettering.com.br/fimdomundowww.revistalettering.com.br/fimdomundowww.revistalettering.com.br/fimdomundowww.revistalettering.com.br/fimdomundo

NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER

█EIS OS VENCEDORES

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com linguagem mais próXima do cinema, materiais áudio-visuais conquistam pela

criatividade e apelo emotivo

Um luminoso verde indica “Aber-

to”. Uma taça no balcão de um bar re-

cebe uma dose a mais de conhaque.

Uma mesa de futebol de botão. Al-

guns livros e apostilas esparramados

sobre uma mesa em um quarto. Risos

no bar. Silêncio no quarto. E a música

começa: “Quem um dia irá dizer que

existe razão nas coisas feitas pelo co-

ração/ e quem irá dizer que não existe

razão?”.

Certamente, você deve se lembrar

de quando, em junho do ano passado,

a empresa Vivo conseguiu atingir mi-

lhões de brasileiros com sua marca e

se tornou pauta da conversa de muitos

deles, depois de publicar na internet

um vídeo produzido pela 02 Filmes e

pela agência áfrica. A produção era

uma versão no formato de vídeo-clipe

para a música “Eduardo e Mônica”, do

Legião Urbana, e conquistou milhões

de visualizações em horas e se tornou

um viral nas redes sociais.

Ainda que tenha sido contestada

a originalidade da agência e o alto

investimento da empresa, durante os

mais de quatro minutos de vídeo, a

Vivo conseguiu apresentar alguns de

seus produtos de um jeito diferente,

conquistando a empatia, emocionan-

do e envolvendo o cliente. Não seria

esta uma forma diferente de fazer um

vídeo institucional?

“Quando falamos de vídeo institu-

cional, ou simplesmente institucional,

basicamente, estamos nos referindo

à apresentação de uma empresa. Sua

história, valores, diferenciais, conquis-

tas etc”, explica Lino Perosa, diretor

executivo da Madre Studio, produtora

do segmento audiovisual de São José,

que tem, entre seus clientes, empresas

como a Embraer.

Embora, na prática, o termo insti-

tucional seja usado de forma genéri-

ca, também para tratar de vídeos de

treinamento, de marketing interno

e de motivação, de apresentação de

Sua empresa como num filme

vÍDEos insTiTucionais > >

thiago gustavo

Page 33: Lettering 5ª ed. MAI | JUN 2012

revistalettering.com.br

resultados e assuntos correlatos, in-

dependentemente da mensagem, o

principal, segundo Perosa, é transmitir

a mensagem da forma mais eficiente e

cativante possível, usando ao máximo

os recursos que somente o suporte

audiovisual pode oferecer.

“Um vídeo é um meio poderoso

de comunicação porque, junto com

a informação, ele também transmi-

te emoções. Assim, com um roteiro

inteligente e linguagem adequada,

um treinamento não fica monóto-

no, prendendo melhor a atenção de

quem assiste e trazendo melhores re-

sultados no dia a dia da empresa. Uma

campanha interna, de qualidade, pode

realmente ganhar as mentes e cora-

ções dos funcionários porque instiga

um forte sentimento de equipe e de

orgulho pelo trabalho bem feito”, afir-

ma o diretor da Madre Studio.

não ESQuEçA do SEu PúBLICo

Como as possibilidades e recursos

são muitos, o importante é lembrar

que o institucional geralmente visa a

um público específico. desse modo, é

fundamental ter respostas claras para

algumas perguntas básicas: onde seu

institucional vai ser veiculado: em

eventos direcionados, como feiras,

encontros, convenções? Ou como

apoio em reuniões de negócio? Ou,

ainda, dentro da própria empresa, em

cerimoniais, treinamentos, TVs inter-

nas, intranets?

“E, é claro, atualmente, cedo ou

tarde, tudo acaba na internet. Uma

divulgação muito mais genérica, mas

com a vantagem de ser praticamente

sem custo e de abrangência mundial”,

lembra Lino Perosa, mas com uma

ressalva: “é possível atingir o público

interno e externo (com um mesmo ví-

deo), mas isso tem de ser planejado.

Uma informação empolgante para os

funcionários pode ser irrelevante para

uma pessoa de fora da empresa.”

Então, não adianta ter a melhor

ideia do mundo, o roteiro mais ousa-

do, se você ainda não sabe quem irá

assistir ao filme da sua empresa, e em

qual circunstância. Tendo isso defini-

do, aí, sim, você pode pensar em for-

mas de inovar na produção.

“Hoje em dia, não precisamos res-

tringir o institucional a nenhum for-

mato específico. Então, cada vez me-

nos vamos ver vídeos do tipo: ‘desde

1900... atuando no mercado tal...’,

deixando para trás aquele formato

didático e monótono, para se aproxi-

mar cada vez mais da linguagem dos

filmes, documentários e curta-metra-

gens”, esclarece Perosa.

E foi justamente acreditando nes-

sa linguagem menos monótona que

a Embraer desenvolveu o institucio-

nal “Embraer Defesa e Segurança”. Em

vez de explicar o que era, a empresa

decidiu mostrar para seu público-alvo

o seu novo sistema operando, como

num filme. “num mercado tradicio-

nalmente conservador, foi uma de-

monstração de coragem e de confian-

ça que nos honrou e inspirou. O que

seria uma apresentação técnica se

transformou numa aventura”, afirma o

diretor da Madre Studio.

João Marcos Massote, da Embraer,

conta que a empresa decidiu apostar

num vídeo Institucional após o lan-

çamento da empresa Embraer Defe-

sa e Segurança, que não somente é

especializada em produzir aeronaves

de defesa, como também em desen-

volver sistemas de comando e de con-

trole.

“Identificamos a necessidade de

divulgar essa ampliação de portfólio

de forma visual, numa feira especiali-

zada. Investimos, então, na criação de

um vídeo que retratasse a utilização

dos sistemas de controle e comando

por meio de uma linguagem cinema-

tográfica, capaz de captar o olhar de

quem estivesse transitando pela feira”,

o empresário precisa saber o que quer com a peça. o investimento vale a pena? se sim, qual a mensagem a ser transmitida para atingir o resultado esperado?”, questiona joão massote, da embraer

divulgação

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Page 34: Lettering 5ª ed. MAI | JUN 2012

explica Massote.

Como no caso da Embraer, vale

a pena pensar no vídeo Institucional

também como um cartão de visitas.

Por isso, Massote lembra que, por ser

capaz de encantar visualmente, é re-

comendável, sempre que possível,

usá-lo de forma mais conceitual e ar-

tística, suprimindo ao máximo dados

técnicos e informações que deveriam

ser transmitidas por uma apresenta-

ção Power Point, ou por meio do site

da empresa.

“Só o vídeo possui a capacidade de

emocionar. Dessa forma, a empresa

pode estabelecer uma conexão dire-

ta com o espectador, divulgando seus

valores e sua missão de forma mais

subjetiva, menos fria e impessoal, ga-

rantido a assimilação fluente e praze-

rosa da mensagem”, defende Massote.

E, para que todo o trabalho e uso da

criatividade da equipe valham a pena,

e o resultado do institucional seja efi-

caz no que se propõe, a relação agên-

cia-cliente deve se manter estreita, do

briefing inicial à entrega do vídeo final.

“O cliente precisa saber muito bem

o que quer com essa peça. Vale a pena

fazer um vídeo? Se a reposta for po-

sitiva, qual a mensagem para atingir

o público-alvo? De posse dessas in-

formações, cliente e agência poderão

decidir com mais assertividade sobre

o formato e a linguagem visual para

isso. O mais importante é encontrar

uma produtora que saiba entender o

produto e o mercado da sua empresa.

Quem trabalha nessa área sabe que,

muitas vezes, as aspirações criativas

de diretores e roteiristas não condi-

zem com as necessidades do cliente”,

alerta João Marcos Massote.

“A produtora deve sempre colo-

car em primeiro lugar o objetivo do

cliente, respeitar o conhecimento que

ele tem de seu próprio negócio, mas,

ao mesmo tempo, ser clara e direta,

quando necessário, já que sua obriga-

ção é usar sua expertise para orientar

e extrair o melhor resultado do pro-

cesso”, completa João.

PRevieW: Normalmente, o cliente re-cebe um preview do filme na fase do “esqueleto” para que ele possa avaliar a necessidade de realizar possíveis ajustes.

danilo c monteiro

marina duarte

RoteiRo: terá como base as informações coletadas no brie-fing. Se necessário, pode se transformar em storyboard ou “monstro”, – que é um rascu-nho do vídeo final.

CaPtação: depois de o roteiro ser aprovado, é iniciado o processo de produção e captação, que é basicamente igual ao de um comercial

eDição: Depois de registra-das as imagens e cenas, o material vai para a ilha de edi-ção. Nessa etapa, as imagens são escolhidas de acordo com o áudio. Cria-se o “es-queleto” do filme, do começo ao fim, e já é possível ter uma ideia do ritmo do vídeo.

BRieFiNG: a agência produ-tora precisa entender como funciona e o que é impor-tante divulgar sobre seu cliente, não somente sobre a empresa em questão, mas sobre seus concorrentes, o mercado como um todo e as particularidades e jargões próprios da área para criar um vídeo que seja realmente eficiente.

FiNaLização: Nessa fase, as imagens são corrigidas e tratadas, uma a uma. É nessa fase também que são inseri-dos GCs (ou letterings), grá-ficos, vinhetas, efeitos, mate-rial de arquivo etc.

lino perosa, da madre studio, de são josé, chama a atenção para os cuidados com o planejamento de cada vídeo: “mais cedo ou mais tarde, tudo acaba na internet”

Page 35: Lettering 5ª ed. MAI | JUN 2012

revistalettering.com.br

www.facebook.com/RegionalMarketing

IdeiaIdeiaIdeiaIdeiaIdeia

Page 36: Lettering 5ª ed. MAI | JUN 2012

Ele começou atendendo a demandas de agências de Taubaté para a produ-

ção de fotolitos – parte do sistema de pré-impressão que nem existe mais! – indo

a São Paulo duas ou três madrugadas por semana, para garantir que a qualidade

dos impressos na região melhorasse. Cerca de 20 anos depois, é dono da maior

empresa do setor no Vale do Paraíba, a Resolução Indústria Gráfica. de lá para cá,

o empresário José Helio do Nascimento Júnior vivenciou muitos avanços na área

da propaganda regional e, nesse bate-papo com a Lettering, analisa de forma po-

sitiva a evolução do mercado, mas alerta: “profissionais precisam conhecer mais

sobre a criação de embalagens.”

Revista Lettering Como você

avalia o comportamento do merca-

do regional nas duas últimas déca-

das?

José Hélio do Nascimento O

mercado evoluiu bastante do ponto

de vista da qualidade. Nos últimos

20 anos, conheci três gerações de

profissionais: os que atuavam an-

tes do boom da informatização dos

processos gráficos; os que vieram

dos bancos das faculdades, e, ago-

ra, os mais novos ainda. A primeira

O papel do mercado regional

geração teve de se adaptar ao novo

jeito de se produzir material. Antes,

produzir um bom material gráfi-

co demandava muito tempo e um

amplo conhecimento nas áreas de

fotografia e fotomecânica. Quando

o computador entrou na jogada,

houve uma verdadeira revolução

nessa área. Essa primeira geração

era muito competente do ponto

de vista artístico, mas penou para

aprender a trabalhar com os novos

equipamentos: teve de substituir o

laboratório pelo photoshop. Mes-

EnTREvisTa > >JOSÉ HÉLIO DO NASCIMENTO

Page 37: Lettering 5ª ed. MAI | JUN 2012

revistalettering.com.br

“conheci três gerações de

profissionais: a de hoje é a mais

preparada, porque alia talento e conhecimento

técnico”

danilo c monteiro

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Page 38: Lettering 5ª ed. MAI | JUN 2012

“não foi fácil instituir a

cultura de que gráfica não é artefinalista.

até hoje, alguns clientes

nos procuram e, claro, os encaminhamos

para uma agência”

mo com o conhecimento das artes

gráficas, tinham dificuldade de lidar

com a ferramenta. Entre a primeira

e a terceira geração, foi necessário

um período de adaptação e foi difí-

cil. Muita gente sem talento entrou

na área, apostando que a máquina

pudesse ser suficiente. O resultado?

Materiais parecendo frankensteins.

A gente via que era uma tentativa

de ser algo criativo, mas era uma

arte final cliparte. Com uma maior

preparação, temos uma nova gera-

ção bem equilibrada: com talento e

conhecimento técnico.

RL Na visão das empresas, o se-

tor também registrou avanços?

JH Sim, com certeza, principal-

mente sob o ponto de vista da pro-

fissionalização, que atingiu todo o

processo. Foi difícil instituir a cultu-

ra de que gráfica não é artefinalista.

Até hoje, alguns clientes finais ba-

tem à nossa porta. Claro, sempre os

encaminhamos para uma agência.

RL Nesse balanço dos últimos 20

anos, que área registrou maior cres-

cimento, na sua opinião: promocio-

nal ou editorial?

JH Em termos de números, de fa-

turamento, foi igual. Para se ter uma

ideia de números: o setor promo-

cional cresce de 20% a 30% ao ano.

O editorial cresce um pouco menos.

Falando em termos qualitativos e do

número de jobs, eu acredito que o

editorial cresceu muito mais, princi-

palmente em Taubaté, que tem uma

tradição acadêmica muito forte.

Aqui, temos uma boa variedade de

revistas e jornais e muita publica-

ção de livros de autores locais. No

restante do Vale do Paraíba, a área

promocional dominou e São José

dos Campos lidera, disparadamente,

o ranking do material promocional.

danilo c monteiro

Page 39: Lettering 5ª ed. MAI | JUN 2012

revistalettering.com.br 38 | 39

“a produção de embalagens eXige conhecimentos aprofundados sobre papel: se vai haver umidade, ser eXposto ao sol, se haverá desgaste de tinta, entre outros fatores. os profissionais da região precisam se preparar”

RL E o setor de embalagens?

JH Embalagem é o setor que

mais cresce. Seguramente, mais de

100% ao ano, e isso tem a ver com

o que está acontecendo no Brasil,

com o seu franco desenvolvimento.

Micro e pequenas empresas estão

produzindo em escala. Há peque-

nas empresas que fabricam cosmé-

ticos, produtos de higiene pessoal,

brinquedos, confecções, tags e uma

série de itens que fazem parte, hoje,

de qualquer empresa, demandando

serviços como produção de caixa e

aplicação de blister de plástico, por

exemplo.

Em Taubaté, para se ter uma

ideia, há uma empresa que tem

uma linha de plástico gigantesca,

que fabrica desde assento sanitário

até acessórios para ar-condiciona-

do. Tudo isso, cada item do produ-

to, necessita de embalagem.

RL Como você vê a criação des-

sas embalagens?

JH A embalagem transcende o

aspecto da arte, é um ramo comple-

xo e pouco desenvolvido na nossa

região. De uma maneira geral, as

agências daqui não têm foco ex-

clusivo em embalagem e ainda é o

criativo o responsável por essa área.

Esse é um desafio a se vencer, por-

que trata-se de um material muito

técnico: é necessário ter um conhe-

cimento mais aprofundado do pa-

pel, das fibras que o compõem, se

vai haver umidade ou não, se vai ser

exposto ao sol, se há desgaste do

pigmento da tinta, entre outros. Por

isso, o profissional da agência tem

de ser muito bem treinado.

RL Sua empresa está se insta-

lando em um novo espaço, com um

parque gráfico maior e mais moder-

no. O que o mercado pode esperar?

JH Estamos em fase de insta-

lação dos novos equipamentos na

nossa nova unidade e de transfe-

rência da parte administrativa e co-

mercial da empresa para o Distrito

Industrial do Quiririm.

As novas máquinas permitem

a impressão de formatos maio-

res - largura maior que um metro

e, como consequência, rapidez de

impressão, principalmente na área

editorial. Produziremos o dobro.

Esse novo equipamento tem a pos-

sibilidade de fazer acabamentos

especiais, como aplicação de ver-

niz, verniz com reserva, aplicação

de verniz blister, na própria linha

de impressão. Isso sem contar que,

dessa forma, a aplicação de verniz

não demandará mais tempo de se-

cagem. Dá para manipular isso no

acabamento.

Esse é o primeiro passo para que

a gente atue com força na área de

embalagens. A meta é que o setor

represente, num futuro próximo,

50% do nosso faturamento.

RL Por isso, a palavra “indústria”

passou a compor o nome da sua

empresa?

JH Exatamente. Com outros in-

vestimentos, como os da implanta-

ção de processos de acabamentos

com dobras especiais e de lombada

quadrada, não será mais necessário

terceirizar esses tipos de serviços.

Agora, faremos tudo no mesmo

local, com serviços de excelência.

Com a modernização dos proces-

sos, teremos ainda mais agilidade,

melhores preços e melhor qualida-

de.

RL Tudo isso para atender o

Vale?

JH Sim. Vale, região do Alto Tie-

tê, São Paulo, capital, e Campinas.

Page 40: Lettering 5ª ed. MAI | JUN 2012

TEMOS POUCASVAGAS

EM BREVEABRIREMOS VAGAS

Acesse www.mestracomunicacao.com.br e conheça o nosso trabalho.

A Mestra Comunicação cresceu tanto nos últimos 7 meses que restam apenas poucos segmentos para preencher a

nossa seleta carteira de clientes. Por exemplo, os mercados de Shopping Centers e Redes de Supermercados, e, quem sabe com um pouco de sorte, o segmento da sua empresa.

Atualmente são 42 clientes ativos. Saiba quem eles são, antes que um de seus concorrentes se torne um. Entre em contato conosco e agende uma apresentação da agência.

Faça parte da Mestra Comunicação, a agência que em7 meses dobrou a sua carteira de clientes. Todos por indicação.

[email protected]

A Mestra Comunicação pretende em brevecontratar novos colaboradores. Participe dos processos

seletivos através de nossos canais de mídia social.

Atualmente são 30 colaboradores � xos, e, mais importante, nos 7 meses com a nova marca ninguém pediu demissão.

Faça parte da agência que mais investe em seus pro� ssionais: temos plano de saúde, plano odontológico,

refeitório 100% custeado, espaço zen, sistema de premiação coletiva e plano de carreira com avaliação 360°.

[email protected]

(12) 3913-3858

Page 41: Lettering 5ª ed. MAI | JUN 2012

revistalettering.com.br

TEMOS POUCASVAGAS

EM BREVEABRIREMOS VAGAS

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Page 42: Lettering 5ª ed. MAI | JUN 2012

informar, integrar e motivar são palavras de ordem para os que buscam maior envolvimento

dos funcionáros com os objetivos da empresa

Pense em um evento. Agora,

pense em seu trabalho. Pensou? En-

tão, pense mais uma vez, agora num

evento de trabalho, no qual, além do

aprendizado, você também possa se

relacionar com colegas da empresa,

participar de atividades dinâmicas

que explorem e ressaltem o seu po-

tencial. Essa é a realidade de mui-

tas empresas que vêm se utilizando

dos chamados eventos corporativos

para reunirem conhecimento, inte-

gração e motivação ao seu corpo de

funcionários.

A administração moderna foge

Nem tudo é festa

EvEnTos coRPoRaTivos > >

gabriela ciolini

gabriela ciolini

Page 43: Lettering 5ª ed. MAI | JUN 2012

revistalettering.com.br

dos primórdios, de quando Taylor e

Fayol pregavam que o grande obje-

tivo estava na escala de produção.

Hoje, além da produtividade, ges-

tores de empresas de diversos ta-

manhos pensam em como somar a

operosidade ao conhecimento e à

satisfação de sua equipe. A fórmula

para essa equação é dada por meio

de treinamentos, workshops, enfim,

oportunidades de conhecimento

técnico, profissional e interpessoal.

“São inúmeros os objetivos al-

mejados pelas empresas quanto

à realização dos treinamentos, os

quais estão diretamente relaciona-

dos à sua missão, visão e valores,

governança corporativa e cultura

organizacional. Mas posso citar que

o principal objetivo é estabelecer

um vínculo entre a organização e

seu público de interesse, com vistas

à capacitação e à atualização, à mo-

tivação e à geração de resultados

efetivos para a empresa”, define a

sócia diretora da empresa Cata Ven-

to - Treinamento, Comunicação e

Inovação, de São José dos Campos,

Eliana Araújo, que é publicitária es-

pecialista em Gerência de Marketing

e Gestão de Pessoas.

Em sua concepção, as empresas,

por meio dos treinamentos, buscam

o exercício da inovação e da cria-

tividade, a retenção de talentos, a

administração de conflitos, os ali-

nhamentos estratégicos e a susten-

tabilidade da marca/produtos e ser-

viços. “Isso, sem contar o objetivo

desafiador, na atualidade, de cons-

cientizar os funcionários da impor-

tância de se autodesenvolverem e

de buscarem o aperfeiçoamento

contínuo”, completa.

Reforçando o que defende a

consultora, a coordenadora de RH

da empresa V&G Serviços Adminis-

trativos, de São José dos Campos,

katia Leal, também credita a esses

tipos de eventos o direcionamento

estratégico da organização. “Vejo o

treinamento empresarial como uma

verdadeira bússola para os funcio-

nários, pois trata-se de uma rica

ferramenta para expandir o conhe-

cimento e facilitar o crescimento

profissional. Tais ações ajudam os

indivíduos a se conhecerem melhor

e a escolherem os melhores cami-

nhos nas tomadas de decisão”, pon-

danilo c monteiro

para kátia leal, da v&g, de são josé, um treinamento deve ser atrativo: “o ato de

treinar pode assumrir várias formas, além

da convencional”

42 | 43

Page 44: Lettering 5ª ed. MAI | JUN 2012

tua katia, que também é profissio-

nal de comunicação.

o QuE SE FAZ nA PRáTICA

Assim como acordamos, toma-

mos banho e realizamos tantas ou-

tras atividades diariamente, motiva-

ção também é algo a ser praticado

com constância dentro do ambiente

organizacional. Nesse sentido, ne-

nhum evento pode garantir, de for-

ma isolada, o clima de satisfação, de

entusiasmo e de permanente busca

pelo conhecimento entre seus fun-

cionários.

“Poderíamos comparar com o

conceito de comunicação integra-

da, 360º e convergente. ou seja, se

não houver um conjunto de ações

estratégicas comunicacionais para

atingir o público que, na atualidade,

é um alvo móvel, o investimento na

comunicação será desperdiçado e

efêmero”, alerta Eliana.

Contudo, a realização de even-

tos que se amparem em uma me-

todologia consistente, visando, não

meramente à produção, mas à va-

lorização de cada ser humano que

compõe o patrimônio da empresa, e

que, para isso, foquem na comuni-

cação direta com sua equipe pode,

sim, ser uma excelente ferramenta.

“Para a maioria das pessoas, quando

se pensa em treinamento, logo vem

à cabeça aquela imagem de uma

sala de aula. Porém, o ato de treinar

pode assumir várias formas, além

da convencional”, ressalta katia.

Das atividades em grupo às que

envolvem habilidades manuais e

artísticas, de tarefas relacionadas à

estratégia e às que potencializam a

liderança, o fato é que esses even-

tos podem contribuir para resulta-

dos efetivamente palpáveis. “A ideia

é fornecer aos funcionários conhe-

cimentos, desenvolver comporta-

mentos necessários para o bom

andamento do trabalho e clima hu-

mano na organização, aumento da

produtividade, redução de custos,

de acidentes e de turn-over”, lembra

Eliana.

TRABALHo ou dIVERSão?

Justamente por lidarem com

pessoas, e, sobretudo, com a in-

tenção de buscar o melhor de cada

uma delas, é que muitas empresas

danilo c monteiro

“se não houver estratégia, o

investimento em comunicação será desperdiçado e

efêmero”, revela eliana araújo, da cata vento, de são

josé

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revistalettering.com.br

Page 46: Lettering 5ª ed. MAI | JUN 2012

fonte: cata ventos treinamento, comunicação e inovação

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revistalettering.com.br

organizam seus workshops em ho-

teis-fazendas e até mesmo em cru-

zeiros.

Não, não estamos falando de tu-

rismo. Estamos falando de estratégia

de comunicação, de como fazer che-

gar a mensagem ao grupo de foco.

“Acredito que o aspecto mais relevan-

te nesta modalidade é a possibilidade

de os participantes serem ancorados

na emoção e na experiência – sen-

sorial, afetiva – como formas de tra-

balhar a marca/produtos e serviços,

fidelizar clientes e, principalmente,

de possibilitar experiências memo-

ráveis e transformadoras, se o evento

for bem estruturado para resultados

‘além mar’, justifica Eliana Araújo.

Para a consultora, uma ação

como essa deve estar associada a ou-

tras ações planejadas e concatenadas

para a garantia da compensação do

investimento. “Há de se traçar me-

tas claras para antes, durante e após

o cruzeiro, de forma a compor um

programa. Dessa forma, o cruzeiro se

torna um valor agregado ao projeto”,

ressalta.

depois de um dia ou de um final

de semana de treinamento, com di-

reito a algumas ‘regalias’, não se pode

esquecer da lição de casa, isto é, do

que será levado, na prática, para a

empresa. Aí está o xis da questão: a

percepção de que a comunicação se

fez eficaz.

Ainda que as tais regalias exis-

tam, engana-se aquele empresário

que acredita que motivação, entro-

samento e conhecimento estão as-

sociados à ‘espetacularização’ do

evento. Em outras palavras, é preciso

atentar para o que, de fato, edifica.

“O efeito de empolgação é efêmero.

É como se fosse um show superpro-

duzido, em que a animação e a sen-

sação de alegria não duram mais que

24 horas”, alerta Eliana.

Uma palestra, ou um workshop,

pode, sim, ser contagiante, mas é o

conteúdo que garantirá os resultados

que transformarão o ambiente de sua

empresa (para o bem ou para o mal).

“Como coordenadora de RH, esti-

mulo o tratamento cordial, empático,

sem ser piegas ou falso. Penso que os

colaboradores devem ser reconheci-

dos como parceiros e não como me-

ros subalternos”, sugere katia, com

relação ao discurso que deve nortear

um treinamento.

PonTE, MuRo não

“Tornar a comunicação uma pon-

te e não um muro.” É com esta de-

finição que Eliana resume o sentido

de se integrar e oferecer informação

à equipe. “Quando a equipe também

entende a verdadeira importância de

se trabalhar em sinergia com seus

pares, é mais produtiva, minimiza

enormemente os índices de absen-

teísmo, procura soluções ao invés de

culpados, pensa no processo e nas

pessoas, tem melhor performance,

é mais produtiva, é mais engajada,

o que representa um aumento de,

aproximadamente, 20% nas recei-

tas das operações e 30% nos lucros

líquidos das empresas, impactando,

portanto, positivamente, nos seus re-

sultados financeiros.

Contudo, não se pode pestanejar.

Afinal, um evento somente não ga-

rante o céu à sua empresa. Mais que

uma ação isolada, é preciso criar um

elo entre os setores de comunicação

e RH. E o mais sólido deles, com cer-

teza, é aquele que gera o sentimen-

to de comprometimento de todos os

indivíduos, de todas as camadas, por

um mesmo objetivo: o sucesso.

um evento motivacional não deve ser feito de forma isolada: para dar resultado, ele tem de ser uma prática constante nas organizações

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eluanda andrade

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o bom filho...... à casa torna e, assim, o

publicitário, pós-graduado em Marketing, mestre em Comu-nicação e professor há quatro anos, André Petris Gollner, retor-na à Tríadaz. Além de André, o publicitário Elder Tiago também entra para o time de talentos da agência.

comunicavale 2012

Com discussões, palestras e cases do cenário da comuni-cação do Vale do Paraíba, o já conhecido evento Comunicavale já tem data marcada: será no dia 30 de junho no novotel, em São José dos Campos. organize a sua agenda!

supera amplia suas fronteiras

novos passos

Atenta às oportunidades de mercado no Nordeste brasileiro – uma das regiões com maior potencial de crescimento no país – a Supera Co-municação começa a expandir suas fronteiras. E a agência já tem praia certa para seus novos trabalhos: Fortaleza, capital do Ceará. Com a ini-ciativa, a agência espera contribuir para o processo de especialização do mercado cearense com foco na Comunicação Corporativa. A valorização da mão de obra local e a sinergia com parceiros e fornecedores regionais também integram os objetivos do projeto de consolidação da Supera no Ceará.

A Molotov Propaganda soma aos seus trabalhos a campanha de lançamento da coleção outono/ inverno da Passo a Passo. Anún-cios de revista, outdoor, adesivo de vitrine, banner, cartaz, mala-direta, e-mail marketing e banner em site são as peças que compõem a campanha “Brilhe em todos os momentos”.

Com tecnologia, profissionalismo, conteúdo de qualidade e abrangên-cia de todo o Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira, Sul Fluminense e Sul de Minas, a Band Vale 102,9 FM comemora 15 anos de sucesso. Para essa data especial, será lançada uma campanha multimídia, além de novidades na programação com os Especiais Band Vale, nos quais, ao longo do ano, estarão os principais artistas e bandas do cenário musi-cal nacional e internacional. Shows também estão sendo programados para festejar com o público os 15 anos da Bandvale FM.

A equipe da Phocus Interact esteve no Vaticano, em Roma, na Itália, para tratar de assuntos referentes ao website da Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá no Rio de Janeiro, no ano que vem.Além do website da JMJ, a Phocus também é responsável pelo siste-ma de inscrição para o evento e pela construção de sua plataforma digital.

em 2012, a band vale 102,9 fm completa 15 anos de sucesso!

phocus e a jornada mundial da juventude

kms comunicação de casa nova

A kMS Comunicação está de casa nova. Seu novo endereço é a Vila Ema, em São José dos Cam-pos. Com 20 anos no mercado, a nova sede vem marcar um tempo positivo e cheio de expectativas para a agência.

arriba! leva bronze no festvideo

Sempre bem representado por suas agências, o Vale do Paraíba marcou presença no FestVídeo, prêmio publicitário realizado pela APP de Ribeirão Preto. Trazendo o bronze, a Arriba! Comunicação foi a única agência da região a ser premiada, com a campanha de Natal desenvolvida para o cliente Serramar Parque Shopping, de Caraguatatuba.

tecnologia sustentávelAliando a tecnologia à sustentabilidade, a ITMSense acaba de de-

senvolver o cardápio digital da empresa Barbaresco. Após um ano de desenvolvimento, o aplicativo já está disponível aos clientes do espaço, substituindo os cardápios convencionais. O projeto não termina por aí: além de apresentar os pratos e bebidas do restaurante, o aplicativo disponibilizará anúncios de empresas locais e regionais, tornando-se também um excelente canal de comunicação para o empresariado da região.

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MÍDIA > >

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mÍDia > >

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revistalettering.com.br

o jornal segue como um meio adequado a anunciantes que querem atingir formadores de opinião em potencial, registrando aumentos significativos em sua circulação no último ano. segundo o projeto inter-meios, só no estado de são paulo o salto foi de 11%

Ele é profundo, versátil, informati-

vo. Já sobreviveu ao anúncio de sua

morte quando surgiram a TV e, na úl-

timas décadas, a Internet. Sua credibi-

lidade e o tratamento singular que dá

às suas informações são seus grandes

diferenciais diante de qualquer outro

meio de comunicação.

Estamos falando do jornal impres-

so, aquele que vem se reconstruindo

desde o século 17 quando foi inventa-

do, chegando, hoje, aos moldes adap-

tados da tecnologia, dando maior

acesso ao seu público leitor.

Pesquisas do projeto Inter-meios,

da Meio e Mensagem (que avalia pe-

riodicamente a participação das mí-

dias no cenário brasileiro), apontam

que, embora em muitos países a cir-

culação do jornal impresso tenha de-

crescido, o bom comportamento eco-

nômico, que influencia positivamente

no poder aquisitivo da população, re-

sultou, nos últimos anos, em um salto

na circulação diária. dos 7,6 milhões

de exemplares circulados em 2001,

registrou-se 8,1 milhões de exempla-

res em 2009.

Os números ainda demonstram

que, a partir de 2010, muitos anun-

ciantes de peso voltaram a anunciar

neste tipo de mídia. Jornais de circu-

lação diária, como O Globo e O Estado

de São Paulo, demonstram claramente

essa retomada de fôlego: dos mais de

257 mil exemplares lançados no mer-

cado em 2009, O Globo saltou para

mais de 263 mil em 2010, o que equi-

vale a um aumento de 2,1%. No caso

do O Estado de São Paulo, o aumento

foi ainda mais significativo, com mais

de 11% no aumento da circulação de

um ano para outro, saltando dos mais

de 212 mil exemplares para cerca de

Credibilidade acima de tudo

236 mil.

Em novembro de 2011, a Associa-

ção Paulista de Jonais (APJ) apontou

dados obtidos pela pesquisa feita pela

Associação Mundial de Jornais (Wan-

-Ifra, sigla em inglês). Há seis meses,

os números apresentados levavam à

conclusão de que o jornal impresso

ainda é muito mais lido que o con-

teúdo digital. Enquanto 1,9 bilhão de

pessoas leem diariamente em todo o

mundo informações pela internet, 2,3

bilhões vão em busca de informações

pelo veículo impresso. Os dados le-

vantados também demonstram que

os mercados da ásia e da América

Latina têm apresentado crescimento

considerável nos últimos cinco anos, a

ponto de chegarem às marcas de 16%

e 4,5%, respectivamente.

Dados dos últimos anos revelam

não só a manutenção do veículo,

como também positivas projeções

para tal mídia. Uma das principais res-

ponsáveis pela boa desenvoltura do

jornal está naquela que, de concor-

rente – a Internet – passou a ser mídia

convergente do jornal impresso.

Este é o pensamento de Helvio

Alcoba, diretor comercial do jornal O

Vale, em Taubaté. “Quando falamos

em veículos locais, o que se tem que

fazer é trabalhar e se adaptar ao novo

modelo de negócio que chegou e vai

ficar. Se você não reinventar seu mo-

delo de negócio, você fatalmente vai

desaparecer, mas isso é uma realidade

em qualquer segmento”, alerta.

Para ele, a pluralidade é a linha

mestra para a manutenção do jornal

impresso, sobretudo do interior. “Te-

mos que produzir conteúdo para to-

das as plataformas que estão no mer-

cado. Hoje, temos no O Vale um portal

thiago gustavo

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revistalettering.com.br

com muita informação em tempo real,

bem como uma diversificação grande

e moderna de ferramentas para inte-

ragir com o leitor ou internauta”.

Exatamente. Atender às novas ne-

cessidades do público. Aquele que

era leitor, hoje também é internauta.

Assim, percebe-se que, mesmo man-

tendo sua linha editorial, pautada pela

profundidade na apuração, há de se

atender também à demanda daquele

que busca na Internet as informações

com agilidade, sem que se perca a

qualidade do que é oferecido.

E Eu CoM ISSo?

Você pode estar se perguntando:

o que isso interessa à minha empre-

sa? Respondemos: tudo, se ela tem o

interesse de acertar um público que

pode influenciar outros. é como se

o jornal emprestasse sua marca ao

produto anunciado. Sua característi-

ca documental dá ao conteúdo maior

credibilidade em relação aos demais

veículos.

Toda essa credibilidade histórica,

documental, originada pelo jornalis-

mo praticado com ética e seriedade,

dá ao setor comercial o amparo ne-

cessário para a realização de bons

negócios.

“A mídia impressa nos apresenta

várias opções de publicações - revis-

tas, jornais, guias, anuários. E cada

uma dessas opções tem caracterís-

ticas e benefícios muito específicos,

determinantes na seleção do meio.

Mas, se generalizarmos, a adequação

ao público-alvo, a confiabilidade da

publicação, a qualidade editorial, a

cobertura e o alcance são fatores de

peso na decisão de investimento”, de-

fine Ana Lucia, da Regional Marketing,

de São José dos Campos.

Ela explica que, nele, tem-se a pos-

sibilidade de explorar mais um anún-

cio, informando melhor ao consumi-

dor, o que seria inviável, por exemplo,

num comercial na TV de 30 segundos.

“Costumo dizer sempre que ape-

nas ter um anúncio criativo, num

helvio alcoba, do jornal o vale, chama atenção para o valor documental do impresso.“em muitos casos, ele é utilizado como parte integrante de um processo”

danilo c monteiro

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veículo de grande penetração, não

garante resultado a ninguém. Os re-

sultados podem ser esperados quan-

do aliamos o objetivo à adequação do

público-alvo e à eficácia do anúncio”,

afirma ela.

InVESTIMEnTo

Diante de um cenário que com-

prova que jornal impresso e mídias

eletrônicas caminham lado a lado e

não passando um ao outro para trás,

o Seminário Internacional de Jorna-

lismo, que ocorreu em novembro de

2011, em São Paulo, foi palco para dis-

cussões de profissionais, que chega-

ram à conclusão, não tão inovadora,

de que o jornal ainda é o carro-chefe

entre as demais mídias, em termos de

receita, custeando os investimentos

em novas plataformas, como Internet,

celular e tablets.

A sua credibilidade novamente foi

apontada como quesito crucial, que

contribui na projeção dos produtos/

serviços anunciados pelos clientes.

No evento, Sérgio Dávila, editor-exe-

cutivo da Folha de S. Paulo, destacou,

inclusive, que a credibilidade do meio

impresso é transferida ao conteúdo

veiculado nos meios digitais, sendo

setor absoluto na captação de receitas

das empresas jornalísticas.

O projeto Inter-meios aponta um

aumento do faturamento bruto do jor-

nal impresso. Os dados apresentados

comparam o período de dezembro de

2011 com o mesmo mês, no ano de

2010. Neste contexto, o setor de jorna-

lismo impresso computou um acrés-

cimo de 4,56% de faturamento direto e

4,25% de elevação do faturamento de

agências de publicidade. Isso, em mo-

eda, representa um faturamento de

mais de R$ 243,9 milhões às agências

de todo o Brasil.

Neste mesmo período, somando

somente as regiões do interior e ca-

pital do Estado de São Paulo, além da

Grande São Paulo, o volume do fatura-

mento das agências no segmento de

jornal impresso chegou a mais de R$

96 milhões. As agências do estado do

Rio de Janeiro, por sua vez, atingiram

um patamar de R$ 58,4 milhões, no

mesmo segmento. Estes valores não

são computados no faturamento das

agências das regiões Sul e Sudeste,

que, excluindo as de São Paulo e do

Rio, chegaram à marca dos R$ 50 mi-

lhões.

noSSA REGIão

o Vale do Paraíba oferece às 39 ci-

dades de seu espaço geográfico ape-

nas um jornal de circulação regional.

Além dele, a maioria das cidades da

região contam com um jornal impres-

so. A periodicidade varia, mas os se-

manários são os mais comuns.

Paulo de Tarso Venceslau, dire-

tor e proprietário do Jornal Contato,

de Taubaté, defende a força dos pe-

quenos títulos. “Temos uma tiragem

semanal de 5 mil exemplares, sem

contar as mais de 10 mil visitas por se-

mana em sua edição eletrônica”.

Segundo ele, por ter um cunho di-

ferenciado, não popular, seu veículo

também atrai anunciantes de um se-

leto grupo de empresários. “São prin-

cipalmente aqueles que querem dar

algum verniz de integridade ao seu

negócio”, destaca.

Independentemente do porte, o

fato é que o jornal impresso tem se

perpetuado exatamente por ser um

veículo onde o registro de informa-

ções ainda é o grande diferencial.

“O impresso, principalmente o jor-

nal diário, é um documento para ser

guardado e manuseado, uma fonte de

conteúdo permanente. Em muitos ca-

sos, usado para ser parte integrante de

processos”, diz Alcoba.

Afinal, quem nunca ouviu ou disse

a quela frase? “É verdade, pode acredi-

tar: saiu até no jornal.”

a confiança depositada pelo

leitor nas matérias publicadas pelo

jornal acaba sendo estendida à sua gama

de anúncios. no mínimo, as

empresas anunciantes dividirão espaço

com uma informação jornalística, de

interesse público: ponto para elas

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Uma comunicação forte, de muita

qualidade, com campanhas elabo-

radas e empresas com estratégias, e

posicionamentos, bem definidos no

trato com a mídia. Essa é a realida-

de do Vale do Paraíba nos dias atuais,

bem diferente da que tínhamos há al-

guns anos, quando, para boa parte do

segmento corporativo de nossa re-

gião, aplicar recursos em comunica-

ção era visto como gasto e não como

investimento.

Esse amadurecimento do investi-

dor, que passou a entender a impor-

tância da comunicação para o seu

negócio, tem promovido uma evolu-

ção na qualidade dos serviços presta-

dos por veículos e agências. A relação

causa-consequência tem sido direta

e proporcional: empresas investem

mais, e melhor, logo exigem ótimos

produtos e resultados, e as agências

e veículos se esforçam para atender a

essas demandas.

É interessante ver o mercado

olhando para ele mesmo de forma

diferente, de maneira mais profissio-

nal. É gostoso ver que essa mudança

de comportamento tem avançado de

forma significativa e provocado tanta

agitação tanto por parte dos clientes

quanto por parte das agências e ve-

ículos.

Hoje, mesmo as micro e peque-

nas empresas entendem melhor o re-

O Vale mostra força e amadurecimento

Por Ednelson PradoProfessor da fatea

torno que podem obter se houver or-

ganização, planejamento e estratégia

em comunicação, e que esse setor é

forte aliado para o desenvolvimento

de qualquer empreendimento, em

qualquer área.

Diante disso, as perspectivas são

cada vez melhores, pois com recur-

sos circulando, trabalhos sendo feitos

e resultados sendo colhidos, temos

um ciclo que não se fecha, já que

com as conquistas, há mais investi-

mentos, o que provoca uma maior

concorrência e uma necessidade

crescente de aplicar mais verbas em

comunicação. E claro, as agências e

veículos agradecem, e também cor-

rem atrás para a evolução constante

de seus trabalhos, pois sabem que

não adianta apenas conquistar uma

conta, é necessário mantê-la, e a

única forma é satisfazê-la em suas

principais necessidades, entre elas

boas peças publicitárias e retorno do

investimento realizado. E quanto a

esse ponto, me parece que estamos

caminhando bem.

Prova disso são os prêmios rea-

lizados fora do Vale do Paraíba con-

quistados por agências regionais, por

conta das campanhas que têm reali-

zado.

Mas não é só na área de criação

que temos evoluído e conquistado

espaço. No setor de produção de

conteúdo também, tanto que a TV

Vanguarda é considerada uma das

melhores afiliadas da Rede Globo, em

todo o país; temos revistas de altíssi-

mo nível, como são os casos de publi-

cações como a Lettering e a Personi.

Claro que ainda há o que se bus-

car e conquistar. Por exemplo, ainda

carecemos de mais investimentos

nas chamadas mídias digitais, forte

aliada das empresas que entendem a

força do ambiente digital para o for-

talecimento de suas marcas. É algo

novo, em formação, mas que já me-

rece a atenção de todos.

Sendo assim, não há como negar

que temos uma comunicação forte

e em franco desenvolvimento por

aqui. E como dissemos, isso é fruto

do amadurecimento de clientes, ve-

ículos de comunicação e agências.

Fica claro, a cada instante, que não há

mais espaço para amadorismo, que

olhar apenas para o preço não é o

que importa. O importante é investir

em qualidade com consciência e sa-

bedoria. Parcerias cada vez mais só-

lidas estão sendo formadas porque o

mercado está entendendo essa nova

realidade. Mais que isso, está enten-

dendo que esse é um caminho sem

volta e que muito pode contribuir

para o desenvolvimento econômico

individual e de toda a região. O futuro

é mais que promissor, é real.

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Por Vanessa CamposeSCRIToRA E ILuSTRAdoRA. TEM

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