letramento midiÁtico: rádio

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DISCIPLINA: PRODUÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO EM AMBIENTES COLABORATIVOS Segundo semestre de 2014 LETRAMENTO MIDIÁTICO: Rádio DEPARTAMENTO: Organização e Tratamento da Informação Prof. Hercules Pimenta dos Santos Doutorando em Ciência da Informação ECI-UFMG [email protected]

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DISCIPLINA: Produção e organização da informação em ambientes colaborativos

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Page 1: LETRAMENTO MIDIÁTICO: Rádio

DISCIPLINA:PRODUÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO EM AMBIENTES COLABORATIVOS

Segundo semestre de 2014

LETRAMENTO MIDIÁTICO: Rádio

DEPARTAMENTO:

Organização e Tratamento da Informação Prof. Hercules Pimenta dos Santos

Doutorando em Ciência da Informação ECI-UFMG

[email protected]

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LETRAMENTO MIDIÁTICO

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LETRAMENTO MIDIÁTICO

• Nossas estruturas sociais são influenciadas por:

• A família, a igreja, a escola e a universidade: pressão no agir emsociedade,

• A grande mídia: “bombardeio” temático

• Temas abordados no dia a dia das pessoas,

• Suscitados por um monopólio de agências de notícias centralizadas,

• Necessário problematizar o tratamento ideológico que é dado aessas pautas.

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LETRAMENTO MIDIÁTICO

• Revolução contemporânea:

• Internet,

• Web,

• Web 2.0,

• Blogs,

• Redes Sociais,

• (...).

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LETRAMENTO MIDIÁTICO

• A escola deveria buscar desnaturalizar o discurso midiático:

• Estudantes: oportunidade de fazer uma leitura crítica da mídia ecompreender o seu discurso de forma sistematizada.

http://santoshercules.webnode.com.br/ >>>

HS

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LETRAMENTO MIDIÁTICO: RÁDIO

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LETRAMENTO MIDIÁTICO:RÁDIO

• Caminho direto: atividade de linguagem significativa de natureza midiática

• Produção de gêneros, quadros e programas radiofônicos

• Refletir sobre e entender os meandros desse discurso a partir dosseus bastidores,

• Contraponto ao discurso midiático convencional,

• Compreensão do ambiente discursivo midiático,

• Contribuindo para novos gêneros da mídia.

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LETRAMENTO MIDIÁTICO:RÁDIO

• Construção de uma mídia própria e adequada à sua comunidade

• Atividades significativas de linguagem, em que os sujeitos envolvidos em suaconstrução possam agir como atores capazes e responsáveis, decidindo comoe, sobretudo, o que querem comunicar:

• a pauta (os temas),

• os tipos de programas,

• os quadros,

• gêneros de texto,

• a linguagem.

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LETRAMENTO MIDIÁTICO:RÁDIO

• Na década de 1930, o dramaturgo alemão Bertolt Brecht, defendia a tese deque o rádio deveria ser um instrumento dialógico de comunicação:

• O rádio poderia ser uma tribuna para ampliar “vozes”,

• Um canal de interação, para que o ouvinte também pudesse se expressar,conectando-se ao mundo.

• Paulo Freire, nos anos 60: projeto de alfabetização de adultos denominadoMovimento de Educação de Base (MEB):

• Rádio como principal ferramenta,

• Educação promovida por meio de recursos radiofônicos cedidos peloGoverno Federal,

• Criar 15 mil radiopostos,

• Base no manifesto de 1930, pela Escola Nova, encabeçado por AnísioTeixeira, que já pensava associar a comunicação à educação (ALMEIDA,2004),

• Interrompido pelo golpe militar de 64.

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LETRAMENTO MIDIÁTICO:RÁDIO

• O modelo atual de concessão, permissão ou autorização para exploração deserviços de radiodifusão (rádio e TV): decretos-leis publicados no governoVargas.

• Dois decretos (20.047 e 21.111) regulamentaram a radiodifusão brasileirareferente às autorizações para exploração deste serviço até o início dos1960s.

• Decreto-Lei nº 20.047 (1931): serviços de radiodifusão de interessenacional. Era função exclusiva do Poder Executivo Federal regulamentar,autorizar e permitir seu funcionamento

• Levar informação, cultura e educação à sociedade.

• Decreto-Lei nº. 21.111 (1932): regulamentar especificamente o serviçode radiodifusão no Brasil juntamente ao decreto anterior.

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LETRAMENTO MIDIÁTICO:RÁDIO

• Legado do regime de exceção: o golpe de 1964

• Herança que até os dias de hoje se mostra decisiva em relação aos rumosda comunicação em nosso país:

• Decreto-Lei nº 236, de 1967, promoveu alterações no âmbito daradiodifusão, concentrando ainda mais a função de deliberar sobre asoutorgas nas mãos do poder executivo federal,

• Concentração das concessões de rádio e tevê nas mãos de políticoscorreligionários dos governos militares.

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LETRAMENTO MIDIÁTICO:RÁDIO

• Rádio comercial: protótipo estereotipado dessa mídia

• Demonstra uma cadeia de reducionismos conceituais:

• Apagamento dos demais tipos de rádio: comunitárias e educativas,

• Elege como rádio, exclusivamente, as emissoras comerciais,

• Restringe o conceito de rádio comercial (AM e FM) à rádio FM,

• Reduz o conceito de rádio FM à programação restrita a música.

<< Esportes

Religiosa >>

<< Noticiário >>

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LETRAMENTO MIDIÁTICO:RÁDIO

• Rádios comunitárias:

• Reconhecida legalmente em 1998, com a Lei nº 9.612.

• Concessões demandadas por entidades comunitárias, que não contam coma intermediação política: em torno de dez anos para serem aprovadas.

• Legislação excessivamente restritiva e punitiva: fora de sintonia com asdemandas democráticas das comunidades locais

• Proibições

• Publicidade comercial na programação,

• Atuar em rede:

• Exceção: situação de calamidade pública, guerras, epidemias ou emtransmissões obrigatórias dos poderes públicos,

• Potência dos transmissores limitada a 25 watts:

• sinal não pode ultrapassar raio de 1 quilômetro.

Restrições que não contemplamcomunidades em grandes centrosurbanos.

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LETRAMENTO MIDIÁTICO:RÁDIO

• Rádios educativas

• Menor tempo para concessão: instituições de educação, fundações,universidades ou órgãos ligados ao governo.

• Exclusivamente atender interesses de entidades dos setores da educação ecultura

• Características: cunho educacional e cultural

• Divulgação e promoção de:

• Atividades culturais,

• Eventos esportivos,

• Peças teatrais,

• Produções cinematográficas,

• Coberturas jornalísticas,

• Auxílio à população em geral.

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LETRAMENTO MIDIÁTICO:RÁDIO

• Web Rádios

• Serviço de transmissão de Web rádios não depende de autorização dopoder publico,

• Não se pode confundir o meio de transmissão, que independe de préviaautorização estatal, com o conteúdo das transmissões:

• Destaca-se, essencialmente, as músicas

• Critérios de utilização previstos em legislação diferenciada eespecífica que trata dos direitos autorais,

• Todo autor tem direito a anuência de determinadas quantias sobresuas obras veiculadas nos meios de comunicações disponíveis,

• Não é lícito, portanto, a pessoa física ou jurídica dispor e veicularmúsicas sem arrecadar as devidas quantias para o ECAD.

ECAD: Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, criadopela Lei Federal no 5.988/73, mantido sob à égide da Lei9.610/98, é o órgão autorizado a arrecadar valores pelasmúsicas transmitidas em rádios, televisão, shows etc.

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LETRAMENTO MIDIÁTICO:RÁDIO

• Elementos que permitem articular o rádio ao seu contexto e realidadesocial:

• Escolha do perfil editorial:

• Atribuição de papéis e responsabilidades aos sujeitos envolvidos naprodução,

• Procura de parcerias,

• Participação da comunidade,

• Necessidades infraestruturais,

• Aprimoramento gradativo.

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LETRAMENTO MIDIÁTICO:RÁDIO

• Elementos que permitem articular o rádio ao seu contexto e realidadesocial:

• Garantia da continuidade da produção dos programas:

• Variação do tipo de programa,

• Seleção e incremento de novos quadros,

• Escrita e reescrita,

• Apropriação de gêneros de texto genuinamente radiofônicos,

• Domínio do processo de gravação e transmissão (pronúncia, treino delocução, uso do microfone, controle dos aspectos técnicos etc.),

• Conteúdos e desenvolvimento de habilidades e competências,

• Estudo mais sistematizado de alguns gêneros de texto genuínos damídia:

• Notícia, reportagem, entrevista, artigo de opinião, debates, entreoutros.

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LETRAMENTO MIDIÁTICO:RÁDIO

• Sugestão de ações para conhecer e construir a ideia:

a) Análise de programas de rádio produzidos pela mídia convencional,

b) Escolha do tipo de programa e dos seus respectivos quadros,

c) Definição de funções nos programas: âncora, locutor, produtor,roteirista, editor, operador de áudio...,

d) elaboração de cronograma de trabalho,

e) produção escrita dos quadros e organização dos textos em papel,

f) Apropriação de gêneros textuais que circularão nos quadros,

g) Ensaio de locução,

h) Reunião de pauta,

i) Gravação de Piloto,

j) Análise do piloto,

k) Gravação final,

l) Visita a estúdio de rádio convencional,

m) Assistir a filmes/documentários sobre o tema.HS

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RÁDIO:LINGUAGENS E REGRAS

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RÁDIO:LINGUAGENS E REGRAS

• Em seus mais de 90 anos de existência no Brasil, o rádio passou por muitastransformações:

• Incorporações e inflexões

• Radionovelas, rádio Teatros, humorísticos,

• Repórter Esso,

• Programas de auditório, enfim, uma infinita variação da linguagem.

• Característica atuais:

• Popular,

• Neutra,

• Elitista,

• Alta ou baixa estimulação,

• Evangélica...

• Caberá ter a noção de como direcionar o texto para o público certo e de queforma esse texto deve ser escrito.

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• Linguagens e regras básicas

• Notícia: todo fato relevante que desperta interesse público (CAMPOS, 2003)

• É necessário saber levar essa mensagem ao público-alvo, no caso aqui, aoouvinte,

• Uma boa notícia deve ter começo, meio e fim,

• Poder de síntese: rádio e televisão.

• Base de uma notícia: responder, imediatamente, às questões clássicas

• O que aconteceu?

• Como aconteceu?

• Quando aconteceu?

• Onde aconteceu?

• Por que aconteceu?

• Dica: Geralmente notícias estão inseridas em noticiários e, por isso, devem ser curtas.

RÁDIO:LINGUAGENS E REGRAS

Page 22: LETRAMENTO MIDIÁTICO: Rádio

• Linguagens e regras básicas

• Simplicidade: um desafio para não comprometer qualidade e credibilidade

• Transmitir a notícia da forma mais simples, para que ela possa sercompreendida de imediato,

• As frases devem ser curtas,

• Evitar de erudição, gírias e regionalismos,

• Se o ouvinte não conseguir entendê-la, ele não terá uma segundaoportunidade imediata.

RÁDIO:LINGUAGENS E REGRAS

Page 23: LETRAMENTO MIDIÁTICO: Rádio

• Linguagens e regras básicas

• Clareza: não dar margem a dúvidas

• Não deixar perguntas sem respostas ou confundir o ouvinte,

• Equipe: passar absoluta credibilidade sobre o assunto, ter absoluto domíniosobre a informação transmitida,

• Se o jornalista não entender o que está transmitindo, o ouvinte nuncaentenderá,

• Em caso de dúvida, a matéria não deve entrar no ar.

• Atenção: clareza da voz, ao ritmo da locução e à entonação dada ao texto

• Falar rápido demais, atropelar as palavras ou exceder no volume: riscode perder a atenção do ouvinte

• Quando o ouvinte observa essas falhas, deixa de prestar atenção nanotícia.

RÁDIO:LINGUAGENS E REGRAS

Page 24: LETRAMENTO MIDIÁTICO: Rádio

• Linguagens e regras básicas

• Repetição de palavras: vício de linguagem

• Recorrer à riqueza do idioma: sinônimos e expressões equivalentes àusada,

• Não fazer uso de palavras pouco conhecidas: vale o bom-senso.

• EXEMPLOS:

• Medida, para não repetir iniciativa,

• Não chamar hospício de nosocômio (sin. Hospital).

• Concisão: fundamental em qualquer texto formal

• Eliminar o supérfluo para melhorar a compreensão por parte do ouvinte.

RÁDIO:LINGUAGENS E REGRAS

Page 25: LETRAMENTO MIDIÁTICO: Rádio

• Normas Práticas

• Disse: palavra mais usada em qualquer rádio

• Deve-se recorrer ao português para substituir a palavra por outras queexpressem a intenção de quem está falando.

• Melhores substitutos: “afirmou” e “declarou”.

• Cargos

• Sempre antes dos nomes,

• O cargo que dá importância ao nome que o ocupa.

• Em frases maiores, pode-se usar o recurso de escrever o cargo em umafrase e o nome da pessoa na seguinte:

• Exemplo: A secretária especial de Direitos Humanos saiu agora há poucodo Palácio do Planalto. Cristiane Alves foi pedir ao presidente AlexandreSantos uma definição sobre as atribuições da secretaria.

RÁDIO:LINGUAGENS E REGRAS

Page 26: LETRAMENTO MIDIÁTICO: Rádio

• Normas Práticas

• Nomes estrangeiros: noticiário internacional

• Em muitos casos, podem ser omitidos,

• Autoridades ou personagens que nada acrescentam à notícia

• Ao invés de citar o nome de um policial, encarregado de umadeterminada informação no Iraque, pode-se atribuir a informação àpolícia iraquiana.

• Ao divulgar um nome estrangeiro, deve-se grafá-lo corretamente no texto

• Mas, pode-se escrever o nome aportuguesado no material a serlido/consultado

• EXEMPLOS: o príncipe Charles (Tcharles), o rapper Jay Z (Djay Zi)

• Presente

• Prefira sempre o presente ou a forma composta do que o futuro.

• O Barcelona joga amanhã, ou vai jogar amanhã, é sempre melhor do quejogará amanhã.

RÁDIO:LINGUAGENS E REGRAS

Page 27: LETRAMENTO MIDIÁTICO: Rádio

• Normas Práticas

• Cifras: podem ser arredondadas

• EXEMPLO: um prêmio de loteria, de R$ 2.327.015,31, deve-se dizer que oapostador ganhou “pouco mais de dois milhões e 300 mil reais”.

• Números ordinais: até onde houver clareza

• Além do vigésimo, já fica complicado,

• EXEMPLO: Raquel Menezes é a número 235 da lista da Associação dosTenistas Profissionais. È mais fácil para o ouvinte localizar a posição, doque ouvir ducentésimo trigésimo quinto.

• Siglas: as de total domínio público, não precisam ser decodificadas

• Como Dersa, em São Paulo, e Cedae, no Rio,

• Mas, quando o repórter ou o âncora estiver em rede nacional, deve explicar

• EXEMPLOS: 1) “A Dersa, empresa que administra as principais rodovias de São Paulo”. 2) “A Cedae, empresa que cuida do abastecimento de água do Rio”.

RÁDIO:LINGUAGENS E REGRAS

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• Convenções

• Pontuação: imprescindível em rádio

• Amensagem será lida e interpretada,

• Fundamental para a compreensão do texto por parte do ouvinte,

• DICA: o redator deve ler seu texto em voz alta para avaliar se amensagem está sendo transmitida de forma correta.

• Decimais: sempre se escreve a palavra vírgula

• EXEMPLOS:

• Oito vírgula 3; 12 vírgula 7; quatorze virgula cinco, etc.

• No caso de 0,5, usamos a palavra meio: trinta e cinco e meio.

• Percentagem: o símbolo “%” é sempre escrito por extenso

• EXEMPLOS: 45 por cento; 93 vírgula 8 por cento; 5 e meio por cento.

• Horas: sempre usar a forma mais coloquial

• EXEMPLOS: Em vez de 23 horas e 30 minutos, 11 e meia da noite; Meio-dia, em vez de 12 horas. Meia-noite, em vez de 24 horas ou zero hora.

RÁDIO:LINGUAGENS E REGRAS

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• Edição de matérias

• Tempo: Um dos aspectos mais importantes do rádio

• A duração de cada matéria depende de sua importância e complexidade,

• Dificilmente o ouvinte mantém o mesmo nível de concentração quando umamatéria ultrapassa dois minutos de duração.

• O sucesso de uma matéria vai depender da sua importância e da forma dese transmitir as informações, nunca pelo tempo em que ficará no ar.

• Estrutura: no padrão, deve conter pelo menos uma sonora

• Transmite credibilidade, a certeza de que a emissora foi à fonte da notícia,

• É necessário obter harmonia entre o texto e a sonora.

• Cabeça: um resumo do que a matéria tem de melhor como notícia

• A cabeça serve de abertura da matéria ou entrevista.

RÁDIO:LINGUAGENS E REGRAS

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• Edição de matérias

• Passagem:

• Na passagem do texto para a sonora, evitar soluções preguiçosas:

• tipo: Fulano explica o que vai fazer.

• A passagem precisa ser suave, contendo sempre uma informação,

• Havendo qualquer problema com a sonora, isto não vai impedir que oouvinte receba a informação,

• Ainda, em sua forma, a matéria se torna muito mais elegante.

RÁDIO:LINGUAGENS E REGRAS

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• Entrevista: uma arte

• Entrevistar em áudio adquire uma importância ainda maior porque é capaz de passar o que o jornalismo impresso nem sempre consegue: a emoção,

• Dependerá, fundamentalmente, do nível das perguntas e de um bom roteiro elaborado pelo entrevistador.

• A seguir algumas dicas para uma boa entrevista:

• Ter começo, meio e fim. Planeje o tempo disponível, informe-se sobre o quevai perguntar. A falta de preparo pode dar ao entrevistado a chance detransformar a entrevista em palanque.

• A pergunta deve ter tamanho certo, suficiente para que o ouvinte entenda oassunto.

• Grande: acaba respondendo à própria pergunta,

• Pequena: o ouvinte pode não entender que assunto está sendo tratado.

• Pergunta-se o que se considera mais importante sobre o assunto.

RÁDIO:LINGUAGENS E REGRAS

Page 32: LETRAMENTO MIDIÁTICO: Rádio

• Entrevista: uma arte

• A entrevista não pode ser um bate-papo entre duas pessoas. O entrevistadoestá falando para o ouvinte e não para o jornalista,

• A entrevista não deve durar mais do que o necessário, deve-se centrar notema original,

• Os entrevistados devem ser tratados com respeito, mas sem formalismoscomo Vossa Excelência

• Doutor é título acadêmico, que vale para pessoas que tenham defendido tese de doutorado

• Os demais são senhoras, senhores, delegados, presidente, diretor etc.

• Pergunte ao entrevistado, antes da entrevista, a maneira correta de dizer onome dele.

• Ao longo da entrevista, deve-se repetir o nome do entrevistado, seu cargo efunção. A audiência do rádio é rotativa. Longos períodos sem a descriçãopodem não atrair o ouvinte.

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• Entrevista: uma arte

• Não interrompa o entrevistado sem que ele conclua o pensamento. Ainterrupção no meio da resposta desagrada o ouvinte e prejudica a ediçãoposterior do material.

• É preciso ficar atento para evitar que o entrevistado fuja da pergunta. Quandoesta não for respondida, deve-se insistir imediatamente. Em alguns casos, épreciso dizer firmemente que ele não respondeu ao que foi perguntado.

• Entrevistados lacônicos, que respondem apenas sim, não, talvez:

• Estimule-os, perguntando sempre por quê?

• Entrevista não é debate nem confronto de opiniões. Um “bate-boca” confundeo ouvinte.

• Não se pode aceitar perguntas previamente apresentadas pelo entrevistadoou por sua assessoria de imprensa

• Sugestões, pautas e conversas esclarecedoras são ideais.

RÁDIO:LINGUAGENS E REGRAS

HS

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ALMEIDA, A. A. Novos rumos do rádio educativo: uma proposta de educomunicação. TCC (Comunicação social – Habilitação emJornalismo) – Universidade de Caxias do Sul, 2004.

BALTAR, Marcos. Letramento radiofônico na escola. Linguagem em (Dis)curso – LemD, v. 8, n. 3, p. 563-580, set./dez. 2008.

BARBEIRO, Heródoto; LIMA, Paulo Rodolfo de. Manual do radiojornalismo. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

BARBOSA FILHO, A. Gêneros radiofônicos: os formatos e os programas em áudio. São Paulo, SP: Paulinas, 2003.

CAMPOS, Célio. Manual de Radiojornalismo. Secretaria Especial de Comunicação Social. CADERNOS DA COMUNICAÇÃO, SérieEstudos – Vol. 6 Maio de 2003.

FREDERICO, C. Brecht e a "Teoria do rádio". Estudos avançados, v. 21, n. 60, p. 217-226, 2007.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS