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Sugestões de Atividades decorrentes da Visita ao Festival Léo e Bia Faulkner dizia que “o passado não passa”. Realmente, o passado está no presente e sempre presente, para nos mostrar que os fatos não surgem do nada e tudo na verdade é uma grande cadeia. O passado justifica o presente e antevê o futuro. Olhando este grupo de jovens ensaiando num galpão, vemos que a cena pode estar acontecendo neste exato momento em qualquer lugar do mundo. O encontro cheio idealismo e alegria, as certezas e dúvidas que fazem parte do processo de descoberta e amadurecimento, estão em qualquer tempo e lugar. Quando se descobre o quanto a vida pode ser incoerente, com situações absolutamente inexplicáveis, todo o jovem sofre. Estas dores do crescimento e a forma como as encaramos fazem com que cada um se torne o que é, durante toda a vida. O contexto histórico e social da época do filme, há quarenta anos atrás, é um tempo de dor e delícia. Dor por estar sufocado, oprimido e desrespeitado pelo autoritarismo e delícia por viver em um tempo de paz e amor, onde os jovens de todo o mundo descobriam o amor livre e afirmavam em coro: - É proibido proibir! Nada era proibido às mentes criativas e as músicas, poemas, filmes e peças teatrais brotavam de todas as partes, movidas por uma força comum – a de crescer e melhorar o mundo. Foi uma época de sonhos, alguns frustrados outros não, que nos mostrou alguns caminhos, para o bem ou para o mal. Olhar tudo isso acontecendo e procurar os fios que se ligam ao presente é uma emocionante experiência. Observar semelhanças e diferenças, comparar situações e ver que nada mudou no sentimento das pessoas mesmo que tudo possa ter mudado na forma de viver, é uma preciosa oportunidade. Assim como a de constatar que, dos pensamentos idealistas de muitos jovens surgiram instituições civis que forçaram os governos a apurar a verdade e estabelecer a justiça. Vamos então ver Léo e Bia e com eles, assistir a esta grande aventura de crescer e ficar adulto, tentando construir uma sociedade mais justa e uma vida melhor.

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Sugestões de Atividades decorrentes da Visita ao

Festival

Léo e Bia

Faulkner dizia que “o passado não passa”. Realmente, o passado está no presente e sempre presente, para nos mostrar que os fatos não surgem do nada e tudo na verdade é uma grande cadeia. O passado justifica o presente e antevê o futuro. Olhando este grupo de jovens ensaiando num galpão, vemos que a cena pode estar acontecendo neste exato momento em qualquer lugar do mundo. O encontro cheio idealismo e alegria, as certezas e dúvidas que fazem parte do processo de descoberta e amadurecimento, estão em qualquer tempo e lugar. Quando se descobre o quanto a vida pode ser incoerente, com situações absolutamente inexplicáveis, todo o jovem sofre. Estas dores do crescimento e a forma como as encaramos fazem com que cada um se torne o que é, durante toda a vida.O contexto histórico e social da época do filme, há quarenta anos atrás, é um tempo de dor e delícia. Dor por estar sufocado, oprimido e desrespeitado pelo autoritarismo e delícia por viver em um tempo de paz e amor, onde os jovens de todo o mundo descobriam o amor livre e afirmavam em coro: - É proibido proibir!Nada era proibido às mentes criativas e as músicas, poemas, filmes e peças teatrais brotavam de todas as partes, movidas por uma força comum – a de crescer e melhorar o mundo.Foi uma época de sonhos, alguns frustrados outros não, que nos mostrou alguns caminhos, para o bem ou para o mal. Olhar tudo isso acontecendo e procurar os fios que se ligam ao presente é uma emocionante experiência. Observar semelhanças e diferenças, comparar situações e ver que nada mudou no sentimento das pessoas mesmo que tudo possa ter mudado na forma de viver, é uma preciosa oportunidade. Assim como a de constatar que, dos pensamentos idealistas de muitos jovens surgiram instituições civis que forçaram os governos a apurar a verdade e estabelecer a justiça. Vamos então ver Léo e Bia e com eles, assistir a esta grande aventura de crescer e ficar adulto, tentando construir uma sociedade mais justa e uma vida melhor.

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Brasília, 1973. No auge da ditadura militar, sete amigos, jovens como a cidade em que moram, sonham viver de teatro. Liderado pelo diretor Léo, o grupo leva adiante os ensaios de uma peça que tece comparações entre Jesus Cristo e o cangaceiro Lampião. Enquanto a repressão política rola solta na capital federal e a liberdade sexual ainda é tabu, a mãe de uma das jovens adoece. E em sua desvairada obsessão pela filha Bia, oprime-a cruelmente. Soma-se à atmosfera opressora, a aridez cultural de Brasília. A turma do Distrito Federal sonha romper com esta cotidiana asfixia.

A HISTÓRIA

Léo e Bia foi uma peça musical de sucesso, nos anos 80 e mais tarde transformada em filme por seu diretor e produtor.

O filme foi feito com recursos próprios, sem nenhum patrocínio.

Recebeu os prêmios de Melhor Trilha Sonora (Oswaldo Montenegro) e Melhor Atriz (Paloma Duarte), no Festival de Cinema Cine PE.

O filme tem muito de autobiográfico, já o compositor e cantor Oswaldo Montenegro teve bastante envolvimento com grupos de teatro no início da década de 1970 em Brasília.

Personagens reais foram unidos em apenas um, outros foram inventados e outros tiveram as características transpostas. A personagem Marina é baseada em Madalena Salles, flautista que acompanha o músico há 35 anos.

AS filmagens foram feitas em um único cenário: a sala de ensaios de um grupo de jovens atores.

Oswaldo Montenegro, diretor e roteirista do filme, também se dedica à criação de trilhas sonoras para apresentações de balé.

O artista incentiva novos talentos, promovendo concursos. Além de um concurso de clipes está lançando o “Prêmio Ana Botafogo de Dança”, outro concurso na Internet, que visa dar oportunidade e visibilidade a talentos da dança, de qualquer estilo.

CURIOSIDADES

Quem aparece no filme.Como são os personagens.Onde ele é passado. Por que tudo aconteceu.Se isso poderia acontecer na vida real.Como o filme foi feito.

O QUE DEVE SER OBSERVADO

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Antes de Assistir:

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As atividades sugeridas oferecem a possibilidade de integração com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ministério da Educação.No caso deste filme, consideramos os seguintes objetivos relevantes e pertinentes:

Língua Portuguesa:As atividades sugeridas oferecem a possibilidade de integração com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ministério da Educação.No caso deste filme, consideramos os seguintes objetivos relevantes e pertinentes:

Linguagens e CódigosLíngua PortuguesaRepresentação e comunicação

• Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.

• Utilizar-se das linguagens como meio de expressão, informação e comunicação, em situações intersubjetivas, que exijam graus de distanciamento e reflexão sobre os contextos e estatutos dos interlocutores; e colocar-se como protagonista no processo de produção/ recepção.

• Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização de mundo e da própria identidade.

• Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para a sua vida.

Investigação e compreensão

• Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a

ENSINO FUNDAMENTAL1º e 2º CICLOOBJETIVOS RELACIONADOS

natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção/ recepção (intenção, época, local, interlocutores participantes da criação e propagação de ideias e escolhas, tecnologias disponíveis etc.).

• Articular as redes de diferenças e semelhanças entre as linguagens e seus códigos.

Contextualização sócio-cultural

• Considerar a linguagem e suas manifestações como fontes de legitimação de acordos e condutas sociais, e sua representação simbólica como forma de expressão de sentidos, emoções e experiências do ser humano na vida social.

• Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de: organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.

• Respeitar e preservar as manifestações da linguagem, utilizadas por diferentes grupos sociais, em suas esferas de socialização; usufruir do patrimônio nacional e internacional, com as suas diferentes visões de mundo; e construir categorias de diferenciação, apreciação e criação.

ArteRepresentação e comunicação

• Realizar produções artísticas, individuais e/ou coletivas, nas linguagens da arte (música, artes visuais, dança, teatro, artes audiovisuais).

• Apreciar produtos de arte, em suas várias linguagens, desenvolvendo tanto a fruição quanto a análise estética.

Investigação e compreensão

• Analisar, refletir e compreender os diferentes

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processos da Arte, com seus diferentes instrumentos de ordem material e ideal, como manifestações sócio-culturais e históricas.

• Conhecer, analisar, refletir e compreender critérios culturalmente construídos e embasados em conhecimentos afins, de caráter filosófico, histórico, sociológico, antropológico, semiótico, científico e tecnológico, entre outros.

Contextualização sócio-cultural

• Analisar, refletir, respeitar e preservar as diversas manifestações de Arte – em suas múltiplas funções – utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos, interagindo com o patrimônio nacional e internacional, que se deve conhecer e compreender em sua dimensão sócio-histórica.

Ciências da Natureza e MatemáticaBiologiaInvestigação e compreensão

• Relacionar fenômenos, fatos, processos e ideias em Biologia, elaborando conceitos, identificando regularidades e diferenças, construindo generalizações.

• Selecionar e utilizar metodologias científicas adequadas para a resolução de problemas, fazendo uso, quando for o caso, de tratamento estatístico na análise de dados coletados.

• Utilizar noções e conceitos da Biologia em novas situações de aprendizado (existencial ou escolar).

• Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento de fatos ou processos biológicos (lógica externa).

Contextualização sócio-cultural

• Reconhecer a Biologia como um fazer humano e, portanto, histórico, fruto da conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos.

• Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos do senso comum relacionados a aspectos biológicos.

MatemáticaContextualização sócio-cultural

• Desenvolver a capacidade de utilizar a Matemática na interpretação e intervenção no real.

• Aplicar conhecimentos e métodos matemáticos em situações reais, em especial em outras áreas do conhecimento.

Ciências HumanasHistóriaRepresentação e comunicação

• Produzir textos analíticos e interpretativos sobre os processos históricos, a partir das categorias e procedimentos próprios do discurso historiográfico.

Investigação e compreensão

• Estabelecer relações entre continuidade/ permanência e ruptura/ transformação nos processos históricos.

• Construir a identidade pessoal e social na dimensão histórica, a partir do reconhecimento do papel do indivíduo nos processos históricos simultaneamente como sujeito e como produto dos mesmos.

• Atuar sobre os processos de construção da memória social, partindo da crítica dos diversos “lugares de memória” socialmente instituídos.

Contextualização sócio-cultural

• Situar as diversas produções da cultura – as linguagens, as artes, a filosofia, a religião, as ciências, as tecnologias e outras manifestações sociais – nos contextos históricos de sua constituição e significação.

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• Situar os momentos históricos nos diversos ritmos da duração e nas relações de sucessão e/ ou de simultaneidade.

• Comparar problemáticas atuais e de outros momentos históricos.

• Posicionar-se diante de fatos presentes a partir da interpretação de suas relações com o passado.

Sociologia, Antropologia e PolíticaRepresentação e comunicação

• Identificar, analisar e comparar os diferentes discursos sobre a realidade: as explicações das Ciências Sociais, amparadas nos vários paradigmas teóricos, e as do senso comum.

• Produzir novos discursos sobre as diferentes realidades sociais, a partir das observações e reflexões realizadas.

FilosofiaRepresentação e comunicação

• Ler textos filosóficos de modo significativo.

• Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros.

• Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo.

• Debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente e mudando de posição face a argumentos mais consistentes.

Investigação e compreensão

• Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos discursivos nas Ciências Naturais e Humanas, nas Artes e em outras produções culturais.

Contextualização sócio-cultural

• Contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem específica,

quanto em outros planos: o pessoal-biográfico; o entorno sócio-político, histórico e cultural; o horizonte da sociedade científico-tecnológica.

1Faça perguntas para medir a compreensão:

– O que acharam do filme?– O que mais gostaram?– E o que não gostaram?– Quem é o personagem protagonista do filme?– Quem mais aparece no filme?– Qual o personagem favorito? Por quê?– Como acha que o filme foi feito?

ATIVIDADES

2Arte – Língua PortuguesaAssista o trailer com seus alunos e peça que comentem as cenas exibidas.www.youtube.com/watch?v=ROHFZBbfu9w

3Arte - Língua PortuguesaOfereça um perfil dos personagens. Depois, pergunte com quem houve uma identificação e o porquê.

 

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4Biologia – Matemática – História - Sociologia, Antropologia e Política

Quem é quem em Léo e Bia:Cachorrinha - feliz, animada, carinhosa, infantil, surpreendente, queria ser hippie, mas com muito conforto.Cabelo – lindo, sofisticado, homossexual, morador do Guará, super esforçado, pobre, culto, elegante, poliglota, chique e fanático por Paris. Leo – líder, instigador, criativo, crítico e apaixonado por Bia.Brook – rico, boa gente e namorado da Cachorrinha.Bia – submissa, contida, sensível, emocionalmente frágil.Marina - otimista, equilibrada, solidária, racional e apaixonada pelo Brasil.

No início do filme, os personagens aparecem deitados em círculo e passando uns para os outros, um cigarro de maconha. O clima é de descontração e de muito bom humor, são amigos e levam o momento na brincadeira.Sugira uma discussão sobre essa cena e os rumos que o consumo de drogas tomou da época do filme até os dias de hoje e suas consequências sociais. Oriente cada grupo na construção de uma tabela em que possam comparar os efeitos fisiológicos, psicológicos e sociais das drogas.

 Drogas ilícitas

Droga ilícita é toda e qualquer substância química proibida por lei. Note-se que algumas drogas, ilícitas em determinados países (como o álcool em determinados estados

muçulmanos) são permitidas e de uso corrente em países onde o seu uso é aceito culturalmente.No uso corrente, trata-se de substância psicoativa produzida, vendida ou usada fora dos canais sancionados legalmente, porém qualquer outra substância, se produzida ou comercializada ilegalmente, é ilícita. Historicamente, houve vários momentos em que drogas atualmente ilícitas serviram como arma de dominação. Os melhores exemplos históricos são dados pelo colonialismo e pelo imperialismo. No século XIX, diante da resistência da China ao domínio ocidental, a Inglaterra estimulou o consumo de ópio entre os chineses, chegando a guerrear contra o governo desse país (Guerra do Ópio) por causa da proibição do comércio da droga. O álcool, cujo consumo é lícito no Ocidente, também foi usado pelos conquistadores europeus nas Américas, do século XV até o século XIX), para enfraquecer e dominar os povos nativos.

No Brasil

O Brasil tem adotado uma política de controle e combate ao tráfico de drogas baseada no repressão à produção não autorizada e ao tráfico, dentro das fronteiras nacionais, além atuar em cooperação com outros países, para intercâmbio de informações sobre a produção e delitos conexos (especialmente o tráfico de armas, a lavagem de dinheiro)Os críticos dessa abordagem argumentam que a proibição do uso de substâncias psicoativas baseia-se principalmente em padrões culturais e morais, ainda que o argumento invocado seja o mal produzido pelo uso de determinadas substâncias. Ademais, a chamada guerra às drogas, convocada e liderada no mundo pelo governo dos Estados Unidos, tem sido considerada como perdida por diversas autoridades, já que muitos traficantes têm sido mortos e presos sem que isso contenha a ampliação do acesso e do uso das drogas ilícitas.O Brasil é signatário dos tratados mais relevantes relacionados ao controle de drogas e, em maio de 1995, foi eleito para a Comissão de Entorpecentes das Nações Unidas. Da mesma forma, em nível regional, o País tem participado ativamente do trabalho

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da Comissão Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas da Organização dos Estados Americanos (OEA).No plano bilateral, o Brasil é signatário de vários acordos de cooperação para a prevenção do uso abusivo, para a reabilitação e para a troca de informações sobre legislação e jurisprudência nacional. Tais acordos marcam o início de uma nova etapa na cooperação bilateral em matéria de entorpecentes, ao trazerem para os esforços conjuntos uma visão compartilhada sobre os desafios a serem enfrentados. O país também desenvolveu uma série de programas bilaterais visando combater o narcotráfico ao longo das fronteiras e vem tomando medidas para atualizar e melhorar sua legislação, visando reduzir a demanda por narcóticos.A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD) é o órgão do Governo Federal encarregado de planejar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades de prevenção e repressão ao tráfico ilícito, uso indevido e produção não autorizada de entorpecentes, bem como as atividades de recuperação de dependentes.A aprovação e supervisão da Política Nacional Antidrogas, proposta pela SENAD, é feita pelo Conselho Nacional Antidrogas (CONAD), órgão colegiado que reúne representantes das diversas instâncias da Administração Federal envolvidas na questão.Dando continuidade aos compromissos assumidos no âmbito das Nações Unidas, com a assinatura da Convenção contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e de Substâncias Psicotrópicas, celebrada em Viena, em 1988, o governo brasileiro aprovou, em março de 1998, a Lei nº 9.613, que dispõe sobre o crime de “lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores” e cria o Conselho de Controle de Atividades Financeiras.O principal objetivo do COAF é coordenar esforços governamentais com vistas ao combate a um dos principais delitos conexos com o narcotráfico: a lavagem de dinheiro. O trabalho do COAF está em consonância com as orientações que vêm sendo adotadas internacionalmente, pelos organismos envolvidos no combate à lavagem de dinheiro, como o Grupo de Ação Financeira / Financial Action Task Force (GAFi/FATF) entidade vinculada à OCDE que estabelece padrões internacionais para o combate a esse tipo

de delito vinculado ao narcotráfico. O Brasil participa do GAFi/FAFT.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Drogas_il%C3%ADcitas

5Língua Portuguesa – História - Sociologia, Antropologia e Política - FilosofiaAinda em relação ao tema, distribua o texto abaixo e use-o como ponto de partida para uma grande discussão a respeito da legalização da maconha. O debate pode ser enriquecido com os links abaixo. Você pode realizar uma pesquisa de opinião seguida de um júri simulado.

Ofereça mais dados para discussão exibindo os vídeos abaixo.

Cortina de Fumaça

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=2GbqujLL5Ek Filme completo: http://www.youtube.com/watch?v=L44QDZjKNzY

Quebrando o Tabu

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=Hz0EWwC-hugFilme completo: http://www.youtube.com/watch?v=XABODnPpeO8

Na véspera do jogo Brasil x Holanda na Copa do Mundo deste ano, o neurocientista carioca Stevens Rehen, um dos mais respeitados pesquisadores brasileiros de células-tronco, recebeu um telefonema do irmão. Do outro lado da linha estava o músico e antropólogo Lucas Kastrup Rehen, baterista da banda de reggae carioca Ponto de Equilíbrio. Contava que o guitarrista do grupo, Pedro Caetano, 29 anos, havia sido preso por cultivar dez pés de maconha em casa. Adepto da religião rastafári, seita de origem jamaicana que faz uso da droga em seus rituais, Pedro fora enquadrado como traficante por causa da ambiguidade da lei 11.343, de 2006, que não

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determina a quantidade exata de droga que separa usuários e fornecedores. E por isso ficou 14 dias na cadeia. A história teria sido mais uma nas páginas de jornal se não tivesse esquentado uma discussão que começava no meio científico, sobre a legalização da maconha no Brasil. O tema veio à baila diversas vezes desde que a Organização das Nações Unidas (ONU), em 1961, aconselhou todos os países signatários a proibi-la. A diferença é que, desta vez, os debatedores foram inéditos.Em vez de políticos ou artistas com ideais liberais, quem levantou a bandeira da legalização foram quatro dos cientistas mais respeitados do Brasil: Stevens Rehen é diretor adjunto de pesquisa do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); João Menezes, neurocientista com Ph.D. no Massachusetts General Hospital e na Harvard Medical School, nos Estados Unidos, além de professor da UFRJ; Cecília Hedin, neurocientista e doutora em biofísica, divide com Menezes a direção do Laboratório de Neuroanatomia Celular do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ; e Sidarta Ribeiro, Ph.D. em neurociências pela Universidade Duke, nos Estados Unidos, é chefe do laboratório do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A questão levantada pelos cientistas se resume em três pontos. No primeiro, argumentam que o que é proibido não pode ser regulamentado. A maconha vendida no mercado ilegal é mais nociva para a saúde de quem consome, uma vez que a erva pode ser misturada com outras substâncias mais pesadas, como o crack. O segundo ponto é o de que a Cannabis sativa (nome científico da maconha) pode ser usada como remédio no tratamento de diversas doenças. O terceiro, e principal ponto da argumentação, diz que a droga faz mal ao corpo — mas não tanto quanto já se pensou — e que esse problema é bem menor quando comparado aos males que seu comércio ilegal causa à sociedade. “Precisamos discutir o que é ‘menos prejudicial’: os efeitos da maconha no indivíduo ou a violência associada ao tráfico”, diz Rehen. Com esses argumentos na cabeça, os quatro neurocientistas publicaram no jornal Folha de

S. Paulo, em julho, uma carta que criticava a prisão de Pedro Caetano. Diziam que a política de proibição da maconha é mais danosa do que seu consumo. Causaram polêmica. E inauguraram um debate incitado pela troca de artigos (ao todo quatro, dois a favor e dois contra, até o fechamento desta edição) a respeito da legalização da maconha, publicados no mesmo jornal. A discussão foi adiante e chegou-se ao ponto de questionar se esses profissionais deveriam marcar posição em questões sociais. “É comum o cientista achar que não é seu papel participar desses debates, sem perceber que sua disciplina é, muitas vezes, utilizada para justificar políticas públicas”, afirma Menezes. “Muitos se julgam neutros, mas raramente um de nós de fato é”

http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI173688-17773,00-MACONHA+A+CIENCIA+DA+LEGALIZACAO+TRECHO.html

6Língua Portuguesa – História - Sociologia, Antropologia e Política - Filosofia

O filme se passa em uma de época de repressão, no auge da ditadura militar. O teatro é o canal encontrado pelos jovens para abordar assuntos como: ditadura, preconceito, privacidade, homossexualidade, gravidez e liberdade. Divida a turma em grupos e peça que façam uma pesquisa comparando as abordagens atuais desses temas e de outros que considerar importantes, com as da época (1973).

Como era em 73:

Como é atualmente:

DitaduraPreconceitoPrivacidadeHomossexualidadeGravidezLiberdade

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7Língua Portuguesa – História - Sociologia, Antropologia e Política - Filosofia

Nem toda conclusão é definitiva. Ao longo do tempo surgem novas perguntas e novas respostas que nos levam a novas conclusões. Atualmente estamos acompanhando na mídia a demanda pela verdade, pela reconstrução da memória e pela justiça em relação aos fatos ocorridos durante a ditadura militar. O que vocês sabem sobre os avanços nesse assunto e quais os grupos envolvidos em buscar essa verdade? Pesquise e escreva a respeito.

Grupo Tortura Nunca Mais

O Grupo Tortura Nunca Mais/ RJ (GTNM/RJ) foi fundado em 1985 por iniciativa de ex-presos políticos que viveram situações de tortura durante o regime militar e por familiares de mortos e desaparecidos políticos e tornou-se, através das lutas em defesa dos direitos humanos de que tem participado e desenvolvido, uma referência importante no cenário nacional. Considerando que o regime ditatorial contribuiu decisivamente para o esgarçamento e a deterioração de valores éticos, o GTNM/RJ constituiu-se em torno do resgate de valores, da dignidade, da defesa e dos direitos da cidadania. Desta maneira, tem assumido um claro compromisso na luta pelos direitos humanos, pelo esclarecimento das circunstâncias de morte e desaparecimento de militantes políticos, pelo resgate da memória histórica, pelo afastamento imediato de cargos públicos das pessoas envolvidas com a tortura, pela formação de uma consciência ética, convicto de que estas são condições indispensáveis na luta hoje contra a impunidade e pela justiça.Algumas conquistas, ao longo destes mais de quatorze anos, têm sido alcançadas: torturadores foram afastados de cargos públicos, profissionais de saúde nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo que colaboraram com práticas de tortura, como

médicos que emitiram laudos falsos, tiveram seus registros cassados e foram impedidos de exercer suas atividades profissionais.Sistematicamente a entidade tem denunciado antigos e novos casos de tortura, exigindo punição para aqueles que violam os direitos humanos, através de notas na mídia, entrevistas, atos públicos, seminários e outras atividades.Na linha de valorização das experiências de luta, o GTNM/RJ tem sensibilizado governos e comunidades ao homenagear pessoas mortas sob tortura e desaparecidos políticos através da inauguração de ruas e escolas públicas com seus nomes. Promove anualmente, há doze anos, a cerimonia de entrega da Medalha Chico Mendes de Resistência homenageando pessoas e entidades que se destacaram na luta em prol dos direitos humanos no Brasil e no exterior.Na perspectiva de formação de uma consciência crítica de defesa intransigente dos direitos humanos, o GTNM/RJ tem participado de encontros nacionais e internacionais junto a estudantes, trabalhadores, profissionais de saúde e de educação, apontando sempre em direção à construção de uma rede social que contribua para romper definitivamente com as práticas de violência e impunidade. O GTNM/RJ promove encontros semanais em sua sede, possuindo cerca de 100 membros filiados e mantém uma publicação trimestral regular, o Jornal do GTNM/RJ.Os principais objetivos da entidade são:- lutar contra toda e qualquer violação dos direitos humanos- dar apoio e solidariedade às pessoas que lutam pela causa dos direitos humanos no mundo- intercambiar experiências e informações com entidades de direitos humanos nacionais e internacionais- dar assistência – reabilitação física e psicológica – a pessoas atingidas pela violência organizada- trazer a história de nosso país durante o período de ditadura, esclarecendo as circunstâncias das prisões, torturas, mortes e desaparecimentos ocorridos naquele período.O GTNM/RJ tem assumido cada vez mais um papel importante na sociedade, devido à sua ação permanente em defesa dos direitos humanos. A edição de 1997 do Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro do Centro de

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Pesquisa e Documentação e da Fundação Getúlio Vargas traz um verbete sobre a entidade.Presente na imprensa em entrevistas e declarações, apoiando entidades de defesa dos direitos de cidadania, promovendo eventos sobre a história recente de nosso país, participando de simpósios e congressos de direitos humanos, o GTNM/RJ tem conquistado reconhecimento e solidariedade de um número cada vez maior de pessoas, grupos e organizações nacionais e internacionais. É filiado ao SOS Torture (Genebra), à FEDEFAN - Latin America Federation of Arrested and Disappeared People Relatives – (Caracas, Venezuela) e à Sociedade Internacional para Saúde e Direitos Humanos - International Society for Health and Human Rights e à Red Latinoamericana y del Caribe de Instituciones de la Salud contra la Tortura, la Impunidad y otras Violaciones a los Derechos Humanos do IRCT (Conselho Internacional de Reabilitação de Vítimas de Torturas - Dinamarca). Assim, as ações do GTNM/RJ têm se apoiado na premissa de que, com a apropriação de nossa história recente, estaremos mais capacitados para fazer frente às práticas de violações de direitos humanos que se apresentam na atualidade do panorama nacional, como efeitos da impunidade. Essas ações têm como imperativo ético denunciar o que ocorreu nas prisões durante a ditadura militar e o que ocorre na atualidade, como consequência da preservação dos métodos e das práticas autoritárias e arbitrárias, para que, algum dia, todos possamos dizer “Nunca Mais” à tortura e à impunidade.http://www.torturanuncamais-rj.org.br/

O Coletivo RJ Memória, Verdade e Justiça

O Coletivo RJ Memória, Verdade e Justiça é um espaço do qual participam diferentes entidades, movimentos e pessoas. Tem como proposição desenvolver atividades/ ações relacionadas ao campo da Memória, Verdade e Justiça, tendo como diretrizes norteadoras as seguintes reivindicações:- Por uma Comissão da Verdade soberana e independente; - Pelo cumprimento da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre a Guerrilha do Araguaia;

- Pela abertura de todos os documentos privados e públicos da época compreendida entre 1964/1988;- Em defesa da memória dos lutadores e lutadoras da resistência à ditadura civil-militar. Para entrar em contato, basta enviar um mail para [email protected]://coletivorj.blogspot.com.br/

Forum de Reparação e Memória

O QUE É O FORUM DE REPARAÇÃO e MEMÓRIA. Um coletivo aberto a todos os interessados na luta pelos Direitos Humanos, especialmente o de pessoas atingidas por violência de agentes do Estado do Rio de Janeiro em decorrência de ações motivadas por ideias políticas no período da ditadura militar entre 1964 e 1985.

http://forumrepararmemoria.blogspot.com.br/

Comissão da Verdade – iniciativa do governo

 Dilma Rousseff durante cerimônia de Instalação da Comissão da Verdade: a Comissão Nacional da Verdade foi instalada em 16 de março de 2012

Brasília - Representantes dos comitês estaduais, formados por organizações da sociedade civil, sobre mortos e desaparecidos durante a ditadura militar fizeram hoje (30) reivindicações aos integrantes da Comissão Nacional da Verdade pedindo a abertura das audiências da comissão, agilidade nos trabalhos, investigação dos abusos cometidos contra índios durante a ditadura e a divulgação do orçamento da comissão.“Queremos o impossível”, disse a representante do Comitê pela Verdade, Memória e Justiça do Distrito Federal, Iara Xavier, ao falar sobre a expectativa em relação ao trabalho da Comissão da Verdade. “A comissão tem que partir do que já está feito e avançar, tem que exigir a abertura de todos os arquivos ainda não abertos, as audiências tem que ser públicas, a comissão deve ter um mecanismo ágil para receber as denúncias e

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processar estes documentos”, completou.Integrante do Fórum Memória e Verdade do Espírito Santo, Francisco Celso Calmon, manifestou a preocupação de que o relatório final da comissão passe a integrar apenas o “arquivo morto” do país. “Nos preocupamos que o resultado do relatório não sirva ao arquivo morto da nação, mas que seja um relatório vivo para que se criminalize os que cometeram crimes contra a humanidade.”O período de dois anos previsto para a conclusão dos trabalhos da comissão fez o representante do Comitê Santa-Mariense de Direito à Memória e à Verdade, de Santa Maria (RS), Diego Oliveira, pedir a dedicação exclusiva dos titulares do órgão. “O efetivo reduzido [prazo] da comissão seria compensado com a dedicação exclusiva”. Ele disse também considerar que falta autonomia orçamentária da comissão, que é vinculada à Casa Civil, e pediu a divulgação do valor previsto para a execução dos trabalhos.Após ouvir as considerações, o coordenador da Comissão da Verdade, Gilson Dipp, disse que a exposição das demandas é importante para fazer avançar o trabalho e unir esforços. “Temos essa demanda natural, muitas vezes até reprimida, mas o importante é que vamos trabalhar em apoio e sintonia com todos os comitês estaduais para que eles possam realizar algumas das tarefas nos estados para que possamos fazer a triagem”, disse Dipp.Alguns dos representantes dos comitês estaduais colocaram à disposição da Comissão da Verdade documentos relativos à ditadura militar e também para tomar depoimentos de presos e perseguidos políticos. Houve ainda quem manifestou preocupação com a segurança dos arquivos armazenados nos estados em função do início das investigações. A reunião, proposta pela Comissão da Verdade, reuniu representantes de cerca de 40 comitês de todo o país.A Comissão Nacional da Verdade foi instalada em 16 de março de 2012, com prazo de dois anos para apurar violações aos direitos humanos ocorridas no período entre 1946 e 1988, que inclui a ditadura militar (1964-1985).http://exame.abril.com.br/brasil/politica/noticias/sociedade-civil-pede-transparencia-na-comissao-da-verdade

8Encrenca adora fazer citações. Paul Valéry é seu autor favorito. Mas as frases citadas serão realmente deste autor? Apresente algumas, para que eles confirmem a autoria.- “Quem não pode atacar o argumento ataca o argumentador.”- “A elegância é a arte de não se fazer notar aliada ao cuidado sutil de deixar-se distinguir.”- “Se tudo fosse claro, tudo nos pareceria inútil.”

 Paul Valéry

Ambroise-Paul-Toussaint-Jules Valéry (Sète, 30 de outubro de 1871 — Paris, 20 de julho de 1945) foi um filósofo, escritor e poeta francês da escola simbolista cujos escritos incluem interesses em matemática, filosofia e música.Realizou os estudos secundários em Montpellier e iniciou sua carreira em Direito em 1889. Na mesma época publicou seus primeiros versos, fortemente influenciados pela estética da literatura simbolista dominante na época. Em 1894 se instalou em Paris, onde trabalhou como redator no Ministério de Guerra. Depois da Primeira Guerra Mundial se dedicou inteiramente à literatura e foi aceito pela Academia Francesa em 1925.Sua obra poética foi influenciada por Stéphane Mallarmé, que consequentemente influenciou outro francês, Jean-Paul Sartre.

9Língua Portuguesa - Sociologia, Antropologia e Política

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Cabelo nasceu no Guará, uma “cidade-satélite” de Brasília. Era pobre, muitas vezes não tinha dinheiro para a passagem.Sugira que seus alunos definam o termo “cidade-satélite” e o justifiquem.

Cidade-satélite é uma designação usada para se referir a centros urbanos surgidos nos arredores de uma grande cidade, tipicamente para trazer algum benefício a cidade núcleo da região.Cidades-satélites não devem ser confundidas com subúrbios de grandes cidades, pois diferem explicitamente.Um resumo da definição “cidade-satélite” pode ser o seguinte: as cidades-satélites são centros urbanos construídos para trazer algum benefício sócioeconômico para a região onde se encontram. Um centro urbano, por exemplo, que foi construído para abrigar trabalhadores de industrias importantes para o desenvolvimento do lugar pode ser chamado de cidade-satélite.No Brasil, este termo foi proibido pelo decreto nº 19.040, de 18 de fevereiro de 1998, que proíbe a utilização do termo satélite se referindo as cidades situadas na região do Distrito Federal (atualmente as antigas “cidades-satélites” do Distrito Federal são denominadas de “regiões administrativas”). A atual região administrativa de Brasília nunca recebeu essa designação, assim como as regiões do Lago Sul e do Lago Norte raramente eram chamadas de cidades-satélites, muito embora fossem.Tal denominação é oportuna, pois no resto do país os conceitos de município e cidade confundem-se, correspondendo para cada cidade um município. Desse modo, o termo cidade-satélite é inequívoco, já que uma região administrativa não se refere a um município, o que poderia ser presumido se fosse chamada apenas de cidade. De fato, as cidades-satélites eram meras divisões administrativas do Distrito Federal, tendo em vista a divisão do Distrito Federal em municípios ser vedada pelo Art. 32 da Constituição Federal de 1988. Por esse motivo, no Distrito Federal não há eleições para Prefeitos ou Vereadores, entretanto, cada atual Região Administrativa é comandada por um Administrador Regional, que até o ano de 2002 era indicado pelo Governador do Distrito Federal. Entretanto, por determinação

do Governador, para o exercício de 2003, os Administradores Regionais passaram a ser indicados pela população local de cada Região Administrativa, através de um processo seletivo dos candidatos indicados pelas entidades representativas dos diversos segmentos da sociedade.http://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade-sat%C3%A9lite

10Língua Portuguesa - Sociologia, Antropologia e Política

A descrição do personagem Cabelo serve para muitos brasileiros em diferentes lugares do Brasil. Solicite uma pesquisa sobre a periferia da cidade onde seus alunos residem, como está constituída e quais suas principais características.

11Língua Portuguesa – História - Sociologia, Antropologia e Política

“Lúcio Costa e Niemeyer resolveram o problema da pobreza no plano piloto varrendo todos os pobres para as cidades satélites.” Quem são as pessoas citadas acima? Com base no contexto, justifique o uso da palavra em negrito.

LUCIO COSTA27/2/1902, Toulon, França13/7/1998, Rio de Janeiro

Em 1957, Costa venceu o concurso nacional para a elaboração do Plano-Piloto de Brasília

Em 1957, Costa venceu o concurso nacional para a elaboração do Plano-Piloto de Brasília

Em quase sete décadas de trabalho, Lucio Costa, dos maiores arquitetos brasileiros, forjou um legado de modéstia e inteligência, precisão e talento. Brasília, sua obra mais conhecida, foi concebida com estas quatro escalas: monumental, residencial, gregária e

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bucólica.Filho de brasileiros em serviço no exterior, ele nasceu na França. Devido às atividades do pai (o almirante Joaquim Ribeiro da Costa), estudou em Newcastle (Inglaterra) e Montreux (Suíça).Em 1917, voltou para o Brasil. Estudou pintura e arquitetura na Escola Nacional de Belas-Artes, formando-se em 1924 e sendo nomeado diretor da mesma instituição em 1930.O arquiteto casou-se com Julieta Guimarães em 1928 (ela morreria num acidente automobilístico sofrido pelo casal em 1954).Em 1936, Lucio Costa convidou o arquiteto suíço Le Corbusier para vir avaliar o projeto do edifício-sede do Ministério da Educação, no Rio de Janeiro. Em 1938, projetou (ao lado de Oscar Niemeyer) o pavilhão brasileiro da Feira Universal de Nova York.Em 1957, venceu o concurso nacional para a elaboração do Plano-Piloto de Brasília, o que o tornou conhecido no mundo inteiro. Passou então a receber convites para projetar diversos planos urbanísticos.Em 1960, recebeu o título de professor “honoris causa” da Harvard University (EUA). Quatro anos depois, foi convidado a integrar a equipe de reconstrução da cidade de Florença, atingida por uma inundação.Lucio Costa escreveu os livros “Documentação Necessária”, “Notas Sobre a Evolução do Mobiliário Luso-Brasileiro” e “Arquitetura Jesuítica no Brasil”.Pela obra de toda uma vida, recebeu diversas honrarias, entre os quais a Legião de Honra (França) e o Prêmio Calouste Gulbenkian (Portugal). Morreu em casa, aos 96 anos. Deixou uma filha, Ana Elisa Costa, também arquiteta.

OSCAR NIEMEYER15/12/1907, Rio de Janeiro

Em 1950 projetou o parque do Ibirapuera e o Edifício Copan, cartões-postais da cidade de São Paulo.

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Em 1950 projetou o parque do Ibirapuera e o Edifício Copan, cartões-postais da cidade de São Paulo

O Brasil conquistou seu lugar na história da arquitetura mundial graças a Oscar Niemeyer Ribeiro Soares Filho, cujas obras - prédios-esculturas - estão presentes não só no Brasil,

mas também nos Estados Unidos, França, Alemanha, Argélia, Itália e Israel, entre outros países.Apesar de sua preocupação com a funcionalidade das obras que criou, sua atenção à estética é mais que evidente. A maioria dos arquitetos reconhece nele um desenhista extraordinário. Além disso, em geral se associou a grandes artistas plásticos para completar suas construções: Cândido Portinari, Bruno Giorgi, Alfredo Ceschiatti, Burle Marx e Tomie Othake.Niemeyer matriculou-se na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro em 1929. Obteve o diploma de engenheiro arquiteto em 1934. Dois anos depois, já trabalhava no escritório de Lúcio Costa, integrando a equipe que projetou o prédio do Ministério da Educação, um marco da arquitetura brasileira.

Le Corbusier e JuscelinoAtravés de Lúcio Costa, conheceu o arquiteto franco-suíço Le Courbusier, que foi uma influência definitiva na sua vida e com quem teria oportunidade de colaborar. Também com Lúcio Costa, viajou para Nova York em 1939 para projetar o Pavilhão do Brasil na Feira Mundial que acontecia naquela cidade.O ano seguinte reuniu Niemeyer ao político Juscelino Kubitschek, então prefeito de Belo Horizonte, que o convidou para projetar o Conjunto da Pampulha - obra que o arquiteto até hoje considera uma de suas favoritas.Niemeyer ingressou no Partido Comunista Brasileiro em 1945 e essa opção política veio a lhe criar diversos problemas. Em 1946, foi convidado a dar um curso na Universidade de Yale nos Estados Unidos, mas não pôde entrar no país. No entanto, no ano seguinte, ganhou por unanimidade o concurso para a construção da sede da Organização das Nações Unidas em Nova York e obteve o visto de entrada para desenvolver seu projeto.No início da década de 1950 projetou o parque do Ibirapuera e o Edifício Copan, que se tornariam cartões-postais da cidade de São Paulo. Também viajou pela primeira vez à Europa, participando do projeto para a reconstrução de Berlim.

Um monumento no planalto Central Juscelino Kubitschek assumiu a Presidência da República em 1º. de janeiro de 1956. Entre outros projetos, pretendia construir uma

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nova capital no planalto Central do país e encarregou Niemeyer de organizar o concurso para a escolha do plano-piloto de Brasília, vencido por Lúcio Costa.Em poucos meses, Oscar Niemeyer projetou o Palácio da Alvorada, o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional, a Catedral, os prédios dos Ministérios, além de edifícios residenciais e comerciais da nova capital, inaugurada em 21 de abril de 1960, embora as festividades tivessem começado na véspera.No início dos anos 60, foi nomeado coordenador da Escola de Arquitetura da recém-fundada UnB (Universidade de Brasília), que tinha como reitor o antropólogo Darcy Ribeiro. Em 1964, foi surpreendido em Israel pela notícia do golpe militar de 31 de março no Brasil. Ao retornar ao país, em novembro, foi chamado a depor no famigerado DOPS - Departamento de Ordem Política e Social, um dos principais órgãos de repressão política da ditadura militar.

Exílio e aberturaEm 1965, juntamente com outros 200 professores, Niemeyer deixou a UnB em protesto contra a nova política universitária do governo. Praticamente impedido de trabalhar no Brasil, o arquiteto transferiu-se para Paris, onde projetou a sede do Partido Comunista Francês. Além de projetos na Itália (sede da Editora Mondadori) e na Argélia (Universidade de Constantine, Mesquita de Argel), acompanhou exposição sobre sua obra na Europa.No início da década de 1980, com o abrandamento ou distensão política da ditadura militar, a chamada “abertura lenta, segura e gradual”, Oscar Niemeyer voltou ao Brasil. Em 1980 mesmo, projetou o Memorial Juscelino Kubitschek em Brasília. Quatro anos depois, sob o governo de Leonel Brizola, no Rio de Janeiro, projetou o Sambódromo. Em 1987, o Memorial da América Latina em São Paulo.Sua produtividade é impressionante: em 1991 projetou o Museu de Arte Contemporânea de Niterói e ao longo dos dez anos finais do século 20 criou várias outras obras importantes. Não interrompeu seu trabalho nos primeiros oito anos do século 21, desenvolvendo projetos no Brasil, em Oslo (Noruega), em Moscou e em Londres. Mantém-se produtivo e lúcido.

O lado humanoNo plano pessoal, casou-se com Annita Baldo, em 1928, com quem teve somente uma filha Anna Maria Niemeyer. Niemeyer tem cinco netos, treze bisnetos e quatro trinetos. Segundo depoimento do arquiteto, foi o casamento que o fez compreender a responsabilidade e o direcionou para o trabalho com seriedade.Não se pode concluir uma biografia sua sem destacar seu caráter e generosidade: foi um homem corajoso que não hesitou em desprezar honrarias em prol de suas ideias, tendo se desligado da Academia Americana de Artes e Ciências em protesto contra a guerra do Vietnã. Além disso, fez diversos projetos gratuitamente, em benefício das causas que inspiravam sua construção.Também colaborou na manutenção do líder comunista Luís Carlos Prestes, que não dispunha de renda própria na velhice. Vale lembrar que ambos se desligaram do Partido Comunista Brasileiro em 1990, por discordar dos rumos que a agremiação tomava.http://educacao.uol.com.br/biografias/oscar-niemeyer.jhtmOutras informações: http://www.niemeyer.org.br/ http://www.infoescola.com/biografias/lucio-costa/

12Língua Portuguesa - Sociologia, Antropologia e Política - Filosofia

Um país que mistura Edith Piaf com Jean Paul Sartre é o orgulho do ser humano na terra”. (Cabelo)“Um país que mistura Xangô com Cristo, um país que mistura preto com branco está automaticamente salvo.” (Marina)Divida a turma em dois grupos e solicite que cada grupo interprete uma dessas afirmativas.

Edith Piaf

 

Édith Giovanna Gassion, (Paris, 19 de dezembro de 1915 — Plascassier, 11 de outubro de 1963, ou simplesmente, Édith Piaf foi uma cantora francesa de música de salão e variedades,

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mas foi reconhecida internacionalmente pelo seu talento no estilo francês da chanson).O seu canto expressava claramente sua trágica história de vida. Entre seus maiores sucessos estão “La vie en rose” (1946), “Hymne à l’amour” (1949), “Milord” (1959), “Non, je ne regrette rien” (1960). Participou de peças teatrais e filmes. Em junho de 2007 foi lançado um filme biográfico sobre ela, chegando ao cinemas brasileiros em agosto do mesmo ano com o título “Piaf – Um Hino Ao Amor” (originalmente “La Môme”, em inglês “La Vie En Rose”), direção de Olivier Dahan.Édith Piaf está sepultada na mais célebre necrópole parisiense, o cemitério do Père-Lachaise. Seu funeral foi acompanhado por uma multidão poucas vezes vista na capital francesa. Hoje, o seu túmulo é um dos mais visitados por turistas do mundo inteiro.

Sartre

Jean-Paul Charles Aymard Sartre (Paris, 21 de Junho de 1905 — Paris, 15 de Abril de 1980) foi um filósofo, escritor e crítico  francês, conhecido como representante do existencialismo. Acreditava que os intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na sociedade. Era um artista militante, e apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida e a sua obra.Repeliu as distinções e as funções oficiais e, por estes motivos, se recusou a receber o Nobel de Literatura de 1964. Sua filosofia dizia que no caso humano (e só no caso humano) a existência precede a essência, pois o homem primeiro existe, depois se define, enquanto todas as outras coisas são o que são, sem se definir, e por isso sem ter uma “essência” posterior à existência.

Xangô

 

Xangô, Shango ou Sango, é Orixá, de origem Yorubá. Seu mito conta que foi Rei da cidade de Oyo, identificado no jogo do merindilogun pelos odu obará, ejilaxebora e representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba xango.

Xangô foi o quarto rei lendário de Oyo (Nigéria, África), tornado Orixá de caráter violento e vingativo, cuja manifestação são o fogo, o Sol, os Raios, as Tempestades e os trovões. Filho de Oranian, teve várias esposas sendo as mais conhecidas: Oyá, Oxum e Obá. Xangô é viril e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Sua ferramenta é o Oxê: machado de dois gumes. Xangô é o Orixá do Poder, ele é a representação máxima do poder de Olorun.http://pt.wikipedia.org/wiki/Xang%C3%B4 Jesus

Jesus (8-4? a.C. – 29-36? d.C.), também chamado de Jesus de Nazaré, é a figura central do cristianismo. Para a maioria dos cristãos Jesus é Cristo, a encarnação de Deus e o “Filho de Deus”, que teria sido enviado ao mundo para salvar a humanidade. Acreditam que foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos (Mas muitos estudiosos acreditam que depois de morto, Jesus foi ao paraíso, pois foi o que Ele disse em Lucas 23: 43 e ressuscitou no terceiro dia (na Páscoa)). Para os adeptos do islamismo, Jesus é conhecido no idioma árabe como Isa (ىسيع, transl. Īsā), Ibn Maryam (“Jesus, filho de Maria”). Os muçulmanos tratam-no como um grande profeta e aguardam seu retorno antes do Juízo Final. Alguns segmentos do judaísmo o consideram um profeta, outros um apóstata. Os quatro evangelhos canônicos são a principal fonte de informação sobre Jesus.Embora tenha pregado apenas em regiões próximas de onde nasceu, a província romana da Judeia, sua influência difundiu-se enormemente ao longo dos séculos após a sua morte, ajudando a delinear o rumo da civilização ocidental.http://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus

13Língua Portuguesa - Sociologia, Antropologia e Política“O povo é burro”.(Encrenca) “O povo é vítima”. (Léo)

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Analise essas duas afirmativas sob a ótica das questões políticas atuais, discutindo e questionando o que se pode concluir a partir delas:• O que é o povo? O povo somos nós?• Até que ponto o povo é responsável ou sofre as consequências da corrupção e incompetência dos homens públicos? • O povo é manipulado ou manipulador?• O povo tem meios de mudar a realidade?

14Língua Portuguesa - Sociologia, Antropologia e PolíticaAproveitando dois momentos distintos do filme: um em que se exalta o que é chique e o outro, em que cada um é convidado a mostrar seu lado brega, proponha que estabeleçam os conceitos de brega e de chique. Depois realize um sorteio em que as pessoas podem receber uma das alternativas. Realize uma festa onde eles deverão comparecer caracterizados de acordo com a opção sorteada.

Definições:brega - Que tem gosto duvidoso ou de mau gosto; cafona. sf chique - Bonito, catita, elegante, sécio. 2 Apurado, de bom gosto. sm.http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=chique

15Arte - Língua Portuguesa – História - Sociologia, Antropologia e PolíticaHá um simbolismo em cada personagem. A partir do exercício de “observações rasas sobre a ditadura”, proposto por Léo, que personagem a representaria?Quais as cenas onde é feita esta analogia?- A ditadura é uma senhora que tem certeza absoluta.- A ditadura acha que protege e na verdade ela tortura.

- Ditadura não tem a ver com sexo, tem a ver com estupro.- Os seres selvagens não são ditadores, são selvagens. Os seres pacíficos não só ditadores, são felizes, a não ser quando encontram a ditadura.- A ditadura teme ser abandonada por quem ela protege e por quem ela tortura. Na maioria às vezes é a mesma pessoa.- A ditadura tem medo da alegria- A ditadura não é rainha. A realeza serve ao povo e a ditadura domina o povo.- A ditadura pode parecer correta em momentos de perigo, mas é um perigo se achar isso.

16Arte As cenas se passam num galpão onde um grupo de teatro amador realiza exercícios de laboratório. Pergunte se desejam reproduzir o exercício em que Léo propõe que cada um expresse com o corpo como está se sentindo no momento.

17Arte - História - Sociologia, Antropologia e PolíticaEm uma cena do filme, Léo diz ao amigo Cabelo: “Quando você estiver triste, a gente vai fazer teatro, quando você estiver feliz, a gente vai fazer teatro e quando você estiver arrasado, a gente vai fazer teatro”. Comente a respeito da importância do teatro para extravasar emoções e sentimentos. Pergunte se alguém já participou de uma montagem teatral e se gostariam de formar um grupo teatral e encenar uma peça. Ilustre com as funções do teatro e cite alguns grupos que começaram como os do filme e hoje tem seu nome consolidado e reconhecido.

Para que serve o teatro?O Teatro é em primeiro lugar um jogo. Antes de ser clássico ou moderno, poético ou político, catártico ou crítico, o Teatro é uma forma de vida onde o que está em jogo

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é justamente a possibilidade de jogar a existência. O Teatro é, de todas as artes, a mais próxima da Vida porque ele é o Jogo dos Homens.Podemos desde logo afirmar que o Teatro sempre existiu porque vive em cada um de nós, seres essencialmente teatrais. O Teatro ou o instinto teatral parece pois corresponder a uma necessidade universal do homem que é a necessidade de transfiguração. Segundo Aristóteles, desde a infância, os homens têm inscrito na sua natureza, simultaneamente uma tendência para representar e uma tendência para ter prazer em assistir às representações teatrais. Porque o Teatro, mesmo sob as suas formas estéticas mais complexas, continua a ser um Jogo. Podemos traçar um percurso que vai do desejo de teatro mais infantil até às portas da profissão e não, como vulgarmente se afirma, um percurso do jogo ao teatro.O Teatro existe pela necessidade dos Homens brincarem. Hoje mais do que nunca. Porque “hoje, os deuses morreram, estamos sozinhos, o mito esvaziou-se, a tragédia abandonou a cena da cidade grega e foi habitar para o nosso inconsciente. (...) Ficou-nos a nevrose para nos preservar dela, resta-nos o Teatro.” (Pierre Bugard)http://visoesdomundo.no.sapo.pt/para_que_serve.htm

Grupos teatrais:

Nós do MorroO Nós do Morro foi fundado em 1986, com o objetivo de criar acesso à arte e à cultura para as crianças, jovens e adultos do Morro do Vidigal. Hoje, o projeto se consolidou e oferece cursos de formação nas áreas de teatro (atores e técnicos) e cinema (roteiristas, diretores e técnicos), abrindo e ampliando os horizontes para um sem-número de crianças, jovens e adultos moradores, ou não, do Vidigal.http://www.nosdomorro.com.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=3&Itemid=4

Grupo TAPATeatro Amador Produções Artísticas (TAPA) é um grupo estável de teatro liderado pelo diretor Eduardo Tolentino , fundado em 1979, no Rio de Janeiro.Consagrado por adaptações de textos clássicos, com grande rigor técnico e calcadas

na pesquisa dramatúrgica, o grupo Tapa encenou o espetáculo “Alguns Blues do Tennessee”. As apresentações aconteceram no Viga Espaço Cênico em São Paulo.http://guia.folha.uol.com.br/teatro/ult10053u918308.shtml

Folias D’Arte O grupo, que surgiu em 1997, instalou-se num Galpão no bairro Santa Cecília, local onde busca dialogar com a sociedade. No currículo, o Folias conta com cerca de 43 prêmios. Atualmente, a equipe do galpão é composta de aproximadamente 60 profissionais. O nome do grupo foi escolhido a partir do primeiro espetáculo montado por eles, “Folias Fellinianas”, uma obra sobre o universo do diretor italiano. Em 1999, o grupo Folias D’Arte se destacou no Movimento Arte Contra a Barbárie, na ocasião, o galpão do Folias sediou alguns fóruns e discussões que culminaram na criação da Lei de Fomento ao Teatro.http://www.cooperativadeteatro.com.br/2010/?p=7134

Grupo GalpãoO Grupo Galpão é uma das companhias mais importantes do cenário teatral brasileiro. Criado em 1982, o grupo desenvolve um teatro que alia rigor, pesquisa, busca de linguagem, com montagem de peças que possuem grande poder de comunicação com o público.Ao longo de sua trajetória, o Grupo participou de mais 40 festivais internacionais (na Europa, América latina, Estados Unidos e Canadá) e cerca de 70 nacionais, em todas as regiões do país, sendo o único grupo brasileiro a se apresentar no “Globe Theather”, em Londres. O Grupo acumula ainda mais de 100 prêmios brasileiros. http://www.grupogalpao.com.br/port/ogrupo/

18Biologia – Matemática - Sociologia, Antropologia e Política“Quando o homem se controla a mulher não engravida”. O diálogo entre Brook e Cachorrinha, que posteriormente engravida,

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ilustra uma situação que reflete a ignorância em relação aos métodos anticoncepcionais. Proponha uma pesquisa a respeito dos mesmos com destaque ao grau de eficiência dos mesmos. Posteriormente os dados devem ser reunidos em um gráfico.

19Língua Portuguesa - Sociologia, Antropologia e PolíticaCabelo sofria por ter sua homossexualidade incompreendida. A homofobia era mais acentuada nos anos 70, mas permanece de forma muito agressiva até os dias de hoje. Peça que pesquisem nos sites de jornais, TVs e revistas os fatos relacionados ao tema, acontecidos na última semana.

20Relembre a cena em que o grupo faz uma serenata ao professor a partir da afirmativa do filme: “Puxar saco do professor não é pecado”. Distribua a letra da música e peça que a interpretem.

Serenata ao ProfessorOswaldo Montenegro

Acorda, meu querido grande mestre, meu amigoQuero lhe mostrar o quanto e não consigoQuanta gratidão a gente traz no coração por tiJuro que acredito em tudo o quanto me contasteQue a gramática nos servirá na vidaQue a princesa Isabel amava o crioléu daqui Sabe, meu querido grande mestre, eu acreditoQue o Cabral bateu aqui pelo destino Cantarei o nosso hino, cada vez que eu for dormir Sabe, reconheço o teu salário é uma desgraça Mas na vida, o senhor sabe, tudo passaSe isso é uma lei da vidaPor que não nos passar também?