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LEIA NO EDITORIAL Leite é qualificado com Extensão Rural LEIA NESTA EDIÇÃO Milho: implantação das lavouras no RS alcança 86% da área estimada. N.º 1.529 22 de novembro de 2018 Novembro Azul Aqui você encontra: Editorial Notas Agrícolas Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Análises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte. Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. EDITORIAL Leite é qualificado com Extensão Rural O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de leite do Brasil, atrás apenas de Minas Gerais. Atualmente, 65.016 produtores gaúchos mantêm um rebanho com pouco mais de 1 milhão de vacas (uma média de 16,4 por produtor), que produzem 4,1 bilhões de litros de leite por ano, em uma produtividade média de 3,8 mil litros de leite por vaca/ano e 12,6 litros por vaca/dia. Desde 2015, quando foi lançado o primeiro Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no Rio Grande do Sul, elaborado e divulgado pela Emater/RS-Ascar, o cenário mudou. Um segundo Relatório aponta, em relação a 2015, que o número de produtores caiu (-22,6%), assim como do rebanho (-9,5%) e a produção (-2%). A crise econômica motivou muitos produtores a desistirem da atividade leiteira, seja por encontrarem outros negócios mais rentáveis, por não terem mais mão de obra disponível ou por estarem idosos e com falta de descendentes que deem continuidade à produção leiteira familiar. Em contrapartida, os que continuaram, deram conta de garantir o aumento da produtividade das vacas (7,58%) e das propriedades (24,91%). A produção atual de 11,3 milhões de litros de leite por dia representa 60,4% da capacidade instalada de industrialização no Estado, que ultrapassa 18,7 milhões de litros de leite/dia, o que precisa ser melhor utilizada, reduzindo esta ociosidade. Como o setor leiteiro foi atingido pela crise econômica, é preciso um produto diferenciado que atenda às exigências internacionais e que incentive o produtor a permanecer no campo, com renda e melhores condições de vida, produzindo um leite com maior qualidade. Assim, com esses objetivos, estamos realizando em Teutônia nesta quinta- feira (22/11) a 7ª edição do Fórum Itinerante do Leite e o 12º Fórum Tecnológico do Leite. O tema central não poderia ser outro: “Tecnologias para aumento da renda na produção leiteira”. Durante todo o dia estão previstos painéis, oficinas, debates e troca de informações e novidades do setor leiteiro. Haverá painéis sobre conforto térmico para a produção e qualidade do leite. Apresentação de Ferramentas para gestão com foco na lucratividade. Após Concurso de Leite em Metro e almoço, estão programadas oficinas sobre Energia alternativa aplicada na propriedade, Panorama da tuberculose e brucelose no Vale do Taquari, Balanceamento da dieta para vacas em lactação e Reprodução e controle de doenças reprodutivas, seguidas de degustação de produtos lácteos. No momento em que analisamos e buscamos qualificar a cadeia produtiva do leite, com este e outros debates e capacitações, é importante considerarmos a vocação do povo gaúcho para o processamento artesanal de alimentos, bem como a quantidade de produtores que elaboram derivados lácteos para comercialização, o que nos permite observar um enorme potencial para a ampliação dos processos de agroindustrialização de leite no RS. Acreditamos que o trabalho de excelência que a Emater/RS-Ascar realiza junto aos produtores e agricultores familiares tem uma grande contribuição para mudar o cenário de pobreza no campo e ampliar a oferta de alimentos de qualidade nas nossas mesas. Precisamos discutir alternativas de sucessão familiar para garantir e fortalecer a atividade leiteira na propriedade rural, bem como criar políticas públicas de Estado para estimular os jovens rurais a permanecer no campo com dignidade e qualidade de vida. É o que esperamos com este evento, que pode ser acompanhado pela TV Emater, no link http://www.emater.tche.br/site/tvemater Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS e superintendente técnico da

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Page 1: LEIA NESTA EDIÇÃO N.º 1. 529 Milho: implantação das ... · Notas Agrícolas ... Saga da Soja – de 1050 a 2015, assinada pelos pesquisadores Amélio Dall´Agnol e Décio Gazzoni,

LEIA NO EDITORIAL

Leite é qual if icado com Extensão Rural LEIA NESTA EDIÇÃO

Milho: implantação das lavouras no RS alcança 86% da área estimada.

N.º 1.529

22 de novembro de 2018

Novembro Azul

Aqui você encontra:

Editorial

Notas Agrícolas

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Análises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

Informativo Conjuntural – Desde 1989

auxiliando você na tomada de decisões.

EDITORIAL

Leite é qualificado com Extensão Rural O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de leite do Brasil, atrás apenas de Minas Gerais. Atualmente, 65.016 produtores gaúchos mantêm um rebanho com pouco mais de 1 milhão de vacas (uma média de 16,4 por produtor), que produzem 4,1 bilhões de litros de leite por ano, em uma produtividade média de 3,8 mil litros de leite por vaca/ano e 12,6 litros por vaca/dia. Desde 2015, quando foi lançado o primeiro Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no Rio Grande do Sul, elaborado e divulgado pela Emater/RS-Ascar, o cenário mudou. Um segundo Relatório aponta, em relação a 2015, que o número de produtores caiu (-22,6%), assim como do rebanho (-9,5%) e a produção (-2%). A crise econômica motivou muitos produtores a desistirem da atividade leiteira, seja por encontrarem outros negócios mais rentáveis, por não terem mais mão de obra disponível ou por estarem idosos e com falta de descendentes que deem continuidade à produção leiteira familiar. Em contrapartida, os que continuaram, deram conta de garantir o aumento da produtividade das vacas (7,58%) e das propriedades (24,91%). A produção atual de 11,3 milhões de litros de leite por dia representa 60,4% da capacidade instalada de industrialização no Estado, que ultrapassa 18,7 milhões de litros de leite/dia, o que precisa ser melhor utilizada, reduzindo esta ociosidade. Como o setor leiteiro foi atingido pela crise econômica, é preciso um produto diferenciado que atenda às exigências internacionais e que incentive o produtor a permanecer no campo, com renda e melhores condições de vida, produzindo um leite com maior qualidade. Assim, com esses objetivos, estamos realizando em Teutônia nesta quinta-feira (22/11) a 7ª edição do Fórum Itinerante do Leite e o 12º Fórum Tecnológico do Leite. O tema central não poderia ser outro: “Tecnologias para aumento da renda na produção leiteira”. Durante todo o dia estão previstos painéis, oficinas, debates e troca de informações e novidades do setor leiteiro. Haverá painéis sobre conforto térmico para a produção e qualidade do leite. Apresentação de Ferramentas para gestão com foco na lucratividade. Após Concurso de Leite em Metro e almoço, estão programadas oficinas sobre Energia alternativa aplicada na propriedade, Panorama da tuberculose e brucelose no Vale do Taquari, Balanceamento da dieta para vacas em lactação e Reprodução e controle de doenças reprodutivas, seguidas de degustação de produtos lácteos. No momento em que analisamos e buscamos qualificar a cadeia produtiva do leite, com este e outros debates e capacitações, é importante considerarmos a vocação do povo gaúcho para o processamento artesanal de alimentos, bem como a quantidade de produtores que elaboram derivados lácteos para comercialização, o que nos permite observar um enorme potencial para a ampliação dos processos de agroindustrialização de leite no RS. Acreditamos que o trabalho de excelência que a Emater/RS-Ascar realiza junto aos produtores e agricultores familiares tem uma grande contribuição para mudar o cenário de pobreza no campo e ampliar a oferta de alimentos de qualidade nas nossas mesas. Precisamos discutir alternativas de sucessão familiar para garantir e fortalecer a atividade leiteira na propriedade rural, bem como criar políticas públicas de Estado para estimular os jovens rurais a permanecer no campo com dignidade e qualidade de vida. É o que esperamos com este evento, que pode ser acompanhado pela TV Emater, no link http://www.emater.tche.br/site/tvemater

Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS e superintendente técnico da

Ascar

Page 2: LEIA NESTA EDIÇÃO N.º 1. 529 Milho: implantação das ... · Notas Agrícolas ... Saga da Soja – de 1050 a 2015, assinada pelos pesquisadores Amélio Dall´Agnol e Décio Gazzoni,

NOTAS AGRÍCOLAS

Demanda mundial por soja dobrará até 2050 Tecnologia será fundamental para o crescimento

da sojicultura no Brasil No meio deste século, o planeta precisará de 700 milhões de toneladas de soja, o dobro da produção atual. O Brasil, segundo maior produtor mundial da leguminosa, poderá aproveitar a oportunidade desse mercado crescente se investir em pesquisa, infraestrutura e política agrícola. Essas são algumas observações de uma Nota Técnica elaborada por pesquisadores da Embrapa que delinearam os principais desafios para a produção de soja, a mais importante cultura agrícola do País. De acordo com os especialistas, os principais problemas a serem enfrentados são de ordem fitossanitária como ferrugem asiática, percevejos e nematoides que acometem a leguminosa. Os desafios também envolvem as plantas invasoras cada vez mais resistentes a herbicidas e o manejo do solo, cuja degradação e perda de fertilidade provocam o encadeamento de uma série de problemas agronômicos, como surgimento de doenças e pragas. Quase US$80 bi perdidos com a seca O texto também destaca a importância de se investir em tecnologias voltadas à tolerância à seca e à eficiência hídrica. O aumento da frequência de extremos climáticos, com maior intensidade e abrangência, tem imposto prejuízos consideráveis à soja. Entre 2004 e 2014, somente a Região Sul do Brasil registrou perdas de cerca de R$ 27 bilhões por causa de eventos de seca. Em 37 safras brasileiras, entre 1976/1977 e 2013/2014, estima-se que o País somou US$ 79,6 bilhões em prejuízos provocados por seca. O aumento de produtividade é outro desafio importante. Nesse quesito, os cientistas destacam que o Brasil já dispõe de tecnologia de cultivo que permite obter produtividade muito acima da média atual de 3.394 kg/ha. O Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb) registrou o recorde de 8.944 kg/ha em uma propriedade no Paraná, volume próximo ao obtido por outros sojicultores da região, mostrando que há espaço para aumentar a produtividade. Para isso, os autores recomendam um esforço de transferência de tecnologia em larga escala. “Um dos aspectos principais a considerar é a forma pela qual ocorrerá o aumento da produção, ou seja, com maior ou menor expansão de área cultivada. Países que optarem por incentivar o aumento da produtividade, consequentemente com menor demanda de expansão da fronteira

agrícola, melhorarão sensivelmente sua posição no mercado, consequentemente sendo mais competitivo”, preveem os pesquisadores. De acordo com o chefe de Transferência de Tecnologias da Embrapa Soja (PR), Alexandre José Cattelan, a soja é a força motriz por trás do desenvolvimento agrícola do Brasil. “Tanto que municípios que cultivam soja alcançaram índices de desenvolvimento humano superiores aos que não cultivam soja”, diz Cattelan.

Cultura chegou no século 19 O primeiro registro de soja no Brasil é de 1882, mesma data em que foi introduzida na Argentina. O cultivo nos dois países sul-americanos ocorreu de forma restrita, entre os anos de 1940 e 1960. No entanto, entre 1960 e 2018, a produção global de soja cresceu cerca de 1.300%. Essas informações estão reunidas na publicação A Saga da Soja – de 1050 a 2015, assinada pelos pesquisadores Amélio Dall´Agnol e Décio Gazzoni, da Embrapa Soja. Atualmente, os Estados Unidos lideram, individualmente, a produção mundial. Porém, o bloco constituído pelos países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) detém mais de 50% da produção mundial desde 2010, tornando-se o grande formador de preços e modulador da oferta. Na safra 2017/2018, a produção brasileira foi de 119 milhões de toneladas, com área de 35,2 milhões de hectares, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Nas exportações, o complexo soja (soja em grão, óleo e farelo) alcançou US$ 31,7 bilhões em 2017 (33,02% das exportações do agronegócio), sendo a China o principal importador. Até a década de 1960, a soja tinha pouca expressão e seu cultivo era viável apenas na Região Sul. Hoje, a leguminosa abastece o mercado interno com óleo e farelo usado em ração animal, especialmente para alimentação de suínos, aves, bovinos e peixes. “O desenvolvimento de cultivares adaptadas às condições de baixa latitude da Região Centro-Oeste, assim como a correção da baixa fertilidade natural dos solos de Cerrado, foram determinantes para que a cultura pudesse se expandir no País”, explica Cattelan. A soja encontrou condições adequadas de expansão nos trópicos, fruto de elevada disponibilidade de área, clima favorável, topografia adequada e vultosos investimentos em desenvolvimento de tecnologia, aliados à presença de agricultores empreendedores. “O desafio para o Brasil é manter a capacidade de produzir soja de maneira rentável e sustentável, como vem fazendo até agora. O País tem tudo para suprir a demanda

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global por soja. O tamanho da demanda e os preços de mercado determinarão quanto a produção brasileira de soja crescerá nos próximos anos”, avalia Cattelan. Fonte: Embrapa

Melhoramento do milho pode diminuir uso da água

Pesquisadores da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, estão trabalhando em pesquisas que envolvem o melhoramento genético do milho para torná-lo tolerante a situações de estresse hídrico. De acordo com Tony Studer, professor assistente do Departamento de Ciências da Colheita da Universidade, este cereal é uma das culturas agrícolas que mais desperdiça água, por não ter nenhuma modificação genética que o torne menos vulnerável a seca. “Há um estudo feito há muitas décadas que mostra que a quantidade de água transpirada e perdida no ar em um acre de milho é de 3 a 4 mil galões por dia. Para 90 milhões de acres de milho nos Estados Unidos, além da extensão da safra. temporada, isso é muito e muita água. Portanto, muitas melhorias devem ser feitas”, comenta. Um estudo anterior do grupo sugere que o milho pode se tornar de 10% a 20% mais eficiente por meio de melhoramento genético, o que significaria que as plantas ficariam menos estressadas durante as secas de curto prazo. Teoricamente, isso poderia adicionar proteção aos agricultores, dados os padrões climáticos incertos, mas para tornar isso uma realidade, o próprio processo de reprodução precisa ser mais eficiente. Uma vez que identifiquem indivíduos promissores, os pesquisadores tentam localizar os genes-chave que amplificarão a característica ou integrarão a característica em linhas de milho com qualidades adicionais desejáveis. "É preciso muito tempo, espaço e esforço para produzir um híbrido produtivo. Se você pretende estudar o uso da água em um ambiente de reprodução ou em um campo de escala, precisa de algo mais rápido", diz Studer. Fonte: Agrolink

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 15 A 21/11/2018

Os últimos sete dias novamente apresentaram padrão típico de primavera, com momentos de chuva forte em algumas áreas do RS. Entre a quinta-feira (15) e o sábado (17), o ar seco

predominou na maior parte do Estado, ocorrendo apenas chuvas isoladas, associadas com o calor diurno. No domingo (18), a propagação de uma nova frente fria provocou chuva e trovoadas, com registro de chuva forte em áreas isoladas. A partir da segunda-feira (19), o ingresso de uma massa de ar seco manteve o tempo firme, com temperaturas amenas em todo Estado, e mínimas abaixo de 10°C na Campanha, Planalto e Serra do Nordeste. Os volumes de precipitação acumulados variaram entre 20 e 35 mm na maioria das localidades da Metade Leste. No restante do Estado, os totais observados oscilaram entre 40 e 60 mm. Na Campanha e na Fronteira Oeste, os valores alcançaram 50 mm em grande parte dos municípios e superaram 100 mm em alguns municípios. Os totais mais expressivos na rede de estações INMET/Seapi foram registrados em Bagé (62 mm), Caçapava do Sul e Serafina Corrêa (64 mm), Lagoa Vermelha (70 mm), Cruz Alta (73 mm), São Vicente do Sul (82 mm), Uruguaiana (98 mm), São Gabriel (122 mm) e em Santana do Livramento (124 mm). A temperatura máxima da semana foi registrada em 16/11 em Santa Rosa (33,7°C) e a mínima do Estado ocorreu em São José dos Ausentes (5,7°C) em 20/11.

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 22 A 28/11/2018

A próxima semana permanecerá com grande amplitude térmica em todo Estado. Na quinta-feira (22), o predomínio do ar quente manterá as temperaturas elevadas, com valores acima de 30°C na maioria das regiões. Na sexta (23) e

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sábado (24), o calor seguirá predominando e a propagação de uma área de baixa pressão provocará chuva e trovoadas isoladas. No domingo (25), o ingresso de uma nova massa de ar seco afastará a nebulosidade da maior parte do RS, mas ainda ocorrerão chuvas fracas e isoladas na região Metropolitana, no Litoral Norte e na Serra do Nordeste. A partir da segunda-feira (26), a presença do ar seco manterá o tempo firme, com temperaturas amenas no período noturno e valores elevados durante o dia. Os totais de chuva previstos deverão ser inferiores a 20 mm na Campanha e na Zona Sul, e em algumas áreas do Planalto e do Alto Vale do Uruguai. Nas demais regiões, os valores oscilarão entre 25 e 35 mm na maioria dos municípios. Fonte: Secretaria de Estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação –SEAPI.

GRÃOS Lavouras de Inverno Trigo - Com as condições meteorológicas adequadas em quase todas as regiões de produção, com predominância de dias ensolarados, a retirada do trigo da lavoura se deu de forma rápida, evoluindo para o final da colheita (97%). Apenas nos Campos de Cima da Serra, última região onde o trigo é semeado e colhido, as lavouras se encontram na fase de enchimento de grãos e maturação. A colheita deverá ser iniciada nos próximos dias, mas já apresenta indícios de queda no rendimento e na qualidade do grão, tal como ocorrido nas outras regiões.

Fases da cultura

no RS

Trigo

Safra

Atual

Safra

Anterior

Média*

Em 22/11

Em 15/11

Em 22/11

Em 22/11

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des.Veget. 0% 0% 0% 0%

Floração 0% 0% 0% 0%

Enchimento de grãos 0% 0% 0% 0%

Maduro e por colher 3% 10% 2% 8%

Colhido 97% 90% 98% 92%

Fonte: Emater/RS-Ascar *Média safras 2014-2018

No geral, a produtividade continua variando muito, ficando em média, aquém do estimado. A variação se dá entre 2,2 t/ha a 3,3 t/ha e com qualidade abaixo da esperada, com pH médio em torno de 75. Segundo os técnicos, isso ocorreu em razão de fatores tecnológicos e climáticos. Dentre os fatores tecnológicos, algumas cultivares apresentaram rendimentos muito inferiores ao esperado; além disso, à medida que a semeadura foi realizada mais para o final do período recomendado, as cultivares apresentaram diminuição de rendimento. Como fatores climáticos, geadas tardias e altos volumes de chuvas na maturação diminuíram a produtividade e a qualidade dos grãos. Grande número de produtores está solicitando vistorias para recorrer ao Proagro. Os preços mantiveram-se praticamente estáveis, e o mercado sem pressão de negócios, pois os triticultores estão preocupados no momento em colher suas lavouras. O preço médio no Estado foi de R$ 37,85/sc de 60 kg, caindo apenas 0,16%.

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

Na semana Semanapassada

Mês anterior Ano anterior Média geral Médianovembro

37,85 37,9139,23

33,45

38,1836,23

R$

Trigo - Preço Médio Pago ao Produtor - R$/saca 60 kg

Obs: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior:Valor Nominal

Ano Anterior e Médias (2013-2017): Corrigidas IGP-DI

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Canola – Lavoura com colheita finalizada nas regiões produtivas da calota Norte do RS. A produtividade média poderá ter pequena redução sobre a estimada, embora algumas lavouras apresentem rendimento acima do esperado. De maneira geral, produtores acreditam que a lavoura de canola deverá ainda possibilitar um pequeno lucro final. Preço de referência: em torno R$ 69,80/sc. de 60 quilos. Cevada - Cultura com colheita praticamente concluída. Produtividade final abaixo da esperada inicialmente, com muitas espigas atacadas por doenças e grão de baixa qualidade, não atendendo a padrões exigidos pela indústria, de germinação mínima de 95%, e, provavelmente deverá ser destinada à ração animal. O preço referencial varia entre R$ 5,00 e R$ R$ 38,00/sc. de 60 quilos. Aveia branca - Cultura com colheita concluída, bastante afetada pelas adversidades climáticas ocorridas durante o desenvolvimento e evolução das lavoura. A produtividade reduziu em relação à expectativa inicial, devido aos ventos fortes e à chuva excessiva durante o ciclo, que promoveram acamamento em diversas áreas que se destinavam para grãos. O produtor comercializa a produção de aveia branca ao preço de R$ 0,40/kg. Girassol - A cultura inicia a maturação dos grãos, observada pela senescência das pétalas dos capítulos e o posicionamento dos mesmos, dando conta da finalização do ciclo da cultura. No geral o aspecto das lavouras está muito bom nas regiões de produção das Missões e Fronteira Noroeste. Produtores devem fazer a colheita até o início da segunda semana de dezembro, com expectativa de produtividade em torno de 1.600 kg/ha. O preço pago pela saca é de R$ 72,00, com tendência de manutenção dos preços praticados.

Lavouras de Verão Milho - Cultura com boa evolução de implantação no Estado (86%), com área majoritariamente em desenvolvimento vegetativo (60%), e com lavouras em início de estádio reprodutivo com grande parte dessa área já implantada iniciando a emissão do pendão. O período é de alta necessidade de suprimento hídrico para a cultura. Agricultores realizam a aplicação de nitrogênio em cobertura.

Fases da cultura

no RS

Milho

Safra

Atual

Safra

Anterior

Média*

Em

22/11

Em

15/11

Em

22/11

Em

22/11

Plantio 86% 81% 95% 87%

Germinação/Des.Veget. 60% 66% 59% 59%

Floração 15% 9% 21% 16%

Enchimento de grãos 10% 4% 12% 11%

Fonte: Emater/RS-Ascar *Média safras 2014-2018

O padrão das lavouras é muito bom, favorecido pelas boas condições climáticas atuais. Pragas e doenças estão sob controle. Chama a atenção, lavouras com alta densidade populacional de plantas por hectare, em torno de 75 mil, oferecendo oportunidade de alto rendimento, porém, com risco de deficiência hídrica e de ter a produtividade altamente afetada. O mercado andou estável neste período, com menor pressão de oferta e preços mais estabilizados, mas com pequena queda no valor médio da saca de 60 kg no Estado, de 0,40%, ficando preço em R$ 34,65.

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Na região Noroeste, produtores com milho disponível armazenado em silo secador têm comercializado o grão ao preço de R$ 38,00/sc. O Vale do Taquari é região grande consumidora em decorrência das fábricas de rações, que recebem a maior parte do produto proveniente do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. No comércio de grãos nessa safra, entretanto, em razão dos menores preços do milho grão comparativamente ao ano passado, o milho também está sendo ofertado pelos produtores do Rio Grande do Sul, fato que não acontecia há três anos. O preço médio pago pelas fábricas de ração está em R$ 38,00/saca de 60 kg, posto na fábrica. Soja - A semeadura no Estado seguiu seu ritmo normal, favorecida pelas condições meteorológicas do momento, atingindo aproximadamente 68% dos 5,9 milhões de hectares destinados à oleaginosa no RS. A semeadura localiza-se também nas áreas de restevas das culturas de inverno de trigo, cevada, canola e aveia branca. Há predominância do plantio de cultivares de ciclo de maturação superprecoces, visando reduzir os tratamentos fúngicos.

Fases da cultura

no RS

Soja

Safra

Atual

Safra

Anterior

Média*

Em 22/11

Em 15/11

Em 22/11

Em 22/11

Plantio 68% 48% 50% 55%

Germinação/Des.Veget. 65% 40% 46% 52%

Fonte: Emater/RS-Ascar *Média safras 2014-2018

Em função do feriado prolongado no Brasil, a semana encerrou sem grandes movimentações de negócios; o produtor está mais preocupado no momento em encerrar o plantio da soja do que ofertar no mercado a preços vigentes.

O valor médio da saca de soja de 60 kg no mercado gaúcho, nessa semana foi cotada a R$ 74,41, caindo mais 1,38% em relação à semana anterior. Preços balcão: no Planalto Médio a R$ 76,00/sc.; disponível a R$ 80,00/sc. Em Cruz Alta, disponível a R$ 81,00/sc. de 60 quilos. Porto de Paranaguá, a R$ 85,00/sc. Arroz – Produtores intensificaram semeaduras em todas as regiões de produção e praticamente finalizaram o plantio na quase totalidade dos municípios, à exceção das áreas da região Central, onde resta semear cerca de 30% da área planejada. Esse atraso em alguns municípios ocorre em razão de períodos com excesso de chuva, além do fato de muitos produtores não anteciparem o preparo de solo. Outro fator para o atraso na semeadura é o manejo do arroz vermelho em áreas mais infestadas, nas quais os agricultores esperam a germinação para eliminar estas plantas e desta maneira diminuir a população. Em alguns locais as temperaturas baixas da madrugada resultam em emergência lenta do grão e desuniformidade na lavoura.

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Fases da cultura

no RS

Arroz

Safra

Atual

Safra

Anterior

Média*

Em 22/11

Em 15/11

Em 22/11

Em 22/11

Plantio 98% 90% 88% 92%

Germinação/Des.Veget. 95% 87% 84% 88%

Fonte: Emater/RS-Ascar *Média safras 2014-2018

O Acompanhamento Semanal de Preços da Emater/RS-Ascar divulgou o preço médio da saca de 50 kg do arroz em casca para essa semana em R$ 41,13, com perda sobre a anterior de 2,40%. Feijão 1ª safra – Restando poucas áreas da primeira safra a serem implantadas, as lavouras em geral no RS apresentam bom estado fitossanitário e lentamente se inicia a colheita (1%). Nas lavouras de plantio mais do tarde são realizadas a adubação nitrogenada em cobertura, o controle de plantas invasoras e também tratamentos fúngicos preventivos. As lavouras apresentam bom potencial produtivo, apesar das quedas de temperaturas após as chuvas, principalmente à noite. No Noroeste, a cultura está em fase final de enchimento de grãos, com bom aspecto geral e boas perspectivas de produtividade; as primeiras áreas semeadas já estão sendo colhidas, e com

bom rendimento, em torno de 1.800 quilos por hectare. A maioria da produção destina-se ao consumo das próprias famílias produtoras. No Médio Alto Uruguai, as lavouras estão majoritariamente em estádio de enchimento de grãos, mas algumas entram em final de ciclo, já vislumbrando colheita para a próxima semana.

Fases da cultura

no RS

Feijão 1ª safra

Safra

Atual

Safra

Anterior

Média*

Em

22/11

Em

15/11

Em

22/11

Em

22/11

Plantio 97% 82% 98% 92%

Germinação/Des. Veget. 49% 50% 45% 48%

Floração 20% 23% 22% 18%

Enchimento de grãos 18% 5% 21% 17%

Maduro e por colher 4% 0% 3% 5%

Colhido 1% 0% 1% 2%

Fonte: Emater/RS-Ascar *Média safras 2014-2018

HORTIGRANJEIROS Situações Regionais As precipitações do último período no Vale do Caí foram boas, em quantidade razoável, com chuvas

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acima da média (128,2 mm no período, com chuva em cinco dias). Apesar de uma quantidade de chuva razoável, foram poucos dias com chuva e muitos dias ensolarados, facilitando o desenvolvimento dos trabalhos. É um período de colheita da maioria das culturas. Os preços reagiram bem por estarmos no início de colheita, com aumento da oferta de produtos. Observa-se também que produtos olerícolas com tamanho uniforme, bom aspecto fitossanitário e embalados adequadamente quase sempre são recompensados com um preço melhor. Nas regiões das Missões e Fronteira Noroeste, estão em andamento a semeadura e o transplante de variedades de primavera-verão; os produtores são orientados sobre variedades, tratos culturais, uso de telas protetoras e mangueira de irrigação. A cultura do pepino apresenta bom desenvolvimento dos frutos em início de produção e comercialização. Ervilha em fase de colheita, apresentando boa produtividade. O alho e cebola estão em fase final de acumulação de reserva, formação de bulbos; algumas áreas já colhidas, apresentando boa produção de bulbo, em processo de cura. As orientações técnicas também incluem o escalonamento de plantio e de produção durante todo o ano, com orientação sobre variedades adaptadas para cada estação, uso de estruturas de sombreamento e pequenas irrigações por microaspersão. Finalizada a colheita das bergamotas; algumas laranjas, como Valência, ainda estão em plena produção, com excelente qualidade de frutos. Os produtores estão recebendo de R$ 1,00, na venda na propriedade a R$ 1,50/kg na entrega ao consumidor. A cultura do morango está em plena produção com ótimos preços; melancia e melão com bom desenvolvimento vegetativo e início de floração. Figo em desenvolvimento vegetativo e início de frutificação; momento ideal para fazer o desbaste de ramos. Ameixas e pêssegos em frutificação, apresentando boa carga de frutos. Videira em fase de frutificação, momento para realizar tratamentos fitossanitários, aplicação de calda à base de cobre, desbaste de ramos e folhas. Banana em emissão de cachos e já em colheita nas áreas onde não houve danos pela geada, forte brotação de novos afilhos. Abacate, manga e nogueiras em plena floração e início de frutificação.

Agricultores realizam monitoramento dos pomares relativamente a ataque de pragas e controle de doenças. Olerícolas Alho – Em decorrência dos diversos dias consecutivos de tempo firme, a colheita na região da Serra iniciou e ganhou ritmo. Apesar das condições climáticas adversas durante o desenvolvimento da planta e dos danos do temporal no final do mês passado, os bulbos mostram-se de boa qualidade, com calibre um pouco abaixo do esperado, porém, bem completos, firmes. Nas lavouras mais tardias, a prática cultural do despendoamento, ou seja, o corte da haste floral, está sendo concluída. Áreas implantadas com sementes livres de viroses estão apresentando bom desempenho, com produtividades superando em 15% a 20% em comparação com as demais. A preocupação maior e que vem se mantendo por todo o período de cultivo é com a rentabilidade da cultura, gerando muita insegurança com o fechamento das contas. Os custos ficaram acentuados e a perspectiva de precificação satisfatória não se consolida. Na região Nordeste as lavouras se encontram com desenvolvimento normal e em fase de bulbificação, apresentando índice de superbrotamento acima da média, consequência da elevada quantidade de chuvas ao controle de doenças, devido ao clima, e de pragas. Aipim/mandioca – No Vale do Caí, a cultura está em pleno desenvolvimento vegetativo, com clima favorável. As vendas estão a R$ 15,00/cx. de 20 quilos, e o preço se mantém estável. No Vale do Taquari, canteiros em desenvolvimento inicial. Nos últimos dias o produtor recebeu R$ 6,00/cx. de 20 quilos, e a colheita da safra anterior está finalizando. No Noroeste, a cultura de ano encontra-se em fase de colheita; é destinada para comercialização, consumo próprio ou para beneficiamento nas agroindústrias, sendo bastante difíceis o descasque e o cozimento. O preço médio recebido está em R$ 2,00/kg de mandioca com casca. Plantio concluído da nova safra, destinada para o autoconsumo, agroindustrialização embalada e produção de polvilho. A maioria dos produtores está fazendo o controle de ervas com capina manual; em áreas maiores, ocorre o controle químico.

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Abóbora híbrida – No Vale do Taquari, as lavouras estão na fase reprodutiva, floração e desenvolvimento dos frutos. Em algumas áreas já estão sendo escolhidas as frutas maiores para colheita e comercialização na Ceasa. O clima colaborou nos últimos dias para o desenvolvimento da cultura, não havendo grandes problemas com pragas e doenças. O preço recebido pelos agricultores nas primeiras sacas comercializadas é de R$ 16,00/sc. Milho verde – Também no Vale do Taquari a cultura encontra-se no estágio de desenvolvimento vegetativo, floração e início de colheita em algumas áreas. O rendimento é satisfatório, mantendo-se na média dos últimos anos, de 12 a 13 toneladas por hectare. O preço recebido pelos produtores está em R$ 0,25 a R$ 0,30/espiga. Produções do Vale do Caí Tomate cereja - A cultura se encontra na fase de desenvolvimento vegetativo e colheita. A situação fitossanitária no geral é boa, com alguma limitação de crescimento em função do calor em ambiente protegido e da ocorrência da pinta preta. Os preços situaram-se entre R$ 2,00 a R$ 2,20/bandeja. Chuchu - Houve reação no preço oferecido em relação à última semana. Encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo e colheita. Os produtores fazem as manutenções necessárias no pomar, mesclando com a colheita outras atividades, relativas à próxima florada e ao desenvolvimento de novos frutos. O período foi de intenso comércio da colheita da nova produção. Houve um acréscimo na cotação no decorrer do mês em relação ao último levantamento, supostamente em decorrência dos temporais ocorridos nos últimos dias na Serra, afetando a produção naquela região. Os preços nas últimas semanas se situaram em média de R$ 0,95 a R$ 1,10/kg. Repolho - No geral, a cultura se desenvolve sem maiores problemas que comprometam a produção; o clima favoreceu o desenvolvimento dos trabalhos e o da cultura no último período. Houve problemas pontuais com relação ao ataque da traça, depreciando a qualidade do produto. A fase está em desenvolvimento vegetativo e colheita. A cotação nos últimos dias se manteve praticamente estável, com preço médio praticado em torno de R$ 0,40/kg.

Pepino conserva - Lavouras em fase de desenvolvimento e colheita vigorosa, com aumento de oferta na Ceasa e no mercado em geral. Pepino conserva comercializado a R$ 50,00/cx. de 20 quilos. O preço baixou muito se comparado ao de 21 dias atrás. Feijão-vagem - Safra normal, sem problemas fitossanitários significativos, com aumento da oferta no período e consequente queda do preço do produto comercializado, comparativamente a 21 dias atrás: de R$ 45,00 a R$ 55,00/sc. de 10 quilos para R$ 20,00/sc. Pimentão - Em fase de desenvolvimento e colheita com preços estabilizados entre R$ 35,00 a R$ 40,00/cx. de 17 quilos. Frutícolas Pêssego – As áreas de pessegueiros na região Sul, uma das mais importantes zonas de produção deste fruto no RS, se encontram nas fases de frutificação e colheita. A colheita encontra-se em atraso de aproximadamente 20 dias, se comparada com a normalidade e média das safras de anos anteriores. Estão acontecendo as primeiras colheitas das cultivares mais precoces e destinadas para comércio in natura. Compradores de outras regiões, como da Serra, buscam pêssego na região Sul, pagando entre R$ 1,80 a R$ 2,00/kg. A indústria sinalizou um preço R$ 0,90 a R$ 1,10/kg da fruta sem classificação, mas produtores se mostram insatisfeitos com esses valores. Em 13 de novembro, em reunião na Associação de Produtores de Pêssegos de Pelotas, os sócios não concordaram com estes valores. Com a plena frutificação dos pomares, os persicultores seguem com os tratamentos fitossanitários para o controle das doenças fúngicas – principalmente a podridão parda, e também o da mosca das frutas. Muitos produtores relatam a intensificação do problema da morte precoce das plantas de pessegueiros. A estimativa da safra, até esse momento, é de que se deverá atingir uma produção de aproximadamente 30 milhões de quilos de frutas. As entidades do Sistema de Alerta Mosca das Frutas, através do boletim de nº 13, de 14/11/2018, informam que na maior parte das estações de monitoramento do Sistema de Alerta aumentou a quantidade de moscas capturadas durante a semana. A captura de moscas depende

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muito do local de instalação das armadilhas, bem como do entorno do pomar (proximidade de plantas hospedeiras da mosca das frutas). Durante a realização da colheita é importante que o produtor não se descuide do controle da mosca, fazendo a aplicação de isca tóxica ou por cobertura dos pomares. É necessário que o produtor utilize produtos recomendados, observando com rigor o prazo de carência, e equipamentos de proteção individual. Em Pelotas, começaram os preparativos para a Festa Municipal do Pêssego com a Abertura Oficial da Colheita do Pêssego na região, no próximo dia 02 de dezembro, no Rincão da Caneleira, Quilombo, 7º distrito de Pelotas. Em paralelo também será realizada a quinta edição da Quinzena do Pêssego, que acontece de 24 de novembro a 09 de dezembro de 2018. Morango – Na região Serrana segue firme a colheita da safra; normalmente, novembro é o mês de maior volume produzido pelas variedades de dias neutros, quase que exclusivamente cultivadas na região da Serra. Plantas sadias e boa carga de frutos, com bom calibre, sabor e ótima coloração. Mercado flui de forma tranquila, com colocação da produção sem maiores problemas, principalmente nas zonas de turismo intenso e nas áreas de menor intensidade de cultivo. Os preços se mantêm dentro de certa estabilidade e remuneradores, variando entre R$ 8,00/kg para grandes volumes e R$ 16,00/kg para entregas diretas ao consumidor. No Vale do Caí, cultivares de dias neutro estão em plena colheita com bom desempenho e frutos de qualidade. A ocorrência de ácaro e de moscas Drosophila e Zaprionus requer atenção no período, exigindo-se adequada estratégia de monitoramento e controle. A cumbuca está sendo comercializada no Vale do Caí a valores médios de R$ 2,50 a R$ 3,00/unidade. Também no Vale do Taquari é período de colheita. Cultivares de dia neutro apresentam boa produção neste mês de novembro, devido à maior luminosidade. Cultivares de dias curtos diminuem a produção de frutos. No período, reduziram-se bastante os problemas com pragas e doenças nas áreas de cultivo. Preço de venda de R$ 14,00 a R$ 15,00/kg para produtores tradicionais e de R$ 18,00 a R$ 20,00/kg para orgânicos. Olivas – Na região Sul, a cultura da oliveira se encontra em período de floração. Produtores estão preparados para os tratamentos fitossanitários durante essa fase nos pomares.

Na Campanha, os produtores realizam tratos culturais, poda e limpeza dos pomares de oliveiras. Comercialização de Hortigranjeiros Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da Ceasa/RS, no período entre 13 e 20/11/2018, tivemos 27 produtos estáveis em preços, dois em alta e seis em baixa. Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo. Um produto destacou-se em alta. Tomate caqui longa vida – de R$ 4,00 para R$ 5,00/kg (+25,00%). O Rio Grande do Sul ainda não iniciou a safra de verão. Dependemos para nosso abastecimento de tomates de outras regiões brasileiras. Da quinzena final de outubro para o presente período, havia expectativa de o abastecimento nacional do tomate ser normalizado e de as cotações serem reduzidas paulatinamente. Ocorre que neste mesmo período houve excesso de chuvas na região Sudeste do país, provocando quebras nas lavouras. Além disso, as frentes frias entradas diminuíram as temperaturas e o período de insolação, atrasando o aprontamento das lavouras. As cotações do produto até chegaram a descer no início de novembro, mas o excesso de pluviosidade naquela região provocou o descarte de frutos por danos da chuva, fato que limitou a oferta e manteve os preços altos. Por outro lado, são dignos de nota os preços baixos ocorridos em novembro de 2017. O excesso de oferta causou prejuízos aos produtores em todas as regiões. No presente ano muitos produtores buscaram fugir da colheita em novembro, na intenção de usufruir de melhores preços. É mais uma razão para a baixa oferta do produto em novembro. Em Porto Alegre a formação dos preços de atacado nesta terça-feira foi referenciada pela presença de apenas 217.180 quilos de tomate caqui longa vida. Este volume é bem reduzido se o compararmos com a média ocorrida por dia forte nos últimos três anos para novembro, de 476.690 quilos. Devido à grande disputa do produto pelo mercado varejista no Complexo Ceasa/RS, o mercado de ontem foi classificado como de procura. O preço formado nesta oportunidade foi R$ 5,00/kg, bem elevado se comparado à média do último triênio para novembro, de R$ 2,38/kg.

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Dois produtos destacaram-se em baixa. Couve-flor – de R$ 2,92 para R$ 2,08/cabeça (-28,77%). Com a troca da região produtora, a oferta da couve-flor está finalizando no Litoral Norte e iniciando nos Altos da Serra Gaúcha. O produto neste início de semana apresentou-se um pouco mais abundante e os preços reduziram. O abastecimento nesta oportunidade foi realizado com cerca de 2.191 dúzias de cabeças, volume ainda pequeno se comparado com a média por dia forte ocorrida nos últimos três anos para novembro, de 2.771 dúzias de cabeças. Com esta alteração na oferta, a formação dos preços de atacado estabeleceu-se em R$ 2,08/cabeça, valor este que se localizou muito próximo da média ocorrida no último triênio para novembro, de R$ 2,00/cabeça. Milho verde – de R$ 2,00 para R$ 1,50/bandeja de três unidades (-25,00%). A safra gaúcha de milho verde ainda é incipiente, e coincide com o período do mês em que a retração nas aquisições dos hortigranjeiros é mais contundente. Tais fatores derrubam o preço de atacado desta hortaliça O preço médio formado nesta oportunidade foi de R$ 1,50/bandeja, e caiu abaixo da média ocorrida no último triênio para novembro, de R$ 1,61/bandeja.

Produtos em alta

13/11/18 (R$)

20/11/18 (R$)

Aumento (%)

Tomate caqui longa vida (kg)

4,00 5,00 + 25,00

Cenoura (kg) 1,50 1,75 + 16,67

Produtos em baixa

13/11/18 (R$)

20/11/18 (R$)

Redução (%)

Laranja suco (kg)

1,15 1,10 - 4,35

Moranguinho (kg)

10,00 9,00 - 10,00

Brócolis (unidade)

2,00 1,67 - 16,50

Couve-flor (cabeça)

2,92 2,08 - 28,77

Milho verde (bandeja)

2,00 1,50 - 25,00

Batata (kg) 1,80 1,60 - 11,11 Fonte: Ceasa/RS.

OUTRAS CULTURAS

Fumo/tabaco - Produtores de tabaco finalizaram o transplante das mudas na região Sul do Estado.

Cultura na fase de desenvolvimento vegetativo e com bom desenvolvimento até o momento. Em colheita as folhas do baixeiro no tabaco transplantado mais no cedo. Em plantas de tabaco transplantadas mais cedo, tem início a atividade de capação. A abertura oficial da colheita do tabaco no RS acontecerá em Canguçu, no próximo 06 de dezembro. Em regiões de altitude, como a Centro-Serra e Alto da Serra do Botucaraí, a semana foi de atividades intensas na realização de práticas culturais de adubação nitrogenada em cobertura, desbrote, aplicações de inseticidas e manejo de plantas invasoras. No Baixo Vale do Rio Pardo, segue intensa a atividade de colheita das folhas do baixeiro das primeiras lavouras implantadas. Na Fronteira Noroeste e Missões, permanecem a atividade de desponte e a aplicação de antibrotantes. Iniciou a colheita das lavouras implantadas na época normal de plantio. As lavouras se apresentam com bom aspecto fitossanitário e bom desenvolvimento, apenas um pouco abaixo do esperado em função da ocorrência de temperaturas mais baixas. Nos locais de alta umidade do solo, há indícios de doenças, especialmente a murchadeira. Em alguns municípios, ocorreram vários casos de acionamento de seguro, tendo em vista o grande dano ocasionado pela última queda de granizo.

CRIAÇÕES Pastagens - Na região de pecuária de corte, o campo nativo está com boa produção de forragem; se as chuvas não falharem, as mesmas condições serão mantidas nas próximas semanas. No Litoral Sul, a falta de chuva já esteve evidente na região de banhado, pois as temperaturas mais altas e os ventos da estação começam a retirar umidade das plantas e do solo. Essa situação foi amenizada com as chuvas que ocorreram na região durante o fim de semana. Nas áreas com integração lavoura-pecuária, ocorre a dessecação das pastagens para implantação das lavouras de verão, principalmente a cultura de soja. O azevém está entrando em final de ciclo, com significativa perda de qualidade. Nas áreas onde é feito o manejo visando ressemeadura natural do azevém, este é o momento ideal para se fazer um diferimento dessas áreas para o próximo ano. Até o final de novembro continua a colheita das lavouras de aveia e azevém para produção de sementes.

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Na região da bacia leiteira, rebrotam as pastagens perenes de verão, possibilitando pastejo imediato; recomendamos realizar adubação. Ainda ocorrem o preparo das áreas e o plantio das pastagens anuais de verão. Intensifica-se a implantação das forrageiras de verão. As pastagens de trevos e cornichão ainda apresentam boa produção, melhorando a oferta de forragem para os rebanhos. Com a ocorrência de chuvas, muitos produtores realizam o plantio de milho para silagem. As áreas já plantadas de pastagem e milho se recuperam, pois o solo estava bastante seco. O milho cultivado para ensilagem está com bom desenvolvimento inicial. Há relatos sobre dificuldades no controle das lagartas. Bovinocultura de corte - O rebanho está com boa condição nutricional. O campo nativo está em pleno rebrote e favorece a disponibilidade de alimento aos animais. A condição do rebanho é considerada boa, já que as condições climáticas têm permitido o bom desenvolvimento dos campos nativos, que suportam assim uma maior quantidade de animais com boa oferta de forragens de boa qualidade. Os produtores que realizam sobressemeadura do campo nativo, feno com palha de arroz ou silagem, possuem melhor oferta de alimento aos animais. A saúde dos animais também é boa, com parasitas sob controle. Porém, na região de Soledade, há registros da incidência de carrapatos e resistência aos carrapaticidas em algumas propriedades. Durante novembro deve ser feita a vacinação obrigatória contra a aftosa em todos os bovinos e bubalinos de até 24 meses. A bovinocultura de corte está no período de final de parição, e o rebanho requer cuidados especiais com as matrizes e os terneiros recém-nascidos. Também tem início a estação de reprodução; deve-se cuidar para que essas matrizes não percam muita condição corporal para repetição de cria. As principais tarefas de manejo durante a primavera consistem no controle estratégico de endo e ectoparasitas, como carrapatos e moscas-do-chifre, realização dos exames andrológicos dos touros e tratamento de bicheiras (miíases). Ainda sobre o manejo, devemos realizar o preparo dos touros, realizando exames andrológicos para aferir a fertilidade, ou aquisições de novos, para realização do entoure, que deve durar até meados de fevereiro. O escore corporal das matrizes é muito bom, o que deve favorecer a ciclagem e melhorar a taxa de natalidade, principalmente nas propriedades mais tecnificadas. Estas técnicas de

manejo estão sendo adotadas, inclusive nas propriedades de pecuaristas familiares, já que padroniza o fornecimento de terneiros e facilita o controle reprodutivo e descarte de matrizes com problemas. Estão sendo realizados os protocolos de inseminação artificial por tempo fixo - IATF de novilhas e vacas com cria. Mercado Na região de Bagé, em Caçapava do Sul, ocorreu a segunda fase da Feira Oficial de Terneiros da Primavera; as médias dos preços foram de R$ 5,63/kg vivo para o terneiro, R$ 5,24/kg vivo para a terneira, R$ 5,11/kg vivo a vaquilhona e de R$ 4,43/kg para a vaquilhona prenha. Na região de Erechim, o boi gordo está sendo comercializado, em média, a R$ 4,55/kg vivo; vaca a R$ 3,50 a R$ 3,80/kg vivo e novilhos para reposição de R$ 5,00 a R$ 5,20/kg vivo. Na região de Passo Fundo, período típico de redução de oferta de animais, tanto para engorda como para recria, com mercado concentrado pontualmente nos sistemas confinados ou na comercialização de animais sem a devida aptidão para produção de carne (por exemplo, abate de animais de raças produtoras de leite oriundos da região, onde a atividade leiteira é bastante intensa). Os preços pagos na semana foram de R$ 4,80/kg vivo para o boi gordo; de R$ 3,60 a R$ 3,70/kg vivo para vaca descarte e para o novilho de engorda o preço pago ao produtor ficou entre R$ 4,90 e R$ 5,00/kg vivo. Na região de Pelotas com a melhora dos campos nativos e com a grande oferta de gado gordo, o preço baixou, reduzindo a margem dos invernadores. Há uma grande dificuldade de comercialização de terneiros inteiros. Isso ocorreu pelo fato de os produtores de alguns municípios terem sido incentivados a deixar os terneiros inteiros para venda para exportação, que acabou não acontecendo. Assim, a venda se dá por um preço mais baixo do que o prometido, pois a castração nesta época não é mais indicada por causa de bicheiras e outros transtornos como perda de peso; além disso, o manejo de terneiros inteiros é inviável devido à libido muito forte, o que causa saída dos limites da propriedade e outros percalços. Preços praticados nas regiões* Centro-Sul e Carbonífera

Categoria Preço** (R$/kg vivo)

Boi gordo 4,72

Boi de invernar 4,10

Vaca gorda 4,26

Vaca de 3,20

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invernar

Terneiro 5,32

Terneira 4,80

Búfalo 4,00 *Integradas pelos municípios de Camaquã, Tapes, Barra do Ribeiro, Dom Feliciano, Barra do Ribeiro, Guaíba, Eldorado do Sul, Butiá, São Jerônimo, Arroio dos Ratos e Minas do Leão. ** Prazo de pagamento de 30 e 60 dias. Fonte: Escritório regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre.

Na região de Santa Rosa, segundo compradores de gado da região, o mercado continua pouco aquecido, embora a oferta de gado gordo neste momento também tenha diminuído; assim, a comercialização se regulariza dentro da oferta e procura com preços sem grandes oscilações. Não tem ocorrido ataque severo de carrapatos, controlados de acordo com a particularidade de cada propriedade. Preços e prazos praticados em Bossoroca

Categoria

animal

Preços (R$/kg

vivo)

Prazos

Terneiro 4,80 a 5,00 à vista

Terneira 4,60 a 4,80 à vista

Novilha 1,0

ano

4,60 à vista

Novilha 2,0

anos

4,60 à vista

Novilha

prenhe

4,00 a 4,20 à vista

Novilho 1,0

ano

4,80 à vista

Novilho 2,0

anos

4,70 à vista

Boi gordo 4,40 30 dias

Boi gordo 4,80 a 5,00 à vista

Vaca magra 3,50 a 3,60 à vista

Vaca gorda 3,60 a 3,90 30 dias

Touro

descarte

3,00 a 3,40 à vista

Observações: 1) vaca com cria ao pé - R$

1.800,00 a R$ 2.200,00/cabeça, com prazo de

pagamento à vista. 2) Os preços acima são do

início da semana (19/11) e podem variar a

qualquer momento, conforme oportunidade dos

negócios.

Fonte: Escritório regional da Emater/RS-Ascar

de Santa Rosa.

Preços praticados nas regiões Centro-Sul e Carbonífera

Categoria Preços (R$/kg vivo)

Boi gordo 4,72

Boi de invernar 4,10

Vaca gorda 4,26

Vaca de invernar 3,20

Terneiro 5,32

Terneira 4,80

Búfalo 4,00 Observação: prazo de pagamento 30 e 60 dias. Fonte: Escritório regional Emater/RS-Ascar de Porto Alegre

Bovinocultura de leite - A semana foi bastante ensolarada, com temperaturas elevadas durante a tarde e amenas durante a noite. As chuvas no final de semana amenizaram a dificuldade de falta de água para as lavouras e pastagens. Produtores que possuem sistema de irrigação já fazem uso da ferramenta, trazendo benefícios produtivos e mantendo o desenvolvimento das pastagens. As condições nutricionais e sanitárias estão satisfatórias. A produção de leite está estabilizada com ligeira alta. As pastagens apresentam bom crescimento possibilitando boa oferta de alimento volumoso para os animais, garantindo não somente produção de leite, mas também ganhos de escore corporal para as demais categorias, além das vacas em lactação. As condições climáticas têm contribuído para a boa condução das lavouras de milho destinadas à produção de silagem. As pastagens perenes de verão, em especial o tífton e a jiggs, apresentam um excelente rebrote, sendo amplamente aproveitadas com pastejo e para elaboração de feno. São diversos os relatos de ocorrência de cigarrinhas das pastagens, o que vem dificultando o manejo e a oferta de pasto nas áreas perenes. Inicia-se o pastejo das culturas anuais de verão, principalmente o capim sudão, o milheto, o sorgo e também o das culturas perenes. As condições climáticas estão favoráveis para as forrageiras, sendo que as pastagens perenes de verão estão com ótimo desenvolvimento e fornecendo alta quantidade de massa verde para o pastoreio. Os produtores estão realizando adubação de potássio e nitrogênio em cobertura nas pastagens perenes de verão para potencializar o rebrote e a produção de forragem. O calor, como o da semana que passou, faz com que os animais diminuam a ingestão de pasto quando expostos ao sol quente, por isso buscam se concentrar em áreas de sombra, principalmente na parte da tarde. Em casos de não ter sombra suficiente, os produtores precisam ajustar a dieta

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dos animais, para que não passem muito tempo sem ingerir alimentos, o que poderia causar uma acidose ruminal. Neste caso, o incremento de feno na dieta se torna importante para estimular a ruminação. Com a chegada da estação quente, aumentam problemas com a sanidade dos animais, como aumento nos casos de mastite clínica e enfermidades causadas por pragas e insetos (carrapato e mosca-do-chifre). Mercado Na região de Bagé, os produtores estão motivados pela melhor condição de pagamento do produto. Para as propriedades que apresentam maior volume de produção, a remuneração, hoje, está superior a R$ 1,45/L. Os preços recebidos referentes à produção de outubro ficaram na faixa de R$ 1,04 a R$ 1,45/L, variando de acordo com o volume produzido e as bonificações por qualidade. Houve uma queda abrupta de cerca de 10% nos preços recebidos pelos produtores; o preço médio na região é de R$ 1,20/L. Muitos produtores desanimaram com a Para o pagamento da produção do mês de novembro, está confirmada a baixa de,10 centavos no litro do leite nessa região. De forma geral, a produção de leite está aumentando nesta época, por isso houve redução de R$ 0,08/L no preço pago para os produtores de leite na semana passada em relação ao valor pago em outubro e redução de R$ 0,20 em relação ao pago em setembro. Preços do leite recebido pelos produtores em

alguns municípios do Estado

Município Preços (R$/L)

Aceguá 1,29

Alegrete 1,15

Antônio Prado 1,16

Bagé 1,29

Canguçu 1,09

Carlos Barbosa 1,37

Chapada 1,26

Dr. Maurício Cardoso 1,44

Encruzilhada do Sul 1,10

Erechim 1,20

Frederico Westphalen 1,10

Ibiraiaras 1,28

Júlio de Castilhos 1,23

Lagoa Vermelha 1,28

Palmeira das Missões 1,10

Passo Fundo 1,10

Pelotas 1,12

Rio Grande 0,99

Santa Maria 1,29

Santa Rosa 1,32

Santo Augusto 1,40

São Lourenço do Sul 1,20

Teutônia 1,22

Venâncio Aires 1,15 Fonte: Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater-

RS/Ascar.

Conforme relatório de preços semanais recebidos pelos produtores, coletados no período de 19 a 23/11/2018, o preço do leite variou entre R$ 0,99 e R$ 1,40/L, de acordo com o volume e a qualidade do produto. O preço médio ficou em R$ 1,21/L, apresentando estabilidade em relação às últimas seis semanas. Ovinocultura – Nesta primavera o clima ameno e seco favorece o estado nutricional e sanitário do rebanho ovino que vinha sofrendo com as fortes chuvas e as baixas temperaturas, nos meses de inverno. Com o término da parição, agora são realizadas atividades de assinalação, castração, descola, monitoramento e tratamento de verminoses, vacinação contra clostridioses, desmame e suplementação de cordeiros, prevendo abate no período do Natal e Ano Novo. Foi realizado o preparo dos carneiros para a estação de monta que começa em janeiro, com casqueamento, desvermifugação, exame andrológico, dando uma boa condição corporal ao rebanho. Período de esquila, para aproveitar o preço favorável da lã fina (merino), que chega a R$ 32,00/kg. No geral o clima durante a semana foi bom para estas operações; a exceção ocorreu na região de Santa Rosa e nas Missões, onde as chuvas constantes têm interrompido as operações de esquila. Mesmo assim em torno de 60% dos ovinos se encontram tosados e dosificados. Em Pantano Grande, aproximadamente 70% do rebanho já foi esquilado, com preços variando de R$ 7,00 a R$ 10,00 por animal esquilado. Geralmente após a carência da medicação, começam a ser comercializados os ovinos mais velhos, sendo que os borregos (sete a 15 meses) deverão ter sua maior oferta a partir do final de dezembro. Mercado A baixa oferta de animais para abate tem mantido os preços do cordeiro e do borrego em patamares

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elevados, que também é decorrente da época. Segue procura de animais para abate e terminação, tanto de cordeiros como de outras categorias. Preços recebidos pelos ovinocultores na região Sul

Produto/espécie Mínimo (R$/kg)

Máximo (R$/kg)

Ovelha 5,00 5,50

Cordeiro 6,00 7,00

Capão 5,00 6,00

Lã Merina 25,00 28,00

Lã Ideal (Prima A) 20,00 23,00

Lã Corriedale (Cruza um)

8,00 11,00

Lã Corriedale (Cruza dois)

6,00 9,00

Fonte: Escritório regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas

Suinocultura - Os preços pagos ao produtor de suínos da última semana mantiveram-se estáveis comparativamente ao período anterior, com valores de R$ 2,80/kg vivo para o produtor integrado e de R$ 3,80/kg vivo para o produtor independente. Produtores que trabalham no sistema de parceria estão recebendo entre R$ 25,00 e R$ 37,00/animal terminado na região de Erechim e entre R$ 13,00 a R$ 17,00 por suíno entregue na região de Santa Rosa. Os leitões estão cotados a R$ 2,90/kg vivo. No mercado independente, os valores estão um pouco acima. Na região de Santa Rosa, a atividade da suinocultura está praticamente restrita a terminadores integrados, a alguns autônomos e à criação para consumo nas propriedades. Em vários municípios tem se concluído pocilgas e ampliações, com isso aumentando o número de leitões alojados para terminação. Ocorre aumento gradual dos custos de produção devido à elevação dos preços dos alimentos concentrados básicos, como milho e soja; em consequência há queda da rentabilidade aos produtores. Piscicultura - Seguem as reservas de alevinos e o repovoamento dos tanques. Na região de Santa Rosa, a oferta de pescado está normal. As chuvas abundantes garantem uma boa quantidade de água nos açudes e reservatórios. Continuam o manejo dos tanques com peixes e o preparo dos açudes que deverão receber alevinos, melhorando à qualidade da água para o repovoamento dos mesmos com o policultivo de carpas. Produtores estão adquirindo alevinos para repovoar os

açudes, principalmente através das secretarias municipais da agricultura. Está se desenvolvendo em vários municípios a criação comercial de tilápias. Preços praticados para peixes de água doce

Produto/espécie Mínimo (R$/kg)

Máximo (R$/kg)

Carpa cabeça grande (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa cabeça grande (vivo)

5,50 7,00

Carpa capim (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa capim (vivo) 5,50 8,00

Carpa húngara (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa húngara (vivo) 5,50 7,00

Carpa prateada (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa prateada (vivo) 5,50 7,00

Carpas em geral (eviscerada)

14,00 15,00

Carpas em geral (postas)

22,00 25,00

Tilápia (filé) 27,00 32,00

Tilápia (vivo) 5,50 6,60 Observação: na região de Erechim o filé de tilápia foi comercializado a R$ 25,00/kg e as carpas inteiras entre R$ 8,00 e R$ 12,00/kg. Fonte: Escritórios regionais da Emater/RS de Porto Alegre e Erechim

Pesca artesanal Na região de Pelotas, período de safra na Lagoa dos Patos.

Lagoa dos Patos, pouco peixe foi capturado; a pesca do bagre está proibida em função de normatização estadual. A safra da corvina começou bem fraca, mas na última semana, com diminuição do nível da água da lagoa foi aumentando a quantidade capturada. Indícios de água salgada no estuário da Lagoa dos Patos.

Na bacia da Lagoa Mirim, o período de defeso segue até 31/01/2019.

No município de Tavares, entressafra de camarão. Os pescadores estão capturando papa-terra e tainha.

Na região de Porto Alegre, algumas ocorrências de maré alta/ressaca na costa marinha dificultam na maior parte dos dias a entrada e saída de

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embarcações pesqueiras, que esperam o momento certo de maré intermediária para se lançarem ao mar. Porém, as pescarias têm diminuído o volume de captura.

Em Palmares do Sul, o mar

agitado impossibilita a pesca de cabo e

bote, com pouco peixe sendo pescado.

Preços pagos aos pescadores de Torres

Produto/Espécie Produção Preços (R$/kg)

Abrótea (filé) boa 12,50

Anchova baixa 15,50

Corvina baixa 12,50

Linguado (filé) baixa 25,00

Pampo boa 11,00

Papa-terra média 14,50

Peixe-anjo (filé) boa 16,50

Pescada (filé) boa 16,00

Sardinha baixa 10,50

Tainha boa 14,40

Tilápia (filé) boa 22,00

Tilápia (eviscerada) boa 14,00

Tilápia (viva) boa 8,00 Observação: os pescadores artesanais estão pescando mas a produtividade e produção geral da pesca embarcada, pesca de cabo e com outras artes é baixo no período. Fonte: Escritório Regional de Porto Alegre

Capão da Canoa

Na Lagoa dos Quadros, no rio Tramandaí, em banhados adjacentes e na parte capturada nas águas doces do Sul do Estado, o período da pesca na lagoa encerrou-se dia 31 de outubro.

Pesca no mar: captura de 750 quilos de tainha, anchova, pescada e papa-terra, comercializados ao preço médio de R$ 10,00 a R$ 15,00/kg.

Na região de Santa Rosa, com a entrada da piracema, as atividades no rio diminuíram bastante, sendo restritas à pesca com linhas e ao transporte de passageiros.

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ASSOCIAÇÃO SULINA DE CRÉDITO E ASSISTÊNCIA RURAL – ASCAR

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2013/2017

22/11/2018 15/11/2018 25/10/2018 23/11/2017 GERAL NOVEMBRO

Arroz em Casca 50 kg 41,13 42,14 43,43 40,57 45,79 45,64

Feijão 60 kg 140,48 140,48 139,47 148,65 189,96 174,51

Milho 60 kg 34,65 34,79 36,45 29,29 32,03 32,06

Soja 60 kg 74,41 75,45 78,21 71,42 76,42 77,66

Sorgo Granífero 60 kg 27,85 27,85 28,39 22,98 27,94 27,60

Trigo 60 kg 37,85 37,91 39,23 33,45 38,18 36,23

Boi para Abate kg vivo 4,74 4,76 4,68 5,22 5,39 5,18

Vaca para Abate kg vivo 4,01 4,02 3,93 4,51 4,81 4,60

Cordeiro para Abate kg vivo 6,38 6,37 6,41 6,83 5,72 5,87

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,11 3,15 3,10 3,70 4,00 4,10

Leite (valor liquido recebido) litro 1,21 1,23 1,24 1,03 1,11 1,11

19/11-23/11 12/11-16/11 22/10-26/10 20/11-24/11

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são valores corrigidos. Média Gera l

é a média dos preços mensais do quinquênio 2013-2017 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2013-2017.