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LEIA NO EDITORIAL “Juntos, podemos mais” LEIA NESTA EDIÇÃO Situação das colheitas das culturas de verão: Soja com 35%; arroz com 45%; milho com 83% e feijão 1ª safra com cerca de 94%. N.º 1.496 5 de abril de 2018 Aqui você encontra: Editorial Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Análises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte. Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. EDITORIAL “Juntos, podemos mais” Numa breve avaliação das atividades frente à Emater/RS-Ascar, consideramos importante destacar que nesses pouco mais de três anos implementamos uma gestão mais eficiente, direcionada às regras oficiais do serviço público, respeitando, por exemplo, as questões de licitações, de regra pública de gestão, como se fosse uma prefeitura, já que a Emater/RS- Ascar também é fiscalizada por órgãos públicos, por receber recursos públicos, e nos adequamos à isso. Acredito que minha experiência como prefeito foi importante para que consolidássemos uma gestão clara e transparente, levando essa essência para o campo, mostrando para os colegas os números da Emater/RS-Ascar quanto a investimentos, ou seja, aproximamos o colega da ponta com o Escritório Central. Nesse contato direto com o nosso técnico, que é quem sabe o que o agricultor precisa, surgem ideias para novas políticas públicas e para a aplicação de recursos. Portanto, quando uma política pública é pensada, ela em para atender a necessidade do nosso agricultor. Isso é otimizar o recurso público, muito escasso hoje em todos os níveis de governo. Temos que otimizar o uso de cada centavo. Com medidas adotadas para a redução de despesas de custeio, podemos contabilizar na casa 49 milhões de economia, sem considerar o ano de 2018. É um recurso que muitas prefeituras não têm no ano. Essa economia e a redução de gastos, como alguns desligamentos, através dos PDI, proporcionaram à Emater/RS-Ascar ter as condições de manter os salários dos seus servidores em dia, assim como o pagamento das bonificações, gratificações e promoções, e todos os direitos instalados pelo PCS da nossa Instituição, além da reposição salarial a todos, acima da inflação. Isso foi o resultado do esforço conjunto de cada um, que economizou os reais, que proporcionou a saúde financeira da Emater. Vamos terminar essa gestão com mais de 25 milhões de reais em caixa, que garantirá à próxima administração recursos para no mínimo duas folhas de pagamento. Não só economizamos, mas buscamos novas receitas, com outros parceiros, com a realização de créditos, enfim, a Emater/RS-Ascar realmente se modernizou e está acompanhando a evolução do tempo e da tecnologia. Estamos nos preparando para sermos uma Insittuição cada vez mais forte, sólida e que continuará cumprindo com seu papel social, técnico e ambiental lá no campo. Mesmo com dificuldades financeiras, não deixamos de atender nenhuma das famílias assistidas no campo. Não deixamos faltar combustível nem material de expediente, ou a manutenção dos veículos, nem qualificação e treinamento aos colegas. Pelo contrário, algumas dessas ações foram ampliadas para que o extensionista pudesse atender mais pessoas, como a compra de computadores e tablets, para facilitar a vida do colega no campo. Ao colocar um pouco mais de tecnologia, avançamos muito em ações técnicas no campo. Saio da Emater/RS-Ascar melhor do que entrei, pois peguei um pouquinho da experiência de cada colega e levo isso como uma bagagem cultural, tecnológica e emocional para meus dias de trabalho. Saio melhor porque o trabalho do colega lá no campo me motivou a cada dia fazer o meu trabalho, sempre amparado nas decisões em conjunto com diretoria, gerentes e colegas lá do campo. Eu não sei caminhar sozinho. Caminho sempre ao lado e pessoas que possam ajudar nessa caminhada e, certeza, essa caminhada foi muito boa de ser feita. Então, saio fortalecido e orgulhoso do dever cumprido. Parabéns a cada um e cada uma, desde o gabinete até os estagiários. Juntos, podemos mais. Clair Kuhn Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

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LEIA NO EDITORIAL

“Juntos, podemos mais”

LEIA NESTA EDIÇÃO Situação das colheitas das culturas de verão: Soja com 35%; arroz com 45%; milho com 83% e feijão 1ª safra com cerca de 94%.

PANORAM A GERAL

N.º 1.496

5 de abril de 2018

Aqui você encontra:

Editorial

Panorama Geral

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Análises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

Informativo Conjuntural – Desde 1989

auxiliando você na tomada de decisões.

EDITORIAL

“Juntos, podemos mais” Numa breve avaliação das atividades frente à Emater/RS-Ascar, consideramos importante destacar que nesses pouco mais de três anos implementamos uma gestão mais eficiente, direcionada às regras oficiais do serviço público, respeitando, por exemplo, as questões de licitações, de regra pública de gestão, como se fosse uma prefeitura, já que a Emater/RS-Ascar também é fiscalizada por órgãos públicos, por receber recursos públicos, e nos adequamos à isso. Acredito que minha experiência como prefeito foi importante para que consolidássemos uma gestão clara e transparente, levando essa essência para o campo, mostrando para os colegas os números da Emater/RS-Ascar quanto a investimentos, ou seja, aproximamos o colega da ponta com o Escritório Central. Nesse contato direto com o nosso técnico, que é quem sabe o que o agricultor precisa, surgem ideias para novas políticas públicas e para a aplicação de recursos. Portanto, quando uma política pública é pensada, ela em para atender a necessidade do nosso agricultor. Isso é otimizar o recurso público, muito escasso hoje em todos os níveis de governo. Temos que otimizar o uso de cada centavo. Com medidas adotadas para a redução de despesas de custeio, podemos contabilizar na casa 49 milhões de economia, sem considerar o ano de 2018. É um recurso que muitas prefeituras não têm no ano. Essa economia e a redução de gastos, como alguns desligamentos, através dos PDI, proporcionaram à Emater/RS-Ascar ter as condições de manter os salários dos seus servidores em dia, assim como o pagamento das bonificações, gratificações e promoções, e todos os direitos instalados pelo PCS da nossa Instituição, além da reposição salarial a todos, acima da inflação. Isso foi o resultado do esforço conjunto de cada um, que economizou os reais, que proporcionou a saúde financeira da Emater. Vamos terminar essa gestão com mais de 25 milhões de reais em caixa, que garantirá à próxima administração recursos para no mínimo duas folhas de pagamento. Não só economizamos, mas buscamos novas receitas, com outros parceiros, com a realização de créditos, enfim, a Emater/RS-Ascar realmente se modernizou e está acompanhando a evolução do tempo e da tecnologia. Estamos nos preparando para sermos uma Insittuição cada vez mais forte, sólida e que continuará cumprindo com seu papel social, técnico e ambiental lá no campo. Mesmo com dificuldades financeiras, não deixamos de atender nenhuma das famílias assistidas no campo. Não deixamos faltar combustível nem material de expediente, ou a manutenção dos veículos, nem qualificação e treinamento aos colegas. Pelo contrário, algumas dessas ações foram ampliadas para que o extensionista pudesse atender mais pessoas, como a compra de computadores e tablets, para facilitar a vida do colega no campo. Ao colocar um pouco mais de tecnologia, avançamos muito em ações técnicas no campo. Saio da Emater/RS-Ascar melhor do que entrei, pois peguei um pouquinho da experiência de cada colega e levo isso como uma bagagem cultural, tecnológica e emocional para meus dias de trabalho. Saio melhor porque o trabalho do colega lá no campo me motivou a cada dia fazer o meu trabalho, sempre amparado nas decisões em conjunto com diretoria, gerentes e colegas lá do campo. Eu não sei caminhar sozinho. Caminho sempre ao lado e pessoas que possam ajudar nessa caminhada e, certeza, essa caminhada foi muito boa de ser feita. Então, saio fortalecido e orgulhoso do dever cumprido. Parabéns a cada um e cada uma, desde o gabinete até os estagiários. Juntos, podemos mais.

Clair Kuhn Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

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PANORAM A GERAL MELHORAMENTO PRODUZ LEITE QUE GERA

MENOS ALERGIA

Estudos de melhoramento genético da Embrapa Gado de Leite em parceria com as associações de criadores buscam reduzir a alergia às beta-caseínas, que correspondem a 30% das proteínas do leite. Uma nova característica genética, adquirida através de testes de progênie das raças e usados na fertilização das vacas, permite a produção do leite chamado de A2. De acordo com pesquisadores da Embrapa, há evidências de que a beta-caseína do leite A2 não causa reações em humanos que têm alergia a essa proteína. No Brasil, cerca de 350 mil pessoas são alérgicas à proteína do leite de vaca. Os alérgicos precisam eliminar o alimento das suas dietas e buscar os nutrientes em produtos alternativos. Apesar de não ser indicado para todas as pessoas, o leite A2 será benéfico para muita gente. O leite A2, quando digerido pelo ser humano, não forma a substância chamada beta-casomorfina-7 (BCM-7), responsável por desencadear o processo alérgico. Segundo alguns estudos, há cerca de oito mil anos se produzia apenas este leite, mas uma mutação genética nos bovinos levou ao surgimento de animais com o gene para produção de leite A1. Nas raças Holandesa e Pardo-suíça, há uma chance de 50% de produzir leite A2. Já na Jersey chega a 75%. Por outro lado, 98% dos indivíduos da raça Zebu têm genética positiva para produção de leite A2. Este é um mercado promissor. Fonte: Embrapa

ARROZ CRESCE EM ÁGUA SALGADA

Os cientistas chineses desenvolveram vários tipos de arroz que podem ser cultivados em suas águas marinhas, gerando comida para 200 milhões de pessoas, aproximadamente a população do Brasil. Pesquisadores de todo o mundo tentaram cultivar o grão em água salgada por muitas décadas. Especificamente o governo chinês estuda desde os anos 70, mas somente agora conseguiram desenvolver variedades que podem ser comercialmente viáveis. O estudo foi levado a cabo pela Universidade Yangzhou. O novo arroz foi cultivado em um campo experimental próximo à cidade litorânea de Qindao, no Leste da província de Shandong. Foram semeados 200 tipos diferentes do grão para investigar qual cresceria

melhor em condições salgadas. A água do mar bombeada para os campos se diluía e logo se canalizava em arrozais. Os cientistas tinham uma expectativa de produzir 4,5 toneladas de arroz por hectare, mas as lavouras excederam as estimativas, chegando a produzir 9,3 toneladas por hectare. Há um milhão de quilômetros quadrados de terra na China, onde não há lavouras devido ao alto nível de salinização. Os pesquisadores esperam poder ocupar essas áreas com o novo arroz. Se um décimo dessas áreas for plantado com arroz, se produz 50 milhões de toneladas de comida, o que é suficiente para alimentar 200 milhões de pessoas e aumentar a produção chinesa de arroz em 20%. Fonte: Agrolink

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS

NA SEMANA DE 29/3/2018 A 04/4/2018 No período entre 29 de março e 04 de abril ocorreram chuvas significativas sobre grande parte do RS. A atuação de áreas de baixa pressão e a passagem de um sistema frontal no oceano mantiveram a nebulosidade e favoreceram a ocorrência de pancadas de chuva em praticamente todas as regiões, principalmente na Metade Leste e no Nordeste Gaúcho. Os totais acumulados foram inferiores a 10 mm na Campanha e no Extremo Sul; no restante do Estado os valores oscilaram entre 30 e 50 mm na maioria das localidades. Na Serra do Sudeste, Litoral e na Serra do Nordeste ocorreram chuvas mais intensas com volumes acima de 100 mm em vários municípios. Os totais mais elevados registrados nas estações do INMET e da rede SEAPI/SEMA ocorreram em Canela e Caxias do Sul (70 mm), Santiago (93 mm), Mostardas (118 mm), Campo Bom (120 mm), Camaquã (128 mm) e Encruzilhada do Sul (183 mm). A temperatura mínima (13,3°C) ocorreu no dia 03/4 em São José dos Ausentes e o maior valor de temperatura máxima (31,7°C) foi observada em São Luiz Gonzaga no dia 30/3.

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PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A

SEMANA DE 05/4/2018 A 11/4/2018 A próxima semana deverá ter chuvas com baixos volumes na maior parte do RS. A previsão meteorológica indica que entre a quinta (05/4) e o domingo (08/4) o tempo permanecerá seco, com temperaturas amenas no período noturno e mais elevadas durante o dia. A partir da segunda-feira (09/4), o ingresso de ar quente e úmido aumentará a temperatura e a nebulosidade, e deverão ocorrer pancadas de chuva em todas as regiões. Os totais esperados deverão ser inferiores a 20 mm na maioria das áreas; na Serra do Nordeste, Campanha e na Zona Sul os valores deverão oscilar entre 20 e 35 mm; na Fronteira Oeste os totais esperados poderão superar 50 mm em várias localidades.

GRÃOS Arroz – Os produtores concentram suas atenções nos trabalhos da colheita que avançou favorecida pelas condições meteorológicas registradas durante a semana; tal percentual está próximo da média dos últimos anos, que é de 45%, para esta época. A região da Fronteira Oeste segue como a mais adiantada, com boa parte dos municípios alcançando percentuais que ultrapassam os 70%. Nessa região as produtividades estão ao redor de 8.500 kg/ha, sendo que a qualidade do produto (rendimento no engenho) é considerada boa, ficando próxima dos 60% de grãos inteiros. Embora outras regiões importantes apresentem resultados inferiores em produtividade, como a Planície Costeira Externa (7.500 quilos em média), a média geral para o Estado tem se mantido, até aqui, ao redor dos oito mil quilos por hectare. Em termos de comercialização a situação segue inalterada; os preços praticados para o produto não apresentam reação. Na semana o preço médio da saca de 50 kg do arroz em casca foi de R$ 34,28.

Milho – A colheita segue sem maiores percalços, atingindo nesta semana 83% da área plantada. À exceção de alguns poucos casos pontuais de áreas plantadas mais no tarde e que enfrentaram deficiência hídrica durante a fase de floração, as produtividades seguem se mantendo em níveis satisfatórios nas regiões mais ao Norte, sustentando a média estadual próxima dos seis mil kg/ha, apesar dos problemas enfrentados pelas regiões da Campanha e Sul. O preço médio da saca de 60 kg do milho foi de R$ 33,87, subindo mais 1,83% sobre a da semana anterior.

Soja – A colheita avançou rapidamente durante o período, apesar de algumas chuvas mais abundantes em determinadas regiões, como na Central. Neste momento o percentual de área colhida chega a 35% do total plantado, com mais 40% prontos para tanto. No início da colheita, as lavouras apresentaram produtividades elevadas, atendendo às expectativas dos produtores. À medida que a colheita avançou para cultivares implantadas mais para o final do período de plantio e para cultivares com ciclo mais longo, as produtividades começaram a diminuir. Segundo técnicos, essa queda na produtividade pode estar associada à ocorrência de doenças de final de ciclo, principalmente a ferrugem asiática, e a períodos de poucas chuvas no estádio de enchimento de grãos. Esses fatores também

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aceleraram o ciclo da cultura, provocando a antecipação da maturação e comprometendo, em parte, o enchimento de grãos. Como consequência, os números finais das produtividades obtidas pelos agricultores apresentam grande variação. Segundo depoimentos de produtores, os rendimentos obtidos oscilam entre 30 e 80 sacos/ha, o equivalente a 1,8 mil kg/ha e 4,8 mil kg/ha, respectivamente. A produtividade média estimada para o Estado, até o momento, se situa ao redor dos três mil quilos por hectare.

O preço da saca de soja teve seu preço médio em R$ 72,28, aumento de 2,16% na semana.

Feijão 1ª safra - Nos Campos de Cima da Serra, que cultiva o feijão numa faixa intermediária entre as safras, a colheita teve uma leve estagnação, em decorrência das condições climáticas de chuvas frequentes e alta umidade, que não permitem a operação de colheita. Os produtores estão apreensivos com a possibilidade de alguma redução na qualidade dos grãos em função desse longo período de umidade e temperatura relativamente alta, que propicia a germinação do grão antes da colheita, que já ultrapassa os 55%. Feijão 2ª safra - Lavouras evoluem rapidamente para estádio reprodutivo e colheita nas áreas plantadas no cedo, mantendo bom desenvolvimento fitossanitário. Em algumas regiões, a diferença climática ocorrida especialmente na última semana, com dias quentes e noites frias, prejudicou o desenvolvimento em áreas pontuais. Na região Noroeste, teve início a colheita das primeiras lavouras da safrinha, mas boa parte da área ainda se encontra em formação de vagens. Áreas já em colheita nessa região apresentam produtividades diversas, mas na média estão em 1.200 quilos por hectare. Cultura destinada à subsistência familiar, com venda de alguns excedentes.

A saca de 60 kg do feijão preto teve pequeno aumento de 0,09% em relação à semana anterior, no RS, indo para R$ 130,25.

Aveia branca - Em Novo Machado está ocorrendo a semeadura em áreas onde foi colhida soja precoce, mas neste momento se visa à produção de palhada para a cultura do milho e de pastagem para bovinos de leite. O mercado de sementes está aquecido devido à formação das pastagens de inverno. Cultura deverá receber pequeno

incremento na área cultivada, devido à possibilidade de redução da área de trigo, a qual deverá ser implantada para grãos e cobertura de solos no inverno.

Canola - Está aberto o período para encaminhamento de custeio das lavouras. A cultura se apresenta como alternativa aos produtores que estão em busca de cultivos em substituição ao trigo. O preço de referência a ser pago pela saca de 60 kg é de R$ 69,78.

Painço - O plantio de algumas áreas de safrinha foi realizado após a colheita da soja precoce em Novo Machado (200 hectares), Porto Mauá (50 hectares) e Tucunduva, com o propósito de rotacionar culturas e de possibilitar renda na entressafra. As lavouras estão com bom desenvolvimento. O preço é de R$ 85,00/sc. de 60 quilos.

HORTIGRANJEIROS

Situações Regionais

Nas regiões Celeiro, Alto Jacuí e Noroeste Colonial, o período é de redução de oferta das folhosas (alface e rúcula). A boa umidade e as temperaturas favoráveis à evolução das hortaliças nos canteiros contribuíram para o seu bom desenvolvimento, principalmente aquelas em estádios iniciais de desenvolvimento. Aumento considerável da oferta de mandioca, oriunda dos cultivos iniciados na primavera. Cultura do tomate apresenta boa formação inicial de frutos, desenvolvimento normal e boa produção; baixa incidência de pragas e doenças. Um maior número de consumidores esteve nas feiras durante o período da Semana Santa em função da comercialização de peixes, o que aumentou também a procura por olerícolas. As frutas rosáceas entram em dormência. Videira acelera a queda de folhas. Citros com bom potencial produtivo, mas apresentam sintomas de ataque de ácaro e cancro cítrico. Aumento da incidência de mosca das frutas no morango. Na Fronteira Noroeste e Missões, as temperaturas mais amenas têm proporcionado bom desenvolvimento às folhosas. Nas propriedades, a produção dos próximos meses está sendo planejada e organizada. Hortas caseiras estão em fase de semeadura e transplante de mudas para a produção de outono-inverno. Hortas comerciais de produção de folhosas somente com uso de filmes,

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telas e irrigação, devido à grande radiação solar, que causa forte perda de água das plantas, e às vezes, também a queima das folhas. Devido à diminuição das temperaturas, têm início a implantação de algumas variedades de repolho e couve-flor e a semeadura de cebola para posterior transplante. Ocorrem a encomenda de mudas de morango, batata semente e alho e o preparo das áreas para implantação de espécies de inverno. Continua a produção de hortaliças de verão como a abobrinha, vagem, quiabo; com as temperaturas mais amenas voltou a produção de chuchu. Está ocorrendo a implantação de alho, couve, repolho e hortaliças de outono. Cresce a demanda por projetos de financiamento de instalações de estruturas de estufa e bancadas para o cultivo semi-hidropônico de alface, rúcula e moranguinho na região. No momento, há colheita de frutas cítricas precoces (bergamotas e tangerinas, laranja do céu e limão taiti), bananas; em fase final a colheita de figo, goiaba, maracujá, manga e caqui. Há um ataque bastante grande dos pássaros, principalmente nas culturas do caqui e goiaba. Os fruticultores comerciais estão realizando o manejo pós-colheita dos pomares para manutenção das folhas nas plantas. Os citros estão com bom desenvolvimento de frutas. No Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, as condições climáticas da semana foram de baixa radiação solar, presença de chuvas e chuviscos, alta umidade relativa e temperaturas amenas, que não são ideais para o crescimento e desenvolvimento de hortaliças. Este cenário climático reduz a taxa fotossintética dessas culturas; as mais afetadas são culturas de verão em estufas (tomate, pepino, pimentão, entre outras). Por outro lado, a boa condição de umidade no solo dá condições para o preparo do mesmo visando o plantio de espécies olerícolas da época. Culturas da batata-doce e aipim estão com bom crescimento e desenvolvimento favorecidos pelas condições climáticas (chuvas regulares, boa radiação e temperaturas normais). Nessa safra o clima foi favorável à cultura do aipim. Olerícolas

Batata – Nas áreas de produção da região Nordeste do Estado, a lavoura da segunda safra está com plantio concluído e em fase de desenvolvimento vegetativo, em condições normais de desenvolvimento em relação a clima e

fitossanidade. Produtores realizam tratos culturais como adubação de cobertura, amontoa, controle de invasoras, intensificando os tratamentos fitossanitários devido às condições favoráveis para o desenvolvimento de doenças. A batata atualmente beneficiada e comercializada na região está vindo de outras áreas de produção. Na Zona Sul, a colheita da cultura foi finalizada. O preço pago aos produtores por saco de 50 quilos foi de R$ 50,00 dependendo da qualidade do produto. Produtores finalizam o plantio da safra de outono com certo atraso, em razão da falta de chuvas. Cultura na fase predominante de emergência/emissão da brotação. Na região Central, em Silveira Martins, está sendo finalizado o plantio da segunda safra. O preço se manteve estável nesta semana, sendo comercializada a R$ 45,00/sc. de batata branca e R$ 50,00/sc. de batata rosa. Na região Noroeste, com o programa de estímulo ao cultivo da batata que os escritórios municipais da Emater/RS-Ascar da grande Cerro Largo vêm desenvolvendo, aumentaram a produção da batata e a qualidade, gerando alternativa de renda com a comercialização do excedente e também com a venda de sementes produzidas nesse município. Tomate – Na Serra, as condições climáticas predominantes foram inapropriadas para o desenvolvimento da cultura, atingindo essencialmente as lavouras do tarde. Poucas horas de insolação, noites com baixas temperaturas e, principalmente, alta e frequente umidade do ar e solo afetaram o crescimento e a maturação das frutas, além de tornarem as plantas menos resistentes/tolerantes à incidência de fitopatias. Para os cultivos protegidos, os tomateiros demonstram coloração verde esmaecido e comprimento de entrenós bastante acima do normal, embora indenes da umidade livre sobre as plantas e, assim, em bem menor risco de contrair fitoenfermidades. Preços em baixa, mas ainda bem remuneradores; a média na Ceasa de Caxias do Sul para o longa vida é de R$ 2,13/kg; para a variedade Gaúcho, é de R$ 3,25/kg. Nas áreas de produção da região Metropolitana, a cultura do tomate da safra de primavera/verão está em final de colheita, com cotação de preços semanais na ordem de R$ 50,00/cx. de 20 quilos do tipo extra; embora os preços sejam pouco animadores, os agricultores estão satisfeitos porque a produtividade é boa, com frutos de qualidade e preço em alta. Os plantios de inverno já estão iniciando no Litoral Norte, nas áreas de

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microclima favoráveis, acrescida dos cultivos em sistemas protegidos. Frutícolas

Figo - Com 80% das frutas já colhidas, encaminha-se para o final a safra de figo na região do Vale do Caí e no município de Poço das Antas, no Vale do Taquari. As condições climáticas durante o desenvolvimento do cultivo foram favoráveis ao desenvolvimento vegetativo, pois apesar de pequenas estiagens ocorridas durante os meses de verão, a umidade acumulada no solo permitiu um bom desenvolvimento das plantas e das frutas. A região do Vale do Caí é a maior produtora de figo do Rio Grande do Sul. Os municípios de Bom Princípio, Brochier, Feliz, Linha Nova, Maratá, São José do Hortêncio, São Pedro da Serra e São Sebastião do Caí, no Vale do Caí, e de Poço das Antas, no Vale do Taquari, juntos, somam 215 hectares de cultivo de figueira. A principal cultivar plantada é a Roxo de Valinhos. O figo é colhido tanto verde como maduro. Quando colhido verde, se destina à indústria de compotas; quando colhido maduro, para a indústria de doces tipo schmier ou para o consumo ao natural. Um grupo de produtores de municípios do Vale do Caí, Brochier, Maratá, São Pedro da Serra e Feliz, e Poço das Antas, do Vale do Taquari, faz em conjunto a comercialização de parte de sua produção. O figo verde é vendido para indústrias de compotas do Vale do Caí, da Serra gaúcha e da Zona Sul, especialmente Pelotas. Parte da produção de figo verde também é comercializado na Ceasa de Porto Alegre. Na venda para as indústrias, o preço médio recebido pelos produtores para o figo verde está em R$ 3,10/kg. Para o figo colhido maduro, o preço pago ao produtor para a fruta destinada às indústrias está em média a R$ 1,55/kg, preço abaixo da média no mesmo período de 2017, quando o produtor estava recebendo R$ 1,70/kg. Este preço baixo desestimula o produtor e poderá resultar em redução de área cultivada para os próximos anos. A comercialização do figo maduro para o consumo ao natural exige qualificação por parte do produtor, já que a fruta é altamente perecível. A fruta é embalada em bandejas de isopor e armazenada em câmara fria, e a comercialização deve ser rápida. Os municípios de Feliz e São Sebastião do Caí se destacam na comercialização de figo maduro para o consumo ao natural, com maiores volumes comercializados; Linha Nova também comercializa para este fim, mas com menor volume. A variedade de figo

cultivada para o mercado ao natural no Vale do Caí é o Roxo de Valinhos. O preço médio recebido pelo figo maduro para o consumo ao natural, vendido diretamente pelo produtor na Ceasa de Porto Alegre, está em R$ 3,50/kg. Já para o figo maduro vendido para intermediários, o produtor está recebendo em média R$ 2,00/kg, preço também inferior ao praticado em 2017, em média R$ 3,50/kg. Moranguinho – Na região Serrana, o volume de colheita de morangos reduziu um pouco em relação às últimas semanas, mas é considerado normal para esta época do ano. Momento de reparação no ambiente de cultivo, principalmente quanto aos morangueiros, com podas de limpeza ou de renovação total da copa. Produtores que irão renovar plantios estão em fase final dos trabalhos de preparação das sacolas (slabs). Essa prática era toda procedida nas propriedades; posteriormente, diversas empresas passaram a produzi-la. Porém, com o passar do tempo, a grande maioria das marcas deixou a desejar em relação à qualidade do substrato. Hoje, em alguns municípios, a maioria dos moranguicultores volta a preparar as sacolas na propriedade. Quanto à comercialização, os valores praticados na venda direta ao consumidor estão entre R$ 9,00 e R$ 15,00/kg. Produtores que comercializam na Ceasa ou para outros mercados (fruteiras, supermercados) estão recebendo valores entre R$ 6,00 e R$ 12,00/kg. Maracujá - O momento é de finalização da safra no Litoral Norte. O mercado paulista é principal destino da produção, que na safra passada foi frustrante por conta da entrada do vírus do endurecimento do fruto. Nesta safra os pomares estão com desenvolvimento razoável, pois muitos agricultores tomaram medidas mitigantes para a ação da virose, resultando um bom percentual de frutos de boa aparência e classificação. Esta situação permitiu restabelecer mercado e atraiu a procura pela fruta. O maracujá 4ªA, ou seja, extra, está sendo comercializado a R$ 20,00/cx., preço razoável na ótica dos produtores. A projeção para deste período ao encerramento da safra é de diminuição de preço por conta da redução da qualidade dos frutos. Já há indicativos de o preço reduzir para R$ 12,00/cx.

Comercialização de Hortigranjeiros

Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da Ceasa/RS, no período entre 27/03 e 03/04/2018,

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tivemos 22 produtos estáveis em preços, 11 em alta e dois em baixa. Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo. Não ocorreram destaques em baixa, e cinco produtos destacaram-se em alta: Pepino salada – de R$ 1,00 para R$ 1,25/kg (+ 25%) Pimentão verde – de R$ 2,00 para R$ 2,50/kg (+ 25%) Tomate caqui longa vida – de R$ 1,75 para R$ 2,25/kg (+ 28,57%) Vagem – de R$ 3,50 para R$ 4,50/kg (+ 28,57%) Batata – de R$ 1,20 para R$ 1,80/kg (+ 50%) O grande volume de chuvas da semana diminuiu a oferta de hortaliças e promoveu a elevação de suas cotações no mercado atacadista. No caso das hortaliças-fruto, ocorreram algumas perdas, mas o fator principal desta diminuição na oferta foram os dias nublados, com pouca insolação, o que retardou o aprontamento destes produtos. Já no caso da batata inglesa, o encharcamento dos solos promoveu dificuldades na colheita, e menor volume de tubérculos foi destinado ao mercado.

Produtos em alta

27.03.18 (R$)

03.04.18 (R$)

Aumento (%)

Mamão Formosa (kg)

3,50 4,23 + 20,86

Alface (pé) 0,67 0,83 + 23,88

Espinafre (molho)

1,17 1,25 + 6,84

Pepino salada (kg)

1,00 1,25 + 25,00

Pimentão verde (kg)

2,00 2,50 + 25,00

Tomate caqui longa vida (kg)

1,75 2,25 + 28,57

Vagem (kg) 3,50 4,50 + 28,57

Alho importado (kg)

11,00 12,00 + 9,09

Batata (kg) 1,20 1,80 + 50,00

Beterraba (kg) 1,25 1,40 + 12,00

Cebola nacional (kg)

1,65 1,90 + 15,15

Produtos em

baixa 27.03.18

(R$) 03.04.18

(R$) Redução

(%)

Abacate (kg) 3,00 2,75 - 8,33

Caqui Fuyu (kg)

3,00 2,50 - 16,67

OUTRAS CULTURAS Cana-de-açúcar – Na região das Missões, a cultura encontra-se em desenvolvimento vegetativo, em fase de elongação do colmo. Continua o processamento nas agroindústrias de melado e cachaça. Os agricultores estão satisfeitos com o desenvolvimento da cultura. Com a irregularidade de chuvas, as áreas implantadas em solos rasos foram afetadas pela estiagem, retardando o desenvolvimento da cultura.

CRIAÇÕES Bovinocultura de Corte - As pastagens de verão (capim sudão, milheto e sorgo forrageiro) estavam pouco desenvolvidas devido à falta de umidade do solo; com a ocorrência das últimas chuvas, poderá haver um rebrote, embora para muitas espécies já se aproxime o final de ciclo de produção. Com a ocorrência de chuvas regulares nas últimas semanas, que elevou a umidade do solo, associada a temperaturas e radiação solar a níveis ainda adequados, os campos nativos e as pastagens cultivadas de verão se recuperam lentamente; assim, o rebanho recupera peso. Ocorre manejo sanitário dos animais, com atenção ao controle de carrapatos como ação preventiva, já que com a estiagem, as temperaturas altas e as pastagens baixas, diminuiu a incidência de carrapato na região da estiagem, preparando assim para a época de maior incidência. O gado de cria está no final da estação de entoure, sendo que mais de 90% dos pecuaristas já fizeram a retirada dos touros das vacas de cria. Diagnósticos de gestação são intensificados a partir desse mês, separando as vacas vazias, após o desmame, para descarte e engorda. As terneiras com idade entre três e oito meses estão sendo vacinadas contra brucelose. Seguem as práticas realizadas pelos produtores, como a mineralização dos rebanhos e a dosificação para controle da verminose bovina. Muitas pastagens de inverno foram implantadas, estando em estágio inicial de crescimento. Continuam as colheitas nas áreas de integração lavoura-pecuária cultivadas com batata e brócolis. Nas áreas onde estas culturas já foram colhidas, vêm sendo realizados o preparo do solo e o plantio das pastagens de inverno, especialmente aveia preta e azevém. Comercialização Com o início da colheita de milho e a aproximação da colheita da soja, há expectativa de que aumentem os negócios, com a procura de novilhos

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para engorda e a consequente elevação dos preços. O mercado de compra e venda de terneiro inteiro teve uma pequena queda na última semana, pela falta de interesse dos pecuaristas em comercializarem aos preços atuais de mercado. Preços praticados no município de Bossoroca (R$/kg vivo)

Produto Preço

Boi gordo 4,80

Novilha 1 ano 4,50

Novilha 2 anos 4,40 a R$ 4,50

Novilha prenhe 4,00 a R$ 4,10

Novilho 1 ano 4,80 a 5,10

Novilho 2 anos 4,60 a R$ 4,70

Terneira 4,60

Terneiro 5,20 a 5,50

Vaca gorda 3,70 a 3,90

Vaca magra 3,50 a 3,60

Observação: estes preços foram considerados no início da semana e podem variar a qualquer momento conforme oportunidade dos negócios. Conforme levantamento do relatório de preços semanais recebidos pelos produtores (nº 2017 – Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater/RS-Ascar), disponível no endereço

http://www.emater.tche.br/site/arquivos_pdf/precos/preco_30032018.pdf no período de 02 a

06/04/2018 o preço do boi para abate variou entre R$ 4,50 e R$ 5,00/kg vivo. O preço médio ficou em R$ 4,80/kg vivo, apresentando uma pequena queda de -0,21%, em relação à última semana, que era de R$ 4,81/kg vivo. O preço da vaca gorda variou entre R$ 3,90 e R$ 4,70/kg vivo. O preço médio ficou em R$ 4,16/kg vivo, também com leve queda de -0,48% em relação à semana anterior, que era de R$ 4,18/kg vivo. Bovinocultura de Leite - A ocorrência de vazio forrageiro – período em que há declínio na produção das pastagens de verão e durante o qual ainda não houve o estabelecimento das forrageiras de inverno - atinge os produtores, sendo mais sentida nas propriedades sem reservas de feno, silagem ou de áreas de campo nativo com boa oferta de forragem. Muitos produtores de leite estão implantando pastagens anuais de inverno, como aveia, centeio e azevém. Uma estratégia adotada por alguns neste ano foi a antecipação da semeadura para final de fevereiro ou março, especialmente do centeio forrageiro, que apresenta bom estabelecimento nesse período, além do trigo duplo propósito. Outra

estratégia foi a semeadura de pastagens de verão após a colheita de silagem ou em um segundo cultivo de verão, a partir de janeiro até meados de fevereiro, para obter oferta de forragem nesse período, o que vem gerando bons resultados nas propriedades, especialmente este ano em que ainda não ocorreu frio intenso. Pastagens implantadas nas áreas onde a cultura da soja foi colhida apresentam boa emergência e crescimento inicial satisfatório. Com a presença das chuvas regulares, as pastagens anuais e principalmente as perenes se recuperam. Com a umidade do solo adequada, radiação solar e temperatura favoráveis, as pastagens intensificam o crescimento e desenvolvimento, embora a menor luminosidade durante a semana tenha reduzido a taxa de crescimento das forrageiras. A qualidade das pastagens de verão está baixa, o que tem aumentado o fornecimento de silagem. A temperatura amena nos últimos dias tem proporcionado maior conforto térmico e permitido elevar as horas de pastejo. De maneira geral, as condições nutricionais do rebanho são satisfatórias. A condição nutricional e produtiva do gado leiteiro segue boa, fator que contribui um pouco para o setor neste momento de dificuldades, com um longo período de preço baixo pago ao produtor. Os animais apresentam boas condições sanitárias e os produtores seguem o controle de endo e ectoparasitas. Comercialização De um lado, temos expectativa de retomada nos preços recebidos pela produção de leite para os próximos meses; por outro, observa-se a elevação nos preços da ração por conta do aumento dos preços do milho, da soja e dos farelos, que impactam os custos de produção. Conforme levantamento do relatório de preços semanais recebidos pelos produtores (nº 2017 – Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater/RS-Ascar), disponível no endereço

http://www.emater.tche.br/site/arquivos_pdf/precos/preco_30032018.pdf no período de 02 a

06/4/2018 o preço do leite variou entre R$ 0,76 e R$ 1,12/L, de acordo com o volume e a qualidade do produto. O preço médio ficou em R$ 0,95/L, apresentando estabilidade em relação às últimas sete semanas. Ovinocultura - A condição corporal do rebanho ovino em geral é boa; com as chuvas nas últimas semanas, deverão ter início a recuperação do rebrote do campo nativo e também a utilização de

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algumas pastagens cultivadas de verão. Segue o encarneiramento já em seu terço final, e a condição corporal dos rebanhos é boa. Os ovinocultores têm feito a suplementação alimentar das fêmeas, o que estimula a ovulação, aumentando a ocorrência de partos gemelares no rebanho, o chamado flushing. Em geral, o clima da semana durante a noite foi favorável ao trabalho dos carneiros. O índice de cios é considerado bom na maioria das propriedades, intensificando-se principalmente nas raças de carne e na Corriedale. Encerrado o período de banhos sarnicida e piolhicida com produtos específicos recomendados pelo serviço oficial de defesa agropecuária. Comercialização O mercado continua à procura por animais para abate. Conforme levantamento do relatório de preços semanais recebidos pelos produtores (nº 2017 – Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater/RS-Ascar), disponível no endereço

http://www.emater.tche.br/site/arquivos_pdf/precos/preco_30032018.pdf no período de 23 a

30/03/2018 o preço do cordeiro para abate variou entre R$ 5,20 e R$ 5,50/kg vivo. O preço médio ficou em R$ 5,92/kg vivo, apresentando aumento de 0,51% em relação à semana anterior, que era de R$ 5,89/kg vivo. Suinocultura - Sem reações significativas nos preços do quilo do suíno vivo nesta semana. Mesmo assim os suinocultores mantêm o alojamento de suínos e a entrega de animais para o abate. O momento é desafiador para os criadores, em virtude do baixo preço da carne e elevação no preço dos insumos. O preço do suíno apontou pequena queda de um centavo no preço pago pelo quilo vivo do suíno no RS. O recuo está atrelado à maior oferta e à demanda enfraquecida. Piscicultura

Região de Erechim - A redução

de horas de luminosidade do dia, aliada à

nebulosidade, tem causado queda na

concentração de oxigênio na água e,

consequentemente, mortalidade de

peixes. Na Semana Santa, os preços

variaram entre R$ 8,00/kg (carpa inteira) a

R$ 25,00/kg (filé de tilápia).

Região de Pelotas - Em

Canguçu, despesca e comercialização

finalizadas. Em Turuçu, registro de um

ponto de venda na propriedade, com

oferta de carpa, tilápia e traíra ao preço de

R$10,00/kg. Segue a safra de camarão na

Lagoa do Peixe.

Região de Passo Fundo - Os

valores de peixes eviscerados,

comercializados durante a Semana Santa,

foram de R$ 14,00/kg para carpas e R$

15,00/kg para jundiás. Para peixes vivos,

variou entre R$ 7,00 e R$ 10,00/kg.

Região de Porto Alegre -

Criações em fase de despesca e

comercialização do pescado. Em

Charqueadas, a previsão de

comercialização é de 10 toneladas de

pescado.

Preços médios praticados na Feira do Peixe de Charqueadas (R$/kg)

Produto Preço

Carpa capim e carpa húngara (vivo)

14,00

Carpa prateada (vivo) 12,00

Carpa cabeça grande (vivo)

10,00

Tilápia (vivo) 14,00

Traíra, pacu, pintado e jundiá (vivo)

18,00

Filés em geral 25,00 a 30,00 Fonte: Escritório regional Emater-Ascar de Porto Alegre.

Santa Rosa – A oferta de pescado

está normalizada. Ocorreu intensa

despesca na Semana Santa, com feiras

de peixe vivo em diversas propriedades de

Horizontina e 18 feiras do peixe nos

municípios do Escritório Regional da

Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, além da

comercialização nas propriedades, com o

esgotamento dos açudes. São intensas as

atividades de manejo de tanques e açudes

para repovoamento. Diversos escritórios

municipais da Instituição estão realizando

o pedido de alevinos, alevino grande e

juvenil das diversas espécies. Produtores

que realizaram a despescas dos tanques

para o período da Semana Santa estão

satisfeitos com a comercialização; os

preços giraram na faixa do R$ 10,00/kg do

pescado.

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Pesca artesanal Rio Grande - A safra do camarão segue com boa produção; a de siri também é considerada satisfatória, sendo comercializado pelos pescadores a R$ 15,00/kg. São José do Norte - Semana de intensa comercialização de pescado de camarão e tainha sendo que o preço do camarão continua com tendência de queda. Arroio Grande – Na feira do peixe da Semana Santa foram comercializados 20 mil reais de pescado, e a Coopesi ainda contabiliza a receita do Jantar do Peixe, evento de sucesso, dando visibilidade para Coopesi e para as pescadoras que desenvolvem o trabalho de preparar o jantar. São Lourenço do Sul - O fato de a Lagoa dos Patos ter salgado favorece a atividade, com pescadores capturando bons volumes de tainha. Rio Uruguai – Pesca artesanal suspensa devido ao aumento do nível do rio; será retomada quando da sua estabilização. Xangri-lá

Pesca na lagoa

Situação geral: pesca ocorre normalmente, mas com baixa captura para a época do ano. Espécies capturadas e comercializadas: traíra, jundiá, tainha, cará, branca e tilápia, com preços médios de R$ 13,00/kg do peixe inteiro e R$ 25,00/kg do peixe filetado. Média capturada: 20 quilos semanais, com participação de 40 pescadores. Observação: está sendo capturada uma quantidade significativa de tilápia, peixe exótico muito usado na piscicultura na região; exemplares de até 2,5 quilos.

Pesca de cabo

Situação geral: pescadores começam a instalar os cabos, mas há dificuldade com as condições do mar. Espécies capturadas e comercializadas: papa-terra, pescada branca, corvina e linguado, com preços médios de R$ 13,00/kg do peixe inteiro e R$ 25,00/kg do peixe filetado.

Pesca de bote

Situação geral: pesca ocorre normalmente, com eventual entrada no mar, impedida muitas vezes pelos fortes ventos. Espécies capturadas e comercializadas: 250 quilos de linguado, pescada branca e amarela, tainha, papa-terra, corvina e anchova.

Duas agroindústrias legalizadas pelo Serviço de Inspeção Municipal - SIM filetaram e comercializaram em torno de 1.200 quilos de pescado. Pescadores estão indos ao Sul do Estado pescar no mar e lagoas da região. Capão da Canoa

Pesca na lagoa

A produção de pescado evolui de forma lenta, principalmente em função da estiagem. Grande parte do pescado de água doce está sendo capturada no sistema lagunar do Sul do Estado. Foram capturados 500 quilos de traíra, jundiá, cará, tainha; comercialização ao preço médio de R$ 12,00/kg.

Pesca no mar

Em face do fenômeno climático de ressaca (mar muito agitado), ainda não foi viável o lançamento das redes ao mar, exceto raras exceções.

Pesque-pague

Volume comercializado conforme previsão, dadas as condições de diminuição de água nos tanques devido à estiagem. Foram capturados 100 quilos de tilápia, comercializados ao preço médio de R$ 12,00/kg. Imbé

Clima, temperatura e condições das águas: nesta semana tivemos temperaturas amenas, com mar agitado e lagoas em boas condições para a pesca.

Pesca de cabo: com o retorno da

pesca de cabo a partir de 15 de março,

houve poucas capturas de tainha, robalo e

pescada, muito em função da ressaca,

provocada pelo vento do Sul, seguida de

muita calmaria, que inviabiliza a pesca de

cabo.

Pesca de bote: a pesca de bote

foi interrompida em função da ressaca que

ocorreu no mar na última semana; os

pescadores realizaram manutenção dos

equipamentos e petrechos.

Rede fixa estuário: houve boas capturas

de tainha e boas capturas de camarão.

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Rede fixa água doce: captura de cará e

traíra.

Outros: tarrafas com capturas de tainha,

com média de três quilos/dia/pescador.

Preços praticados pelos pescadores artesanais (R$/kg)

Peixe Eviscerado Filé

Abrótea ------- 22,00

Anchova 16,00 ------

Anjo ------- 25,00

Corvina 15,00 ------

Jundiá 15,00 -----

Linguado 18,00 40,00

Papa-terra 16,00 25,00

Pescada 15,00 22,00

Pescadinha 15,00 22,00

Tainha 18,00 22,00

Traíra 16,00 25,00

Violinha ----- 25,00 Observações: a pesca de bagre continua proibida pelo decreto nº 51.797/2014; preço do camarão sujo e inteiro: R$ 30,00/kg; camarão limpo: R$ 75,00/kg. Fonte: Escritório Regional Emater-Ascar de Porto Alegre.

Apicultura

Região de Bagé - comercialização

de mel com preços que variam de R$

9,00/kg a granel e de até R$ 20,00/kg do

mel embalado, na venda direta ao

consumidor. Para exportação, o preço fica

em torno de R$ 10,00/kg.

Região de Caxias do Sul - vários

dias de chuva dificultaram o trabalho das

abelhas campeiras. As floradas, onde

ainda ocorrem, são muito fracas. Os

enxames começam a mobilizar suas

reservas de alimento para manterem as

colmeias que contam com boa reserva.

Nesta semana os enxames apresentaram

bom estado sanitário. Poucos produtores

arriscaram fazer revisão nos apiários em

função do clima. Os preços se mantiveram

bons em função da qualidade e da procura

maior que a demanda. Preço do mel no

varejo: R$ 24,00/kg; no atacado: R$

10,00/kg.

Região de Erechim – a semana

chuvosa dificultou a ação das abelhas. A

procura por mel está alta. O mel embalado

foi comercializado a R$ 20,00/kg.

Região de Passo Fundo - clima

adequado para a produção de mel, com

intenso trabalho dos enxames. Apicultores

devem estar atentos para o manejo das

colmeias a fim de garantir o

armazenamento de alimento para o

período do inverno, evitando o

enfraquecimento dos enxames para o

próximo ciclo de produção. Apicultores

realizam a segunda colheita, e o

rendimento das colmeias varia entre 14 e

20 quilos. As floradas predominantes são

de espécies nativas (carqueja, mata nativa

e canafístula). O preço pago ao produtor

está entre R$ 22,00 e R$ 25,00/kg. Tendo

em vista a chegada do outono e de

períodos com temperaturas mais baixas,

orienta-se os produtores para se

organizarem com equipamentos para a

inserção da alimentação artificial.

Região de Santa Rosa -

apicultores realizam a colheita e preparam

os enxames para a entrada da estação

fria.

Região de Soledade - o mel está

sendo comercializado na faixa de R$ 6,00

a R$ 7,00/kg, na venda de volumes

maiores em tambores. Na venda em

pequenas quantidades, pode chegar a

valores entre R$ 15,00 e R$ 17,00/kg.

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ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2013-017

05/04/2018 29/03/2018 08/03/2018 06/04/2017 GERAL ABRIL

Arroz em Casca 50 kg 34,28 34,48 35,08 42,27 45,79 44,15

Feijão 60 kg 130,25 130,13 130,77 174,13 189,96 199,50

Milho 60 kg 33,87 33,26 28,74 23,15 32,03 32,42

Soja 60 kg 72,28 70,75 69,25 60,98 76,42 72,44

Sorgo 60kg 21,67 21,33 20,27 24,20 27,94 26,61

Trigo 60 kg 34,20 32,77 29,95 29,76 38,18 37,66

Boi para Abate kg vivo 4,80 4,81 4,88 5,08 5,39 5,35

Vaca para Abate kg vivo 4,16 4,18 4,19 4,52 4,81 4,77

Cordeiro para Abate kg vivo 5,92 5,89 5,83 5,72 5,72 5,56

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,17 3,16 3,24 3,72 4,00 3,93

Leite (valor liquido recebido) litro 0,95 0,95 0,93 1,23 1,11 1,05

02/04-06/04 26/03-30/03 05/03-09/03 03/04-07/04

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são valores corrigidos. Média Geral

é a média dos preços mensais do quinquênio 2013-2017 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços.