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LEIA NO EDITORIAL Apicultura, o doce mel de cada dia LEIA NESTA EDIÇÃO Soja: Espaçamento reduzido na soja pode potencializar os rendimentos da lavoura Trigo: Colheita praticamente finalizada no RS N.º 1.530 29 de novembro de 2018 NOVEMBRO AZUL Aqui você encontra: Editorial Notas Agrícolas Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Análises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte. Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. EDITORIAL Apicultura, o doce mel de cada dia O consumo de mel aumenta no inverno, mas é na primavera que se garante uma boa produção. Este é o momento em que as abelhas aproveitam o potencial das florações e desenvolvem seu trabalho de busca de néctar e pólen. Para garantir o atendimento à demanda de mel, que cresce a cada ano, especialmente pela divulgação dos benefícios do mel para a saúde, é que a Emater/RS-Ascar incentiva os agricultores familiares e demais públicos atendidos pela Instituição a produzirem mel, seja de ápis, também conhecidas como abelhas com ferrão, seja de nativas, sem ferrão, as melíponas. Criar abelhas para produzir mel é uma alternativa de renda muito interessante junto aos públicos assistidos pela nossa Instituição. Para garantir um produto de qualidade, é preciso investir na capacitação de técnicos e agricultores. Para isto a Emater/RS-Ascar realiza cursos e eventos, como o Dia de Campo da última quarta-feira (28/11) no Centro de Formação de Agricultores de Montenegro, que atraiu mais de 500 pessoas, entre apicultores, técnicos e interessados. O Dia de Campo tratou sobre gestão, manejos de colmeia, de pré-colheita e colheita, e Meliponicultura, que é a criação de abelhas sem ferrão. Este grande público demonstra o interesse e a tendência do aumento da criação de abelhas, da produção e do consumo de mel. Também é importante citar a já tradicional Jornada Apícola do Litoral Norte, realizada recentemente em Balneário Pinhal, que reuniu, em sua 11ª edição, cerca de 200 pessoas de 14 municípios da região, para debater sobre o manejo apícola e a necessidade do associativismo/cooperativismo para o fortalecimento do setor. Eventos como estes promovem a troca de conhecimentos e experiências, mantêm os produtores atualizados e incentivam, inclusive, a permanência dos jovens no meio rural. A Emater/RS-Ascar tem uma história relacionada com a apicultura e capacita seus técnicos para orientar os interessados na criação de abelhas e na produção de mel, de forma teórica e prática, nos Centros de Formação em Montenegro e em Canguçu. A Instituição também oportuniza contatos com empresas para fortalecer ainda mais essa atividade, que mantém o Rio Grande do Sul líder nacional na produção de mel, com 8.500 toneladas/ano, com um total de 37 mil apicultores. O Litoral é uma das maiores regiões produtoras. Só o município de Balneário Pinhal produz 30 toneladas/ano. É neste município que estão previstos, para o próximo ano, eventos como a 5ª edição do FestiMel, em outubro, e o Seminário Estadual de Apicultura de 2019. Apesar das constantes chuvas, para esta safra, a expectativa é colher 20 kg de mel por colmeia. Como estima-se que existam 550 mil colmeias no RS, a produção estadual deve se aproximar das 10 mil toneladas anuais, sendo a produtividade média de 18kg de mel/colmeia/ano. O preço praticado ao consumidor varia de R$ 15,00 a R$ 23,00 o kg. Enquanto que a venda de mel a granel para exportação não iniciou, não se tem um parâmetro concreto de preço que o apicultor vai receber. O grande desafio, portanto, é organizar o setor. O primeiro passo já foi dado com o Projeto de Lei do Programa Estadual do Mel, aprovado no ano passado pela Assembleia Legislativa, que precisa agora de regulamentação, o que, com certeza, vai manter motivado o setor da Apicultura no Rio Grande do Sul. Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS e superintendente técnico da Ascar

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Page 1: LEIA NESTA EDIÇÃO N.º 1. 530 Soja: Espaçamento reduzido na ... · NOTAS AGRÍCOLAS Espaçamento reduzido na soja pode potencializar os rendimentos da lavoura A redução no espaçamento

LEIA NO EDITORIAL

Apicultura, o doce mel de cada dia LEIA NESTA EDIÇÃO

Soja: Espaçamento reduzido na soja pode potencializar os rendimentos da lavoura Trigo: Colheita praticamente finalizada no RS

N.º 1.530

29 de novembro de 2018

NOVEMBRO AZUL

Aqui você encontra:

Editorial

Notas Agrícolas

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Análises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

Informativo Conjuntural – Desde 1989

auxiliando você na tomada de decisões.

EDITORIAL

Apicultura, o doce mel de cada dia O consumo de mel aumenta no inverno, mas é na primavera que se garante uma boa produção. Este é o momento em que as abelhas aproveitam o potencial das florações e desenvolvem seu trabalho de busca de néctar e pólen. Para garantir o atendimento à demanda de mel, que cresce a cada ano, especialmente pela divulgação dos benefícios do mel para a saúde, é que a Emater/RS-Ascar incentiva os agricultores familiares e demais públicos atendidos pela Instituição a produzirem mel, seja de ápis, também conhecidas como abelhas com ferrão, seja de nativas, sem ferrão, as melíponas. Criar abelhas para produzir mel é uma alternativa de renda muito interessante junto aos públicos assistidos pela nossa Instituição. Para garantir um produto de qualidade, é preciso investir na capacitação de técnicos e agricultores. Para isto a Emater/RS-Ascar realiza cursos e eventos, como o Dia de Campo da última quarta-feira (28/11) no Centro de Formação de Agricultores de Montenegro, que atraiu mais de 500 pessoas, entre apicultores, técnicos e interessados. O Dia de Campo tratou sobre gestão, manejos de colmeia, de pré-colheita e colheita, e Meliponicultura, que é a criação de abelhas sem ferrão. Este grande público demonstra o interesse e a tendência do aumento da criação de abelhas, da produção e do consumo de mel. Também é importante citar a já tradicional Jornada Apícola do Litoral Norte, realizada recentemente em Balneário Pinhal, que reuniu, em sua 11ª edição, cerca de 200 pessoas de 14 municípios da região, para debater sobre o manejo apícola e a necessidade do associativismo/cooperativismo para o fortalecimento do setor. Eventos como estes promovem a troca de conhecimentos e experiências, mantêm os produtores atualizados e incentivam, inclusive, a permanência dos jovens no meio rural. A Emater/RS-Ascar tem uma história relacionada com a apicultura e capacita seus técnicos para orientar os interessados na criação de abelhas e na produção de mel, de forma teórica e prática, nos Centros de Formação em Montenegro e em Canguçu. A Instituição também oportuniza contatos com empresas para fortalecer ainda mais essa atividade, que mantém o Rio Grande do Sul líder nacional na produção de mel, com 8.500 toneladas/ano, com um total de 37 mil apicultores. O Litoral é uma das maiores regiões produtoras. Só o município de Balneário Pinhal produz 30 toneladas/ano. É neste município que estão previstos, para o próximo ano, eventos como a 5ª edição do FestiMel, em outubro, e o Seminário Estadual de Apicultura de 2019. Apesar das constantes chuvas, para esta safra, a expectativa é colher 20 kg de mel por colmeia. Como estima-se que existam 550 mil colmeias no RS, a produção estadual deve se aproximar das 10 mil toneladas anuais, sendo a produtividade média de 18kg de mel/colmeia/ano. O preço praticado ao consumidor varia de R$ 15,00 a R$ 23,00 o kg. Enquanto que a venda de mel a granel para exportação não iniciou, não se tem um parâmetro concreto de preço que o apicultor vai receber. O grande desafio, portanto, é organizar o setor. O primeiro passo já foi dado com o Projeto de Lei do Programa Estadual do Mel, aprovado no ano passado pela Assembleia Legislativa, que precisa agora de regulamentação, o que, com certeza, vai manter motivado o setor da Apicultura no Rio Grande do Sul.

Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS

e superintendente técnico da Ascar

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NOTAS AGRÍCOLAS

Espaçamento reduzido na soja pode potencializar os rendimentos da lavoura

A redução no espaçamento entre as fileiras da soja pode potencializar os rendimentos da lavoura e permitir uma redução significativa nos custos de implantação, pela redução na população de plantas. Um estudo da Embrapa Trigo mostrou ganhos diretos de até 280 kg/ha e redução de 33% na população de plantas no Rio Grande do Sul, pela melhor eficiência no uso da radiação solar na lavoura. A soja é a cultura de maior importância econômica no Brasil. A geração de novas tecnologias e a evolução dos conhecimentos relacionados ao sistema de produção estão promovendo mudanças no cultivo da soja. O melhoramento genético embutido na cultivar é responsável por somente 50% do rendimento final na cultura. A outra metade está associada ao manejo da lavoura, desde a implantação até a colheita. A intensificação da produção é possível através de sistemas mais eficientes e equilibrados no uso dos recursos do ambiente (água, luz, temperatura e nutrientes). A planta de soja, nas condições de clima e solo do Rio Grande do Sul, semeada na época preferencial (meados de novembro), precisa de 40 a 50 dias de crescimento para resultar numa boa produção de grãos. Aumentar a interceptação de luz solar nesse período é possível através de ajustes no arranjo espacial das plantas. O arranjo espacial determina a competição por luz, água e nutrientes, alterando desde a incidência de pragas até a produção de biomassa. A potencialização do rendimento de grãos pode ser obtida através do melhor acúmulo de área foliar, com maior aproveitamento da radiação solar que garante a fotossíntese necessária para o crescimento das plantas. A melhor distribuição de plantas na área pode considerar duas estratégias de manejo ainda na semeadura: densidade (população de plantas) e espaçamento. Indicações A recomendação contida nas “Indicações técnicas para a cultura da soja no RS e SC” estabelece uma população de 300 mil plantas por hectare (ou 30 plantas/m²), com espaçamento que pode variar de 20 a 50cm entre as fileiras. No estudo conduzido em Passo Fundo, RS, pela equipe de fisiologia vegetal da Embrapa Trigo, dedicado a entender o funcionamento das plantas, foi avaliado o espaçamento reduzido e a menor

densidade de plantas para a maximização da produção de soja no Rio Grande do Sul. Na população de plantas, a densidade de 20 plantas/m² mostrou o mesmo desempenho da densidade de 30 plantas/m², a diferença esteve na redução nos custos de produção (sementes principalmente) sem redução significativa no rendimento de grãos. No espaçamento, foi utilizada a mesma distância entre linhas e entre as plantas na linha. Na comparação, o rendimento da soja no espaçamento de 25cm resultou em 283 kg/ha a mais (4,7 sacas) do que no espaçamento de 50cm. “Vimos que o espaçamento reduzido pode maximizar os rendimentos na soja, já que há um aumento de área foliar mais rápido, acelerando o crescimento da planta e o acúmulo de massa para a produção de grãos”, explica o pesquisador da Embrapa Trigo Osmar Rodrigues. O pesquisador destaca que, independente da cultivar utilizada, a redução de densidade de sementes é compensada pelo espaçamento reduzido, acelerando a velocidade de fechamento do dossel e o acúmulo de matéria seca nos ramos que definem a produtividade da soja. Fonte: Embrapa – Trigo (publicado em 22/11/2018) Arábia Saudita vai importar do Brasil material

genético bovino e avícola Negociações sanitárias foram iniciadas no segundo semestre do ano passado, motivadas pelas ações de prospecção de mercados realizadas pelo Mapa. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) recebeu nesta segunda-feira (26) comunicado de que as autoridades sanitárias do Reino da Arábia Saudita aprovaram os modelos de Certificado Zoosanitário Internacional (CZI) elaborados pelo Departamento de Saúde Animal de material genético bovino e avícola provenientes do Brasil. Com isso, estão autorizadas as exportações brasileiras de ovos férteis, pintos de um dia, embriões bovinos “in vivo”, embriões “in vitro” e sêmen bovino. A aceitação das normas sanitárias é fruto de gestões realizadas pelo Ministério junto ao Ministério de Meio Ambiente, Água e Agricultura saudita (MEWA). No mês passado, foi realizada missão técnica ao país, liderada pelo secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luís Rangel, juntamente com o diretor do DSA, Guilherme Marques, que contribuiu de maneira decisiva para

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o avanço nas negociações com as autoridades árabes. As negociações sanitárias foram iniciadas no segundo semestre do ano passado, motivadas pelas ações de prospecção de mercados realizadas pelo Mapa, em conjunto com o setor produtivo brasileiro, onde se identificou como oportunidade de negócio a exportação dessas commodities para o mercado saudita. O ministro Blairo Maggi ressaltou a importância da Arábia Saudita como parceiro comercial do Brasil, que importou mais de US$2 bilhões em produtos do agronegócio brasileiro em 2017. Além disso, destacou que a abertura de novos mercados auxilia a diversificação da pauta e contribui para o alcance da meta de 10% de participação do Brasil no mercado mundial de produtos agropecuários. Em relação à genética avícola, a ampliação de mercados importadores de ovos férteis e pintos de um dia do Brasil encontra-se em expansão. Os principais fatores para as sucessivas conquistas de mercados devem-se principalmente ao reconhecimento internacional da condição sanitária dos plantéis avícolas nacionais, já que o Brasil nunca teve casos de Influenza Aviária, disse o diretor do Departamento de Saúde Animal do mapa, Guilherme Marques. Além disso, citou “o nível de biosseguridade implementado pelos estabelecimentos produtores de genética brasileira, as linhagens avícolas, a transferência de aspectos que permitem desenvolver produtos com qualidade e produtividade”. Com a aceitação das propostas dos certificados veterinários, Arábia Saudita passa a integrar grupo de cerca de 50 países das Américas, Oriente Médio, África, Europa e Ásia que importam regularmente material genético avícola do Brasil. Nas exportações de genética bovina, o Brasil tem ampliado o número de mercados importadores de embriões bovinos “in vivo”, embriões “in vitro” e sêmen bovinos, o que é atribuído por Marques a “avanços sanitários das últimas décadas, entre os quais destacam-se o reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em maio último, como país livre de febre aftosa com vacinação. E inclui o melhoramento genético nas raças de origem taurina e zebuína, a consolidação da produção e transferência de embriões “in vivo”, e o crescente uso da fertilização “in vitro”, além de investimento feito pelos centros de coleta e processamento de sêmen e embriões em tecnologia e biosseguridade, para atendimento a exigências internacionais. Fonte: MAPA (publicado em 26/11/2018)

GRÃOS Trigo - Com a predominância de dias ensolarados, a retirada do trigo da lavoura se deu de forma rápida, atingindo o processo de colheita em praticamente toda a área implantada, à exceção das lavouras cultivadas na região Serrana e em algumas outras áreas pontuais.

Fases da cultura no

RS Trigo

Safra Atual Safra

Anterior

Média*

Em

29/11

Em

22/11

Em

29/11

Em

29/11

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. Veget 0% 0% 0% 0%

Floração 0% 0% 0% 0%

Enchimento de grãos 0% 0% 0% 0%

Maduro e por colher 1% 3% 0% 2%

Colhido 99% 97% 100% 98%

Fonte: EMATER/RS-ASCAR *média safras 2014-2018

A produtividade continua sendo aquém do esperado, ficando em torno de 2,2 e 3,3 t/ha de qualidade regular, com PH médio em torno de 75. Mesmo com baixo PH, em muitas regiões o produto não teve redução da sua qualidade farinácea, pois apresenta-se com boa força para expandir a massa (força W). Há muitos pedidos de Proagro em razão das perdas ocorridas. O mercado se encontra lento; os triticultores acreditam na alta dos preços, para isso seguram o trigo, preferindo ofertar o milho e a soja nesse momento. Nessa semana ocorreu uma melhora nos valores de venda, subindo em 1,56% a cotação média da saca de 60 kg de trigo no Estado, em relação à anterior. O preço médio foi de R$ 38,44. Mercado: disponível classe pão - R$ 44,00 em Passo Fundo e de R$ 43,00/saca de 60 quilos em Cruz Alta. Cevada - Colheita finalizada no RS. O grande volume de chuvas ocorrido nos estádios de maturação e colheita afetou o teor de germinação dos grãos da cevada cervejeira, desqualificando grande parte do produto para a indústria de malte. Nestas condições, os grãos foram destinados à alimentação animal, remunerados com valores próximos de 50% do preço da cevada com padrão cervejeiro. Linhaça - A colheita avançou na região Noroeste, mas teve que ser interrompida por conta das chuvas. A comercialização do produto enfrenta as mesmas dificuldades do ano anterior, por menor

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demanda e grande oferta, o que faz o preço pago ao produtor ter severa redução. Nessa região, os valores de negociações estão ao redor de R$ 70,00/sc. de 60 quilos. Culturas de verão Milho – Semeadura em evolução, se aproximando de finalização do primeiro plantio, com cerca de 89% já implantada. Em algumas regiões (em especial a Fronteira Noroeste e Missões) será implantado o restante das áreas a partir de janeiro de 2019 (segundo plantio), ainda dentro do zoneamento agroclimático, considerado pelos produtores como milho “safrinha”. Fases da cultura no RS

Milho

Safra Atual Safra

Anterior

Média*

Em

29/11

Em

22/11

Em

29/11

Em

29/11

Plantio 89% 86% 98% 91%

Germinação/Des. Veget 53% 60% 31% 50%

Floração 19% 15% 36% 20%

Enchimento de grãos 15% 10% 27% 17%

Fonte: EMATER/RS-ASCAR *média safras 2014-2018

A cultura apresenta-se com excelente desenvolvimento e alto potencial produtivo. Cabe ressaltar o alto nível tecnológico com que está

sendo conduzida grande parte das lavouras do Estado, especialmente pela disponibilidade de oferta de fertilizantes às plantas e de semente de ótimo potencial produtivo. Até aqui, as lavouras estão sendo beneficiadas pelo clima favorável e vêm evoluindo rapidamente para o estádio reprodutivo, com folhas bem desenvolvidas, caules grossos, plantas bem enraizadas e porte elevado. O controle de ervas foi satisfatório, e a incidência de doenças foliares é baixa. Produtores realizam aplicação de fungicida para proteger o potencial produtivo apresentado até o momento. Nas áreas para silagem de planta inteira continua sendo realizado o corte das bordaduras para deixar as áreas prontas para a ensilagem, processamento que deve iniciar essa semana em algumas regiões. A comercialização se manteve estável, mas as cotações do grão mantiveram tendência de queda das últimas semanas. A redução foi de apenas 0,14% em relação à semana passada, ficando o valor médio da saca de 60 kg em R$ 34,60. Mercado: disponível em Cruz Alta e Passo Fundo, de R$ 39,00 a R$ 40,00/sc. de 60 quilos.

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Soja - Os trabalhos de semeadura estão chegando ao final, faltando aproximadamente 13% da área destinada à soja no Estado. As lavouras que estão sendo implantadas por último localizam-se nas áreas de resteva de trigo, painço e no pós-colheita do milho. Fases da cultura no RS

Soja

Safra Atual Safra

Anterior

Média*

Em 29/11

Em 22/11

Em 29/11

Em 29/11

Plantio 87% 68% 70% 88%

Germinação/Des. Veget 84% 65% 68% 85%

Fonte: EMATER/RS-ASCAR *média safras 2014-2018

As lavouras a campo estão com bom stand, com germinação satisfatória das sementes, beneficiada pelas chuvas ocorridas nos últimos dias. Nas áreas mais fortes de concentração de lavouras, a opção é pelo grupo de espécies com maturação precoce e pelo aumento do espaçamento entre as linhas (50 cm) visando tornar mais eficiente a ação dos fungicidas. O mercado continua travado diante do impasse comercial entre os Estados Unidos e a China; as atuações estão voltadas para o encontro do G20, que ocorrerá em 20 de dezembro de 2018, e que poderá dar novo direcionamento aos preços. O Acompanhamento Semanal de Preços da Emater/RS-Ascar registrou nova queda no valor médio da saca de 60 kg, na semana, no Estado, caindo 1,39% em relação à anterior, passando o preço para R$ 73,31. Mercado:

Passo Fundo – disponível: R$ 77,00/sc. de 60 quilos

Cruz Alta – disponível: R$ 80,00/sc. de 60

quilos

Arroz – Com a intensificação da semeadura no Estado, o plantio está praticamente finalizado em todos os municípios, com a exceção de áreas pontuais e, em alguma área da região Central. O clima favoreceu a germinação e emergência dos grãos. Também ocorrem a aplicação de herbicidas pré e pós-emergentes e o início da irrigação. Na região Sul, houve um pequeno aumento na área implantada de 1,5% sobre a estimativa inicial. Fases da cultura no RS

Arroz

Safra Atual Safra

Anterior

Média*

Em

29/11

Em

22/11

Em

29/11

Em

29/11

Plantio 99% 98% 94% 98%

Germinação/Des. Veget 97% 95% 90% 96%

Fonte: EMATER/RS-ASCAR *média safras 2014-2018

Novamente houve queda de preço na saca de arroz em casca no RS, apontando uma cotação de R$ 41,11, caindo 0,05% na semana. De acordo com informações colhidas junto às indústrias de Pelotas, durante a semana os preços do arroz em casca tipo um, com rendimento entre 57% e 59% de grãos inteiros e com pagamento à vista, apontam valores de R$ 42,50/sc. de 50 quilos.

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Feijão 1ª Safra - As lavouras de feijão no RS, nesse momento, evoluem em todas as fases de seu desenvolvimento. No Médio Alto Uruguai, as lavouras estão em estágio de enchimento de grãos, com algumas primeiras lavouras já colhidas. Em regiões mais altas, como no Alto da Serra do Botucaraí e Centro-Serra a semeadura da safra encaminha-se para a finalização. Fases da cultura no RS

feijão 1ª safra

Safra Atual Safra

Anterior

Média*

Em

29/11

Em

22/11

Em

29/11

Em

29/11

Plantio 99% 97% 100% 96%

Germinação/Des. Veget 40% 49% 36% 41%

Floração 22% 20% 20% 21%

Enchimento de grãos 25% 18% 30% 22%

Maduro e por colher 7% 4% 8% 6%

Colhido 4% 1% 6% 5%

Fonte: EMATER/RS-ASCAR *média safras 2014-2018

Cultura com bom desenvolvimento e muito bom potencial produtivo; mesmo assim, nota-se a incidência da antracnose principalmente em vagens, devido às baixas temperaturas ocorrentes principalmente após as chuvas. A antracnose é uma doença fúngica que encontra condições favoráveis de infecção em baixas temperaturas com alta umidade; nessas condições é necessária a realização de tratamentos fúngicos preventivos. Os agricultores estão realizando também aplicações de inseticidas para controle das principais pragas. No geral as lavouras apresentam bom estado fitossanitário e produtivo. Os negócios estiveram estáveis na semana, mantendo o mesmo valor médio da saca de feijão preto de 60 kg no RS da semana anterior. O preço manteve-se em R$ 140,48.

HORTIGRANJEIROS Situações Regionais Diminuição da produção de folhosas nas regiões Celeiro, Alto Jacuí e Noroeste Colonial, acarretando oferta de plantas com menor desenvolvimento. Cultivos em ambiente desprotegido, impactados pelas fortes chuvas, apresentam danos nas folhas. Segue deslocamento da produção para sistema hidropônico nos produtores com maiores áreas e em solo nos produtores com menor produção. Cultura da cebola inicia a colheita com produto de boa qualidade. Clima úmido dificulta a cura. Alho inicia a diferenciação dos bulbilhos; ciclo atrasado em relação ao ano anterior. Mandioca com melhora no desenvolvimento da parte aérea. Plantas de segundo ano apresentam baixo cozimento. Cultura do tomate com desenvolvimento regular, bom potencial produtivo; vem aumentando o ataque de traça do tomateiro (tuta absoluta). Cultura do pepino com boa produtividade, mas com grande incidência de míldio.

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Cultura do pêssego em final de produção com baixo volume de frutos. Cultivares tardias com aumento da incidência de podridão parda e ataque de mosca das frutas. Videiras com baixo potencial produtivo e alta incidência de míldio. Melão e melancia com melhora no vigor vegetativo e início do desenvolvimento dos primeiros frutos. A produção de hortaliças comerciais na região Sul tem o fluxo de abastecimento de hortaliças dirigido para o Ceasa de Pelotas e demais locais de comercialização. Nesse último período, a reduzida produção das hortaliças provenientes da região neste período deve-se aos efeitos do clima adverso. Em relação ao tomate, estão em preparo novas áreas para semeadura; seguem o transplante das mudas e os tratos culturais nas áreas já transplantadas. Bom desenvolvimento vegetativo e floração das primeiras áreas transplantadas. Nas folhosas ocorre aumento da oferta devido ao clima favorável (radiação solar e diminuição da umidade), com preços estáveis. A alface está com grande oferta e preços pagos ao produtor entre R$ 10,00 e R$ 12,00/cx. com 18 unidades. A couve-flor e o brócolis estão com maior oferta e preços entre R$ 1,80 e R$ 2,40/unidade. A couve com boa oferta e comercialização entre R$ 0,70 e R$ 0,75/molho. O pimentão está em preparo do solo, semeadura para mudas e transplante; a cenoura com pouca oferta e; o aipim segue o plantio. Olerícolas Cebola - Bastante afetada e danificada pelo temporal do final de outubro na região da Serra, a cultura teve um período bom para a recuperação. Porém, devido à intensa desfolha, machucaduras do bulbo e ao acúmulo de umidade nas folhas truncadas, a maioria das lavouras apresenta fraca recuperação e altos índices de bulbos perdidos por podridões. Áreas sendo colhidas com bulbos de baixo calibre – pequenos, e com baixos rendimentos. Este produto não dispõe de condições de estocagem tradicional para cura, sendo ofertado ao mercado. Diversas plantações estão sendo abandonadas por incapacidade de as plantas apresentarem recuperação. Outras lavouras menos afetadas estão refazendo o sistema foliar, porém, de qualquer sorte, já estão em plena fase de bulbificação, fato que deverá também afetar certamente o calibre do bulbo e, fatalmente, a produtividade. A cotação média na

propriedade para a variedade Crioula a granel (sem classificação) é de R$ 0,75/kg. Na região Nordeste, os produtores dedicam atenção especial aos tratos culturais, principalmente para realização de controle fitossanitário nas variedades tardias. Foi intensa a colheita de variedades precoces. Estas lavouras estão apresentando pendoamento (semente) acima da média normal, perdendo assim qualidade comercial. O preço ao produtor na semana ficou entre R$ 1,00 e R$ 1,10/kg. Para produto destinado à indústria o preço é entre R$ 0,30 e R$ 0,35/kg. Na região Sul, prossegue a colheita, intensificando-se devido aos preços alcançados na comercialização. Em Tavares estão colhidos 40% do total da área cultivada. No geral, a cultura está nas fases de maturação com 28% e com 32% na fase de bulbificação. Cultura com boa evolução e produtividade. Alguns agricultores relatam ocorrência de pendoamento em Rio Grande, Tavares e São José do Norte. Produtividades médias alcançadas até o momento de 30 toneladas por hectare. Na semana a cebola chegou a ser comercializada a R$ 1,50/kg, mas a média ficou em R$ 1,30/kg para a cebola com classificação de caixa 3 e de R$ 0,80 a caixa 2; agricultores continuam otimistas com o preço favorável. Alho - Lavouras implantadas no Nordeste do RS, especialmente no entorno do município de Ibiraiaras, estão com desenvolvimento normal e em fase de final de bulbificação, apresentando índice de superbrotamento acima da média normal, consequência da elevada quantidade de chuvas durante o ciclo. Produtores realizam colheita de variedades precoces. Frutícolas Uva – Os primeiros cachos da safra estão sendo colhidos, sendo de vinhais implantados em zonas mais quentes, ou seja, Vales dos maiores rios da Serra, e de variedades superprecoces, como a Vênus. A fruta se apresenta com ótima qualidade, principalmente quanto à ausência de fitomoléstias, muito favorecida pelas condições climáticas da semana, com bastante insolação, baixa umidade e chuvas bem espaçadas. Demais variedades e vinhedos apresentam muito boa sanidade e vigor da planta, estando na fase fenológica de enchimento de bagas. Nos cachos, diversos videirais apresentando agora o míldio “larvado”, o popular “negrão”, infecção ocorrida na fase de

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florescimento e que se evidencia posteriormente. Há perdas de bagas, porém, na ampla maioria das áreas, sem afetar sensivelmente a produtividade final. As chuvas do final de semana foram acompanhadas por ventos fortes em alguns locais, vindo a derrubar uns vinhedos. Seguem tratamentos fitossanitários para prevenção de fitopatias; os fungicidas à base de cobre estão sendo usados cada vez mais, principalmente a calda bordalesa. Outra prática cultural com intensa operacionalização é a poda verde, atividade indispensável nos vinhais com o propósito de produção de uva de mesa. Citros - Com o encerramento da safra de citros no Vale do Caí, os produtores dedicam-se à realização de tratamentos fitossanitários, visando garantir a sanidade das frutas que estão em desenvolvimento. Em Brochier, a colheita da laranja está encerrada e apesar de os pomares terem apresentado boa floração, as chuvas das semanas seguintes a ela, atrapalham a carga de frutos, sendo que pode haver menor carga no próximo ano. O preço médio recebido pela caixa de 25 quilos de laranja Valência ficou em R$ 12,40/cx. da laranja para suco posta na indústria e de R$ 15,00/cx. para mesa. A colheita da bergamota também está encerrada, tendo obtido bons preços na safra. No município de Pareci Novo, os pomares estão em estágios diferentes em relação às práticas de poda e adubação. Alguns citricultores já iniciaram o raleio da bergamota verde da cultivar Satsuma, a mais precoce entre todas as bergamotas, que inicia a colheita já no mês de março. O raleio é a retirada das frutinhas ainda pequenas, para que as remanescentes fiquem maiores e com mais suco. Em São José do Sul, os citricultores realizam práticas culturais como roçada, adubação e tratamentos fitossanitários para controle de pragas e doenças. Os que ainda comercializam laranja Valência obtêm o preço médio de R$ 11,50/cx. para suco. A colheita já foi finalizada em 98% dos pomares. Em São Sebastião do Caí os citricultores estão fazendo tratamentos com fungicidas recomendados à cultura, para garantir melhor qualidade das frutas. A sanidade dos pomares de citros, em geral, apresenta-se muito boa. Em relação à lima ácida Tahiti, o limãozinho verde, o preço recebido pelos citricultores continua elevado, mas menor que no ápice da entressafra, em outubro, quando valeu R$ 80,00/cx. de 25 quilos. O valor médio recebido pelo Tahiti em Pareci Novo e em São Sebastião do Caí é de R$ 60,00/cx. Em São José do Hortêncio o limão Tahiti

tem preço médio de R$ 70,00/cx. na compra direto na propriedade e pode chegar a até R$ 80,00/cx. para os citricultores que comercializam na Ceasa de Porto Alegre. Olivas - Cultura no período de frutificação na Zona Sul, com pegamento de frutos. Expectativa de ótimas produtividades, acima de 1.500 quilos por hectare. Produtores realizam os tratamentos fitossanitários durante a frutificação dos pomares. Na Campanha, oliveiras também em frutificação, fazendo-se tratamentos fitossanitários para controle de doenças e adubação potássica em cobertura e foliar. Comercialização de Hortigranjeiros Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da Ceasa/RS, entre o período de 20 a 27/11/2018, tivemos 22 produtos estáveis em preços, oito em alta e cinco em baixa. Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo. Nenhum produto destacou-se em alta, e dois produtos destacaram-se em baixa. Tomate caqui longa vida – de R$ 5,00 para R$ 3,50/kg (-30,00%). A queda nas cotações de atacado no mercado gaúcho foi causada principalmente por dois fatores. O primeiro, o período tradicional do mês no qual a retração na economia reflete a baixa capacidade de compra dos consumidores. O segundo, no caso particular do tomate longa vida, foi devido aos altos preços do produto no atacado nas últimas semanas, fato que provocou o represamento de vendas. Nesta terça-feira, os preços desceram como meio de facilitar o escoamento do produto mais maduro e estimular as vendas. Por outro lado, a safra gaúcha está iniciando atrasada, com produtos originários da região do Litoral Norte, porém com volumes pequenos e qualidade mediana. A safra das Serras gaúcha e catarinense ainda não está ofertando substancialmente. A dependência de produtos da região Sudeste do Brasil para o abastecimento nesta oportunidade ainda foi grande, sendo que 55% dos produtos foram lá produzidos. Por outro lado, a formação dos preços de atacado nesta terça-feira estabeleceu-se em torno de R$ 3,50/kg, valor este ainda bem elevado

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se comparado à média do último triênio para novembro, que foi R$ 2,38/kg. Vagem – de R$ 5,00 para R$ 2,50/kg (-50,00%). A cultura da vagem no RS é produzida no período característico da safra, ou seja, entre outubro e maio, com picos nítidos, ora com excesso de oferta, ora colocando volumes insuficientes para abastecer o mercado. Isto se dá em função das características da cultura, muito suscetível à elevação das horas diárias de insolação e elevação das temperaturas. Desta feita estávamos no período de safra, mas com oferta bastante reduzida em função de condições climáticas adversas. Nesta terça-feira experimentamos a primeira queda substancial nos preços da vagem desde o início da safra. O abastecimento foi realizado com cerca de 11.961 quilos do produto, sendo que este volume ainda é pequeno se comparado com a média por dia forte ocorrida nos últimos três anos para novembro que foi 18.670 quilos. Com a elevação na oferta, somada ao período recessivo da segunda quinzena do mês, a formação dos preços de atacado estabeleceu-se em R$ 2,50/kg, valor este que se localizou bem abaixo da média ocorrida no último triênio para novembro que foi R$ 3,88/kg.

Produtos em alta

20/11/18 (R$)

27/11/18 (R$)

Aumento (%)

Abacate (kg) 3,25 3,33 + 2,46

Banana Caturra (kg)

1,25 1,40 + 12,00

Banana Prata (kg)

1,75 1,90 + 8,57

Moranguinho (kg)

9,00 10,00 + 11,11

Pêssego nacional (kg)

3,00 3,50 + 16,67

Batata (kg) 1,60 1,80 + 12,50

Beterraba (kg) 1,25 1,50 + 20,00

Cenoura (kg) 1,75 2,00 + 14,29

Produtos em baixa

20/11/18 (R$)

27/11/18 (R$)

Redução (%)

Limão Tahiti (kg)

3,50 3,00 - 14,29

Mamão Formosa (kg)

3,08 2,93 - 4,87

Alface (pé) 0,58 0,50 - 13,79

Tomate caqui longa vida (kg)

5,00 3,50 - 30,00

Vagem (kg) 5,00 2,50 - 50,00 Fonte: Ceasa/RS.

OUTRAS CULTURAS Erva-mate – O produto está sendo comercializada em torno de R$ 12,00/arroba, posta na indústria ervateira. Sem o serviço de colheita e transporte, o produtor recebe R$ 7,00/arroba. Alguns plantios novos são observados na região do Alto da Serra do Botucaraí (Pólo do Alto Taquari). Os principais municípios produtores da região são Fontoura Xavier, Itapuca, Venâncio Aires, Mato Leitão e São José do Herval.

CRIAÇÕES Bovinocultura de corte - O campo nativo em geral está com boa produção em quantidade e qualidade de forragem, principalmente onde há boa fertilidade de solo; porém já começam sinais de ressecamento nas localidades onde não ocorreram precipitações, pois os ventos e o sol forte e duradouro começam a fazer seus efeitos. Na região de Pelotas, a semana ensolarada permitiu a drenagem de áreas alagadas, aumentando a área de pastejo para o gado. Este é o momento ideal para manejar o azevém nas áreas onde é feita a ressemeadura natural, para fazer diferimento (deixar em pousio) dessas áreas, visando o próximo ano. Até o final do mês, ocorre a colheita das lavouras de aveia e de azevém para produção de sementes. Nas áreas com integração lavoura-pecuária, ocorre a dessecação das pastagens para implantação principalmente da cultura de soja. Nas propriedades com melhor planejamento, estamos no período final de parição, sinalizando bons índices de nascimento de terneiros. Nesta fase o rebanho requer cuidados especiais com as matrizes e os terneiros nascidos, devendo-se percorrer diariamente os potreiros e realizar a prática sanitária de cura do umbigo. Também estamos no início da estação de reprodução; portanto temos que cuidar para que as matrizes com terneiro ao pé não percam sua condição corporal, para possível repetição de cria. Neste período é fundamental classificar as vacas com cria em primíparas e de segunda cria ou mais, e também em relação à condição corporal das mesmas, dando melhores condições alimentares para as de pior escore corporal, o que irá influenciar mais tarde na taxa de repetição de cria, essencial para boas produções de terneiros. A Emater/RS-Ascar recomenda protocolos de inseminação artificial com tempo fixo - IATF, principalmente para novilhas e vacas com cria, e

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realização de entoure e inseminação artificial para as vacas vazias. Outros fatores de importância são o exame andrológico e o preparo dos touros para reprodução. Pecuaristas buscam com os técnicos da Emater/RS-Ascar orientações quanto aos cruzamentos em seus rebanhos. Na região de Caxias do Sul, as raças predominantes nos cruzamentos dos rebanhos são Aberdeen e Red Angus, além do Devon e Hereford. O estado nutricional dos rebanhos em geral é de elevação de escore corporal, pelo bom desenvolvimento das pastagens naturais e cultivadas. As condições sanitárias são boas, e o momento é de atenção aos parasitoides (carrapatos, moscas-do-chifre, bernes e vermes), tanto das matrizes como dos terneiros recém-nascidos. Ocorre o aparecimento de bicheiras (miíases) devido às altas temperaturas, principalmente nos terneiros recém-nascidos. Mercado O preço continua estável em relação às últimas semanas, tanto do boi gordo como da vaca gorda, com oferta e demanda equilibradas. Há procura de animais para reposição do gado de cria (vacas e novilhas) e para confinamentos (principalmente terneiros). Os preços pagos ao produtor na região de Passo Fundo para os animais de recria foram de R$ 3,80 a R$ 4,00/kg vivo para vaca descarte e entre R$ 4,90 e R$ 5,00/kg vivo para novilho para engorda. Na Fronteira Noroeste os pecuaristas familiares têm manifestado dificuldade na comercialização de terneiros, e nas propriedades coloniais há animais prontos para o abate e dificuldade de comercialização. No município de Encruzilhada do Sul, observa-se um ligeiro aumento do preço, apesar de a oferta de animais gordos continuar em alta. Preços do boi gordo nas principais praças do Estado

Município Boi gordo

(R$/kg vivo)

Vaca gorda (R$/kg vivo)

Alegrete 4,90 3,60

Bagé 4,72 4,10

Barão de Cotegipe 5,00 4,50

Bom Jesus 4,85 3,95

Cachoeira do Sul 4,86 4,12

Canguçu 4,80 4,10

Dom Pedrito 4,90 4,10

Encruzilhada do Sul

5,00 4,30

Frederico Westphalen

5,00 4,50

Jaguarão 5,00 4,00

Júlio de Castilhos 5,00 4,30

Lagoa Vermelha 4,70 3,70

Palmeira das Missões

5,00 4,20

Pelotas 4,80 3,95

Santa Maria 4,80 4,09

Santa Vitória do Palmar

4,30 3,50

Santana do Livramento

4,80 4,10

Santo Antônio da Patrulha

4,90 3,80

Santo Antônio das Missões

4,60 4,00

São Borja 4,80 4,00

São Gabriel 4,65 4,00

Teutônia 4,50 3,80

Uruguaiana 4,80 4,00 Fonte: Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater-RS/Ascar.

Conforme relatório de preços semanais recebidos pelos produtores, elaborado pelo Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater/RS-Ascar, no período de 26 a 30/11/2018 o preço do boi para abate variou entre R$ 4,30 e R$ 5,00/kg vivo. O preço médio ficou em R$ 4,81/kg vivo, apresentando um aumento de +1,57%, em relação à última semana, de R$ 4,47/kg vivo. O preço da vaca gorda variou entre R$ 3,50 e R$ 4,50/kg vivo. O preço médio ficou em R$ 4,03/kg vivo, apresentando um leve aumento de +0,50% em relação ao preço médio da semana anterior, de R$ 4,01/kg vivo. Bovinocultura de leite - As pastagens apresentam bom crescimento, garantindo oferta de alimento volumoso para os animais e manutenção dos níveis de produção de leite. As temperaturas elevadas durante a tarde, com a ocorrência de precipitações, favoreceram o desenvolvimento das pastagens. O campo nativo está com bom rebrote e boa disponibilidade de pastagem para o rebanho. As pastagens perenes de verão, como tífton, jiggs, hermátria apresentam bom desenvolvimento (rebrote) e qualidade nutricional e estão sendo pastoreadas; a exceção a esse quadro geral são as pastagens prejudicadas em algumas localidades onde não choveu.

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Período adequado para planejamento e produção de alimentos conservados (feno), garantindo reservas para os períodos de escassez. As pastagens de trevos e cornichão ainda apresentam boa produção, contribuindo com a oferta de forragem para os rebanhos. Ainda ocorrem o preparo das áreas e a semeadura escalonada das pastagens anuais de verão como capim sudão, milheto, sorgo forrageiro e também das culturas perenes. Os plantios feitos no cedo estão em pleno pastoreio. Na região de Ijuí, as culturas anuais foram bastante danificadas quando utilizadas pelos animais, devido à alta umidade do solo, com arranquio e amassamento de plantas. Já aparecem os primeiros casos de cigarrinhas das pastagens, mosca branca e lagartas, sendo que tem crescido o uso de Metarhizium para controle biológico da cigarrinha das pastagens. Com as chuvas, produtores realizam adubação de cobertura nas pastagens. O milho para silagem está implantado com bom desenvolvimento na floração e formação de espigas. Foi iniciado o corte de bordaduras do milho silagem para a alimentação animal, e a confecção de silagem deve iniciar essa semana. Há relatos de dificuldade de controle das lagartas do milho. Alguns produtores menos organizados estão fornecendo suplementação de feno e silagem para manutenção da condição corporal dos animais, e até concentrados, o que encarece o custo de produção. Nas propriedades com suficiência de forragem, há reflexos positivos no volume da produção do leite, diminuindo assim os custos de produção. Na região de Bagé, a produção de leite está estabilizada, com tendência de redução em função do final de ciclo e amadurecimento das forrageiras de inverno e da falta de volume forrageiro nas pastagens de verão recém-implantadas. As condições nutricionais e sanitárias estão satisfatórias. Segue até o final do mês a vacinação obrigatória contra a aftosa em todos os bovinos e bubalinos com idade até 24 meses. No município de Pelotas, a Emater/RS-Ascar, em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural, está vacinando as terneiras para brucelose e orientando os produtores sobre a criação e manejo das mesmas. Com a alta umidade e o calor, tem aumentado a incidência de parasitas (carrapatos, moscas, bernes e vermes) no rebanho de forma geral. Casos de mastite ainda preocupam os produtores de leite.

Mercado Os preços recebidos referentes à produção de outubro ficaram na faixa de R$ 1,17 e R$ 1,45/L, variando de acordo com o volume produzido e as bonificações por qualidade; a ração com 18% de proteína bruta manteve se com preço estável e foi comercializada na faixa de R$ 1,15 a R$ 1,30/kg. Para o leite produzido em novembro, a expectativa é de nova queda de preço. Segundo o Conseleite, o valor de referência do leite no Rio Grande do Sul em novembro ficou em R$ 1,0920/L, o que representa queda de 5,44% em relação ao valor consolidado do mês de outubro. O cenário geral da atividade não se alterou, e o aumento dos preços dos insumos, principalmente ração e fertilizantes, incide na margem da atividade. Há expectativa de que a baixa dos preços do milho e da soja repercuta nos custos de produção de leite, aves e suínos. Provavelmente muitas famílias imediatistas, que não fazem uma análise econômica da propriedade, irão abandonar a atividade e se fixar na produção de grãos. Em função da maior disponibilidade de pastagens, têm ocorrido aumentos de produção, ocasionando redução nos preços pagos ao produtor, exigindo atenção maior na gestão dos custos de produção da atividade. É preocupante a situação de 170 produtores do município de Alecrim, onde duas cooperativas romperam contrato de recolhimento de leite no município. Emergencialmente a produção está sendo enviada para um entreposto de São Pedro do Butiá, causando insegurança aos produtores em relação ao futuro da sua produção. Conforme relatório de preços semanais recebidos pelos produtores, elaborado pelo Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater/RS-Ascar, no período de 26 a 30/11/2018 o preço do leite variou entre R$ 0,98 e R$ 1,44/L, de acordo com o volume e a qualidade do produto. O preço médio ficou em R$ 1,20/L, apresentando uma queda de -0,83%, em relação à última semana, que foi de R$ 1,21/L.

Preço do leite recebido pelos produtores em alguns municípios do Estado

Município Preços (R$/L)

Aceguá 1,29

Alegrete 1,15

Antônio Prado 1,16

Bagé 1,29

Canguçu 1,14

Carlos Barbosa 1,26

Chapada 1,33

Dr. Maurício Cardoso 1,44

Encruzilhada do Sul 1,10

Erechim 1,20

Frederico Westphalen 1,10

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Ibiraiaras 1,28

Júlio de Castilhos 1,23

Lagoa Vermelha 1,28

Marau 1,10

Palmeira das Missões 1,10

Passo Fundo 1,20

Pelotas 1,11

Rio Grande 0,98

Santa Maria 1,29

Santa Rosa 1,30

Santo Augusto 1,40

São Lourenço do Sul 1,07

Sertão 1,20

Teutônia 1,22

Tupanciretã 1,15

Venâncio Aires 1,10 Fonte: Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater-RS/Ascar.

Ovinocultura – O estado nutricional e sanitário do rebanho segue melhorando, principalmente dos animais já tosquiados. O clima mais seco beneficia os ovinos, especialmente no tocante à sanidade com diminuição das frieiras. Com o término da parição, agora são realizadas atividades de assinalação, castração, descola, monitoramento e tratamento de verminoses, vacinação contra clostridioses e controle de miíases. Nos cordeiros nascidos no cedo, é feita a desmama, aprontando para a comercialização de dezembro. O período é de intensificação da esquila, que deve prosseguir até dezembro. O clima durante a semana favoreceu as operações de esquila. No município de Pantano Grande, aproximadamente 70% do rebanho já foi esquilado, sendo que os preços estão variando entre R$ 7,00 a R$ 10,00/animal esquilado. Na região de Santa Rosa, a chuva interrompe o processo de esquila, mesmo assim é grande a movimentação de caminhões coletando lã no município sede do escritório regional da Emater/RS-Ascar e em municípios vizinhos. Com as chuvas constantes, cai a sanidade do rebanho, porém isso ainda não está sendo considerado problema pelos produtores. Mercado Em Arroio Grande, a comercialização no remate local atingiu uma melhora com elevação no preço pago; acreditamos que isso se deva à proximidade do Natal e à presença de compradores de fora do município. Em relação à comercialização, a oferta de animais gordos para abate ainda é baixa, porém a tendência é aumentar devido às festividades de fim de ano.

Preços pagos aos produtores da região da Campanha e Fronteira Oeste

Produtos Unidade Mínimo

(R$) Máximo

(R$)

Cordeiro kg vivo 5,30 7,00

Capão kg vivo 4,00 6,00

Ovelha de cria

cab. 170,00 305,00

Ovelha consumo

cab. 150,00 300,00

Lã cruza especial

kg 8,00 27,00

Fonte: Escritório regional da Emater/RS-Ascar de Bagé

Preços pagos aos pecuaristas na região Sul

Produto/espécie Mínimo (R$/kg)

Máximo (R$/kg)

Ovelha 5,00 6,00

Cordeiro 6,00 7,00

Capão 5,00 6,00

Lã Merina 24,00 26,00

Lã Ideal (Prima A) 17,00 20,00

Lã Corriedale (Cruza um)

8,00 11,00

Lã Corriedale (Cruza dois)

6,00 9,00

Fonte: Escritório regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas

Apicultura - A chuva significativa da semana em muitas regiões favoreceu a emissão de floração de época; nesse período do ano reduz o número de espécies florestais melíferas. Enxames mais fortes e bem manejados já possuem produção de mel. Por outro lado, colmeias mal manejadas (não alimentadas no inverno e início de primavera, sem substituição de favos velhos do ninho, rainha com problemas de postura) ainda estão fracas e sem produção. Apicultores seguem realizando colheita, com boa operculação e produtividade (em média dez quilos de mel por melgueira).

Preços praticados na comercialização do mel no Estado

Região A granel (R$/kg)

Embalado (R$/kg)

Bagé 8,80 25,00

Erechim 15,00 20,00

Passo Fundo

- 20,00 e 25,00

Pelotas 6,00 e 15,00 13,00 a 25,00

Porto Alegre

- 18,00 a 25,00

Santa Maria

9,00 25,00

Soledade 7,00 a 9,00 15,00 a 17,00 Fonte: Escritórios regionais da Emater/RS-Ascar.

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ASSOCIAÇÃO SULINA DE CRÉDITO E ASSISTÊNCIA RURAL – ASCAR

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2013/2017

29/11/2018 22/11/2018 01/11/2018 30/11/2017 GERAL NOVEMBRO

Arroz em Casca 50 kg 41,11 41,13 42,39 40,93 45,79 45,64

Feijão 60 kg 140,48 140,48 138,42 149,55 189,96 174,51

Milho 60 kg 34,60 34,65 35,61 29,78 32,03 32,06

Soja 60 kg 73,31 74,34 77,03 70,94 76,42 77,66

Sorgo Granífero 60 kg 27,19 27,85 28,39 22,87 27,94 27,60

Trigo 60 kg 38,44 37,85 38,05 32,94 38,18 36,23

Boi para Abate kg vivo 4,81 4,74 4,42 5,24 5,39 5,18

Vaca para Abate kg vivo 4,03 4,01 3,97 4,48 4,81 4,60

Cordeiro para Abate kg vivo 6,48 6,38 6,33 6,91 5,72 5,87

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,12 3,11 3,10 3,64 4,00 4,10

Leite (valor liquido recebido) litro 1,20 1,21 1,23 1,04 1,11 1,11

26/11-30/11 19/11-23/11 29/10-02/11 27/11-01/12

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são valores corrigidos. Média Geral é

a média dos preços mensais do quinquênio 2013-2017 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2013-2017.