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Estado de SergipePrefeitura Municipal de Aracaju

Lei n° 1.687/91De 27 de março de 1991

Regulamenta o Art. 16 da Lei Orgânica,que diz respeito à garantia de acessoadequado aos portadores de deficiênciafísica ou mental aos bens e serviçoscoletivos, logradouros e edificações de usopúblico.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE ARACAJU:

Faço saber que a Câmara Municipal de Aracaju aprovou e eu sanciono a seguinteLei:

Art 1° - A garantia do acesso adequado no meio urbano dar-se-á, pelo menos,através de:

I – Calçadas padronizadas, revestidas com material firme, estável, nãoescorregadio, não poroso, contínuo e não interrompido por degraus ou mudançasabruptas de nível, nem apresentar fissuras ou saliências cortantes. A inclinaçãotransversal não deve exceder ao máximo admissível para o escoamento de águaspluviais que equivale a 3%. Os acessos de veículos a garagens em desnível emrelação à calçada devem ser obtidos através de intervenção dentro da árearestrita à edificação. È vedado nas calçadas qualquer vegetação que implique nadiminuição da área de circulação ou na ameaça pela presença de espinhos ouraízes aéreas que destroem os pisos. As calçadas devem conter uma faixa dedeslocamento composto de tiras de matéria antiderrapante, cujo coeficiente deatrito seja superior ao revestimento normal.

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II – As faixas de deslocamento são duas tiras paralelas de 20cm cada, emmaterial antiderrapante, separada por uma faixa de 50cm de largura. Antes doscruzamentos deve ser indicada a possível mudança de percurso, que é uma tirade 40cm de largura disposta transversalmente à direção do percurso, onde deveconter as placas de sinalização à sua direita. (Fig.1). Próximo à entrada deveículos à faixa deve ser interrompida e próxima às esquinas esta deve serintermitente.

III – As placas de sinalização devem ter indicação inclusive em “Braille”, indicandolocalização, situação de equipamentos e outras informações necessárias. Estasdevem ter a altura da base a 1,20m do chão.

IV – Os locais de travessia devem conter placas verticais destinadas a orientarmotoristas e pedestres, e seu piso deve ser demarcado. Seu revestimento deveser antiderrapante e executado com material de aspecto diferenciado aos deentrada de veículos. Este revestimento deve ocupar toda a extensão da calçadana área de travessia, fazendo ligação direta com a faixa de deslocamento. O eixoda passarela deve ser perpendicular ao eixo da rua e o meio fio rebaixado. Arampa deve possuir declividade de 6%, sendo admitida uma declividade máximade 8,3%. A faixa de deslocamento deve ser preservada entre o fio da rampa e oalinhamento da construção, com largura mínima de 1,00m. (Fig.3). Onde não forpossível comportar a largura da passagem e a rampa deve-se adotar orebaixamento total das rampas laterais da calçada (Fig. 4). As rampas deverão terlargura mínima de 1,50m e as rampas laterais extensão de acordo com a variaçãode declividade. O rebaixamento não deve coincidir com as passarelasconvencionais de público e devem se localizar após a faixa de retenção dosveículos. Os semáforos onde se localizam as faixas deverão ser providos debotoeira e alarme sonoro. (Fig.2).

V – Nos estacionamentos públicos devem ser reservadas vagas destinadas adeficientes na proporção de uma vaga para 25 vagas normais. Estas vagasdevem ser localizadas próximo às rampas e devem ter um espaçamento de 1,50mentre elas, além de serem identificadas com o símbolo internacional de acesso.

VI – Os equipamentos urbanos não podem ser localizados em esquinas ouimpedir a faixa de deslocamento. Equipamentos tais como conchas telefônicas,caixa de correio, cesta de coleta de lixo e similares que consistem em elementossuspensos em hastes à baixa altura, devem ter o volume destes projetados sobreo piso demarcado com o ressalto de 3cm na pavimentação do passeio. O piso

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circundante correspondente a 60 cm após a projeção deve ser demarcado atravésde revestimento no piso com característica de relevo e aspereza que indiquem oequipamento (Fig.5). Próximos às faixas de deslocamento deverão estar dispostosestes equipamentos adaptados ao uso do deficiente físico, ou seja, com utilizaçãonão superior a 1,20m de altura.

VII – As grelhas necessárias para escoamento de água que cruzam a faixa dedeslocamento devem ter aberturas em espaçamento não superior a 1,30cm eestar dispostas perpendiculares à direção do trajeto.

Art.2° - O Poder Executivo, num prazo de 30 ( trinta) dias após aprovação destaLei, enviará a Câmara Municipal, projeto de implantação, com localização destesequipamentos nos logradouros existentes, bem como seu cronograma deimplantação.

Parágrafo único – A região compreendida pela Av. Coelho e Campos, Av. Barãode Maruim, Rio Sergipe e Av. Pedro Calazans terá prioridade na implantação dosequipamentos para adaptação de acesso a deficientes.

Art.3° - Os logradouros a serem construídos ou reformados devem obedecer oscritérios estabelecidos nos incisos I a VII do Art. 1°.

Art.4° - As edificações de que trata esta Lei são as de uso público industrial,comercial, de serviço, de lazer e residencial multifamiliar.

Parágrafo Único – Nas edificações de que trata o “caput” deste artigo, incluem-se,entre outras, clínicas médicas, hospitais, cinemas, teatros, casas noturnas,ginásios de esportes, hotéis, supermercados, “shopping centers”, galerias,escolas, fábricas e centros culturais.

Art.5° - A garantia de acesso adequado nas edificações definidas no artigoanterior dar-se-á, pelo menos, através de:

I – Nos estacionamentos devem ser reservadas vagas na proporção de 01 ( uma )vaga para cada 50 ( cinqüenta ) vagas destinadas ao veículo comum eidentificada com o símbolo internacional de acesso. Estas devem estarlocalizadas próximo às rampas e distanciadas 1,50m entre elas.II – Os caminhos às edificações devem ter largura mínima de 1,50m e declividademáxima de 5% para escoamento de água. A partir daí deverão ter corrimões. Os

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pisos devem ser antiderrapantes, mesmo sem presença de água, além de seremde fácil limpeza. As entradas devem estar, sempre que possível, niveladas compiso da calçada, ou então, deve-se fazer uso de rampa de acordo com oespecificado no inciso IV deste artigo.

III – As edificações devem ter pelo menos uma entrada de fácil transposição paradeficientes e estar identificada com o símbolo internacional de acesso. Estaentrada deve permitir que as pessoas deficientes percebam claramente adisposição de espaços e serviços existentes; além de permitir fácil orientação àportaria, aos elevadores e às circulações sem que haja mudança de nível abruptaneste intervalo. As portas giratórias e as roletas ou catracas devem ser planejadascom uma passagem alternativa próxima. As portas de vai-e-vem não sendo emmaterial transparente devem ter visor o qual deverá estar entre 0,90m e 1,20m dealtura da elevação ao piso.

IV – As rampas devem ser adotadas, sempre que houver desnível, mesmo napresença de escadas. Sua superfície deve ser antiderrapante, salientadas ascaracterísticas de rugosidade e aspereza. E devem ter obrigatoriamente corrimãoe guarda corpo. Deve haver um ressalto no piso, correspondente à área docorrimão de 0,50m. Sua largura mínima é de 1,20m. (Fig.8).

Os índices máximos de declividade para rampa são:

Declividade Comprimento máximo12,5% 2,0m10,0% 6,0m8,33% 9,0m6,67% 12,0m

Além desses comprimentos são exigidos patamares, os quais não podem terportas que ao abrirem obstruam a passagem. A largura mínima deve ser a quepermita conter um círculo com diâmetro de 1,50m.

V – As escadas devem ser constituídas com degraus homogêneos, com a mesmaaltura e sob uma relação de conforto. (2 h+P = 64, onde H = espelho, P = piso). Olance de escadas deve ter altura máxima de 08(oito) degraus e a partir daí um

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patamar. No patamar as superfícies não podem ser escorregadias e devem estarprovidas de corrimão em ambos os lados. Nenhuma porta deverá abrir-se ou girarde forma a obstruir o movimento após o primeiro ou o último degrau.

VI – Os elevadores devem se estender em todos os níveis da edificação, e devemestar situados em local de fácil acesso. As alturas dos comandos não devem sersuperior a 1,40m. As portas devem ter largura mínima de 0,80m.

VII – As circulações das edificações a que se refere o Art.4° devem ter larguramínima de 1,50m, e o menor vão das portas de acesso às unidades de 0,90m.Devem estar providas de corrimões em ambos os lados em duas alturas. Oscorrimões devem a partir do piso ter altura de 0,75m no mínimo e 0,90m nomáximo. Devem ser salientes em 0,05m e fixados firmemente, não impedindo aárea de apreensão. Sempre que possível devem ser arredondados e comdiâmetro máximo de 0,04m (Fig.6 ). Em escadas e rampas os corrimões devemter um prolongamento de no mínimo 30cm (Fig.7).

VIII - As edificações de que trata esta Lei, com exceção das edificaçõesresidenciais multifamiliares devem ser providas de sanitário masculino e femininoadaptados ao uso de deficientes, os quais devem ser identificados pelo símbolointernacional de acesso junto à demarcação dos sexos. As paredes dossanitários adaptados ao uso de deficientes devam ter barras de apoio à altura de0,80 m do piso, extensivos aos vasos sanitários, nos quais a altura é de 0,75 m.O comprimento das barras nos vasos sanitários e de no mínimo de 0,60 m. Aárea sob a bancada dos lavatórios deve ser mantida livre em pelo menos um doslavatórios. A proporção de sanitários para deficientes deve atender a relação deum sanitário para cada 10 (dez) convencionais; embora em número menor doque dez é obrigatório pelo menos um, para cada:sexo.

IX - A separação entre o mobiliário nos locais de acesso a circulação deve serde, no mínimo, 0,90 m, como, por exemplo, entre as caixas registradoras desupermercados. Os balcões de atendimento ao público devem estar a no máximo0,80 m do piso.

X -Os ginásios de esporte, auditórios, cinemas, teatros e similares, devem tercadeiras reservadas para deficientes. As cadeiras devem ser removíveis epróximas à saída de emergência, além de ter boa condição de visibilidade eaudibilidade; e devem conter o símbolo internacional de acesso.

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Art. 6º - Não poderão ser aprovados pala Prefeitura Municipal projetos deedificação pública ou privada a que faz referência o Art. 4º, sem o atendimentoaos critérios estabelecidos nos incisos I a X do Art. 5º, sendo também vedado àexpedição do "Habite-se" ou alvará de funcionamento para as edificaçõesexecutadas em desacordo com esta legislação.

Art. 7º - As edificações existentes terão um prazo de 02 (dois) anos para seadaptarem a esta Lei, findo o qual não será permitido à renovação do "Habite-se"ou do alvará de funcionamento.

Art. 8º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação e revogam-se asdisposições em contrario.

Palácio “Inácio Barbosa”, em Aracaju, 27 de março de 1991.

WELLINGTON DA MOTA PAIXÃOPrefeito de Aracaju

Lises Alves CamposSecretario Municipal de Governo

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ANEXOS

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