lei080-cÓdigo tributÁrio

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Prefeitura do Municpio de Pontal do ParanRua Nomio Gabriel Simas, 675 - Balnerio Praia de Leste - Pontal do Paran / PR CEP 83.258-000 - Fone/FAX (041) 458-1144

LEI N080, de 22 de Dezembro de 1997. Smula: "Institui o Cdigo Tributrio do Municpio de Pontal do Paran.Alterada pela LEIS N. 108/98, 123/98, 185/99, 229/01, 304/02, 308/02, 400/02, 406/02, 413/03, 44803, 456/03, 472/03, 490/04 e 544/04- Atualizada em 24/11/2004 Alterada pela Lei Municipal n 634, de 27-12-2005 Alterada pela Lei Municipal n 749, de 13-7-2007 Alterada pela Lei Municipal n 753, de 13-7-2007 Alterada pela Lei Municipal n 806, de 9-11-2007

A CMARA MUNICIPAL DE PONTAL DO PARAN, ESTADO DO PARAN, APROVOU, E EU PREFEITO MUNICIPAL, SANCIONO A SEGUINTE LEI: TTULO I DISPOSIES PRELIMINARES CAPTULO NICO SISTEMA TRIBUTRIO DO MUNICPIO Art. 1. Este Cdigo regula os direitos e obrigaes de ordem pblica concernente s Finanas Municipal e s pessoas obrigadas ao pagamento dos tributos municipais ou penalidades pecunirias, dispondo sobre os fatos geradores, a incidncia, a inscrio, as alquotas, o lanamento, a cobrana e a fiscalizao dos tributos municipais e, estabelece normas de direito fiscal a eles pertinentes e penalidades de cada tributo. Art. 2. A natureza jurdica especfica do tributo determinada pelo fato gerador da respectiva obrigao, sendo irrelevantes para qualific-la: I - a denominao e demais caractersticas formais adotadas pela Lei: II - a destinao legal do produto da sua arrecadao. Art. 3. So tributos do Municpio: I - Impostos: a) sobre Servios de Qualquer Natureza; b) sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana; e c) sobre a Transmisso de Bens Imveis "Inter-vivos". II - Taxas: a) decorrentes do exerccio do poder de polcia; b) de Servios Gerais; e c) de Servios Urbanos. III - Contribuio de Melhoria, em razo da valorizao de imveis em decorrncia de obras pblicas. TTULO I I COMPETNCIA TRIBUTRIA CAPTULO I DISPOSIES GERAIS Art. 4. O Municpio de Pontal do Paran, ressalvadas as limitaes de competncia tributria constitucional e deste Cdigo, tem competncia legislativa plena quanto a incidncia, lanamento, arrecadao e fiscalizao dos tributos municipais.

Art. 5. A competncia tributria indelegvel, salvo atribuies das funes de arrecadar ou fiscalizar, exe cutar leis, servios, atos ou decises administrativas em matria tributria conferida por uma pessoa jurdica de direito pblico a outra, nos termos da Constituio. 1. A atribuio compreendendo as garantias e os privilgios processuais que competem pessoa jurdica de direito pblico que a conferir. 2. A atribuio pode ser revogada a qualquer tempo por ato unilateral da pessoa jurdica de direito pblico que a conferir. 3. No constitui delegao de competncia o cometimento a pessoa jurdica de direito privado do encargo ou da funo de arrecadar tributos. CAPTULO I I LIMITAES DO PODER DE TRIBUTAR Art. 6. Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado ao Municpio: I - exigir ou aumentar tributo sem que a lei previamente o estabelea; II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situao equivalente, proibida qualquer distino em razo de ocupao profissional ou funo por eles exercida, independente da denominao jurdica dos rendimentos, ttulos ou direitos; III - cobrar tributos: a) em relao a fatos geradores ocorridos antes do incio da vigncia da lei que os houver institudo ou aumentado; b) no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. IV utilizao de tributos com efeito de confisco; V- estabelecer limitaes ao trfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrana de pedgio pela utilizao de vias conservadas pelo Poder Pblico; VI - instituir impostos sobre: a) patrimnio, renda ou servios, relativos a outras esferas governamentais. b) templo de qualquer culto; c) patrimnio, renda ou servios dos partidos polticos, inclusive suas fundaes, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituies de educao e de assistncia social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; d) livros, jornais, peridicos e o papel destinado sua impresso; e VII - estabelecer diferena tributria entre bens e servios, de qualquer natureza, em razo de sua procedncia ou destino. 1. A vedao do inciso VI, alnea a, extensiva s autarquias e s fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, no que se refere ao patrimnio, renda e aos servios, vinculados a suas finalidades essenciais ou delas decorrentes. 2. As vedaes do inciso VI, alnea a, e do pargrafo anterior no se aplicam ao patrimnio, renda e aos servios, relacionados com explorao de atividades econmicas regidas pelas normas aplicveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestao ou pagamento de preos ou tarifas pelo usurio, nem exonera o promitente comprador da obrigao de pagar impostos relativamente ao bem imvel. 3. As vedaes expressas no inciso VI, alneas b e c, compreendem somente o patrimnio, a renda e os servios, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. 4. O disposto no inciso VI no exclui a atribuio, por lei, s entidades nele referidas da condio de responsveis pelos tributos que lhes caibam reter na fonte e no as dispensa da prtica de atos, previstos em lei, assecuratrios do cumprimento de obrigaes tributrias por terceiros. 5. O disposto na alnea "c" do inciso VI subordinado observncia, pelas entidades nele referidas, dos seguintes requisitos: a) no distriburem qualquer parcela do seu patrimnio ou de suas rendas, a qualquer ttulo, que possa representar rendimento, ganho ou lucro, para os respectivos beneficirios;

b) aplicarem integralmente no Pas os seus recursos na manuteno dos seus objetivos institucionais; c) manterem escriturao de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades que assegurem sua exatido. 6. Em caso de descumprimento do disposto nos pargrafos 1, 3, 4 e 5 deste artigo, se suspende a aplicao do benefcio e fica o sujeito passivo obrigado ao recolhimento da obrigao tributria dos ltimos cinco exerccios financeiros no prazo de trinta dias. TTULO I I I LEGISLAO TRIBUTRIA CAPTULO I NORMAS GERAIS Art. 7. Somente a lei pode estabelecer: I a instituio de tributo ou sua extino; II a majorao de tributo ou sua reduo; III a definio do fato gerador da obrigao tributria principal e do seu sujeito passivo; IV a fixao de alquota de tributo e de sua base de clculo; V a cominao de penalidades por infrao a dispositivo legal; VI as hipteses de suspenso, extino e excluso de crdito tributrio, ou de dispensa ou reduo de penalidades. Art. 8. No constitu majorao de tributo a atualizao do valor monetrio da respectiva base de clculo. Pargrafo nico. A atualizao ser feita pelo Executivo Municipal, tendo por base a Unidade Fiscal do Municpio. Art. 9. O Executivo Municipal ao regulamentar as leis que versem sobre a matria tributria de competncia do Municpio, deve observar: I as normas constitucionais vigentes; II as normas gerais estabelecidas no Cdigo Tributrio Nacional e a legislao federal posterior; III as disposies deste Cdigo e das leis municipais a ele subseqentes. Art. 10. So normas complementares das leis e decretos: I os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; II as decises dos rgos singulares ou coletivos de jurisdio administrativa, a que a lei atribua eficcia normativa; III as prticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; IV os convnios celebrados pelo Municpio com a Unio e o Estado do Paran. Art. 11. Nenhum tributo pode ser lanado e arrecadado sem que a lei que o instituir ou o majorar tenha sido aprovada e publicada no exerccio anterior a sua vigncia. Pargrafo nico. Entra em vigor no primeiro dia do exerccio seguinte ao aquele em que ocorra a sua publicao, a lei tributria ou dispositivo de lei dessa natureza que: I defina nova hiptese de incidncia; II extinga ou reduza isenes, salvo se dispuser de maneira mais favorvel ao contribuinte, ou for concedida por prazo certo. CAPTULO I I OBRIGAO TRIBUTRIA Seo I DISPOSIES GERAIS Art. 12. Nenhum tributo ser exigido ou alterado, nem qualquer pessoa considerada como sujeito passivo ou contribuinte ou responsvel pelo cumprimento de obrigao tributria, seno em virtude do estipulado neste Cdigo ou legislao subseqente. Art. 13. A obrigao tributria compreende as seguintes modalidades: I obrigao tributria principal; e

II obrigao tributria acessria. 1. Obrigao tributria principal a que nasce com a ocorrncia do fato gerador e tem por objeto o recolhimento de tributo ou penalidade pecuniria, extinguindo-se juntamente com o crdito dela resultante. 2. Obrigao tributria acessria aquela que se d em face da legislao tributria e tem por objeto a prtica ou obsteno de ato nela previsto, relativo ao lanamento, cobrana e fiscalizao dos tributos. 3. A obrigao acessria, pelo simples fato da sua inobservncia, converte-se em obrigao principal relativamente penalidade pecuniria. Seo I I FATO GERADOR Art. 14. O fato gerador da obrigao tributria a situao de fato definida em lei como necessria e suficiente para justificar o lanamento e a cobrana de cada um dos tributos de competncia do Municpio. Art. 15. O fato gerador da obrigao tributria acessria qualquer situao que, na forma da legislao tributria, imponha a prtica ou a absteno de ato que no configure obrigao principal. Seo I I I SUJEITO ATIVO Art. 16. Na qualidade de sujeito ativo da obrigao tributria, o Municpio a pessoa jurdica de direito pblico titular da competncia para instituir, lanar, arrecadar e fiscalizar os tributos previstos neste Cdigo e nas demais legislao pertinente. Seo I V SUJEITO PASSIVO Art. 17. Sujeito passivo da obrigao tributria principal a pessoa fsica ou jurdica obrigada, nos termos deste Cdigo, ao recolhimento de tributos da competncia do Municpio. Pargrafo nico - O sujeito passivo da obrigao principal ser considerado: I - contribuinte, quando tiver relao pessoal e direta com a situao que constitua o respectivo fato gerador; e II - responsvel, quando, sem se revestir da condio de contribuinte, sua obrigao decorrer de disposies expressas em lei. Art. 18. Sujeito passivo da obrigao acessria a pessoa obrigada prtica ou absteno de ato discriminado na legislao tributria que no configurem obrigao principal. Art. 19. Salvo os casos expressamente previstos em lei, nas convenes e contratos, a responsabilidade pelo recolhimento de tributos, no pode ser oposta Fazenda Municipal para modificar a definio legal do sujeito passivo da obrigao tributria correspondente. Seo V SOLIDARIEDADE Art. 20. So solidariamente obrigados pelo crdito tributrio: I - as pessoas designadas em lei; e II - as pessoas que tenham interesse comum na situao que constitua o fato gerador da obrigao tributria principal. Pargrafo nico. A solidariedade no comporta benefcio de ordem.

Art. 21. - Salvo os casos previstos em leis, a solidariedade produz os seguintes efeitos: I - o recolhimento efetuado por um dos obrigados aproveita os demais; II - a iseno ou remisso do crdito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, neste caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo; III - a suspenso ou a interrupo da prescrio em favor ou contra um dos obrigados favorece ou prejudica aos demais. Seo V I CAPACIDADE TRIBUTRIA Art. 22. A capacidade jurdica para cumprimento da obrigao tributria decorre do fato da pessoa se encontrar na situao prevista em lei, dando lugar obrigao. Pargrafo nico. A capacidade tributria passiva independe: I - da capacidade civil da pessoa natural; II - de estar a pessoa jurdica regularmente constituda ou no, desde que configure uma unidade econmica ou profissional; e III - de se encontrar a pessoa natural sujeita a medidas que importem em privao ou limitao do exerccio de atividades civis, comerciais ou profissionais ou da administrao direta de seus bens ou negcios. Seo V I I DOMICLIO TRIBUTRIO Art. 23. Ao contribuinte ou responsvel facultado escolher e indicar repartio fazendria, na forma e nos prazos previstos, o seu domiclio tributrio dentro do Municpio, assim entendido o lugar onde a pessoa fsica ou jurdica desenvolve sua atividade e mantm a infraestrutura material, de equipamentos e pessoal, respondendo por suas obrigaes perante a Fazenda Municipal e a prtica dos demais atos que constitua, ou possam vir a constituir obrigao tributria. 1. Na falta da eleio do domiclio tributrio pelo contribuinte ou responsvel, na forma da legislao aplicvel, considera-se como tal : I - quanto pessoa natural, a sua residncia habitual e, sendo esta incerta ou desconhecida, o local habitual do exerccio da sua atividade; II - quanto pessoa jurdica de direito privado, o lugar de sua sede, ou em relao aos atos ou fatos que derem origem obrigao tributria, o local de cada estabelecimento; III - quanto pessoa jurdica de direito pblico, qualquer de suas reparties situadas no territrio municipal; IV - nos demais casos, o lugar da situao dos bens da ocorrncia dos atos ou fatos que derem origem obrigao tributria. 2. A autoridade administrativa poder recusar o domiclio tributrio eleito que impossibilite ou dificulte a fiscalizao e a arrecadao do tributo. Art. 24. O domiclio tributrio ser obrigatoriamente consignado nas peties, requerimentos, consultas, reclamaes, recursos, declaraes, guias e quaisquer outros documentos dirigidos ou apresentados Fazenda Municipal. CAPTULO I I I RESPONSABILIDADE TRIBUTRIA Seo I RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES Art. 25. Os crditos tributrios referentes ao Imposto Predial e Territorial Urbano, as taxas pela prestao de servios que gravem os bens imveis e a Contribuio de Melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do ttulo a prova de sua quitao. Pargrafo nico. No caso de arrematao em hasta pblica, a subrogao ocorre sobre o respectivo preo. Art. 26. So pessoalmente responsveis:

I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos sem que tenha havido a prova de sua quitao; II - o sucessor a qualquer ttulo e o cnjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus at a data da partilha ou adjudicao, limitada ao montante do quinho ou da meao; e III - o esplio, pelos tributos devidos pelo de cujus at a data do encerramento da sucesso. Art. 27. A pessoa jurdica de direito privado que resultar de fuso ou incorporao de outra ou em outra, responsvel pelos tributos devidos at a data do ato, pelas pessoas jurdicas de direito privado transformadas, fundidas ou incorporadas. Pargrafo nico. A responsabilidade tambm se aplica no caso de extino de pessoa jurdica de direito privado, quando a explorao da respectiva atividade seja continuada por qualquer scio remanescente, ou seu esplio, sob a mesma ou outra razo social. Art. 28. A pessoa natural ou jurdica de direito privado que adquirir de outra, a qualquer ttulo, fundo de comrcio ou estabelecimento comercial, industrial, de prestao de servios ou profissional, e continuar a respectiva atividade sob a mesma ou outra razo social ou sob forma de firma individual, responde pelos tributos relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos at a data do ato: I - integralmente, se o alienante cessar a explorao do comrcio, indstria ou qualquer outra atividade; e II - solidariamente com o alienante, se este prosseguir na explorao ou iniciar, dentro de 6 (seis) meses a contar da data da alienao, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comrcio, indstria ou profisso. Seo I I RESPONSABILIDADE DE TERCEIRO Art. 29. Em caso de impossibilidade do cumprimento da obrigao principal pelo contribuinte, responde solidariamente com este no ato em que intervir ou pela omisso pela qual for responsvel: I - o pai, pelos tributos devidos pelo filho menor; II - o tutor e curador, pelos tributos devidos pelo tutelado e curatelado; III - o administrador de bens de terceiro, pelos tributos devido por este; IV - o sndico ou administrador, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatrio; V - o tabelio, escrivo e demais serventurios, pelos tributos devidos sobre os ato praticados em razo do seu ofcio; e VI - o scio, no caso de liquidao da sociedade de pessoas. Pargrafo nico - Em matria de penalidade, o disposto no caput s se aplica para o caso de mora. Art. 30. So pessoalmente responsveis pelos crditos correspondentes a obrigaes tributrias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infrao da lei, contrato social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo anterior; II - os mandatrios, prepostos e empregados; e III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurdicas de direito privado. Seo I I I RESPONSABILIDADE POR INFRAES Art. 31. Constitui infrao fiscal toda ao ou omisso que importe em inobservncia das normas estabelecidas na legislao tributria atribuda ao contribuinte, responsvel ou terceiro. Pargrafo nico. A responsabilidade por infrao da legislao tributria, salvo excees, independem da inteno do agente ou do terceiro e da efetividade, natureza e extenso das conseqncias do ato.

Art. 32. Responde pela infrao, em conjunto ou isoladamente, a pessoa que, de qualquer forma, concorra para a sua prtica ou dela se beneficie. Pargrafo nico. A responsabilidade pessoal do agente: I - quanto s infraes definidas em lei como contraveno, salvo quando praticadas no exerccio regular de administrao, mandato, funo, cargo, ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito; II - quanto s infraes em cuja definio o dolo especfico do agente seja elementar; III - quanto s infraes que decorram direta e exclusivamente do dolo especfico; a - das pessoas referidas no artigo 29 desta Lei, contra aquelas por quem respondem; b - dos mandatrios, prepostos e empregados, contra seus mandantes, preponentes ou empregadores; e c - dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurdicas de direito privado, contra estas. Art. 33. A responsabilidade ser excluda pela denncia espontnea da infrao, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e seus acrscimos, ou do depsito da importncia arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apurao. Pargrafo nico. No se considera espontnea a denncia apresentada aps o incio de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalizao relacionadas com a infrao. CAPTULO I V CRDITO TRIBUTRIO Seo I DISPOSIES GERAIS Art. 34. O crdito tributrio decorre da obrigao principal e tem a mesma natureza desta. Art. 35. As circunstncias que modificam o crdito tributrio, sua extenso ou seus efeitos, as garantias ou os privilgios a ele atribudos, ou que excluam sua exigibilidade no afetam a obrigao tributria que lhe deu origem. Art. 36. O crdito tributrio regularmente constitudo somente se modifica ou se extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluda nos casos expressamente previstos nesta Lei. Seo I I CONSTITUIO DO CRDITO TRIBUTRIO - LANAMENTO Art. 37. Compete privativamente autoridade administrativa constituir o crdito tributrio pelo lanamento, assim entendido o procedimento administrativo que tem por objetivo: I - verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente; II - determinar a matria tributvel; III - calcular o montante do tributo devido; IV - identificar o sujeito passivo; e V - propor, sendo o caso, a aplicao da penalidade cabvel. Pargrafo nico. A atividade administrativa do lanamento vinculada e obrigatria, sob pena de responsabilidade funcional. Art. 38. O lanamento se reporta data da ocorrncia do fato gerador da obrigao e regese pela lei ento vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. Pargrafo nico. Aplica-se ao lanamento a legislao que, posteriormente ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria, tenha institudo novos critrios de apurao ou processo de fiscalizao, ampliando os poderes de investigao da autoridade administrativa, ou outorgado ao crdito maiores garantias ou privilgios, exceto, neste ltimo caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributria a terceiro. Art. 39. O lanamento compreende as seguintes modalidades: I - lanamento direto ou de ofcio, quando efetuado unilateralmente pela autoridade tributria, sem interveno ou participao do sujeito passivo;

II - lanamento por homologao ou auto lanamento, quando a legislao atribuir ao sujeito passivo a obrigao de antecipar o pagamento sem prvio exame da autoridade fazendria, operando-se o lanamento pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente o homologue; III - lanamento por declarao, quando for efetuado pela Fazenda Municipal com base na declarao do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislao tributria, presta autoridade fazendria informaes sobre a matria de fato, indispensvel sua efetivao; IV - por arbitramento da receita bruta, quando o sujeito passivo deixar de cumprir o pedido de informao do fisco municipal no prazo determinado. Esta modalidade de lanamento ser efetuada mediante auto de infrao; e V - por estimativa, a critrio da administrao fazendria, tendo em vista as condies do sujeito passivo quanto a sua escriturao e a espcie da atividade. 1. A omisso ou erro do lanamento, qualquer que seja a sua modalidade, no exime o sujeito passivo da obrigao tributria, e nem que de qualquer modo lhe aproveite. 2. O pagamento antecipado pelo sujeito passivo, nos termos do inciso II no extingue o crdito tributrio at a sua homologao definitiva pela administrao fazendria, salvo por decurso do prazo prescricional do crdito tributrio. 3. Na hiptese do inciso II deste artigo, no influem sobre a obrigao tributria quaisquer atos anteriores homologao praticados pelo sujeito passivo ou por terceiros, visando extino total ou parcial do crdito tributrio, tais atos sero, porm, considerados na sua apurao do saldo porventura devido, e sendo o caso, na imposio de penalidade, ou na sua graduao. 4. de cinco anos, a contar da data da ocorrncia do fato gerador, o prazo para homologao a que se refere o inciso II deste artigo, expirado esse prazo sem que o fisco municipal tenha pronunciado sobre o lanamento, considera-se homologado o lanamento, e definitivamente extinto o crdito, salvo se comprovadamente a existncia de dolo, fraude ou simulao. 5. Na hiptese do inciso III deste artigo a retificao da declarao por iniciativa do prprio declarante, quando vise a reduzir ou excluir tributos, somente ser aceita mediante comprovao do erro em que se funde e antes da notificao do lanamento. 6. Erros contidos na declarao que se refere o inciso III deste artigo sero apurados quando do seu exame pelo fisco municipal e retificados de ofcio pela administrao fazendria. Art. 40. A alterao e a substituio do lanamento original ser feita mediante novo lanamento, nas seguintes condies: I - lanamento de ofcio, quando o lanamento original for efetuado ou revisto de ofcio pela administrao fazendria, nos seguintes casos: a - quando no for prestada declarao, por quem de direito, na forma e nos prazos previstos na legislao tributria; b - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declarao nos termos da alnea anterior, deixar de atender, no prazo e na forma da legislao tributria, o pedido de esclarecimento formulado pela administrao fazendria, recuse-se a prest-lo ou no o preste satisfatoriamente a juzo daquela autoridade; c - quando se comprovar falsidade, erro ou omisso quanto a qualquer elemento definido na legislao tributria como sendo de declarao obrigatria; d - quando se comprove omisso ou inexatido, por parte da pessoa legalmente obrigada nos casos de lanamento por homologao; e - comprovando-se ao ou omisso do sujeito passivo ou de terceiro legalmente obrigado, que d lugar aplicao de penalidade pecuniria; f - quando comprovadamente o sujeito passivo, ou terceiro em benefcio daquele, agiu com dolo, fraude ou simulao; g - quando deva ser apreciado fato no conhecido ou no aprovado por ocasio do lanamento anterior; h - quando se comprove que, no lanamento anterior ocorreu fraude, ou falta funcional por parte da autoridade fazendria que o efetuou, ou omisso, pela mesma autoridade, de atos ou formalidade essencial; i - nos demais casos expressamente previstos neste cdigo ou em lei subsequente; II - lanamento aditivo, quando o lanamento original consignar diferena a menor contra o fisco, em decorrncia de erro de fato em qualquer das suas fases de execuo.

III - lanamento substitutivo, quando em decorrncia de erro de fato, houver necessidade de anulao do lanamento original, cujos defeitos o invalidam para todos os fins de direito. Art. 41. O lanamento e suas alteraes sero comunicados ao sujeito passivo por qualquer uma das seguintes formas, respeitada a seqncia dos procedimentos abaixo: I - por notificao direta; II - por publicao no rgo de Imprensa Oficial do Municpio; III - por remessa de aviso via postal; IV - por meio de edital afixado no Quadro de Avisos da Prefeitura Municipal; V - por qualquer outra forma de divulgao prevista na legislao tributria do Municpio. 1. Quando o domiclio tributrio do sujeito passivo for localizado no territrio do Municpio e indicado pelo mesmo, a remessa da notificao ou aviso, ser feita via postal. 2. Na impossibilidade de localizar pessoalmente o sujeito passivo, observadas as hipteses preceituadas neste artigo, reputar-se- efetivado o lanamento com a publicao nominal do lanamento ou suas alteraes: I - mediante comunicao publicada em rgo da Imprensa Oficial do Municpio; e II - mediante afixao de edital no Quadro de Avisos da Prefeitura Municipal. Art. 42. facultado ao Municpio o arbitramento da base de clculo de tributos quando o sujeito passivo no atender a solicitao da administrao fazendria, ou atender insatisfatoriamente, dificultado o conhecimento do valor real da receita bruta. 1. O arbitramento ser feito mediante lavratura do auto de infrao contendo todas as informaes necessrias para a constituio do crdito tributrio. 2. Somente ser lavrado o auto de infrao aps vencimento da segunda notificao, com prazo no inferior a dez dias entre ambas. 3. O arbitramento no prejudica a liquidez do crdito tributrio. CAPTULO V SUPENSO DO CRDITO TRIBUTRIO Seo I MODALIDADES DE SUSPENSO Art. 43. Suspendem a exigibilidade do crdito tributrio: I - a moratria; II - o depsito integral do seu montante; III - os recursos, nos termos definidos na parte processual deste Cdigo; e IV - a deciso judicial. Pargrafo nico. A suspenso da exigibilidade do crdito tributrio no dispensa o cumprimento das obrigaes acessrias dependentes da obrigao principal cujo crdito seja suspenso, ou dela conseqente. Seo I I MORATRIA Art. 44. Constitui moratria a concesso de novo prazo ao sujeito passivo, aps o vencimento do prazo originalmente fixado para o recolhimento do crdito tributrio. 1. Salvo disposio de lei em contrrio, a moratria somente abrange os crditos definitivamente constitudos data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lanamento j tenha sido iniciado quela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo. 2. A moratria no aproveita os casos de dolo, fraude ou simulao do sujeito passivo ou de terceiro em benefcio daquele. Art. 45. A moratria s poder ser concedida: I - em carter geral, pela pessoa jurdica de direito pblico competente para instituir o tributo a que se refira. II - em carter individual, por despacho da autoridade da administrao, desde que autorizada por lei nas condies do inciso anterior. Pargrafo nico. A lei concessiva de moratria pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade a determinada regio do territrio do Municpio ou a determinada classe ou categoria de sujeito passivo;

Art. 46. A lei que conceder moratria geral ou o despacho que a conceder em carter individual especificar, sem prejuzos de outros requisitos: I o prazo de durao do favor; II as condies da concesso do favor em carter individual; III sendo o caso: a) os tributos a que se aplica; b) o nmero de prestaes e seus vencimentos, dentro do prazo a que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixao de uns e de outros autoridade administrativa, para cada caso de concesso em carter individual; c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concesso em carter individual. Art. 47. A concesso da moratria em carter individual no gera direito adquirido e ser revogado de ofcio, sempre que se apurar que o beneficiado no est satisfazendo ou deixou de satisfazer as condies predeterminadas para a concesso, e ser cobrado o crdito tributrio acrescido de juros de mora e de correo monetria: I - com imposio das penalidades cabveis, em caso de dolo, fraude ou simulao do beneficirio, ou de terceiro em benefcio daquele; II - sem imposio de penalidades nos demais casos. 1. No caso do inciso I do artigo anterior, o tempo decorrido entre a concesso da moratria e a sua revogao no ser computado para efeito de prescrio do direito de cobrana do crdito tributrio; no caso do inciso II deste artigo , a revogao s poder ocorrer antes da prescrio do direito da cobrana do crdito tributrio, sob pena de responsabilidade funcional. Seo I I I DEPSITO Art. 48. O sujeito passivo pode efetuar o depsito do montante integral da obrigao tributria: I - quando preferir o depsito consignao judicial prevista no artigo 73 desta Lei; II - para atribuir efeito suspensivo: a - consulta formulada na forma do artigo 130 desta Lei; b - reclamao e a impugnao referentes Contribuio de Melhoria; e c - a qualquer outro ato por ele impetrado administrativamente ou judicialmente, visando modificao, a extino ou excluso, total ou parcial, da obrigao tributria. Art. 49. A legislao tributria poder estabelecer hiptese de obrigatoriedade de depsito prvio: I - para garantia de instncia, na forma das normas processuais desta Lei; II - como garantia a ser oferecida pelo sujeito passivo nos casos de compensao; III - como concesso por parte do sujeito passivo, nos casos de transao; e IV - em quaisquer outras circunstncias nas quais se fizer necessrio resguardar os interesses da Fazenda Municipal. Art. 50. A importncia depositada corresponder ao valor integral do crdito tributrio apurado: I - pelo fisco nos casos de: a - lanamento direto ou de ofcio; b - lanamento misto ou por declarao; c - alterao ou substituio do lanamento original, qualquer que tenha sido sua modalidade; e d - aplicao de penalidades pecunirias. II - pelo prprio sujeito passivo, nos casos de: a - lanamento por homologao ou auto lanamento; b - retificao de declarao, nos casos de lanamento por declarao, por iniciativa do prprio declarante; e c - confisso espontnea da obrigao, antes do incio de qualquer procedimento fiscal. III - na deciso administrativa desfavorvel, no todo ou em parte, ao sujeito passivo:

IV - mediante estimativa ou arbitramento procedido pelo fisco municipal, sempre que no puder ser determinado o montante integral do crdito tributrio. Art. 51. Considerar-se- suspensa a exigibilidade do crdito tributrio a partir da data do depsito na Tesouraria da Prefeitura, observando o disposto no artigo seguinte. Art. 52. O depsito poder ser efetuado nas seguintes modalidades: I - em moeda corrente no pas; II - por cheque visado ou administrativo; e III - em vale postal. Art. 53. Cabe ao sujeito passivo, por ocasio da efetivao do depsito, especificar a natureza do crdito tributrio, quando este for exigido em prestaes cobertas pelo depsito. Pargrafo nico. A efetivao do depsito no importa em suspenso da exigibilidade do crdito tributrio: I - quando parcial, das prestaes vincendas em que tenha sido decomposto; II - quando o total de outros crditos referentes ao mesmo ou a outros tributos ou penalidades pecunirias. Seo I V CESSAO DO EFEITO SUSPENSIVO Art. 54. Cessam os efeitos suspensivos relacionados com a exigibilidade do crdito tributrio: I - pela extino, por qualquer das formas previstas no artigo 55 desta Lei. II - pela excluso, por qualquer das formas previstas no artigo 75 desta Lei; III - pela deciso administrativa desfavorvel, no todo ou em parte, ao sujeito passivo; e IV - pela cessao dos efeitos de deciso judicial. CAPTULO V I EXTINO DO CRDITO TRIBUTRIO Seo I MODALIDADES DE EXTINO Art. 55. Extingue o crdito tributrio: I - o recolhimento; II - a compensao; III - a transao; IV - a remisso; V - a prescrio e a decadncia; VI - a converso do depsito em renda; VII - o recolhimento antecipado e a homologao do lanamento, nos termos do inc. II do artigo 39 desta Lei; VIII - a consignao em pagamento, quando julgada procedente, nos termos do disposto na legislao tributria do Municpio; IX - a deciso administrativa transitada em julgado; X - a deciso judicial transitada em julgado. Seo I I ARRECADAO Art. 56. O recolhimento de tributo ser efetuado pelo contribuinte, responsvel ou terceiros, em moeda corrente do pas, ou em cheque, na forma e prazos fixados nas normas tributria. 1. O crdito pago por meio de cheque somente ser extinto com efetivao da sua compensao bancria. 2. Considera-se recolhimento do tributo por parte do contribuinte, aquele feito por reteno na fonte pagadora nos casos previstos em lei, desde que o sujeito passivo apresente o comprovante do fato, sem prejuzo da responsabilidade da fonte pagadora quanto liquidao do crdito tributrio.

Art. 57. Todo recolhimento de tributo dever ser efetuado no estabelecimento bancrio indicado pela Fazenda Municipal. Art. 58. O recolhimento de parcela vincenda no implica em prejuzo da cobrana das parcelas vencidas. Art. 59. O recolhimento de crdito tributrio no importa em presuno: I - de recolhimento de outras prestaes em que se decomponha; e II - de recolhimento de outros crditos, referentes ao mesmo ou outros tributos, decorrentes de lanamento de ofcio, aditivos, complementares ou substitutivos. Art. 60. A falta de recolhimento do crdito tributrio nos respectivos prazos de vencimentos, independente de ao fiscal, importar na cobrana em conjunto dos seguintes acrscimos: I - multa de 0,33 (trinta e trs dcimos por cento) ao dia, at o limite de 20% (vinte por cento), calculada sobre o imposto devido, II - juros de mora a razo de 1% (um por cento) ao ms a partir do ms imediato ao seu vencimento, considerando ms ou qualquer frao deste. III atualizao monetria do crdito, com base na variao da Unidade Fiscal do Municpio. Pargrafo nico. Em se tratando de falta de recolhimento de imposto retido na fonte a multa ser de 50% (cinqenta por cento) do valor do crdito atualizado e de 100% (cem por cento) do mesmo se decorrente de ao fiscal. Art. 61. O crdito do lanamento no recolhido no seu vencimento ser inscrito em dvida ativa, para efeito de cobrana judicial. 1. Tratando-se de lanamentos emitidos em parcelas, podero as mesmas ser inscritas em dvida ativa aps o vencimento de cada uma. 2. Os lanamentos de ofcio, complementares e substitutivos, sero inscritos em dvida ativa trinta dias aps sua notificao. Art. 62. Nenhum recolhimento de tributos ser efetuado sem que expea a competente guia de recolhimento. Seo I I I RESTITUIO Art. 63. O sujeito passivo tem direito restituio, total ou parcial, das importncia recolhidas a ttulo de tributos, nos seguintes casos: I - por recolhimento de tributo indevido ou maior que o devido, em face da legislao tributria, ou da natureza ou circunstncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II - decorrente de erro de identificao do sujeito passivo, na determinao da alquota no clculo do montante do dbito, ou da elaborao, ou conferncia de qualquer documento relativo ao pagamento; III - reforma ou anulao de deciso condenatria; e IV - quando ocorrer recolhimento em duplicidade. Art. 64. O pedido de restituio ser conhecido quando acompanhado da prova do pagamento indevido do tributo e apresentadas as razes da ilegalidade ou irregularidade do recolhimento. Pargrafo nico. No cabe restituio no caso do sujeito passivo recolher tributo em nome de terceiro. Art. 65. A restituio do tributo, que por sua natureza comporte transferncia do respectivo encargo financeiro, somente ser feita a quem comprove haver assumido o referido encargo, ou no caso de t-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a receb-la. Art. 66. A restituio total ou parcial do tributo d lugar a devoluo, na mesma proporo recolhida, salvo as referentes a infraes de carter formal no prejudicadas pela causa da restituio.

1. Na restituio incide juro no capitalizvel de um por cento ao ms, a partir do trnsito em julgado da deciso definitiva que determinar. 2. A importncia restituda ser atualizada at a data da restituio, com base na variao da Unidade Fiscal do Municpio, alm dos juros . Art. 67. O direito de solicitar ou pleitear a restituio total ou parcial do tributo extingue-se com o decurso do prazo de cinco anos contados: I - nas hipteses dos incisos I e II do artigo 63 desta Lei, da data da extino do crdito tributrio; II - na hiptese do inciso III do artigo 63 desta Lei, da data em que se tornar definitiva ou passar em julgado a deciso judicial que tenha reformado, anulado ou revogado a deciso condenatria. Art. 68. Prescreve em dois anos a ao anulatria da deciso administrativa que denegar a restituio. Pargrafo nico. O prazo de prescrio suspenso pelo incio da ao judicial, recomeando o seu curso, por metade, a partir da data da citao validamente feita ao representante judicial da Fazenda Municipal. Seo I V REMISSO Art. 69. Fica o Executivo Municipal autorizado a conceder por despacho fundamentado, remisso total ou parcial do crdito tributrio, atendendo: I - situao econmica do sujeito passivo; II - por erro ou ignorncia escusveis do sujeito passivo, quanto a matria de fato; III - a diminuta importncia do crdito tributrio; IV - as consideraes de eqidade, em relao as caractersticas pessoais ou materiais do caso; e V - as condies peculiares a determinada regio do territrio do Municpio. Pargrafo nico. A concesso da remisso no gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabvel, o disposto no artigo 47 desta Lei. Seo V PRESCRIO Art. 70. A ao para cobrana do crdito tributrio prescreve em cinco anos, contados da data de sua constituio definitiva. 1. A prescrio se interrompe: I - pela citao pessoal ao devedor; II - pelo protesto judicial; III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; e IV - por qualquer inequvoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do dbito pelo devedor. 2. A prescrio se suspende por recurso do sujeito passivo contra sua constituio, retornando a seu curso aps deciso definitiva a respeito. Seo V I DECADNCIA Art. 71. O direito da Fazenda Municipal de constituir o crdito tributrio contra o sujeito passivo, extingue-se em cinco anos, contados: I - do primeiro dia do exerccio seguinte quele em que o lanamento deveria ter sido efetuado; II - da data em que se tornar definitiva a deciso que houver anulado, por vcio formal, o lanamento efetuado. Pargrafo nico. O direito a que o caput se refere se extingue definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituio do crdito tributrio pela notificao, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatria indispensvel ao lanamento.

Seo V I I CONVERSO DO DEPSITO EM RENDA Art. 72. Extingue o crdito tributrio a converso em renda do depsito em dinheiro previamente efetuado pelo sujeito passivo: 1. Convertido o depsito em renda, o saldo porventura apurado contra ou a favor do fisco ser exigido ou restitudo da seguinte forma: I - a diferena contra a Fazenda Municipal ser exigida atravs de notificao direta, publicada ou entregue pessoalmente ao sujeito passivo, na forma e nos prazos previstos nesta Lei e em regulamento; e II - o saldo a favor do contribuinte ser restitudo de ofcio, independentemente de prvio protesto, na forma estabelecida para as restituies totais ou parciais do crdito tributrio. 2. Aplicam-se converso do depsito em renda as regras de imputao do pagamento, estabelecidas no artigo 48 desta Lei. Seo V I I I CONSIGNAO EM PAGAMENTO Art. 73. Ao sujeito passivo facultado consignar judicialmente a importncia tributria em casos de: I - recusa do recebimento, ou subordinao deste ao pagamento de outro tributo ou penalidade, ou ao cumprimento de obrigao acessria; II - exigncia por mais de uma pessoa de direito pblico, de tributos idnticos sobre o mesmo fato gerador; 1. A consignao s pode versar sobre o crdito que o consignante se prope a recolher. 2. Julgada procedente a consignao, o recolhimento se reputa efetuado e a importncia consignada convertida em renda. Julgada improcedente a consignao, no todo ou em parte, se mantm o crdito tributrio, acrescido de juros de mora de 1% (um por cento) ao ms ou frao e correo monetria, com base na variao da Unidade Fiscal do Municpio, sem prejuzo da aplicao das penalidades cabveis. 3. Na converso da importncia em renda aplicam-se as normas dos pargrafos 1 e 2 do artigo 72 desta Lei. Seo I X DEMAIS MODALIDADES DE EXTINO Art. 74. Extingue o crdito tributrio a deciso administrativa ou judicial que expressamente: I - declare a irregularidade de sua constituio; II - reconhea a inexistncia da obrigao que lhe deu origem; III - exonere o sujeito passivo do cumprimento da obrigao; ou IV - declare a incompetncia do sujeito ativo para exigir o cumprimento da obrigao. CAPTULO V I I EXCLUSO DO CRDITO TRIBUTRIO Seo I MODALIDADES DE EXCLUSO Art. 75. Excluem o crdito tributrio: I - a iseno; II - a anistia. Pargrafo nico. A excluso do crdito tributrio no dispensa o cumprimento das obrigaes acessrias dependentes da obrigao principal cujo crdito seja excludo ou dela conseqente. Seo I I ISENO

Art. 76. A iseno a dispensa do recolhimento, por prazo determinado de um imposto em virtude de disposio legal, no se aplicando s taxas e Contribuio de Melhoria. Pargrafo nico. A iseno concedida para determinado imposto no atinge os demais, no sendo tambm extensiva a outros institudos posteriormente sua concesso. Art. 77. A iseno ser concedida sempre por lei especfica. Art. 78. A iseno concedida no gera direito adquirido, ficando o beneficiado obrigado ao cumprimento das condies fixadas em lei. Art. 79. A iseno ser concedida em carter geral e impessoal, levando em considerao a isonomia fiscal. Seo I I I ANISTIA Art. 80. A anistia, assim entendido o perdo das infraes cometidas e a conseqente dispensa do pagamento das penalidades pecunirias a elas relativas, abrange exclusivamente as infraes cometidas anteriormente vigncia da lei que a conceder, no se aplicando: I - aos atos praticados com dolo, fraude, ou simulao pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefcio daquele; II - aos atos qualificados como crime de sonegao fiscal previsto na legislao federal; III - as infraes resultantes do conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurdicas. Art. 81. A lei que conceder anistia deve: I - ter preferencialmente carter geral; II - limitar-se: a - s infraes da legislao relativa a determinado tributo; b - s infraes punidas com penalidades pecunirias, at determinado montante conjugados ou no com penalidade de outra natureza; e c - condio do pagamento do tributo no prazo fixado pela lei que conceder, ou cuja fixao seja atribuda pela lei autoridade administrativa. 1. A anistia, quando excepcionalmente no concedida em carter geral, ser efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa competente, em requerimento no qual o interessado faa prova do preenchimento das condies e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para a sua concesso. 2. O despacho referido no pargrafo anterior no gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabvel, a regra do artigo 47 desta Lei. Art. 82. A concesso da anistia d a infrao por no cometida, e por conseguinte, a infrao no constitui antecedente para efeito de imposio ou graduao de penalidade por outra infrao de qualquer natureza a ela subseqentes, cometidas pelo sujeito passivo beneficiado por anistia anterior. CAPTULO V I I I ADMINISTRAO TRIBUTRIA Seo I FISCALIZAO Art. 83. Todas as funes referentes a arrecadao e fiscalizao dos tributos municipais, aplicao de sanes por infrao legislao tributria do Municpio, bem como as medidas de preveno e represso s fraudes, sero exercidas pelos rgos fazendrios e reparties a elas hierrquicas ou funcionalmente subordinadas, segundo as atribuies constantes da lei de organizao administrava do Municpio e dos respectivos regimentos internos. Art. 84. Com finalidade de obter elementos que lhe permitam verificar a exatido das declaraes apresentadas pelos contribuintes e responsveis, e determinar com preciso, a natureza e o montante dos crditos tributrios, ou outras obrigaes previstas, a Fazenda Municipal poder:

I - exigir a qualquer tempo a exibio dos livros e comprovantes dos atos e operaes que constituam ou possam vir a constituir fato gerador da obrigao tributria; II - fazer inspees, vistorias, levantamento, e avaliaes nos locais e estabelecimentos onde exeram atividades passveis de tributao ou nos bens que constituam matria tributveis. III - exigir informaes escritas ou verbais; IV - notificar o contribuinte ou responsvel para comparecer repartio fazendria; V - requisitar o auxlio da fora policial, ou requerer ordem judicial quando indispensvel realizao de diligncias, inclusive inspees necessrias ao registro dos locais e estabelecimentos, assim como dos bens e documentos dos contribuintes e responsveis; VI - notificar o contribuinte ou responsvel para dar cumprimento a quaisquer das obrigaes previstas na legislao tributria. 1. s pessoas naturais ou jurdicas que gozem de imunidade, ou sejam beneficiadas por isenes ou quaisquer outras formas de suspenso ou excluso do crdito tributrio tambm ficam sujeitas a essas aes. 2. Para os efeitos da legislao tributria do Municpio, no tem aplicao quaisquer disposies legais excludentes ou limitativos do direito de examinar livros, arquivos, documentos, papis, e efeitos comerciais ou fiscais dos comerciantes, industriais, prestadores de servios ou produtores, ou da obrigao destes de exibi-los. 3. A notificao pode ser feita: I - pessoalmente; II - por via postal; e III- por publicao no rgo de Imprensa Oficial do Municpio. Art. 85. Mediante intimao por escrito, so obrigados a prestar a Fazenda Municipal todas as informaes de que disponham, com relao a bens, negcios, ou atividades de terceiros: I - os tabelies, escrives e demais serventurios; II - os bancos, casas bancrias, caixas econmicas e demais instituies financeiras; III - as empresas de administrao de bens; IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; V - os inventariantes; VI - os sndicos, comissrios e liquidatrios; VII - os inquilinos e os titulares do direito de usufruto, uso ou habitao; VIII - os sndicos ou qualquer dos condminos, de propriedade em condomnio; IX - os responsveis por reparties do Governo Federal, Estadual ou Municipal da administrao direta ou indireta; X - os responsveis por cooperativas, associaes desportivas e entidades de classe; XI - quaisquer outras entidades ou pessoas que em razo de seu cargo, ofcio, funo, ministrio, atividade ou profisso, detenham em seu poder, a qualquer ttulo, informaes sobre bens, negcios, ou atividades de terceiros. Pargrafo nico. A obrigao no abrange a prestao de informaes quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a manter segredo em razo de cargo, ofcio, funo, ministrio, atividades ou profisso, ou que no se relacionem a questo tributria. Art. 86. Sem prejuzo do disposto na legislao criminal, vedada a divulgao, por qualquer meio e para qualquer fim por parte da Fazenda Municipal ou de seus servidores, de qualquer informao obtida em razo do ofcio, sobre a situao econmica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado dos suas atividades. Pargrafo nico. Excetuam-se, unicamente: I - a prestao de mtua assistncia para fiscalizao dos tributos respectivos e a permuta de informaes entre rgos federais, estaduais e municipais, nos termos do artigo 199 do Cdigo Tributrio Nacional; e II - os casos de requisio regular da autoridade judiciria, no interesse da justia. Art. 87. O Municpio poder instituir livros e registros obrigatrios de bens, servios e operaes tributveis a fim de apurar os elementos necessrios ao seu lanamento e fiscalizao.

Art. 88. A autoridade da administrao fazendria que proceder ou presidir a quaisquer diligncias de fiscalizao, lavrar os termos necessrios para que se documente o incio do procedimento fiscal, na forma da legislao aplicvel. Pargrafo nico. Os termos sero lavrados em formulrios ou livros prprios para registros de ocorrncias de atos fiscais. Quando lavrados em formulrios destacados, ser fornecida cpia para a pessoa fiscalizada. TTULO I V DVIDA ATIVA Seo nica DVIDA ATIVA E SUA INSCRIO Art. 89. Constitui dvida ativa do Municpio a proveniente de crdito tributrio ou no tributrio, regularmente inscrita na repartio administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado para recolhimento, ou aps deciso proferida em processo regular. Pargrafo nico. A dvida ativa da Fazenda Municipal compreende a tributria e a no tributria, abrangendo a atualizao monetria, juros, multas, tarifas, preos pblicos e outros crditos decorrentes de indenizaes e restituies, bem como os demais encargos previstos em lei e contrato, no excluindo esses encargos a liquidez do crdito. Art. 90. A inscrio, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, ser feita pelo rgo competente para apurar a liquidez e a certeza do crdito e suspender a prescrio, para todos os efeitos de direito, por 180 (cento e oitenta) dias ou at a distribuio da execuo fiscal, se esta ocorrer antes do final daquele prazo. Pargrafo nico. A inscrio na dvida ativa de qualquer crdito tributrio ou no tributrio, poder ser levada a efeito, imediatamente aps o vencimento de cada parcela ou de seu total, observando - se o prazo legal. Art. 91. O termo de inscrio da dvida ativa deve conter: I - o nome do devedor e dos co-responsveis , sempre que conhecido, o domiclio ou residncia de um ou de outros; II - a origem, e sua natureza e o fundamento legal, contratual, ou ato que deu origem ao crdito; III - o valor originrio do crdito, bem como o termo inicial e a forma de calcular os juros de mora, multa, correo monetria e demais encargos previstos em lei, contrato ou ato; IV - a data e o nmero da inscrio no registro de dvida ativa; e V - o nmero do processo administrativo ou do auto de infrao, se nele estiver apurado o valor da dvida. 1. A Certido de Dvida Ativa conter os mesmos elementos do termo de inscrio e ser autenticada pela administrao fazendria. 2. O termo de inscrio e a Certido de Dvida Ativa podero ser efetuados por processo manual, mecnico ou eletrnico. 3. As dvidas relativas a um mesmo devedor, quando conexas ou subsequentes, podero ser englobadas numa nica certido. 4. At a deciso de primeira instncia a Certido de Dvida Ativa poder ser emendada, substituda ou alterada, assegurando ao executado a devoluo do prazo para embargos. 5. A dvida ativa regularmente inscrita goza da presuno de certeza e liquidez e tem efeito de prova pr-constituda. 6. A presuno a que se refere o pargrafo anterior relativa e pode ser ilidida por prova inequvoca, a cargo do executado, ou de terceiro a quem aproveite. Art. 92. Exceto os casos de anistia concedidas em lei ou deciso judicial, vedado receber os crditos inscritos em dvida ativa com desconto ou dispensa da obrigao principal e/ou acessria. Art. 93. As Certides da Dvida Ativa para cobrana judicial devero conter os elementos previstos no 1 do artigo 91 desta Lei. Art. 94. Fica o Executivo Municipal autorizado a cancelar crditos inscritos em dvida ativa nos seguintes casos:

I - de contribuinte falecido sem deixar bens que exprimam valor; II - quando julgados nulos em processos regulares; III - quando a inscrio for efetuada indevidamente; IV - quando o valor do crdito for igual ou inferior a 5 (cinco) Unidades Fiscais do Municpio; V - quando o sujeito passivo se tratar de pessoa fsica absolutamente incapaz de solver a obrigao tributria, mediante comprovao efetuada pelo rgo de ao social competente para tal fim. Art. 95. A cobrana da dvida ativa do Municpio ser promovida: I - por via amigvel, quando processada pelos rgos administrativos competentes; e II - por via judicial, quando processada pelos rgos judicirios. 1. Na cobrana da dvida ativa a administrao fazendria, mediante solicitao da parte, poder parcelar o crdito. 2. A falta de recolhimento de parcela relativa a qualquer crdito implica no cancelamento do parcelamento. 3. Para obter o parcelamento da dvida ativa o sujeito passivo ou seu representante, firmar termo de confisso de dvida, comprovando no possuir pendncia de qualquer recolhimento, tributrio ou no. Art. 96. A execuo fiscal pode ser promovida contra: I - o devedor; II - o fiador III - o esplio; IV - a massa falida; V - o responsvel, nos termos da lei, por dvidas, tributrias ou no, de pessoas fsicas ou jurdicas de direito privado; e VI - os sucessores a qualquer ttulo. 1. Ressalvado o disposto neste Cdigo, o sndico, o comissrio, o liquidante e o administrador, nos casos de falncia, concordata, liquidao, inventrio, insolvncia ou concurso de credores, se antes de garantidos os crditos da fazenda pblica municipal, alienarem ou derem em garantia quaisquer dos bens administrados, respondem solidariamente pelo valor dos mesmos. 2. divida ativa da Fazenda Pblica Municipal, de qualquer natureza, aplicam-se as normas relativas responsabilidade prevista na legislao tributria, civil e comercial. 3. Aplica-se divida ativa de natureza no tributria o disposto nos artigos 186 e 188 a 192 do Cdigo Tributrio Nacional. TTULO V CAPTULO NICO CERTIDO NEGATIVA Art. 97. A prova de quitao do tributo ser feita por certido negativa, expedida vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informaes exigidas pela Fazenda Municipal. Art. 98. A certido ser fornecida dentro do prazo de dez dias teis a contar da data do protocolo que a requer sob pena de responsabilidade funcional, ressalvado erros ou falta de informaes na solicitao do requerente que interromper este prazo. Pargrafo nico. O prazo de validade da certido negativa ser de 90 (noventa) dias. Art. 99. A certido negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Municipal, responsabiliza pessoalmente o funcionrio que a expedir pelo pagamento do crdito tributrio e juros de mora, sem prejuzo das demais penalidades cabveis. Art. 100. Sempre ser exigida a certido negativa para: I - aprovao de projetos de loteamentos e qualquer tipo de edificaes; II - concesso de servios pblicos; III - licitaes em geral; IV - baixa ou cancelamento de inscries de pessoas fsicas ou jurdicas;

V - para inscrio de pessoas fsicas ou jurdicas, e no caso destas inclusive dos seus scios; VI - para obter qualquer benefcio administrativo ou fiscal; e VII - contratar com o Municpio. Art. 101. Ocorrendo expedio de certido negativa e havendo dbitos a vencer, dela constar a existncia do dbito. Art. 102. Sem prova por certido negativa, ou por declarao de iseno ou reconhecimento de imunidade com relao aos tributos ou quaisquer nus relativos ao imvel, os escrives, tabelies e oficiais de registros no podero lavrar, inscrever, transcrever ou averbar quaisquer atos ou contratos relativos aos imveis. Pargrafo nico. Os serventurios judiciais que praticarem atos sem a exigncia da certido negativa ficam obrigados pelo recolhimento do respectivo crdito tributrio. Art. 103. A Certido Negativa no exclui o direito da Fazenda Pblica Municipal em exigir, a qualquer tempo, os crditos a vencer e os que venham a ser apurados. TTULO V I CAPTULO I PROCEDIMENTO TRIBUTRIO Seo I DISPOSIO GERAIS Art. 104. O procedimento tributrio ter incio com: I - notificao do lanamento, na forma prevista nesta Lei; II - lavratura do auto de infrao; e III - lavratura de termo de apreenso de livros ou documentos fiscais. Pargrafo nico. A impugnao instaura a fase litigiosa do procedimento. Seo I I AUTO DE INFRAO Art. 105. Verificada infrao de dispositivo da legislao tributria, que importe ou no em evaso fiscal, ser lavrado auto de infrao pela Fazenda Municipal. 1. Constitui infrao fiscal toda e qualquer ao ou omisso que importe em inobservncia da legislao tributria. 2. Respondem pela infrao, conjunta ou isoladamente, todos os que de qualquer forma concorram para sua prtica ou dela se beneficiem. Art. 106. O auto de infrao ser lavrado por agente da Fazenda Municipal ou por fiscais de receitas tributria, de posturas municipais, vigilncia sanitria, obras e servios pblicos, ou por qualquer outro servidor com atribuies especficas e conter: I - a qualificao, endereo e a inscrio municipal do autuado e testemunhas, se presentes ao ato da lavratura: II - o local, a data e hora da lavratura; III - a descrio do fato; IV - o dispositivo legal infringido e a penalidade aplicvel; V - o valor do crdito tributrio, quando devido; VI - a assinatura do autuado, do seu representante legal ou preposto; VII - a determinao da exigncia e a intimao para cumpri-la ou impugn-la no prazo de trinta dias; e VIII - a assinatura do autuante e a indicao de seu cargo ou funo e o nmero de sua matrcula ou nmero do respectivo Registro Geral de identificao civil. 1. Se o infrator, ou quem o represente, no puder ou recusar-se assinar o auto de infrao, o servidor dever mencionar a circunstncia. 2. A assinatura do autuado no implica em confisso de sua falta e nem a recusa invalida o auto de infrao ou agrava a penalidade a que estiver sujeito. 3. Eventuais falhas do auto de infrao no acarretam sua nulidade, desde que permitam determinar com segurana a infrao e o sujeito passivo.

Art. 107. Sero apreendidos bens mveis ou mercadorias, livros ou outros documentos existentes em poder do contribuinte ou de terceiros como prova material da infrao tributria, mediante termo de depsito. Art. 108. A apreenso ser feita lavrando-se termo devidamente fundamentado e a qualificao do depositrio, se for o caso, alm dos demais requisitos mencionados no artigo 106 desta Lei. Pargrafo nico. O autuado ser intimado da lavratura do Termo de Apreenso. Art. 109. A restituio dos documentos e bens apreendidos ser feita mediante recibo e aps os trmites legais. Art. 110. Da lavratura do auto de infrao ser intimado o autuado: I - pessoalmente, no ato da lavratura, mediante a entrega da cpia do auto de infrao ao prprio autuado, seu representante ou preposto, com recibo datado no original. Havendo recusa do autuado em assinar, esta deve constar do prprio auto de infrao; II - por via postal, endereado ao domiclio fiscal do autuado, por meio de aviso de recebimento; III - por edital, com prazo de trinta dias quando no encontrado. Art. 111. As intimaes subsequentes inicial far-se-o pessoalmente, por carta ou edital, conforme as circunstncias. Art. 112. Aceito o auto de infrao e o autuado efetuando o recolhimento no prazo determinado, a multa devida ser reduzida em 50% (cinqenta por cento) do seu valor, exceto a moratria e o tributo devido se for o caso. Art. 113. Nenhum auto de infrao ser arquivado, nem cancelada a multa fiscal, sem despacho da autoridade fazendria, sob pena de responsabilidade funcional e sem prejuzo das demais penalidades cabveis. Seo I I I PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Art. 114. A apurao de infrao fiscal legislao tributria e a aplicao das respectivas multas ser procedida atravs de processo administrativo-fiscal, organizado em forma de autos forenses, tendo as folhas numeradas e rubricadas e as peas que o compem dispostas na ordem em que forem juntadas. Art. 115. O processo administrativo-fiscal tem incio e se formaliza na data em que o autuado integrar a instncia com a impugnao ou, na sua falta, ao trmino do prazo para sua apresentao. 1. A impugnao apresentada tempestivamente contra o lanamento ou auto de infrao ter efeito suspensivo da cobrana dos tributos objeto dos mesmos. 2. A impugnao apresentada tempestivamente supre eventual omisso ou defeito de intimao. 3. No sendo cumprida ou no impugnada a infrao, ser declarada a revelia do autuado. Art. 116. O contribuinte que discordar com o lanamento ou auto de infrao pode impugnar a exigncia fiscal no prazo de trinta dias contados da data da intimao do auto de infrao ou do lanamento, atravs de petio dirigida ao Secretrio da Fazenda Municipal, alegando, de uma s vez, toda a matria que reputar necessria, instruindo-a com os documentos comprobatrios das razes apresentadas. Art. 117. A impugnao obrigatoriamente conter: I - qualificao, endereo e inscrio municipal do contribuinte impugnante; II - o fato e os fundamentos jurdicos do pedido;

III - o pedido com as suas especificaes; e IV - as provas com que pretenda demonstrar a veracidade dos fatos alegados. Pargrafo nico. Em qualquer fase do processo, ou em primeira instncia, assegurado ao autuado o direito de vista na repartio fazendria onde tramitar o feito. Art. 118. O Secretrio da Fazenda Municipal, recebida a petio de impugnao, determinar a autuao da impugnao, abrindo vista da mesma ao chefe do Departamento de Fiscalizao para, no prazo de 5 (cinco) dias teis, contados do recebimento, informar e pronunciar-se quanto a procedncia ou no da defesa. Art. 119. O Secretrio da Fazenda Municipal, a requerimento do impugnante, ou de ofcio, poder determinar a realizao de diligncias, requisitar documentos ou solicitar informaes que forem julgadas necessrias ao esclarecimento das circunstncias discutidas no processo. Art. 120. Antes de proferir a deciso, o Secretario da Fazenda Municipal encaminhar o processo Assessoria Jurdica do Municpio para a apresentao de parecer. Art. 121. Contestada a impugnao e concludas as eventuais diligncias, e o prazo para produo de provas ou perempto o direito de defesa, o processo ser encaminhado ao Secretrio da Fazenda Municipal que proferir a deciso no prazo mximo de 30 (trinta) dias. 1. A deciso conter relatrio resumido do processo, com fundamentao legal, concluso e a ordem de intimao. 2. Da deciso de primeira instncia no cabe pedido de reconsiderao. Art. 122. O impugnante ser intimado da deciso, na forma do artigo 110 e seus incisos, iniciando-se com este ato processual o prazo de 30 (trinta) dias para interposio de recurso voluntrio. 1. No sendo interposto recurso ou findo o prazo, deve o impugnante recolher aos cofres do Municpio as quantias devidas, devidamente atualizada monetariamente, sob pena de ser esse crdito inscrito em dvida ativa. 2. Sendo a deciso final favorvel ao impugnante determinar-se-, se for o caso e nos prprios autos, a restituio total ou parcial do tributo indevidamente recolhido, monetariamente atualizado. Seo I V CONSELHO MUNICIPAL DE CONTRIBUINTES Art. 123. Fica criado, no mbito da Secretaria Municipal das Finanas, o Conselho Municipal de Contribuintes, que ser constitudo por 6 (seis) membros e respectivos suplentes, sendo 3 (trs) representantes do Poder Executivo Municipal, e 3 (trs) representantes dos contribuintes, indicados por entidades representativas da classe, devidamente inscritas no Cadastro Fiscal do Municpio. 1. Os membros do Conselho Municipal de Contribuintes tem mandato de 2 (dois) anos, permitida uma nica reconduo, e sero substitudos por seus respectivos suplentes, nos casos previstos no Regimento Interno. 2. Os membros do Conselho Municipal de Contribuintes sero nomeados pelo Prefeito Municipal, no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da data da publicao desta Lei.. 3. Os representantes do Poder Executivo Municipal devem ser servidores lotados na Fazenda Municipal. 4. A posse de todos os membros do Conselho Municipal de Contribuintes, dar-se-, em reunio especialmente convocada para este fim, e ser efetivada mediante assinatura do respectivo termo, que ser lavrado no livro de atas das suas reunies. 5. Os membros do Conselho Municipal de Contribuintes nomeados e empossados, elegero, na forma do Regimento Interno o Presidente e o Secretrio do Conselho. 6. O Conselho Municipal de Contribuintes, reunir-se- em sesses, sempre que necessrio, por convocao escrita do seu Presidente ou de no mnimo 4 (quatro) de seus membros, e com antecedncia mnima de 48 (quarenta e oito) horas.

7. Para seu pleno funcionamento, o Conselho Municipal de Contribuintes, fica autorizado a utilizar os servios de infra-estrutura das unidades administrativas do Poder Executivo, bem como solicitar o apoio de servidores para assessoria tcnica. 8. As funes dos membros do Conselho Municipal de Contribuintes no sero remuneradas, sendo seu desempenho, considerado como de servio pblico relevante. 9. O Conselho Municipal de Contribuintes elaborar e aprovar seu Regimento Interno, no prazo mximo de 30 (trinta) dias de sua posse. Art. 124. O julgamento no Conselho Municipal de Contribuintes, obedecer os seguintes preceitos: I - recebido o recurso, o relator, sorteado dentre os membros, na forma do Regimento Interno, ter prazo de 5 (cinco) dias teis para emitir parecer sobre a matria; II - poder o relator requerer diligncias, em prazo no superior a 10 (dez) dias teis, com a suspenso do prazo para parecer, voltando a fluir com o trmino da diligncia, ou expirado o prazo para tanto; III - proferido o parecer, o relator encaminhar o recurso para discusso e votao do Plenrio, em prazo no superior a 10 (dez) dias teis, que deliberar na forma do Regimento Interno; e IV - da deciso do Conselho Municipal de Contribuintes sero intimadas as partes. Seo V RECURSO VOLUNTRIO Art. 125. Da deciso de primeira instncia cabe recurso ao Conselho Municipal de Contribuintes, no prazo de 30 (trinta) dias da sua intimao. Pargrafo nico. definitiva a deciso proferida pelo Conselho Municipal de Contribuintes. Art. 126. Ao recurso, em segunda e definitiva instncia, facultado, adequar a aplicao de penalidades menos gravosas ao fato descrito na legislao. Art. 127. vedada a incluso num mesmo processo de recursos referentes as decises , mesmo que trate do mesmo assunto e alcance o mesmo sujeito passivo, salvo quando proferidas em um nico processo fiscal. Seo V I RECURSO DE OFCIO Art. 128. A autoridade julgadora de primeira instncia recorrer de ofcio ao Conselho Municipal de Contribuintes sempre que desonerar o contribuinte do recolhimento de tributo ou multa de valor originrio igual ou superior a 10 (dez) Unidades Fiscais do Municpio. Seo V I I EXECUO DAS DECISES FINAIS Art. 129. A deciso definitiva ser cumprida: I - pela intimao ao contribuinte para, no prazo de 10 (dez) dias, efetuar o pagamento do valor da condenao, devidamente atualizado monetariamente; II - pela intimao do contribuinte para vir receber a importncia recolhida indevidamente como tributo ou multa; III - pela liberao dos bens, mercadorias ou documentos apreendidos e depositados, ou pela restituio do produto de sua venda, se houver ocorrido a alienao, como previsto nesta Lei. IV - pela imediata inscrio em dvida ativa e a emisso da certido de crdito para execuo fiscal. Seo V I I I CONSULTA Art. 130. Ao contribuinte assegurado o direito de formular consulta a respeito de interpretao da legislao tributria municipal, mediante petio dirigida administrao

fazendria municipal, desde que protocolada antes do incio da ao fiscal, expondo minuciosamente os fatos concretos a que visa atingir e os dispositivos legais aplicveis espcie, instruda com documentos. Pargrafo nico. Ressalvada a hiptese de matria conexa, no pode constar questo relativa a mais de um tributo na consulta. Art. 131. Da petio deve constar a declarao, sob a responsabilidade do consulente, que: I - no se encontra sob procedimento fiscal iniciado ou j instaurado, para apurar fatos que se relacionem com a matria objeto da consulta; II - no est notificado para cumprir obrigao relativa ao fato objeto da consulta; III - o fato nela exposto no foi objeto de deciso anterior proferida em consulta ou litgio em que foi parte interessada. Art. 132. Nenhum procedimento tributrio ser iniciado contra o sujeito passivo em relao espcie consultada durante a tramitao da consulta. Art. 133. A consulta no suspende o prazo para recolhimento de tributos, retido na fonte, decorrente de autolanamento ou lanamento por homologao, antes ou depois de sua apresentao. Art. 134. No produz efeito a consulta formulada: I - em desacordo com as disposies desta Lei; II - meramente protelatria, assim entendida a que verse sobre dispositivo de induvidosa interpretao ou sobre tese de direito j resolvida por deciso definitiva, administrativa ou judicial; III - que no descreva completa e exatamente a situao de fato. IV - formulada por consulente que, data de sua apresentao, esteja sob ao fiscal, notificado de lanamento, intimado de auto de infrao ou termo de apreenso, ou citado para ao de natureza tributria, relativamente matria consultada. Art. 135. Verificada mudana de orientao fiscal, a nova regra atingir a todos os casos, ressalvado o direito daquele que proceder de acordo com a regra vigente at a data da alterao ocorrida. Art. 136. A autoridade fazendria responder a consulta no prazo de 30 (trinta) dias teis, contados da sua apresentao, encaminhando o processo para o Secretrio da Fazenda Municipal, para homologao. Pargrafo nico. Da deciso proferida em consulta no cabe recurso ou pedido de reconsiderao. Art. 137. O Secretrio da Fazenda Municipal, ao homologar a soluo da consulta, fixar ao sujeito passivo prazo, no superior a 15 (quinze) dias, para o cumprimento da obrigao tributria, principal ou acessria, sem prejuzo da aplicao das penalidades cabveis. Pargrafo nico. O consulente poder fazer cessar, no todo ou em parte, a onerao do eventual crdito efetuando o respectivo depsito cuja importncia, se indevida, lhe ser restituda no prazo de 30 (trinta) dias, contados da intimao ao consulente, devidamente atualizada. Art. 138. A resposta consulta vincula a Administrao, salvo se obtida mediante elementos inexatos fornecidos pelo consulente. CAPTULO I I CADASTRO FISCAL Seo nica DISPOSIES GERAIS Art. 139. O cadastro fiscal do Municpio compreende: I - cadastro imobilirio;

II - cadastro das atividades econmicas; III - cadastro de atividades isentas, imunes e/ou despersonalizadas; IV - cadastro rural; V - cadastro de vigilncia sanitria; e VI - cadastro de ocupantes de bens pblicos de uso comum. 1. O cadastro imobilirio compreende: a - os lotes de terras, edificados ou no, existentes ou que venham a existir nas reas urbanas, de expanso urbana ou urbanizveis; b - os imveis mesmo que localizados em reas rurais, mas que comprovadamente sejam utilizados para outros fins no agropastoris; 2. O cadastro das atividades econmicas compreende os estabelecimentos de produo, inclusive agropecuria, cooperativista, indstria, comrcio e prestao de servio de qualquer natureza existentes no Municpio. 3. Entende-se como prestador de servio de qualquer natureza a pessoa jurdica ou profissional autnomo, com ou sem estabelecimento fixo, conforme lista de servios constantes do Anexo I desta Lei. 4. Entende-se por atividade social, imune e/ou despersonalizada toda a que no tenha finalidade lucrativa, atenda comunidade e goze de imunidade tributria e/ou benefcio fiscal, nos termos da Constituio Federal e do Cdigo Tributrio Nacional. 5. O cadastro rural compreende todos os imveis localizados na rea rural do Municpio, contendo informaes para a identificao da propriedade, posse, produo e bens. 6. O cadastro de vigilncia sanitria compreende todos os estabelecimentos ou vendedores ambulantes que processem, armazenem ou comercializem produtos destinados ao consumo e animal. 7. O cadastro de ocupantes de bens pblicos de uso comum compreende todos os ocupantes desses bens localizados na rea urbana do Municpio, contendo informaes para a identificao do uso, sua durao e do ocupante. TTULO V I I MICRO E EMPRESA DE PEQUENO PORTE CAPTULO I TRATAMENTO TRIBUTRIO Seo I DEFINIO DE MICRO E EMPRESA DE PEQUENO PORTE Art. 140. Para fins de tratamento tributrio, considera-se como microempresa ou empresa de pequeno porte, para efeitos desta Lei, a pessoa jurdica ou firma em nome individual, prestadora de servios, que auferir receita bruta anual, sem quaisquer dedues, igual ou inferior a 600 (seiscentas) Unidades Fiscais do Municpio. 1. Para apurao da receita ser considerado o perodo de 01 de janeiro a 31 de dezembro de cada exerccio financeiro. 2. No primeiro ano de atividade, o limite da receita bruta ser calculado proporcionalmente ao nmero de meses decorridos entre o ms da constituio da empresa at 3l de dezembro. Art. 141. Fica excluda do regime desta Lei, mesmo com receita igual ou inferior ao limite estabelecido no artigo 140 desta Lei, a pessoa jurdica ou firma em nome individual que: I - o titular ou scio seja pessoa jurdica, ou ainda pessoa fsica com domiclio no exterior; II - participe do capital social de outra pessoa jurdica, exceto os investimentos decorrentes de incentivos fiscais; III - cujos titulares, scios e respectivos cnjuges participem como scios em outra pessoa jurdica; IV - possuir mais de um estabelecimento; V - contar com mais de cinco pessoas, includo scio, empregados ou colaboradores envolvidos na atividade; VI - deixar de emitir nota fiscal de servio; e VII - seja definida como instituio financeira. Seo I I

REGISTRO ESPECIAL Art. 142. O registro das microempresas e empresas de pequeno porte ser feito na Fazenda Municipal mediante: I - requerimento, contendo nome da empresa, ramo de atividade, endereo comercial, nome dos titulares e respectivos endereos; II - o requerimento deve ser acompanhado dos seguintes documentos: a - cpia do contrato social ou declarao de firma individual; b - cpia do Cadastro Geral de Contribuintes do Ministrio da Fazenda; c - cpia da Cdula de Identidade Civil e do carto do Cadastro de Pessoas Fsicas do Ministrio da Fazenda dos titulares; d - certido negativa de tributos municipais dos scios; e - comprovante que a empresa no obteve receita superior ao limite determinado pelo artigo 140 desta Lei; f - declarao firmada pelos scios de que no esto enquadrados nas excees do artigo 141 desta Lei. Pargrafo nico. Tratando-se de empresa nova, deve o titular ou scio declarar que a receita no dever exceder prevista no artigo 140 desta Lei e que no se enquadra em qualquer das hipteses de excluso prevista no artigo 141 desta Lei. Art. 143. A empresa que, a qualquer tempo, deixar de atender os requisitos previstos nesta Lei, para gozo dos benefcios de micro e pequena empresa, dever comunicar o fato Fazenda Municipal para o cancelamento do seu registro no prazo de 30 (trinta) dias da respectiva ocorrncia. Seo I I I REGIME TRIBUTRIO Art. 144. A empresa que satisfizer as condies previstas neste regime tributrio ter a reduo de 0,5 (cinco dcimos) na alquota do Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza ISSQN conforme percentuais definidos no Anexo I, e reduo de 20% (vinte por cento) em todas as taxas previstas nesta Lei, relativas as licenas necessrias prtica da atividade desenvolvida. Pargrafo nico. O recolhimento do imposto a que se refere o caput ser feito por autolanamento e atravs de carn, mediante a comprovao da receita do ms da competncia. Art. 145. O benefcio fiscal previsto no artigo anterior no dispensa: I - a escriturao contbil e do livro de prestao de servio perante a Fazenda Municipal; e II - a emisso de nota fiscal, com opo pela nota fiscal simplificada, aprovada em regulamento, cuja segunda via ficar arquivada no estabelecimento. Pargrafo nico. O tratamento tributrio relativo reduo de 20% (vinte por cento) das taxas, previsto no artigo 144 desta Lei, se aplica tambm s pessoas jurdicas comerciais e industriais, desde que enquadrados nos mesmos parmetros das pessoas jurdicas prestadoras de servios de qualquer natureza. Art. 146. O benefcio fiscal no desobriga o sujeito passivo da reteno na fonte, quando for o caso, conforme previso nesta Lei, sujeitando-o s mesmas normas e penalidades. Seo I V PENALIDADES Art. 147. A pessoa jurdica ou firma individual que, sem observncia dos requisitos desta lei, registre-se ou mantenha-se registrada como microempresa e/ou empresa de pequeno porte, fica sujeita s seguintes penalidades: I - cancelamento de ofcio de seu registro nesta condio; II - recolhimento do Imposto Sobre Servios e taxas devidas como empresa normal e enquadramento como se iseno ou reduo tributria alguma houvesse existido, acrescidas de juros moratrios e correo monetria, cobrados desde a data em que tais tributos deveriam ter sido recolhidos at a data do efetivo recolhimento; e

III - multa de 50% (cinqenta por cento) do valor atualizado dos tributos devidos, em caso de dolo, fraude ou simulao e, especialmente, nos casos de falsidade das declaraes ou informaes; Pargrafo nico. O titular ou scio da microempresa ou de empresa de pequeno porte responde solidria e ilimitadamente na forma prevista nos incisos deste artigo, ficando impedido de se beneficiar em nova empresa ou participar de outras j existentes com os benefcios desta Lei. TTULO V I I I IMPOSTOS CAPTULO I IMPOSTO SOBRE SERVIOS DE QUALQUER NATUREZA Seo I FATO GERADOR Art. 148. O Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza tem como fato gerador a prestao de servios por empresas ou por profissionais autnomos de qualquer categoria, em carter habitual, eventual ou peridico, com ou sem estabelecimento fixo. Art.149. Para efeito de incidncia considera-se : a - Empresa, toda e qualquer pessoa jurdica, inclusive a sociedade civil ou de fato que exercer atividade econmica de prestao de servio, bem como o prestador individual de servio que contar com o trabalho de mais que duas pessoas, empregadas ou no, ou com mais de um profissional da mesma qualificao, firma individual e cooperativa; b - Profissional Autnomo, todo aquele que fornecer o prprio trabalho, habitualmente, sem subordinao hierrquica, dependncia econmica ou jurdica, no mximo com at dois auxiliares, empregados ou no, e que no possuam a mesma habilitao profissional do empregador; c - Trabalhador Avulso, aquele que exerce atividade de carter eventual sob dependncia hierrquica e sem vinculao empregatcia; d- Estabelecimento Prestador de Servio, local onde se situa a infra-estrutura material e sejam planejados, contratados, administrados, fiscalizados ou executados os servios, total ou parcialmente, de modo permanente ou temporrio, independentemente de ser sede, matriz, filial, agncia, sucursal, escritrio, loja, oficina, garagem, canteiro de obra, depsito ou outra repartio da empresa prestadora de servio, sob qualquer denominao, assim como o pessoal, prdio, materiais, mquinas, veculos e equipamentos utilizados, sejam prprios, contratados, alugados ou cedidos por terceiro a qualquer ttulo. Pargrafo nico. Caracteriza-se como estabelecimento prestador de servio aquele que reuna uma ou mais dos seguintes condies: a - a manuteno de pessoal, materiais, mquinas, veculos, instrumentos ou equipamentos necessrios execuo dos servios; b - estrutura organizacional, administrativa ou operacional, mantida atravs da sede, matriz, filial, agncia, sucursal, escritrio, loja, oficina, canteiro de obra, depsito e outras reparties da empresa; c - inscrio no rgo previdencirio; d - indicao como domiclio fiscal, para efeitos de tributos federais, estaduais e municipais; e - permanncia, ou nimo de permanecer no local para a explorao econmica de prestao de servios, exteriorizada atravs da indicao do endereo e do telefone, em impressos e formulrios, locao de imvel, propaganda ou publicidade, fornecimento de energia eltrica ou gua em nome do prestador de servio ou de seu representante . Art. 150. As atividades sujeitas incidncia do Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza so as especificadas na Lista de Servios constante do Anexo I desta Lei e assemelhadas, ou ainda que sua prestao envolva fornecimento de mercadorias e/ou materiais. Pargrafo nico. Cada estabelecimento do mesmo titular, ainda que simples depsito, agncia, escritrio, oficina, garagem ou qualquer dependncia considerado autnomo para efeito de manuteno e escriturao de livros e documentos fiscais e recolhimento de imposto relativo aos servios prestados.

Art. 151. Considera-se local da prestao de servio: a - o do estabelecimento prestador de servio e na falta deste o seu domiclio, ou de seu representante; e b - no caso de construo civil onde se efetuar a prestao de servio, ou no local da obra. Art. 152 - A incidncia do imposto independe: a - da existncia do estabelecimento fixo; b - do cumprimento de quaisquer exigncias legais ou administrativas relativas prestao de servios; c - fornecimento de materiais; d - do resultado econmico do exerccio da atividade; e e - do recebimento do preo ou resultado econmico da concluso de servio no mesmo ms ou exerccio financeiro. Art. 153. Ficam excludas da incidncia do imposto os servios compreendidos na competncia tributria da Unio e dos Estados. Seo I I BASE DE CLCULO E ALQUOTAS Art. 154. Os contribuintes do Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza ficam enquadrados no regime de tributao fixa ou varivel. Art. 155. As empresas referidas no artigo 149, alnea a, desta Lei, ficam enquadradas no regime de tributao varivel sobre o valor da receita bruta mensal. 1 . A base de clculo do imposto o preo do servio, com base nas alquotas constantes do Anexo I, excluda a hiptese prevista no inciso I do 3 do artigo 172 desta Lei, cuja base de clculo o metro quadrado a construir, atendendo o padro da obra, com base no Anexo II desta Lei. 2. Considera-se preo do servio a receita bruta sem qualquer deduo, inclusive o prprio imposto quando destacado de sua base de clculo. 3. Faz parte do preo do servio: I - aquisio de bens e servios necessrios para sua execuo; II - todas as despesas e custos agregados e necessrios produo do servio; 4. No integram o preo do servio os valores relativos a: I - desconto ou abatimento, total ou parcial, desde que previamente contratados; e II - materiais produzidos fora do local da obra pelo prestador e subempreitada j tributada. Art. 156. Os profissionais autnomos e trabalhadores avulsos, definidos no artigo 149, alneas b e c, desta Lei, ficam enquadrados no regime de tributao fixa, na forma do Anexo I desta Lei. "Art. 157. (alterado pela Lei 123/98) Na prestao de servios referente ao item 01.31 e 01.33 da lista de servios Anexo I, o imposto deve ser calculado sobre o preo deduzido das seguintes parcelas: a - aos valores correspondentes aos materiais comprovadamente produzidos pelo prestador de servios fora do local da obra; b - aos valores das sub-empreitadas, quando j tributada pelo imposto, competindo a comprovao ao prestador de servio contratante da obra ou servio total. Seo I I I CONTRIBUINTE Art. 158. usurio. Contribuinte do imposto o prestador de servios e, na sua ausncia, o seu

Art. 159. No contribuinte do imposto: a - o que presta servio em relao de emprego; b - o trabalhador avulso, assim definido na regulamentao desta Lei; e c - o diretor e membro de conselho consultivo ou fiscal de sociedade.

Art. 160. Responde solidariamente com o contribuinte pelo pagamento do imposto e do crdito tributrio dele decorrente: a - o proprietrio da obra e/ou contratante, com relao aos servios de construo civil que lhes forem prestados; b - o administrador e/ou empreiteiro, com relao aos servios prestados mediante subempreitada; c - o titular do estabelecimento onde se instalarem mquinas, aparelhos ou equipamentos, pelo imposto devido pelos respectivos proprietrios no estabelecidos no Municpio e relativo a explorao dos mesmos; e d - os clubes recreativos, danceterias, casas noturnas, boates e congneres, pelos servios prestados por grupos musicais, artistas, decoradores, organizadores de festas, buffet e locao de bens mveis. Pargrafo nico. A solidariedade no comporta benefcio de ordem, podendo o pagamento do imposto recair em qualquer dos envolvidos na obrigao tributria. Art. 161. Os contribuintes definidos no artigo 149, bem como os inscritos no Cadastro de Atividades Econmicas, conforme previsto no artigo 267 desta Lei, mesmo os que gozem de imunidade ou de iseno de tributos, ficam obrigadas reteno na fonte do imposto incidente sobre os servios que lhes forem prestados sem emisso de documentos fiscais, ou sem prova que o prestador de servios contribuinte do Municpio, ou ainda sem prova do seu recolhimento. Pargrafo nico. O imposto deve ser calculado com base nas alquotas constantes no Anexo I desta Lei e recolhido nos prazos estipulados. Art. 162. A inobservncia implica na responsabilidade do usurio do servio pelo pagamento do imposto devido e seus acrscimos legais, sem prejuzo das penalidades cabveis. Art. 163. A pessoa jurdica que resultar de fuso, sucesso, transformao ou incorporao assume os dbitos tributrios devidos por seus antecessores. Pargrafo nico. Aplica-se o disposto no caput em caso de extino de pessoa jurdica, quando a explorao da respectiva atividade tiver continuidade por qualquer dos scios remanescentes, sob a mesma ou outra razo social, Art. 164. O esplio responde pelo dbito de cujus existente at a data da abertura da sucesso. Aps a partilha ou adjudicao, o sucessor a qualquer ttulo e o cnjuge meeiro, na proporo dos respectivos quinhes, legados ou meao. Seo I V MODALIDADES DE LANAMENTOS Art. 165. O lanamento do imposto ser feito: a - de ofcio, por iniciativa da administrao, quando sujeito ao imposto fixo; b - por homologao, quando por auto-lanamento do contribuinte, mediante tributao sobre o movimento econmico; c - por arbitramento da receita tributvel , nos casos previstos nesta Lei, e d - por estimativa, a critrio da Administrao. Art. 166. Considera-se ocorrido o fato gerador , para efeito de lanamento do imposto, a efetiva prestao de servio. Art. 167. Nas modalidades de lanamento previstas nas alneas "c" e "d" ao artigo 165, o sujeito passivo deve ser notificado de como proceder o recolhimento do imposto, conforme dispuser em regulamento. Seo V LANAMENTO DE OFCIO Art. 168. O lanamento de ofcio ser efetuado anualmente.

Pargrafo nico. O Executivo Municipal fixar o prazo para recolhimento e seu parcelamento. Art. 169. Em conformidade com a categoria de servio, o lanamento poder ser mensal ou em perodos menores ou maiores. Art. 170. Enquanto no ocorrer a decadncia tributria poder ser efetuada a constituio do crdito tributrio, assim como a retificao do lanamento. 1. Independente da quitao total ou parcial, podem ser expedidos lanamentos complementares sempre que constar constituio de crdito a menor, quer em razo de erro de fato, quer em razo de irregularidade administrativa. 2. O prazo para pagamento da diferena a ser recolhida no deve ser inferior a 30 (trinta) dias a contar da data da emisso da nova notificao. Art. 171. No caso de tributao fixa, quando o incio da atividade se der no curso do exerccio financeiro, o imposto ser lanado proporcionalmente aos meses restante do ano. Seo V I LANAMENTO POR HOMOLOGAO Art. 172. No lanamento por homologao, o sujeito passivo se obriga a apurar e a recolher o imposto em guias prprias e nos prazos fixados. 1. Nos servio de execuo de obra de construo civil o fato gerador do imposto ocorre no momento da efetiva prestao de servio, independentemente de medio, vistoria ou concluso da obra. 2. Entende-se por construo civil, com elaborao de projeto tcnico ou no, todas as obras desdobradas da engenharia, tais como: civil, naval, eltrica, eletrnica, industrial, mecnica, telecomunicaes, qumica, de minas, arquitetura e/ou urbanismo. 3. Para os efeitos desta Lei, entende-se por construo civil, obras hidrulicas e outras semelhantes realizao das seguintes obras e servios: I - edificaes em geral; II - rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos; III - pontes, tneis, viadutos e logradouros pblicos; IV - canais de drenagem ou de irrigao urbana e rural, obras de retificao ou de regularizao de leitos ou perfis de rios; V - barragens, canais e diques; VI - sistemas de abastecimento de gua e de saneamento, poos artesianos, semiartesianos ou manilhados; VII - sistemas de produo e distribuio de energia eltrica; VIII - sistemas de telecomunicaes; IX - refinarias, oleodutos, gasodutos e outros sistemas de distribuio de lquidos e gases; X - escoramento e conteno de encostas e servios congneres; XI - recuperao ou reforo estrutural de edificaes, pontes e congneres quando vinculadas a projetos de engenharia da qual resulta a substituio de elementos construtivos essenciais, limitado exclusivamente a parte relacionada substituio de pilares, vigas, lajes, alvenarias estruturais ou portantes, fundaes e tudo aquilo que implique a segurana ou estabilidade da estrutura; XII - estaqueamentos, fundaes, escavaes, aterros, perfuraes, desmontes, demolies, rebaixamento de lenis de gua, dragagens, escoramentos, terraplanagens, enrocamentos e derrocamentos; XIII - concretagem e alvenaria; XIV - revestimentos e pinturas de pisos, tetos, paredes, forros e divisrias; XV - carpintaria, serralheria, vidraaria e marmoraria; XVI - impermeabilizaes e isolamentos trmicos e acsticos; XVII - instalaes e ligaes de gua, de energia eltrica, de proteo catdica, de comunicaes, de elevadores, de condicionamento de ar, de refrigerao, de vapor, de ar comprimido, de sistemas de conduo e exausto de gases de combusto, inclusive dos equipamentos relacionados com esses servios;

XVIII - construo de jardins, iluminao externa, casa de guarda e outros da mesma natureza, previstos no projeto original, desde que integrados ao preo de construo da unidade imobiliria; XIX - outros servios diretamente relacionados a obras hidrulicas de construo civil e semelhantes. Art. 173. A guia de recolhimento e controle obedecer os modelos aprovados pela Fazenda Municipal. Art. 174. Nos servios de execuo de obra de construo civil e servios auxiliares o contribuinte fica obrigado a apresentar Fazenda Municipal, juntamente com a guia de recolhimento mensal, os seguintes documentos: a - cpia das medies que serviram para a apurao da base de clculo; b - no caso da obra abranger o territrio de mais de um municpio, cpia das me