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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE RESTINGA SÊCA TÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art.1º O Município de Restinga Sêca é uma unidade da República Federativa do Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul, com autonomia política, administrativa e financeira, regendo-se por esta LEI ORGÂNICA e pelas demais leis que adotar, respeitados os preceitos das Constituições Federal e Estadual. Parágrafo único. É mantido o atual território do Município, cujos limites só poderão ser alterados nos termos da Constituição do Estado. Art. 1º O Município de Restinga Sêca, pessoa jurídica de direito público interno, parte integrante da República Federativa do Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul, no pleno uso de sua autonomia política, administrativa e financeira, reger-se-á por esta Lei Orgânica e demais leis que adotar, respeitados os princípios estabelecidos nas Constituição Federal e Estadual. Parágrafo único. É mantido o atual território do município, cujos limites só poderão ser alterados nos termos da Constituição do Estado. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016). Art. 2º O Município continuará com os símbolos já instituídos. Art. 2º São símbolos do Município de Restinga Sêca: o brasão, a bandeira e outros estabelecidos em lei. Parágrafo único. O dia 25 de março é a data magna de Restinga Sêca. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016). Art. 3º Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos constitucionais.

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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE RESTINGA SÊCA

TÍTULO I

DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art.1º O Município de Restinga Sêca é uma unidade da República Federativa do

Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul, com autonomia política, administrativa e financeira,

regendo-se por esta LEI ORGÂNICA e pelas demais leis que adotar, respeitados os preceitos das

Constituições Federal e Estadual.

Parágrafo único. É mantido o atual território do Município, cujos limites só poderão

ser alterados nos termos da Constituição do Estado.

Art. 1º O Município de Restinga Sêca, pessoa jurídica de direito público interno,

parte integrante da República Federativa do Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul, no pleno

uso de sua autonomia política, administrativa e financeira, reger-se-á por esta Lei Orgânica e

demais leis que adotar, respeitados os princípios estabelecidos nas Constituição Federal e

Estadual.

Parágrafo único. É mantido o atual território do município, cujos limites só poderão

ser alterados nos termos da Constituição do Estado. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº

01, de 06/04/2016).

Art. 2º O Município continuará com os símbolos já instituídos.

Art. 2º São símbolos do Município de Restinga Sêca: o brasão, a bandeira e outros

estabelecidos em lei.

Parágrafo único. O dia 25 de março é a data magna de Restinga Sêca. (Alterado pela

Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 3º Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos

ou diretamente, nos termos constitucionais.

2

Art. 3º Todo o poder do Município emana do povo Restinguense, que o exerce por

meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Lei Orgânica. (Alterado pela

Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

CAPÍTULO II

DA COMPETÊNCIA

Art. 4º Compete ao Município, no exercício de sua autonomia:

I– organizar-se administrativamente, observadas as legislações federal e estadual;

II– decretar suas leis, expedir decretos e atos relativos aos assuntos de seu peculiar

interesse;

III- administrar seus bens, adquiri-los e aliená-los, aceitar doações, legados e

heranças e dispor de sua aplicação;

IV - desapropriar, por necessidade ou utilidade pública ou por interesse social, nos

casos previstos em lei;

V– conceder e permitir os serviços públicos locais e os que lhe sejam concernentes;

VI– organizar os quadros e estabelecer o regime jurídico de seus servidores;

VII– elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, estabelecendo normas de

edificações, de loteamentos, de zoneamento, bem como diretrizes urbanísticas convenientes à

ordenação de seu território;

VIII– estabelecer normas de prevenção e controle de ruído, da poluição, do meio

ambiente, do espaço aéreo e das águas;

IX– conceder e permitir os serviços de transporte coletivo, táxis e outros, fixando

suas tarifas, itinerários, pontos de estacionamento e paradas;

X– regulamentar a utilização dos logradouros públicos e sinalizar as faixas de

rolamento e zonas de silêncio;

XI– estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus serviços;

XII– regulamentar e fiscalizar a instalação e funcionamento de elevadores;

XIII– disciplinar a limpeza dos logradouros públicos, a remoção do lixo domiciliar e

dispor sobre a prevenção de incêndio;

XIV– licenciar estabelecimentos industriais, comerciais, de prestação de serviços e

outros; cassar os alvarás de licenças dos que se tornarem danosos à saúde, à higiene, ao bem

estar-estar público e aos bons costumes;

3

XV– fixar os feriados municipais, bem como o horário de funcionamento de

estabelecimentos comerciais, industriais, de prestação de serviços e outros;

XVI– legislar sobre o serviço funerário e cemitérios, fiscalizando os que pertencerem

a entidades particulares;

XVII– interditar edificações em ruínas ou em condições de insalubridade e fazer

demolir construções que ameacem a segurança coletiva;

XVIII– regulamentar a fixação de cartazes, anúncios emblemas e quaisquer outros

meios de publicidade e propaganda;

XIX– regulamentar e fiscalizar as competições esportivas, os espetáculos e os

divertimentos públicos;

XX- legislar sobre a apreensão e depósitos de semoventes, mercadorias e imóveis em

geral, no caso de transgressão de leis e demais atos municipais, bem como sobre a forma e

condições de venda das coisas e bens municipais;

XXI– legislar sobre serviços públicos e regulamentar os processos de instalação,

distribuição e consumo de água, gás, luz e energia elétrica e todos os demais serviços de caráter

e uso coletivo;

XXII– celebrar convênios com a União, o Estado e Municípios, mediante autorização

da Câmara Municipal, para execução de suas leis, serviços e decisões, bem como para executar

encargos análogos dessas esferas.

Art. 4º Compete ao Município, no exercício de sua autonomia:

I – organizar-se em termos administrativos, financeiros, fiscais e políticos, observada

a legislação federal e estadual;

II – promulgar suas leis, expedir decretos e atos relativos aos assuntos de seu

peculiar interesse;

III - administrar seus bens, adquirir e aliená-los, aceitar doações, legados e heranças

e dispor de sua aplicação;

IV - desapropriar, por necessidade ou utilidade pública ou por interesse social, nos

casos previstos em lei;

V – conceder, permitir ou autorizar os serviços públicos locais e os que lhe sejam

concernentes;

VI – organizar os quadros de cargos e de empregos públicos e estabelecer o regime

jurídico de seus servidores;

4

VII – elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, estabelecendo normas de

edificações, de loteamentos, de zoneamentos, bem como diretrizes urbanísticas convenientes à

ordenação de seu território;

VIII – estabelecer normas de prevenção e controle de ruído, da poluição, do meio

ambiente, do espaço aéreo e das águas;

IX – dispor sobre a política tarifária e sobre as condições operacionais dos serviços

públicos diretamente executados ou realizados mediante concessão, permissão ou autorização.

X – regulamentar a utilização dos logradouros públicos e sinalizar as faixas de

rolamento e zonas de silêncio;

XI – estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus serviços;

XII – disciplinar a limpeza dos logradouros públicos, a remoção e destinação do lixo.

XIII– licenciar estabelecimentos industriais, comerciais, de prestação de serviços e

outros; cassar os alvarás de licenças dos que se tornarem danosos à saúde, à higiene, ao bem

estar-estar público e aos bons costumes;

XIV– fixar os feriados municipais;

XV – legislar sobre o serviço funerário e cemitérios, fiscalizando os que pertencerem

a entidades particulares;

XVI – interditar edificações em ruínas ou em condições de insalubridade e fazer

demolir construções que ameacem a segurança coletiva;

XVII – regulamentar a fixação de cartazes, anúncios, emblemas e quaisquer outros

meios de publicidade e propaganda;

XVIII – regulamentar e fiscalizar as competições esportivas, os espetáculos e os

divertimentos públicos;

XIX- legislar sobre a apreensão e depósitos de semoventes, mercadorias e imóveis

em geral, no caso de transgressão de leis e demais atos municipais, bem como sobre a forma e

condições de venda das coisas e bens municipais;

XX – legislar sobre serviços públicos e regulamentar os processos de instalação,

distribuição e consumo de água, gás, luz e energia elétrica e todos os demais serviços de caráter

e uso coletivo;

XXI – celebrar convênios com a União, o Estado e Municípios para execução de suas

leis, serviços e operações, em âmbito local;

XXII – participar, mediante lei autorizativa, de consórcio público;

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XXIII - dispor sobre os registros, vacinação de animais, vedadas quaisquer práticas

de tratamento cruel;

XXIV - ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horário para atendimento

ao público, de estabelecimentos bancários, industriais, comerciais e similares, observadas as

normas federais e estaduais pertinentes.

XXV – selar parceria com entidades privadas, observando a Legislação Federal.

XXVI – legislar sobre contribuição da iluminação pública. (Alterado pela Emenda à

Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 5º Compete, ainda, ao Município, concorrentemente com a União ou o Estado, ou

supletivamente a eles:

I- zelar pela saúde, higiene, segurança e assistência pública;

II– promover o ensino, a educação e a cultura;

III– estimular o melhor aproveitamento da terra, bem como as defesas contra as

formas de exaustão do solo;

IV– abrir e conservar estradas e caminhos e determinar a execução de serviços

públicos;

V– promover a defesa sanitária vegetal e animal, a extinção de insetos e animais

daninhos;

VI– proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e

cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

VII– impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e outros

bens de valor histórico, artístico ou cultural;

VIII– amparar a maternidade, a infância e os desvalidos, coordenando e orientando

os serviços no âmbito do Município;

IX– estimular a educação e a prática desportiva;

X– proteger a juventude contra toda a exploração, bem como contra os fatores que

possam conduzi-la ao abandono físico, moral e intelectual;

XI– tomar medidas necessárias para restringir a mortalidade e a morbidez infantil,

bem como medidas que impeçam a propagação de doenças transmissíveis;

XII– incentivar o comércio, a indústria, a agricultura, o turismo e outras atividades

que visem ao desenvolvimento econômico;

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XIII– fiscalizar a produção, a conservação, o comércio e o transporte de gêneros

alimentícios, destinados ao abastecimento público;

XIV– regulamentar e exercer outras atribuições não vedadas pelas Constituições

Federal e Estadual.

CAPÍTULO III

DO MUNICÍPIO

Art. 6º O Município reger-se-á por Lei Orgânica, votada em dois turnos, com o

interstício de dez dias, aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal que a

promulgará, atendidos os princípios das Constituições Federal e Estadual e os seguintes

preceitos:

I– eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores para mandato de quatro

anos, mediante pleito direto e simultâneo em todo o País;

II– eleição do Prefeito, Vice-Prefeito e dos Vereadores até noventa dias antes do

término dos que devem suceder;

III– posse dos eleitos no 1º dia de janeiro do ano subseqüente ao da eleição;

IV– número de vereadores proporcional à legislação vigente;

V– remuneração do Prefeito, Vice-Prefeito e dos Vereadores, fixada pela Câmara

Municipal em cada legislatura, para a subseqüente, observado o que dispõe a Constituição

Federal e Estadual;

VI– inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos, no exercício

do mandato e na circunscrição do Município;

VII– proibições e incompatibilidades no que couber, obedecidas às disposições da Lei

Orgânica, Constituição Federal e Estadual;

VIII– organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal;

IX– cooperação das associações representativas no planejamento municipal;

X– iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da

cidade ou bairros, através de manifestações de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;

XI– perda do mandato do Prefeito, nos termos do Art.28, parágrafo único da

Constituição Federal.

CAPÍTULO IV

7

DO GOVERNO MUNICIPAL

Art. 7º O Governo Municipal é composto pelos poderes Executivo e Legislativo.

Parágrafo único. O cidadão investido na função de um deles não poderá exercer a

de outro, salvo os casos previstos nesta Lei Orgânica.

Art. 7º O Governo Municipal é composto pelos Poderes Legislativo e Executivo, de

forma independente e harmônica.

Parágrafo único. O cidadão investido na função de um deles não poderá exercer a

de outro, salvo os casos previstos nesta Lei Orgânica. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº

01, de 06/04/2016).

Art. 8º Na primeira sessão de cada legislatura, que se realizará no 1º dia de janeiro,

independente de número, sob a presidência do mais votado dentre os presentes, os Vereadores

prestarão compromisso e tomarão posse.

Parágrafo único. Imediatamente depois da posse, os Vereadores reunir-se-ão, sob a

presidência do mais votado dentre os presentes, com o fim especial de eleger os membros da

Mesa e, a seguir, a Comissão Representativa.

Art. 9º O Prefeito Municipal eleito prestará compromisso e tomará posse perante a

Câmara, conforme preceitos legais vigentes.

Art. 10. O Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, ao tomarem posse, prestarão o

seguinte compromisso: ‘‘PROMETO GUARDAR A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE RESTINGA

SÊCA E DESEMPENHAR COM TODA A LEALDADE E DEDICAÇÃO O MANDATO QUE ME FOI

CONFERIDO PELO POVO”.

CAPÍTULO V

DO PODER EXECUTIVO

Seção I

Do Prefeito

Art. 11. O Prefeito Municipal eleito na forma de Lei é titular do Poder Executivo.

Parágrafo único. No seu impedimento temporário assumirá o Vice-Prefeito e, no

impedimento deste, o Presidente da Câmara, o Vice-Presidente, o 1º Secretário, nesta ordem.

Art. 11. O Prefeito Municipal eleito, na forma de Lei, é o titular do Poder Executivo.

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§ 1º No seu impedimento temporário, assumirá o Vice-Prefeito e, no impedimento

deste, o Presidente da Câmara.

§ 2º O impedimento do Presidente da Câmara determina, por parte do Prefeito, a

indicação de servidor do primeiro escalão para assumir administrativamente a chefia do Poder

Executivo.

§ 3º O nome indicado pelo Prefeito, na forma do § 2o deste artigo, deve ser

informado à Câmara Municipal. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 12. É vedado ao Prefeito Municipal desempenhar outra função pública ou cargo

de administração em qualquer empresa comercial ou industrial.

Art. 13. O Prefeito tem direito a perceber seus subsídios e representação:

I - quando em tratamento de saúde, devidamente comprovado;

II - quando em missão representativa do Município;

III - o Prefeito terá direito, anualmente a trinta dias de férias remuneradas.

Parágrafo único. O substituto legal, no exercício temporário do cargo, terá os

mesmos direitos.

Art. 13. O prefeito, vice-prefeito e secretários municipais terão seus subsídios

mensais fixados em lei, pela Câmara Municipal, em uma legislatura, para a legislatura

subsequente. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 14. É vedada a reeleição do Prefeito e Vice-Prefeito para o período sucessivo.

Art. 15. São inelegíveis, na Comarca, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins,

até o segundo grau ou por adoção, do Prefeito ou de quem o tenha substituído nos seis meses

anteriores ao pleito. (REVOGADA pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016)

Art. 16. A extinção ou a cassação do mandato do Prefeito, bem como a apuração dos

crimes de sua responsabilidade ou de seu substituto, ocorrerá na forma e nos casos previstos

nesta Lei Orgânica e na Legislação Federal.

9

Art. 17. No ato da posse e ao término do mandato, o Prefeito fará declaração pública

de seus bens, a qual será transcrita em livro próprio, constando em ata o seu resumo.

Art. 17. Os agentes públicos municipais devem anualmente declarar seus bens, na

forma prevista na legislação federal. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de

06/04/2016).

Art. 18. Ocorrendo vaga dos cargos de Prefeito e Vice-Prefeito na primeira metade

do mandato, far-se-á eleição direta, na forma da legislação eleitoral, cabendo aos eleitos

complementar o respectivo período.

Art. 19. O Prefeito não poderá ausentar-se do Município ou afastar-se do cargo, sem

licença da Câmara Municipal, sob pena de perda do cargo, salvo por período não superior a

cinco dias úteis.

Art. 19. O Prefeito e o Vice-Prefeito não poderão ausentar-se do Município ou

afastar-se do cargo sem licença da Câmara Municipal, salvo por período não superior a quinze

dias. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 20. Ao Prefeito compete privativamente:

I- nomear, exonerar os secretários municipais e os subprefeitos, se houver

instituição de distritos;

II- exercer a direção superior da administração municipal;

III– elaborar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos e os

orçamentos anuais do Município;

IV- representar o Município em juízo e fora dele, na forma da lei;

V– a iniciativa das leis na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica, em especial

sobre:

a) criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou empregos públicos na

administração direta e autárquica, fixação ou aumento de sua remuneração;

b) regime jurídico ou previdenciário, provimento de cargos, estabilidade e

aposentadoria dos servidores;

c) organização administrativa e matéria orçamentária;

10

d) criação, estruturação e atribuições dos órgãos da administração pública

municipal.

VI– sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara,

regulamentando-as para fiel execução;

VII- vetar, no todo ou em parte, projetos de leis aprovadas pela Câmara;

VIII- decretar a utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, de bens para

fins de desapropriação ou servidão administrativa;

IX- permitir ou autorizar o uso de bens municipais ou a execução de serviços por

terceiros, obedecendo a legislação pertinente;

X- dispor sobre a organização e o funcionamento da administração municipal,

expedir decretos, portarias e outros atos administrativos, prover e extinguir os cargos públicos

municipais, na forma legal;

XI- remeter mensagem e plano de governo à Câmara, quando da abertura da sessão

legislativa, expondo a situação do Município;

XII- enviar à Câmara o projeto de lei do Orçamento anual, das diretrizes

orçamentárias e do Orçamento de Investimentos;

XIII- encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicação e as prestações de

contas exigidas em Lei;

XIV– prestar à Câmara, dentro de trinta dias, as informações solicitadas na forma

regimental;

XV– superintender a arrecadação dos tributos e preços, bem como a guarda e

aplicação da receita, autorizando as despesas e pagamentos, conforme disponibilidade

orçamentária ou dos créditos votados pela Câmara;

XVI– colocar à disposição da Câmara Municipal, dentro de quinze dias de sua

requisição, as quantias que devem ser dispendidas de uma só vez e, no máximo até o dia 05 do

mês subseqüente, a parcela correspondente ao duodécimo de sua dotação;

XVII– aplicar multas previstas em Lei e contratos, bem como revê-las quando

impostas irregularmente;

XVIII– resolver sobre requerimentos, reclamações ou representações que lhe forem

dirigidos;

XIX– oficializar e denominar próprios municipais e logradouros públicos;

11

XX– aprovar projetos de edificação, planos de loteamento, arruamento e zoneamento

urbano ou afins;

XXI– solicitar o auxílio da Polícia do Estado para garantia de cumprimento de seus

atos;

XXII– decretar estado de emergência ou de calamidade pública, quando necessário;

XXIII– conferir condecorações e distinções honoríficas;

XXIV– convocar extraordinariamente a Câmara, quando o interesse da administração

o exigir;

XXV- prestar anualmente à Câmara, até 31 de março, as contas relativas ao ano

anterior;

XXVI- exercer outras atribuições legais, podendo delegar, por decreto, aos

secretários municipais funções administrativas que sejam de sua exclusiva competência;

XXVII- realizar o pagamento dos servidores municipais, até o último dia útil do mês

do serviço prestado.

Art. 20. Ao Prefeito compete privativamente:

I - nomear, exonerar os secretários municipais e os subprefeitos, se houver

instituição de distritos;

II - exercer a direção superior da administração municipal;

III – elaborar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais;

IV - representar o Município em juízo e fora dele, na forma da lei;

V – a iniciativa das leis na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica, em

especial sobre:

a) criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou empregos públicos na

administração direta e autárquica, fixação ou aumento de sua remuneração;

b) regime jurídico ou previdenciário, provimento de cargos, estabilidade e

aposentadoria dos servidores;

c) organização administrativa e matéria orçamentária;

d) criação, estruturação e atribuições dos órgãos da administração pública

municipal.

VI – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara,

regulamentando-as para fiel execução;

VII - vetar, no todo ou em parte, projetos de leis aprovados pela Câmara;

12

VIII - decretar a utilidade ou necessidade pública ou interesse social de bens para

fins de desapropriação ou servidão administrativa;

IX - permitir ou autorizar o uso de bens municipais ou a execução de serviços por

terceiros, obedecendo a legislação pertinente;

X - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração municipal,

expedir decretos, portarias e outros atos administrativos, prover e extinguir os cargos públicos

municipais, na forma legal;

XI - remeter mensagem e plano de governo à Câmara, quando da abertura da sessão

legislativa, expondo a situação do Município;

XII - enviar à Câmara os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes

orçamentárias e do orçamento anual, nos prazos definidos por esta Lei Orgânica;

XIII - encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicação e as prestações de

contas exigidas em Lei;

XIV – prestar à Câmara, dentro de trinta dias, as informações solicitadas na forma

regimental;

XV – superintender a arrecadação dos tributos e preços, bem como a guarda e

aplicação da receita, autorizando as despesas e pagamentos, conforme disponibilidade

orçamentária ou dos créditos votados pela Câmara;

XVI – colocar à disposição da Câmara Municipal os recursos correspondentes às

dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, até o dia 20 de

cada mês, em duodécimos, na forma prevista na legislação federal;

XVII – aplicar multas previstas em lei e contratos, bem como revê-las quando

impostas irregularmente;

XVIII – resolver sobre requerimentos, reclamações ou representações que lhe forem

dirigidos;

XIX – aprovar projetos de edificação, planos de loteamento, arruamento e

zoneamento urbano ou afins;

XX – solicitar o auxílio da polícia civil e brigada militar para a garantia de

cumprimento de seus atos;

XXI – decretar estado de emergência ou de calamidade pública, quando necessário;

XXII – prestar anualmente à Câmara, até 31 de março, as contas relativas ao ano

anterior;

13

XXIII - exercer outras atribuições legais, podendo delegar, por decreto, aos

secretários municipais funções administrativas que sejam de sua exclusiva competência;

XXIV - realizar o pagamento dos servidores municipais até o último dia útil do

serviço prestado;

XXV - elaborar e dar ampla divulgação aos relatórios fiscais exigidos pela Lei

Complementar Federal nº 101, de 4 de maio de 2000;

XXVI – adotar os procedimentos para a realização da gestão fiscal com transparência.

(Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Seção II

Da Responsabilidade do Prefeito

Art. 21. Importam responsabilidades os atos do Prefeito ou do Vice-Prefeito que

atentem contra a Constituição Federal, Constituição Estadual e Lei Orgânica, e especialmente:

I– o livre exercício do Poder Legislativo;

II- o exercício dos direitos individuais, políticos e sociais;

III- a probidade na administração;

IV– a Lei Orçamentária;

V- o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

Art. 22. Se a Câmara declarar aceita a acusação contra o Prefeito, pelo voto de dois

terços de seus membros, será ele julgado perante o Tribunal de Justiça do Estado, nas infrações

penais comuns e perante a Câmara, nos crimes de responsabilidade. (REVOGADO pela Emenda

à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 23. A suspensão de suas funções ocorrerá conforme legislação vigente.

(REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Seção III

Do Vice-Prefeito

Art. 24. O Vice-Prefeito, além de suceder e substituir o Prefeito e o auxiliar na

administração municipal, poderá ser por este convocado para missões especiais e

desempenhará outras atribuições conferidas em Lei.

14

Art. 25. O Vice-Prefeito ficará sujeito às desincompatibilizações, impedimentos e

licenças previstas ao Prefeito.

Art. 26. O Vice-Prefeito tem direito a trinta dias de férias anuais, em período distinto

das do Prefeito. (REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016)

Art. 27. O Vice-Prefeito regularmente licenciado terá direito a perceber sua

remuneração quando em tratamento de saúde, durante as férias e a serviço ou em missão de

representação do Município. (REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Seção IV

Dos Secretários Municipais

Art. 28. Os secretários municipais serão escolhidos por livre iniciativa do Prefeito

Municipal, dentre pessoas maiores de 18 (dezoito) anos e de preferência com especialização na

pasta escolhida, e desde a posse estarão sujeitos às mesmas incompatibilidades e proibições

estabelecidas aos Vereadores, no que couber.

Art. 29. A Lei disporá sobre a criação, estruturação de secretarias e atribuições dos

secretários. (REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Seção V

Dos Sub Prefeitos

Art. 30. Os Subprefeitos, caso houver criação de distritos, serão da livre escolha do

Prefeito.

Art. 31. A Lei disporá sobre a estruturação e atribuição das subprefeituras.

Art. 31-A. (REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

CAPÍTULO VI

DO PODER LEGISLATIVO

15

Seção I

Da Câmara Municipal

Art. 32. O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta de número

de Vereadores proporcional à população do Município, observados os limites estabelecidos

pelo artigo 29, IV, da Constituição Federal.

Parágrafo único. A idade mínima dos candidatos a vereador é de 18 (dezoito) anos.

Art. 32. O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta de nove

Vereadores, observado o inciso IV, do Art. 29 da Constituição Federal.

Parágrafo único. A idade mínima dos candidatos a vereador é de dezoito anos.

(Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 33. O Vereador que não tomar posse na data prevista nesta Lei Orgânica deverá

fazê-lo no prazo de quinze dias, salvo motivo justo e aceito pela Câmara.

Art. 34. No ato da posse, os Vereadores deverão desincompatibilizar-se nos termos

da Lei. Na mesma ocasião e ao término do mandato, deverão fazer declaração de seus bens, a

qual será transcrita em livro próprio, constando em ata o seu resumo.

Art. 34. Os vereadores, no ato da posse, devem estar aptos ao exercício do cargo,

observada a legislação federal sobre desincompatibilizações.

Parágrafo único. Os vereadores devem anualmente declarar seus bens, na forma

prevista na Legislação Federal. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art.35- Compete à Câmara Municipal:

I- apresentar projetos e elaborar as leis de competência municipal, respeitada, no

que couber, a iniciativa do Prefeito;

II- decidir, por maioria absoluta, sobre os vetos do Prefeito;

III- zelar pelo fiel cumprimento das leis internas;

IV- propor medidas que complementem as leis federais e estaduais, especialmente

no que diz respeito:

a) ao cuidado com a saúde, à assistência pública, à proteção e garantia das pessoas

portadoras de deficiência;

16

b) à proteção dos documentos, obras e outros bens de valor histórico, artístico e

cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos do Município.

c) ao impedimento da evasão, destruição e descaracterização de obras de arte e

outros bens de valor histórico, artístico e cultural do Município;

d) à abertura de meios de acesso à cultura, à educação, à cultura e à ciência;

e) à proteção ao meio ambiente e ao combate à poluição;

f) ao incentivo à indústria e ao comércio;

g) à criação de distritos industriais;

h) ao fomento da produção agropecuária e organização do abastecimento

alimentício;

i) à promoção de programas de construção de moradias, melhorando as condições

habitacionais e de saneamento básico;

j) ao combate às causas da pobreza e aos fatores de marginalização, promovendo a

integração social dos setores desfavorecidos;

l) ao registro, acompanhamento e fiscalização das concessões de pesquisa e

exploração dos recursos hídricos e minerais em seu território;

m) ao estabelecimento e implantação política de educação para a segurança do

trânsito;

n) à cooperação, com a União e os Estados, tendo em vista o equilíbrio do

desenvolvimento e do bem-estar;

V- legislar sobre tributos municipais, isenções, anistias e remissão de dívidas;

VI- votar o orçamento anual e o plurianual de investimentos, a lei de diretrizes

orçamentárias e abertura de créditos suplementares e especiais;

VII- deliberar sobre obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito;

VIII- autorizar convênios, concessão de auxílios, subvenções, concessão

administrativa e do direito real de uso de bens municipais, venda e aquisição de bens imóveis,

salvo quando esta se tratar de doação sem encargo;

IX– criar, alterar e extinguir cargos públicos e fixar os respectivos vencimentos, por

iniciativa de Projeto de Lei do Executivo;

X– aprovar o plano diretor de desenvolvimento e de expansão urbana, o perímetro e

zoneamento urbano, a denominação de próprios, vias e logradouros públicos;

XI– criar e extinguir distritos, respeitada a legislação pertinente;

17

XII– deliberar sobre a transferência temporária ou definitiva da sede dos poderes

municipais, quando o interesse público o exigir;

XIII- aprovar as leis complementares para a completa execução desta Lei Orgânica;

XIV– conceder o Titulo de Cidadão Restinguense ou outras honrarias em homenagem

a pessoas, mediante o voto de dois terços dos membros da Câmara;

Art. 35. Compete à Câmara Municipal:

I - apresentar projetos e elaborar as leis de competência municipal, respeitada, no

que couber, a iniciativa do Prefeito;

II - decidir, por maioria absoluta, sobre os vetos do Prefeito;

III - zelar pelo fiel cumprimento das leis internas;

IV - propor medidas que complementem as leis federais e estaduais, especialmente

no que diz respeito:

a) ao cuidado com a saúde, à assistência pública, à proteção e garantia das pessoas

com deficiência;

b) à proteção dos documentos, obras e outros bens de valor histórico, artístico e

cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos do Município.

c) ao impedimento da evasão, destruição e descaracterização de obras de arte e

outros bens de valor histórico, artístico e cultural do Município;

d) à abertura de meios de acesso à educação, à cultura e à ciência;

e) à proteção ao meio ambiente e ao combate à poluição;

f) ao incentivo à indústria e ao comércio;

g) à criação de distritos industriais;

h) ao fomento do setor primário e organização do abastecimento alimentício;

i) à promoção de programas de construção de moradias, melhorando as condições

habitacionais e de saneamento básico;

j) ao combate às causas da pobreza e aos fatores de marginalização, promovendo a

integração social dos setores desfavorecidos;

l) ao registro, acompanhamento e fiscalização das concessões de pesquisa e

exploração dos recursos hídricos e minerais em seu território;

m) ao estabelecimento e implantação política de educação para a segurança do

trânsito;

18

n) à cooperação, com a União e os Estados, tendo em vista o equilíbrio do

desenvolvimento e do bem-estar;

V- legislar sobre tributos municipais, isenções, anistias e remissão de dívidas;

VI - votar o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias, orçamento anual e

abertura de créditos suplementares e especiais;

VII - deliberar sobre obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito;

VIII - autorizar o município a:

a) participar de consórcios públicos;

b) conceder auxílios, subvenções e estabelecer parcerias;

c) proceder à concessão de direito real de uso de bens municipais;

d) autorizar venda e aquisição de bens imóveis, salvo quando esta se tratar de

doação sem encargo;

IX – criar, alterar e extinguir cargos públicos e fixar os respectivos vencimentos, por

iniciativa de Projeto de Lei do Executivo;

X – aprovar alterações no plano diretor de desenvolvimento e de expansão urbana,

no perímetro e zoneamento urbano, a denominação de próprios, vias e logradouros públicos;

XI – criar e extinguir distritos, respeitada a legislação pertinente;

XII – deliberar sobre a transferência temporária ou definitiva da sede dos poderes

municipais, quando o interesse público o exigir;

XIII - aprovar as leis complementares para a completa execução desta Lei Orgânica;

XIV – conceder o título de Cidadão Restinguense ou outras honraria em homenagem

a pessoas e entidades.

§ 1º Emendas individuais ao projeto de lei orçamentária que serão aprovadas no

limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no

projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será

destinada a ações e serviços públicos de saúde.

§ 2º É obrigatória à execução orçamentária e financeira das programações a que se

refere o § 1º deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por

cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a

execução equitativa da programação definidos na lei, exceto quando houver impedimentos de

ordem técnica. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

19

Art. 36. À Câmara Municipal, privativamente entre outras atribuições compete:

I– eleger sua Mesa Diretora, por voto secreto, bem como destituí-la na forma

regimental;

II- elaborar ou reformar seu regimento interno;

III- organizar os seus serviços administrativos e nomear ou demitir seus

funcionários e assessores, fixando seus vencimentos;

IV– dar posse ao Prefeito e Vice-Prefeito, conhecer de sua renúncia e afastá-los do

cargo, quando for o caso;

V- conceder licença ao Prefeito, Vice-Prefeito e aos Vereadores para se afastar do

cargo, conforme previsto em Lei;

VI– fixar, antes da eleição e para vigorar na legislatura seguinte, os subsídios e a

verba de representação do Prefeito, Vice-Prefeito, Presidente da Câmara e Vereadores,

podendo estes valores serem atualizados posteriormente, no caso de omissão ou quando tenha

havido prorrogação de mandato;

VII– solicitar informações ao Prefeito, por escrito, sobre assuntos municipais;

VIII- criar comissões especiais de inquérito sobre fato que se inclua na competência

municipal, sempre que o requerer pelo menos um terço de seus membros;

IX- convocar secretários municipais para prestar informações ou solicitar, mediante

requerimento aprovado pela maioria simples dos seus membros, a presença do Prefeito

perante a Câmara, para prestar informações sobre negócios do Município, previamente

determinados;

X- autorizar referendo e plebiscito;

XI- deliberar, mediante resolução, sobre assunto de sua economia interna e nos

demais casos de sua competência privativa, por decreto legislativo;

XII- julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos em lei;

XIII- exercer a fiscalização financeira e orçamentária do Município, com o auxílio do

Tribunal de Contas do Estado, tomando e julgando as contas do Prefeito de acordo com a Lei;

XIV- homologar, por voto secreto, a nomeação dos membros dos conselhos

municipais, órgãos de cooperação administrativa, criados em Lei;

XV- apreciar os vetos do Prefeito;

XVI- instituir a Lei Orgânica;

20

XVII– pleitear judicialmente a anulação de qualquer ato, deliberação ou regulamento

ilegal ou inconstitucional e solicitar a intervenção do Estado para garantir o livre exercício de

suas funções;

XVIII- a iniciativa dos projetos de Lei sobre:

a) criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou empregos de seus

serviços e fixação ou aumento de seus respectivos vencimentos.

b) organização e funcionamento de seus serviços.

Art. 36. À Câmara Municipal, privativamente entre outras atribuições compete:

I – eleger sua Mesa Diretora, por voto secreto, bem como destituí-la na forma

regimental;

II - elaborar ou reformar seu regimento interno;

III - organizar os seus serviços administrativos e nomear ou demitir seus

funcionários e assessores, fixando seus vencimentos;

IV – dar posse ao Prefeito e Vice-Prefeito, conhecer de sua renúncia e afastá-los do

cargo, quando for o caso;

V - conceder licença ao Prefeito, Vice-Prefeito e aos Vereadores para se afastar do

cargo, conforme previsto em Lei;

VI – fixar, por lei, antes da eleição e para vigorar na legislatura seguinte, os subsídios

do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Secretários Municipais e dos Vereadores;

VII – solicitar informações ao Prefeito, por escrito, sobre assuntos municipais;

VIII - criar comissões especiais de inquérito sobre fato que se inclua na competência

municipal, sempre que o requerer pelo menos um terço de seus membros;

IX - convocar secretários municipais ou outra autoridade vinculada ao prefeito para

se manifestarem sobre assuntos de interesse local, previamente requeridos;

X - autorizar referendo e plebiscito;

XI - deliberar, mediante resolução, sobre assunto de sua economia interna e nos

demais casos de sua competência privativa, por decreto legislativo;

XII - julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos em lei;

XIII - exercer a fiscalização financeira e orçamentária do Município, com o auxílio do

Tribunal de Contas do Estado, tomando e julgando as contas do Prefeito de acordo com a Lei;

XIV - apreciar os vetos do Prefeito;

XV - manter a Lei Orgânica do Município atualizada;

21

XVI – pleitear judicialmente a anulação de qualquer ato, deliberação ou regulamento

ilegal ou inconstitucional e solicitar a intervenção do Estado para garantir o livre exercício de

suas funções;

XVII - a iniciativa dos projetos de Lei sobre:

a) criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou empregos de seus

serviços e fixação ou aumento de seus respectivos vencimentos.

b) organização e funcionamento de seus serviços.

XVIII – elaborar e dar ampla divulgação para o relatório de gestão fiscal exigido pela

Lei Complementar Federal no 101, de 4 de maio de 2000.

XIX – apreciar projetos de leis de iniciativa popular de interesse específico do

Município, através de manifestação, de pelo menos, cinco por cento do eleitorado. (Alterado

pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 37. São ainda objeto de deliberação privativa da Câmara, na forma do regimento

interno:

I – requerimentos;

II- indicações;

III- moções;

IV– decisão sobre a perda do mandato de vereador, por voto secreto e maioria

absoluta, nas hipóteses prevista nos incisos I, II, IV, V do artigo 39, mediante provocação da

Mesa Diretora ou de partido político representado na sessão. (REVOGADO pela Emenda à Lei

Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Seção II

Dos Vereadores

Art. 38. Os Vereadores não poderão:

I- desde a expedição do diploma:

a) firmar contrato com administração publica, salvo quando obedecer à cláusula

uniforme;

b) aceitar ou exercer comissão ou emprego do Município ou de entidade autárquica,

sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço publico, excetuado o

exercício do magistério;

22

II – desde a posse:

a) ser diretor-proprietário ou sócio de empresa com privilégio, isenção ou favor, em

virtude de contrato com a administração pública municipal;

b) exercer outro mandato eletivo;

c) ocupar cargo público de que seja demissível “ad nutum”.

Art. 38. Os Vereadores não poderão:

I – desde a expedição do diploma, firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de

direito público, sociedade de economia mista, autarquia, empresa pública ou empresa que

preste serviço público por delegação, no âmbito e em operações de crédito, salvo quando o

contrato obedecer a cláusulas uniformes;

II – desde a posse:

a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor

decorrente de contrato com pessoa de direito público no Município, ou nela exercer função

remunerada;

b) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o

inciso I;

c) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo;

III – no exercício do mandato, votar em assunto de seu particular interesse nem no

de seus ascendentes, descendentes ou colaterais, consanguíneos ou afins até o segundo grau.

(Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 39. Perderá o mandato o Vereador:

I- que infringir quaisquer das proibições do artigo anterior;

II- cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;

III- que deixar de comparecer, sem licença, a três sessões ordinárias consecutivas ou

a duas sessões extraordinárias consecutivas, convocadas pelo Prefeito para matéria de

urgência;

IV- que perder ou tiver suspenso os direitos políticos;

V- que praticar atos de corrupção ou improbidade administrativa ou quando sofrer

condenação da justiça eleitoral ou condenação criminal em sentença definitiva e irrecorrível.

Art. 39. Perderá o mandato o Vereador:

I – que infringir quaisquer das proibições previstas no art. 38 desta Lei;

23

II – cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;

III - que deixar de comparecer, sem licença, a quatro sessões plenárias ordinárias

consecutivas;

IV – que deixar de comparecer, sem licença, a três sessões plenárias extraordinárias

consecutivas;

V – que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;

VI – que praticar atos de corrupção ou improbidade administrativa;

VII – que sofrer condenação da justiça eleitoral;

VIII – que for condenado criminalmente em sentença definitiva e irrecorrível;

§ 1º Nos casos dos incisos I, II, VI e VIII, a perda do mandato será decidida pela

Câmara de Vereadores, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa

Diretora, assegurada ampla defesa.

§ 2º Nos casos previstos nos incisos III, IV a VII, a perda será declarada pela Mesa

Diretora, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, assegurada ampla

defesa. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art.40. Ao se extinguir o mandato do Vereador por qualquer dos itens do artigo

anterior e ocorrido e comprovado o fato extintivo, o Presidente da Câmara, sob pena de

destituição do cargo, na primeira sessão, comunicá-lo-á ao plenário e fará constar em ata, a

declaração de extinção do mandato, convocando imediatamente o respectivo suplente.

Art. 40. Ocorrido e comprovado o ato ou fato extintivo por qualquer dos motivos

expostos no art. 39, o Presidente da Câmara, sob pena de destituição do cargo, na primeira

sessão, comunicará ao plenário e fará constar em ata a declaração da extinção do mandato e

convocará imediatamente o respectivo suplente. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01,

de 06/04/2016).

Seção III

Da Mesa da Câmara Municipal

Art. 41. A eleição para renovação de Mesa realizar-se-á sempre no primeiro dia útil

da sessão legislativa, através de votação secreta, considerando-se automaticamente

empossados os eleitos, para mandato de um ano, proibida a reeleição de qualquer de seus

membros para o mesmo cargo.

24

Art. 41. A eleição para renovação de Mesa realizar-se-á no último mês do ano, até o

dia 22 de dezembro, em votação secreta, para mandato de um ano, vedada a reeleição, nos

termos do Regimento Interno.

Parágrafo Único. A posse da Mesa Diretora ocorre automaticamente no dia 1º de

janeiro do ano subsequente. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 42. São atribuições da Mesa, dentre outras:

I– propor projetos de lei que criem ou extingam cargos dos serviços da Câmara e

fixem os respectivos vencimentos;

II– elaborar as tabelas explicativas das despesas da Câmara para o ano seguinte, e,

após aprovação plenária, remetê-las ao Executivo até quinze dias antes do encerramento do

prazo determinado para o encaminhamento da proposta orçamentária pelo Prefeito;

III– apresentar projetos de lei para abertura de créditos suplementares ou especiais,

através de anulação parcial ou total de dotação da Câmara;

IV– suplementar, mediante ato, as dotações do orçamento da Câmara, observando o

limite da autorização constante da Lei Orçamentária, desde que os recursos para a sua

cobertura sejam provenientes de anulação total ou parcial de sua dotação orçamentária;

V- devolver à tesouraria da Prefeitura o saldo de caixa existente Câmara, ao final do

exercício;

VI– enviar ao Prefeito, até o primeiro de março, as contas do exercício anterior.

Art. 42. São atribuições da Mesa, dentre outras:

I – propor projetos de lei que criem, alterem ou extingam cargos dos serviços da

Câmara e fixem os respectivos vencimentos;

II – apresentar o plano com os programas, contendo ações institucionais da Câmara a

ser inserido nos projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do

orçamento anual;

III – apresentar projetos de lei para abertura de créditos suplementares ou especiais,

através de anulação parcial ou total de dotação da Câmara;

IV – suplementar, mediante ato, as dotações do orçamento da Câmara, observando o

limite da autorização constante da Lei Orçamentária, desde que os recursos para a sua

cobertura sejam provenientes de anulação total ou parcial de sua dotação orçamentária;

25

V - devolver à tesouraria da Prefeitura o saldo de caixa existente na Câmara, ao final

do exercício;

VI – providenciar a transparência da gestão fiscal da Câmara Municipal, observada a

legislação federal;

VII – promulgar as emendas à Lei Orgânica do município. (Alterado pela Emenda à

Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Seção IV

Do Presidente da Câmara Municipal

Art. 43. Ao Presidente da Câmara, dentre outras atribuições, compete:

I- representar a Câmara em juízo e fora dele;

II- dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da

Câmara;

III- interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;

IV- assinar os atos de nomeação, promoção, comissionamento, concessão,

gratificações, licenças, de disponibilidade, exoneração, demissão, aposentadoria e punição de

funcionários ou servidores da Câmara Municipal, nos termos da Lei, conforme aprovação pela

maioria dos Vereadores;

V- promulgar as resoluções e os decretos legislativos, bem como as leis com sanção

tácita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo plenário;

VI- declarar extinto o mandato do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores nos casos

previstos em Lei;

VII- dar publicidade dos atos da Mesa, resoluções, decretos legislativos e as leis por

ela promulgadas;

VIII- requisitar o numerário destinado às despesas da Câmara;

IX- apresentar ao plenário, até o dia 15 de cada mês, o balancete relativo aos

recursos recebidos e às despesas do mês anterior;

X- solicitar a intervenção no Município nos casos previstos pela Constituição Federal;

XI- manter a ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a força se necessário.

Art. 43. Ao Presidente da Câmara, dentre outras atribuições, compete:

I - representar a Câmara em juízo e fora dele;

26

II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da

Câmara;

III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;

IV - gerir os atos de gestão funcional e operacional da Câmara;

V - promulgar as resoluções e os decretos legislativos, bem como as leis com sanção

tácita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo plenário;

VI - declarar extinto o mandato do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores nos casos

previstos em Lei;

VII- dar publicidade:

a) às proposições em tramitação;

b) aos pareceres das comissões;

c) à pauta da ordem do dia das sessões plenárias;

d) às redações finais das matérias aprovadas em plenário;

e) aos editais e contratos em que a Câmara é parte, observados os prazos e as

condições estabelecidas na legislação federal;

f) aos atos de gestão fiscal, financeira, administrativa e operacional da Câmara;

VIII - requisitar o numerário destinado às despesas da Câmara;

IX - solicitar a intervenção no Município nos casos previstos pela Constituição

Federal;

X - manter a ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a força, se necessário.

(Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 44. Cabe ao Presidente da Câmara, conjuntamente com o Secretário Executivo, a

exclusiva responsabilidade pelo pagamento das despesas e pela guarda das parcelas mensais

do duodécimo das dotações orçamentárias do Legislativo.

Art. 44. Cabe ao Presidente da Câmara, conjuntamente com um Funcionário Efetivo

do Legislativo, a responsabilidade pela Pagadoria do Legislativo regulamentada por Resolução

da Mesa Diretora. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Seção V

Da Comissão Representativa

Das Comissões

27

Art. 45. Ao término de cada sessão legislativa, a Câmara elegerá dentre seus

membros, em escrutínio secreto, uma Comissão Representativa que funcionará nos termos do

Regimento Interno, com as seguintes atribuições:

I– zelar pela observância da Lei Orgânica;

II– zelar pelas prerrogativas da Câmara Municipal;

III– autorizar o Prefeito e Vice-Prefeito a se ausentarem do Município ou do Estado,

na forma da Lei;

IV– autorizar, ad-referendum da Câmara Municipal, ajustes, convênios e contratos de

interesse municipal; (REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016)

Art. 46. A Comissão Representativa é composta de um terço dos membros da

Câmara, mais o Presidente e três suplentes, observada a proporcionalidade partidária.

Parágrafo único. A presidência da Comissão Representativa caberá ao Presidente

da Câmara, na forma regimental. (REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de

06/04/2016).

Art. 46-A. A Câmara Municipal terá comissões permanentes e temporárias,

constituídas na forma e com as atribuições previstas nesta Lei Orgânica, no Regimento ou no

ato de que resultar sua criação.

§ 1º Na constituição de cada comissão deverá ser observada a representação

proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares.

§ 2º Às comissões, em razão de sua competência, caberá:

I – realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;

II – convocar dirigentes de órgãos da administração indireta, autarquias, fundações,

associações e demais entidades que recebem recursos públicos municipais;

III - convocar Secretários e qualquer servidor público municipal para prestarem

informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições;

IV – receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa

contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;

V – solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

VI – apreciar ou emitir parecer sobre programas de obras e planos de

desenvolvimento. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016)

28

Seção VI

Da Legislatura e das Sessões

Art. 47. Entende-se por legislatura o período correspondente a todo um mandato

eletivo, e sessão legislativa, a cada ano.

Art. 48. A Câmara Municipal, independente de convocação, reunir-se-á na sede do

Município, anualmente, de 1º de março a 30 de junho e de 1º de agosto a 30 de novembro.

Parágrafo único. Durante o período das sessões, a Câmara Municipal funcionará

ordinariamente pelos menos duas vezes por mês, em reuniões noturnas ou diurnas, conforme

estabelecido pela maioria absoluta dos Vereadores.

Art. 48. A Câmara Municipal reunir-se-á em sessão legislativa anual, na sua sede, do

primeiro dia útil de março a 22 de dezembro.

§ 1º As sessões plenárias ordinárias acontecem semanalmente, em dia e hora

definido pela maioria dos vereadores.

§ 2º As sessões plenárias ordinárias, extraordinárias e solenes serão regulamentadas

pelo Regimento Interno.

§ 3º As sessões legislativas ordinárias poderão ser realizadas fora da sede, com

aprovação da maioria absoluta dos Senhores Vereadores.

§ 4º As sessões plenárias ordinárias serão transferidas para o primeiro dia útil

subsequente, quando recaírem em feriados, ou excepcionalmente, em casos de eventos

significativos e justificados.

§ 5º A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a aprovação do projeto

de lei de diretrizes orçamentárias.

§ 6º A convocação de sessão legislativa extraordinária, durante o recesso, poderá ser

feita, em caso de urgência, pelo presidente, pelo prefeito ou a requerimento da maioria de

vereadores, em todas as hipóteses, com a aprovação da maioria absoluta dos membros da

Câmara.

§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Municipal somente deliberará

sobre a matéria para a qual foi convocada, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em

razão da convocação. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

29

Art. 49. As sessões plenárias da Câmara obedecerão aos seguintes princípios:

I– só poderão ser abertas com a presença, no mínimo da maioria absoluta da

Câmara;

II– serão públicas, salvo deliberação em contrário, tomada pela maioria absoluta da

Câmara, quando houver motivo relevante para tal.

Parágrafo único. Considerar-se-á presente o Vereador que assinar o livro de

presença até o início da Ordem do Dia e participar dos trabalhos do plenário e das votações.

Art. 49. Salvo disposição em contrário nesta Lei Orgânica Municipal, as deliberações

da Câmara e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria

absoluta de seus membros.

Parágrafo único. Considerar-se-á presente o Vereador que assinar o livro de

presença até o início da Ordem do Dia e participar dos trabalhos do plenário e das votações.

(Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 50. A Câmara pode ser convocada para sessão ou reunião extraordinária, salvo

motivo de extrema urgência, com antecedência mínima de vinte e quatro horas, pelo seu

Presidente, pela maioria de seus membros, pela Comissão Representativa ou pelo Prefeito e

somente deliberará sobre a matéria objeto da convocação. (REVOGADO pela Emenda à Lei

Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

CAPÍTULO VII

DO PROCESSO LEGISLATIVO

Art. 51. O processo legislativo compreende:

I– emendas à Lei Orgânica;

II– leis complementares;

III- leis ordinárias;

IV– decretos legislativos;

V– resoluções.

Art. 51. O processo legislativo, no âmbito municipal, compreende:

I– emendas à Lei Orgânica;

II– leis complementares;

III- leis ordinárias;

30

IV– decretos legislativos;

V– resoluções.

Parágrafo único. Lei Complementar disporá sobre a consolidação das leis

municipais. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 52. A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta:

I– do Prefeito;

II– de no mínimo um terço dos membros da Câmara;

III- de iniciativa popular subscrita por no mínimo 5% (cinco por cento) dos eleitores

do Município.

§ 1º A proposta, votada em dois turnos, com um interstício mínimo de dez dias, será

considerada aprovada quando obtiver os votos de pelo menos dois terços dos membros da

Câmara, em ambos os turnos.

§ 2º A emenda aprovada nos termos deste artigo será promulgada pela Mesa da

Câmara Municipal, com o respectivo número de ordem.

§ 3º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada

não poderá ser objetivo de nova proposta na mesma sessão legislativa.

Art. 52. A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta:

I - do prefeito;

II - de um terço de vereadores;

III- da comissão especial;

§ 1º A proposta, votada em dois turnos, com um interstício mínimo de dez dias, será

considerada aprovada quando obtiver os votos de pelo menos dois terços dos vereadores, em

ambos os turnos.

§ 2º A emenda aprovada nos termos deste artigo será promulgada pela Mesa da

Câmara Municipal, com o respectivo número de ordem.

§ 3º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada

não poderá ser objetivo de nova proposta na mesma sessão legislativa. (Alterado pela Emenda

à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

31

Art. 53. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe ao Prefeito, a

qualquer membro ou Comissão da Câmara e aos cidadãos, observado o disposto nesta Lei

Orgânica.

§ 1º Obedecidos os requisitos do caput deste artigo, o recebimento de projetos de

iniciativa popular dependerá também da identificação dos assinantes, através da indicação do

número dos respectivos títulos eleitorais.

§ 2º O projeto da natureza do parágrafo anterior receberá tratamento idêntico aos

demais projetos e será lido em sessão, pelo primeiro subscritor ou, na ausência, pelo Secretário

da Mesa.

Art. 54 As leis complementares exigem, para sua aprovação, o voto favorável da

maioria absoluta dos membros da Câmara.

Parágrafo único. São leis complementares, as concernentes às seguintes matérias:

I– Código Administrativo, de Obras ou de Edificações;

II– Estatuto dos Servidores Municipais;

III– Código Tributário do Município;

IV– Plano Diretor do Município;

V– Zoneamento Urbano e direitos suplementares.

Art. 55. As leis ordinárias exigem, para sua aprovação, o voto favorável da maioria

simples dos membros da Câmara Municipal, exceto os casos previstos na Lei. (REVOGADO pela

Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 56. O Prefeito poderá solicitar urgência para projetos de sua iniciativa,

considerados relevantes, os quais deverão ser apreciados em vinte dias.

§ 1º Decorrido, sem deliberação, o prazo fixado neste artigo, o projeto será

obrigatoriamente incluído na ordem do dia, para a pronta ultimação de sua votação,

sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos.

§ 2º O prazo referido neste artigo não ocorre nos períodos de recesso da Câmara.

(Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 56. O Prefeito poderá solicitar urgência para projetos de sua iniciativa,

considerados relevantes, os quais deverão ser apreciados em 30 dias.

32

§ 1º Decorrido, sem deliberação, o prazo fixado neste artigo, o projeto será

obrigatoriamente incluído na ordem do dia, para a pronta ultimação de sua votação,

sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos.

§ 2º O prazo referido neste artigo não ocorre nos períodos de recesso da Câmara.

(Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 57. O projeto de lei aprovado será, no prazo de 10 (dez) dias úteis, enviado ao

Prefeito que, concordando, o sancionará e promulgará no prazo de 15 (quinze) dias úteis.

Parágrafo único. Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias úteis, o silêncio do Prefeito

importará em sanção.

Art. 58. Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte inconstitucional ou

contrário ao interesse público, poderá vetá-lo total ou parcialmente, no prazo de 15 (quinze)

dias úteis, contados da data do recebimento.

§ 1º O veto será sempre justificado e, quando parcial, abrangerá o texto integral do

artigo, de parágrafo, de inciso ou alínea.

§ 2º As razões aduzidas no veto serão apreciadas no prazo de vinte dias, contados do

seu recebimento, em única discussão e votação, somente podendo ser rejeitado pela maioria

absoluta dos Vereadores, através de votação secreta.

§ 3º Esgotado, sem deliberação, o prazo previsto no parágrafo anterior, o veto será

colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestados, até sua decisão final, as demais

matérias.

§ 4º Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito, em 48 (quarenta e

oito) horas, para promulgação.

§ 5º Se o Prefeito não promulgar a lei em 48 (quarenta e oito) horas, nos casos de

sanção tácita ou rejeição do veto, Presidente da Câmara a promulgará em igual prazo.

§ 6º A Lei promulgada nos termos do parágrafo anterior produzirá efeitos a partir de

sua publicação.

Art. 58. Se o Prefeito julgar o projeto no todo ou em parte inconstitucional ou

contrário ao interesse público, poderá vetá-lo total ou parcialmente, no prazo de 15 dias úteis,

contados da data do recebimento.

33

§ 1º O veto será sempre justificado e, quando parcial, abrangerá o texto integral do

artigo, de parágrafo, de inciso ou alínea.

§ 2º As razões aduzidas no veto serão apreciadas no prazo de 30 dias, contados do

seu recebimento, em única discussão e votação, somente podendo ser rejeitado pela maioria

absoluta dos Vereadores.

§ 3º Esgotado, sem deliberação, o prazo previsto no parágrafo anterior, o veto será

colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestados, até sua decisão final, o exame das

demais matérias.

§ 4º Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito, em 48 horas, para

promulgação.

§ 5º Se o Prefeito não promulgar a lei em 48 horas, nos casos de sanção tácita ou

rejeição do veto, o Presidente da Câmara a promulgará em igual prazo.

§ 6º Caberá ao Vice-Presidente a promulgação imediata da lei, na hipótese de não

promulgação pelo Prefeito e pelo Presidente da Câmara. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica

nº 01, de 06/04/2016).

Art.59. O Projeto de Lei rejeitado, somente poderá ser apresentado na mesma sessão

legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara ou do Prefeito.

Art. 59. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir

objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta

dos membros da Câmara. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art.60. O projeto que receber, quanto ao mérito, parecer contrário das comissões

atinentes, será tido como rejeitado.

Art. 60. O projeto que receber, quanto ao mérito, parecer contrário das comissões

atinentes será arquivado. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 61. O projeto de Decreto Legislativo é a proposição destinada a regular matéria

de competência exclusiva da Câmara, produzindo efeitos externos, sem dependência de sanção

do Prefeito.

34

Art. 62. O projeto de Resolução é a proposição destinada a regulamentar matéria

político-administrativa da Câmara, de sua competência exclusiva, sem sanção do Prefeito.

Art. 62. O projeto de Resolução é a proposição destinada para a Câmara

regulamentar matéria político-administrativa de sua competência exclusiva, produzindo efeitos

internos, sem sanção do prefeito. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 63. O Presidente da Câmara ou seu substituto votará apenas:

I– na eleição da Mesa;

II– se a matéria exigir, para sua aprovação, voto favorável de dois terços dos

membros da Câmara;

III– houver empate em qualquer votação no plenário.

Art. 64. O voto será sempre público nas deliberações da Câmara, salvo nos seguintes

casos, em que será secreto:

I– no julgamento dos Vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito;

II– na eleição da Mesa Diretora e votações secretas;

III- na votação de decretos legislativos voltados à concessão de honrarias;

IV– na apreciação de vetos e pareceres do Tribunal de Contas.

Art. 64. O voto será sempre público nas deliberações da Câmara, salvo nos seguintes

casos em que será secreto:

I - na eleição da Mesa Diretora;

II - pareceres do Tribunal de Contas. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de

06/04/2016).

Art. 65. Fica impedido de votar o Vereador que tiver interesse pessoal e direto na

deliberação, anulando-se a votação, se o fizer e seu voto for decisivo no resultado.

CAPÍTULO VIII

DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

Seção I

Disposições Preliminares

35

Art. 66. O Município organizará sua administração e planejará as suas atividades

atendendo às peculiaridades locais e os princípios técnicos convenientes ao desenvolvimento

integral da Comunidade.

Art. 66. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do

Município, visando à promoção do bem público e à prestação qualificada de serviços à

comunidade e aos indivíduos que a compõe, observará os princípios da legalidade, da

moralidade, da impessoalidade, da publicidade, da eficiência, da legitimidade, da participação,

da razoabilidade, da economicidade e da motivação.

§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos

públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo

constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou

servidores públicos.

§ 2º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública

direta e indireta, regulando especialmente:

I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas

a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna,

da qualidade dos serviços;

II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de

governo, observado o disposto no art. 5o, X e XXXIII, da Constituição Federal.

III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo,

emprego ou função na administração pública.

§ 3º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de

serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a

terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

§ 4º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da

administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato a ser firmado entre

seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de

desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:

I – o prazo de duração do contrato;

II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e

responsabilidade dos dirigentes;

III – a remuneração do pessoal.

36

§ 5º É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes

do art. 40 ou dos arts. 42 e 142, da Constituição Federal, com a remuneração de cargo, emprego

ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma da Constituição, os cargos

eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. (Alterado

pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 67. A publicação das leis e atos municipais será feita pela imprensa local,

quando houver, levando-se em conta não só os preços, mas as circunstâncias de freqüência,

horários, tiragem e distribuição.

Art. 67. A publicação das leis e dos demais atos oficiais será feita conforme os

seguintes critérios:

I – atos do Poder Executivo, em mural junto à Prefeitura e nos sítios oficiais desse

poder;

II – atos do Poder Legislativo, em mural Junto à Câmara Municipal e nos sítios oficiais

desse poder;

Parágrafo único. Mediante a observância do devido processo licitatório, os poderes

públicos municipais poderão contratar mídias para ampliar a divulgação de seus atos oficiais.

(Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 68. A Lei Municipal fixará o prazo para o pronunciamento do Prefeito e do

Presidente da Câmara Municipal nos processos de sua competência. (REVOGADO pela Emenda

à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 69. Às autoridades municipais constituídas cumpre providenciar a expedição

das certidões solicitadas, no prazo máximo de quinze dias.

Art. 69. As autoridades municipais constituídas cumpre providenciar a expedição

das certidões solicitadas no prazo máximo de 5 dias. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº

01, de 06/04/2016).

Art. 70. A certidão relativa ao exercício do cargo de Prefeito será fornecida pelo

Presidente da Câmara, sob pena de responsabilidade. (REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica

nº 01, de 06/04/2016).

37

Art. 71. As autoridades e servidores municipais, bem como parentes até 3º grau, não

poderão contratar com o Município, salvo que haja uniformidade para todos os interessados.

(REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Seção II

Dos Bens Municipais

Art.72. Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis e ações, que a

qualquer título pertençam ao Município.

Art. 72. Constituem o patrimônio municipal os bens imóveis, móveis e semoventes, e

os direitos e ações que, a qualquer título, pertençam ao Município. (Alterado pela Emenda à Lei

Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art.73. Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais, respeitada a

competência da Câmara quanto àqueles empregados em seus serviços.

Art. 73. A alienação de bens municipais, subordinada à existência de interesse

público devidamente justificado, será sempre precedida de avaliação e obedecerá ao seguinte:

I – quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e concorrência pública,

dispensada esta nos casos de permuta;

II – quando móveis, dependerá de licitação, dispensada esta nos casos de doação, que

será permitida somente por interesse social.

Parágrafo único. A venda aos proprietários lindeiros, respeitada a preferência do

antigo proprietário, das áreas urbanas remanescentes e inaproveitáveis para edificação

resultantes de obras públicas ou de modificação de alinhamento dependerá de prévia avaliação

e autorização legislativa, dispensada a concorrência pública. (Alterado pela Emenda à Lei

Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 74. A alienação dos bens municipais, dependerá de autorização legislativa e de

concorrência pública, dispensada esta nos casos de doação e permuta.

§ 1º O Município preferentemente à venda ou doação de seus bens imóveis,

outorgará concessão de direito real de uso, mediante prévia autorização legislativa e

concorrência. A concorrência poderá ser dispensada por lei, quando o uso se destinar à

38

concessionária de serviços públicos, a entidades assistenciais, ou quando houver relevante

interesse público, devidamente justificado.

§ 2º A venda aos proprietários de imóveis, lindeiros de áreas urbanas remanescentes

ou inaproveitáveis para edificação resultantes de obras públicas, dependerá apenas de prévia

avaliação e autorização legislativa. As áreas resultantes de modificações de alinhamento serão

alienadas nas mesmas condições, quer sejam aproveitáveis ou não. (Alterado pela Emenda a Lei

Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 74. O Município utilizará seus bens dominicais como recursos fundamentais

para a realização de políticas urbanas, especialmente em habitação popular e saneamento

básico, podendo, para essa finalidade, vendê-los, permutá-los ou doá-los;

§ 1º Enquanto os bens dominicais municipais não tiverem destinação definitiva, não

poderão permanecer ociosos, devendo ser ocupados em permissão de uso, nos termos da lei.

§ 2º Em casos de reconhecido interesse público e caráter social, o Município também

poderá realizar concessões reais de uso de seus bens dominicais, contendo elas sempre

cláusulas de reversão desses bens.

§ 3º O Município revogará as doações que tiverem destinação diversa da ajustada em

contrato ou as que não cumpriram as finalidades no prazo de dois anos. (Alterado pela Emenda

à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 75. A aquisição de imóveis, por compra ou permuta, dependerá de prévia

verificação da área e autorização legislativa.

Art. 75. O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão,

permissão ou autorização, conforme o caso, atendido o interesse público, coletivo ou social, nas

seguintes condições:

I – a concessão de direito real de uso de bens dominicais para uso especial far-se-á

mediante contrato, sob pena de nulidade do ato, e será sempre precedida de concorrência

pública;

II – a concessão de direito real de uso de bens de uso comum somente poderá ser

outorgada para finalidade de habitação, educação e assistência social, nos termos da legislação

vigente;

III – a permissão será feita mediante lei;

IV – a autorização será feita, por decreto, pelo prazo máximo de noventa dias.

39

Parágrafo único. Em qualquer hipótese, o Poder Público promoverá ampla

discussão com a comunidade local. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de

06/04/2016).

Art. 76. O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão

ou permissão, conforme o interesse público o exigir.

§ 1º A concessão de uso dependerá de lei e concorrência e far-se-á mediante

contrato, sob pena de nulidade do ato. A concorrência poderá ser dispensada mediante Lei,

quando o uso se destinar a concessionária de serviços públicos, a entidades assistenciais ou

quando houver interesse público relevante.

§ 2º A permissão de uso será feita a título precário, por ato unilateral do Prefeito, no

máximo por 90 (noventa) dias, sem renovação. (REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica nº 01,

de 06/04/2016)

Art. 77. É proibida a doação, venda ou concessão de uso de qualquer fração dos

parques, praças, jardins e lagos públicos, salvo pequenos espaços destinados à venda de jornais,

revistas e similares.

Art. 77. É proibida a doação, venda ou concessão de uso de qualquer fração dos

parques, praças, jardins e lagos públicos, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma da

lei.

§ 1º Os bens de uso comum do povo devem ter sempre um conjunto mínimo de

elementos naturais ou de obras de urbanização que caracterizem sua destinação.

§ 2º As áreas verdes podem ser cultivadas e mantidas com a participação da

comunidade. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 78. Poderão ser cedidos a particulares, para serviços transitórios, máquinas e

operadores da Prefeitura, desde que não haja prejuízo para os trabalhos do Município e o

interessado pague a remuneração arbitrada e assine termo de responsabilidade pela

conservação dos bens recebidos. (REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de

06/04/2016)

40

Art. 79. A utilização da administração dos bens públicos de uso especial, como

mercados, matadouros, estações, recinto de espetáculos e campos de esportes, serão feitos na

forma na forma da lei e regulamento respectivos.

Art. 79. A lei disporá sobre a administração dos bens públicos de uso especial,

tangíveis e intangíveis. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Seção III

Das Obras e Serviços Municipais

Art. 80. A execução de obras públicas municipais deverá ser sempre precedida de

projeto, elaborado segundo as normas técnicas adequadas.

Parágrafo único. As obras públicas deverão ser executadas pela Prefeitura, por suas

autarquias e entidades paraestatais, ou mediante licitação por terceiros.

Art. 80. A execução de obras públicas municipais deverá ser precedida de projeto

elaborado segundo as normas técnicas adequadas. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01,

de 06/04/2016).

Art. 81. Para execução de obra pública, estará sujeita à licitação a empresa para cuja

formação de capital haja contribuído o Município, por qualquer forma.

Art. 81. Ressalvados os casos especificados na legislação federal, as obras, bens e

serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que

assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam

obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, o qual somente

permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do

cumprimento das obrigações.

Parágrafo único. Para compra e contratação de bens e serviços comuns poderá ser

utilizada a modalidade de licitação pregão. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de

06/04/2016).

Art. 82. A permissão de serviços públicos, sempre a título precário, no máximo por

120 (cento e vinte) dias, dependerá de ato unilateral do Prefeito, após edital de chamamento

dos interessados, para escolha do melhor pretendente e a concessão só será feita com

autorização legislativa, mediante contrato precedido de concorrência pública.

41

§ 1º Serão nulas, de pleno direito, as permissões, as concessões ou quaisquer outros

ajustes feitos em desacordo com este artigo.

§ 2º Os serviços permitidos ou cedidos ficarão sempre sujeitos à regulamentação e

fiscalização do Município, incumbido aos que os executem, sua permanente atualização e

adequação às necessidades dos usuários.

§ 3º O Município poderá retomar, sem indenização, os serviços permitidos ou

cedidos, quando executados em desconformidade com o ato ou contrato ou se revelarem

insuficientes ao usuário.

§ 4º As concorrências para concessão de serviços públicos deverão ser precedidas de

ampla publicidade.

Art. 82. As permissões de serviços públicos serão realizadas conforme legislação

federal. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 83. As tarifas dos serviços públicos serão fixadas pelo Executivo, tendo em vista

a apresentação de serviços pelo custo.

Art. 84. Os limites de licitação para obras e fornecimentos do Município observarão

o disposto na legislação federal.

Art. 85. O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum, mediante

convênios com o Estado, a União ou entidades particulares e através de consórcios com outros

Municípios, dependendo de prévia autorização do Legislativo.

Art. 85. O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum com as

demais unidades da federação, mediante:

I – Convênio;

II – consórcio público com demais municípios;

III – termos de parceria, observadas as condições estabelecidas na Legislação

Federal. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Seção IV

Das Normas de Desenvolvimento

42

Art. 86. O Município elaborará o seu plano diretor de desenvolvimento integrado,

considerando os seguintes aspectos:

I– físico-territorial com disposição sobre o sistema viário urbano e rural, o

zoneamento urbano, o loteamento urbano ou afins, a edificação e os serviços públicos locais;

II- econômico – com disposição sobre o desenvolvimento econômico do Município,

atentado no que lhe couber às atividades agropastoris, comerciais e industriais;

III- social – com normas destinadas à promoção social da comunidade local e ao

bem-estar da população;

IV- administrativo – com normas de organização institucional que possibilitem a

permanente planificação das atividades municipais e sua integração nos planos estaduais e

federais.

Art. 87. O Município elaborará as normas de edificação, de zoneamento e de

loteamento urbano ou para fins de urbanização, atendidas às pecualidades locais e a legislação

federal e estadual pertinentes.

Seção V

Dos Conselhos Municipais

Art. 88. Os Conselhos Municipais são órgãos governamentais, que têm por finalidade

auxiliar a administração na orientação, planejamento, interpretação e julgamento de matéria de

sua competência.

Art. 88. Os Conselhos Municipais são órgãos governamentais de participação

popular, que têm por finalidade auxiliar a administração na orientação, planejamento,

interpretação e julgamento de matéria de sua competência. (Alterado pela Emenda à Lei

Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 89. A Lei especificará as atribuições de cada Conselho, sua organização,

composição, funcionamento, forma de nomeação de titulares e suplentes e prazo de duração do

mandato.

Art. 90. Os Conselhos Municipais são compostos por um número ímpar de

membros, observando, quando for o caso, a representatividade da administração, das entidades

43

públicas, classistas e da sociedade civil organizada, sendo o mandato dos seus membros

exercido gratuitamente.

Art. 90-A. (REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

CAPÍTULO IX

DAS FINANÇAS MUNICIPAIS

Seção I

Dos Tributos Municipais

Art. 91. Compete ao Município instituir os seguintes tributos:

I- impostos;

II– taxas em razão do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de

serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição;

III- contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados

segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária,

especificamente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos

individuais e nos termos da Lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do

contribuinte.

§ 2ºAs taxas não poderão ter base de cálculo, próprio dos impostos.

Art. 91. Compete ao Município instituir os seguintes tributos:

I - impostos;

II – taxas em razão do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de

serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição;

III - contribuições.

§ 1º Os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade

econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especificamente para conferir

efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da Lei,

o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo, próprio dos impostos. (Alterado pela

Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

44

Art. 92. Ao Município compete instituir imposto sobre:

I- a propriedade predial e territorial urbana;

II- transmissão intervivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por

natureza ou acessão física e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como

cessão de direitos à sua aquisição;

III- vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel;

IV- serviços de qualquer natureza, a serem definidos em lei complementar federal,

exceto os relativos à circulação de mercadorias e prestações de serviços de transporte

interestadual e intermunicipal e de comunicação.

Parágrafo único. As alíquotas máximas dos impostos previstos no inciso III serão as

fixadas em Lei Complementar.

Art. 92. Ao Município compete instituir imposto sobre:

I - a propriedade predial e territorial urbana;

II - transmissão intervivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por

natureza ou acessão física e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como

cessão de direitos à sua aquisição;

III - serviços de qualquer natureza, a serem definidos em lei complementar federal,

exceto os relativos à circulação de mercadorias e prestações de serviços de transporte

interestadual e intermunicipal e de comunicação. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01,

de 06/04/2016).

Art. 93. O Imposto Predial e Territorial Urbano será progressivo, na forma da lei,

para garantir o cumprimento da função social da propriedade.

Parágrafo único. Pode o poder público municipal, nos termos da lei federal e

mediante lei incluída no plano diretor, exigir do proprietário do solo urbano não edificado,

subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,

sucessivamente de:

a) parcelamento ou edificação compulsórias;

b) impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana progressiva no tempo;

c) desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão

previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas

anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

45

Art. 93. O Imposto Predial e Territorial Urbana sem prejuízo da progressividade no

tempo, na forma de lei, também poderá:

I- ser progressivo em razão do valor do imóvel; e

II- ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

Parágrafo único. É facultado ao município, mediante lei específica para a área

incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não

edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,

sucessivamente, de:

I-parcelamento ou edificação compulsórios;

II- imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressiva no tempo;

III- desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão

previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas

anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e juros legais. (Alterado

pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 94. O Imposto de Transmissão Inter-vivos não incide sobre a transmissão de

bens ou direitos incorporados ao patrimônio da pessoa jurídica em realização de capital, nem

sobre a transmissão de bens, direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção

jurídica, salvo, neste caso, se a ação preponderante do adquirente for a compra e venda de tais

bens e direitos, a locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil.

Art. 95. Pertencem ao Município:

I- o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de

qualquer natureza, incidente na fonte sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por ele

próprio, suas autarquias e fundações que mantenha ou haja instituído;

II- 50% da arrecadação do imposto da união sobre a propriedade territorial rural,

relativamente aos imóveis situados no seu território, cabendo à totalidade na hipótese de o

município fazer opção de fiscalizar e cobrar, na forma da lei. (Alterado pela Emenda à Lei

Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

III- 50% (cinquenta por cento) do produto da arrecadação do imposto do Estado

sobre a propriedade de veículos automotores licenciados no seu território;

46

IV– relativamente às operações que tiverem origem no seu território, 70% (setenta

por cento) do montante arrecadado, pela União a título do imposto sobre operações de crédito,

câmbio e seguro, ou relativos a títulos ou valores mobiliários, quando incidentes sobre o ouro.

Art. 96. O Município participa ainda:

I– do montante, pertencente aos municípios de 25% (vinte e cinco por cento) do

produto de arrecadação no Estado, do imposto sobre operações relativas à circulação de

mercadorias, e sobre prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de

comunicação, aferidas e creditadas, as parcelas que lhe cabem:

a) ¾ (três quartos), no mínimo, na aprovação do valor adicionado, consoante

definido em lei complementar, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas

prestações de serviços, realizadas em seu território;

b) ¼ (um quarto), na forma do disposto na legislação estadual;

II– observados os critérios das alíneas “a” e “b”do inciso anterior, da parcela de 25%

do total dos recursos recebidos pelo Estado, da União, a título de participação na arrecadação

do imposto sobre produtos industrializados.

Art. 97. Do produto da arrecadação dos impostos sobre a renda e proventos de

qualquer natureza e sobre produtos industrializados, 22,5% (vinte e dois vírgula cinco por

cento) pertencem ao Fundo de Participação dos Municípios.

Art. 98. O Município divulgará, até o último dia do mês subseqüente ao da

arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados e dos recursos recebidos.

Art. 99. É vedado ao Município:

I– exigir ou aumentar tributos sem lei que o estabeleça;

II- instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrarem em situação

equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles

exercida, independente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

III– cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores antes do inicio da vigência da Lei que os houver

instituído ou aumentado;

47

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os institui ou

aumentou;

c) antes de decorrido noventa dias da data que haja sido publicada a lei que os

institui ou aumentou, observando o disposto da alínea b;

IV- utilizar tributo com efeito de confisco;

V– estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos

interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança do pedágio pela utilização de vias

conservadas pelo poder público;

VI– instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

b) templos de qualquer culto;

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das

atividades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem

fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

d) livros, jornais, periódicos e papel destinado à sua impressão.

e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras

musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por

artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham,

salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.

§ 1º A vedação do inciso VI, letra “a”, é extensiva às autarquias e às fundações

instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos

serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

§ 2º As vedações do inciso VI, letra “a” e do parágrafo anterior, não se aplicam ao

patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com a exploração de atividades econômicas

regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação

ou pagamentos de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonere o promitente comprador da

obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.

§ 3º As vedações expressas no inciso VI, alíneas “b” e “c”, compreendem somente o

patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades

nelas mencionadas.

§ 4º A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca

dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.

48

§ 5º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito

presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser

concedido mediante lei específica municipal, que regule exclusivamente as matérias acima

enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição.

§ 6º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de

responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer

posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se

realize o fato gerador presumido. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 100. É vedado ao Município estabelecer diferenças tributárias entre bens e

serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

Seção II

Da Fiscalização Municipal

Art. 101. A fiscalização do município será exercida pela Câmara Municipal, mediante

controle externo e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal,

obedecidos os seguintes preceitos:

I– o controle pela Câmara Municipal efetuar-se-á com o auxilio do Tribunal de Contas

do Estado;

II– o parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas anuais do

Prefeito, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços da Câmara Municipal;

III- as contas do Município ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição

de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, podendo ser questionada sua legitimidade,

nos termos da lei.

Seção III

Do Orçamento

Art. 102. As leis orçamentárias, de iniciativa do Prefeito Municipal, estabelecerão:

I– o plano plurianual;

II- as diretrizes orçamentárias;

III– o orçamento anual.

49

§ 1º Os projetos de leis orçamentárias serão enviadas, anualmente, pelo prefeito, à

Câmara sendo:

a) O Plano Plurianual, com entrada na Câmara até 31 de agosto e devolução ao

Executivo até 31 de outubro do mesmo ano;

b) As Diretrizes Orçamentárias, com entrada na Câmara ate o dia 30 de agosto e

devolução ao executivo até o dia 30 de setembro do mesmo ano;

c) O Orçamento Anual, com entrada na Câmara até o dia 30 de outubro e

devolução ao executivo até o encerramento da sessão legislativa;

§ 2º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá as diretrizes, objetivos e

metas da administração pública municipal para as despesas de capital e outras delas

decorrentes.

§ 3º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da

administração pública municipal, as despesas de capital para o exercício financeiro

subseqüente e orientará a elaboração da lei orçamentária anual, dispondo sobre as alterações

tributárias e estabelecendo política de aplicação.

§ 4º Os planos e programas locais serão elaborados em consonância com o plano

plurianual e apreciadas pela Câmara Municipal.

§ 5º A lei orçamentária anual compreende:

I– o orçamento fiscal do Executivo e Legislativo, seus fundos, órgãos e entidades da

administração direta e indireta, as fundações mantidas pelo poder público;

II– o orçamento de investimento das empresas de que participa o município, quando

as houver;

III– o orçamento de seguridade social, quando instituída, abrangendo inclusive os

fundos e fundações instituídos ou mantidos pelo Município. (Alterado pela Emenda à Lei

Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 102-A. Não havendo deliberação sobre os projetos de leis orçamentárias no

prazo previsto serão eles incluídos na Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberação de qualquer

outro assunto até que se ultime a votação. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de

06/04/2016).

50

Art. 102-B. Caso o Prefeito não envie o Projeto do Orçamento anual no prazo legal, o

Poder Legislativo adotará, como Projeto de Lei Orçamentária, aquele em vigor, com a correção

das respectivas rubricas pelos índices oficiais de inflação verificada nos dozes meses

imediatamente anteriores a 30 de outubro. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de

06/04/2016).

Art. 103. A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da

receita e fixação da despesa, permitida a abertura de créditos suplementares e contratação de

operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

Parágrafo único. Além da Comissão de Orçamento e Finanças, deverá opinar sobre a

matéria a Comissão de Justiça.

Art. 103. A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da

receita e fixação da despesa, permitida a abertura de créditos suplementares e contratação de

operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. (Alterado pela

Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 104. Enquanto não for promulgada a lei complementar de que trata o artigo 169

da Constituição Federal, o Município não poderá dispender com pessoal mais do que 65%

(sessenta e cinco por cento) do valor das receitas correntes.

Parágrafo único. Quando a despesa de pessoal exceder o limite previsto neste

artigo, deverá retornar àquele limite reduzindo o percentual excedente à razão de um quinto

por ano (Art.38-DT). (REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 105. As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou os projetos que o

modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

I– sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

II– indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação

de despesas, excluídos os que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida;

III- sejam relacionados:

a) com a correção de erros ou omissões;

51

b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

Art. 106. As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser

aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.

Art. 107. Aplica-se à legislação financeira e orçamentária o disposto no artigo 167 da

Constituição Federal, no que couber, e demais normas de direito financeiro aplicável e regras

constitucionais da elaboração legislativa.

CAPÍTULO X

DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

Art. 108. O Município disporá sobre o regime jurídico único e planos de carreira de

seus servidores públicos, obedecidas as normas da Constituição Federal (arts. 37, 38, 39, 40 e

41) e desta Lei Orgânica.

§ 1º A lei assegurará aos servidores da administração direta, isonomia de

vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder ou entre os

servidores do Executivo e Legislativo.

§ 2º Aplica-se a esses servidores o disposto no art. 7º, IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV,

XVII, XVIII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII e XXX da Constituição Federal.

§ 3º Os servidores estatuários ora existentes, constituir-se-ão de um quadro em

extinção, ficando-lhes assegurado, alem de outras vantagens do respectivo estatuto, assistência

médica, hospitalar, abono família, avanço trienal, gratificação adicional por tempo de serviço e

licença prêmio de três meses por qüinqüênio de serviço, a qual, não gozada, poderá ser

computada em dobro, como tempo de serviço ou ser recebida em dinheiro. (Alterado pela

Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016)

Art. 108. O Município instituirá Regime Jurídico Único e Planos de Carreiras para os

Servidores da Administração Pública Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas.

§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema

remuneratório observará:

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes

de cada carreira;

II - os requisitos para a investidura;

52

III - as peculiaridades dos cargos.

§ 2º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo e de emprego público o disposto no

art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, da Constituição Federal,

podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o

exigir.

§ 3º O Prefeito, o Vice-Prefeito, os Secretários Municipais e os Vereadores serão

remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de

qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie

remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI, da Constituição

Federal.

§ 4º Lei poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos

servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI, da Constituição

Federal.

§ 5º Os Poderes Executivo e Legislativo publicarão anualmente os valores do

subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos.

§ 6º Lei disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da

economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no

desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento,

modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de

adicional ou prêmio de produtividade.

§ 7º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser

fixada nos termos do § 1º. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 109. A investidura em cargo ou emprego público, depende de aprovação prévia

em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargos

em comissão, declarados em lei, de livre nomeação e exoneração.

§1º O prazo de validade de concurso público será de até 2 (dois) anos, prorrogável

uma vez, por igual período.

§2º Durante o prazo previsto no edital de convocação, aquele aprovado em

concurso público, será chamado com prioridade sobre novos concursados, para assumir cargo

ou emprego na carreira.

53

Art. 109. Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que

preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

§ 1º A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em

concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade

do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em

comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.

§ 2º O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma

vez, por igual período.

§ 3º Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele

aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade

sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira.

§ 4º Os cargos em comissão e as funções de confiança serão exercidos,

preferencialmente, por servidores ocupantes de cargo de carreira técnica ou profissional, nos

casos e condições previstos em lei.

§ 5º As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de

cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos

casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de

direção, chefia e assessoramento.

§ 6º A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas

portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão. (Alterado pela Emenda à Lei

Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 110. É garantido ao servidor municipal o direito à livre associação sindical.

Parágrafo único. O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos

em lei complementar.

Art. 110. É garantido ao servidor municipal o direito à livre associação sindical.

Parágrafo único. O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos

em lei federal. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 111. A lei estabelecerá os casos de contratações por tempo determinado para

atender à necessidade temporária de excepcional interesse público.

54

Art.112. Os vencimentos dos servidores públicos são irredutíveis e a remuneração

observará o que dispõe a Constituição Federal.

Art. 112. A remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 3o do

art. 108 desta Lei Orgânica somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica,

observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na

mesma data e sem distinção de índices.

§ 1º A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos

públicos da administração direta, autárquica e fundações do Município, dos detentores de

mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie

remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de

qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, do Prefeito.

§ 2º É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias

para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;

§ 3º Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão

computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;

§ 4º O subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são

irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV do art. 37 e nos arts. 39, § 4º, 150, II,

153, III, e 153, § 2º, I, todos da Constituição Federal. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº

01, de 06/04/2016).

Art. 113. É vedada a acumulação de cargos públicos, exceto quando houver

compatibilidade de horário:

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

c) o de dois cargos privativos de médico.

Parágrafo único. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e

abrange autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e funções mantidas pelo

poder público.

Art. 113. É vedada a acumulação de cargos públicos, exceto quando houver

compatibilidade de horário:

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

55

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões

regulamentadas.

Parágrafo único. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e

abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas

subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. (Alterado

pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 114. Ao servidor público em exercício de mandato eletivo aplicam-se as

seguintes disposições:

I– tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu

cargo, emprego ou função;

II- investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função,

sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

III- investido no mandato de vereador, havendo compatibilidade de horários,

perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do

cargo eletivo e não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

IV– em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício do mandato eletivo,

seu tempo de serviço será contado para todos efeitos legais, exceto para promoção por

merecimento;

V- para efeito de beneficio previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão

determinados como se no exercício estivesse.

Art. 115. O servidor será aposentado:

I- por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes de

acidentes em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável,

especificados em lei e proporcionais nos demais casos;

II- compulsoriamente, aos 70 anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo

de serviço;

III- voluntariamente:

a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem e aos trinta se mulher, com proventos

integrais;

56

b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor e vinte

e cinco anos, se professora, com proventos integrais;

c) trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com proventos

proporcionais ao tempo de serviço;

d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com

proventos proporcionais ao tempo de serviço.

§ 1º Lei complementar poderá estabelecer exceções ao disposto no inciso III, a e c,

no caso de exercício de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas.

§ 2º A lei disporá sobre aposentadoria em cargos ou empregos temporários.

§ 3º O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal, será computado

integralmente para os efeitos de gratificações, aposentadoria, adicionais por tempo de serviço e

de disponibilidade, assegurada ainda a contagem recíproca de tempo de serviço, nos termos da

legislação federal atinente.

§ 4º Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na mesma

data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também

estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos

servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do

cargo ou função em que se deu a aposentadoria.

§ 5º Os proventos dos inativos ou pensionistas atuais serão revistos, devendo haver

o devido reajuste, se houver tido defasagem em relação aos cargos da ativa.

§ 6º O beneficio da pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos

ou proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei, observado o disposto no

parágrafo 4º.

Art. 115. Aos servidores titulares de cargos efetivos do Município, incluídas suas

autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário,

mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos

pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto

no art. 40 da Constituição Federal.

Parágrafo único. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão

declarado em lei de livre nomeação e exoneração, bem como de outro cargo temporário ou de

emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. (Alterado pela Emenda à Lei

Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

57

Art. 116. São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores nomeados

em virtude de concurso público e os que à data da promulgação da Constituição Federal,

tenham cinco anos de serviço continuados, conforme artigo 19 e seus parágrafos, das

Disposições Transitórias da Constituição Federal.

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial

transitada em julgado, ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla

defesa.

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele

reintegrado, e o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito à

indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.

§ 3º Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em

disponibilidade remunerada, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

Art. 116. São estáveis, após três anos de efetivo exercício, os servidores nomeados

para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei

complementar, assegurada ampla defesa.

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável será ele

reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem

direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com

remuneração proporcional ao tempo de serviço.

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em

disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado

aproveitamento em outro cargo.

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação

especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. (Alterado pela Emenda à

Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

58

Art. 117. O regime previdenciário dos servidores municipais é do INPS, e os

funcionários estatutários integrantes do quadro em extinção, continuarão recebendo

assistência previdenciária pela municipalidade. (REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica nº

01, de 06/04/2016)

Art. 117-A. (REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016)

TÍTULO II

DA ORDEM ECONÔNICA E SOCIAL

Art. 118. Observados os princípios estabelecidos nas Constituições Federal e

Estadual, o Município, dentro de sua competência, organizará a ordem econômica e social,

conciliando superiores interesses da coletividade com a liberdade de iniciativa, levando em

conta:

I– propriedade privada;

II– função social da propriedade;

III- livre concorrência;

IV– defesa do consumidor;

V- defesa do meio ambiente;

VI– redução das desigualdades sociais;

VII– busca do pleno emprego;

VIII– tratamento favorecido para empresas de pequeno porte.

Art. 118. Observados os princípios estabelecidos nas Constituições Federal e

Estadual, o Município, dentro de sua competência, organizará a ordem econômica e social,

conciliando superiores interesses da coletividade com a liberdade de iniciativa, levando em

conta:

I – propriedade privada;

II – função social da propriedade;

III - livre concorrência;

IV – defesa do consumidor;

V - defesa do meio ambiente, inclusive, mediante tratamento diferenciado conforme

o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;

VI – redução das desigualdades sociais;

59

VII – busca do pleno emprego;

VIII - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as

leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País;

IX – alternativas de geração de trabalho e renda.

Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade

econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos

em lei. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 119. O trabalho é obrigação social, garantido a todos o direito a emprego e a

justa remuneração, que proporcione existência digna na família e na sociedade.

Art. 120. O Município deverá considerar o capital, não como instrumento produtor

de lucro, mas como meio de expansão econômica e de bem-estar coletivo.

Art. 121. O Município poderá fomentar o desenvolvimento de cooperativas,

mediante providências capazes de permitir que alcancem seus objetivos.

Art. 121. O município poderá fomentar o desenvolvimento de cooperativas,

associações e similares, mediante providências capazes de permitir que alcancem seus

objetivos. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 122. O direito à propriedade é inerente à natureza do homem, dependente de

seus limites e seu uso da convivência social.

Art. 123. O Município, no que couber, cuidará para que todos tenham sua moradia

ou casa própria, valendo-se do auxilio da União e do Estado, no que for possível.

Art. 124. O Município organizará, no âmbito de sua competência, os serviços sociais

e estimulará a iniciativa particular que vise a essa finalidade, prestando-lhe a devida orientação

técnica.

Parágrafo único. Os planos de serviços sociais do Município, nos termos que a lei

estabelecer, terão por objetivo a correção dos desequilíbrios do sistema social e a recuperação

de pessoas desajustadas, visando a um desenvolvimento social harmônico.

60

Art. 124. O município organizará, no âmbito de sua competência, os serviços sociais,

nos termos da lei. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 125. O Município, no que lhe couber, fomentará todas atividades econômicas,

visando a um desenvolvimento integrado dos mais variados setores produtivos.

Art. 126. O Município deverá prestar especial atenção às pequenas propriedades

agropastoris, visando à fixação do homem no meio rural e evitando o respectivo êxodo.

TÍTULO III

DA FAMÍLIA, EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTOS

Art. 127. Serão asseguradas condições físicas, morais e sociais ao desenvolvimento

da família e assistência às proles numerosas ou carentes.

Art. 128. A educação, direito de todos, é um dever do Município e da sociedade e

deve ser baseada nos princípios da democracia, da liberdade de expressão, da solidariedade e

do respeito aos direitos humanos, visando a constituir-se em instrumento do desenvolvimento,

capacidade de colaboração e de reflexão crítica da realidade.

Art. 128. A educação, direito de todos e dever do Estado, da família e da sociedade,

terá por base os princípios da democracia e da justiça social, da liberdade de expressão, da

solidariedade e do respeito aos direitos humanos e ao meio ambiente, pautar-se-á no trabalho

como fundamento da existência social, dignidade e bem-estar universais, e visará aos seguintes

fins:

I – o exercício da cidadania comprometida com a transformação social livre de

qualquer preconceito e discriminação, contrária a todas as formas de exploração, opressão e

desrespeito aos outros homens, à natureza e ao patrimônio cultural da humanidade;

II – o preparo do cidadão para a reflexão, a compreensão e a crítica da realidade

social, tendo o trabalho como princípio educativo, mediante o acesso à cultura e aos

conhecimentos científicos, tecnológicos e artísticos historicamente acumulados. (Alterado pela

Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 129. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

61

I – igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola;

II– liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o

saber;

III– pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

IV– gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

V– valorização dos profissionais para o magistério, com piso salarial profissional;

VI– gestão democrática do ensino, garantindo a participação de representantes da

comunidade;

VII- garantia de padrão de qualidade, cabendo ao Município, suplementarmente

promover o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,

preferencialmente na rede de ensino.

Art. 129. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I – igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola;

II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o

saber humanos, sem qualquer discriminação à pessoa;

III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

V – valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei,

planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos

da rede pública;

VI – gestão democrática do ensino, garantindo a participação de representantes da

comunidade;

VII - garantia de padrão de qualidade, cabendo ao Município, suplementarmente,

promover o atendimento educacional especializado às pessoas com deficiências,

preferencialmente na rede de ensino;

VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar

pública, nos termos de lei federal;

IX – respeito ao conhecimento e à experiência extraescolar do aluno. (Alterado pela

Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 130. O Município organizará e manterá sistema de ensino próprio, com

extensão correspondente às necessidades locais de educação geral e qualificação para o

62

trabalho, respeitadas as diretrizes e bases fixadas pela legislação federal e as disposições

supletivas da legislação estadual.

Parágrafo único. Deverá ser organizado o Conselho Municipal de Educação no

Município. Os diretores das escolas serão escolhidos através do voto direto e sua

regulamentação se fará por lei complementar.

Art. 130. O Município organizará e manterá sistema de ensino próprio, com

extensão correspondente às necessidades locais de educação geral e qualificação para o

trabalho, respeitadas as diretrizes e bases fixadas pela legislação federal e as disposições

supletivas da legislação municipal; (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de

06/04/2016).

Art.131. O Município aplicará obrigatoriamente, em cada ano, no ensino

fundamental, pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) de sua receita resultante de impostos,

compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

Art. 132. Deverá ser incluído no currículo escolar da rede municipal, de 4ª a 8ª

series, noções básicas sobre tóxicos, alcoolismo, tabagismo, ecologia e meio ambiente.

(REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 133. É assegurado ao professor, ao especialista de educação e aos funcionários

que se deslocam à escola pertencente ao sistema municipal de ensino, pagamento dos gastos

comprovados com o respectivo transporte, sem prejuízo do salário profissional, excetuado ao

docente residente na sede onde estiver localizada a mesma.

Parágrafo único. O docente residente fora do Município e que exerce a docência

neste Município, terá o benefício na forma da lei. (REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica nº

01, de 06/04/2016).

Art. 134. O Sistema de Ensino do Município compreenderá obrigatoriamente:

I– serviço de assistência educacional, que assegure condições de deficiência escolar

aos alunos necessitados, compreendendo garantia de cumprimento da obrigatoriedade,

mediante auxilio para aquisição de material escolar, transporte, alimentação, tratamento

63

medico e dentário e outras formas eficazes de assistência familiar, de forma a garantir

condições mínimas de comparecimento à escola e aproveitamento educacional;

II– entidades que congregam professores e pais de alunos, com objetivo de colaborar

para o funcionamento eficiente de cada estabelecimento de ensino;

III– é de responsabilidade do Município a manutenção dos prédios e equipamentos,

bem como o suprimento de material técnico-pedagógico.

Art. 134. O Município manterá a Educação Básica, de acordo com a legislação

vigente. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 135. Os planos e projetos necessários à obtenção de auxílio financeiro federal

aos programas de educação do Município, serão elaborados pela administração do ensino

municipal, com assistência técnica, se solicitada, de órgãos competentes da administração

pública e do Conselho Municipal de Educação.

Art. 136. Cabe ao Município promover o desenvolvimento cultural da comunidade

local, mediante:

I– oferecimento de estímulos concretos ao cultivo da ciência, artes e letras;

II– cooperação com a União e o Estado, na proteção aos locais e objetos de interesse

históricos e artístico;

III – incentivo à promoção e divulgação da história, dos valores humanos e das

tradições locais.

Parágrafo único. É facultativo ao Município:

I– firmar convênios de intercâmbio e cooperação financeira com entidades públicas

ou privadas, para prestação de orientação e assistência na criação e manutenção de bibliotecas

públicas;

II– promover, mediante incentivos especiais, ou concessão de prêmios e bolsas,

atividades e estudos de interesse local, de natureza cientifica ou sócio-econômica.

Parágrafo único. É facultativo ao município:

I – firmar convênios de intercambio e cooperação financeira com entidades publicas

e termos de parceria com organizações da sociedade civil, para a prestação de orientação e

assistência a criação e manutenção de bibliotecas públicas;

64

II- promover, mediante incentivos especiais, ou concessão de prêmios e bolsas,

atividades e estudos de interesse local, de natureza científica, literária, artística e

socioeconômica. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 137. O Município facilitará aos seus servidores a conclusão de cursos em que

estejam inscritos ou que venham a se inscrever.

Art. 138. O Município dispenderá especial estímulo à educação física que será

obrigatória nos estabelecimentos de ensino municipal e auxiliará as organizações esportivas,

principalmente as amadorísticas, nos termos da lei.

Art. 139. Deverá, a municipalidade, ter sob sua proteção, as obras e documentos de

valor histórico, bem como os documentos, as paisagens e logradouros dotados de particular

beleza e atração turística.

Art. 139. Deverá a municipalidade ter, sob sua proteção, as obras e documentos de

valor histórico, bem como as paisagens e logradouros dotados de particular beleza e atração

turística. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

TÍTULO IV

DA SAÚDE, ASSISTÊNCIA SOCIAL E MEIO AMBIENTE

Art. 140. A saúde e assistência social é direito dos munícipes e dever do poder

público, assegurada mediante políticas sociais e econômicas que visem à eliminação do risco de

doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para

promoção, proteção e recuperação.

Art. 140. A saúde é direito de todos e dever do Estado, cabendo ao Município, com a

cooperação da União e do Estado, prover as condições indispensáveis a sua promoção, proteção

e recuperação.

§ 1º O dever do Município de garantir a saúde consiste na formulação e execução de

políticas econômicas e sociais que visem à eliminação dos riscos de doenças e outros agravos, e

no estabelecimento de condições específicas que assegurem acesso universal às ações e

serviços de saúde.

65

§ 2º O dever do Município não exclui o inerente a cada pessoa, à família e à

sociedade, bem como às instituições e empresas, especialmente as que possam criar riscos e

danos à saúde do indivíduo e da coletividade. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de

06/04/2016).

Art. 141. As ações de saúde são de natureza pública, devendo sua execução ser feita

preferencialmente através de serviços oficiais e supletivamente através de serviços de

terceiros.

Art. 141. As ações e serviços de saúde são de relevância pública, cabendo ao

Município sua normatização e controle no que lhe couber, devendo a execução ser feita,

preferencialmente, através de serviços públicos e, suplementarmente, através de serviços de

terceiros.

§ 1º As instituições privadas poderão participar de forma suplementar do Sistema

Único de Saúde, no âmbito do Município, observada a legislação vigente.

§ 2º É vedada a cobrança ao usuário pela prestação de serviços de assistência à

saúde mantida pelo Município ou de serviços contratados ou conveniados pelo Sistema Único

de Saúde.

§ 3º As instituições privadas de saúde ficarão sob controle do Poder Público nas

questões de qualidade, de informação e de registros de atendimento, conforme os códigos

sanitários nacional, estadual e municipal, e as normas do Sistema Único de Saúde.

§ 4º A instalação de quaisquer novos serviços públicos de saúde deve ser discutida e

aprovada no âmbito do Sistema Único de Saúde com controle social, através do Conselho

Municipal de Saúde, levando-se em consideração a demanda, cobertura, distribuição geográfica,

grau de complexidade e articulação do sistema. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de

06/04/2016).

Art. 142. As ações de saúde integram a rede regionalizada e hierarquizada do

Sistema Único de Saúde (SUS) no âmbito do Município, observadas as seguintes diretrizes:

Art. 142. As ações de saúde integram a rede regionalizada e hierarquizada do SUS no

âmbito do Município, observadas as seguintes diretrizes:

I– integralidade na prestação de ações preventivas, curativas e reabilitadoras;

66

II– universalização em todos os níveis de atenção à saúde, para a população urbana e

rural;

III– participação, com poder decisório, das entidades populares representativas de

usuários e trabalhadores da saúde, na formulação, gestão, controle e fiscalização das políticas

de saúde, através de instituição do Conselho Municipal de Saúde, de caráter deliberativo.

III- participação na formulação, gestão, controle e fiscalização das políticas de saúde,

através do Conselho Municipal de Saúde, de caráter deliberativo. (Alterado pela Emenda à Lei

Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 143. São competência do Município:

I– assistência à saúde;

II- garantir aos profissionais da saúde capacitação e reciclagem permanentes,

condições adequadas de trabalho para a execução de suas atividades em todos os níveis;

III- a direção do SUS, no âmbito de Município, em articulações com a Secretaria

Estadual de Saúde;

IV- a elaboração e atualização do plano municipal de saúde em termos de prioridade

e estratégias municipais, em consonância com o Plano Estadual de Saúde e de acordo com as

diretrizes do Conselho Municipal de Saúde;

V- a elaboração e atualização da proposta orçamentária do SUS para o Município;

VI- planejamento e execução das ações de controle das condições do ambiente de

trabalho e dos problemas de saúde com eles relacionados;

VII– o planejamento e execução das ações de vigilância sanitária e epidemiológica no

âmbito do Município;

VIII– o planejamento e execução das ações de controle de meio ambiente, da

qualidade dos produtos de consumo e de saneamento no âmbito do município, em articulação

com os demais órgãos governamentais;

IX– controlar e fiscalizar qualquer atividade e serviço que comporte risco à saúde, à

segurança ou ao bem-estar físico e psíquico do indivíduo e da coletividade, bem como ao meio

ambiente;

X– garantir a formação e funcionamento de serviços públicos de saúde, inclusive

hospitalar e ambulatorial, visando a atender às necessidades municipais;

67

XI– desenvolver ações especificas de prevenção de deficientes, bem como de

recuperação e habilitação dos portadores de deficiência;

XII– proporcionar recursos educacionais e os meios científicos que assegurem o

direito ao planejamento familiar, de acordo com a livre decisão do casal.

Art. 143. São competências do Município, no âmbito de sua esfera de ação, exercidas

com a cooperação da União e do Estado, por meio de órgão próprio:

I – direção do Sistema Único de Saúde no Município;

II – prestação de serviços de atendimento à saúde da população;

III – formulação e implantação da política de recursos humanos na área da saúde, na

esfera municipal, de acordo com a política nacional e estadual de recursos humanos em saúde,

e observados os princípios de isonomia, incentivo à dedicação exclusiva e tempo integral, piso

salarial nacional e admissão somente através de concurso público;

IV – elaboração e atualização do plano municipal de saúde;

V – administração do Fundo Municipal de Saúde;

VI – compatibilização e complementação das normas técnicas do Ministério da Saúde

e da Secretaria de Estado da Saúde;

VII – planejamento e execução das ações de:

a) controle das condições e dos ambientes de trabalho, e dos problemas de saúde

com eles relacionados;

b) vigilância sanitária e epidemiológica, e de saúde do trabalhador;

c) controle do meio ambiente e do saneamento básico, em articulação com os demais

órgãos governamentais e Municípios da Região;

VIII – elaboração e atualização da proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde

no Município;

IX – implementação do sistema de informações de saúde;

X – divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e sua

utilização pelo usuário;

XI – fornecimento de recursos educacionais que assegurem o exercício do direito ao

planejamento familiar, facilitando o acesso à informação e a métodos contraceptivos, bem como

a livre decisão da mulher, do homem ou do casal tanto para exercer a procriação como para

evitá-la;

68

XII – normatização e execução da política nacional de insumos e equipamentos para

a saúde;

XIII – execução dos programas e projetos estratégicos para o atendimento das

prioridades nacionais, estaduais e municipais, bem como de situações emergenciais;

XIV – complementação das normas concernentes às relações com o setor privado e

com serviços públicos, e à celebração de contratos e convênios com serviços privados e

públicos;

XV – organização da assistência à saúde, com alocação de recursos técnicos e práticas

de saúde adequadas à realidade epidemiológica local, observadas os princípios de

regionalização e hierarquização;

XVI - estimular a doação de sangue, propiciando informações, meios de transporte e

acompanhamento aos doadores;

XVII – estímulo à formação da consciência pública voltada à preservação da saúde e

do meio ambiente.

XVIII – controle e fiscalização de qualquer atividade e serviço que envolvam risco à

saúde, à segurança ou ao bem-estar físico e psíquico do indivíduo e da coletividade, bem como

ao ambiente natural;

XIX – regulamentação, controle e fiscalização dos serviços públicos e suplementares

de saúde e serviço social;

XX – acompanhamento, avaliação e divulgação dos indicadores de saúde;

XXI – desenvolvimento de programas e projetos de prevenção e manutenção de

serviços públicos de atendimento especializado e gratuito para crianças, adolescentes, idosos,

pessoas com deficiências, sofrimento psíquico adictos, dependentes químicos e etílicos.

XII - Será garantido pelo Município, através de sua rede de saúde pública ou em

convênio com o Estado e a União, o atendimento à prática de abortamento legalmente previsto

pela legislação federal.

Parágrafo único. O atendimento será realizado de acordo com os procedimentos

médico-hospitalares exigidos para o caso, sem qualquer tipo de discriminação. (Alterado pela

Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art.144. O Sistema Único de Saúde no âmbito municipal será financiado com

recursos da União, do Estado e do próprio Município.

69

§ 1º O Município não destinará recursos públicos, sob forma de auxílio ou

subvenção, a entidades privadas com fins lucrativos.

§ 2º A União e o Estado transferirão ao Município, na forma da Lei, os recursos

financeiros alocados ao orçamento vinculado ao SUS.

§ 3º A transferência destes recursos destina-se ao custeio de serviços e

investimentos na área da saúde, vedada sua utilização para outras finalidades.

Art. 144. O Sistema Único de Saúde no âmbito municipal será financiado com

recursos da União, do Estado e do próprio Município.

§ 1º O Município não destinará recursos públicos, sob forma de auxilio ou

subvenção, a entidades privadas com fins lucrativos.

§ 2º A União e o Estado transferirão ao Município, na forma da Lei, os recursos

financeiros alocados ao orçamento vinculado ao SUS.

§ 3º A transferência destes recursos destina-se ao custeio de serviços e

investimentos na área da saúde, vedada sua utilização para outras finalidades.

§ 4º O conjunto dos recursos destinados às ações e serviços de saúde no Município

constitui o Fundo Municipal de Saúde, na forma da lei.

§ 5º O montante das despesas com saúde não será inferior a quinze por cento das

despesas globais do orçamento anual do Município, excluídas do cálculo as transferências da

União e do Estado referentes ao Sistema Único de Saúde. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica

nº 01, de 06/04/2016).

Art. 145 O gerenciamento do serviço de saúde deve seguir critérios de compromisso

com o caráter público dos serviços de saúde e eficácia do seu desempenho.

Parágrafo único. A avaliação será feita pelo Conselho Municipal de saúde.

Art. 145. O gerenciamento do serviço de saúde deve seguir critérios de

compromisso com o caráter público dos serviços de saúde e eficácia do seu desempenho.

§ 1º A avaliação será feita pelo Conselho Municipal de Saúde.

§ 2º Aos proprietários, administradores e dirigentes de entidades ou serviços

contratados é vedado exercer qualquer cargo ou função de confiança no Sistema Único de

Saúde. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

70

Art. 146. Os recursos financeiros do Sistema Municipal de Saúde, serão

administrados pela Secretaria Municipal de Saúde, considerando o planejamento do Conselho

de Saúde.

Art. 146. Os recursos financeiros do Sistema Municipal de Saúde serão

administrados pela Secretaria Municipal de Saúde, pelo gestor do Fundo Municipal da Saúde

considerando o Plano Municipal da Saúde. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de

06/04/2016).

Art. 147. As instituições privadas da saúde ficarão sob o controle do setor público,

nas questões do controle de qualidade e de informações e registro de atendimento, conforme os

códigos sanitários nacional, estadual e municipal e as normas do SUS. (REVOGADO pela

Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016)

Art. 148. A instalação de quaisquer novos serviços públicos de saúde, deve ser

discutida e aprovada no Conselho Municipal de Saúde, levando-se em consideração a demanda,

cobertura, distribuição geográfica e articulação ao sistema. (REVOGADO pela Emenda à Lei

Orgânica nº 01, de 06/04/2016)

Art. 149. O Município, ainda concorrentemente com a União e Estado, zelará e

promoverá a saúde pública, conforme dispuser a lei. (REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica

nº 01, de 06/04/2016)

Art. 150. Entre outros assuntos de higiene e saúde pública, a Municipalidade zelará

para:

I– erradicação de animais bovinos, eqüinos, suínos e ovinos, no perímetro urbano;

II– eliminação de privadas anti-higiênicas;

III– que se inclua no currículo escolar as noções básicas sobre saúde;

IV– que haja adequado planejamento familiar;

V- que se mantenha medicina preventiva;

VI– que não faltem medicamentos;

VII– que haja o devido tratamento odontológico;

71

VIII– evitar exposição de produtos tóxicos, devendo os mesmos estarem

devidamente embalados, resguardados e depositados em local adequado e seguro.

(REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016)

Art. 151. O saneamento básico é serviço público essencial e como atividade

preventiva das ações de saúde e meio ambiente.

§1º O saneamento básico compreende a coleta, o tratamento e a disposição final de

esgotos cloacais e do lixo, bem como a drenagem urbana.

§2º É dever do Município a extensão progressiva do saneamento básico a toda a

população urbana e rural, como condição básica de qualidade de vida, da proteção ambiental e

do desenvolvimento social.

Art.151. O saneamento básico é ação de saúde pública e serviço público essencial,

implicando seu direito garantia inalienável, ao cidadão de:

I – abastecimento de água potável;

II – esgotamento sanitário com coleta, disposição e tratamento de esgotos cloacais;

III – limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

IV - drenagem e manejo das águas pluviais urbanas;

V - controle de vetores, com utilização de métodos específicos para cada um e que

não causem prejuízos ao homem, a outras espécies e ao meio ambiente. (Alterado pela Emenda

à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 152. O Município formulará a política e o planejamento da execução das ações

de saneamento básico, respeitadas as diretrizes Estaduais e Federais.

§ 1º O Município manterá seu sistema próprio de saneamento.

§ 2º Nos distritos industriais, os efluentes serão tratados e reciclados de forma

integral pelas empresas, através de tratamento de resíduos.

Art. 152. O Município formulará a política e o planejamento da execução das ações

de saneamento básico, em conformidade com as diretrizes federais e estaduais. (Alterado pela

Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 153. O Município manterá órgão técnico normativo e de execução dos serviços

de saneamento básico para, entre outras atribuições:

72

I– prestar os serviços de saneamento básico;

II–integrar os sistemas de saneamento básico;

III– executar as políticas ditadas em nível federal e estadual estabelecidas para o

setor. (REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016)

Art. 153-A. O Município, através do Código Municipal do Meio Ambiente, regrará o

uso e manejo do Meio Ambiente, em conformidade com as legislações vigentes. (Incluído pela

Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

TÍTULO V

DA AGRICULTURA E PECUÁRIA

Art. 154. O Município manterá em caráter suplementar à União e ao Estado, serviço

de assistência técnica e extensão rural, dispensando cuidados especiais aos pequenos e médios

produtores, bem como às suas formas associativas.

Parágrafo único. O serviço de assistência técnica e extensão rural de que trata o

“caput” deste artigo, será mantido com recursos financeiros municipais, de forma

complementar aos recursos da União e do Estado.

Art. 154. O Município, dentro dos princípios de sua organização econômica,

planejará e executará políticas de incentivos à produção agropecuária, piscicultura bem como

programas da agricultura familiar. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de

06/04/2016).

Art. 155. Deverá ser criado o Conselho Municipal de Desenvolvimento Agropecuário,

dele fazendo parte representantes legítimos de todos os segmentos afins à produção

agropecuária, o qual terá a finalidade de discutir e propor, dentre outros assuntos, a política

agrícola municipal.

Art. 155. O Município, através do Conselho Municipal de Desenvolvimento

Agropecuário, desenvolverá a política agropecuária municipal. (Alterado pela Emenda à Lei

Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

73

Art. 156. Será editado o Código Municipal de uso e manejo do solo agrícola, que

definirá condições de uso de acordo com as especificações técnicas do mesmo, definindo

infrações respectivas e demais procedimentos peliculares.

TÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 157. O Município não poderá dar nome de pessoas vivas a bens e serviços

públicos.

Art. 158. Será prestada assistência médica e hospitalar, pelo Município, ao Prefeito,

Vice-Prefeito e Vereadores e seus dependentes legais, no período do respectivo mandato.

(REVOGADO, pelo Ato de Promulgação nº 1, de 18 /11/1996).

Art.159. O Município deverá adaptar às normas constitucionais e às desta Lei

Orgânica, dentro de um ano, especialmente:

I– Código Administrativo, de Obras ou de Edificações;

II– Estatuto dos Servidores Municipais;

III– Código Tributário do Município;

IV- Plano Diretor do Município;

V– Zoneamento Urbano e Direitos Suplementares;

VI– Código Municipal de Uso e Manejo do Solo Agrícola;

VII– Regimento Interno da Câmara Municipal. (REVOGADO pela Emenda à Lei

Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 160. Dentro de 180 (cento e oitenta) dias, no máximo, o Executivo deverá enviar

à Câmara, os seguintes projetos de lei:

I– Reorganização e Reestruturação Organizacional do Município;

II– Criação do Conselho Municipal da Educação;

III– Criação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Agropecuário;

IV- Criação do Conselho Municipal de Saúde;

V– Reorganização do CMD. (REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de

06/04/2016).

74

Art. 161. A Segurança Pública, direito e responsabilidade de todos, é exercida para

preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio, de acordo com

competência definida em lei, havendo cooperação direta do Município com os órgãos do Estado,

conforme disponibilidade de recursos.

Art.162. É assegurada a gratuidade:

I– aos maiores de 65 (sessenta e cinco anos) anos e deficientes, em espetáculos

esportivos e culturais, promovidos pelo Município;

II– aos deficientes no transporte coletivo municipal.

Parágrafo único. A Prefeitura Municipal fornecerá aos maiores de sessenta e cinco

anos, carteira de idoso, para fins de comprovação nos casos deste artigo. (REVOGADO pela

Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 163. Enquanto não for criado o Conselho Municipal de Saúde, as suas

prerrogativas serão exercidas pelo CIMS. (REVOGADO pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de

06/04/2016).

Art. 164. Os servidores públicos municipais ativos e inativos terão os seus dissídios

coletivos regulamentados em lei.

Art. 165. Esta Lei Orgânica, após assinada pelos Vereadores, entrará em vigor na

data de sua promulgação pela Mesa Diretora.

Art. 165. Esta Lei Orgânica entra em vigor na data de sua promulgação pela Mesa

Diretora. (Alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 06/04/2016).

Art. 166. Revogam-se as disposições em contrário.

Restinga Sêca, em 06 de abril de 2016.

Ver. Vinildo Flores Mostardeiro Presidente

75

Ver. Artêmio Figueiredo Vice Presidente

Ver. Prof. Eldiro Ceolin 1º Secretário

Ver. Abel Oliveira dos Santos 2º Secretário

Ver. Lauro Roberto Marquet

Ver. Tiago Pasqualin Cantarelli

Ver. Neir José Machado

Ver. Artêmio Figueiredo

Ver. Elizandro Librelotto

Ver. Elton dos Santos Almeida