lei orgânica do município de campo grande ms

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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE-MS 1990 Atualizada pelas Emendas nº 01 de 1º/10/91, nº 02 de 1º/10/91, nº 03 de 30/03/92, nº 04 de 06/06/95, nº 05 de 14/07/95, nº 06 de 13/11/96, nº 07 de 30/06/97, nº 08 de 19/06/98, nº 09 de 19/11/98, nº 10 de 20/04/99, nº 11 de 20/04/99, nº 12 de 13/05/99, nº 13 de 14/12/99, nº 14 de 14/12/99, nº 15 de 25/04/2000, nº 16 de 28/12/2000 , nº 17 de de 06/06/01, nº 18, de 10/09/01 e nº 19, de 05/11/01, nº 20, de 06/12/05, nº 21 de 20/04/2006, nº 22 de 12.12.2006, nº 23 de 11/09/2007, nº 24 de 19/12/2008, nº 25 de 19 de dezembro de 2008 e 26 de 1º/01/2009.

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Lei Orgânica do município de Campo Grande MS

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  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE CAMPO GRANDE-MS1990

    Atualizada pelas Emendas n 01 de 1/10/91, n 02 de 1/10/91, n 03 de 30/03/92, n 04 de 06/06/95, n 05 de 14/07/95, n 06 de 13/11/96, n 07 de 30/06/97, n 08 de 19/06/98, n 09 de 19/11/98, n 10 de 20/04/99, n 11 de 20/04/99, n 12 de 13/05/99, n 13 de 14/12/99, n 14 de 14/12/99, n 15 de 25/04/2000, n 16 de 28/12/2000 , n 17 de de 06/06/01, n 18, de 10/09/01 e n 19, de 05/11/01, n 20, de 06/12/05, n 21 de 20/04/2006, n 22 de 12.12.2006, n 23 de 11/09/2007, n 24 de 19/12/2008, n 25 de 19 de dezembro de 2008 e 26 de 1/01/2009.

  • LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE CAMPO GRANDE - MS - 1990

    NDICE

    PREMBULO ................................................................................................................................ 1

    TTULO I - DOS PRINCPIOS FUNDAMENTAIS ............................................................................... 2

    CAPTULO II - DO MUNICPIO ................................................................................................ 3 CAPTULO III - DA ADMINISTRAO PBLICA ....................................................................... 5

    SEO I - DISPOSIES GERAIS ...................................................................................... 5 SEO II - DOS SERVIDORES PBLICOS MUNICIPAIS ....................................................... 8 SEO III - DA PREVIDNCIA E ASSISTNCIA SOCIAL DOS SERVIDORES MUNICIPAIS ....... 9

    TTULO III - DA ORGANIZAO DOS PODERES .......................................................................... 10

    CAPTULO I - DO PODER LEGISLATIVO ............................................................................... 10 SEO I - DA CMARA MUNICIPAL .................................................................................. 10

    SEO II - DAS ATRIBUIES DA CMARA MUNICIPAL ...................................................... 11 SEO III - DOS VEREADORES ....................................................................................... 13 SEO IV - DAS REUNIES ............................................................................................. 16 SEO V - DAS COMISSES ........................................................................................... 16 SEO VI - DO PROCESSO LEGISLATIVO ........................................................................ 17 SEO VII - DA FISCALIZAO CONTBIL, FINANCEIRA E ORAMENTRIA ..................... 20

    CAPTULO II - DO PODER EXECUTIVO ................................................................................. 22 SEO I - DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO ................................................................ 22 SEO II - DAS ATRIBUIES DO PREFEITO ................................................................... 23 SEO III - DAS PROIBIES DO PREFEITO .................................................................... 25 SEO IV - DAS LICENAS ............................................................................................. 26 SEO V - DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO ........................ 26 SEO VI - DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO ..................................................... 26 SEO VII - DA TRANSIO ADMINISTRATIVA ................................................................. 27 SEO VIII - DOS CONSELHOS E DA GUARDA MUNICIPAL ............................................... 28

    CAPTULO III - DA PROCURADORIA JURDICA DO MUNICPIO .............................................. 28 CAPTULO IV - DA AUDITORIA GERAL DO MUNICPIO .......................................................... 28

    TTULO IV - DA TRIBUTAO E DO ORAMENTO ....................................................................... 29

    CAPTULO I - DA TRIBUTAO ........................................................................................... 29 SEO I - DOS PRINCPIOS GERAIS ................................................................................ 29 SEO II - DOS IMPOSTOS ............................................................................................. 29 SEO III - DAS LIMITAES DO PODER DE TRIBUTAR ................................................... 30 SEO IV - DA PARTICIPAO DO MUNICPIO NAS RECEITAS TRIBUTRIAS ................... 31

  • CAPTULO II - DO ORAMENTO .......................................................................................... 32

    TTULO V - DA ORDEM ECONMICA E SOCIAL .......................................................................... 35

    CAPTULO I - PRINCPIOS GERAIS ...................................................................................... 35 CAPTULO II - DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL ................................................................... 36 CAPTULO III - DA POLTICA URBANA ................................................................................. 36

    SEO I - DOS SERVIOS PBLICOS .............................................................................. 38 SEO II - DO MEIO AMBIENTE ....................................................................................... 40

    CAPTULO IV - DA SADE ................................................................................................... 42 CAPTULO V - DA ASSISTNCIA SOCIAL ............................................................................. 45

    SEO I - DOS PRINCPIOS GERAIS ................................................................................ 45 SEO II - DA FAMLIA .................................................................................................... 45 SEO III - DA CRIANA E DO ADOLESCENTE ................................................................. 45 SEO IV - DO IDOSO ..................................................................................................... 45 SEO V - DA MULHER .................................................................................................. 46 SEO VI - DO DEFICIENTE ............................................................................................ 46

    CAPTULO VI - DA EDUCAO, DA CULTURA E DO DESPORTO ........................................... 46 SEO I - DA EDUCAO ................................................................................................ 46 SEO II - DA CULTURA .................................................................................................. 48 SEO III - DO DESPORTO ............................................................................................. 49

    CAPTULO VII - DA DEFESA DO CONSUMIDOR .................................................................... 49

    DAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS ............................................................................. 49

  • PREMBULO

    Ns, representantes do povo campo-grandense, promulgamos, sob a proteo de Deus a seguinte

    LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE CAMPO GRANDE - MS

    1

  • TTULO I - DOS PRINCPIOS FUNDAMENTAIS

    Art. 1 - O Municpio de Campo Grande faz parte da organizao poltico-administrativa da Repblica Federativa do Brasil e integra o territrio do Estado de Mato Grosso do Sul, tendo como fundamentos:

    I - a autonomia municipal;

    II - a cidadania;

    III - a dignidade da pessoa humana

    IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

    V - o pluralismo poltico.

    Pargrafo nico -Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos das Constituies Federal e Estadual e desta Lei Orgnica.

    Art. 2 - So poderes do Municpio, independentes e harmnicos entre si, o Legislativo e o Executivo.

    Art. 3 - Constituem objetivos fundamentais do Municpio:

    I - garantir o desenvolvimento municipal;

    II - promover o bem da comunidade campo-grandense, sem preconceito de origem, raa, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminao;

    III - zelar pelo respeito, em seu territrio, aos direitos e garantias assegurados pela Constituio Federal.

    Art. 4 - So smbolos do Municpio sua Bandeira, seu Braso e seu Hino.

    TTULO II - DA ORGANIZAO DO MUNICPIO

    CAPTULO I - DA ORGANIZAO POLTICO-ADMINISTRATIVA

    Art. 5 - O Municpio de Campo Grande, unidade territorial do Estado de Mato Grosso do Sul, pessoa jurdica de direito pblico interno, com autonomia poltica, administrativa e financeira, reger-se- por esta Lei Orgnica, atendidos os princpios e preceitos estabelecidos na Constituio Federal e na Constituio do Estado de Mato Grosso do Sul.

    1 - O Municpio tem sua sede na cidade de Campo Grande.

    2 -A criao, a organizao e a supresso de distritos dependem de lei, observada a legislao estadual.

    3 -Qualquer alterao territorial do Municpio s pode ser feita por lei estadual, garantida a preservao da continuidade e da unidade histrico-cultural do ambiente urbano e obedecidos os requisitos previstos em lei complementar estadual, consultadas previamente, mediante plebiscito, as populaes interessadas.

    Art. 6 - vedado ao Municpio:

    I -estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-los, embaraar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relaes de dependncia ou aliana, ressalvada na forma da lei, a colaborao de interesse pblico;

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  • II - recusar f aos documentos pblicos;

    III - criar distines entre brasileiros ou preferncias entre si;

    IV - fazer uso de estabelecimento grfico, jornal, estao de rdio, televiso, servio de alto-falante ou qualquer outro meio de comunicao, para propaganda poltico-partidria, ou fins estranhos Administrao que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos.

    CAPTULO II - DO MUNICPIO

    Art. 7 - Constituem bens do Municpio os imveis, por natureza ou acesso fsica, e os mveis que atualmente sejam do seu domnio, ou a ele pertenam, assim como os que lhe vierem a ser atribuidos por lei e os que se incorporarem ao seu patrimnio por ato jurdico perfeito.

    Pargrafo nico - assegurado ao Municpio participao no resultado da explorao do petrleo ou gs natural, de recursos hdricos para fins de gerao de energia eltrica e de outros recursos minerais de seu territrio.

    Art. 8 - Compete ao Municpio, alm do estabelecido no art. 30 da Constituio Federal:

    I - elaborar e executar o Plano Diretor, como instrumento bsico da poltica de desenvolvimento e de expanso urbana;

    II - elaborar o plano plurianual, as diretrizes oramentrias e o oramento anual, observadas as normas do art. 165 da Constituio Federal;

    III -elaborar e executar a poltica de desenvolvimento urbano, com o objetivo de ordenar a funo social das reas habitadas do Municpio e garantir o bem estar de sua populao;

    IV - criar a guarda municipal, nos termos da lei;

    V - realizar atividades de defesa civil, inclusive a de combate a incndios e preveno de acidentes naturais em coordenao com a Unio e o Estado;

    VI - instituir o quadro, os planos de carreira, os regimes jurdicos dos seus servidores, bem como piso salarial previstos em Lei;(redao dada pela Emenda n 09, de 19/11/98)

    VII - dispor sobre organizao, utilizao e alienao de seus bens;

    VIII - adquirir bens, inclusive mediante desapropriao por necessidade ou utilidade pblica, ou por interesse social;

    IX - estabelecer servides administrativas necessrias aos seus servios;

    X - regulamentar a utilizao dos logradouros pblicos e, especialmente, no permetro urbano:

    a) determinar o itinerrio e os pontos de parada dos transportes coletivos;

    b) fixar os locais de estacionamento de taxis e demais veculos;

    c) conceder ou permitir servios de transportes coletivos e de txis e fixar as respectivas normas de funcionamento e tarifas;

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  • d) fixar e sinalizar os limites das "zonas de silncio" e de trnsito e trfego em condies especiais;

    e) disciplinar os servios de carga e descarga e fixar a tonelagem mxima permitida a veculos que circulem em vias pblicas municipais.

    f) Administrar os seus bens pblicos, sendo-lhe facultado a cobrana de preo pblico pela utilizao do solo, espao areo, subsolo e obras de arte.

    (alnea acrescentada pela Emenda N 24, de 19 de dezembro de 2008)

    XI - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como, regulamentar e fiscalizar a sua utilizao;

    XII -efetuar a limpeza das vias e logradouros pblicos, remoo e destino dos lixos domiciliar e hospitalar e de outros resduos de qualquer natureza, por administrao direta, por terceiros atravs de concesso ou por cooperativas criadas nos bairros;

    XIII - ordenar as atividades urbanas, fixando condies e horrio para funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e similares, observadas as normas federais pertinentes;

    XIV -estabelecer normas de regionalizao de bancas de jornal e pontos de txi, de modo a atender nmero mnimo e mximo de tais estabelecimentos nos bairros e vilas do Municpio, condicionando-se a concesso de alvar de localizao e funcionamento observncia de tais normas;

    XV - prestar, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, servios de atendimento sade da populao, inclusive assistncia nas emergncias mdico-hospitalares de pronto-socorro, com recursos prprios ou mediante convnio com entidade especializada;

    XVI -dispor sobre o servio funerrio e cemitrios, encarregando-se da administrao daqueles que forem pblicos e fiscalizando os pertencentes a entidades privadas;

    XVII - regulamentar, autorizar e fiscalizar a afixao de cartazes e anncios, bem como, a utilizao de quaisquer outros meios de publicidade e propaganda nos locais sujeitos ao poder de polcia municipal;

    XVIII- dispor sobre depsito e venda de animais e mercadorias apreendidas em decorrncia de transgresso da legislao municipal;

    XIX -dispor sobre registro, vacinao e captura de animais, com a finalidade precpua de erradicao da raiva e outras molstias de que possam ser portadores ou transmissores, podendo tais animais serem cedidos, mediante convnio, a instituies de ensino e pesquisa;

    XX - realizar servios de assistncia social, diretamente ou por meio de instituies privadas, conforme critrios e condies fixados em lei municipal;

    XXI -zelar pela guarda das Constituies Federal e Estadual, das leis e das instituies democrticas e conservar o patrimnio pblico. (NR)

    Art. 9 - Compete ao Municpio, em comum com a Unio e o Estado:

    I - promover a proteo do patrimnio histrico-cultural local, impedindo a evaso, a destruio e a descaracterizao de obras de arte e de outros bens de valor histrico, artstico ou cultural, observada a legislao e a ao fiscalizadora federal e estadual;

    II - cuidar da sade e assistncia pblica, da proteo e garantia das pessoas portadoras de deficincia;

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  • III - proporcionar os meios de acesso cultura, educao e cincia;

    IV - proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas, preservando as florestas, a flora e fauna e estimulando a recuperao do meio ambiente degradado;

    V - fomentar a produo agro-pecuria e organizar o abastecimento alimentar;

    VI - promover programas de construo de moradias e a melhoria das condies habitacionais e de saneamento bsico;

    VII - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao, promovendo a integrao social dos setores desfavorecidos;

    VIII - registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direito de pesquisa e explorao de recursos hdricos e minerais em seu territrio.

    CAPTULO III - DA ADMINISTRAO PBLICA

    SEO I - DISPOSIES GERAIS

    Art. 10 - A administrao pblica direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes do Municpio obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia, e, tambm, ao seguinte:

    (redao dada pela Emenda n 09, de 19/11/98)

    I - os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em Lei, assim como aos estrangeiros, na forma da Lei;(redao dada pela Emenda n 09, de 19/11/98)

    II - investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em Lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em Lei de livre nomeao e exonerao, sendo vedada, para os casos ora ressalvados, sob pena de nulidade, a nomeao de cnjuge, companheiro e de parentes consanguneos at o segundo grau civil, dos membros ou titulares do Poder e dos dirigentes superiores de rgos ou entidades da administrao direta, indireta ou fundacional.(redao dada pela Emenda n 09, de 19/11/98) - (redao dada pela Emenda n 13, de 14/12/99)

    III -o prazo de validade do concurso pblico ser de at dois anos, prorrogvel uma vez, por igual perodo;

    IV - durante o prazo improrrogvel previsto no edital de convocao, aquele aprovado em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos ser convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

    V - as funes de confiana exercidas, exclusivamente, por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comisso, a serem preenchidos por servidores de carreira, nos casos, condies e percentuais mnimos previstos em Lei, destinam-se apenas s atribuies de direo, chefia e assessoramento;(redao dada pela Emenda n 09, de 19/11/98)

    VI - garantido ao servidor pblico municipal o direito livre associao sindical;

    VII- o direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em Lei especfica federal;

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  • (redao dada pela Emenda n 09, de 19/11/98)

    VIII - a lei reservar percentual dos cargos e empregos pblicos para as pessoas portadoras de deficincia e definir os critrios de sua admisso;

    IX - a lei estabelecer os casos de contratao por tempo determinado para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico;

    X - a remunerao dos servidores pblicos e o subsdio de que trata o inciso VII, do art. 23 desta Lei Orgnica, somente podero ser fixados ou alterados por Lei especfica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada a reviso geral anual, sempre na mesma data e sem distino de ndices;(redao dada pela Emenda n 09, de 19/11/98)

    XI - a remunerao e o subsdio dos ocupantes de cargos, funes e empregos pblicos da administrao direta, autrquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes do Municpio, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes polticos e aos proventos, penses ou outra espcie remuneratria, percebidos cumulativamente ou no, includas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, no podero exceder o subsdio mensal, em espcie, do Prefeito;(redao dada pela Emenda n 09, de 19/11/98)

    XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo, no podero ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

    XIII - vedada a vinculao ou equiparao de quaisquer espcies remuneratrias para o efeito de remunerao de pessoal do servio pblico;(redao dada pela Emenda n 09, de 19/11/98)

    XIV -os acrscimos pecunirios percebidos por servidor pblico no sero computados nem acumulados, para fins de concesso de acrscimos ulteriores;(redao dada pela Emenda n 09, de 19/11/98)

    XV - SUPRIMIDO (Emenda n 09, de 19/11/98)

    XVI - vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos, exceto, quando houver

    compatibilidade de horrios, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

    a) a de dois cargos de professor;b) a de um cargo de professor com outro tcnico ou cientfico;c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de sade, com profisses regulamentadas. (redao dada pela Emenda n 20, de 06/12/05)

    (redao dada pela Emenda n 09, de 19/11/98)

    XVI I- a proibio de acumular estende-se a empregos e funes e abrange Autarquias, Fundaes, Empresas Pblicas e Sociedades de Economia Mista, suas subsidirias e sociedades mantidas pelo Poder Pblico;(redao dada pela Emenda n 09, de 19/11/98)

    XVIII- a proibio de acumular proventos no se aplica aos Vereadores na hiptese do inciso III do Artigo 38 da Constituio Federal, bem como, aos aposentados quando no exerccio de mandato eletivo de Vereador;

    XIX- a administrao municipal criar rgo colegiado para examinar os casos de acumulao remunerada de cargos pblicos;

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  • XX - somente por Lei especfica poder ser criada autarquia e autorizada a instituio de empresa pblica, de sociedade de economia mista e de fundao, cabendo Lei Complementar, neste ltimo caso, definir as reas de sua atuao;(redao dada pela Emenda n 09, de 19/11/98)

    XXI -depende de autorizao legislativa, em cada caso, a criao de subsidirias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participao de qualquer delas em empresas privadas;

    XXII- ressalvados os casos especificados na legislao, as obras, servios, compras e alienaes sero contratados mediante processo de licitao pblica que assegure igualdade de condies a todos os concorrentes, com clusulas que estabeleam obrigaes de pagamento, mantidas as condies efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitir as exigncias de qualificao tcnica e econmica indispensveis garantia do cumprimento das obrigaes.

    XXIII - A Administrao Tributria do Municpio, atividade essencial ao funcionamento do Municpio, exercida por servidores de carreira especfica, ter recursos prioritrios para realizao de suas atividades e atuar de forma integrada, com a Unio, os Estados Membros, o Distrito Federal e os demais Municpios, inclusive com o compartilhamento de cadastro e de informaes fiscais, na forma da Lei ou convnio. (inciso acrescentado pela Emenda N 24, de 19 de dezembro de 2008)

    1 - A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhas da administrao pblica, direta e indireta, fundaes e rgos controlados pelo Poder Pblico, ainda que custeada por entidades privadas, dever ter carter educacional, informativo e de orientao social, dela no podendo constar nomes, simbolos, slogans, frases, sons e imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos, nem veicular propaganda que resulte em prtica discriminatria.

    2 - A no observncia do disposto nos incisos II e III implicar a nulidade do ato e a punio da autoridade responsvel, nos termos da lei.

    3 - A Lei disciplinar as formas de participao do usurio na administrao pblica direta e indireta, regulando especialmente:

    (redao dada pela Emenda n 09, de 19/11/98)

    I. as reclamaes relativas prestao dos servios pblicos em geral, asseguradas a manuteno de servios de atendimento ao usurio e a avaliao peridica, externa e interna, da qualidade dos servios;

    II. o acesso dos usurios a registros administrativos e a informaes sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5, X e XXXIII da Constituio Federal;

    III. a disciplina da representao contra o exerccio negligente ou abusivo de cargo, emprego ou funo na administrao pblica;(redao dada pela Emenda n 09, de 19/11/98)

    4 - Os atos de improbidade administrativa importaro a suspenso dos direitos polticos, a perda da funo pblica, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao errio, na forma e gradao previstas em lei, sem prejuzo da ao penal cabvel;

    5- As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a

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  • terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa;

    6- A Lei dispor sobre os requisitos e as restries ao ocupante de cargo ou emprego da administrao direta e indireta que possibilite o acesso a informaes privilegiadas;

    (redao dada pela Emenda n 09, de 19/11/98)

    7- A autonomia gerencial, oramentria e financeira dos rgos e entidades da administrao direta e indireta poder ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder pblico, que tenha por objeto a fixao de metas de desempenho para o rgo ou entidade, cabendo Lei dispor sobre:I - o prazo de durao do contrato;II - os controles e critrios de avaliao de desempenho, direitos, obrigaes e

    responsabilidades dos dirigentes;III - a remunerao do pessoal.(redao dada pela Emenda n 09, de 19/11/98)

    8- O disposto no inciso XI aplic-se s empresas pblicas e s sociedades de economia mista, e suas subsidirias, que receberem recursos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal ou do Municpio para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.(redao dada pela Emenda n 09, de 19/11/98)

    9 - No sero computadas, para efeito dos limites remuneratrios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de carter indenizatrio previstas em lei. (NR) (Acrescido pela Emenda n 20, de 06/12/05)

    SEO II - DOS SERVIDORES PBLICOS MUNICIPAIS

    Art. 11 - Ao servidor pblico da administrao direta, autrquica e fundacional, no exerccio de mandato eletivo de sindicato, aplicam-se as seguintes disposies:(redao dada pela Emenda n 09, de 19/11/98)

    I - vedada a dispensa do servidor sindicalizado, a partir do registro da candidatura a cargo de direo ou representao sindical e, se eleito, ainda que suplente, at um ano aps o final do mandato, salvo se cometer falta grave, nos termos da lei;

    II - o servidor investido no mandato de representao sindical ser afastado do cargo, emprego ou funo, em livre negociao da representao sindical, sendo garantidas a remunerao e a contagem do tempo de servio para todos os efeitos legais. (NR)

    Art. 12 - Os regimes jurdicos dos servidores da administrao pblica direta, das autarquias e das fundaes pblicas sero institudos mediante Lei de iniciativa do Poder Executivo Municipal. (NR)(redao dada pela Emenda n 09, de 19/11/98)

    Art. 13 - Sempre que pagos com atraso, os vencimentos dos servidores pblicos municipais sofrero atualizao pela incidncia do ndice oficial de correo monetria, devendo o Municpio, nesta hiptese, efetuar o pagamento desses valores, no ms subsequente ao da referida ocorrncia.

    Art. 14 - Ficam assegurados ao servidor pblico municipal, os seguintes direitos:

    I - o gozo de frias anuais remuneradas, acrescidas de 33,33% (trinta e trs vrgula trinta e trs dcimos por cento) da sua remunerao;(redao dada pela Emenda n 07, de 30/06/97)

    II - remunerao do trabalho noturno superior do diurno;

    III - suprimido;

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  • ( Este inciso foi suprimido pela Emenda n 05, de 14/07/95)

    IV - licena me-adotiva que, comprovadamente, adotar criana recm-nascida, sem prejuzo do emprego e do salrio, com a durao de cento e vinte dias.

    Pargrafo nico - Compreende-se como recm-nascido, para os efeitos do disposto nesta Emenda, a criana de at seis meses de idade. (NR) (redao dada pela Emenda n 04, de 06/06/95)

    Art. 15 - A demisso do servidor estvel s ser vlida com a assistncia do respectivo sindicato ou de autoridade do trabalho ou ainda da Justia do Trabalho.

    Art. 16 - A nomeao de servidor pblico municipal, ocupante de cargo efetivo do quadro permanente, para o exerccio de cargo em comisso e/ou funo gratificada, no assegura e nem faculta direitos ou vantagens, referentes incorporao de vencimentos para quaisquer efeitos. (NR)(redao dada pela Emenda n 07, de 30/06/97)

    Art. 17 - O tempo de servio pblico e privado ser computado para fins de aposentadoria, observado os dispositivos da Constituio Federal. (NR)(redao dada pela Emenda n 09, de 19/11/98)

    Art. 18 - O servidor pblico municipal ser aposentado nos termos do Art. 40 da Constituio Federal.

    SEO III - DA PREVIDNCIA E ASSISTNCIA SOCIAL DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

    Art. 19 - O Municpio manter sistema prprio de Previdncia e Assistncia Social dos seus servidores, que obedecer ao seguinte:

    a) as contribuies para o custeio do referido sistema sero cobradas na proporo nunca inferior a cinquenta por cento dos servidores e cinquenta por cento do Municpio;

    b) a porcentagem de contribuio para o custeio do sistema ser fixada mediante plano atuarial que dever estar concludo at cento e oitenta dias aps a promulgao desta lei;

    c) gesto administrativa democrtica e descentralizada mediante a existncia de um colegiado, com a participao ativa na administrao do sistema, sendo que, obrigatoriamente, participaro do referido colegiado, servidores ativos e inativos, no mnimo em dois quintos de sua composio;

    d) o Municpio s poder contratar com o Poder Pblico ou dele receber benefcios ou incentivos fiscais e creditcios, aps um ano da publicao desta lei, se apresentar certificado de regularidade no tocante a seus dbitos para com o Sistema de Previdncia e Assistncia Municipal;

    e) suprimida; (alnea suprimida pela Emenda n 05, de 14/07/95)

    f) suprimida; (alnea suprimida pela Emenda n 05, de 14/07/95)

    g) penso por morte do segurado, homem ou mulher, ao cnjuge, companheiro e dependentes:

    1) ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, at o limite mximo estabelecido para os benefcios para o regime geral de previdncia social de que trata o artigo 201 da Constituio Federal, acrescentado de 70 % da parcela excedente a este limite, caso aposentado data do bito;ou

    2) ao valor da totalidade da remunerao do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, at o limite mximo estabelecido para os benefcios para o regime geral de previdncia social de que trata o artigo 201 da Constituio Federal, acrescentado de 70%

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  • da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do bito. (NR) (Acrescida pela Emenda n 20, de 06/12/05)

    h) as contribuies previdencirias devidas ao sistema devero ser pagas at o ltimo dia do ms subsequente ao do pagamento do salrio, sob pena do recolhimento ser corrigido monetariamente pelo ndice oficial do Governo Federal;

    i) os recursos do Sistema de Previdncia sero aplicados de acordo com lei municipal, sendo que a Cmara dever, obrigatoriamente, ouvir antes da votao da matria, o rgo colegiado da Previdncia Municipal;

    j) a direo do Sistema Previdencirio Municipal divulgar mensalmente o montante da arrecadao e demais recursos recebidos, as despesas com a sua manuteno, e com o pagamento dos demais benefcios e servios por ele prestados, bem como, as aplicaes feitas;

    k) suprimida; (alnea suprimida pela Emenda n 05, de 14/07/95)

    l) seguro contra acidentes de trabalho a cargo do Municpio, sem excluir a indenizao a que est obrigado quando incorrer em dolo ou culpa;

    m) nenhum benefcio ou servio do Sistema de Previdncia e Assistncia Social Municipal poder ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total;

    n) o Sistema de Previdncia e Assistncia Social manter seguro coletivo de carter complementar e facultativo custeado por contribuies adicionais. (NR)

    TTULO III - DA ORGANIZAO DOS PODERES

    CAPTULO I - DO PODER LEGISLATIVO

    SEO I - DA CMARA MUNICIPAL

    Art. 20 - O Poder Legislativo exercido pela Cmara Municipal.

    1 - Cada legislatura ter a durao de quatro anos.

    2 - de quatro anos o mandato dos vereadores, eleitos em pleito direto e simultneo realizado em todo o Pas at noventa dias antes do trmino do mandato dos que devam suceder.

    3 - O nmero de vereadores, respeitada a proporcionalidade constitucional, de vinte um, enquanto a populao do Municpio no atingir um milho de habitantes.

    4 - Este nmero ser alterado, proporcionalmente populao, observado o disposto no art. 20 da Constituio Estadual e procedendo-se aos ajustes necessrios at seis meses antes das eleies, por lei complementar.

    Art. 20-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, includos os subsdios dos Vereadores e excludos os gastos com inativos no poder ultrapassar cinco por cento do somatrio da Receita Tributria e das transferncias previstas no 5 do artigo 153 e nos artigos 158 e 159 da Constituio Federal, efetivamente realizado no exerccio anterior.

    Pargrafo nico. A Cmara Municipal no gastar mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento, includo o gasto com o subsdio de seus Vereadores. (NR)(Acrescido pela Emenda n 20, de 06/12/05)

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  • Art. 21 - Salvo disposio em contrrio, as deliberaes da Cmara sero tomadas pela maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

    SEO II - DAS ATRIBUIES DA CMARA MUNICIPAL

    Art. 22 - Cabe a Cmara Municipal, com a sano do Prefeito, no exigida esta para o especificado no art. 23, dispor sobre todas as matrias de competncia do Municpio e especialmente:

    I - sistema tributrio municipal, arrecadao e distribuio das rendas do Municpio;

    II - plano plurianual, diretrizes oramentrias, oramento anual, operaes de crdito e dvida pblica;

    III -concesso administrativa de uso e concesso de direito real de uso dos bens municipais;

    IV - alienao de bens pblicos;

    V - aquisio de bens imveis, salvo quando se tratar de doao sem encargo;

    VI - transferncia temporria da sede do Governo Municipal;

    VII - concesso de anistia, iseno e remisso tributrias ou previdencirias e incentivos fiscais, bem como, moratria e privilgios;

    VIII - criao, transformao e extino de cargos, empregos e funes pblicas municipais, fixao e alterao da respectiva remunerao;

    IX - criao, estruturao, transformao e extino de rgos da administrao direta e indireta e de suas subsidirias;

    X - normatizao da cooperao das associaes representativas no planejamento municipal;

    XI - normatizao da iniciativa popular em projetos de lei do interesse especfico do Municpio, da cidade, de distritos ou de bairros, atravs de manifestao de, pelo menos, cinco por cento do total do eleitorado, quando for do interesse do Municpio, e de cinco por cento do eleitorado residente na cidade, no distrito ou no bairro, respectivamente, quando se tratar de interesse especfico das mencionadas unidades geogrficas;

    XII - denominao ou alterao de prprios, vias e logradouros pblicos;

    XIII -normas de polcia administrativa nas matrias de competncia do Municpio;

    XIV - organizao e estrutura bsica dos servios pblicos municipais;

    XV - aprovao dos planos e programas de governo;

    XVI - delimitao do permetro urbano;

    XVII - aprovao do ordenamento, parcelamento, uso e ocupao do solo urbano;

    XVIII - estabelecimento e implantao da poltica de educao para o trnsito e para o meio ambiente;

    XIX -autorizao para assinatura de convnio de qualquer natureza com outros municpios ou com qualquer entidade pblica ou privada;

    XX - concesso de auxlios e subvenes entidades pblicas ou privadas;

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  • XXI -obteno e concesso de emprstimos e operaes de crdito, bem como, a forma e os meios de pagamento.

    Pargrafo nico - Lei municipal dispor sobre os requisitos necessrios para o cumprimento dos incisos X e XI.

    Art. 23 - da competncia exclusiva da Cmara Municipal:

    I - eleger e destituir a Mesa Diretora e constituir comisses, na forma regimental;

    II - elaborar seu Regimento Interno;

    III- dispor sobre sua organizao, funcionamento, polcia, criao, transformao ou extino de cargos, empregos e funes de seus servios, fixao e alterao da respectiva remunerao, observados os parmetros estabelecidos no art. 10, inciso XII desta lei e na lei de diretrizes oramentrias;

    IV - dar posse ao Prefeito, Vice-Prefeito e aos Vereadores eleitos;

    V - mudar, temporariamente, sua sede;

    VI - autorizar o Prefeito a se ausentar do Municpio quando a ausncia for superior a 10 (dez) dias;

    VII- fixar os subsdios dos Vereadores, de uma legislatura para a subsequente, e por lei especfica, os do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretrios Municipais, vedado atribuir a estes agentes qualquer gratificao, adicional, abono, prmio, verba de representao ou outra espcie remuneratria, obedecido o disposto nos incisos X e XI do Art. 10 desta Lei Orgnica. (NR)(nova redao dada pela Emenda n 26, de 1/01/2009)

    VIII - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegao legislativa;

    IX - julgar as contas anuais do Municpio e apreciar os relatrios sobre a execuo dos planos de governo;

    X - fiscalizar os atos do Poder Executivo, inclusive os da administrao indireta e fundacional, mediante controle externo, com o auxlio do Tribunal de Contas do Estado e pelo sistema de controle interno do Poder Executivo, na forma da lei;

    XI - zelar pela preservao de sua competncia legislativa em face da atribuio normativa do Poder Executivo;

    XII - representar ao Procurador Geral da Justia, mediante aprovao de dois teros dos seus membros, contra o Prefeito, o Vice-Prefeito e Secretrios Municipais ou ocupantes de cargos da mesma natureza, pela prtica de crime de responsabilidade;

    XIII - julgar o Prefeito, nas infraes poltico-administrativas, declarando a perda do mandato por dois teros de seus membros, no caso de procedncia da acusao;

    XIV -afastar de suas funes, o Prefeito, o Vice-Prefeito, os Secretrios Municipais ou ocupantes de cargo da mesma natureza, se recebida a denncia contra os mesmos, pelo juizo competente;

    XV - processar e julgar os Vereadores nos crimes de responsabilidade, na forma desta lei e do regimento interno;

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  • XVI -suspender a execuo, no todo ou em parte, de lei municipal declarada inconstitucional, por deciso do Tribunal de Justia do Estado;

    XVII - deliberar sobre limites e condies para concesso de garantia do Municpio em operaes de crdito;

    XVIII - proceder a tomada de contas do Prefeito, quando no apresentadas Cmara dentro de sessenta dias aps abertura da sesso legislativa;

    XIX - aprovar, previamente, aps arguio pblica, a escolha de titulares de cargos que a lei especificar;(redao dada pela Emenda n 18, de 10/09/2001)

    XX - aprovar as indicaes dos membros de conselhos e rgos municipais, nos casos previstos em lei;

    XXI - requerer informaes ao Prefeito sobre assuntos referentes administrao;

    XXII - autorizar referendo e convocar plebiscito;

    1. O subsdio do Procurador-Geral do Municpio ser igual ao valor fixado para os Secretrios Municipais, na forma prevista no inciso VII deste Artigo. (NR)(nova redao dada pela Emenda n 26, de 1/01/2009)

    2. As funes pblicas referidas no inciso VII deste artigo e os titulares das entidades de administrao indireta so considerados agentes polticos, sendo-lhes assegurados os direitos destacados no 3 do Art. 39 da Constituio Federal. (NR)(nova redao dada pela Emenda n 26, de 1/01/2009)

    3 - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento do Prefeito, do Vice Prefeito, dos Secretrios e de ocupantes de cargos da mesma natureza, no estiver concludo, cessar o afastamento, sem prejuzo do regular prosseguimento do processo. (Pargrafo reordenado pela Emenda n 20, de 06/12/2005)

    4 - O subsdio dos Vereadores ser fixado em cada legislatura para a subseqente, observado como limite mximo de setenta e cinco por cento dos subsdios dos Deputados Estaduais.(Pargrafo acrescentado pela Emenda n 20, de 06/12/2005)

    Art. 24 - Os Secretrios Municipais e os Administradores Regionais nos crimes comuns e de responsabilidade, sero processados e julgados pelo juiz singular e, nos crimes conexos com os do Prefeito Municipal, pelo rgo competente para o processo e o julgamento deste.

    Art. 25 - A Cmara Municipal, bem como qualquer de suas comisses, poder convocar o Prefeito, os Secretrios Municipais ou ocupantes de cargos da mesma natureza, para prestarem, pessoalmente, informaes sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausncia sem justificativa adequada.

    1 - Os Secretrios Municipais ou ocupantes de cargos da mesma natureza, podero comparecer Cmara Municipal ou a qualquer de suas comisses, por iniciativa prpria e mediante entendimento com a respectiva Mesa, para prestar informaes sobre matria de sua competncia.

    2 - A Mesa da Cmara poder encaminhar pedidos escritos de informao aos Secretrios Municipais ou ocupantes de cargos da mesma natureza, importando em infrao poltico-administrativa a recusa ou o no atendimento no prazo de trinta dias, bem como a prestao de informaes falsas.

    SEO III - DOS VEREADORES

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  • Art. 26 - Os vereadores so inviolveis por suas opinies, palavras e votos no exerccio do mandato e na circunscrio do Municpio, competindo Mesa da Cmara , mesmo que necessrio o ingresso na Justia, a defesa dessa prerrogativa, sem prejuzo da ao do interessado.

    1 - Os vereadores no sero obrigados a testemunhar sobre informaes recebidas ou prestadas em razo do exerccio do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informaes.

    2 - Os Vereadores tero acesso s reparties pblicas municipais para se informarem sobre qualquer assunto de natureza administrativa.

    Art. 27 - Os Vereadores no podero:

    I - desde a expedio do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurdica de direito pblico, autarquia, empresa

    pblica, sociedade de economia mista ou empresa concessionria de servio pblico, salvo quando o contrato obedecer clusulas uniformes;

    b) aceitar ou exercer cargo, funo ou emprego remunerado, de que sejam demissveis "ad nutum", nas entidades constantes na alnea anterior;

    II - desde a posse: a) ser proprietrios, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de

    contrato com pessoa jurdica de direito pblico, ou nela exercer funo remunerada;

    b) ocupar cargo ou funo de que sejam demissveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, a;

    c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, a;

    d) ser titular de mais de um cargo ou mandato pblico eletivo.

    1 - O Vereador poder, no entanto, exercer cargo, funo ou emprego remunerado do qual j titular ou vir a exerc-lo desde que o faa em virtude de concurso pblico, observada sempre a compatibilidade de horrios.

    2 - No havendo compatibilidade de horrios, o Vereador se afastar para o exerccio do mandato eletivo e seu tempo de servio ser contado para todos os efeitos legais, exceto para promoo por merecimento, sendo-lhe facultado optar pela remunerao.

    3 - Para efeito de benefcios previdencirios, no caso de afastamento, os valores sero determinados como se no exerccio estivesse, cabendo entidade empregadora recolher a contribuio patronal e ao Vereador a contribuio do empregado.

    Art. 28 - Perder o mandato o Vereador:

    I - que infringir qualquer das proibies estabelecidas no artigo anterior;

    II - cujo procedimento for declarado incompatvel com o decoro parlamentar;

    III -que deixar de comparecer, em cada sesso legislativa, tera parte das sesses ordinrias da Cmara, salvo se em licena ou misso por esta autorizada;

    IV - que perder ou tiver suspensos os direitos polticos;

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  • V - quando decretar a Justia Eleitoral, nos casos previstos nesta lei e nas Constituies Federal e Estadual;

    VI - que sofrer condenao criminal em sentena transitada em julgado;

    VII - que se utilizar do mandato para a prtica de atos de corrupo ou improbidade administrativa;

    VIII - que fixar residncia fora da circunscrio do Municpio;

    1 - So incompatveis com o decoro parlamentar, alm dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a Membros da Cmara Municipal ou a percepo de vantagens indevidas.

    2 - Nos casos dos incisos I, II, VI e VII, a perda do mandato ser decidida pela Cmara Municipal, por maioria absoluta, mediante provocao da respectiva Mesa ou de partido poltico representado na Cmara, assegurada ampla defesa.(Redao dada pela Emenda N 17, de 06 de junho de 2001)

    3 - Nos casos previstos nos incisos III a V e VIII, a perda ser declarada pela Mesa da Cmara, de ofcio ou mediante provocao de qualquer de seus Membros ou partido poltico nela representado, assegurada ampla defesa.

    4 - O Presidente da Cmara Municipal poder afastar de suas funes o Vereador denunciado nos crimes de responsabilidade, desde que a denncia seja recebida por dois teros dos Membros da Cmara, convocando o respectivo suplente, at o julgamento final; se a denncia recebida for contra o Presidente, este passar a Presidncia ao seu substituto legal.

    5 - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento do Vereador no estiver concludo, cessar o afastamento, sem prejuzo do regular prosseguimento do processo.

    Art. 29 - No perder o mandato o Vereador:

    I - investido no cargo de Secretrio de Estado, Secretrio da Prefeitura da Capital, Ministro de Estado, ou chefe de misso diplomtica temporria;

    II - licenciado pela Cmara Municipal por motivo de doena, ou para tratar, sem remunerao, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento no ultrapasse cento e vinte dias por sesso legislativa.

    1 - O suplente ser convocado nos casos de vaga, de investidura em funes previstas neste artigo ou de licena superior a cento e vinte dias.

    2 - Ocorrendo a vaga e no havendo suplente, far-se- eleio para preench-la se faltarem mais de quinze meses para o trmino do mandato.

    3 - Na hiptese do inciso I, o Vereador poder optar pela remunerao do mandato.

    Art. 30 - No ato da posse e no trmino do mandato, os Vereadores devero apresentar declarao pblica de bens.

    Art. 31 - No ser de qualquer modo subvencionada viagem de Vereador ou de integrante do Poder Executivo ao exterior, salvo se no desempenho de misso temporria, de carter cultural ou de interesse do Municpio, mediante prvia designao pelo Prefeito, aprovada pela maioria do plenrio da Cmara.

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  • SEO IV - DAS REUNIES

    Art. 32 - A Cmara Municipal reunir-se- anualmente, na sede do Municpio, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1 de agosto a 22 de dezembro. (NR) (Redao dada pela Emenda N 22, de 12 de dezembro de 2006)

    1 - As reunies marcadas para essas datas sero transferidas para o primeiro dia til subsequente, quando recarem em sbados, domingos ou feriados.

    2 - A sesso legislativa no ser interrompida sem a aprovao do projeto de lei de diretrizes oramentrias.

    3 - A Cmara reunir-se- em qualquer bairro ou distrito do Municpio.

    4 - A convocao extraordinria da Cmara Municipal far-se-: (Redao dada pela Emenda N 22, de 12 de dezembro de 2006)

    I - pelo Prefeito Municipal;II - por seu Presidente, quando ocorrer interveno no Municpio, e para compromisso e

    posse do Prefeito ou do Vice-Prefeito;

    III - Pelo Prefeito Municipal, por seu Presidente ou a requerimento da maioria dos Membros da Casa, em caso de urgncia ou interesse pblico relevante em todas as hipteses deste inciso, com a aprovao da maioria absoluta da Casa. (NR) (Redao dada pela Emenda N 22, de 12 de dezembro de 2006)

    5 - Na sesso legislativa extraordinria, a Cmara Municipal somente deliberar sobre matria para a qual foi convocada, vedado o pagamento de parcela indenizatria, em razo da convocao; (Redao dada pela Emenda N 22, de 12 de dezembro de 2006)

    6 - Na abertura da sesso legislativa de cada ano, em sesso solene, o Prefeito comparecer Cmara, quando expor a situao do Municpio e solicitar as providncias que julgar necessrias.

    SEO V - DAS COMISSES

    Art. 33 - A Cmara Municipal ter comisses permanentes e temporrias, constitudas na forma e com as atribuies previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criao.

    1 - Na constituio da Mesa e de cada comisso assegurada, tanto quanto possvel, a representao proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Cmara.

    2 - s comisses, em razo da matria de sua competncia, cabe:

    I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do Regimento Interno, a competncia do Plenrio, salvo se houver recurso de um quinto dos membros da Cmara; (redao dada pela Emenda n 02, de 1/10/91)

    II - realizar audincias pblicas com entidades da sociedade civil;

    III -convocar secretrios do municpio e dirigentes de autarquias, de empresas pblicas, de sociedades de economia mista e de fundaes institudas ou mantidas pelo Poder Pblico Municipal para prestar informaes sobre assuntos inerentes a suas atribuies;

    IV- receber peties, reclamaes, representaes ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omisses das autoridades ou entidades pblicas;

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  • V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidado;

    VI - apreciar programas de obras, planos municipais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.

    3 - As comisses parlamentares de inqurito, que tero poderes de investigao prprios das autoridades judiciais alm de outros previstos no regimento interno, sero criadas pela Cmara Municipal, mediante requerimento de um tero de seus membros, para a apurao de fato determinado e por prazo certo, sendo suas concluses, se for o caso, encaminhadas ao Ministrio Pblico, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    4 - Durante o recesso, haver uma comisso representativa da Cmara Municipal, eleita na ltima sesso ordinria do perodo legislativo, com atribuies definidas no regimento interno, cuja composio reproduzir, quanto possvel, a proporcionalidade da representao partidria.

    SEO VI - DO PROCESSO LEGISLATIVO

    SUBSEO I - DISPOSIO GERAL

    Art. 34 - O processo legislativo compreende a elaborao de:

    I - emendas Lei Orgnica;II - leis complementares;III - leis ordinrias;IV - leis delegadas;V - medidas provisrias;VI - decretos legislativos;VII - resolues;

    1 - A Cmara Municipal, por deliberao da maioria de seus membros, poder subscrever proposta de emenda Constituio Estadual.

    2 - Lei complementar dispor sobre a elaborao, redao, alterao e consolidao das leis.

    3 - As medidas provisrias de que trata o inciso V aplicar-se-o somente em casos de calamidade pblica.

    SUBSEO II - DA EMENDA LEI ORGNICA

    Art. 35 - A Lei Orgnica poder ser emendada mediante proposta:

    I - de um tero, no mnimo, dos Membros da Cmara Municipal;II - do Prefeito Municipal;

    1 - A Lei Orgnica no poder ser emendada na vigncia de interveno estadual, de estado de defesa ou de estado de stio.

    2 - A proposta ser discutida e votada em dois turnos, com o interstcio mnimo de dez dias, e aprovada em ambos por dois teros dos membros da Cmara Municipal.(REDAO DADA PELA EMENDA N 14, DE 14/12/99)

    3 - A emenda Lei Orgnica ser promulgada pela Mesa da Cmara, com o respectivo nmero de ordem.

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  • 4 - A matria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada no pode ser objeto de nova proposta na mesma sesso legislativa.

    SUBSEO III - DAS LEIS

    Art. 36 - A iniciativa das leis complementares e ordinrias cabe a qualquer Vereador ou Comisso, ao Prefeito e aos cidados, na forma e nos casos previstos nesta lei.

    Pargrafo nico - So de iniciativa privativa do Prefeito as leis que:

    I - fixem ou modifiquem o efetivo da Guarda Municipal;

    II - disponham sobre:

    a) criao de cargos, funes ou empregos pblicos na administrao direta e autrquica, ou aumento de sua remunerao;

    b) servidores pblicos do Municpio, seu regime jurdico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;

    c) criao, estruturao e atribuies das secretarias e rgos da administrao pblica municipal.

    Art. 37 - No ser admitido aumento de despesa prevista;

    I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito Municipal, ressalvados os casos do art. 166, 3 e 4, da Constituio Federal;

    II - nos projetos sobre organizao dos servios administrativos da Cmara Municipal.

    Art. 38 - Em caso de calamidade pblica, o Prefeito Municipal poder adotar medidas provisrias, com fora de lei, devendo submet-las de imediato Cmara Municipal que, estando em recesso, ser convocada extraordinariamente para se reunir no prazo de cinco dias.

    Pargrafo nico -As medidas provisrias perdero eficcia, desde a edio, se no forem convertidas em lei no prazo de trinta dias, a partir de sua publicao, devendo a Cmara Municipal disciplinar as relaes jurdicas delas decorrentes.

    Art. 39 - O Prefeito Municipal poder solicitar urgncia para apreciao de projetos de sua iniciativa.

    1 - Se, no caso deste artigo, a Cmara no se manifestar em at quarenta e cinco dias, sobre a proposio, ser esta includa na ordem do dia, sobrestando-se a deliberao quanto aos demais assuntos, para que se ultime a votao.

    2 - A apreciao de emendas apresentadas far-se- no prazo de dez dias, observado quanto ao mais, o disposto no pargrafo anterior.

    3 - Os prazos do 1 no correm nos perodos de recesso da Cmara, nem se aplicam aos projetos de cdigo.

    Art. 40 - Os projetos de lei com prazo de aprovao devero constar, obrigatoriamente, da ordem do dia, para discusso e votao, pelo menos nas duas ltimas sesses antes do trmino do prazo.

    Art. 41 - O projeto de lei ser enviado sano ou promulgao, se aprovado, ou ao arquivo, se rejeitado.

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  • Art. 42 - Aprovado o projeto na forma regimental e desta lei, o Presidente da Cmara envi-lo- ao Prefeito, que, aquiescendo, o sancionar.

    1 - Se o Prefeito considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrrio ao interesse pblico, vet-lo- total ou parcialmente, no prazo de quinze dias teis, contados da data do recebimento, e comunicar, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da Cmara os motivos do veto.

    2 - O veto parcial somente abranger texto integral de artigo, de pargrafo, de inciso ou de alnea.

    3 - Decorrido o prazo de quinze dias teis, o silncio do Prefeito importar sano.

    4 - O veto ser apreciado, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, s podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores.(Redao dada pela Emenda N 17, de 06 de junho de 2001)

    5 - Se o veto no for mantido, ser o projeto enviado, para promulgao, ao Prefeito Municipal.

    6 - Esgotado sem deliberao o prazo estabelecido no 4, o veto ser colocado na ordem do dia da sesso imediata, sobrestadas as demais proposies, at sua votao final, ressalvadas as matrias de que trata o art. 39, pargrafo nico.

    7 - Se a lei no for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Prefeito Municipal, nos casos dos 3 e 5, o Presidente da Cmara a promulgar, e, se este no o fizer em igual prazo, caber ao 1 Vice-Presidente faz-lo.

    8 - A manuteno do veto no restaura matria suprimida ou modificada pela Cmara.

    9 - Na apreciao do veto, a Cmara no poder introduzir qualquer modificao ao texto vetado.

    Art. 43 - O projeto de lei que receber, quanto ao mrito, parecer contrrio de todas as comisses, ser tido como rejeitado.

    Pargrafo nico -Sempre que o parecer da comisso, na sua maioria, for pela rejeio do projeto, caber recurso ao plenrio para deliberar sobre o parecer, antes de se analisar o mrito.

    Art. 44 - A matria constante de projeto de lei rejeitado somente poder constituir objeto de novo projeto, na mesma sesso legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos Membros da Cmara Municipal.

    Art. 45 - As leis delegadas sero elaboradas pelo Prefeito, que dever solicitar a delegao da Cmara.

    1 - No sero objeto de delegao os atos de competncia exclusiva da Cmara Municipal, a matria reservada a lei complementar, nem a legislao sobre:

    I - organizao da Advocacia-Geral do Municpio, a carreira e a garantia de seus Membros;

    II - planos plurianuais, diretrizes oramentrias e oramento.

    2 - A delegao ao Prefeito Municipal ter a forma de resoluo da Cmara, que especificar seu contedo e os termos de seu exerccio.

    3 - Se a resoluo determinar a apreciao do projeto pela Cmara Municipal, esta a far em votao nica, vedada qualquer emenda.

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  • Art. 46 - As leis complementares sero aprovadas por maioria absoluta dos membros da Cmara Municipal.

    Pargrafo nico -So objetos de Leis Complementares, as seguintes matrias:

    I - Cdigo Tributrio Municipal;

    II - Cdigo de Obras ou de Edificaes;

    III - Cdigo de Posturas;

    IV - Cdigo de Zoneamento;

    V - Lei de Ordenamento do Uso e Ocupao do Solo;

    VI - Plano Diretor;

    VII - Estatuto dos Funcionrios Pblicos;

    VIII - Estatuto do Magistrio;

    IX - Lei Orgnica da Previdncia Municipal;

    X - suprimido; (inciso suprimido pela Emenda n 05, de 14/07/95)XI - Cdigo Administrativo de Processo Fiscal.

    Art. 47 - A resoluo destina-se a regular matria poltico-administrativa da Cmara, de sua competncia exclusiva, no dependendo de sano ou veto do Prefeito Municipal.

    Art. 48 - O decreto legislativo destina-se a regular matria de competncia exclusiva da Cmara que produza efeitos externos, no dependendo de sano ou veto do Prefeito Municipal.

    Art. 49 - O processo legislativo das resolues e dos decretos legislativos se dar conforme determinado no regimento interno da Cmara, observado, no que couber, o disposto nesta lei.

    Art. 50 - Nas matrias de competncia exclusiva da Cmara Municipal, aps a aprovao final, a proposio ser promulgada pelo seu Presidente.

    SEO VII - DA FISCALIZAO CONTBIL, FINANCEIRA E ORAMENTRIA

    Art. 51 - A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial do Municpio e das entidades da administrao direta e indireta, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas, ser exercida pela Cmara Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno, de cada Poder, na forma da lei.

    Art. 52 - Prestar contas qualquer pessoa jurdica ou entidade pblica que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos quais o Municpio responda, ou que, em nome deste, assuma obrigaes de natureza pecuniria.

    Art. 53 - O controle externo, a cargo da Cmara Municipal, ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas do Estado, que emitir parecer prvio sobre todas as contas do Prefeito e da Mesa da Cmara a ele enviadas, dentro de noventa dias seguintes ao encerramento do exerccio financeiro.

    Pargrafo nico -O parecer prvio, emitido pelo Tribunal de Contas sobre todas as contas que o Prefeito e a Mesa da Cmara devem anualmente prestar, s deixar de prevalecer por deciso de dois teros dos Membros da Cmara Municipal.

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  • Art. 54 - O auxlio do Tribunal de Contas do Estado, no controle externo da administrao financeira do Municpio, observar a competncia disposta no art. 77 e incisos da Constituio Estadual.

    1 - No caso de contrato, o ato de sustao ser adotado diretamente pela Cmara Municipal, que solicitar, de imediato, ao Poder Executivo, as medidas cabveis.

    2 - Se a Cmara Municipal ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, no efetivar as medidas previstas no pargrafo anterior, o Tribunal de Contas decidir a respeito.

    3 - Os danos causados ao errio pelo ato impugnado ou sustado sero imediatamente apurados e cobrados a tantos quantos forem os servidores responsveis pela operao ou pelo ato, independentemente das penalidades administrativas cabveis.

    4 - As decises do Tribunal de que resultar imputao de dbito ou multa tero eficcia de ttulo executivo.

    Art. 55 - As contas do Municpio ficaro disposio dos cidados durante sessenta dias, a partir de 15 de abril de cada exerccio, no horrio de funcionamento da Cmara Municipal, em local de fcil acesso ao pblico.

    1 - A consulta s contas municipais poder ser feita por qualquer cidado, independente de requerimento, autorizao ou despacho de qualquer autoridade.

    2 - A consulta s poder ser feita no recinto da Cmara e haver pelo menos trs cpias disposio do pblico.

    3 - A reclamao apresentada dever:

    I - ter a identificao e a qualificao do reclamante;II - ser apresentada em quatro vias no protocolo da Cmara;III - conter elementos e provas nos quais se fundamenta o reclamante;

    4- As vias da reclamao apresentadas no protocolo da Cmara tero a seguinte destinao:

    I - a primeira via dever ser encaminhada pela Cmara ao Tribunal de Contas ou rgo equivalente, mediante ofcio;

    II - a segunda via dever ser anexada s contas disposio do pblico pelo prazo que restar ao exame e apreciao;

    III -a terceira via se constituir em recibo do reclamante e dever ser autenticada pelo servidor que a receber no protocolo;

    IV - a quarta via ser arquivada na Cmara Municipal.

    5 - A anexao da segunda via, de que trata o inciso II do 4 deste artigo, independer do despacho de qualquer autoridade e dever ser feita no prazo de quarenta e oito horas pelo servidor que a tenha recebido no protocolo da Cmara, sob pena de responsabilidade.

    Art. 56 - A comisso permanente incumbida de emitir parecer sobre os projetos de lei relativos ao plano plurianual, ao oramento anual, s diretrizes oramentrias e aos crditos adicionais, diante de indcios de despesas no autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos no-programados ou de subsdios no aprovados, poder solicitar autoridade municipal responsvel que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessrios.

    1 - No prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a comisso solicitar ao Tribunal de Contas do Estado pronunciamento conclusivo sobre a matria, no prazo de trinta dias.

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  • 2 - Entendendo o Tribunal de Contas irregular a despesa, a comisso, se julgar que o gasto possa causar dano irreparvel ou grave leso economia pblica, propor Cmara Municipal sua sustao.

    Art. 57 - Os Poderes Executivo e Legislativo mantero, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

    I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execuo dos programas de governo e do oramento do Municpio;

    II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto a eficcia e eficincia da gesto oramentria, financeira e patrimonial nos rgos e entidades da administrao municipal, bem como da aplicao de recursos pblicos por entidades de direito privado;

    III - exercer o controle das operaes de crdito, avais e garantias, bem como, dos direitos e haveres do Municpio;

    IV - apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional.

    1 - Os responsveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela daro cincia ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidria.

    2 - Qualquer cidado, partido poltico, associao ou sindicato parte legtima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades da administrao pblica municipal perante o Tribunal de Contas do Estado.

    CAPTULO II - DO PODER EXECUTIVO

    SEO I - DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

    Art. 58 - O Poder Executivo exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretrios Municipais e Administradores Regionais.

    Art. 59 - A eleio do Prefeito e do Vice-Prefeito realizar-se-, simultaneamente, at noventa dias antes do trmino do mandato dos que devam suceder.

    1 - A eleio do Prefeito Municipal importar a do Vice-Prefeito com ele registrado.

    2 - Ser considerado eleito Prefeito o candidato que, registrado por partido poltico, obtiver a maioria absoluta de votos, no computados os em branco e os nulos.

    3 - Se nenhum candidato alcanar maioria absoluta na primeira votao, far-se- nova eleio em at vinte dias, aps a proclamao do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos vlidos.

    4 - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistncia ou impedimento legal de candidato, convocar-se-, dentre os remanescentes, o de maior votao.

    5 - Se, na hiptese dos pargrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votao, qualificar-se- o mais idoso.

    Art. 60 - O Prefeito e o Vice-Prefeito tomaro posse, imediatamente dos Vereadores, perante a Cmara Municipal, na mesma sesso solene de instalao de cada legislatura, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir as Constituies Federal e Estadual, observar esta Lei

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  • Orgnica e demais leis, promover o bem geral do povo campo-grandense e sustentar a integridade e independncia do Municpio.

    1 - Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito e o Vice-Prefeito, salvo motivo de fora maior, no tiver assumido o cargo, este ser declarado vago, pelo Presidente da Cmara, aps deliberao da maioria absoluta dos seus Membros.

    2 - Se, por qualquer motivo, a Cmara Municipal no puder dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, estes podero prestar compromisso e tomar posse perante a Justia Eleitoral, observada a sua competncia.

    Art. 61 - O Vice-Prefeito substituir o Prefeito no impedimento deste, sucedendo-o em caso de vaga.

    Pargrafo nico -Cabe ao Vice-Prefeito, alm de outras atribuies que lhe forem conferidas por esta Lei Orgnica, auxiliar o Prefeito, quando por ele convocado, para misses especiais.

    Art. 62 - Em caso de ausncia, licena ou impedimento do Prefeito e Vice-Prefeito, ou vacncia dos respectivos cargos, sero sucessivamente chamados ao exerccio do cargo de Prefeito, o Presidente da Cmara Municipal, seus Vice-Presidentes, seus secretrios da Mesa Diretora, e os demais vereadores em ordem decrescente de idade. Na falta de todos estes, o cargo de Prefeito ser ocupado pelo Advogado Geral do Municpio. (NR)(nova redao dada pela Emenda N 25, de 19 de dezembro de 2008)

    Art. 63 - Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se- eleio noventa dias depois de aberta a ltima vaga.

    1 - Ocorrendo a vacncia nos ltimos dois anos do perodo do governo municipal, a eleio para ambos os cargos ser feita trinta dias depois de aberta a ltima vaga pela Cmara, na forma da lei.

    2 - Em qualquer dos casos, os eleitos devero complementar o perodo de seus antecessores.

    Art. 64 - O mandato do Prefeito de quatro anos, permitida a reeleio para um nico perodo subsequente e ter incio em 1 de janeiro do ano seguinte ao da sua eleio.(REDAO DADA PELA EMENDA N 15, DE 25/04/2000)

    Art. 65 - No ato da posse e no trmino do mandato, o Prefeito dever apresentar declarao pblica de bens, bem como, o Vice-Prefeito, quando tomar posse no cargo de Prefeito.

    Art. 66- O Prefeito, os Vereadores Municipais, os Secretrios Municipais e demais agentes polticos so contribuintes e segurados obrigatrios do Instituto Municipal de Previdncia de Campo Grande e, nessa condio, tero direito aos servios e benefcios prestados aos servidores municipais.(REDAO DADA PELA EMENDA N 09, DE 19/11/98)

    SEO II - DAS ATRIBUIES DO PREFEITO

    Art. 67 - Compete privativamente ao Prefeito Municipal:

    I - nomear e exonerar os Secretrios Municipais;

    II - exercer, com o auxlio dos Secretrios do Municpio, a direo superior da administrao municipal;

    III - nomear e exonerar o Advogado-Geral do Municpio;

    IV - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos em lei;

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  • V - nomear e exonerar os dirigentes de autarquias, conselhos e rgos municipais, nos casos previstos em lei;

    VI - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execuo;

    VII - vetar, total ou parcialmente, projetos de lei;

    VIII - dispor sobre a estrutura, atribuies e funcionamento dos rgas da administrao municipal;

    IX - prover e extinguir os cargos pblicos municipais, na conformidade da lei;

    X - remeter mensagem e plano de governo Cmara Municipal por ocasio da abertura da sesso legislativa, expondo a situao do Municpio e solicitando as providncias que julgar necessrias;

    XI - enviar Cmara Municipal o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes oramentrias e a proposta de oramento anual;

    XII - prestar, anualmente, Cmara Municipal, dentro de sessenta dias aps a abertura da sesso legislativa, as contas referentes ao exerccio anterior;

    XIII - editar medidas provisrias com fora de lei, nos casos de calamidade pblica;

    XIV - realizar operaes de crdito, desde que autorizadas pela Cmara Municipal;

    XV - celebrar convnios com a Unio, com o Estado e com outros municpios, "ad referendum" da Cmara Municipal;

    XVI- representar o Municpio nas suas relaes jurdicas, polticas e administrativas;

    XVII - solicitar interveno estadual no Municpio, quando lhe couber faz-lo;

    XVIII - prestar informaes solicitadas pelo Poder Legislativo no prazo de 15 (quinze) dias;(inciso alterado pela Emenda n 10, de 20/04/99)

    XIX -delegar autoridade do Executivo funes administrativas que no sejam de sua exclusiva competncia;

    XX - promover desapropriaes;

    XXI - propor ao de inconstitucionalidade, nos termos das Constituies Federal e Estadual;

    XXII - nomear e exonerar o chefe da Guarda Municipal;

    XXIII- propor a instituio de rgos autnomos, entidades de administrao indireta, de administraes regionais, reas de desenvolvimento, aglomeraes urbanas e regies metropolitanas;

    XXIV- subscrever ou adquirir aes, realizar ou aumentar capital, desde que hajam recursos hbeis, de sociedade de economia mista ou de empresa pblica, bem como dispor, a qualquer ttulo, no todo ou em parte, de aes de capital que tenha subscrito, adquirido, realizado ou aumentado;

    XXV - planejar, organizar e dirigir obras e servios pblicos locais;

    XXVI- autorizar a utilizao de bens municipais, na forma prevista na Constituio Estadual, nesta lei e nas leis especficas;

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  • XXVII - autorizar a execuo de servios pblicos, por terceiros, mediante permisso e concesso, nos termos desta lei e das leis especficas;

    XXVIII -propor retificao aos projetos, quando ainda no concluda a votao da parte a ser alterada:

    XXIX - instituir servides e estabelecer restries administrativas;

    XXX - publicar os atos oficiais e dar publicidade, de modo regular pela imprensa, aos atos da administrao, inclusive os resumos dos balancetes mensais e o relatrio anual;

    XXXI -encaminhar aos rgos competentes, os planos de aplicao e as prestaes de contas exigidas em lei;

    XXXII - colocar disposio da Cmara Municipal, dentro de trinta dias de sua requisio, as quantias que devem ser despendidas de uma s vez e, at o dia vinte de cada ms, a parcela correspondente ao duodcimo de suas dotaes oramentrias;

    XXXIII -fixar os preos de servios pblicos concedidos ou permitidos, nos termos da lei;

    XXXIV - fixar os preos dos servios prestados pelo Municpio;

    XXXV - contrair emprstimos, internos ou externos, aps autorizao da Cmara Municipal, observado o disposto em legislao federal;

    XXXVI - abrir crditos extraordinrios, nos casos de calamidade pblica, "ad referendum" da Cmara Municipal;

    XXXVII -aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como relev-las, quando indevidamente impostas;

    XXXVIII - resolver sobre requerimentos, reclamaes ou representaes que lhe forem dirigidas;

    XXXIX - oficializar, obedecidas as normas urbansticas aplicveis, as vias e logradouros pblicos;

    XL - criar a Guarda Municipal como corporao civil;

    XLI -superintender a arrecadao dos tributos e outras rendas, bem como a guarda e aplicao da receita, autorizando as despesas e pagamentos dentro das disponibilidades oramentrias ou dos crditos votados pela Cmara Municipal;

    XLII - dispor sobre a estrutura e organizao dos servios municipais, observadas as normas bsicas estabelecidas em lei;

    XLIII - comparecer Cmara Municipal, por sua prpria iniciativa, para prestar os esclarecimentos que julgar necessrios sobre o andamento dos negcios municipais;

    XLIV - delegar, por decreto, atribuies de natureza administrativa aos Secretrios Municipais ou a outras autoridades, que observaro os limites traados nas delegaes;

    XLV - praticar todos os atos da administrao, bem como, avocar e decidir, por motivo relevante, qualquer assunto da esfera da administrao municipal, nos limites da competncia do Executivo;

    XLVI - exercer outras atribuies previstas em lei.

    SEO III - DAS PROIBIES DO PREFEITO

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  • Art. 68 - O Prefeito e o Vice-Prefeito no podero, desde a posse, sob pena de perda de mandato:

    I - firmar ou manter contrato com pessoa jurdica de direito pblico, ou com autarquias, empresas pblicas, sociedades de economia mista, fundaes ou empresas concessionrias de servio pblico, salvo quando o contrato obedecer a clusulas uniformes;

    II - aceitar ou exercer cargo, funo ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissveis "ad nutum", na administrao pblica direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso pblico, aplicando-se, nesta hiptese, o disposto no art. 38 da Constituio Federal;

    III - ser titular de mais de um cargo ou mandato pblico eletivo;

    IV - patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades mencionadas no inciso I deste artigo;

    V - ser proprietrio, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato celebrado com pessoa jurdica de direito pblico ou nela exercer funo remunerada;

    VI - fixar residncia fora do Municpio.

    SEO IV - DAS LICENAS

    Art. 69 - O Prefeito no poder ausentar-se do Municpio, sem licena da Cmara Municipal, sob pena de perda do mandato, salvo por perodo inferior a 10 (dez) dias.

    Art. 70 - O Prefeito poder licenciar-se quando impossibilitado de exercer o cargo, por motivo de doena, devidamente comprovada.

    Pargrafo nico -No caso deste artigo e de ausncia em misso oficial, o Prefeito licenciado far jus sua remunerao integral.

    SEO V - DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

    Art. 71 - So crimes de responsabilidade do Prefeito os previstos em lei federal.

    Pargrafo nico -O Prefeito ser julgado pela prtica de crime comum e de responsabilidade perante o Tribunal de Justia do Estado.

    Art. 72 - O Prefeito ser julgado pela prtica de infrao poltico-administrativa perante a Cmara Municipal, conforme o disposto no seu regimento interno.

    SEO VI - DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO

    Art. 73 - So auxiliares do Prefeito, os Secretrios Municipais, o Advogado-Geral do Municpio e os Administradores Regionais, de sua livre nomeao e exonerao, devendo a escolha recair sobre brasileiros maiores e com domiclio eleitoral no municpio.

    Art. 74 - Lei municipal estabelecer as atribuies dos auxiliares diretos do Prefeito, definindo-lhes a competncia e a responsabilidade.

    Art. 75 - Lei municipal de iniciativa do Prefeito, poder criar Administraes Regionais nos bairros e distritos.

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  • Pargrafo nico - Aos Administradores Regionais, como representantes do Poder Executivo, compete:

    I - cumprir e fazer cumprir as leis, resolues, regulamentos e instrues expedidas pelo Prefeito;

    II - indicar as providncias necessrias aos bairros ou distritos;

    III - fiscalizar os servios que lhes so afetos;

    IV - prestar contas ao Prefeito mensalmente ou quando lhe forem solicitadas.

    SEO VII - DA TRANSIO ADMINISTRATIVA

    Art. 76 - At trinta dias antes da transferncia do cargo, o Prefeito dever preparar, para entrega ao sucessor e para publicao imediata, relatrio da situao da administrao municipal que conter, entre outras, informaes atualizadas sobre:

    I - dvidas do Municpio, por credor, com as datas dos respectivos vencimentos, inclusive das dvidas a longo prazo e encargos decorrentes de operaes de crdito, informando sobre a capacidade da administrao municipal realizar operaes de crdito de qualquer natureza;

    II- medidas necessrias regularizao das contas municipais perante o Tribunal de Contas ou rgo equivalente, se for o caso;

    III -prestaes de contas de convnios celebrados com organismos da Unio, do Estado, e outros, bem como, do recebimento de subvenes ou auxlios;

    IV - situao dos contratos com concessionrias e permissionrias de servios pblicos;

    V - situao dos contratos de obras e servios em execuo ou apenas formalizados, informando sobre o que foi realizado e pago e o que h por executar e pagar, com os prazos respectivos;

    VI - transferncias a serem recebidas da Unio e do Estado por fora de mandamento constitucional ou de convnios;

    VII - projetos de lei de iniciativa do Poder Executivo em curso na Cmara Municipal, para permitir que a nova Administrao decida quanto convenincia de lhes dar prosseguimento, acelerar seu andamento ou retir-los;

    VIII - situao dos servidores do Municpio, seu custo, quantidade e rgos em que esto lotados e em exerccio.

    IX - operaes de crdito em tramitao nos rgos financeiros estaduais, federais e internacionais.

    Art. 77 - vedado ao Prefeito Municipal assumir, por qualquer forma, compromissos financeiros para execuo de programas ou projetos aps o trmino do seu mandato, no previstos na legislao oramentria.

    1 - O disposto neste artigo no se aplica aos casos comprovados de calamidade pblica.

    2 - Sero nulos e no produziro nenhum efeito os empenhos e atos praticados em desacordo com o previsto no "caput" deste artigo, sem prejuzo da responsabilidade do Prefeito Municipal.

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  • SEO VIII - DOS CONSELHOS E DA GUARDA MUNICIPAL

    SUBSEO I - DOS CONSELHOS MUNICIPAIS

    Art. 78 - Os conselhos municipais so rgos governamentais que tem por finalidade auxiliar a Administrao Pblica na orientao, planejamento e interpretao de matria de sua competncia, podendo ter outras atribuies alm destas.(redao dada pela Emenda n 01, de 1/10/91)

    Art. 79 - A lei especificar as atribuies de cada conselho, sua organizao, paridade na composio, funcionamento, forma de nomeao de titular e suplente e prazo de durao do mandato.

    Art. 80 - Os Conselhos Municipais so compostos por nmero de membros definidos por Lei, devendo a Cmara Municipal aprovar ad referendum a indicao de seus nomes, observando a representatividade da administrao, das entidades pblicas, classistas e da sociedade civil organizada.(Redao dada pela Emenda n 11, de 20/04/99)

    1 - A aprovao ad referendum dos nomes para a composio dos Conselhos Municipais de que trata o caput deste artigo dever ser precedida de uma audincia com a comisso pertinente.

    2 - A comisso pertinente ter o prazo de 05 dias teis para promover a audincia e elaborar relatrio informativo a ser anexado ao ofcio.

    3 - Decorrido o prazo estabelecido, o ofcio estar apto a ser inserido na ordem do dia.

    (pargrafos 1, 2 e 3, acrescentados pela Emenda n 19, de 05/11/2001).

    SUBSEO II - DA GUARDA MUNICIPAL

    Art. 81 - A Guarda Municipal se destina a proteo dos bens, servios e instalaes do Municpio e ter organizao, funcionamento e direo na forma de legislao prpria.

    CAPTULO III - DA PROCURADORIA JURDICA DO MUNICPIO

    Art. 82 - A Procuradoria Jurdica do Municpio a instituio que representa em carter exclusivo o Municpio, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe a defesa de seus direitos e interesses na rea judicial e administrativa, as atividades de consultoria e assessoramento jurdico do Poder Executivo.

    1 - A Procuradoria Jurdica do Municpio tem por chefe o Procurador Geral do Municpio de livre nomeao do Prefeito, escolhido dentre cidados de notvel saber jurdico, reputao ilibada e com mais de dez anos de prtica profissional;

    2 - O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituio de que trata este artigo, far-se- mediante concurso pblico de provas e ttulos com a participao da Ordem dos Advogados do Brasil, Seo MS, em todas as suas fases.

    (redao do artigo e pargrafos alterados pela Emenda n 16/00, de 28/12/00)

    CAPTULO IV - DA AUDITORIA GERAL DO MUNICPIO

    Art. 83 - A Auditoria Geral do Municpio a instituio que exerce o controle interno dos Poderes Executivo e Legislativo, cabendo lei complementar dispor sobre sua organizao e funcionamento, observadas as disposies contidas no art. 58 desta lei.

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  • 1 - A Auditoria Geral do Municpio tem por chefe o Auditor Geral do Municpio, de livre nomeao pelo Prefeito dentre cidados de notvel saber jurdico, contbil, econmico, financeiro e de administrao pblica.

    2 - O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituio de que trata este artigo far-se- mediante concurso pblico de provas e ttulos, observados os requisitos do pargrafo anterior.

    TTULO IV - DA TRIBUTAO E DO ORAMENTO

    CAPTULO I - DA TRIBUTAO

    SEO I - DOS PRINCPIOS GERAIS

    Art. 84 - Tributos municipais so os impostos, as taxas e a contribuio de melhoria institudos por lei municipal, atendidos aos princpios estabelecidos na Constituio Federal e s normas gerais de Direito Tributrio.

    Art. 85 - O Municpio orientar os contribuintes visando ao cumprimento da legislao tributria, que conter entre outros princpios, o da justia fiscal.

    Art. 86 - Lei Complementar municipal instituir o cdigo administrativo do processo fiscal que normatizar o procedimento administrativo destinado apurao de infraes legislao relacionada com a competncia referida no art. 87, a consulta para esclarecimento de dvidas relativas ao entendimento e aplicao da legislao, o julgamento e a execuo administrativa das respectivas decises.

    Art. 87 - Lei Complementar municipal instituir o Cdigo Tributrio do Municpio de Campo Grande, que dispor sobre a definio de tributos e de suas espcies, bem como, em relao aos impostos discriminados nesta Lei Orgnica, os respectivos fatos geradores, base de clculo, contribuintes, incidncia, alquota, lanamento, crdito, prescrio e decadncia tributrios, cobrana, fiscalizao e normas gerais de Direito Tributrio.

    Art. 88 - Na cobrana amigvel da dvida ativa municipal, no se cobrar honorrios advocatcios, sendo os mesmos devidos somente na cobrana judicial e de acordo com a porcentagem fixada pelo Juiz, no despacho da inicial ou em qualquer outra fase de processo.

    Art. 89 - No ser admitida a concesso de iseno fiscal no ltimo exerccio de cada legislatura, salvo no caso de calamidade pblica, nos termos da lei, cujos benefcios sero suprimidos, cessadas as causas de sua criao. (redao dada pela Emenda n 03, de 30/03/92)

    SEO II - DOS IMPOSTOS

    Art. 90 - Compete ao Municpio instituir impostos sobre:

    I - propriedade predial e territorial urbana;

    II - transmisso inter vivos a qualquer ttulo por ato oneroso, de bens imveis, por natureza ou acesso fsica e de direitos reais sobre imveis, exceto de garantia, bem como, cesso de direitos a sua aquisio;

    III - vendas a varejo de combustveis lquidos e gasosos, exceto leo diesel;

    IV - servios de qualquer natureza, no compreendidos os servios de transporte interestadual e intermunicipal e de