lei orgânica 1990

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1 LEI ORGÂNICA ALTO PARANÁ - 1990 Período Legislativo Especial - 3-11-1989 a 4-4-1990 VEREADORES QUE PARTICIPARAM DA LEGISLATURA ESPECIAL ALAHIR DE OLIVEIRA, ARISTIDES SIBORDE, ARMANDO ORTIZ, CLÁUDIO BOÇO, EDUARDO CARLOS ANTONIO, EUCLIDES FRATINE, ELIECIO ALIXANDRE VASCONCELOS, (1) MANOEL PIMENTA DE SOUZA, (2) MILTON TOSTI E PERCIVAL ERENO. MESA DIRETORA Eliécio Alixandre Vasconcelos - Presidente Euclides Fratine - Vice-Presidente Aristides Siborde – 1° Secretário Alahir de Oliveira - 2° Secretário COMISSÃO DE SISTEMATIZAÇÃO Relator Presidente: Alahir de Oliveira 1° Vice-Relator Presidente: Percival Ereno 2° Vice-Relator Presidente: Cláudio Boço Relator Adjunto: Euclides Fratíne 2° Relator Adjunto: Armando Ortiz 3° Relator Adjunto: Aristides Siborde Revisor: Eduardo Carlos Antonio 2° Revisor: (1) Manoel Pimenta de Souza 3° Revisor: Eliécio Alixandre Vasconcelos Publicação – Tablóide Nº 9.631 - Diário do Noroeste, em 5 abril 1990.

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Lei Orgânica 1990

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LEI ORGÂNICA ALTO PARANÁ - 1990 Período Legislativo Especial - 3-11-1989 a 4-4-1990 VEREADORES QUE PARTICIPARAM DA LEGISLATURA ESPECIAL ALAHIR DE OLIVEIRA, ARISTIDES SIBORDE, ARMANDO ORTIZ, CLÁUDIO BOÇO, EDUARDO CARLOS ANTONIO, EUCLIDES FRATINE, ELIECIO ALIXANDRE VASCONCELOS, (1) MANOEL PIMENTA DE SOUZA, (2) MILTON TOSTI E PERCIVAL ERENO. MESA DIRETORA Eliécio Alixandre Vasconcelos - Presidente Euclides Fratine - Vice-Presidente Aristides Siborde – 1° Secretário Alahir de Oliveira - 2° Secretário COMISSÃO DE SISTEMATIZAÇÃO Relator Presidente: Alahir de Oliveira 1° Vice-Relator Presidente: Percival Ereno 2° Vice-Relator Presidente: Cláudio Boço 1° Relator Adjunto: Euclides Fratíne 2° Relator Adjunto: Armando Ortiz 3° Relator Adjunto: Aristides Siborde 1° Revisor: Eduardo Carlos Antonio 2° Revisor: (1) Manoel Pimenta de Souza 3° Revisor: Eliécio Alixandre Vasconcelos

Publicação – Tablóide Nº 9.631 - Diário do Noroeste, em 5 abril 1990.

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COMISSÕES TEMÁTICAS COMISSÃO DE ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO Presidente: Percival Ereno Relator: Armando Ortiz Revisor: Eduardo Carlos Antonio COMISSÃO DE ORDEM SOCIAL Presidente: Cláudio Boço Relator: Aristides Siborde Revisor: Eduardo Carlos Antonio COMISSÃO DE ORDEM ECONÔMICA Presidente: Alahir de Oliveira Relator: (1) Manoel Pimenta de Souza Revisor: Euclides Fratine COMISSÃO DE TRIBUTAÇÃO E ORÇAMENTO Presidente: Euclides Fratine Relator: Alahir de Oliveira Revisor: (1) Manoel Pimenta de Souza

OBS: qualidade e atuação:

(1) Suplente - ativo - de 03-11-89 a 21-12-89 (2) Vereador- titular - de 22-12-89 a 04-04-90

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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE ALTO PARANÁ, ESTADO DO PARANÁ. PREÂMBULO Em Legislatura Especial, nós, os vereadores, com a participação po-pular, elaboramos o ordenamento básico do Município, em consonância com os princípios expressos na Constituição da República Federativa do Brasil e na Constituição do Estado do Paraná, e sob a proteção de Deus, promulgamos a Lei Orgânica do Município de Alto Paraná, Estado do Paraná. TÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA Art. 1°. O Município de Alto Paraná, parte integrante do Estado do Paraná, é dotado de personalidade jurídica de direito público interno e goza de autonomia nos termos assegurados pela Constituição da República Federativa do Brasil e pela Constituição do Estado do Paraná. Art. 2°. É mantida a integridade do município, a qual só poderá ser alterada através de lei estadual e mediante a aprovação da população interessada, em plebiscito prévio. Art 3°. - São símbolos do município, além dos nacionais e estaduais, o brasão, a bandeira e o hino, estabelecidos por lei municipal, aprovada por maioria absoluta da Câmara Municipal. (Revogado pela Emenda Nº 02, de 18-11-2006). Art. 3º. São símbolos do município, além dos nacionais e estaduais, o brasão, a bandeira e o hino, estabelecidos por lei municipal, aprovada por maioria absoluta da Câmara Municipal. Parágrafo único: Fica adotada a configuração da bandeira do município como forma de representação permanente da logomarca da Administração Municipal de Alto Paraná, obedecidos os seguintes critérios: (N.R. Emenda Nº 02, de 18-11-2006). I - a representação emblemática de que trata o parágrafo anterior será adotada por todas as gestões de governo municipal, de forma continuada e permanente; (introduzido pela Emenda Nº 02, de 18-11-2006).

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II - fica proibida a utilização de qualquer tipo de frase, desenho, cores, logomarca ou slogan para representar ou distinguir gestões de governo que não a representação oficial definida neste parágrafo único. (Introduzido pela Emenda Nº 02, de 18-11-2006). III - aplica-se também o disposto no inciso II deste artigo, na identificação de uniformes, veículos e equipamentos utilizados no serviço público municipal, nas páginas eletrônicas de órgãos públicos municipais junto à rede mundial de computadores, bem como nos demais usos especificados por lei. (Introduzido pela Emenda Nº 03, 22-11-2011). Art. 4º. São órgãos do governo municipal: I - o Poder Legislativo, exercido pela Câmara Municipal, composta de vereadores; II - o Poder Executivo, exercido pelo prefeito. CAPÍTULO II DAS COMPETÊNCIAS DO MUNICÍPIO SEÇÃO I DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA Art. 5°. Compete ao município: I - legislar sobre os assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e estadual, no que for de sua competência; III - instituir e arrecadar tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, com a obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; IV - organizar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local; V - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré-escolar e do ensino fundamental; VI - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população; VII - promover, adequado ordenamento territorial mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano, periurbano e rural; VIII - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual;

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IX - elaborar o seu plano plurianual, as diretrizes orçamentária e o seu orçamento anual; X - dispor sobre a utilização, a administração e a alienação dos seus bens; XI - adquirir bens, inclusive mediante desapropriação por necessidade, por utilidade pública ou por interesse social, na forma da legislação federal; XII - elaborar o plano diretor da cidade; XIII - organizar o quadro de seus servidores, estabelecendo regime jurídico único; XIV - instituir as normas de edificação, de loteamento, de arruamento e de zoneamento urbano, fixando as limitações urbanísticas; XV - constituir as servidões necessárias aos seus serviços; XVI - dispor sobre a utilização dos logradouros públicos e especialmente sobre: a) os locais de estacionamento de táxis e demais veículos; b) o itinerário e os pontos de parada de veículos de transporte coletivo; c) os limites e a sinalização das áreas de silêncio, de trânsito e de tráfego em condições peculiares; d) os serviços de cargas e descargas, e a tonelagem máxima permitida aos veículos que circulam em vias públicas. XVII - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais; XVIII - prover a limpeza dos logradouros públicos, o transporte e o destino do lixo domiciliar e de outros resíduos de qualquer natureza; XIX - dispor sobre os serviços funerários e administrar os cemitérios públicos; XX - dispor sobre afixação de cartazes e anúncios, bem como a utilização de qualquer outro meio de publicidade e propaganda em logradouros públicos; XXI - dispor sobre depósito e destino de animais e mercadorias apreendidas em decorrência da transgressão da legislação municipal; XXII - garantir a defesa do meio ambiente e da qualidade de vida; XXIII - arrendar, conceder o direito de uso ou permutar bens do município;

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XXIV - aceitar legados e doações; XXV - dispor sobre espetáculos e diversões públicas; XXVI - quanto aos estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços; a) conceder ou renovar a licença para sua abertura e funcionamento; b) fixar horário de funcionamento; c) revogar licença daqueles cujas atividades se tornarem prejudiciais à saúde, à higiene, ao bem-estar, à recreação, aos sossego público e aos bons costumes; d) promover o fechamento daqueles que funcionarem sem licença, ou após a revogação desta; XXVII - dispor sobre o comércio ambulante; XXVIII - fiscalizar a qualidade das mercadorias colocadas à venda, quanto aos aspéctos sanitário e higiênico; XXIX - coibir no exercício do poder de polícia, as atividades que violarem normas de saúde, sossego, higiene, segurança, moralidades outros do interesse da coletividade; XXX - instituir e impor as penalidades por infração das leis e regulamento do município; XXXI - prover qualquer outra matéria de sua competência. SEÇÃO II DA COMPETÊNCIA COMUM Art. 6°. É competência do Município, juntamente com a União e o Estado; I - zelar pela guarda da Constituição, das leis, das instituições democráticas, e conservar o patrimônio público; II - cuidar da saúde e assistência pública, oportunizando proteção e garantia às pessoas portadoras de deficiências; III - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência; IV - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

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V - promover programas de construção de moradias, melhorias das condições habitacionais e de saneamento básico; VI - combater causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos; VII - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões do direito de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seu território. CAPÍTULO III DOS BENS DO MUNICÍPIO Art. 7°. O Patrimônio Público Municipal de Alto Paraná é formado por bens municipais de toda natureza e espécie, que tenham qualquer interesse para a administração do município ou para sua população. Art. 8°. E obrigatório o cadastramento de todos os bens móveis, imóveis e semoventes do município, dele devendo constar a descrição, a identificação, o número de registro, órgãos ao qual estão distribuídos, a data de inclusão no cadastro e o seu valor, nesta data. Art. 9°. Os estoques de materiais e coisas fungíveis utilizados nas repartições e serviços públicos municipais, terão suas quantidades anotadas e a sua distribuição controlada, pelas repartições onde forem armazenados. Art 10. Toda alienação onerosa de bens imóveis municipais só poderá ser realiazada mediante autorização por lei municipal, avaliação prévia e licitação, observada na legislação federal pertinente. Art. 11. O município, preferencialmente à venda ou doação de bens imóveis, outorgará concessão de direito real de uso, mediante prévia autorização legislativa e concorrência pública. Parágrafo único. Dispensada essa, quando o uso se destinar ao concessionário de serviços públicos ou quando houver relevante interesse público, devidamente justificado. Art. 12. A aquisição de bens imóveis ou permuta, dependerá de prévia avaliação e autorização legislativa. Art. 13. O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão, permissão ou autorização, quando houver interesse público, devida mente justificado. Art. 14. Fica vedado ao município fornecer residência gratuita às autoridades. TÍTULO II DO GOVERNO MUNICIPAL CAPÍTULO I

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DO PODER LEGISLATIVO SEÇÃO I DA CÂMARA MUNICIPAL Art. 15. O Poder Legislativo Municipal é exercido pela Câmara Municipal, composta de vereadores em número proporcional à população do município. Art. 16. A Câmara Municipal de Alto Paraná compõe-se de vereadores, representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional, pelo voto direto e secreto, para um mandato de quatro anos, em eleição realizada na mesma data estabelecida para todo o País; observadas as condições de elegibilidade, conforme dispuser a legislação em vigor. Art. 17. Salvo disposição em contrário, constante desta lei, ou legislação superior, as deliberações da Câmara Municipal e de suas comissões, serão tomadas pela maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros, em reuniões públicas. SEÇÃO II DA INSTALAÇÃO Art 18. No primeiro ano de cada legislatura, no dia 1° de janeiro, em reunião de instação, independente de número, sob a presidência do mais idoso dentre os eleitos, os vereadores prestarão compromisso e tomarão posse. Art. 19. O presidente prestará o seguinte compromisso: “prometo cumprir a Constituição da República Federativa do Brasil, a Constituição do Estado do Paraná, a Lei Orgânica do Município, observar as leis, desempenhar com lealdade o mandato que me foi conferido, trabalhar pelo progresso do município de Alto Paraná e pelo bem-estar do seu povo”. Parágrafo único. Em seguida o secretário designado para este fim fará a chamada de cada vereador, que declarará: “assim prometo”. Art. 20. O vereador que não tomar posse na reunião prevista no artigo 17, poderá fazê-la até quinze dias após a primeira reunião ordinária da legislatura, sob pena de ser considerado renunciante, salvo motivo de doença comprovada. SEÇÃO III DA MESA DIRETORA Art. 21. Imediatamente após a posse, os vereadores reunir-se-ão sob a presidência do mais idoso entre os eleitos e, presente a maioria absoluta dos seus membros, elegerão os componentes da mesa diretora, por escrutíneo secreto e maioria absoluta de votos, considerando-se automaticamente empossados os eleitos.

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Art. 22. A mesa diretora será composta de um presidente, um vice-presidente, um 1° secretário e um 2° secretário. Parágrafo único. A mesa diretora terá as suas atribuições registradas em seu Regimento Interno. Art. 23. O mandato da mesa diretora será de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente. SEÇÃO IV DAS COMPETÊNCIAS DA CÂMARA MUNICIPAL Art. 24. Compete, privativamente, à Câmara Municipal I - eleger sua mesa diretora e as comissões permanentes e temporárias, conforme dispuser o Regimento Interno; II - elaborar o Regimento Interno; III - modificar o Regimento Interno; IV - dispor sobre sua organização, funcionamento e segurança; V - fixar em cada legislatura, para ter vigência na subsequente, a remuneração dos vereadores, antes da realização da eleição municipal; (revogado pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). V - fixar em cada legislatura, no mínimo, noventa dias antes da realização da eleição municipal, o subsídio dos vereadores, para a legislatura subsequente, em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória; (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011).

VI - fixar em cada legislatura, para ter vigência na subsequente, o subsídio e a verba de representação do prefeito, a verba de representação do vice-prefeito e presidente da Câmara, antes da realização da eleição municipal; (revogado pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). VI - fixar em cada legislatura, no mínimo, noventa dias antes da realização da eleição municipal, o subsídio do prefeito, vice-prefeito e dos secretários municipais, para a legislatura subsequente, em parcela única, vedada o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória; (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). VII - dar posse ao prefeito e ao vice-prefeito; VIII - conhecer a renúncia do prefeito e do vice-prefeito;

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IX - conceder licença ao prefeito e aos vereadores; X - autorizar o prefeito a ausentar-se do município por mais de quinze dias e do País por qualquer prazo; XI - criar comissão de inquérito sobre fatos determinados e referentes à administração municipal; XII - solicitar informações do prefeito, sobre assuntos da administração municipal; XIII - apreciar os vetos do prefeito; XIV - conceder honrarias às pessoas que, reconhecida e comprovadamente, tenham prestado serviços relevantes ao município; XV - julgar as contas do prefeito, nos termos da lei; XVI - convocar o prefeito ou secretários para prestar esclarecirnentos sobre assuntos de suas competências; XVII - processar os vereadores, conforme dispuser a lei; XVIII - declarar a perda ou a suspensão do mandato do prefeito e dos vereadores, na forma dos dispositivos constitucionais; XIX - sustar os atos normativos do Poder Executivo Municipal que exorbitem do poder regulamentar; XX - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, inclusive os da administração indireta. Art. 25. Compete à Câmara Municipal deliberar, com a sanção do prefeito, sobre todas as matérias da competência do município, especialmente sobre: I - legislar sobre tributos municipais; II - autorizar isenção, anistia fiscal e remissão de dívida; III - plano plurianual, orçamento anual e diretrizes orçamentária; IV - abertura de créditos especiais, suplementares e extraordinários; V - planos e programas municipais e setoriais;

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VI - criação, classificação e extinção de cargos, de empregos e de funções públicas municipais, na administração direta e indireta, fixando os respectivos vencimentos, observados os limites do orçamento anual e os valores máximos das suas remunerações, conforme estabelece a Constituição Federal; VII - regime jurídico único e a lei de remuneração dos servidores municipais da administração direta e indireta; (revogado pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). VII - o regime jurídico único e o plano de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas, assegurada a revisão geral e anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). VIII - autorização de operações de crédito e de empréstimos internos e externos, para o município, observadas as legislações estadual e federal pertinentes e dentro dos limites fixados pela Câmara Municipal; IX - autorização de permissões e concessão de serviços públicos de interesse local a terceiros; X - aprovação da política de desenvolvimento urbano, atendidos os dispositivos fixados pela legislação federal; XI - medidas de interesse local, mediante suplementação da legislação federal e estadual, regulando a nível municipal as matérias de sua competência. Art. 26 - A Câmara Municipal é obrigada a fornecer a qualquer interessado, no prazo máximo de 15 dias úteis, certidões de atos, contratos e decisões, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que retardar sua expedição. SEÇÃO V DOS VEREADORES Art. 27 - Os vereadores, em número proporcional à população, são os representantes do povo, eleitos para um mandato de quatro anos, na mesma data da eleição do prefeito. §1° - O número de vereadores obedecerá os limites fixados pela Constituição Estadual. (Revogado pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 1º - A Câmara Municipal de Alto Paraná compor-se-á de 9 (nove) vereadores. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). §2° - A população do município que servirá de base para o cálculo do número de vereadores, será aquela estimada pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, ou órgão que o venha substituir, em caso de extinção;

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I - a estimativa será fornecida por escrito, à Câmara Municipal, procedendo-se ao ajuste no ano anterior às eleições. Art. 28 - Os vereadores são invioláveis por suas opiniões, votos e palavras, no exercício de seu mandato e na circunscrição do município. Art. 29 - Os vereadores não poderão: I - desde a expedição do diploma: a) celebrar ou manter contrato com o município, autarquias de economia mista, empresas públicas, fundações e empresas concessionárias de serviço público municipal, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; b) receber remuneração das entidades mencionadas na letra anterior, salvo nos casos prescritos na Constituição Federal; II - desde a posse: a) ser proprietário ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato celebrado com o município; b) ocupar cargo, função ou emprego de que seja demissível “ad nutum” nos termos da administração direta e indireta no município, salvo o de secretário municipal; c) exercer outro mandato eletivo; d) pleitear interesses privados perante a administração municipal, na qualidade de advogado ou procurador; e) patrocinar causa em que sejam interessadas quaisquer das entidades mencionadas na letra “a”, do inciso I, desse artigo. Art 30 - Perderá o mandato o vereador que: I - infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; II - fizer uso do mandato para prática de atos de corrupção ou de improbidade administrativa; III- fixar residência fora do município; IV- deixar de comparecer, em cada sessão legislativa anual, à terça parte das reuniões ordinárias, salvo se em licença ou missão autorizada pela Câmara; N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011. (Revogado pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011).

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IV - deixar de comparecer, em cada sessão legislativa: (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). a) a terça parte das sessões deliberativas ordinárias, salvo se em licença ou missão autorizada pela Câmara; (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). b) a cinco (5) sessões deliberativas ordinárias consecutivas; (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). c) que tendo sido oficialmente convocado, com antecedência regimental, deixar de comparecer a três sessões legislativas extraordinárias, consecutivas, para apreciação de matérias urgentes ou de interesse público relevante. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). V - perder ou tiver suspensos os direitos políticos; VI - tiver procedimento declarado incompátivel com o decoro parlamentar; VII - estiver proibido pela Justiça Eleitoral, nos casos previstos em lei federal; VIII - sofrer condenação criminal, com sentença transitada em julgado; §1° - Além de outros casos definidos no Regimento Interno, considerar-se-á incompatível com o decoro parlamentar o abuso das prerrogativas asseguradas ao vereador, ou a percepção, no exercício do cargo, de vantagens indevidas. § 2° - Nos casos dos incisos I, II, III, IV e VI a perda de mandato será decidida pela Câmara, por voto secreto § 3° - Nos casos dos íncisos V, VII e VIII, a perda será declarada pela mesa diretora, de ofício ou mediante a provocação de 5% (cinco por cento) dos eleitores do município, assegurada ampla defesa. Art. 31. Extingue-se o mandato e assim será declarada pelo Presidente da Câmara, quando ocorrer falecimento ou renúncia por escrito. Art. 32. O presidente poderá afastar de suas funções o vereador acusado, desde que a denúncia seja recebida por dois terços dos membros da Câmara, convocando o respectivo suplente, até o julgamento final. § 1° - O suplente convocado não intervirá nem votará nos atos de processo do vereador afastado.

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§ 2° - Se a denúncia, recebida por dois terços dos membros da Câmara, for contra o presidente, este passará a presidência ao substituto legal, seguindo o trâmite, de acordo com o artigo anterior. Art. 33. O vereador poderá licenciar-se, na forma que dispuser o Regimento Interno. Art. 34 - Nos casos de vacância ou licença do vereador, o presidente convocará o suplente, imediatamente. (Revogado pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Parágrafo único. O suplente convocado deverá tomar posse dentro do prazo de cinco dias, salvo motivo justo e aceito pela Câmara, na forma que dispuser o Regimento Interno. (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). (Revogado pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011).

Art. 34. Nos casos de vacância, por morte ou renúncia do titular, o presidente convocará o suplente, no prazo máximo de oito dias, após o registro oficial da vacância. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 1º - Nos casos de vaga, por investidura em funções previstas nesta lei, ou por licença superior a cento e vinte dias, o suplente será convocado através da imprensa oficial, no mesmo ato de publicação da concessão da respectiva licença. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 2º - Ocorrendo a vaga e não havendo suplente, comunicar-se-á a autoridade competente para que seja realizada eleição para preenchê-la, se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). §3º - O suplente convocado deverá tomar posse no prazo máximo de oito dias, salvo motivo justo e aceito pela mesa diretora, na forma que dispuser o Regimento Interno. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 35 - Antes da posse e ao término do mandato, os vereadores deverão apresentar declaração dos seus bens, ficando a mesma arquivada na Câmara Municipal. (Revogado pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 35. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação no Poder Legislativo Municipal de declaração de bens e valores que compõem o patrimônio privado do eleito, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 1° - A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos

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apenas os objetos e utensílios de uso doméstico. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 2º - A declaração de bens e valores será anualmente atualizada, inclusive, na data em que o agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 3º - Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração de bens e valores, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 4º - O declarante, ao seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens e valores apresentada à Delegacia da Receita Federal, na conformidade da legislação do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para suprir a exigência contida no caput e no § 2° deste artigo. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). SEÇÃO VI DAS COMISSÕES

Art. 36. As Comissões Permanentes da Câmara Municipal, serão eleitas na primeira reunião ordinária, pelo prazo de um ano, permitida a reeleição. Art. 37. As Comissões Temporárias, serão constituídas na forma e com as atribuições previstas no Regimento Interno, no ato de que resultar a sua criação. § 1° - As Comissões de Inquérito, serão criadas mediante requerimento da maioria absoluta dos membros da Câmara e versação sobre fatos determinados e precisos, tendo prazo de duração limitado, após o qual serão dissolvidas, salvo se prorrogado o prazo, por voto da maioria abso-luta da Câmara Municipal, por igual período. § 2° - As Comissões de Inquérito terão poderes de investigação próprios, previstos no Regimento Interno, sendo suas conclusões encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilização civil ou criminal dos indiciados, se for o caso. Art. 38. Na composição da mesa diretora e das comissões, assegurar-se-á, tanto quanto possível a representação proporcional dos partidos políticos. SEÇÃO VII DAS REUNIÕES

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Art. 39. A Câmara Municipal reunir-se-á, anualmente, independente de convocação, de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1° de agosto a 15 de dezembro. (Revogado pela Emenda Nº 01/2006, 8-4-2006). Art. 39. A Câmara Municipal reunir-se-á, anualmente, independente de convocação, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1° de agosto a 22 de dezembro.” (Revogado pela Emenda Nº 03, de 22-11-2011). Art. 39. A Câmara Municipal reunir-se-á, anualmente, nas dependências do Poder Legislativo, de 02 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). I - As sessões realizadas nesse ínterim serão denominadas de sessão deliberativa ordinária e sessão deliberativa extraordinária, vedada o pagamento de quaisquer parcelas indenizatórias, por razão de suas realizações: (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). a) a sessão deliberativa ordinária será realizada às quintas-feiras, às 20 horas, e será transferida para o primeiro dia útil subsequente, quando recair em feriado. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). a) a sessão deliberativa ordinária será realizada às terças-feiras, às 20 horas, e será transferida para o primeiro dia útil subsequente, quando recair em feriado. (Introduzido pela Emenda Nº 04/2011, de 13-4-2012).

b) a sessão deliberativa extraordinária será realizada em dia e horário diverso ao preestabelecido nesta Lei e no regimento Interno. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 1º - A Câmara reunir-se-á em sessão preparatória a partir de 1º de janeiro, após a eleição municipal, para dar posse aos eleitos, para eleição da mesa diretora e eleições das comissões permanentes. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011).

§ 2º - A Câmara Municipal reunir-se-á, mediante convocação do prefeito, do presidente da Câmara ou a requerimento da maioria de seus membros, em caso de urgência ou interesse público relevante. Em todas as hipóteses deste parágrafo, com a aprovação da maioria absoluta de seus membros, no período de 1º de janeiro a 1º de fevereiro, de 18 a 31 de julho e de 23 de dezembro a 31 de dezembro. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011).

I - as reuniões realizadas nesse período serão denominadas de sessão legislativa extraordinárias: (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011).

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a) na sessão legislativa extraordinária, a Câmara somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocada. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). b) é vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão de convocação de sessão legislativa extraordinária. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011).

§ 3º. A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação dos projetos de leis orçamentárias. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 40. Salvo motivo de força maior devidamente caracterizado, as reuniões legislativas realizar-se-ão no recinto próprio da Câmara Municipal, sob pena de nulidade das deliberações tomadas. § 1° - Comprovada a impossibilidade de acesso ao recinto, ou por outra causa que impeça a sua utilização, as reuniões poderão ser realizadas em outro local, aprovado pela maioria absoluta dos vereadores. § 2° - As reuniões solenes poderão ser realizadas fora do recinto da Câmara Municipal. Art. 41. Todas as reuniões serão públicas, salvo deliberação em contrário, aprovada pela maioria absoluta dos membros da Câmara, quando ocorrer motivo relevante, ou para a preservação do decoro parlamentar. Art. 42. As reuniões serão abertas com a presença, de no mínimo, um terço dos membros do Legislativo. Parágrafo único. Considerar-se-á presente à reunião o vereador que assinar a folha de presença até o inicio da Ordem do Dia e participar do processo de votação. Art. 43 - A Câmara Municipal poderá ser convocada extraordinariamente, para tratar de matéria urgente ou de interesse público relevante: I- pelo prefeito; II - pelo presidente da Câmara Municipal; III - pela maioria absoluta dos vereadores. § 1° - As reuniões extraordinárias serão convocadas com uma antecedência de dois dias e nelas não serão tratados assuntos estranhos ao que motivou a sua convocação. § 2° - O presidente da Câmara Municipal dará ciência da convocação aos vereadores, por meio de comunicação pessoal escrita.

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SEÇÃO VIII DAS DELIBERAÇÕES Art. 44. As deliberações da Câmara Municipal serão tomadas mediante três discussões e três votações, com interstício mínimo de vinte e quatro horas. Parágrafo único. Os vetos, as indicações e os requerimentos terão uma única discussão e votação. Art. 45. A discussão e a votação da matéria constante da Ordem do Dia serão efetuadas com a presença da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal. § 1° - O voto será público, salvo as excessões previstas em lei. § 2° - Dependerá do voto favorável de dois terços dos membros da Câmara Municipal a aprovação: I - das leis concernentes: a) ao plano diretor da cidade; b) à alienação de bens imóveis; c) à concessão de honrarias; d) à concessão de moratórias; e) à concessão de privilégios;

f)) à remissão de dívidas; II - da rejeição de parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado do Paraná; III - da aprovação de proposta para mudança de nome do município; IV - da mudança de local do funcionamento da Câmara Municipal; V - da destituição de componentes da mesa diretora; VI - da representação do prefeito; VII - da alteração desta lei, obedecido o regulamento próprio; VIII - da perda do mandato do vereador.

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§ 3° - Dependerá do voto favorável da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal a aprovação; I - das leis concernentes: a) ao código tributário municipal; b) à denominação de próprios e logradouros; c) à rejeição de veto do prefeito; d) ao zoneamento do uso solo; e) ao código de edificação e obras; f) ao código de postura; g) ao estatuto dos servidores municipais; h) à criação de cargos e aumentos de vencimentos dos servidores municipais; II - do regimento interno da Câmara Municipal; III - da aplicação de penas pelo prefeito ao proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado, na forma prevista nesta lei; IV - da realização da reunião secreta. § 4° - A aprovação das matérias não constantes dos parágrafos anteriores deste artigo, dependerão do voto favorável da maioria dos vereadores, presentes à reunião em sua maioria absoluta. § 5° - O voto será secreto: I - na eleição da mesa diretora; II - nas deliberações relativas à prestação de contas do município; III - nas deliberações de veto; IV - nas deliberações sobre a perda de mandato de vereador. § 6° - Estará impedido de votar o vereador que tiver sobre a matéria interesse particular seu, de seu cônjuge, de parente até o terceiro grau consanguíneo ou afim.

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§ 7° - Será nula a votação que não for processada nos termos desta lei.

SEÇÃO IX DO PROCESSO LEGISLATIVO Art. 46. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Lei Orgânica; II - leis ordinárias; III - decretos legislativos; IV - resoluções legislativas. Art. 47. A iniciativa dos projetos de lei cabe ao: I- prefeito municipal; (N.R. pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). II - vereador; III - mesa executiva da Câmara. (N.R. pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Parágrafo único. A iniciativa popular, relativa a projeto de lei de interesse do município, da cidade ou de bairros, será feita através da manifestação expressa de pelo menos, cinco por cento do eleitorado. (N.R. pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 47. A iniciativa dos projetos de lei cabe ao: I - prefeito; II - vereador; III – mesa diretora do Poder Legislativo Municipal;

IV - iniciativa popular. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011).

§ 1º - A iniciativa popular, relativa a projeto de lei de interesse do município, será feita através da manifestação expressa de pelo menos, 5% (cinco por cento) do eleitorado municipal. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011).

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§ 2º - A iniciativa popular será exercida pela apresentação à Câmara Municipal de projeto de lei obedecidas as seguintes condições: (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). I - a assinatura de cada eleitor deverá ser acompanhada de seu nome completo e legível, endereço e dados identificadores de seu título eleitoral; (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). II - a proposta será protocolada pela secretária da Câmara, que verificará se foram cumpridas as exigências estabelecidas neste artigo para sua apresentação; (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). III - o projeto de lei apresentado, na forma deste artigo, terá prioridade em sua tramitação, devendo ser observados, ainda, os seguintes procedimentos: (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). a) não sofrerá prejuízo, por encerramento de legislatura; (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). b) qualquer projeto que disponha sobre matéria análoga ou semelhante será a ele anexado, vedada a sua anexação a qualquer outro; (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). c) prazo de tramitação de noventa dias, em regime de prioridade; (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). d) três turnos de discussões e votações. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). IV - no plenário, poderá usar da palavra para discutir o projeto de lei, pelo prazo de vinte minutos, um de seus signatários, para esse fim indicado quando da apresentação da proposta; (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). V - cada projeto de lei, apresentado nos termos deste artigo, deverá circunscrever-se a um único assunto, independentemente do número de artigos que contenha. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 48. Compete privativamente ao prefeito, a iniciativa de leis que disponham sobre: I - criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e indireta do Poder Executivo; II - aumento da remuneração dos servidores públicos municipais;

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III - regime jurídico e plano de carreira dos servidores públicos municipais; IV - criação, estruturação e atribuições das secretarias municipais e órgãos da administração municipal. Art. 49. Não serão admitidas emendas que aumentem as despesa nos projetos de lei de iniciativa exclusiva do prefeito, nem nos projetos de resolução que versam sobre a organização dos serviços administrativos da Câmara Municipal. Art. 50. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do prefeito, se este solicitar, deverão ser feitas no prazo de noventa dias, a contar da data do recebimento do projeto. § 1° - Se o prefeito julgar a matéria urgente, solicitará que a apreciação do projeto seja feita em quarenta e cinco dias. § 2° - A fixação do prazo de urgência será expressa e fundamentada podendo ser feita após a remessa do projeto de lei, considerando-se a data do recebimento do pedido, como termo inicial. § 3° - Esgotados esses prazos, o projeto de lei será incluído obrigatoriamente, na Ordem do Dia, suspendendo-se a deliberação sobre qualquer outro assunto até que se ultime a votação do mesmo. § 4° - Os prazos não fluem nos períodos de recesso da Câmara Municipal e não se interrompem no período de reuniões legislativas extraordinárias. § 5° - As disposições deste artigo não serão aplicáveis à tramitação dos Projetos de Lei que tratem da matéria codificada, Lei Orgânica e Estatutos. § 6° - As modificações desta Lei Orgânica só poderão ser aprovadas pelo mesmo quorum da sua aprovação e obedecidas as mesmas formalidades da sua elaboração, cabendo a sua promulgação ao Presidente da Câmara Municipal. (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011) § 6º- As modificações desta Lei Orgânica só poderão ser aprovadas pelo quorum de dois terços de seus membros, e em dois turnos de votação, com interstício mínimo de dez dias, cabendo sua promulgação à mesa diretora do Poder Legislativo Municipal. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 51. O projeto de lei que receber parecer contrário de todas as comissões permanentes competentes, será considerado prejudicado, implicando no seu arquivamento. Art. 52. A matéria de projeto de lei rejeitado ou prejudicado somente poderá constituir objeto de novo projeto de lei, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.

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Art. 53. Aprovado o projeto de lei na forma regimental, o presidente da Câmara Municipal, no prazo de dez dias úteis, enviá-lo-á ao prefeito para sanção. § 1° - Se o prefeito julgar o projeto de lei, no todo ou em parte inconstitucional, ilegal ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á, total ou parcialmente, dentro de quinze dias úteis, contados da data em que o receber, comunicando ao presidente da Câmara, dentro de quarenta e oito horas, as razões do veto. § 2’ - O veto parcial somente abrangerá texto integrante de artigo, de parágrafo, de inciso ou de letra. § 3° - Decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silêncio do prefeito implicará em sanção. § 4° - Comunicado o veto, a Câmara Municipal deverá apreciá-lo com o devido parecer, dentro de trinta dias úteis, contados da data do recebimento, em discussão única e votação secreta, mantendo-se o veto quando não obtiver o voto contrário da maioria absoluta dos membros da Câmara. § 5° - Rejeitado o veto, o projeto de lei retornará ao prefeito, que terá prazo de quarenta e oito horas para promulgá-lo como lei. § 6° - O veto ao projeto de lei orçamentária será apreciado pela Câmara, dentro de dez dias úteis, contados da data do recebimento. § 7° - Decorridos os prazos referidos nos § 3°, § 5° ou § 6°, o presidente da Câmara promulgará a lei dentro de quarenta e oito horas. § 8° - Quando se tratar de rejeição de veto parcial, a lei promulgada tomará o mesmo número da original. § 9° - O prazo de trinta dias referido no parágrafo 4°, não flui nos períodos de recesso da Câmara Municipal. § 10 - A manutenção do veto não restaura matéria do projeto de lei original, suprimida ou modificada pela Câmara Municipal. Art. 54. As resoluções e decretos legislativos, serão discutidos e votados como dispuser o Regimento Interno. CAPÍTULO II DO PODER EXECUTIVO SEÇÃO I DO PREFEITO

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Art. 55. A eleição do Prefeito Municipal e do Vice-Prefeito realizar-se-á simultaneamente, mediante pleito direto realizado em todo o País. (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 55. A eleição do prefeito e do vice-prefeito realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo do mês de outubro do ano anterior ao término do mandato vigente. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Parágrafo único. A posse do prefeito e do vice-prefeito, dar-se-á em 1° de janeiro do ano subsequente ao da eleição. Art. 56. O prefeito tomará posse e prestará compromisso em reunião solene na Câmara Municipal. Parágrafo único. O prefeito prestará o seguinte compromisso: “prometo defender e cumprir a Constituição da República Federativa do Brasil, a Constituição do Estado do Paraná, a Lei Orgânica do Município, observar as leis, promover o bem geral do município e desempenhar, com lealdade e patriotismo, as funções do meu cargo”. Art. 57. Em caso de licença ou impedimento, o Prefeito será substituído pelo Vice-Prefeito, e na falta deste, pelo Presidente da Câmara Municipal. (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 1° - Ocorrendo vacância, assumirá o cargo o Vice-Prefeito, que será empossado na mesma forma do titular, para completar o mandato. (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 2° - Na falta do Vice-Prefeito, assumirá o cargo o Presidente da Câmara Municipal, e na ausência deste, o Vice-Presidente . (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 57. Em caso de impedimento, vacância ou licença do prefeito, serão sucessivamente chamados ao exercício do cargo: o vice-prefeito, o presidente da Câmara e o juiz de direito da comarca. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 1º - O vice-prefeito será empossado da mesma forma que o titular, para completar o mandato. § 2º - Vagando os cargos de prefeito e vice-prefeito, far-se-á eleição noventa dias após aberta a última vaga. § 3º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos de mandato, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias após a última vaga, na forma da lei eleitoral. § 4º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores. Art. 58 - O prefeito, sem autorização legislativa, não poderá afastar-se:

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I - do município, por mais de quinze dias consecutivos; II - do País, por qualquer prazo. Parágrafo único. - O prefeito regularmente licenciado, terá direito a perceber subsídios e a verba de representação, somente quando: (NR - Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Parágrafo único. O prefeito regularmente licenciado terá direito a perceber subsídio dos cofres municipais: (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011).

I - até o décimo quinto dia, quando impossibilitado para o exercício do cargo, por motivo de doença, devidamente comprovada; (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011).

II - quando em missão de representação do município; Art. 59. O foro para julgamento do prefeito será o tribunal de justiça. SEÇÃO II DO SUBSÍDIO E DA VERBA DE REPRESENTAÇÃO Art. 60. O subsidio e a verba de representação do prefeito serão fixados no término da legislatura, antes da eleição municipal, para vigorar na próxima legislatura. (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 1° - A verba de representação não excederá a 50% (cinquenta por cento) do valor do subsídio; (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 2° - A verba de representação do vice-prefeito, não excederá a 50% (cinquenta por cento) da percebida pelo prefeito municipal. (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 60. Os subsídios do prefeito, do vice-prefeito e dos secretários municipais serão fixados, no mínimo, com noventa dias antes das eleições municipais para vigorar na legislatura seguinte, obedecendo na íntegra o disposto no inciso VI do Art. 24 desta Lei Orgânica. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 1º - A revisão geral anual dos subsídios dos prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais, somente será permitida após o segundo ano da posse, limitando-se à reposição inflacionária, e observará o disposto no art. 37, X, da Constituição Federal, e ocorrerá na mesma ocasião da revisão geral dos vencimentos dos demais servidores públicos municipais, respeitados os limites referidos. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011).

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§ 2º - No prazo máximo de dez dias, após a publicação da lei de fixação dos subsídios ou de ato de recomposição de subsídios, o presidente da câmara encaminhará ao Tribunal de Contas, cópias dos respectivos atos, sob pena de sanções cabíveis. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 3º - Anualmente, os respectivos poderes publicarão, no órgão oficial do município, os valores dos subsídios de todos os agentes políticos. SEÇÃO III DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO Art. 61. Ao prefeito compete: I - representar o município em juízo e fora dele; II - enviar à Câmara Municipal projetos de lei; III - sancionar ou promulgar leis, determinando a publicação, no prazo de quinze dias; IV - regulamentar leis; V - prestar à Câmara Municipal, dentro de quinze dias as informações solicitadas; VI - estabelecer a estrutura e organização da administração municipal; VII - baixar e publicar atos administrativos; VIII - desapropriar imóveis, na forma da lei; IX - instituir servidões administrativas; X- dispor sobre a execução orçamentária; XI - superintender a arrecadação de tributos e de preços dos serviços públicos; XII - aplicar multas previstas em leis e contratos; XIII - fixar os preços dos serviços públicos municipais; XIV - contrair empréstimos e realizar operações de créditos, mediante autorização da Câmara Municipal; XV - celebrar convênio “ad-referendum” da Câmara Municipal;

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XVI - abrir crédito extraordinário nos casos de calamidade pública comunicando o fato à Câmara Municipal; XVII - prover os cargos públicos mediante concurso, provas e títulos; XVIII - expedir os atos referentes à situação funcional dos servidores; XIX - determinar a abertura de sindicância e a instauração de inquérito administrativo; XX - fazer aferir, pelos padrões legais, os pesos, medidas e balanças em uso nos estabelecimentos comerciais e similares; XXI - aprovar projetos técnicos de edificação, de loteamento e arruamento, conforme dispuser o plano diretor da cidade; XXII - denominar próprios e logradouros públicos; XXIII - oficializar, obedecidas as normas urbanísticas, os logradouros públicos; XXIV- encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná e à Câmara Municipal, até 31 de março de cada ano, a prestação de contas do município relativa ao exercício anterior; XXV - solicitar o auxilio dos órgãos de segurança, para cumprimento de seus atos; XXVI - aplicar mediante lei específica, aos proprietários de imóveis urbanos não edificados, subutilizados ou não utilizados, incluídos previamente no plano diretor da cidade, as penas sucessivas de: a) parcelamento compulsório; b) imposto progressivo no tempo; c) desapropriação mediante pagamento com título da dívida pública, conforme estabelece a Constituição Federal. Art. 62. O prefeito poderá delegar, por decreto, aos seus auxiliares, atribuições referidas ao artigo anterior, exceto as constantes dos incisos II, IV, V, VI, IX, X, XII, XIII, XVI, XVII, XXIII, XXIV e XXV. Parágrafo único. Os titulares de atribuições delegadas terão a responsabilidade plena dos atos que praticarem, participando ao prefeito, solidariamente, dos ilícitos eventualmente cometidos,

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Art. 63. A publicação dos Atos dos Poderes Executivo e Legislativo serão feitas na imprensa, declarada por lei, como órgão oficial do município. (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 63. As publicações dos atos dos poderes executivos e legislativos serão feitas na imprensa, declarada por lei como órgão oficial do município. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 1º - Para garantir maior publicidade dos atos, os respectivos poderes poderão utilizar-se de outros veículos de comunicação, inclusive online, sem negligenciar a publicação na imprensa oficial do município. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 2º - Os poderes executivo e legislativo municipal terão assinaturas dos jornais reconhecidos como órgãos oficiais do município. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 64. A prefeitura é obrigada a fornecer a qualquer interessado, no prazo máximo de quinze dias úteis, certidões de atos, contratos e decisões, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que retardar sua expedição. CAPÍTULO III DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Art. 65. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do município e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncias de receitas, será exercida pela Câmara Municipal, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno de cada um dos poderes. Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física, jurídica ou entidade pública que utilizar, arrecadar, guardar, gerenciar ou administrar dinheiros, bens e valores públicos municipais, ou pelos quais o município responde, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária. (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física, jurídica ou entidade pública ou privada que utilizar, arrecadar, guardar, gerenciar ou administrar dinheiros, bens e valores públicos municipais, ou pelos quais o município responde, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniárias. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 66. O parecer prévio, emitido pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná, sobre as contas anuais do prefeito, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços da Câmara Municipal. TÍTULO III

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DA ADMINISTRAÇÃO DO MUNICÍPIO CAPÍTULO I DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL Art. 67. O município terá o plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, que será o instrumento da política de desenvolvimento e expansão. Art. 68. O prefeito exercerá suas funções, auxiliado por órgãos da administração direta e indireta. § 1° - A administração direta poderá ser exercida por meio de secretarias municipais, departamentos e outros órgãos públicos. § 2° - A administração indireta será exercida por autarquias e outros órgãos da adminstração indireta, criados mediante lei municipal específica. § 3° - A administração indireta poderá, também ser exercida por subprefeituras. Art. 69. O planejamento municipal será realizado por intermédio de um órgão municipal único, o qual: I - sistematizará as informações básicas; II - coordenará os estudos; III - elaborará os planos e projetos relativos ao planejamento do de desenvolvimento municipal; IV- supervisionará a implantação do plano diretor da cidade. Art. 70. O planejamento municipal terá a cooperação das associações representativas de classe e associações comunitárias, mediante encaminhamento de projetos, sugestões e reivindicações diretamente ao órgão de planejamento do Poder Executivo. CAPÍTULO II DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS Art 71. As obras e serviços públicos municipais serão executados de conformidade com o planejamento do desenvolvimento integrado do município. § 1° - As obras públicas municipais poderão ser executadas: I - diretamente pela prefeitura, através da administração direta; II - por órgãos da administração indireta;

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III - por terceiros. § 2° - As obras públicas realizadas seguirão estritamente o plano diretor da cidade. Art. 72. Incumbe o poder público municipal, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos de interesse local. Parágrafo único. A lei disporá sobre: I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato, de sua renovação e prorrogação, bem como sobre as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; II - os direitos dos usuários; III - a política tarifária; IV - a obrigação de manter serviços adequados. Art. 73. As permissões e as concessões de serviços públicos municipais, outorgadas em desacordo com o estabelecido nesta lei, serão nulas de pleno direito. § 1° - Os serviços públicos municipais ficarão sujeitos à regulamentação e fiscalização do município. § 2° - O município poderá retomar os serviços públicos municipais pertinentes ou concedidos, se executados em desconformidade com o ato ou contrato respectivo. Art. 74. O município poderá realizar obras e serviços públicos de interesse comum, mediante convênio com a União, com o Estado, com outros municípios e com entidades particulares.

CAPÍTULO III DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL Art. 75. A administração pública municipal, direta e indireta, obedecerá em todos os atos e fatos administrativos os princípios de: I - legalidade; II - impessoalidade; III - moralidade;

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IV - publicidade. V - eficiência. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 76. Aplicam-se à Administração Pública Municipal, todos os preceitos, normas, direitos e garantias prescritos na Constituição Estadual. (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 76. Aplicam-se à administração pública municipal, todos os preceitos, normas, direitos e garantias prescritas nas Constituições Federal e Estadual. Art. 77. A lei reservará percentual de 5% (cinco por cento) dos cargos e empregos públicos para pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão. Art. 78. Os atos de improbidade administrativa importarão, na forma e gradação prevista em lei, sem prejuízos da ação penal cabível, em: I - suspensão dos direitos; II - perda de função pública; III - indisponibilidade de bens; IV - ressarcimento ao erário. Art 79. As contas da administração pública direta e indireta, de qualquer dos poderes do município ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, em local próprio, na Câmara Municipal, para exame e apreciação. Parágrafo único. O contribuinte poderá questionar-lhe a legitimidade, nos termos da lei. Art. 80. Os cargos ou empregos públicos municipais, serão criados por lei, que fixará as suas denominações, os padrões de vencimentos, as condições de provimento, indicando os recursos pe!os quais correrão as despesas. (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 80. Os cargos ou empregos públicos municipais serão criados por lei, que fixará as suas denominações, os padrões de vencimentos, as condições de provimentos, os requisitos para a promoção na carreira, indicando os recursos pelos quais correrão as despesas. Art. 81. Antes de assumir e ao deixar o exercício de suas funções o prefeito, o vice-prefeito e os vereadores deverão fazer declaração de bens que permanecerão na secretaria da Câmara Municipal. (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011).

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Art. 81. A posse e o exercício do cargo de vereador, prefeito, vice-prefeito e secretários municipais ficam condicionadas à apresentação de declaração de bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente, nos termos do art. 35 desta lei. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 82. Em toda a concorrência pública deverá haver a participação de um vereador de cada bancada partidária. (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 82. É livre o acesso de vereadores e demais cidadãos às reuniões de abertura de licitações, na qualidade de observadores da licitude do processo. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Parágrafo único. O acesso aos documentos do processo licitatório é direito de todo cidadão, mediante requerimento ao órgão competente. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). CAPÍTULO IV DOS AGENTES MUNICIPAIS SEÇÃO I DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

Art. 83. O município instituirá, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e plano de carreira para os servidores da administração pública municipal direta ou indireta. Parágrafo único. O regime jurídico e os planos de carreira do servidor público municipal decorrerão dos seguintes fundamentos: I - valorização e dignificação da função dos servidores públicos; II - profissionalização e aperfeiçoamento do servidor público; III - constituição de quadro dirigente, mediante formação e aperfeiçoamento de administradores, em consonância com critérios profissionais e éticos, especialmente estabelecidos; IV - sistema de mérito, objetivamente apurados para ingresso no serviço e desenvolvimento na carreira; V - remuneração adequada à complexidade e responsabilidade das tarefas; VI - tratamento uniforme aos servidores públicos, no que se refere à concessão de índices de reajustes ou outros tratamentos remuneratórios ou.desenvolvimento na carreira; VII - vencimento ou proventos não inferiores ao Salário-Mínimo Nacional.

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Art 84. São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em virtude de concurso público. (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 84. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art 85. Aos servidores públicos em exercício de mandato eletivo, aplicam-se as disposições da Constituição Federal. Art 86. Nenhum servidor poderá ser diretor ou integrar conselho de empresa fornecedora ou que realize modalidade de contrato com o município, sob pena de demissão do servidor público. Art. 87. É vedada a cessão de servidores públicos da administração direta ou indireta do município, à empresas ou entidades públicas ou privadas. Parágrafo único. Exceto a órgãos do mesmo poder, comprovada a necessidade, às entidades educacionais e filantrópicas, sem fins lucrativos, ou para o exercício de cargo ou função de confiança, nos termos da lei. Art. 88. Os servidores municipais gozarão dos benefícios especificados no artigo 128, VI, desta lei. SEÇÃO II DOS AGENTES POLÍTICOS Art. 89. Em caso de morte do prefeito ou do vice-prefeito, em função do cargo, ou do vereador durante o mandato, a respectiva viúva receberá pensão no valor do subsidio mensal, a que teria direito seu cônjuge, até que finde o mandato para o qual o mesmo foi eleito. (Revogado pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Parágrafo único. O disposto neste artigo será, regulamentado em lei municipal específica. (Revogado pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 89. Em caso de morte do prefeito, do vice-prefeito, do vereador ou secretário municipal os direitos previdenciários dos dependentes serão pleiteados junto ao Regime de Previdência ao qual estiverem filiados os respectivos agentes políticos. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). TÍTULO IV DA ORDEM ECONÔMICA CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ORDEM ECONÔMICA

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Art. 90. A organização da atividade econômica, fundada na valorização do trabalho humano, na livre iniciativa e na proteção ao meio ambiente, tem por objetivo assegurar existência digna a todos, conforme os mandamentos da justiça social e com base nos princípios estabelecidos na Constituição Federal. Art. 91. As microempresas e as empresas de pequeno porte definidas em lei federal, receberão do município tratamento jurídico diferenciado, visando ao incentivo de sua criação, preservação e desenvolvimento, através da eliminação, redução ou simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias e creditícias, por meio da lei. Art. 92. O Município por lei e ação integrada com a União, o Estado e a Soçiedade, promoverá a defesa dos direitos sociais do consumidor, através de sua conscientização, da prevenção e responsabilidade por danos a ele causados, democratizando a fruição de bens e serviços essenciais. Art. 93. O município apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismos. CAPÍTULO II DA POLÍTICA URBANA Art 94. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo poder público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei federal, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais e garantir o bem-estar de seus habitantes. § 1° - O plano diretor da cidade a ser aprovado pela Câmara Municipal será instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana. § 2° - É facultado ao poder público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor da cidade, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano, não edificado, subutilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena sucessiva de: I - parcelamento ou edificação compulsória; II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, progressivo no tempo; III - desapropriação com pagamento mediante título da dívida pública de emissão previamente aprovada pela Câmara Municipal, com prazo de resgate de dez anos em parcelamentos anuais, iguais e sucessivos, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. CAPÍTULO III DA POLÍTICA AGRÍCOLA

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Art. 95. O município promoverá o desenvolvimento do meio rural, de acordo com as aptidões econômicas, sociais e dos recursos naturais, mobilizando os recursos do setor público em sintonia com a atividade privada e mediante a elaboração de um plano de desenvolvimento rural, contando com a efetiva participação das organizações atuantes no meio, entidades representativas dos produtores e trabalhadores, profissionais técnicos e líderes da comunidade, para identificação dos problemas, formulação de propostas, de solução e execução. Parágrafo único. O plano de desenvolvimento rural estabelecerá os objetivos e metas a curto, médio e longo prazo e será desdobrado em planos operativos anuais, que integrarão recursos, meios e programas, dos vários organismos da iniciativa privada e governos municipal, estadual e federal. Art 96. Caberá o Poder Executivo Municipal cooperar com a elaboração do plano de desenvolvimento rural, integrando as ações dos vários organismos com atuação na área rural do município, mantendo consonância com a política agrícola do Estado e da União, contemplando principalmente: I - declarar de domínio público as áreas rurais que margeam as vias públicas municipais, em até 05 (cinco) metros de cada lado, obedecendo o planejamento técnico, a fim de evitar erosão; II - a ampliação e manutenção da rede viária rural para atendimento ao transporte humano e à produção, bem como construção de caixas de captação de água, canais coletores laterais, alargamento do leito das estradas em até 10 (dez) metros, obedecendo o planejamento técnico, a fim de evitar a erosão: III - a assistência técnica e a extensão rural oficial; IV - a organização do produtor e trabalhador rural; V - a preservação das matas nativas e reposição de espécies nativas e frutíferas às margens de rios, numa extensão mínima de 15 (quinze) metros; VI - exigir e fiscalizar a nota do produtor, oferecendo benfeitorias aos emitentes; VII - incentivar a diversificação de culturas, de modo que cada propriedade possa ser mais produtiva; VIII - arborização das margens das estradas rurais, preferencialmente frutíferas, incluíndo a plantação de grama. TÍTULO V DA TRIBUTAÇÃO E ORÇAMENTO CAPÍTULO I DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS

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SEÇÃO I DOS PRINCÍPIOS GERAIS Art. 97. O município poderá instituir os seguintes tributos: I - imposto; II - taxa; III - contribuição de melhorias. Art. 98. Ao município compete instituir imposto sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; II - transmissão intervivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou concessão física e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; III- vendas a varejo de combustíveis e gasosos, exceto óleo diesel; IV - serviços de qualquer natureza, a serem definidos em lei complementar federal, exceto os de transporte interestadual e intermunicipal e de comuniçação. Parágrafo único. Em relação ao impostos previstos nos incisos III e IV, o município observará as alíquotas máximas fixadas por lei complementar federal. Art. 99. O imposto predial e territorial urbano poderá ser progressivo, na forma da lei, para garantir o cumprimento da função social da propriedade, como dispõe a Constituição Federal. Art. 100. O Município de Alto Paraná, cobrará imposto sobre servico de qualquer natureza, dos bancos e casas de créditos. Art. 101. A lei municipal estabelecerá medidas para que os contribuintes sejam esclarecidos sobre os tributos municipais. CAPÍTULO II DOS ORÇAMENTOS MUNICIPAIS Art. 102. As leis de iniciativa do Poder Executivo, estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentária;

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III - o orçamento anual. Parágrafo único. O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária. Art. 103. A despesa com pessoal ativo e inativo do município não poderá exceder os limites estabelecidos em lei federal. Art. 104. O prefeito enviará à Câmara Municipal, até trinta de setembro, a proposta do Orçamento Programa Anual do Município, para o exercício seguinte. (revogado pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Parágrafo único. O não cumprimento do disposto no “caput” deste artigo implicará na elaboração do orçamento pela Câmara Municipal, tomando por base a Lei Orçamentária em vigor. (Revogado pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 104. O prefeito enviará à Câmara Municipal as propostas de leis orçamentárias, observados o seguinte prazos: (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). I - projeto do plano plurianual - PPA até 31 de Agosto do primeiro ano de mandato; (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011).

II - projeto de lei de diretrizes orçamentárias - LDO até 15 de abril de cada ano; (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011).

III - projeto de lei orçamentária anual - LOA até 31 de agosto de cada ano. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011).

Parágrafo único. Caracteriza crime de responsabilidade os atos do prefeito que atentem contra à Lei Orgânica, à Constituição Federal e à Constituição Estadual, e especialmente contra a lei orçamentária. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 105. O prefeito poderá enviar mensagem à Câmara Municipal, para propor a modificação do projeto de lei orçamentária, enquanto não iniciada a votação de parte que desejar alterar. Art. 106. A Câmara Municipal não enviando até trinta de novembro, o Projeto de Lei Orçamentária à sanção, o prefeito municipal promulgará como lei, o Projeto Orçamentário originário do Poder Executivo. (Revogado pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011).

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Art. 106. O Poder Legislativo Municipal enviará ao Poder Executivo Municipal as leis orçamentárias, observados os seguintes prazos: (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). I - o projeto do plano plurianual até 22 de dezembro do primeiro ano do mandato; (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011).

II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias até 17 de julho de cada ano; (introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011).

III - o projeto de lei orçamentária anual até 22 de dezembro de cada ano. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 1º - A sessão legislativa não será interrompida sem a votação dos projetos de leis orçamentárias, e esses projetos sobrestarão às demais deliberações legislativas da Câmara, até que se concluam as respectivas votações. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 2º - Os vereadores serão convocados para sessões legislativas e ou sessões deliberativas extraordinárias, sucessivamente, até que se ultime a apreciação. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 3º - Iniciado o exercício financeiro sem a aprovação da lei orçamentária anual, serão executadas quotas doudecimais, tendo como base as dotações constantes do projeto de lei orçamentária anual, encaminhado ao Poder Legislativo. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 107. Rejeitado pela Câmara Municipal o projeto de lei orçamentária anual, prevalecerá para o ano seguinte, o orçamento do exercício em curso, aplicando-lhe a atualização dos valores. Art. 108. O município acatará propostas da comunidade para elaboração do Orçamento Programa. TÍTULO VI DA ORDEM SOCIAL CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 109. O município, em ação integrada e conjunta com a União, o Estado e a sociedade, tem o dever de assegurar a todos o direito:

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I - à saúde, com assistência em período integral, inclusive aos sábados, domingos e feriados, com plantão de ambulância; II - à educação; III - à cultura; IV - ao lazer; V - à profissionalização; VI - à capacitação para o trabalho; VII - de proteção: a) à família; b) à mulher; c) à criança; d) ao adolescente; e) ao idoso; VIII - à conservação do meio ambiente. SEÇÃO I DA SAÚDE Art. 110. O município prestará, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população. Art. 111. As ações e serviços de saúde são de relevância pública, cabendo ao poder público municipal dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, nos limites de sua competência, devendo a execução ser feita preferencialmente, através de serviços oficiais e supletivamente, através de serviços de terceiros. § 1° - Fica estabelecido um percentual mínimo de 10% (dez por cento) da receita tributária do município, destinada à saúde’ e à assistência social. (Revogado pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011).

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§ 1º - Fica estabelecido um percentual mínimo de 15% (quinze por cento) da receita tributária do município para investimento em saúde pública. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 2° - Fica vedado ao Poder Executivo Municipal a transferência de dotação orçamentária do departamento de saúde e assistência social, para outro órgão. Art. 112. As ações e serviços de saúde pública integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único de saúde, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - municipalização dos recursos, serviços e ações com posterior regionalização dos mesmos; II - integralidade na prestação das ações preventivas e curativas; III - participação da comunidade, na forma da lei. Art. 113. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. Parágrafo único. As instituições privadas poderão participar de forma complementar, do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. Art. 114. Criar conselho de apoio à saúde com todos os segmentos da sociedade, com a participação efetiva na elaboração orçamentária do município. Art. 115. Todos os produtos de origem animal, deverão ser submetidos à inspeção sanitária, quando do abate e na sua comercialização. Art. 116. Dos totais de recursos recebidos do Estado, oriundos da arrecadação dos recursos de prognósticos de números, destinará 80% (oitenta por cento) ao departamento de saúde e assistência social. SEÇÃO II DA ASSISTÊNCIA SOCIAL Art. 117. O município assegurará, no âmbito de sua competência, a proteção e assistência à maternidade, à infância, à adolescência, à família, e à velhice, bem como do excepcional, na forma da Constituição Federal. § 1° - É dever do município, a implantação de programas voltados às ações de vigilância sanitária, epidemiológica e de saúde, na orientação de gestantes, bem como o fornecimento de materiais didáticos para a educação e saúde da comunidade.

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§ 2° - É dever do município o atendimento especializado a todos os deficientes, oferecendo-lhe cursos especializados, auxílio financeiro e pessoal, fornecimento de materiais e equipamentos, transporte escolar gratuito e a manutenção do veículo da entidade. § 3° - Cabe ao município pleitear junto ao órgão competente amparo previdenciário aos deficientes. § 4° - Promover atendimento em órgãos especializados, estabelecimentos de ensino e formação profissional ao excepcional, independente de sua idade cronológica. Art. 118. As ações governamentais de assistência social serão descentralizadas e integradas, cabendo à União a coordenação e as normas gerais. Parágrafo único. E ao Estado e Município caberá a coordenação e a execução dos respectivos programas, com participação das entidades beneficentes de assistência social e das comunidades. Art. 119. O município implantará serviços funerários. Art. 120. O município firmará convênio com órgãos próprios, para que as pessoas carentes possam obter documentos pessoais. SEÇÃO III DA EDUCAÇÃO DA CULTURA E DO DESPORTO Art. 121. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art 122. O município receberá assistência técnica e financeira do Estado e da União, para desenvolvimento do ensino fundamental, pré-escolar e de educação especial, em consonância com o sistema estadual de ensino. § 1° - Quando se justificar real necessidade a fim de que a educação não seja prejudicada, o chefe do Poder Executivo Municipal, após deliberação da Câmara Municipal, poderá ceder servidores em regime de convênio. § 2° - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo, podendo o Poder Executivo firmar convênio com instituições de ensino profissionalizante de caráter gratuito. § 3° - O município deverá oferecer o ensino fundamental regular e supletivo em período noturno, bem como adotar nas escolas municipais currículo base unificado, a ser elaborado pelo departamento competente e de conformidade com a legislação em vigor.

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§ 4° - O não fornecimento do ensino obrigatório pelo poder público, ou sua oferta irregular, importará em responsabilidade da autoridade competente. § 5° - O município atuará. prioritariamente, no ensino fundamental e pré-escolar, oferecendo ao aluno carente materiais escolares: I - é vedada a cobrança de qualquer ônus, pela matrícula. § 6° - A educação de trânsito será disciplina obrigatória nas escolas municipais. Art. 123. Compete ao poder público municipal, com a colaboração do Estado, recensear os educandos do ensino fundamental, fazendo-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. Art. 124. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: I - cumprimento das normas da educação nacional e da estadual; II - autorização e avaliação de qualidade de ensino pelo poder público competente. Art. 125. O município aplicará, anualmente, 25% (vinte e cinco por cento), no mínimo, da receita tributária, na manutenção e desenvolvimento do ensino. Art. 126. Os recursos públicos municipais serão destinados às escolas públicas do município, objetivando atender às necessidades exigidas pela universalização do ensino fundamental e, cumpridas tais exigências, poderão ser dirigidos às escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação; II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao poder público municipal no caso de encerramento de suas atividades § 1° - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados à bolsas de estudo para ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrem insuficiência de recursos. § 2° - Quando houver falta de vaga e de recursos regulares na rede pública, na localidade da residência do educando, fica o poder público obrigado a investir, prioritariamente, na expansão da sua rede nessa localidade. § 3° - A distribuição dos recursos assegurará prioritariamente, o atendimento das necessidades do ensino obrigatório, nos termos do sistema nacional de educação.

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Art. 127. Os bens referentes às características da cultura e história de Alto Paraná, constituem patrimônio comum, que deverão ser preservados, através do município, com a cooperação da comunidade. Art. 128. Compete ao poder público municipal: I - o transporte gratuito de alunos, professores e servidores que prestarem serviços em escolas municipais e estaduais na zona rural e distritos, no mesmo coletivo; II - exigir que os empregadores comuniquem ao departamento de educação municipal, a existência de pessoas com idade escolar, que não estejam matriculadas; III - proporcionar ajuda de custo, para eventos culturais e científicos, programados pelos estabelecimentos de ensino; IV - valorizar os profissionais da educação através de remuneração justa; V - garantir padrão de qualidade no ensino; VI - promover, periodicamente reciclagem aos professores, bem como proporcionar-lhes ajuda de custo para a especialização e pós-graduação, inclusive aos professares de escolas especializadas: a) os professores beneficiados deverão permanecer por mais cinco anos no exercício de sua atividade, após a conclusão do curso, de acordo com o disposto em lei municipal especifica. VII – constituir o conselho de apoio à educação, com a participação efetiva de todos os segmentos sociais, envolvidos direta ou indiretamente no processa educacional; VIII - promover o ensino profissionalizante; IX - prestar assistência médica e odontológica aos alunos do ensina fundamental; X - proporcionar condições de transporte aos alunos de terceiro grau, num limite de até vinte e cinco quilômetros. Art. 129. O cargo de diretor das escolas municipais, será exercido por professor lotado no estabelecimento e designado, após eleição regulamentada por ato do Poder Executivo Municipal.

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Parágrafo único. O professor só poderá concorrer a uma reeleição ao cargo de diretor e no estabelecimento onde houver um único candidato não haverá eleição, sendo o candidato único designado para o exercício do cargo respectivo. Art. 130. Os professores municipais serão regidos por estatuto próprio, observados os dispositivos Constitucionais. Art. 131. Fica criado o “conselho municipal de defesa da criança e do adolescente”. Parágrafo único. Este ato será regulamentado por lei específica. Art. 132. É dever do município fomentar as atividades desportivas, em todas as modalidades.

Art. 133. O município destinará 10% (dez por cento) do total recebido do governo do Estado, proveniente da arrecadação de concursos prognósticos de números, para programas desportivos. SEÇÃO IV DO MEIO AMBIENTE

Art. 134. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao município e à coletividade o dever de defendê-lo, preservá-lo e recuperá-lo, para as presentes e futuras gerações, garantindo-lhe a proteção do ecossistema e o uso racional dos recursos ambientais. § 1° - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público Municipal, cumprir e fazer cumprir os preceitos da Constituição Estadual. (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe-se o poder público municipal a cumprir e fazer cumprir os preceitos da Constituição Federal e Estadual e demais legislações das respectivas esferas. (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 2° - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente, sujeitarão aos infratores, pessoas físicas ou jurídicas, sanções penais e administrativas, independente da obrigação de recuperar os danos causados.

§ 3º - As diretrizes e as penalidades a serem aplicadas às pessoas físicas e jurídicas, que exercem atividades poluidoras, são estabelecidas pelas esferas federal e estadual. O desrespeito às diretrizes acarretará, dentre outras penalidades, a suspensão do licenciamento de funcionamento da atividade. (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). § 3° - As pessoas físicas ou jurídicas que exercem atividades poluidoras terão, definidas em lei estadual, as penalidades e a medidas a serem adotadas com os resíduos por elas produzidos e

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obrigadas, sob pena de suspensão do licenciamento a cumprir as diretrizes estabelecidas pelo órgão competente, na forma da lei. Art. 135. Instituir a educação ambiental no ensino fundamental e a conscientização pública para preservação e recuperação do meio ambiente. Art 136. O município implantará o conselho municipal de preservação do meio ambiente. SEÇÃO V DA HABITAÇÃO Art. 137. A política habitacional do Município da Alto Paraná, integrada à União e ao Estado, objetivará a solução da carência habitacional, de acordo com os seguintes princípios e critérios: I - oferta de lotes urbanizados; II - estímulo e incentivo à formação de cooperativas populares de habitação; III - atendimento prioritário à família carente; IV - formação de programas habitacionais pelo sistema de mutirão e autoconstrução. Art. 138. Lei específica deverá adotar critérios no lançamento de tributos, no sentido de beneficiar os conjuntos habitacionais. SEÇÃO VI DA FAMÍLIA, DA MULHER, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSO Art. 139. A família, a sociedade e o município têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar, garantindo-lhe o direito à vida digna. Art. l40. O município incentivará as entidades particulares, sem fins lucrativos, atuantes da política do bem-estar da criança, do adolescente, da pessoa portadora de deficiência e do idoso, devidamente registradas nos órgãos competentes, subvencionando-as com auxílio financeiro e amparo técnico. Art. 141. O município dotará sua estrutura física de forma que todos deficientes tenham acesso às repartições públicas. Art. 142. É assegurada a gratuidade nos transportes de escolares, aos maiores de sessenta e cinco anos e às pessoas portadoras de deficiência.

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TÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS Art. 1°. O município publicará anualmente, no mês de março, a relação completa dos servidores lotados em órgãos ou entidades da administração pública direta, indireta e fundacional, em cada um de seus poderes, indicando o cargo ou a função e o local de seu exercício, para fins de recenseamento e de controle. (N.R. Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 1º. Os Poderes Executivo e Legislativo publicarão, anualmente, no mês de março, a relação completa dos servidores com suas respectivas lotações em órgãos ou entidades da administração pública direta, indireta e fundacional, indicando o cargo, a função e a remuneração, para fins de recenseamentos e de controle. (Introduzido pela Emenda Nº 03/2011, de 22-11-2011). Art. 2°. O município deverá promover a fluoretação da água, através de convênio com empresa que explore o serviço. Art. 3°. O município implantará o sistema de esgoto proporcionalmente, de acordo com as reais condições e necessidades. Art. 4°. Os servidores municipais que adquiriram estabilidade com a Constituição Federal, de 05-10-1988, só serão removidos dos locais de trabalho, do cargo ou da função, desde que não sejam rebaixados de nível. Art. 5°. O município fará aquisição de um veículo funerário. Art. 6°. O município criará, através de lei, a comissão municipal de esportes. Art. 7°. O município deverá criar e responsabilizar-se pela administração de um hospital, de acordo com a legislação específica. Art. 8°. O município construirá um curral de conselho, e o administrará, de acordo com lei específica. Art. 9°. O município implantará o conselho comunitário de segurança municipal. Art. 10. O município mandará imprimir esta Lei Orgânica para distribuição aos diretores dos estabelecimentos de ensino, aos representantes das entidades de classe, aos representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e aos órgãos que prestam assistência ao município. Parágrafo único. A distribuição especificada neste artigo, será gratuita, visando a mais ampla divulgação desta lei.

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Art. 11. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Sala de Reuniões do Poder Legislativo Municipal de Alto Paraná, Estado do Paraná, em 04 de abril de 1990. Eliécio Alixandre Vasconcelos – presidente, Euclides Fratine - Vice-Presidente, Aristides Siborde - 1° Secretário, Alahir de Oliveira - 2° Secretário, Vereadores: Armando Ortiz, Cláudio Boço, Eduardo Carlos Antonio, Milton Tosti e Percival Ereno. LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE ALTO PARANÁ - ESTADO DO PARANÁ 2º Edição – Atualizada Emenda Nº 1, de 8-4-2006, Emenda Nº 2, de 18-11-2006 e Emenda Nº 3, de 22-11-2011. Indíce Sistemático Preâmbulo................................................................................................................................................................03 Título I da Organização do Município - Capítulo I da Organização Político-Administrativa..............................03 Capítulo II das Competências do Município - Seção I da Competência Privativa..............................................04 Seção II da Competência Comum ........................................................................................................................06 Capítulo III dos Bens do Município .......................................................................................................................07 Título II do Governo Municipal - Capítulo I do Poder Legislativo - Seção I da Câmara Municipal.................07 Seção II da Instalação..............................................................................................................................................08 Seção III da Mesa da Câmara Municipal...............................................................................................................09 Seção V dos Vereadores.........................................................................................................................................11 Seção VI das Comissões.........................................................................................................................................15 Seção VII das Reuniões..........................................................................................................................................15 Seção VIII das Deliberações ..................................................................................................................................17 Seção IX do Processo Legislativo...........................................................................................................................19 Capítulo II do Poder Executivo - Seção I do Prefeito ...........................................................................................23 Seção II do Subsídio e da Verba de Representação ...............................................................................................25 Seção III das Atribuições do Prefeito ....................................................................................................................26 Capítulo III da Fiscalização Contábil Financeira e Orçamentária ........................................................................28 Título III da Administração do Município - Capítulo I do Planejamento Municipal............................................29 Capítulo II das Obras e Serviços Municipais .........................................................................................................29 Capítulo III da Administração Pública Municipal .................................................................................................30 Capítulo IV dos Agentes Municipais - Seção I dos Servidores Municipais .........................................................32 Seção II dos Agentes Políticos ..............................................................................................................................33 Título IV da Ordem Econômica - Capítulo I dos Princípios Gerais da Ordem Econômica..................................33 Capítulo II da Política Urbana ...............................................................................................................................34 Capítulo III da Política Agrícola ............................................................................................................................34 Título V da Tributação e Orçamento – Capítulo I dos Tributos Municipais - Seção I dos Princípios Gerais.....35 Capítulo II dos Orçamentos Municipais .................................................................................................................36 Título VI da Ordem Social - Capítulo I Disposições Gerais ..................................................................................38 Seção I da Saúde ....................................................................................................................................................39 Seção II da Assistência Social ................................................................................................................................40 Seção III da Educaçãos da Cultura e do Desporto do Meio Ambiente.................................................................44

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Seção V da Habitação ...........................................................................................................................................44 Seção VI da Família, da Mulher, da Criança, do Adolescente e do Idoso ..........................................................45 Título VII das Disposições Gerais e Transitórias ................................................................................................46 Anexas: Emenda Nº 1, de 8-4-2006....................................................................................................................................48 Emenda Nº 2, de 18-11-2006...............................................................................................................................49 Emenda Nº 3, 22-11-2011.....................................................................................................................................50 Emenda Nº 4, 13-4-2012.....................................................................................................................................61

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EMENDA Nº 01/2006 À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE ALTO PARANÁ SÚMULA: Modifica redação do Artigo 39, da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná, Estado do Paraná, adequando-o à Emenda Constitucional n° 50, de 14 de fevereiro de 2006. A Câmara Municipal de Alto Paraná, Estado do Paraná, aprovou e eu, presidente, promulgo a seguinte Emenda à Lei Orgânica do Município:

Art. 1º - O Artigo 39 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 39 - A Câmara Municipal reunir-se-á, anualmente, independente de convocação, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1° de agosto a 22 de dezembro.”

Art. 2° - Esta Emenda à Lei Orgânica do Município entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Sala de reuniões da Câmara Municipal de Alto Paraná, Estado do Paraná, 06 de abril de 2006. Paulo Sérgio Avanço, Presidente - 13ª Legislatura - 1° biênio Diário do Noroeste, 8-4-2006, pág. 20

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EMENDA Nº 02/2006 À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE ALTO PARANÁ

SÚMULA: Insere parágrafo único ao art. 3º da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná.

A Câmara Municipal de Alto Paraná, Estado do Paraná, aprovou e eu, presidente, promulgo a seguinte Emenda à Lei Orgânica do Município: Art. 1º - O Artigo 3º da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 3º - São símbolos do município, além dos nacionais e estaduais, o brasão, a bandeira e o hino, estabelecidos por lei municipal, aprovada por maioria absoluta da Câmara Municipal. Parágrafo único: Fica adotada a configuração da bandeira do município como forma de representação permanente da logomarca da Administração Municipal de Alto Paraná, obedecidos os seguintes critérios: I – a representação emblemática de que trata o parágrafo anterior será adotada por todas as gestões de governo municipal, de forma continuada e permanente; II – fica proibida a utilização de qualquer tipo de frase, desenho, cores, logomarca ou slogan para representar ou distinguir gestões de governo que não a representação oficial definida neste parágrafo único.

Art. 2º - Esta emenda entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Sala de reuniões da Câmara Municipal de Alto Paraná, 09 de novembro de 2006. Paulo Sérgio Avanço, Presidente. Diário do Noroeste, 18-11-2006, pág. 19

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EMENDA Nº 03 À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE ALTO PARANÁ

Dá nova redação aos: art. 3º, (alterado pela Emenda de Nº 2/2006), incluindo o inciso III; incisos V e VI do art. 24; inciso VII do art. 25; § 1º do art. 27; inciso IV do art. 30; art. 34, art. 35, art. 39 e art. 47; § 6º do art. 50; art. 55 e art. 57; parágrafo único do art. 58; título da seção II, artigo 60 e §§ 1º e 2º e inclui o § 3º; art. 63; parágrafo único do art. 65; art. 75, art. 76, art. 80, art. 81, art. 82, art. 84, art. 89, art. 104 e art. 106; § 1º do art. 111; art. 134, e o art. 1º das Disposições Gerais e Transitórias da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná, Estado do Paraná, de 4 de abril de 1990, modificada pelas Emenda Nº 1, de 6 de abril de 2006 e Emenda Nº 2, de 9 de novembro de 2006.

A Câmara Municipal de Alto Paraná, Estado do Paraná, aprovou e a Mesa Diretora, nos termos do art. 50, § 6º desta Lei Orgânica, promulga as seguintes emendas ao texto da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná: Art. 1º. O art. 3º da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná, alterado pela Emenda Nº 2, de 9 de novembro de 2006, passa a vigorar acrescido o inciso III:

Art. 3º. São símbolos do município, além dos nacionais e estaduais, o brasão, a bandeira e o hino, estabelecidos por lei municipal, aprovada por maioria absoluta da Câmara Municipal. Parágrafo único. Fica adotada a configuração da bandeira do município como forma de representação permanente da logomarca da administração municipal de Alto Paraná, obedecidos os seguintes critérios: (incluído pela Emenda Nº 2, de 9 de novembro de 2006) I - a representação emblemática de que trata o parágrafo anterior será adotada por todas as gestões de governo municipal, de forma continuada e permanente; (incluído pela Emenda Nº 2,

de 9 de novembro de 2006) II - fica proibida a utilização de qualquer tipo de frase, desenho, cores, logomarca ou slogan para representar ou distinguir gestões de governo que não a representação oficial definida neste parágrafo único. (incluído pela Emenda Nº 2, de 9 de novembro de 2006) III - aplica-se também o disposto no inciso II deste artigo, na identificação de uniformes, veículos e equipamentos utilizados no serviço público municipal, nas páginas eletrônicas de órgãos públicos municipais junto à rede mundial de computadores, bem como nos demais usos especificados por lei.

Art. 2º. Os incisos V e VI do art. 24 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passam a vigorar com a seguinte redação:

Art. 24. ................................................................................ V - fixar em cada legislatura, no mínimo, noventa dias antes da realização da eleição municipal, o subsídio dos vereadores, para a legislatura subsequente, em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória; VI - fixar em cada legislatura, no mínimo, noventa dias antes da realização da eleição municipal, o subsídio do prefeito, vice-prefeito e dos secretários municipais, para a

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legislatura subsequente, em parcela única, vedada o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória.

Art. 3º. O inciso VII do art. 25 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 25 ................................................................................ VII - o regime jurídico único e o plano de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas, assegurada a revisão geral e anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

Art. 4º. O § 1º do art. 27 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 27 ................................................................................ § 1º - A Câmara Municipal de Alto Paraná compor-se-á de 9 (nove) vereadores.

Art. 5º. O inciso IV do art. 30 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 30. Perderá o mandato o vereador que: IV - deixar de comparecer, em cada sessão legislativa: a) a terça parte das sessões deliberativas ordinárias, salvo se em licença ou missão autorizada pela Câmara; b) a cinco (5) sessões deliberativas ordinárias consecutivas; c) que tendo sido oficialmente convocado, com antecedência regimental, deixar de comparecer a três sessões legislativas extraordinárias, consecutivas, para apreciação de matérias urgentes ou de interesse público relevante.

Art. 6º. O art. 34 da Lei Orgânica do município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 34. Nos casos de vacância, por morte ou renúncia do titular, o presidente convocará o suplente, no prazo máximo de oito dias, após o registro oficial da vacância. § 1º - Nos casos de vaga, por investidura em funções previstas nesta lei, ou por licença superior a cento e vinte dias, o suplente será convocado através da imprensa oficial, no mesmo ato de publicação da concessão da respectiva licença. § 2º - Ocorrendo a vaga e não havendo suplente, comunicar-se-á a autoridade competente para que seja realizada eleição para preenchê-la, se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato. § 3º. O suplente convocado deverá tomar posse no prazo máximo de oito dias, salvo motivo justo e aceito pela mesa diretora da Câmara, na forma que dispuser o Regimento Interno.

Art. 7º. O art. 35 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 35. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação no Poder Legislativo Municipal de declaração de bens e valores que compõem o patrimônio privado do eleito, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente.

§ 1° - A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou

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companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.

§ 2º - A declaração de bens e valores será anualmente atualizada, inclusive, na data em que o agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.

§ 3º - Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração de bens e valores, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

§ 4º - O declarante, ao seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens e valores apresentada à Delegacia da Receita Federal, na conformidade da legislação do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para suprir a exigência contida no caput e no § 2° deste artigo.

Art. 8º. O art. 39 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná, alterado pela Emenda Nº 1, de 6 de abril de 2006, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 39. A Câmara Municipal reunir-se-á, anualmente, nas dependências do Poder Legislativo, de 02 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. I - As sessões realizadas nesse ínterim serão denominadas de sessão deliberativa ordinária e sessão deliberativa extraordinária, vedada o pagamento de quaisquer parcelas indenizatórias, por razão de suas realizações: a) a sessão deliberativa ordinária será realizada às quintas-feiras, às 20 horas, e será transferida para o primeiro dia útil subsequente, quando recair em feriado. b) a sessão deliberativa extraordinária será realizada em dia e horário diverso ao preestabelecido nesta lei e no regimento Interno. § 1º - A Câmara reunir-se-á em sessão preparatória a partir de 1º de janeiro, após a eleição municipal, para dar posse aos eleitos, para eleição da mesa diretora e eleições das comissões permanentes. § 2º - A Câmara Municipal reunir-se-á, mediante convocação do prefeito, do presidente da Câmara ou a requerimento da maioria de seus membros, em caso de urgência ou interesse público relevante. Em todas as hipóteses deste parágrafo, com a aprovação da maioria absoluta de seus membros, no período de 1º de janeiro a 1º de fevereiro, de 18 a 31 de julho e de 23 de dezembro a 31 de dezembro. I - as reuniões realizadas nesse período serão denominadas de sessão legislativa extraordinárias: a) na sessão legislativa extraordinária, a Câmara somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocada. b) é vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão de convocação de sessão legislativa extraordinária. § 3º. A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação dos projetos de leis orçamentárias.

Art. 9º. O art. 47 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 47. A iniciativa dos projetos de lei cabe ao: I - prefeito;

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II - vereador; III – mesa diretora do Poder Legislativo Municipal; IV - iniciativa popular. § 1º - A iniciativa popular, relativa a projeto de lei de interesse do município, será feita através da manifestação expressa de pelo menos, 5% (cinco por cento) do eleitorado municipal. § 2º - A iniciativa popular será exercida pela apresentação à Câmara Municipal de projeto de lei obedecidas as seguintes condições: I - a assinatura de cada eleitor deverá ser acompanhada de seu nome completo e legível, endereço e dados identificadores de seu título eleitoral; II - a proposta será protocolada pela secretária da Câmara, que verificará se foram cumpridas as exigências estabelecidas neste artigo para sua apresentação; III - o projeto de lei apresentado, na forma deste artigo, terá prioridade em sua tramitação, devendo ser observados, ainda, os seguintes procedimentos: a) não sofrerá prejuízo, por encerramento de legislatura; b) qualquer projeto que disponha sobre matéria análoga ou semelhante será a ele anexado, vedada a sua anexação a qualquer outro; c) prazo de tramitação de noventa dias, em regime de prioridade; d) três turnos de discussões e votações. IV - no plenário, poderá usar da palavra para discutir o projeto de lei, pelo prazo de vinte minutos, um de seus signatários, para esse fim indicado quando da apresentação da proposta; V - cada projeto de lei, apresentado nos termos deste artigo, deverá circunscrever-se a um único assunto, independentemente do número de artigos que contenha.

Art. 10º. O § 6º do art. 50 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a viger com a seguinte redação:

Art. 50 ............................................................................... § 6º- As modificações desta Lei Orgânica só poderão ser aprovadas pelo quorum de dois terços de seus membros, e em dois turnos de votação, com interstício mínimo de dez dias, cabendo sua promulgação à mesa diretora do Poder Legislativo Municipal.

Art. 11. O art. 55 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 55. A eleição do prefeito e do vice-prefeito realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo do mês de outubro do ano anterior ao término do mandato vigente.

Art. 12. O art. 57 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 57. Em caso de impedimento, vacância ou licença do prefeito, serão sucessivamente chamados ao exercício do cargo: o vice-prefeito, o presidente da Câmara e o juiz de direito da comarca. § 1º - O vice-prefeito será empossado da mesma forma que o titular, para completar o mandato. § 2º - Vagando os cargos de prefeito e vice-prefeito, far-se-á eleição noventa dias após aberta a última vaga.

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§ 3º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos de mandato, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias após a última vaga, na forma da lei eleitoral. § 4º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.

Art. 13. O Parágrafo único do art. 58 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 58 ............................................................................... Parágrafo único. O prefeito regularmente licenciado terá direito a perceber subsídio dos cofres municipais: I - até o décimo quinto dia, quando impossibilitado para o exercício do cargo, por motivo de doença, devidamente comprovada; II - quando em missão de representação do município.

Art. 14. O Título da seção II, o art. 60 e os § 1º, o §2º da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná, passam a vigorar com nova redação, acrescido de parágrafo 3º.

Art. 60. Os subsídios do prefeito, do vice-prefeito e dos secretários municipais serão fixados, no mínimo, com noventa dias antes das eleições municipais para vigorar na legislatura seguinte, obedecendo na íntegra o disposto no inciso VI do Art. 24 desta Lei Orgânica. § 1º - A revisão geral anual dos subsídios dos prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais, somente será permitida após o segundo ano da posse, limitando-se à reposição inflacionária, e observará o disposto no art. 37, X, da Constituição Federal, e ocorrerá na mesma ocasião da revisão geral dos vencimentos dos demais servidores públicos municipais, respeitados os limites referidos.

§ 2º - No prazo máximo de dez dias, após a publicação da lei de fixação dos subsídios ou de ato de recomposição de subsídios, o presidente da câmara encaminhará ao Tribunal de Contas, cópias dos respectivos atos, sob pena de sanções cabíveis.

§ 3º - Anualmente, os respectivos poderes publicarão, no órgão oficial do município, os valores dos subsídios de todos os agentes políticos.

Art. 15. O art. 63 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 63. As publicações dos atos dos poderes executivos e legislativos serão feitas na

imprensa, declarada por lei como órgão oficial do município. § 1º - Para garantir maior publicidade dos atos, os respectivos poderes poderão utilizar-se de outros veículos de comunicação, inclusive online, sem negligenciar a publicação na imprensa oficial do município. § 2º - Os poderes executivo e legislativo municipal terão assinaturas dos jornais reconhecidos como órgãos oficiais do município.

Art. 16. O Parágrafo único do art. 63 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 65................................................................................ Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física, jurídica ou entidade pública ou privada que utilizar, arrecadar, guardar, gerenciar ou administrar dinheiros, bens e valores

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públicos municipais, ou pelos quais o município responde, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniárias.

Art. 17. O art. 75 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 75 – A administração pública municipal direta ou indireta obedecerá em todos os atos e fatos administrativos os princípios de: I – legalidade; II - impessoalidade; III - moralidade; IV - publicidade; V - eficiência.

Art. 18. O art.76 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 76. Aplicam-se à administração pública municipal, todos os preceitos, normas, direitos e garantias prescritas nas Constituições Federal e Estadual.

Art. 19. O art. 80 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 80. Os cargos ou empregos públicos municipais serão criados por lei, que fixará as suas denominações, os padrões de vencimentos, as condições de provimentos, os requisitos para a promoção na carreira, indicando os recursos pelos quais correrão as despesas.

Art. 20. O art. 81 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 81. A posse e o exercício do cargo de vereador, prefeito, vice-prefeito e secretários municipais ficam condicionadas à apresentação de declaração de bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente, nos termos do art. 35 desta lei.

Art. 21. O art. 82 Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 82. É livre o acesso de vereadores e demais cidadãos às reuniões de abertura de licitações, na qualidade de observadores da licitude do processo. Parágrafo único. O acesso aos documentos do processo licitatório é direito de todo cidadão, mediante requerimento ao órgão competente.

Art. 22. O art. 84 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 84. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para

cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. Art. 23. O art. 89 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 89. Em caso de morte do prefeito, do vice-prefeito, do vereador ou secretário municipal os direitos previdenciários dos dependentes serão pleiteados junto ao Regime de Previdência ao qual estiverem filiados os respectivos agentes políticos.

Art. 24. O parágrafo único e o art. 104 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passam a vigorar com as seguintes redações:

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Art. 104. O prefeito enviará à Câmara Municipal as propostas de leis orçamentárias, observados o seguinte prazos:

I - projeto do plano plurianual - PPA até 31 de Agosto do primeiro ano de mandato; II - projeto de lei de diretrizes orçamentárias - LDO até 15 de abril de cada ano; II - projeto de lei orçamentária anual - LOA até 31 de agosto de cada ano. Parágrafo único. Caracteriza crime de responsabilidade os atos do prefeito que atentem contra à Lei Orgânica, à Constituição Federal e à Constituição Estadual, e especialmente contra a lei orçamentária.

Art. 25. O art. 106 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 106. O Poder Legislativo Municipal enviará ao Poder Executivo Municipal as leis orçamentárias, observados os seguintes prazos: I - o projeto do plano plurianual até 22 de dezembro do primeiro ano do mandato; II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias até 17 de julho de cada ano; III - o projeto de lei orçamentária anual até 22 de dezembro de cada ano. § 1º - A sessão legislativa não será interrompida sem a votação dos projetos de leis orçamentárias, e esses projetos sobrestarão às demais deliberações legislativas da Câmara, até que se concluam as respectivas votações. § 2º - Os vereadores serão convocados para sessões legislativas e ou sessões deliberativas extraordinárias, sucessivamente, até que se ultime a apreciação. § 3º - Iniciado o exercício financeiro sem a aprovação da lei orçamentária anual, serão executadas quotas doudecimais, tendo como base as dotações constantes do projeto de lei orçamentária anual, encaminhado ao Poder Legislativo.

Art. 26. O § 1º do art. 111 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 111................................................................................ § 1º - Fica estabelecido um percentual mínimo de 15% (quinze por cento) da receita tributária do município para investimento em saúde pública.

Art. 27. O art. 134 da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 134................................................................................ § 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe-se o poder público municipal a cumprir e fazer cumprir os preceitos da Constituição Federal e Estadual e demais legislações das respectivas esferas. § 3º - As diretrizes e as penalidades a serem aplicadas às pessoas físicas e jurídicas, que exercem atividades poluidoras, são estabelecidas pelas esferas federal e estadual. O desrespeito às diretrizes acarretará, dentre outras penalidades, a suspensão do licenciamento de funcionamento da atividade.

Art. 28. O Art.1º, das Disposições Gerais e Transitórias da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 1º. Os poderes executivo e legislativo publicarão, anualmente, no mês de março, a relação completa dos servidores com suas respectivas lotações em órgãos ou entidades da

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administração pública direta, indireta e fundacional, indicando o cargo, a função e a remuneração, para fins de recenseamentos e de controle.

Art. 29. Esta Emenda à Lei Orgânica do Município de Alto Paraná, Estado do Paraná, entra em vigor na data de sua publicação.

Mesa Diretora do Poder Legislativo Municipal de Alto Paraná, Estado do Paraná, 14ª Legislatura, 17 de novembro de 2011.

Victor Hugo Rezente Navarrete, Altamiro Pereira Santana, Presidente, 2º biênio. Vice-presidente. Cacilda de Fátima Gonçalves Marconi, Édi Wilson Ortiz, 1ª secretária. 2º secretário.

Diário do Noroeste nº 16.063, 22-11-2011, pág 24

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EMENDA Nº 4 À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE ALTO PARANÁ

Dá nova redação à alínea “a”, do inciso I, do art. 39 da Lei Orgânica do Município.

A Câmara Municipal de Alto Paraná, Estado do Paraná, aprovou e a Mesa Diretora, nos termos do art. 50, § 6º desta Lei Orgânica, promulga a seguinte emenda ao texto da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná: Art. 1º - A alínea “a”, inciso I, do art. 39 da Lei Orgânica do Município, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 39.......... I.................... a) a sessão deliberativa ordinária será realizada às terças-feiras, às 20 horas, e será transferida para o primeiro dia útil subsequente, quando recair em feriado.

Art. 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação. Poder Legislativo Municipal de Alto Paraná, Estado do Paraná, 22 de março de 2012. Victor Hugo Rezente Navarrete, Altamiro Pereira Santana, Presidente, 2º biênio. Vice-presidente. Cacilda de Fátima Gonçalves Marconi, Édi Wilson Ortiz, 1ª Secretária. 2º Secretário.

Diário do Noroeste nº 16.177, 13-4-2012, pág 23

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2º Edição da Lei Orgânica do Município de Alto Paraná, atualizada até a Emenda de Nº 4/2012 Poder Legislativo Municipal de Alto Paraná, Estado do Paraná, março de 2012, 14º Legislatura – 2009 a 2012. Victor Hugo Rezente Navarrete - PDT, 14ª Legislatura - Presidente, 2º biênio Altamiro Pereira Santana - PV, Vice-Presidente, 2010 a 2011. Cacilda de Fátima Gonçalves Marconi - PT, 1ª secretária, 2010 a 2011. Édi Wilson Ortiz - PT, 2º secretário, 2010 a 2011. VEREADORES: João dos Santos - PSDB, Lorival Francisco da Silva - PSDB, Mario Sérgio dos Santos - PV, Marlene Leles da Silva - PSDB, Sérgio Roberto Rizzato - PSDB. COMISSÕES PERMANENTES COMISSÃO DE JUSTIÇA, LEGISLAÇÃO E REDAÇÃO Presidente - Édi Wilson Ortiz - PT Membros: - Lorival Francisco da Silva - PSDB, Sérgio Roberto Rizzato - PSDB COMISSÃO DE FINANÇAS, ORÇAMENTO E TOMADA DE CONTAS Presidente - João dos Santos - PSDB Membros – Altamiro Pereira Santana - PV, Marlene Leles da Silva - PSDB COMISSÃO DE OBRAS E SERVIÇOS PÚBLICOS Presidente - Cacilda de Fátima Gonçalves Marconi – PT Membros - Sérgio Roberto Rizzato - PSDB, Mario Sérgio dos Santos – PV COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA, SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL Presidente - Lorival Francisco da Silva - PSDB Membros - Édi Wilson Ortiz - PT, Altamiro Pereira Santana - PSDB Equipe de Colaboradores: Assessoria Jurídica – Prof. Dr. Edson Jacinto da Silva – OAB 15657 Servidores efetivos: Lei Municipal Nº 2.302/2012, de 17-3-2012, Decreto 040/2012, 3-4-2012: Alzira Barbosa, 21-3-1983; Iraídes Alves de Almeida Marconi, 4-3-1988; Rafael Antonio Tiago Landim, 12-03- 2010.