lei observação eleitoral

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ASSEMBLEIA NACIONAL Lei n.º 10/12 de 22 de Março A preparação das eleições gerais em Angola, reclama a adopção de um quadro jurídico-legal mais consentâneo com a realidade sociopolítica do nosso País; Assim, torna-se necessário proceder à revisão da Lei do Financiamento aos Partidos Políticos, de modo a permitir uma participação mais equilibrada dos partidos políticos e das coligações de partidos políticos no processo político angolano e salvaguardar que os que estão legalmente consti- tuídos usufruam de um apoio do Estado para a participação no processo eleitoral; Neste sentido, urge a necessidade de se adequar a pre- sente lei à Constituição, à Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais e demais legislação económica do País. A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos das disposições combinadas da alínea b) do artigo 161.º, da alínea l) do artigo 164.º e da alínea d) do n.º 2 do artigo 166.º, todos da Constituição da República de Angola, a seguinte: LEI DO FINANCIAMENTO AOS PARTIDOS POLÍTICOS CAPÍTULO I Disposições Gerais ARTIGO 1.º (Âmbito de aplicação) A presente Lei do Financiamento aos Partidos Políticos aplica-se a todas as organizações políticas, consideradas como tal pela Lei dos Partidos Políticos em vigor. SUMÁRIO Assembleia Nacional Lei n.º 10/12: Do Financiamento aos Partidos Políticos. — Revoga as Leis n.º 3/97, de 13 de Março e n.º 7/02, de 28 de Junho. Lei n.º 11/12: De Observação Eleitoral. — Revoga a Lei n.º 4/05, de 4 de Julho (Lei de Observação Eleitoral). Presidente da República Decreto Presidencial n.º 47/12: Define os distritos urbanos que compreendem a Cidade de Luanda. Despacho Presidencial n.º 36/12: Aprova o Projecto de Fiscalização da Construção da Central 2 do Aproveitamento Hidroeléctrico de Cambambe e o respectivo con- trato de fiscalização. Despacho Presidencial n.º 37/12: Aprova o Contrato de Construção e Fornecimento de 2 (duas) Embarcações rápidas de transporte de 135 passageiros (Catamarãs). Despacho Presidencial n.º 38/12: Aprova o Contrato de Fiscalização das Obras de Construção das Infra- -estruturas nas Zonas 2A e 2B do Projecto de Requalificação do Município do Sambizanga. Despacho Presidencial n.º 39/12: Aprova o Projecto para a Construção e Exploração dos Terminais Rodoviários de Passageiros Interprovinciais da Província de Luanda. Despacho Presidencial n.º 40/12: Aprova o Contrato de Empreitada para o Planeamento e Dragagem de Canais para o Projecto de Desenvolvimento de Shangombo-Rivungo. Despacho Presidencial n.º 41/12: Aprova o Contrato de Construção e Fornecimento de 2 (duas) Embarcações rápidas de transporte de 265 passageiros (catamarãs). Despacho Presidencial n.º 42/12: Cria o Grupo de Trabalho com o objectivo de preparar as actividades relativas a presença de Angola na Conferência Rio + 20, Coordenada pelo Ministro das Relações Exteriores. Despacho Presidencial n.º 43/12: Integra ao Grupo Ministerial da Comissão Multissectorial de Desenvolvimento Sustentável, Coordenada pelo Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil. DIÁRIO DA REPÚBLICA ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA Quinta-feira, 22 de Março de 2012 I Série – N.º 56 Toda a correspondência, quer oficial, quer relativa a anúncio e assinaturas do «Diário da República», deve ser dirigida à Imprensa Nacional - E.P., em Luanda, Rua Henriques de Carvalho n.º 2, Cidade Alta, Caixa Postal 1306, www.imprensanacional.gov.ao - End. teleg.: «Imprensa». ASSINATURA Ano As três séries . ... ... ... ... ... ... Kz: 440 375.00 A 1.ª série . ... ... ... ... ... ... Kz: 260 250.00 A 2.ª série . ... ... ... ... ... ... Kz: 135 850.00 A 3.ª série . ... ... ... ... ... ... Kz: 105 700.00 O preço de cada linha publicada nos Diários da República 1.ª e 2.ª série é de Kz: 75.00 e para a 3.ª série Kz: 95.00, acrescido do respectivo imposto do selo, dependendo a publicação da 3.ª série de depósito prévio a efectuar na tesouraria da Imprensa Nacional - E. P. Preço deste número - Kz: 160,00

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A Lei de Observação Eleitoral faz parte do pacote legislativo sobre o processo eleitoral angolano, desde logo resulta da da aprovação da Constituição da República de 2010, o que justificou a reformulação de vários diplomas legislativos do país a fim de conformá-los com a Lei Magna, deste modo, esta Lei visa essencialmente definir o regime dos observadores eleitorais quer nacionais quer internacionais.

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  • ASSEMBLEIA NACIONAL

    Lei n. 10/12de 22 de Maro

    A preparao das eleies gerais em Angola, reclama a adopo de um quadro jurdico-legal mais consentneo com a realidade sociopoltica do nosso Pas;

    Assim, torna-se necessrio proceder reviso da Lei do Financiamento aos Partidos Polticos, de modo a permitir uma participao mais equilibrada dos partidos polticos e das coligaes de partidos polticos no processo poltico angolano e salvaguardar que os que esto legalmente consti-tudos usufruam de um apoio do Estado para a participao no processo eleitoral;

    Neste sentido, urge a necessidade de se adequar a pre-sente lei Constituio, Lei Orgnica sobre as Eleies Gerais e demais legislao econmica do Pas.

    A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos das disposies combinadas da alnea b) do artigo 161., da alnea l) do artigo 164. e da alnea d) do n. 2 do artigo 166., todos da Constituio da Repblica de Angola, a seguinte:

    LEI DO FINANCIAMENTO AOS PARTIDOS POLTICOS

    CAPTULO IDisposies Gerais

    ARTIGO 1.(mbito de aplicao)

    A presente Lei do Financiamento aos Partidos Polticos aplica-se a todas as organizaes polticas, consideradas como tal pela Lei dos Partidos Polticos em vigor.

    SUMRIO

    Assembleia NacionalLei n. 10/12:

    Do Financiamento aos Partidos Polticos. Revoga as Leis n. 3/97, de 13 de Maro e n. 7/02, de 28 de Junho.

    Lei n. 11/12:De Observao Eleitoral. Revoga a Lei n. 4/05, de 4 de Julho (Lei

    de Observao Eleitoral).

    Presidente da RepblicaDecreto Presidencial n. 47/12:

    Define os distritos urbanos que compreendem a Cidade de Luanda.

    Despacho Presidencial n. 36/12:Aprova o Projecto de Fiscalizao da Construo da Central 2 do

    Aproveitamento Hidroelctrico de Cambambe e o respectivo con-trato de fiscalizao.

    Despacho Presidencial n. 37/12:Aprova o Contrato de Construo e Fornecimento de 2 (duas)

    Embarcaes rpidas de transporte de 135 passageiros (Catamars).

    Despacho Presidencial n. 38/12:Aprova o Contrato de Fiscalizao das Obras de Construo das Infra-

    -estruturas nas Zonas 2A e 2B do Projecto de Requalificao do Municpio do Sambizanga.

    Despacho Presidencial n. 39/12:Aprova o Projecto para a Construo e Explorao dos Terminais

    Rodovirios de Passageiros Interprovinciais da Provncia de Luanda.

    Despacho Presidencial n. 40/12:Aprova o Contrato de Empreitada para o Planeamento e Dragagem de

    Canais para o Projecto de Desenvolvimento de Shangombo-Rivungo.

    Despacho Presidencial n. 41/12:Aprova o Contrato de Construo e Fornecimento de 2 (duas)

    Embarcaes rpidas de transporte de 265 passageiros (catamars).

    Despacho Presidencial n. 42/12:Cria o Grupo de Trabalho com o objectivo de preparar as actividades

    relativas a presena de Angola na Conferncia Rio + 20, Coordenada pelo Ministro das Relaes Exteriores.

    Despacho Presidencial n. 43/12:Integra ao Grupo Ministerial da Comisso Multissectorial de

    Desenvolvimento Sustentvel, Coordenada pelo Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil.

    DIRIO DA REPBLICARGO OFICIAL DA REPBLICA DE ANGOLA

    Quinta-feira, 22 de Maro de 2012 I Srie N. 56

    Toda a correspondncia, quer oficial, quer

    relativa a anncio e assinaturas do Dirio

    da Repblica, deve ser dirigida Imprensa

    Nacional - E.P., em Luanda, Rua Henriques de

    Carvalho n. 2, Cidade Alta, Caixa Postal 1306,

    www.imprensanacional.gov.ao - End. teleg.:

    Imprensa.

    ASSINATURA

    Ano

    As trs sries . ... ... ... ... ... ... Kz: 440 375.00

    A 1. srie . ... ... ... ... ... ... Kz: 260 250.00

    A 2. srie . ... ... ... ... ... ... Kz: 135 850.00

    A 3. srie . ... ... ... ... ... ... Kz: 105 700.00

    O preo de cada linha publicada nos Dirios

    da Repblica 1. e 2. srie de Kz: 75.00 e para

    a 3. srie Kz: 95.00, acrescido do respectivo

    imposto do selo, dependendo a publicao da

    3. srie de depsito prvio a efectuar na tesouraria

    da Imprensa Nacional - E. P.

    Preo deste nmero - Kz: 160,00

  • 1328 DIRIO DA REPBLICA

    4. O montante da dotao referida no n. 2 do presente artigo est sujeito a reviso peridica, por ocasio da apro-vao do Oramento Geral do Estado, em ano eleitoral.

    5. Os financiamentos referidos nos nmeros anteriores no prejudicam o financiamento para a campanha eleitoral, atribudo aos partidos polticos e s coligaes de partidos polticos, aps a aprovao das candidaturas pelo Tribunal Constitucional, nos termos da Lei Orgnica sobre as Eleies Gerais.

    6. A dotao oramental liquidada de acordo com as regras de execuo do Oramento Geral do Estado.

    ARTIGO 6.(Financiamentos proibidos)

    Os partidos polticos e as coligaes de partidos polticos no podem receber, a qualquer ttulo, contribuies de valor pecunirio e econmico por parte de:

    a) organismos autnomos do Estado;b) rgos Locais do Estado;c) associaes de direito pblico, institutos pblicos e

    pessoas colectivas de utilidade pblica;d) empresas pblicas;e) governos e organizaes no-governamentais

    estrangeiros.

    ARTIGO 7.(Prestao pblica de contas)

    1. As direces dos partidos polticos e das coligaes de partidos polticos devem elaborar, anualmente, relatrios de prestao de contas, nos quais devem descriminar a utiliza-o dos fundos recebidos do Estado.

    2. O relatrio mencionado no nmero anterior, acompa-nhado do parecer do rgo estaturio competente enviado ao Presidente da Assembleia Nacional, at ao fim do 1. tri-mestre do ano seguinte a que diz respeito.

    3. Recebido o relatrio, o Presidente da Assembleia Nacional solicita parecer comisso competente da Assembleia Nacional.

    4. O relatrio, acompanhado dos dois pareceres referi-dos no presente artigo, enviado ao Ministro das Finanas e mandado publicar no Dirio da Repblica, pelo Presidente da Assembleia Nacional, decorrendo por conta de cada par-tido poltico ou coligao de partidos polticos as despesas inerentes publicao.

    ARTIGO 8.(Benefcios e isenes a conceder pelo Estado)

    Aos partidos polticos e s coligaes de partidos polti-cos com assento na Assembleia Nacional so concedidas as seguintes isenes:

    a) imposto de selo;b) imposto sobre as sucesses e doaes;c) imposto de consumo;d) sisa pela aquisio dos edifcios necessrios

    instalao da sua sede, delegaes e servios e pelas transmisses resultantes de fuso ou ciso;

    e) imposto predial pelos rendimentos colectveis de prdios urbanos ou parte de prdios urbanos de sua propriedade onde se encontrem instalados a sede central, as delegaes e os servios;

    ARTIGO 2.(Tipo de financiamento)

    1. Os partidos polticos ou coligaes de partidos pol-ticos podem beneficiar de financiamento do Estado ou de outras pessoas singulares ou colectivas privadas, nos termos da lei, sob a forma de dotaes financeiras, contribuies, subvenes, legados e doaes.

    2. Os financiamentos respeitantes aos perodos eleitorais so regulados pela Lei Orgnica sobre as Eleies Gerais.

    ARTIGO 3.(Natureza e fins)

    Os partidos polticos e as coligaes de partidos polticos podem beneficiar, legalmente, de outro tipo de financia-mentos que se destinam, unicamente, a apoiar estes na prossecuo do seu objecto social.

    CAPTULO IIRegime Financeiro

    ARTIGO 4.(Fontes de financiamento)

    1. As fontes de financiamento de actividades dos partidos polticos e de coligaes de partidos polticos compreendem:

    a) quotas e contribuies dos membros;b) rendimento de bens e actividades prprias;c) doaes e legados de pessoas singulares e colec-

    tivas, salvo o disposto no artigo 6. da presente lei;

    d) crditos bancrios internos;e) produtos provenientes das actividades de angaria-

    o de fundos;f) subsdios anuais e demais contribuies atribudas

    aos partidos polticos pelo Estado, nos termos da presente lei e demais legislao aplicvel.

    2. ainda permitido aos partidos polticos e s coliga-es de partidos polticos o recebimento de contribuies de valor pecunirio e econmico por parte de pessoas singula-res ou colectivas, no mencionadas no artigo 6. da presente lei.

    ARTIGO 5.(Dotaes oramentais)

    1. O Oramento Geral do Estado inclui uma dotao oramental anual para financiar os partidos polticos ou coli-gaes de partidos polticos com assento na Assembleia Nacional, a ser distribudo de acordo com o nmero de votos obtidos nas ltimas eleies gerais realizadas.

    2. Para alm da dotao oramental anual destinada aos partidos polticos e s coligaes de partidos polticos com assento parlamentar, o Oramento Geral do Estado deve incluir, tambm, em cada ano eleitoral, uma dotao para financiar, de modo igual, todos os partidos polticos e coliga-es de partidos polticos, legalmente constitudos.

    3. O montante da dotao oramental, previsto no n. 1 do presente artigo calculado com base no valor de 1.000 Kwanzas por voto, aplicado ao nmero de votos obtidos nas eleies gerais, pelo partido poltico ou coligao de parti-dos polticos com assento no Parlamento.

  • 1329I SRIE N. 56 DE 22 DE MARO DE 2012

    f) direitos e demais imposies aduaneiras, em relao aos bens materiais destinados aos seus servios.

    ARTIGO 9.(Suspenso de benefcios)

    Os benefcios previstos no artigo anterior so suspen-sos se o partido poltico ou a coligao de partidos polticos se abstiverem de concorrer s eleies gerais ou se encon-trarem na situao prevista nos n.os 1 e 2 do artigo 11. da presente lei.

    ARTIGO 10.(Proteco do patrimnio dos partidos)

    O Estado Angolano respeita e garante a proteco do patrimnio dos partidos polticos e das coligaes de par-tidos polticos, nomeadamente, dos mveis e imveis, bem como, nos termos da lei, dos direitos adquiridos em relao aos bens legados e destinados ao desenvolvimento da sua actividade.

    CAPTULO IIIInfraces e Penalidades

    ARTIGO 11.(Financiamento ilcito)

    1. punido com multa equivalente ao dobro das impor-tncias recebidas e em caso de reincidncia, com o triplo, o partido poltico ou a coligao de partidos polticos que infringirem o disposto no artigo 6. da presente lei, sem pre-juzo do disposto nos nmeros seguintes e na alnea e) do n. 4 do artigo 33. da Lei n. 2/05, de 1 de Julho (Lei dos Partidos Polticos).

    2. A sano prevista no nmero anterior acrescida da suspenso das isenes fiscais e do financiamento pblico at ao limite do valor indevidamente percebido.

    ARTIGO 12.(Falta de prestao pblica de contas)

    Os partidos polticos e as coligaes de partidos polticos que faltarem prestao pblica de contas estabelecida no artigo 7. da presente lei so sancionados com a suspenso do financiamento pblico e a perda das isenes fiscais at que a prestao de contas devida seja feita.

    ARTIGO 13.(Utilizao indevida de benefcios e isenes)

    Os partidos polticos e as coligaes de partidos polticos que utilizarem bens abrangidos pelos benefcios e isenes constantes do artigo 8., para fins diferentes do servio par-tidrio so sancionados com a suspenso do financiamento pblico at ao limite do valor indevidamente percebido e com a perda das isenes fiscais, sem prejuzo das demais sanes previstas na lei.

    ARTIGO 14.(Aplicao indevida das dotaes oramentais e dos subsdios)

    A utilizao indevida das dotaes oramentais e dos subsdios previstos na presente lei, para fins diferentes dos legalmente previstos, implica responsabilidade civil e cri-minal dos partidos polticos e das coligaes de partidos polticos, bem como dos seus representantes.

    CAPTULO IVDisposies Finais

    ARTIGO 15.(Revogao da legislao)

    So revogadas as Leis n. 3/97, de 13 de Maro e n. 7/02, de 28 de Junho.

    ARTIGO 16.(Dvidas e omisses)

    As dvidas e as omisses resultantes da interpretao e da aplicao da presente lei so resolvidas pela Assembleia Nacional.

    ARTIGO 17.(Entrada em vigor)

    A presente lei entra em vigor data da sua publicao.Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda,

    aos 28 de Fevereiro de 2012.O Presidente da Assembleia Nacional, Antnio Paulo

    Kassoma.Promulgada aos 20 de Maro de 2012.

    Publique-se.O Presidente da Repblica, Jos Eduardo dos santos

    Lei n. 11/12de 22 de Maro

    Convindo adequar o regime jurdico da observao elei-toral ao novo quadro jurdico-constitucional.

    A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos da alnea b) do artigo 161. e da alnea d) do n. 2 do artigo 166., ambos da Constituio da Repblica de Angola, a seguinte:

    LEI DE OBSERVAO ELEITORAL

    CAPTULO IDisposies Gerais

    ARTIGO 1.(Objecto)

    A presente lei estabelece os princpios e normas que regulam a observao, nacional e internacional, dos proces-sos eleitorais em Angola.

    ARTIGO 2.(Observao nacional)

    Para efeitos da presente lei, entende-se por observao nacional a verificao da regularidade dos processos eleito-rais desenvolvida por entidades ou organizaes angolanas, com personalidade jurdica.

    ARTIGO 3.(Observao internacional)

    Para efeitos da presente lei, entende-se por observao internacional a verificao da regularidade dos processos eleitorais, desenvolvida por organizaes regionais e inter-nacionais, organizaes no estatais, governos estrangeiros

  • 1330 DIRIO DA REPBLICA

    deliberao de cada organizao, instituio ou Governo convidado.

    2. A estrutura a adoptar para organizar e dirigir o trabalho interno dos observadores nacionais depende da deliberao de cada organizao ou instituio.

    3. Os observadores internacionais individuais podem concordar, entre eles, na adopo duma estrutura para os efeitos referidos nos nmeros anteriores.

    4. Sobre as estruturas adoptadas, nos termos dos nme-ros anteriores, deve-se dar conhecimento oficial Comisso Nacional Eleitoral, que define as modalidades do seu acompanhamento.

    CAPTULO IIObservao Internacional

    ARTIGO 8.(Competncia para convidar)

    1. O Presidente da Repblica e a Comisso Nacional Eleitoral podem, por iniciativa prpria ou por solicitao dos rgos do Estado, de partidos polticos ou coligaes de partidos polticos concorrentes, enderear convites para a observao internacional do processo eleitoral.

    2. Os convites da Comisso Nacional Eleitoral so sem-pre aprovados pelo seu Plenrio e endereados pelo seu Presidente.

    ARTIGO 9.(Convites de outros rgos)

    1. Se a Assembleia Nacional e o Tribunal Constitucional desejarem convidar algum observador internacional, devem comunic-lo ao Presidente da Comisso Nacional Eleitoral a quem compete formalizar o convite respectivo.

    2. Se os partidos polticos e as coligaes de partidos polticos concorrentes desejarem convidar algum observa-dor internacional, devem dirigir um pedido por escrito ao Presidente da Comisso Nacional Eleitoral que, nos termos da lei, o formaliza.

    ARTIGO 10.(Solicitao para observar o processo eleitoral)

    1. Se alguma organizao regional ou internacional, organizao no governamental, governo estrangeiro ou entidade estrangeira no convidada pretender observar o processo eleitoral, deve solicitar por escrito ao Presidente da Comisso Nacional Eleitoral, especificando as razes pelas quais fundamenta a sua solicitao e o tipo de obser-vao que pretende efectuar, bem como os nomes de quem os representa.

    2. A solicitao referida no nmero anterior deve ser apresentada at trinta dias antes da data de incio do perodo de observao.

    3. Sobre a solicitao referida no n. 1, o Presidente da Comisso Nacional Eleitoral decide no prazo de dez dias.

    ARTIGO 11.(Nmero de convidados)

    1. A Comisso Nacional Eleitoral deve definir o nmero mximo de observadores internacionais que a Assembleia Nacional, o Tribunal Constitucional e cada partido pol-

    ou por personalidades de reconhecida experincia e prest-gio internacionais.

    ARTIGO 4.(Incidncia da observao)

    1. A observao eleitoral consiste essencialmente em:a) verificar a imparcialidade dos actos da Comisso

    Nacional Eleitoral;b) verificar a implantao e funcionalidade da Comis-

    so Nacional Eleitoral e seus rgos em todo territrio nacional, de acordo com o que estabe-lece a Lei Orgnica sobre as Eleies Gerais;

    c) acompanhar e apreciar a actividade da Comisso Nacional Eleitoral e dos seus rgos, em confor-midade com a legislao em vigor;

    d) acompanhar e apreciar as actividades dos rgos da administrao central e local ligadas ao pro-cesso eleitoral;

    e) verificar a imparcialidade e a legalidade das deci-ses dos rgos competentes em matria do contencioso eleitoral;

    f) observar o processo de apresentao e apreciao de candidaturas s eleies gerais;

    g) observar o desenvolvimento da campanha eleito-ral;

    h) verificar o processo de votao, nomeadamente a observncia dos procedimentos previstos por lei;

    i) verificar as operaes de apuramento;j) observar o acesso e a utilizao dos meios de comu-

    nicao social para efeitos eleitorais.2. As irregularidades constatadas no processo eleitoral

    pelos observadores nacionais e internacionais devem ser apresentadas em primeira instncia Comisso Nacional Eleitoral, a quem incumbe confirm-las e adoptar ou reco-mendar as medidas necessrias tendentes aos reajustamentos que se mostrem indispensveis ao normal desenvolvimento do processo eleitoral.

    ARTIGO 5.(Incio e termo da observao nacional e internacional)

    A observao nacional e internacional do processo eleitoral inicia com a campanha eleitoral e termina com a publicao oficial dos resultados eleitorais definitivos.

    ARTIGO 6.(Dever de colaborao)

    1. A Comisso Nacional Eleitoral e seus rgos, assim como os rgos da Administrao Central e Local do Estado, devem colaborar e proporcionar aos observadores nacionais e internacionais o acesso e demais facilidades com vista ao cabal cumprimento da misso de observao.

    2. Incumbe aos rgos competentes do Estado garantir e velar pela segurana e integridade pessoal dos observadores nacionais e internacionais.

    ARTIGO 7.(Organizao dos observadores)

    1. A estrutura a adoptar para organizar e dirigir o tra-balho interno dos observadores internacionais depende da

  • 1331I SRIE N. 56 DE 22 DE MARO DE 2012

    ARTIGO 18.(Observadores das misses diplomticas)

    permitido s misses diplomticas acreditadas no pas, a indicao de alguns dos seus membros para a obser-vao do processo eleitoral, sem prejuzo do disposto na Conveno de Viena sobre Relaes Diplomticas.

    CAPTULO IIIObservao Nacional

    ARTIGO 19.(Solicitao de credenciamento)

    1. As organizaes e os cidados nacionais que preten-dam observar o processo eleitoral, devem solicitar por escrito ao Presidente da Comisso Nacional Eleitoral, especificando as razes pelas quais fundamentam a sua solicitao.

    2. A solicitao a que se refere o nmero anterior deve ser apresentada at trinta dias antes da data de incio da observao.

    3. Sobre a solicitao referida no nmero anterior, o Presidente da Comisso Nacional Eleitoral decide no prazo de quinze dias.

    ARTIGO 20.(Categorias)

    Para efeitos da presente lei, existem as seguintes catego-rias de observadores nacionais:

    a) organizaes no governamentais legalmente reco-nhecidas;

    b) associaes legalmente reconhecidas;c) igrejas legalmente reconhecidas;d) autoridades tradicionais;e) indivduos.

    ARTIGO 21.(Organizaes no governamentais)

    As organizaes no governamentais legalmente reco-nhecidas podem mandatar alguns dos seus membros a observarem a regularidade do processo eleitoral, nos termos da presente lei.

    ARTIGO 22.(Associaes)

    As associaes legalmente reconhecidas podem manda-tar alguns dos seus membros a observarem a regularidade do processo eleitoral, nos termos da presente lei.

    ARTIGO 23.(Igrejas)

    As igrejas legalmente reconhecidas podem, quer de forma associada quer isolada, mandatar alguns dos seus membros para observarem a regularidade do processo elei-toral, nos termos do artigo 19.da presente lei.

    ARTIGO 24.(Autoridades tradicionais)

    As autoridades tradicionais podem solicitar credencia-mento para observarem a regularidade do processo eleitoral, nos termos da presente lei.

    tico ou coligao de partidos polticos concorrentes podem convidar.

    2. A definio a que se refere o nmero anterior deve ser feita at 30 dias antes do incio do perodo de observao.

    ARTIGO 12.(Categorias)

    Para efeitos da presente lei, existem as seguintes catego-rias de observadores internacionais:

    a) observadores de organizaes regionais e interna-cionais;

    b) observadores de organizaes no estatais;c) observadores de governos estrangeiros;d) observadores de organizaes no governamentais

    de direito estrangeiro reconhecidas no pas;e) observadores individuais;f) observadores das misses diplomticas.

    ARTIGO 13.(Observadores de organizaes regionais e internacionais)

    So observadores internacionais de organizaes regio-nais e internacionais todos aqueles que forem especialmente indicados por qualquer organizao regional e internacional para observar o processo eleitoral angolano, nos termos pre-vistos na presente lei.

    ARTIGO 14.(Observadores de organizaes no estatais)

    So observadores internacionais de organizaes no estatais todos aqueles que forem especialmente indicados por organizaes no estatais de direito estrangeiro para observar o processo eleitoral, nos termos da presente lei.

    ARTIGO 15.(Observadores de governos estrangeiros)

    So observadores de governos estrangeiros todos aque-les que forem especialmente indicados por aqueles governos para observar o processo eleitoral, nos termos da presente lei.

    ARTIGO 16.(Observadores de organizaes no governamentais

    de direito estrangeiro reconhecidas no pas)

    So observadores de organizaes no governamentais de direito estrangeiro reconhecidas no pas, todos aqueles que forem, especialmente indicados por qualquer organiza-o no governamental de direito estrangeiro reconhecida no pas, para observar o processo eleitoral, nos termos pre-vistos na presente lei.

    ARTIGO 17.(Observadores individuais)

    So observadores internacionais individuais todas as personalidades de reconhecida experincia e prestgio internacionais que, a ttulo pessoal, so convidadas e reco-nhecidas para observar o processo eleitoral, nos termos previstos na presente lei.

  • 1332 DIRIO DA REPBLICA

    ARTIGO 30.(Identificao e credenciamento dos observadores internacionais)

    1. O reconhecimento e o credenciamento dos observado-res internacionais precedido da sua identificao.

    2. A Comisso Nacional Eleitoral cria um carto de iden-tidade e credenciamento para cada categoria de observadores previstos na presente lei, sem prejuzo de credenciamento pelos respectivos organismos.

    ARTIGO 31.(Obrigatoriedade do uso do carto e do distintivo)

    1. Os observadores so obrigados a usar o carto de iden-tidade e distintivo visvel, enquanto estiverem no exerccio das suas funes.

    2. O carto de identificao emitido pela Comisso Nacional Eleitoral.

    CAPTULO VDireitos e Deveres dos Observadores

    ARTIGO 32.(Direitos)

    Os observadores nacionais e internacionais gozam dos seguintes direitos:

    a) obteno de um visto de entrada no pas, para estrangeiros;

    b) liberdade de circulao em todo o territrio nacio-nal;

    c) pedir esclarecimento a todas estruturas intervenien-tes no processo eleitoral sobre matrias ligadas ao processo eleitoral e obter de tais estruturas os correspondentes esclarecimentos em tempo til;

    d) liberdade de comunicao com todos os partidos polticos, coligaes de partidos polticos e outras foras polticas e sociais do pas;

    e) liberdade para o exerccio das suas tarefas na rea de observao para que foi credenciado;

    f) acompanhar os actos da campanha eleitoral, a vota-o e as operaes do apuramento eleitoral;

    g) ter acesso documentao referente ao processo eleitoral;

    h) visitar as instalaes da Comisso Nacional Elei-toral, com vista a verificar a conformidade dos meios a serem usados ligado ao processo elei-toral;

    i) ter acesso s denncias e queixas apresentadas con-tra qualquer facto ligado ao processo eleitoral;

    j) comprovar a participao dos partidos polticos ou coligaes de partidos polticos nos rgos ou estruturas ligadas ao processo eleitoral;

    k) enviar representantes para o interior do pas, tratando-se de misses de observao;

    l) transmitir aos membros das vrias estruturas do processo eleitoral, as preocupaes especficas que tenham;

    m) acreditao como observador eleitoral numa base no discriminatria;

    n) livre acesso a toda legislao eleitoral;

    ARTIGO 25.(Indivduos)

    So observadores individuais, todas aquelas personali-dades de reconhecida experincia e prestgio nacional que, a ttulo pessoal, so convidadas para observar a regularidade do processo eleitoral.

    CAPTULO IVReconhecimento para Observao Eleitoral

    ARTIGO 26.(Obrigatoriedade do reconhecimento e relacionamento com as instituies)

    1. Para aquisio do estatuto de observador nacional ou internacional, os representantes das organizaes internacio-nais e regionais, das organizaes no estatais, dos governos estrangeiros, das organizaes no governamentais de direito estrangeiro reconhecidas no Pas, das organizaes no governamentais nacionais e as personalidades indivi-duais convidadas, devem ser expressamente reconhecidas nessa qualidade.

    2. O reconhecimento comprovado pela posse do carto de identificao emitido pela Comisso Nacional Eleitoral.

    3. As estruturas referidas no n. 1 do presente artigo devem designar um ou mais representantes para estabelecer os contactos com as instituies angolanas.

    ARTIGO 27.(Requisitos dos observadores nacionais e internacionais)

    Constituem requisitos para o reconhecimento do estatuto de observador:

    a) ser cidado nacional ou estrangeiro, consoante a modalidade de observao;

    b) ter sido reconhecido, nos termos dos artigos 8. a 10. da presente lei;

    c) estar includo dentro do nmero mximo a fixar pela Comisso Nacional Eleitoral, nos termos da presente lei.

    ARTIGO 28.(rea de observao)

    1. Para efeitos da presente lei, a rea de observao coin-cide com os crculos provinciais,

    2. Ningum pode ser credenciado para mais de uma rea de observao.

    3. Os observadores devem indicar Comisso Nacional Eleitoral as suas preferncias relativas s reas de observa-o em que pretendam observar o processo eleitoral.

    ARTIGO 29.(Competncias)

    1. Compete Comisso Nacional Eleitoral reconhecer os observadores nacionais e internacionais.

    2. Para efeitos do previsto no nmero anterior, a Comisso Nacional Eleitoral dispe de uma estrutura prpria que garante o reconhecimento oportuno e em tempo til dos observadores, nos termos do regulamento de acreditao.

    3. O credenciamento dos observadores nacionais pode ser delegado nas Comisses Provinciais Eleitorais.

  • 1333I SRIE N. 56 DE 22 DE MARO DE 2012

    m) utilizar, nos seus relatrios, informaes exactas e honestas e identificar as fontes ou informaes que tenham usado;

    n) informar os agentes eleitorais, as estruturas gover-namentais competentes e os funcionrios da administrao pblica, bem como aos partidos polticos, aos candidatos e aos seus agentes sobre os objectivos da misso de observao eleitoral;

    o) ser portador, a todo o momento, da identificao emitida pela Comisso Nacional Eleitoral e identificar-se perante qualquer autoridade ou agente eleitoral que o solicitar;

    p) abster-se de comentrios ou opinies pessoais e prematuros sobre as suas observaes aos meios de comunicao social ou a qualquer outra pes-soa interessada e limitar quaisquer comentrios informao geral sobre a natureza das suas actividades como observador.

    2. A Comisso Nacional Eleitoral pode revogar o cre-denciamento e fazer cessar as actividades dos observadores nacionais e internacionais que violem os deveres estabeleci-dos no presente artigo.

    CAPITULO VIDisposies Finais

    ARTIGO 34.(Revogao)

    revogada a Lei n. 4/05, de 4 de Julho (Lei de Observao Eleitoral).

    ARTIGO 35.(Dvidas e omisses)

    As dvidas e as omisses resultantes da interpretao e da aplicao da presente lei so resolvidas pela Assembleia Nacional.

    ARTIGO 36.(Entrada em vigor)

    A presente lei entra em vigor data da sua publicao.Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda,

    aos 28 de Fevereiro de 2012.O Presidente da Assembleia Nacional, Antnio Paulo

    Kassoma.Promulgada, aos 20 de Maro de 2012.

    Publique-se.O Presidente da Repblica, Jos Eduardo dos santos.

    PRESIDENTE DA REPBLICA

    Decreto Presidencial n. 47/12de 22 de Maro

    Considerando que a Provncia de Luanda apresenta um novo figurino no mbito da nova diviso poltico-adminis-trativa de que resultou a constituio da Cidade de Luanda, coincidente com o Municpio de Luanda, como rgo des-concentrado da Administrao Local do Estado, com

    o) liberdade de acesso a todos locais de votao e centros de contagem;

    p) comunicar e ter liberdade de acesso Comisso Nacional Eleitoral ou s autoridades eleitorais apropriadas;

    q) enviar, atravs da hierarquia da equipa que inte-gra, relatrios sobre o processo de observao eleitoral relativamente as questes que possam necessitar ateno urgente;

    r) emitir uma declarao sobre a conduta e os resultados das eleies depois do anncio dos resultados pela Comisso Nacional Eleitoral.

    ARTIGO 33.(Deveres)

    1. Alm dos deveres de transparncia, imparcialidade, independncia e objectividade os observadores nacionais e internacionais tm os seguintes deveres:

    a) respeitar a Constituio e as leis em vigor na Rep-blica de Angola;

    b) facultar Comisso Nacional Eleitoral todos os dados necessrios sua identificao;

    c) comunicar, em primeira instncia, por escrito Comisso Nacional Eleitoral qualquer anomalia, queixa ou reclamao que detectarem ou rece-berem;

    d) no interferir nem obstaculizar o desenvolvimento do processo eleitoral;

    e) abster-se da emisso pblica de declaraes que ponham em causa as estruturas do processo eleitoral ou possam fazer perigar o normal desenvolvimento das distintas actividades ine-rentes ao processo eleitoral;

    f) fornecer Comisso Nacional Eleitoral uma cpia do relatrio de informaes que produzam antes da sua divulgao pblica;

    g) observar a imparcialidade rigorosa na conduo dos seus deveres e evitar qualquer parciali-dade ou preferncia em relao as autoridades nacionais, a partidos polticos ou coligaes de partidos polticos ou a concorrentes;

    h) no exibir ou usar smbolos, cores ou bandeiras partidrias ou de candidatura;

    i) no aceitar nem tentar adquirir quaisquer presentes, favores ou incentivos de qualquer candidato, seu agente, partido poltico ou coligao de partidos polticos ou de qualquer outra organizao ou pessoa envolvida no processo eleitoral;

    j) revelar qualquer relao passvel de criar conflito de interesse com as suas funes ou com o pro-cesso de observao e avaliao das eleies;

    k) basear todos os seus relatrios, informaes e con-cluses em provas bem documentadas, factuais e verificveis de vrias fontes credveis ou na informao de testemunhas oculares idneas;

    l) obter resposta ou confirmao da pessoa ou orga-nizao interessada ou visada antes de tratar qualquer alegao sem substncia como sendo vlida;

  • 1334 DIRIO DA REPBLICA

    ANEXO I(Anexos a que se refere o artigo 2. do presente diploma)

    DESCRIO DOS DISTRITOS DA CIDADE DE LUANDAO Municpio de Luanda com sede na Cidade de Luanda,

    que compreende os Distritos Urbanos da Ingombota, Maianga, Kilamba Kiaxi, Rangel, Samba, Sambizanga, tem os seguintes limites:

    Uma linha perpendicular que partindo da costa mar-tima no Oceano Atlntico liga o Farol das Lagostas; daqui e seguindo a rua projectada para sul intercepta a Estrada de Cacuaco; esta estrada para oeste at ser interceptada pela rua projectada; esta rua projectada at ser interceptada pela Rua E-60; a Rua E-60, a Rua do Cacuaco no Vale do Soroca at ao ponto de intercepo com a linha-frrea Luanda-Catete; a linha-frrea Luanda-Catete para Sul at ser interceptada pela vala de drenagem das guas pluviais Cazenga-Cariango; a vala de drenagem das guas pluviais Cazenga-Cariango at interceptar com a Avenida Deolinda Rodrigues; a Avenida Deolinda Rodrigues at ser interceptada pela rua projectada na parte Este do muro do Quartel do Grafanil; esta rua em direco Sul at interceptar com rua projectada; esta rua em direco Este at interceptar a rua projectada; a rua projec-tada para Sul at ser interceptada com a Rua Bakita; esta rua para Este at cruzar com a Estrada Camama-Viana; a Estrada Camama-Viana para Oeste at interceptar com a rotunda do Camama; daqui o troo da estrada direita do Camama para Norte at interceptar a Avenida Pedro de Castro Van-Dnen (Loy); a Avenida Pedro de Castro Van-Dnen (Loy) em direco Sul at interceptar a Rua 21 de Janeiro (Rua do Kikagil); a Rua 21 de Janeiro at interceptar a Avenida 21 de Janeiro; a Avenida 21 de Janeiro em direco Sul at interceptar a Rua da Samba; a Rua da Samba em direco Norte at ao ponto que liga a vala de drenagem das guas pluviais que passa junto do Clube das Naes Unidas; a vala de drenagem das guas pluviais para jusante at a sua foz na costa martima; a costa martima para Norte at ao ponto em que a costa interceptada pelo paralelo do vrtice Farol das Lagostas.

    estatuto prprio e autonomia administrativa, financeira e patrimonial;

    Tendo em conta que a constituio da Cidade de Luanda trouxe consigo desafios de gesto para uma melhor promo-o, orientao e desenvolvimento socioeconmico do novo Municpio de Luanda;

    Havendo necessidade imperiosa de se criar os Distritos Urbanos da Cidade de Luanda, conforme disposto no n. 1 do artigo 5. do Decreto Presidencial n. 277/11, de 31 de Outubro, que aprova o Estatuto Orgnico do Municpio de Luanda;

    O Presidente da Repblica, decreta nos termos da al-nea d) do artigo 120. e do n. 1 do artigo 125., ambos da Constituio da Repblica de Angola, o seguinte:

    ARTIGO 1.

    (Objecto)

    O presente diploma define os Distritos Urbanos que compreendem a Cidade de Luanda.

    ARTIGO 2.

    (Distritos Urbanos)

    1. A Cidade de Luanda constituda, nos limites constantes da descrio e mapa anexos, pelos seguintes Distritos Urbanos:

    a) Distrito Urbano da Ingombota;b) Distrito Urbano da Maianga;c) Distrito Urbano do Kilamba Kiaxi;d) Distrito Urbano do Rangel;e) Distrito Urbano da Samba;f) Distrito Urbano do Sambizanga.

    2. Os Distritos Urbanos, podem organizar-se em Bairros, estes em Zonas e as Zonas em Quarteires.

    3. O Distrito Urbano dirigido por um Administrador.

    ARTIGO 3.

    (Remunerao)

    Ao pessoal administrativo dos Distritos Urbanos apli-cvel o regime da funo pblica.

    ARTIGO 4.

    (Dvidas e omisses)

    As dvidas e omisses resultantes da interpretao e aplicao do presente Decreto Presidencial, so resolvidas pelo Titular do Poder Executivo.

    ARTIGO 5.

    (Entrada em vigor)

    O presente Decreto Presidencial entra em vigor na data da sua publicao.

    Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 29 de Fevereiro de 2012.

    Publique-se.Luanda, 7 de Maro de 2012.O Presidente da Repblica, Jos Eduardo dos santos.

  • 1335I SRIE N. 56 DE 22 DE MARO DE 2012

    DISTRITO URBANO DE KILAMBA KIAXIO Distrito Urbano de Kilamba Kiaxi com sede no Bairro

    do Golfe que compreende os Bairros Popular, Golfe e Palanca, tem os seguintes limites:

    A Avenida Deolinda Rodrigues (na Ponte da Unidade Operativa) at ser interceptada pela rua projectada na parte Este do muro do Quartel do Grafanil; esta rua em direco Sul at interceptar com rua projectada; esta rua em direc-o Este at interceptar a rua projectada; a rua projectada para Sul at ser interceptada com a Rua Bakita; esta rua para Este at cruzar com a Estrada Camama-Viana; a Estrada Camama-Viana para Oeste at interceptar com a Rotunda do Camama; daqui o troo da estrada direita do Camama para Norte at interceptar a Avenida Pedro de Castro Van-Dnen (Loy); a Avenida Pedro de Castro Van-Dnen (Loy) em direco Sul at interceptar Ponte do Gamek, daqui e seguindo o Rio Cambamba para montante liga Ponte da Unidade Operativa na Avenida Deolinda Rodrigues.

    DISTRITO URBANO DO RANGELO Distrito Urbano do Rangel com sede no Bairro da

    Terra Nova que compreende os Bairros da Terra Nova, Maral, Rangel, tem os seguintes limites:

    O cruzamento da Avenida Ho Chi Min com a Avenida Hoji-ya-Henda e seguindo esta em direco Este at ser interceptada pela Rua Francisco de S Miranda; o troo desta rua at interceptar Rua Cnego Manuel das Neves; esta rua at ligar Rua NGola Kiluanje; esta rua at ser intercep-tada pela Rua P-40 ao longo da linha frrea; a linha frrea para Sul at cruzar com a vala de drenagem do Cazenga--Cariango; esta vala para jusante at cruzar com a Avenida Deolinda Rodrigues; a Avenida Deolinda Rodrigues para Oeste at intercepo com a Avenida Ho Chi Min no Largo 1. de Maio, esta avenida at ao cruzamento com a Avenida Hoji-ya-Henda.

    DISTRITO URBANO DA SAMBAO Distrito Urbano da Samba com sede no Bairro da

    Corimba (Samba Grande e Pequena) que compreende os Bairros da Corimba, Rocha Pinto e Morro Bento, tem os seguintes limites:

    A linha imaginria que une a costa martima ao ponto de intercepo da Marginal Sudoeste (Praia do Bispo) com a Rua Comandante Arguelles; esta rua at Rotunda da Samba; a Estrada da Corimba e Barra do Kwanza que parte desta rotunda para Sul at ser interceptada pela rua projectada, na ex-Rotunda da Corimba; o troo desta rua at intercep-tar a Avenida 21 de Janeiro (na ex-Rotunda do Gamek); a rua que passa pela Vila do Gamek at sua intercepo com a Avenida Pedro de Castro Van-Dnem (Loy); a Avenida Pedro de Castro Van-Dnen (Loy), para Sul at ser intercep-tada pela Rua 21 de Janeiro (Rua do Kikagil); esta rua at interceptar Avenida 21 de Janeiro; a Avenida 21 de Janeiro para Sul at sua intercepo com a Rua da Corimba e Barra do Kwanza; esta rua at cruzar com a vala de drenagem que passa junto do Clube das Naes Unidas (Ex-Rotunda da Corimba); a Vala de Drenagem que passa junto do Clube das Naes Unidas at a sua Foz; daqui, e seguindo a Costa do Oceano Atlntico para Norte at ao ponto de intercep-

    DISTRITO URBANO DA INGOMBOTAO Distrito Urbano da Ingombota com sede no bairro do

    mesmo nome que compreende os Bairros da Ilha do Cabo, Quinanga, Ingombota, Patrice Lumumba e Maculusso, tem os seguintes limites:

    A foz do canal de drenagem na Baa da Samba Pequena, para montante cruza a Rua Comandante Arguelles; a Rua Comandante Arguelles at Rotunda da Samba; a Rua da Samba at ao Largo do Hospital Josina Machel; a Avenida I Congresso do M.P.L.A que parte do ponto anteriormente definido at interceptar Rua Kwamme Nkrumah; a Rua Kwamme Nkrumah; Avenida Comandante Jika; esta avenida intercepo com a Rua do SPM; a Rua do SPM; Rua do Ho Chi Min; Alameda Manuel Van-Dnem at ao ponto de intercepo com a Rua Cnego Manuel das Neves; esta rua at interceptar a Rua de Massangano; a Rua de Massangano at intercepo com a Rua de Benguela; o troo desta rua at intercepo com a Rua do Ho Chi Min; esta rua at intercepo com a Rua Ndunduma, a Alameda Prncipe Real que parte do ponto anteriormente definido at a intercepo com a Rua Presidente Boumediene; daqui uma linha imaginria em prolongamento at ao largo fronteirio ao Cinema Miramar; deste largo e do ponto trigonom-trico existente no ex-Campo de tiro do Clube de Caadores at ao ponto de intercepo da Rua dos Municpios com a Rua do Soba Mandume; uma linha que seguindo as altu-ras das barrocas atinge a rotunda formada pela intercepo da Avenida da Kima Kyenda com a Estrada Lueji Anconda; desta rotunda seguindo a estrada em direco a Refinaria at interceptar vala de drenagem do Vale do Soroca, o curso desta vala para jusante at sua foz no Oceano Atlntico; daqui seguindo a linha de costa para Sul at ligar foz do canal de drenagem na Baa da Samba Pequena.

    DISTRITO URBANO DA MAIANGAO Distrito Urbano da Maianga com sede no Bairro

    Prenda que compreende os Bairros da Maianga, Prenda e Cassequel, tem os seguintes limites:

    A Rotunda da Samba e seguindo a Rua da Samba at ao Largo do Hospital Josina Machel; a Avenida 1. Congresso do M.P.L.A. que parte do ponto anteriormente definido at interceptar Rua Kwamme Nkrumah; a Rua Kwamme Nkrumah; Avenida Comandante Jika; esta avenida inter-cepo com a Rua 1. de Agosto (campo Manuel Berenguel (RNA); a Rua 1. de Agosto at interceptar rotunda da avenida Ho Chi Min; a Avenida Ho Chi Min desde o ponto anteriormente definido at ao Largo 1. de Maio, a Avenida Deolinda Rodrigues que parte do ponto anteriormente defi-nido at ao ponto em que interceptada pela Rua Soba Mandume na ponte da Unidade Operativa; daqui e seguindo a vala de drenagem do Rio Cambamba para jusante at cru-zar com a Avenida Pedro de Castro Van-Dnen (Loy) na Ponte do Gamek; esta avenida para Sul at ser interceptada pela rua que passa pela Vila do Gamek; o troo desta rua at interceptar com a Avenida 21 de Janeiro (ex-Rotunda do Gamek); daqui e seguindo a rua projectada (Gamek Direita) intercepta a Estrada da Corimba e Barra do Kwanza (ex-Rotunda da Corimba); esta estrada para norte at ligar Rotunda da Samba.

  • 1336 DIRIO DA REPBLICA

    O Presidente da Repblica determina, nos termos da al-nea d) do artigo 120. e do n. 5 do artigo 125., ambos da Constituio da Repblica de Angola, o seguinte:

    1. aprovado o Projecto de Fiscalizao da Construo da Central 2 do Aproveitamento Hidroelctrico de Cambambe.

    2. aprovado o Contrato para a Fiscalizao da Construo da Central 2 do Aproveitamento Hidroelctrico de Cambambe, celebrado entre a Empresa Nacional de Electricidade, ENE-E.P. e a empresa COBA Consultores de Engenharia e Ambiente , S. A. , no valor de Akz: 3.497.587.853,00 (Trs bilies, quatrocentos e noventa e sete milhes, quinhentos e oitenta e sete mil e oitocentos e cinquenta e trs kwanzas), equivalente a 27.250.180,00 (Vinte e sete milhes, duzentos e cinquenta mil e centos e oitenta euros).

    3. O Ministrio das Finanas deve assegurar os recur-sos financeiros necessrios implementao do projecto.

    4. O presente Despacho Presidencial entra em vigor na data da sua publicao.

    Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 29 de Fevereiro de 2012.

    Publique-se.

    Luanda, aos 7 de Maro de 2012.O Presidente da Repblica, Jos Eduardo dos santos.

    Despacho Presidencial n. 37/12de 22 de Maro

    Considerando que no mbito do Programa de Melhoramento do Transporte em Luanda torna-se necessria a aquisio de 2 (duas) embarcaes rpidas de transporte de 135 (cento e trinta e cinco) passageiros, de forma a facilitar a mobilidade de passageiros, tendo em conta o actual estado do trnsito e das consequncias negativas na vida da popu-lao local e no s;

    O Presidente da Repblica determina, nos termos da al-nea d) do artigo 120. e do n. 5 do artigo 125., ambos da Constituio da Repblica de Angola, o seguinte:

    1. aprovado o Contrato de Construo e Fornecimento de 2 (duas) embarcaes rpidas de transporte de 135 passageiros (Catamars), celebrado entre o Ministrio dos Transportes e a empresa Asttileros Armon, S. A., no valor de Akz: 1.882.846.304,00 (Um bilio, oitocentos e oitenta e dois milhes, oitocentos e quarenta e seis mil e trezentos e quatro kwanzas), equivalente a 14.715.600,00 (Catorze milhes, setecentos e quinze mil e seiscentos euros).

    2. O Ministrio das Finanas deve assegurar os recur-sos financeiros necessrios implementao deste projecto.

    3. O presente Despacho Presidencial entra em vigor na data da sua publicao.

    Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 29 de Fevereiro de 2012.

    Publique-se.

    Luanda, aos 7 de Maro 2012.O Presidente da Repblica, Jos Eduardo dos santos.

    tao da Marginal Sudoeste (Praia do Bispo) com a Rua Comandante Arguelles.

    DISTRITO URBANO DO SAMBIZANGAO Distrito Urbano do Sambizanga com sede no Bairro

    do Sambizanga que compreende os Bairros Operrio, Sambizanga e Ngola Kiluanje, tem os seguintes limites:

    Uma linha perpendicular que partindo da costa mar-tima no Oceano Atlntico liga o Farol das Lagostas; daqui e seguindo a rua projectada para Sul intercepta a estrada de Cacuaco; esta estrada para Oeste at ser interceptada pela rua projectada; esta rua projectada at ser interceptada pela Rua E-60; a Rua. E-60, a Rua do Cacuaco no Vale do Soroca at ao ponto de intercepo com a linha-frrea Luanda-Catete; a linha-frrea Luanda-Catete para Sul at ser interceptada pela Avenida Ngola Kiluanje; esta avenida at ligar a Rua Cnego Manuel das Neves; esta rua at ser interceptada pela Rua Francisco de S Miranda; esta rua at intercep-tar a Avenida Hoji-ya-Henda; a Avenida Hoji-ya-Henda para Oeste at cruzar com a Alameda Manuel Van-Dnen; a Alameda Manuel Van-Dnem at ao ponto de intercepo com a Rua Cnego Manuel das Neves; esta rua at inter-ceptar a Rua de Massangano; Rua de Massangano at intercepo com a Rua de Benguela; o troo desta rua at intercepo com a Avenida Ho Chi Min; esta avenida at intercepo com a Rua Ndunduma, a Alameda Prncipe Real que parte do ponto anteriormente definido at intercep-o com a Rua Presidente Houari Boumediene; daqui uma linha imaginria em prolongamento at ao largo fronteirio ao Cinema Miramar; deste largo e do ponto trigonomtrico existente no ex-Campo de Tiro do Clube de Caadores at ao ponto de intercepo da Rua dos Municpios com a Rua do Soba Mandume; uma linha que seguindo as alturas das bar-rocas atinge a rotunda formada pela intercepo da Avenida Kima Kyenda com a Estrada Lueji Anconda; desta rotunda seguindo a estrada em direco a Refinaria at interceptar a vala de drenagem do Vale do Soroca, o curso desta vala para jusante at sua foz no Oceano Atlntico.

    Despacho Presidencial n. 36/12de 22 de Maro

    Considerando a importncia estratgica que tem o Aproveitamento Hidroelctrico de Cambambe para o desen-volvimento econmico e social do Pas;

    Havendo necessidade urgente e imperiosa de imple-mentao de novos projectos para a produo de energia elctrica, assumindo especial importncia e prioridade o pro-jecto de Construo da Central 2 de Cambambe, por ser a central que permite obter, no prazo mais curto, um reforo considervel da capacidade hidroelctrica instalada no Pas;

    Tendo em conta o disposto nos artigos 32. e 34. da Lei n. 20/10, de 7 de Setembro e no n. 1 do artigo 33. do Decreto Presidencial n. 31/10, de 12 de Abril, que regulam a realizao de despesas pblicas.

  • 1337I SRIE N. 56 DE 22 DE MARO DE 2012

    3. O Estado, atravs dos Ministrios e organismos competentes, devem apoiar a empresa C.F.E. CORPORATE, Lda, mediante a concesso de incentivos e isenes previstas na lei e no estabelecimento das respectivas metas, objectivos e contrapartidas.

    4. O presente Despacho Presidencial entra em vigor na data da sua publicao.

    Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 29 de Fevereiro de 2012.

    Publique-se.

    Luanda, aos 7 de Maro 2012.O Presidente da Repblica, Jos Eduardo dos santos

    Despacho Presidencial n. 40/12de 22 de Maro

    Considerando a necessidade de se implementar um sis-tema de transporte fluvial com a construo de um canal sobre o Rio Kuando, contribuindo assim para o desenvol-vimento da Provncia do Kuando-Kubango, aumentando a mobilidade e acessibilidade da populao dessa localidade;

    O Presidente da Repblica determina, nos termos da al-nea d) do artigo 120. e do n. 5 do artigo 125., ambos da Constituio da Repblica de Angola, o seguinte:

    1. aprovado o Contrato de Empreitada para o Planeamento e Dragagem de Canais para o Projecto de Desenvolvimento de Shangombo-Rivungo, celebrado entre o Ministrio dos Transportes e a empresa Clay Disposal CC RSA, no valor de Akz: 4.719.725.400,00 (Quatro bilies, setecentos e dezanove milhes, setecentos e vinte e cinco mil e quatrocentos kwanzas), equivalente a USD 49.400.000,00 (Quarenta e nove milhes e quatrocentos mil dlares dos Estados Unidos da Amrica).

    2. O Ministrio das Finanas deve assegurar os recur-sos financeiros necessrios implementao deste projecto.

    3. O presente Despacho Presidencial entra em vigor na data da sua publicao.

    Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 29 de Fevereiro de 2012.

    Publique-se.

    Luanda, aos 7 de Maro de 2012.O Presidente da Repblica, Jos Eduardo dos santos.

    Despacho Presidencial n. 41/12de 22 de Maro

    Considerando que no mbito do Programa de Melhoramento do Transporte em Luanda torna-se necessria a aquisio de 2 (duas) embarcaes rpidas de transporte de 265 (duzentos e sessenta e cinco) passageiros, de forma a facilitar a mobi-lidade de pessoas, tendo em conta o actual estado do trnsito e das consequncias negativas na vida da populao local e no s;

    O Presidente da Repblica determina, nos termos da al-nea d) do artigo 120. e do n. 5 do artigo 125., ambos da Constituio da Repblica de Angola, o seguinte:

    Despacho Presidencial n. 38/12de 22 de Maro

    Havendo necessidade de se efectuar a Fiscalizao das Obras de Construo das Infra-estruturas nas Zonas 2A e 2B do Projecto de Requalificao do Municpio do Sambizanga e dar-se cumprimento ao disposto no artigo 37. da Lei n. 20/10, de 7 de Setembro;

    O Presidente da Repblica determina, nos termos da al-nea d) do artigo 120. e do n. 5 do artigo 125., ambos da Constituio da Repblica de Angola, o seguinte:

    1. aprovado o Contrato de Fiscalizao das Obras de Construo das Infra-estruturas nas Zonas 2A e 2B do Projecto de Requalificao do Municpio do Sambizanga, celebrado entre o Ministrio do Urbanismo e Construo e a empresa Dar Angola Consultoria, Limitada, no valor de Akz: 1.440.182.686,00 (Um bilio, quatrocentos e quarenta milhes, cento e oitenta e dois mil e seiscentos e oitenta e seis kwanzas), equivalente a USD 15.073.975,42 (Quinze milhes, setenta e trs mil, novecentos e setenta e cinco dlares dos Estados Unidos da Amrica e quarenta e dois cntimos).

    2. O presente Despacho Presidencial entra em vigor na data da sua publicao.

    Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 29 de Fevereiro de 2012.

    Publique-se.

    Luanda, aos 7 de Maro de 2012.O Presidente da Repblica, Jos Eduardo dos santos

    Despacho Presidencial n. 39/12de 22 de Maro

    Considerando que o investimento na mobilidade e cir-culao de pessoas e bens, para complementar os sistemas existentes, um factor imprescindvel e inadivel para a concretizao dos objectivos do Executivo, sendo que a concepo e implementao de projectos integrados cir-cunscreve-se na problemtica de desanuviamento dos fluxos de trnsito na capital, Luanda, assumindo-se estes de impor-tncia relevante, quer na circulao de pessoas e bens, quer na melhoria da qualidade de vida da sua populao;

    Tendo em conta a necessidade de se aprovar o Projecto para a Construo e Explorao dos Terminais Rodovirios Interprovinciais de Passageiros da Provncia de Luanda, no mbito do projecto global de transporte de passageiros e ordenamento do sistema de transporte na Provncia de Luanda;

    O Presidente da Repblica determina, nos termos da al-nea d) do artigo 120. e do n. 5 do artigo 125., ambos da Constituio da Repblica de Angola, o seguinte:

    1. aprovado o Projecto para a Construo e Explorao dos Terminais Rodovirios de Passageiros Interprovinciais da Provncia de Luanda.

    2. autorizado o Ministro dos Transportes a celebrar o Contrato de Concesso para a Construo e Explorao das Infra-estruturas acima referidas, com a empresa C.F.E. Corporate, Lda.

  • O. E. 192 - 3/56 - 550 ex. - I.N.-E.P. - 2012

    1338 DIRIO DA REPBLICA

    e) Elaborar a proposta da Repblica de Angola a Con-ferencia Rio + 20;

    f) Aprovar a agenda internacional sobre o desenvolvi-mento sustentvel para o ano 2012.

    3. No quadro da preparao da Conferncia Rio + 20 designado o Secretariado da Comisso Multissectorial do Desenvolvimento Sustentvel como gestor de toda informa-o e documentao e outros meios teis para divulgao da informao classificada do evento.

    4. O Grupo de Trabalho ora criado deve encetar dili-gncias no sentido de providenciar o arrendamento de um espao ou stand para exposio de materiais sobre o desen-volvimento sustentvel em Angola.

    5. O Coordenador deve apresentar regularmente at a realizao do evento, relatrios detalhados sobre o decurso dos trabalhos ao Titular do Poder Executivo.

    6. O Coordenador deve no prazo de quinze dias subsequentes ao fim da Conferncia Rio + 20 apresentar o relatrio de balano ao Titular do Poder Executivo, que aps a sua aprovao, considera-se extinto o Grupo de Trabalho.

    7. As dvidas e omisses resultantes da aplicao e interpretao do presente despacho so resolvidas pelo Presidente da Repblica.

    8. O presente despacho entra em vigor na data da sua publicao.

    Publique-se

    Luanda, aos 20 de Maro de 2012.O Presidente da Repblica, Jos Eduardo dos Santos.

    Despacho Presidencial n. 43/12de 22 de Maro

    Considerando que as questes de desenvolvimento sustentvel so transversais e compreendem no s uma dimenso ambiental mas tambm a econmica e social;

    Havendo necessidade de dotar a Comisso Multissectorial criada ao abrigo do Despacho Presidencial n. 14/12 de 16 Fevereiro, de outras valncias visando desta forma o desen-volvimento sustentvel;

    O Presidente da Repblica determina, nos termos da al-nea d) do artigo 120. e do n. 1 do artigo 125., ambos da Constituio da Repblica de Angola, o seguinte:

    1. So integrados no Grupo Ministerial da Comisso Multissectorial de Desenvolvimento Sustentvel, coor-denada pelo Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da Repblica as seguintes entidades:

    a) Ministro das Finanas;b) Ministro do Interior;c) Ministra da Justia;d) Ministro da Cincia e Tecnologia.

    2. O presente despacho entra em vigor na data da sua publicao.

    Publique-se.

    Luanda, aos 20 de Maro de 2012.O Presidente da Repblica, Jos Eduardo dos santos.

    1. aprovado o Contrato de Construo e Fornecimento de 2 (duas) embarcaes rpidas de transporte de 265 passageiros (Catamars), celebrado entre o Ministrio dos Transportes e a empresa Asttileros Armon, S. A., no valor de Akz: 1.870.749.340,00 (Um bilio, oitocentos e setenta milhes, setecentos e quarenta e nove mil e trezentos e qua-renta kwanzas), equivalente a 19.580.592,00 (Dezanove milhes, quinhentos e oitenta mil, quinhentos e noventa e dois euros).

    2. O Ministrio das Finanas deve assegurar os recur-sos financeiros necessrios implementao deste projecto.

    3. O presente Despacho Presidencial entra em vigor na data da sua publicao.

    Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 29 de Fevereiro de 2012.

    Publique-se.

    Luanda, aos 7 de Maro de 2012.O Presidente da Repblica, Jos Eduardo dos santos.

    Despacho Presidencial n. 42/12de 22 de Maro

    Considerando que sob a gide das Naes Unidas rea-lizar-se- no perodo de 20/22 de Junho de 2012 no Brasil a Conferncia Rio + 20, que pode assinalar o incio de uma transio acelerada e profunda, a nvel mundial, rumo para uma economia ecolgica, que gera crescimento, crie emprego e erradique a pobreza;

    Tendo em conta a responsabilidade da Repblica de Angola na qualidade de Presidente do Frum Global das Autoridades Designadas a nvel do continente africano, que obriga o Pas a concertar opinies, visando uniformizar a posio de frica neste grande frum;

    Havendo necessidade de preparar posicionamento de Angola, no referido frum impondo-se deste modo a sua participao preliminar nos diversos eventos internacionais preparatrios que culminaro com a Conferencia Rio + 20;

    O Presidente da Repblica determina, nos termos da al-nea d) do artigo 120. e do n. 1 do artigo 125., ambos da Constituio da Repblica de Angola, o seguinte:

    1. criado o Grupo de Trabalho com objectivo de preparar as actividades relativas a presena de Angola na Conferncia Rio + 20, coordenada pelo Ministro das Relaes Exteriores e integrada pelas seguintes entidades:

    a) Ministra do Ambiente - Coordenadora Adjunta;b) Ministro do Planeamento;c) Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural;d) Ministro da Energia e guas.

    2. O Grupo de Trabalho ora criado tem as seguintes atribuies:

    a) Organizar as reunies dos Ministrios do Ambiente da regio da SADC e da CPLP;

    b) Preparar a documentao tcnica para as reunies de frica, da CPLP e da regio da SADC;

    c) Elaborar o relatrio sobre o Desenvolvimento Sus-tentvel de Angola;

    d) Apreciar o Projecto de Resoluo da ONU deno-minado The Future We Want;