lei dos portos

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Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 12.815, DE 5 DE JUNHO DE 2013. Dispõe sobre a exploração direta e indireta pela União de portos e instalações portuárias e sobre as atividades desempenhadas pelos operadores portuários; altera as Leis n os 5.025, de 10 de junho de 1966, 10.233, de 5 de junho de 2001, 10.683, de 28 de maio de 2003, 9.719, de 27 de novembro de 1998, e 8.213, de 24 de julho de 1991; revoga as Leis n os 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, e 11.610, de 12 de dezembro de 2007, e dispositivos das Leis n os 11.314, de 3 de julho de 2006, e 11.518, de 5 de setembro de 2007; e dá outras providências. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DEFINIÇÕES E OBJETIVOS Art. 1 o Esta Lei regula a exploração pela União, direta ou indiretamente, dos portos e instalações portuárias e as atividades desempenhadas pelos operadores portuários. § 1 o A exploração indireta do porto organizado e das instalações portuárias nele localizadas ocorrerá mediante concessão e arrendamento de bem público. § 2 o A exploração indireta das instalações portuárias localizadas fora da área do porto organizado ocorrerá mediante autorização, nos termos desta Lei. § 3 o As concessões, os arrendamentos e as autorizações de que trata esta Lei serão outorgados a pessoa jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. Art. 2 o Para os fins desta Lei, consideram-se: I - porto organizado: bem público construído e aparelhado para atender a necessidades de navegação, de movimentação de passageiros ou de movimentação e armazenagem de mercadorias, e cujo tráfego e operações portuárias estejam sob jurisdição de autoridade portuária; II - área do porto organizado: área delimitada por ato do Poder Executivo que compreende as instalações portuárias e a infraestrutura de proteção e de acesso ao porto organizado; III - instalação portuária: instalação localizada dentro ou fora da área do porto organizado e utilizada em movimentação de passageiros, em movimentação ou armazenagem de mercadorias,

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Lei dos portos

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  • Presidncia da RepblicaCasa Civil

    Subchefia para Assuntos Jurdicos

    LEI N 12.815, DE 5 DE JUNHO DE 2013.

    Dispe sobre a explorao direta e indireta pela Unio de portos e instalaes porturias e sobre asatividades desempenhadas pelos operadores porturios; altera as Leis nos 5.025, de 10 de junho de 1966,10.233, de 5 de junho de 2001, 10.683, de 28 de maio de 2003, 9.719, de 27 de novembro de 1998, e8.213, de 24 de julho de 1991; revoga as Leis nos 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, e 11.610, de 12 dedezembro de 2007, e dispositivos das Leis nos 11.314, de 3 de julho de 2006, e 11.518, de 5 de setembro de2007; e d outras providncias.

    A PRESIDENTA DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eusanciono a seguinte Lei:

    CAPTULO I

    DEFINIES E OBJETIVOS

    Art. 1o Esta Lei regula a explorao pela Unio, direta ou indiretamente, dos portos einstalaes porturias e as atividades desempenhadas pelos operadores porturios.

    1o A explorao indireta do porto organizado e das instalaes porturias nele localizadasocorrer mediante concesso e arrendamento de bem pblico.

    2o A explorao indireta das instalaes porturias localizadas fora da rea do portoorganizado ocorrer mediante autorizao, nos termos desta Lei.

    3o As concesses, os arrendamentos e as autorizaes de que trata esta Lei sero outorgadosa pessoa jurdica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.

    Art. 2o Para os fins desta Lei, consideram-se:

    I - porto organizado: bem pblico construdo e aparelhado para atender a necessidades denavegao, de movimentao de passageiros ou de movimentao e armazenagem de mercadorias,e cujo trfego e operaes porturias estejam sob jurisdio de autoridade porturia;

    II - rea do porto organizado: rea delimitada por ato do Poder Executivo que compreende asinstalaes porturias e a infraestrutura de proteo e de acesso ao porto organizado;

    III - instalao porturia: instalao localizada dentro ou fora da rea do porto organizado eutilizada em movimentao de passageiros, em movimentao ou armazenagem de mercadorias,

  • destinadas ou provenientes de transporte aquavirio;

    IV - terminal de uso privado: instalao porturia explorada mediante autorizao e localizadafora da rea do porto organizado;

    V - estao de transbordo de cargas: instalao porturia explorada mediante autorizao,localizada fora da rea do porto organizado e utilizada exclusivamente para operao de transbordode mercadorias em embarcaes de navegao interior ou cabotagem;

    VI - instalao porturia pblica de pequeno porte: instalao porturia explorada medianteautorizao, localizada fora do porto organizado e utilizada em movimentao de passageiros oumercadorias em embarcaes de navegao interior;

    VII - instalao porturia de turismo: instalao porturia explorada mediante arrendamentoou autorizao e utilizada em embarque, desembarque e trnsito de passageiros, tripulantes ebagagens, e de insumos para o provimento e abastecimento de embarcaes de turismo;

    VIII - (VETADO):

    a) (VETADO);

    b) (VETADO); e

    c) (VETADO);

    IX - concesso: cesso onerosa do porto organizado, com vistas administrao e explorao de sua infraestrutura por prazo determinado;

    X - delegao: transferncia, mediante convnio, da administrao e da explorao do portoorganizado para Municpios ou Estados, ou a consrcio pblico, nos termos da Lei n 9.277, de 10 de maiode 1996;

    XI - arrendamento: cesso onerosa de rea e infraestrutura pblicas localizadas dentro doporto organizado, para explorao por prazo determinado;

    XII - autorizao: outorga de direito explorao de instalao porturia localizada fora darea do porto organizado e formalizada mediante contrato de adeso; e

    XIII - operador porturio: pessoa jurdica pr-qualificada para exercer as atividades demovimentao de passageiros ou movimentao e armazenagem de mercadorias, destinadas ouprovenientes de transporte aquavirio, dentro da rea do porto organizado.

    Art. 3o A explorao dos portos organizados e instalaes porturias, com o objetivo deaumentar a competitividade e o desenvolvimento do Pas, deve seguir as seguintes diretrizes:

  • I - expanso, modernizao e otimizao da infraestrutura e da superestrutura que integram osportos organizados e instalaes porturias;

    II - garantia da modicidade e da publicidade das tarifas e preos praticados no setor, daqualidade da atividade prestada e da efetividade dos direitos dos usurios;

    III - estmulo modernizao e ao aprimoramento da gesto dos portos organizados einstalaes porturias, valorizao e qualificao da mo de obra porturia e eficincia dasatividades prestadas;

    IV - promoo da segurana da navegao na entrada e na sada das embarcaes dos portos;e

    V - estmulo concorrncia, incentivando a participao do setor privado e assegurando oamplo acesso aos portos organizados, instalaes e atividades porturias.

    CAPTULO II

    DA EXPLORAO DOS PORTOS E INSTALAES PORTURIAS

    Seo I

    Da Concesso de Porto Organizado e do Arrendamento de Instalao Porturia

    Art. 4o A concesso e o arrendamento de bem pblico destinado atividade porturia serorealizados mediante a celebrao de contrato, sempre precedida de licitao, em conformidade como disposto nesta Lei e no seu regulamento.

    Art. 5o So essenciais aos contratos de concesso e arrendamento as clusulas relativas:

    I - ao objeto, rea e ao prazo;

    II - ao modo, forma e condies da explorao do porto organizado ou instalao porturia;

    III - aos critrios, indicadores, frmulas e parmetros definidores da qualidade da atividadeprestada, assim como s metas e prazos para o alcance de determinados nveis de servio;

    IV - ao valor do contrato, s tarifas praticadas e aos critrios e procedimentos de reviso ereajuste;

    V - aos investimentos de responsabilidade do contratado;

  • VI - aos direitos e deveres dos usurios, com as obrigaes correlatas do contratado e assanes respectivas;

    VII - s responsabilidades das partes;

    VIII - reverso de bens;

    IX - aos direitos, garantias e obrigaes do contratante e do contratado, inclusive osrelacionados a necessidades futuras de suplementao, alterao e expanso da atividade econsequente modernizao, aperfeioamento e ampliao das instalaes;

    X - forma de fiscalizao das instalaes, dos equipamentos e dos mtodos e prticas deexecuo das atividades, bem como indicao dos rgos ou entidades competentes para exerc-las;

    XI - s garantias para adequada execuo do contrato;

    XII - responsabilidade do titular da instalao porturia pela inexecuo ou deficienteexecuo das atividades;

    XIII - s hipteses de extino do contrato;

    XIV - obrigatoriedade da prestao de informaes de interesse do poder concedente, daAgncia Nacional de Transportes Aquavirios - ANTAQ e das demais autoridades que atuam nosetor porturio, inclusive as de interesse especfico da Defesa Nacional, para efeitos de mobilizao;

    XV - adoo e ao cumprimento das medidas de fiscalizao aduaneira de mercadorias,veculos e pessoas;

    XVI - ao acesso ao porto organizado ou instalao porturia pelo poder concedente, pelaAntaq e pelas demais autoridades que atuam no setor porturio;

    XVII - s penalidades e sua forma de aplicao; e

    XVIII - ao foro.

    1o (VETADO).

    2o Findo o prazo dos contratos, os bens vinculados concesso ou ao arrendamentorevertero ao patrimnio da Unio, na forma prevista no contrato.

    Art. 6o Nas licitaes dos contratos de concesso e arrendamento, sero considerados como

  • critrios para julgamento, de forma isolada ou combinada, a maior capacidade de movimentao, amenor tarifa ou o menor tempo de movimentao de carga, e outros estabelecidos no edital, naforma do regulamento.

    1o As licitaes de que trata este artigo podero ser realizadas na modalidade leilo,conforme regulamento.

    2o Compete Antaq, com base nas diretrizes do poder concedente, realizar osprocedimentos licitatrios de que trata este artigo.

    3o Os editais das licitaes de que trata este artigo sero elaborados pela Antaq, observadasas diretrizes do poder concedente.

    4o (VETADO).

    5o Sem prejuzo das diretrizes previstas no art. 3o, o poder concedente poder determinar atransferncia das competncias de elaborao do edital e a realizao dos procedimentos licitatriosde que trata este artigo Administrao do Porto, delegado ou no.

    6o O poder concedente poder autorizar, mediante requerimento do arrendatrio, na formado regulamento, expanso da rea arrendada para rea contgua dentro da poligonal do portoorganizado, sempre que a medida trouxer comprovadamente eficincia na operao porturia.

    Art. 7o A Antaq poder disciplinar a utilizao em carter excepcional, por qualquerinteressado, de instalaes porturias arrendadas ou exploradas pela concessionria, assegurada aremunerao adequada ao titular do contrato.

    Seo II

    Da Autorizao de Instalaes Porturias

    Art. 8o Sero exploradas mediante autorizao, precedida de chamada ou anncio pblicos e,quando for o caso, processo seletivo pblico, as instalaes porturias localizadas fora da rea doporto organizado, compreendendo as seguintes modalidades:

    I - terminal de uso privado;

    II - estao de transbordo de carga;

    III - instalao porturia pblica de pequeno porte;

    IV - instalao porturia de turismo;

  • V - (VETADO).

    1o A autorizao ser formalizada por meio de contrato de adeso, que conter as clusulasessenciais previstas no caput do art. 5o, com exceo daquelas previstas em seus incisos IV e VIII.

    2o A autorizao de instalao porturia ter prazo de at 25 (vinte e cinco) anos,prorrogvel por perodos sucessivos, desde que:

    I - a atividade porturia seja mantida; e

    II - o autorizatrio promova os investimentos necessrios para a expanso e modernizao dasinstalaes porturias, na forma do regulamento.

    3o A Antaq adotar as medidas para assegurar o cumprimento dos cronogramas deinvestimento previstos nas autorizaes e poder exigir garantias ou aplicar sanes, inclusive acassao da autorizao.

    4o (VETADO).

    Art. 9o Os interessados em obter a autorizao de instalao porturia podero requer-la Antaq a qualquer tempo, na forma do regulamento.

    1o Recebido o requerimento de autorizao de instalao porturia, a Antaq dever:

    I - publicar o extrato do requerimento, inclusive na internet; e

    II - promover a abertura de processo de anncio pblico, com prazo de 30 (trinta) dias, paraidentificar a existncia de outros interessados na obteno de autorizao de instalao porturia namesma regio e com caractersticas semelhantes.

    2o (VETADO).

    3o (VETADO).

    Art. 10. O poder concedente poder determinar Antaq, a qualquer momento e emconsonncia com as diretrizes do planejamento e das polticas do setor porturio, a abertura deprocesso de chamada pblica para identificar a existncia de interessados na obteno deautorizao de instalao porturia, na forma do regulamento e observado o prazo previsto no incisoII do 1o do art. 9o.

    Art. 11. O instrumento da abertura de chamada ou anncio pblico indicar obrigatoriamenteos seguintes parmetros:

  • I - a regio geogrfica na qual ser implantada a instalao porturia;

    II - o perfil das cargas a serem movimentadas; e

    III - a estimativa do volume de cargas ou de passageiros a ser movimentado nas instalaesporturias.

    Pargrafo nico. O interessado em autorizao de instalao porturia dever apresentar ttulode propriedade, inscrio de ocupao, certido de aforamento, cesso de direito real ou outroinstrumento jurdico que assegure o direito de uso e fruio do respectivo terreno, alm de outrosdocumentos previstos no instrumento de abertura.

    Art. 12. Encerrado o processo de chamada ou anncio pblico, o poder concedente deveranalisar a viabilidade locacional das propostas e sua adequao s diretrizes do planejamento e daspolticas do setor porturio.

    1o Observado o disposto no regulamento, podero ser expedidas diretamente as autorizaesde instalao porturia quando:

    I - o processo de chamada ou anncio pblico seja concludo com a participao de um nicointeressado; ou

    II - havendo mais de uma proposta, no haja impedimento locacional implantao de todaselas de maneira concomitante.

    2o Havendo mais de uma proposta e impedimento locacional que inviabilize suaimplantao de maneira concomitante, a Antaq dever promover processo seletivo pblico,observados os princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia.

    3o O processo seletivo pblico de que trata o 2o atender ao disposto no regulamento econsiderar como critrio de julgamento, de forma isolada ou combinada, a maior capacidade demovimentao, a menor tarifa ou o menor tempo de movimentao de carga, e outros estabelecidosno edital.

    4o Em qualquer caso, somente podero ser autorizadas as instalaes porturias compatveiscom as diretrizes do planejamento e das polticas do setor porturio, na forma do caput.

    Art. 13. A Antaq poder disciplinar as condies de acesso, por qualquer interessado, emcarter excepcional, s instalaes porturias autorizadas, assegurada remunerao adequada aotitular da autorizao.

    Seo III

  • Dos Requisitos para a Instalao dos Portos e Instalaes Porturias

    Art. 14. A celebrao do contrato de concesso ou arrendamento e a expedio de autorizaosero precedidas de:

    I - consulta autoridade aduaneira;

    II - consulta ao respectivo poder pblico municipal; e

    III - emisso, pelo rgo licenciador, do termo de referncia para os estudos ambientais comvistas ao licenciamento.

    Seo IV

    Da Definio da rea de Porto Organizado

    Art. 15. Ato do Presidente da Repblica dispor sobre a definio da rea dos portosorganizados, a partir de proposta da Secretaria de Portos da Presidncia da Repblica.

    Pargrafo nico. A delimitao da rea dever considerar a adequao dos acessos martimose terrestres, os ganhos de eficincia e competitividade decorrente da escala das operaes e asinstalaes porturias j existentes.

    CAPTULO III

    DO PODER CONCEDENTE

    Art. 16. Ao poder concedente compete:

    I - elaborar o planejamento setorial em conformidade com as polticas e diretrizes de logsticaintegrada;

    II - definir as diretrizes para a realizao dos procedimentos licitatrios, das chamadaspblicas e dos processos seletivos de que trata esta Lei, inclusive para os respectivos editais einstrumentos convocatrios;

    III - celebrar os contratos de concesso e arrendamento e expedir as autorizaes de instalaoporturia, devendo a Antaq fiscaliz-los em conformidade com o disposto na Lei no 10.233, de 5 dejunho de 2001; e

    IV - estabelecer as normas, os critrios e os procedimentos para a pr-qualificao dosoperadores porturios.

  • 1o Para os fins do disposto nesta Lei, o poder concedente poder celebrar convnios ouinstrumentos congneres de cooperao tcnica e administrativa com rgos e entidades daadministrao pblica federal, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, inclusive comrepasse de recursos.

    2o No exerccio da competncia prevista no inciso II do caput, o poder concedente deverouvir previamente a Agncia Nacional do Petrleo, Gs Natural e Biocombustveis sempre que alicitao, a chamada pblica ou o processo seletivo envolver instalaes porturias voltadas movimentao de petrleo, gs natural, seus derivados e biocombustveis.

    CAPTULO IV

    DA ADMINISTRAO DO PORTO ORGANIZADO

    Seo I

    Das Competncias

    Art. 17. A administrao do porto exercida diretamente pela Unio, pela delegatria ou pelaentidade concessionria do porto organizado.

    1o Compete administrao do porto organizado, denominada autoridade porturia:

    I - cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos e os contratos de concesso;

    II - assegurar o gozo das vantagens decorrentes do melhoramento e aparelhamento do portoao comrcio e navegao;

    III - pr-qualificar os operadores porturios, de acordo com as normas estabelecidas pelopoder concedente;

    IV - arrecadar os valores das tarifas relativas s suas atividades;

    V - fiscalizar ou executar as obras de construo, reforma, ampliao, melhoramento econservao das instalaes porturias;

    VI - fiscalizar a operao porturia, zelando pela realizao das atividades com regularidade,eficincia, segurana e respeito ao meio ambiente;

    VII - promover a remoo de embarcaes ou cascos de embarcaes que possam prejudicaro acesso ao porto;

  • VIII - autorizar a entrada e sada, inclusive atracao e desatracao, o fundeio e o trfego deembarcao na rea do porto, ouvidas as demais autoridades do porto;

    IX - autorizar a movimentao de carga das embarcaes, ressalvada a competncia daautoridade martima em situaes de assistncia e salvamento de embarcao, ouvidas as demaisautoridades do porto;

    X - suspender operaes porturias que prejudiquem o funcionamento do porto, ressalvadosos aspectos de interesse da autoridade martima responsvel pela segurana do trfego aquavirio;

    XI - reportar infraes e representar perante a Antaq, visando instaurao de processoadministrativo e aplicao das penalidades previstas em lei, em regulamento e nos contratos;

    XII - adotar as medidas solicitadas pelas demais autoridades no porto;

    XIII - prestar apoio tcnico e administrativo ao conselho de autoridade porturia e ao rgo degesto de mo de obra;

    XIV - estabelecer o horrio de funcionamento do porto, observadas as diretrizes da Secretariade Portos da Presidncia da Repblica, e as jornadas de trabalho no cais de uso pblico; e

    XV - organizar a guarda porturia, em conformidade com a regulamentao expedida pelopoder concedente.

    2o A autoridade porturia elaborar e submeter aprovao da Secretaria de Portos daPresidncia da Repblica o respectivo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto.

    3o O disposto nos incisos IX e X do 1o no se aplica embarcao militar que no estejapraticando comrcio.

    4o A autoridade martima responsvel pela segurana do trfego pode intervir para asseguraraos navios da Marinha do Brasil a prioridade para atracao no porto.

    5o (VETADO).

    Art. 18. Dentro dos limites da rea do porto organizado, compete administrao do porto:

    I - sob coordenao da autoridade martima:

    a) estabelecer, manter e operar o balizamento do canal de acesso e da bacia de evoluo doporto;

  • b) delimitar as reas de fundeadouro, de fundeio para carga e descarga, de inspeo sanitria ede polcia martima;

    c) delimitar as reas destinadas a navios de guerra e submarinos, plataformas e demaisembarcaes especiais, navios em reparo ou aguardando atracao e navios com cargas inflamveisou explosivas;

    d) estabelecer e divulgar o calado mximo de operao dos navios, em funo doslevantamentos batimtricos efetuados sob sua responsabilidade; e

    e) estabelecer e divulgar o porte bruto mximo e as dimenses mximas dos navios quetrafegaro, em funo das limitaes e caractersticas fsicas do cais do porto;

    II - sob coordenao da autoridade aduaneira:

    a) delimitar a rea de alfandegamento; e

    b) organizar e sinalizar os fluxos de mercadorias, veculos, unidades de cargas e de pessoas.

    Art. 19. A administrao do porto poder, a critrio do poder concedente, explorar direta ouindiretamente reas no afetas s operaes porturias, observado o disposto no respectivo Plano deDesenvolvimento e Zoneamento do Porto.

    Pargrafo nico. O disposto no caput no afasta a aplicao das normas de licitao econtratao pblica quando a administrao do porto for exercida por rgo ou entidade sobcontrole estatal.

    Art. 20. Ser institudo em cada porto organizado um conselho de autoridade porturia, rgoconsultivo da administrao do porto.

    1o O regulamento dispor sobre as atribuies, o funcionamento e a composio dosconselhos de autoridade porturia, assegurada a participao de representantes da classeempresarial, dos trabalhadores porturios e do poder pblico.

    2o A representao da classe empresarial e dos trabalhadores no conselho a que alude ocaput ser paritria.

    3o A distribuio das vagas no conselho a que alude o caput observar a seguinte proporo:

    I - 50% (cinquenta por cento) de representantes do poder pblico;

    II - 25% (vinte e cinco por cento) de representantes da classe empresarial; e

  • III - 25% (vinte e cinco por cento) de representantes da classe trabalhadora.

    Art. 21. Fica assegurada a participao de um representante da classe empresarial e outro daclasse trabalhadora no conselho de administrao ou rgo equivalente da administrao do porto,quando se tratar de entidade sob controle estatal, na forma do regulamento.

    Pargrafo nico. A indicao dos representantes das classes empresarial e trabalhadora a quealude o caput ser feita pelos respectivos representantes no conselho de autoridade porturia.

    Art. 22. A Secretaria de Portos da Presidncia da Repblica coordenar a atuao integradados rgos e entidades pblicos nos portos organizados e instalaes porturias, com a finalidade degarantir a eficincia e a qualidade de suas atividades, nos termos do regulamento.

    Seo II

    Da Administrao Aduaneira nos Portos Organizados e nas Instalaes PorturiasAlfandegadas

    Art. 23. A entrada ou a sada de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadassomente poder efetuar-se em portos ou instalaes porturias alfandegados.

    Pargrafo nico. O alfandegamento de portos organizados e instalaes porturias destinados movimentao e armazenagem de mercadorias importadas ou exportao ser efetuado apscumpridos os requisitos previstos na legislao especfica.

    Art. 24. Compete ao Ministrio da Fazenda, por intermdio das reparties aduaneiras:

    I - cumprir e fazer cumprir a legislao que regula a entrada, a permanncia e a sada dequaisquer bens ou mercadorias do Pas;

    II - fiscalizar a entrada, a permanncia, a movimentao e a sada de pessoas, veculos,unidades de carga e mercadorias, sem prejuzo das atribuies das outras autoridades no porto;

    III - exercer a vigilncia aduaneira e reprimir o contrabando e o descaminho, sem prejuzo dasatribuies de outros rgos;

    IV - arrecadar os tributos incidentes sobre o comrcio exterior;

    V - proceder ao despacho aduaneiro na importao e na exportao;

    VI - proceder apreenso de mercadoria em situao irregular, nos termos da legislaofiscal;

  • VII - autorizar a remoo de mercadorias da rea porturia para outros locais, alfandegados ouno, nos casos e na forma prevista na legislao aduaneira;

    VIII - administrar a aplicao de regimes suspensivos, exonerativos ou devolutivos de tributoss mercadorias importadas ou a exportar;

    IX - assegurar o cumprimento de tratados, acordos ou convenes internacionais no planoaduaneiro; e

    X - zelar pela observncia da legislao aduaneira e pela defesa dos interesses fazendriosnacionais.

    1o No exerccio de suas atribuies, a autoridade aduaneira ter livre acesso a quaisquerdependncias do porto ou instalao porturia, s embarcaes atracadas ou no e aos locais onde seencontrem mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas.

    2o No exerccio de suas atribuies, a autoridade aduaneira poder, sempre que julgarnecessrio, requisitar documentos e informaes e o apoio de fora pblica federal, estadual oumunicipal.

    CAPTULO V

    DA OPERAO PORTURIA

    Art. 25. A pr-qualificao do operador porturio ser efetuada perante a administrao doporto, conforme normas estabelecidas pelo poder concedente.

    1o As normas de pr-qualificao devem obedecer aos princpios da legalidade,impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia.

    2o A administrao do porto ter prazo de 30 (trinta) dias, contado do pedido do interessado,para decidir sobre a pr-qualificao.

    3o Em caso de indeferimento do pedido mencionado no 2o, caber recurso, no prazo de 15(quinze) dias, dirigido Secretaria de Portos da Presidncia da Repblica, que dever apreci-lo noprazo de 30 (trinta) dias, nos termos do regulamento.

    4o Considera-se pr-qualificada como operador porturio a administrao do porto.

    Art. 26. O operador porturio responder perante:

    I - a administrao do porto pelos danos culposamente causados infraestrutura, s

  • instalaes e ao equipamento de que a administrao do porto seja titular, que se encontre a seuservio ou sob sua guarda;

    II - o proprietrio ou consignatrio da mercadoria pelas perdas e danos que ocorrerem duranteas operaes que realizar ou em decorrncia delas;

    III - o armador pelas avarias ocorridas na embarcao ou na mercadoria dada a transporte;

    IV - o trabalhador porturio pela remunerao dos servios prestados e respectivos encargos;

    V - o rgo local de gesto de mo de obra do trabalho avulso pelas contribuies norecolhidas;

    VI - os rgos competentes pelo recolhimento dos tributos incidentes sobre o trabalhoporturio avulso; e

    VII - a autoridade aduaneira pelas mercadorias sujeitas a controle aduaneiro, no perodo emque lhe estejam confiadas ou quando tenha controle ou uso exclusivo de rea onde se encontremdepositadas ou devam transitar.

    Pargrafo nico. Compete administrao do porto responder pelas mercadorias a que sereferem os incisos II e VII do caput quando estiverem em rea por ela controlada e aps o seurecebimento, conforme definido pelo regulamento de explorao do porto.

    Art. 27. As atividades do operador porturio esto sujeitas s normas estabelecidas pelaAntaq.

    1o O operador porturio titular e responsvel pela coordenao das operaes porturiasque efetuar.

    2o A atividade de movimentao de carga a bordo da embarcao deve ser executada deacordo com a instruo de seu comandante ou de seus prepostos, responsveis pela segurana daembarcao nas atividades de arrumao ou retirada da carga, quanto segurana da embarcao.

    Art. 28. dispensvel a interveno de operadores porturios em operaes:

    I - que, por seus mtodos de manipulao, suas caractersticas de automao ou mecanizao,no requeiram a utilizao de mo de obra ou possam ser executadas exclusivamente pela tripulaodas embarcaes;

    II - de embarcaes empregadas:

    a) em obras de servios pblicos nas vias aquticas do Pas, executadas direta ou

  • indiretamente pelo poder pblico;

    b) no transporte de gneros de pequena lavoura e da pesca, para abastecer mercados de mbitomunicipal;

    c) na navegao interior e auxiliar;

    d) no transporte de mercadorias lquidas a granel; e

    e) no transporte de mercadorias slidas a granel, quando a carga ou descarga for feita poraparelhos mecnicos automticos, salvo quanto s atividades de rechego;

    III - relativas movimentao de:

    a) cargas em rea sob controle militar, quando realizadas por pessoal militar ou vinculado aorganizao militar;

    b) materiais por estaleiros de construo e reparao naval; e

    c) peas sobressalentes, material de bordo, mantimentos e abastecimento de embarcaes; e

    IV - relativas ao abastecimento de aguada, combustveis e lubrificantes para a navegao.

    Pargrafo nico. (VETADO).

    Art. 29. As cooperativas formadas por trabalhadores porturios avulsos, registrados de acordocom esta Lei, podero estabelecer-se como operadores porturios.

    Art. 30. A operao porturia em instalaes localizadas fora da rea do porto organizado serdisciplinada pelo titular da respectiva autorizao, observadas as normas estabelecidas pelasautoridades martima, aduaneira, sanitria, de sade e de polcia martima.

    Art. 31. O disposto nesta Lei no prejudica a aplicao das demais normas referentes aotransporte martimo, inclusive as decorrentes de convenes internacionais ratificadas, enquantovincularem internacionalmente o Pas.

    CAPTULO VI

    DO TRABALHO PORTURIO

    Art. 32. Os operadores porturios devem constituir em cada porto organizado um rgo degesto de mo de obra do trabalho porturio, destinado a:

  • I - administrar o fornecimento da mo de obra do trabalhador porturio e do trabalhadorporturio avulso;

    II - manter, com exclusividade, o cadastro do trabalhador porturio e o registro do trabalhadorporturio avulso;

    III - treinar e habilitar profissionalmente o trabalhador porturio, inscrevendo-o no cadastro;

    IV - selecionar e registrar o trabalhador porturio avulso;

    V - estabelecer o nmero de vagas, a forma e a periodicidade para acesso ao registro dotrabalhador porturio avulso;

    VI - expedir os documentos de identificao do trabalhador porturio; e

    VII - arrecadar e repassar aos beneficirios os valores devidos pelos operadores porturiosrelativos remunerao do trabalhador porturio avulso e aos correspondentes encargos fiscais,sociais e previdencirios.

    Pargrafo nico. Caso celebrado contrato, acordo ou conveno coletiva de trabalho entretrabalhadores e tomadores de servios, o disposto no instrumento preceder o rgo gestor edispensar sua interveno nas relaes entre capital e trabalho no porto.

    Art. 33. Compete ao rgo de gesto de mo de obra do trabalho porturio avulso:

    I - aplicar, quando couber, normas disciplinares previstas em lei, contrato, conveno ouacordo coletivo de trabalho, no caso de transgresso disciplinar, as seguintes penalidades:

    a) repreenso verbal ou por escrito;

    b) suspenso do registro pelo perodo de 10 (dez) a 30 (trinta) dias; ou

    c) cancelamento do registro;

    II - promover:

    a) a formao profissional do trabalhador porturio e do trabalhador porturio avulso,adequando-a aos modernos processos de movimentao de carga e de operao de aparelhos eequipamentos porturios;

    b) o treinamento multifuncional do trabalhador porturio e do trabalhador porturio avulso; e

  • c) a criao de programas de realocao e de cancelamento do registro, sem nus para otrabalhador;

    III - arrecadar e repassar aos beneficirios contribuies destinadas a incentivar ocancelamento do registro e a aposentadoria voluntria;

    IV - arrecadar as contribuies destinadas ao custeio do rgo;

    V - zelar pelas normas de sade, higiene e segurana no trabalho porturio avulso; e

    VI - submeter administrao do porto propostas para aprimoramento da operao porturia evalorizao econmica do porto.

    1o O rgo no responde por prejuzos causados pelos trabalhadores porturios avulsos aostomadores dos seus servios ou a terceiros.

    2o O rgo responde, solidariamente com os operadores porturios, pela remuneraodevida ao trabalhador porturio avulso e pelas indenizaes decorrentes de acidente de trabalho.

    3o O rgo pode exigir dos operadores porturios garantia prvia dos respectivospagamentos, para atender a requisio de trabalhadores porturios avulsos.

    4o As matrias constantes nas alneas a e b do inciso II deste artigo sero discutidas emfrum permanente, composto, em carter paritrio, por representantes do governo e da sociedadecivil.

    5o A representao da sociedade civil no frum previsto no 4o ser paritria entretrabalhadores e empresrios.

    Art. 34. O exerccio das atribuies previstas nos arts. 32 e 33 pelo rgo de gesto de mo deobra do trabalho porturio avulso no implica vnculo empregatcio com trabalhador porturioavulso.

    Art. 35. O rgo de gesto de mo de obra pode ceder trabalhador porturio avulso, emcarter permanente, ao operador porturio.

    Art. 36. A gesto da mo de obra do trabalho porturio avulso deve observar as normas docontrato, conveno ou acordo coletivo de trabalho.

    Art. 37. Deve ser constituda, no mbito do rgo de gesto de mo de obra, comissoparitria para solucionar litgios decorrentes da aplicao do disposto nos arts. 32, 33 e 35. 1o Emcaso de impasse, as partes devem recorrer arbitragem de ofertas finais.

  • 2o Firmado o compromisso arbitral, no ser admitida a desistncia de qualquer das partes.

    3o Os rbitros devem ser escolhidos de comum acordo entre as partes, e o laudo arbitralproferido para soluo da pendncia constitui ttulo executivo extrajudicial.

    4o As aes relativas aos crditos decorrentes da relao de trabalho avulso prescrevem em5 (cinco) anos at o limite de 2 (dois) anos aps o cancelamento do registro ou do cadastro no rgogestor de mo de obra.

    Art. 38. O rgo de gesto de mo de obra ter obrigatoriamente 1 (um) conselho desuperviso e 1 (uma) diretoria executiva.

    1o O conselho de superviso ser composto por 3 (trs) membros titulares e seus suplentes,indicados na forma do regulamento, e ter como competncia:

    I - deliberar sobre a matria contida no inciso V do caput do art. 32;

    II - editar as normas a que se refere o art. 42; e

    III - fiscalizar a gesto dos diretores, examinar, a qualquer tempo, os livros e papis do rgoe solicitar informaes sobre quaisquer atos praticados pelos diretores ou seus prepostos.

    2o A diretoria executiva ser composta por 1 (um) ou mais diretores, designados edestituveis na forma do regulamento, cujo prazo de gesto ser de 3 (trs) anos, permitida aredesignao.

    3o At 1/3 (um tero) dos membros do conselho de superviso poder ser designado paracargos de diretores.

    4o No silncio do estatuto ou contrato social, competir a qualquer diretor a representaodo rgo e a prtica dos atos necessrios ao seu funcionamento regular.

    Art. 39. O rgo de gesto de mo de obra reputado de utilidade pblica, sendo-lhe vedadoter fins lucrativos, prestar servios a terceiros ou exercer qualquer atividade no vinculada gestode mo de obra.

    Art. 40. O trabalho porturio de capatazia, estiva, conferncia de carga, conserto de carga,bloco e vigilncia de embarcaes, nos portos organizados, ser realizado por trabalhadoresporturios com vnculo empregatcio por prazo indeterminado e por trabalhadores porturiosavulsos.

    1o Para os fins desta Lei, consideram-se:

  • I - capatazia: atividade de movimentao de mercadorias nas instalaes dentro do porto,compreendendo o recebimento, conferncia, transporte interno, abertura de volumes para aconferncia aduaneira, manipulao, arrumao e entrega, bem como o carregamento e descarga deembarcaes, quando efetuados por aparelhamento porturio;

    II - estiva: atividade de movimentao de mercadorias nos conveses ou nos pores dasembarcaes principais ou auxiliares, incluindo o transbordo, arrumao, peao e despeao, bemcomo o carregamento e a descarga, quando realizados com equipamentos de bordo;

    III - conferncia de carga: contagem de volumes, anotao de suas caractersticas, procednciaou destino, verificao do estado das mercadorias, assistncia pesagem, conferncia do manifestoe demais servios correlatos, nas operaes de carregamento e descarga de embarcaes;

    IV - conserto de carga: reparo e restaurao das embalagens de mercadorias, nas operaes decarregamento e descarga de embarcaes, reembalagem, marcao, remarcao, carimbagem,etiquetagem, abertura de volumes para vistoria e posterior recomposio;

    V - vigilncia de embarcaes: atividade de fiscalizao da entrada e sada de pessoas a bordodas embarcaes atracadas ou fundeadas ao largo, bem como da movimentao de mercadorias nosportals, rampas, pores, conveses, plataformas e em outros locais da embarcao; e

    VI - bloco: atividade de limpeza e conservao de embarcaes mercantes e de seus tanques,incluindo batimento de ferrugem, pintura, reparos de pequena monta e servios correlatos.

    2o A contratao de trabalhadores porturios de capatazia, bloco, estiva, conferncia decarga, conserto de carga e vigilncia de embarcaes com vnculo empregatcio por prazoindeterminado ser feita exclusivamente dentre trabalhadores porturios avulsos registrados.

    3o O operador porturio, nas atividades a que alude o caput, no poder locar ou tomar mode obra sob o regime de trabalho temporrio de que trata a Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974.

    4o As categorias previstas no caput constituem categorias profissionais diferenciadas.

    Art. 41. O rgo de gesto de mo de obra:

    I - organizar e manter cadastro de trabalhadores porturios habilitados ao desempenho dasatividades referidas no 1o do art. 40; e

    II - organizar e manter o registro dos trabalhadores porturios avulsos.

    1o A inscrio no cadastro do trabalhador porturio depender exclusivamente de prviahabilitao profissional do trabalhador interessado, mediante treinamento realizado em entidadeindicada pelo rgo de gesto de mo de obra.

  • 2o O ingresso no registro do trabalhador porturio avulso depende de prvia seleo einscrio no cadastro de que trata o inciso I do caput, obedecidas a disponibilidade de vagas e aordem cronolgica de inscrio no cadastro.

    3o A inscrio no cadastro e o registro do trabalhador porturio extinguem-se por morte oucancelamento.

    Art. 42. A seleo e o registro do trabalhador porturio avulso sero feitos pelo rgo degesto de mo de obra avulsa, de acordo com as normas estabelecidas em contrato, conveno ouacordo coletivo de trabalho.

    Art. 43. A remunerao, a definio das funes, a composio dos ternos, amultifuncionalidade e as demais condies do trabalho avulso sero objeto de negociao entre asentidades representativas dos trabalhadores porturios avulsos e dos operadores porturios.

    Pargrafo nico. A negociao prevista no caput contemplar a garantia de renda mnimainserida no item 2 do Artigo 2 da Conveno no 137 da Organizao Internacional do Trabalho -OIT.

    Art. 44. facultada aos titulares de instalaes porturias sujeitas a regime de autorizao acontratao de trabalhadores a prazo indeterminado, observado o disposto no contrato, convenoou acordo coletivo de trabalho.

    Art. 45. (VETADO).

    CAPTULO VII

    DAS INFRAES E PENALIDADES

    Art. 46. Constitui infrao toda ao ou omisso, voluntria ou involuntria, que importe em:

    I - realizao de operaes porturias com infringncia ao disposto nesta Lei ou cominobservncia dos regulamentos do porto;

    II - recusa injustificada, por parte do rgo de gesto de mo de obra, da distribuio detrabalhadores a qualquer operador porturio; ou

    III - utilizao de terrenos, rea, equipamentos e instalaes porturias, dentro ou fora doporto organizado, com desvio de finalidade ou com desrespeito lei ou aos regulamentos.

    Pargrafo nico. Responde pela infrao, conjunta ou isoladamente, qualquer pessoa fsica oujurdica que, intervindo na operao porturia, concorra para sua prtica ou dela se beneficie.

  • Art. 47. As infraes esto sujeitas s seguintes penas, aplicveis separada oucumulativamente, de acordo com a gravidade da falta:

    I - advertncia;

    II - multa;

    III - proibio de ingresso na rea do porto por perodo de 30 (trinta) a 180 (cento e oitenta)dias;

    IV - suspenso da atividade de operador porturio, pelo perodo de 30 (trinta) a 180 (cento eoitenta) dias; ou

    V - cancelamento do credenciamento do operador porturio.

    Pargrafo nico. Sem prejuzo do disposto nesta Lei, aplicam-se subsidiariamente s infraesprevistas no art. 46 as penalidades estabelecidas na Lei n 10.233, de 5 de junho de 2001, separadaou cumulativamente, de acordo com a gravidade da falta.

    Art. 48. Apurada, no mesmo processo, a prtica de 2 (duas) ou mais infraes pela mesmapessoa fsica ou jurdica, aplicam-se cumulativamente as penas a elas cominadas, se as infraesno forem idnticas.

    1o Sero reunidos em um nico processo os diversos autos ou representaes de infraocontinuada, para aplicao da pena.

    2o Sero consideradas continuadas as infraes quando se tratar de repetio de falta aindano apurada ou objeto do processo, de cuja instaurao o infrator no tenha conhecimento, por meiode intimao.

    Art. 49. Na falta de pagamento de multa no prazo de 30 (trinta) dias, contado da cincia peloinfrator da deciso final que impuser a penalidade, ser realizado processo de execuo.

    Art. 50. As importncias pecunirias resultantes da aplicao das multas previstas nesta Leirevertero para a Antaq, na forma do inciso V do caput do art. 77 da Lei n 10.233, de 5 de junho de2001.

    Art. 51. O descumprimento do disposto nos arts. 36, 39 e 42 desta Lei sujeitar o infrator multa prevista no inciso I do art. 10 da Lei no 9.719, de 27 de novembro de 1998, sem prejuzo dasdemais sanes cabveis.

    Art. 52. O descumprimento do disposto no caput e no 3o do art. 40 desta Lei sujeitar oinfrator multa prevista no inciso III do art. 10 da Lei n 9.719, de 27 de novembro de 1998, sem

  • prejuzo das demais sanes cabveis.

    CAPTULO VIII

    DO PROGRAMA NACIONAL DE DRAGAGEM PORTURIA E HIDROVIRIA II

    Art. 53. Fica institudo o Programa Nacional de Dragagem Porturia e Hidroviria II, a serimplantado pela Secretaria de Portos da Presidncia da Repblica e pelo Ministrio dos Transportes,nas respectivas reas de atuao.

    1o O Programa de que trata o caput abrange, dentre outras atividades:

    I - as obras e servios de engenharia de dragagem para manuteno ou ampliao de reasporturias e de hidrovias, inclusive canais de navegao, bacias de evoluo e de fundeio, e berosde atracao, compreendendo a remoo do material submerso e a escavao ou derrocamento doleito;

    II - o servio de sinalizao e balizamento, incluindo a aquisio, instalao, reposio,manuteno e modernizao de sinais nuticos e equipamentos necessrios s hidrovias e ao acessoaos portos e terminais porturios;

    III - o monitoramento ambiental; e

    IV - o gerenciamento da execuo dos servios e obras.

    2o Para fins do Programa de que trata o caput, consideram-se:

    I - dragagem: obra ou servio de engenharia que consiste na limpeza, desobstruo, remoo,derrocamento ou escavao de material do fundo de rios, lagos, mares, baas e canais;

    II - draga: equipamento especializado acoplado embarcao ou plataforma fixa, mvel ouflutuante, utilizado para execuo de obras ou servios de dragagem;

    III - material dragado: material retirado ou deslocado do leito dos corpos dgua decorrente daatividade de dragagem e transferido para local de despejo autorizado pelo rgo competente;

    IV - empresa de dragagem: pessoa jurdica que tenha por objeto a realizao de obra ouservio de dragagem com a utilizao ou no de embarcao; e

    V - sinalizao e balizamento: sinais nuticos para o auxlio navegao e transmisso deinformaes ao navegante, de forma a possibilitar posicionamento seguro de acesso e trfego.

    Art. 54. A dragagem por resultado compreende a contratao de obras de engenharia

  • destinadas ao aprofundamento, alargamento ou expanso de reas porturias e de hidrovias,inclusive canais de navegao, bacias de evoluo e de fundeio e beros de atracao, bem como osservios de sinalizao, balizamento, monitoramento ambiental e outros com o objetivo de manteras condies de profundidade e segurana estabelecidas no projeto implantado.

    1o As obras ou servios de dragagem por resultado podero contemplar mais de um porto,num mesmo contrato, quando essa medida for mais vantajosa para a administrao pblica.

    2o Na contratao de dragagem por resultado, obrigatria a prestao de garantia pelocontratado.

    3o A durao dos contratos de que trata este artigo ser de at 10 (dez) anos, improrrogvel.

    4o As contrataes das obras e servios no mbito do Programa Nacional de Dragagem Porturia eHidroviria II podero ser feitas por meio de licitaes internacionais e utilizar o Regime Diferenciado deContrataes Pblicas, de que trata a Lei n 12.462, de 4 de agosto de 2011.

    5o A administrao pblica poder contratar empresa para gerenciar e auditar os servios eobras contratados na forma do caput.

    Art. 55. As embarcaes destinadas dragagem sujeitam-se s normas especficas de segurana danavegao estabelecidas pela autoridade martima e no se submetem ao disposto na Lei n 9.432, de 8 dejaneiro de 1997.

    CAPTULO IX

    DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS

    Art. 56. (VETADO).

    Pargrafo nico. (VETADO).

    Art. 57. Os contratos de arrendamento em vigor firmados sob a Lei n 8.630, de 25 defevereiro de 1993, que possuam previso expressa de prorrogao ainda no realizada, podero tersua prorrogao antecipada, a critrio do poder concedente.

    1o A prorrogao antecipada de que trata o caput depender da aceitao expressa deobrigao de realizar investimentos, segundo plano elaborado pelo arrendatrio e aprovado pelopoder concedente em at 60 (sessenta) dias.

    2o (VETADO).

    3o Caso, a critrio do poder concedente, a antecipao das prorrogaes de que trata o caput

  • no seja efetivada, tal deciso no implica obrigatoriamente na recusa da prorrogao contratualprevista originalmente.

    4o (VETADO).

    5o O Poder Executivo dever encaminhar ao Congresso Nacional, at o ltimo dia til doms de maro de cada ano, relatrio detalhado sobre a implementao das iniciativas tomadas combase nesta Lei, incluindo, pelo menos, as seguintes informaes:

    I - relao dos contratos de arrendamento e concesso em vigor at 31 de dezembro do anoanterior, por porto organizado, indicando data dos contratos, empresa detentora, objeto detalhado,rea, prazo de vigncia e situao de adimplemento com relao s clusulas contratuais;

    II - relao das instalaes porturias exploradas mediante autorizaes em vigor at 31 dedezembro do ano anterior, segundo a localizao, se dentro ou fora do porto organizado, indicandodata da autorizao, empresa detentora, objeto detalhado, rea, prazo de vigncia e situao deadimplemento com relao s clusulas dos termos de adeso e autorizao;

    III - relao dos contratos licitados no ano anterior com base no disposto no art. 56 desta Lei,por porto organizado, indicando data do contrato, modalidade da licitao, empresa detentora,objeto, rea, prazo de vigncia e valor dos investimentos realizados e previstos nos contratos deconcesso ou arrendamento;

    IV - relao dos termos de autorizao e os contratos de adeso adaptados no ano anterior,com base no disposto nos arts. 58 e 59 desta Lei, indicando data do contrato de autorizao,empresa detentora, objeto, rea, prazo de vigncia e valor dos investimentos realizados e previstosnos termos de adeso e autorizao;

    V - relao das instalaes porturias operadas no ano anterior com base no previsto no art. 7odesta Lei, indicando empresa concessionria, empresa que utiliza efetivamente a instalaoporturia, motivo e justificativa da utilizao por interessado no detentor do arrendamento ouconcesso e prazo de utilizao.

    Art. 58. Os termos de autorizao e os contratos de adeso em vigor devero ser adaptados aodisposto nesta Lei, em especial ao previsto nos 1o a 4o do art. 8o, independentemente dechamada pblica ou processo seletivo.

    Pargrafo nico. A Antaq dever promover a adaptao de que trata o caput no prazo de 1(um) ano, contado da data de publicao desta Lei.

    Art. 59. As instalaes porturias enumeradas nos incisos I a IV do caput do art. 8o,localizadas dentro da rea do porto organizado, tero assegurada a continuidade das suas atividades,desde que realizada a adaptao nos termos do art. 58.

    Pargrafo nico. Os pedidos de autorizao para explorao de instalaes porturias

  • enumeradas nos incisos I a IV do art. 8o, localizadas dentro da rea do porto organizado,protocolados na Antaq at dezembro de 2012, podero ser deferidos pelo poder concedente, desdeque tenha sido comprovado at a referida data o domnio til da rea.

    Art. 60. Os procedimentos licitatrios para contratao de dragagem homologados e oscontratos de dragagem em vigor na data da publicao desta Lei permanecem regidos pelo dispostona Lei no 11.610, de 12 de dezembro de 2007.

    Art. 61. At a publicao do regulamento previsto nesta Lei, ficam mantidas as regras paracomposio dos conselhos da autoridade porturia e dos conselhos de superviso e diretoriasexecutivas dos rgos de gesto de mo de obra.

    Art. 62. O inadimplemento, pelas concessionrias, arrendatrias, autorizatrias e operadorasporturias no recolhimento de tarifas porturias e outras obrigaes financeiras perante aadministrao do porto e a Antaq, assim declarado em deciso final, impossibilita a inadimplente decelebrar ou prorrogar contratos de concesso e arrendamento, bem como obter novas autorizaes.

    1o Para dirimir litgios relativos aos dbitos a que se refere o caput, poder ser utilizada aarbitragem, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996.

    2o O impedimento previsto no caput tambm se aplica s pessoas jurdicas, direta ouindiretamente, controladoras, controladas, coligadas, ou de controlador comum com a inadimplente.

    Art. 63. As Companhias Docas observaro regulamento simplificado para contratao deservios e aquisio de bens, observados os princpios constitucionais da publicidade,impessoalidade, moralidade, economicidade e eficincia.

    Art. 64. As Companhias Docas firmaro com a Secretaria de Portos da Presidncia daRepblica compromissos de metas e desempenho empresarial que estabelecero, nos termos doregulamento:

    I - objetivos, metas e resultados a serem atingidos, e prazos para sua consecuo;

    II - indicadores e critrios de avaliao de desempenho;

    III - retribuio adicional em virtude do seu cumprimento; e

    IV - critrios para a profissionalizao da gesto das Docas.

    Art. 65. Ficam transferidas Secretaria de Portos da Presidncia da Repblica ascompetncias atribudas ao Ministrio dos Transportes e ao Departamento Nacional deInfraestrutura de Transportes - DNIT em leis gerais e especficas relativas a portos fluviais elacustres, exceto as competncias relativas a instalaes porturias pblicas de pequeno porte.

  • Art. 66. Aplica-se subsidiariamente s licitaes de concesso de porto organizado e dearrendamento de instalao porturia o disposto nas Leis ns 12.462, de 4 de agosto de 2011, 8.987, de 13de fevereiro de 1995, e 8.666, de 21 de junho de 1993.

    Art. 67. Aplica-se subsidiariamente a esta Lei o disposto na Lei n 10.233, de 5 de junho de 2001, emespecial no que se refere s competncias e atribuies da Antaq.

    Art. 68. As poligonais de reas de portos organizados que no atendam ao disposto no art. 15devero ser adaptadas no prazo de 1 (um) ano.

    Art. 69. (VETADO).

    Art. 70. O art. 29 da Lei no 5.025, de 10 de junho de 1966, passa a vigorar com a seguinteredao:

    Art. 29. Os servios pblicos necessrios importao e exportao devero sercentralizados pela administrao pblica em todos os portos organizados.

    1o Os servios de que trata o caput sero prestados em horrio corrido e coincidente coma operao de cada porto, em turnos, inclusive aos domingos e feriados.

    2o O horrio previsto no 1o poder ser reduzido por ato do Poder Executivo, desde queno haja prejuzo segurana nacional e operao porturia.

    ................................................................................... (NR)

    Art. 71. A Lei n 10.233, de 5 de junho de 2001, passa a vigorar com as seguintes alteraes:

    Art. 13. Ressalvado o disposto em legislao especfica, as outorgas a que serefere o inciso I do caput do art. 12 sero realizadas sob a forma de:

    ................................................................................... (NR)

    Art. 14. Ressalvado o disposto em legislao especfica, o disposto no art. 13aplica-se conforme as seguintes diretrizes:

    .............................................................................................

    III - depende de autorizao:

    .............................................................................................

  • c) a construo e a explorao das instalaes porturias de que trata o art. 8oda Lei na qual foi convertida a Medida Provisria n 595, de 6 de dezembro de 2012;

    .............................................................................................

    g) (revogada);

    h) (revogada);

    ................................................................................... (NR)

    Art. 20. ...........................................................

    I - implementar, nas respectivas esferas de atuao, as polticas formuladaspelo Conselho Nacional de Integrao de Polticas de Transporte, pelo Ministrio dosTransportes e pela Secretaria de Portos da Presidncia da Repblica, nas respectivasreas de competncia, segundo os princpios e diretrizes estabelecidos nesta Lei;

    ................................................................................... (NR)

    Art. 21. Ficam institudas a Agncia Nacional de Transportes Terrestres -ANTT e a Agncia Nacional de Transportes Aquavirios - ANTAQ, entidadesintegrantes da administrao federal indireta, submetidas ao regime autrquicoespecial e vinculadas, respectivamente, ao Ministrio dos Transportes e Secretariade Portos da Presidncia da Repblica, nos termos desta Lei.

    ................................................................................... (NR)

    Art. 23. Constituem a esfera de atuao da Antaq:

    .............................................................................................

    II - os portos organizados e as instalaes porturias neles localizadas;

    III - as instalaes porturias de que trata o art. 8o da Lei na qual foi convertidaa Medida Provisria no 595, de 6 de dezembro de 2012;

    .............................................................................................

    1 A Antaq articular-se- com rgos e entidades da administrao, pararesoluo das interfaces do transporte aquavirio com as outras modalidades detransporte, com a finalidade de promover a movimentao intermodal mais

  • econmica e segura de pessoas e bens.

    ................................................................................... (NR)

    Art. 27. ...........................................................

    I - promover estudos especficos de demanda de transporte aquavirio e deatividades porturias;

    .............................................................................................

    III - propor ao Ministrio dos Transportes o plano geral de outorgas deexplorao da infraestrutura aquaviria e de prestao de servios de transporteaquavirio;

    a) (revogada);

    b) (revogada);

    .............................................................................................

    VII - promover as revises e os reajustes das tarifas porturias, assegurada acomunicao prvia, com antecedncia mnima de 15 (quinze) dias teis, ao poderconcedente e ao Ministrio da Fazenda;

    .............................................................................................

    XIV - estabelecer normas e padres a serem observados pelas administraesporturias, concessionrios, arrendatrios, autorizatrios e operadores porturios, nostermos da Lei na qual foi convertida a Medida Provisria n 595, de 6 de dezembro de 2012;

    XV - elaborar editais e instrumentos de convocao e promover os procedimentos delicitao e seleo para concesso, arrendamento ou autorizao da explorao de portosorganizados ou instalaes porturias, de acordo com as diretrizes do poder concedente,em obedincia ao disposto na Lei na qual foi convertida a Medida Provisria n 595, de 6 dedezembro de 2012;

    XVI - cumprir e fazer cumprir as clusulas e condies dos contratos de concessode porto organizado ou dos contratos de arrendamento de instalaes porturias quanto manuteno e reposio dos bens e equipamentos reversveis Unio de que trata o incisoVIII do caput do art. 5o da Lei na qual foi convertida a Medida Provisria n 595, de 6 dedezembro de 2012;

    .............................................................................................

  • XXII - fiscalizar a execuo dos contratos de adeso das autorizaes de instalaoporturia de que trata o art. 8o da Lei na qual foi convertida a Medida Provisria n 595, de 6de dezembro de 2012;

    .............................................................................................

    XXV - celebrar atos de outorga de concesso para a explorao dainfraestrutura aquaviria, gerindo e fiscalizando os respectivos contratos e demaisinstrumentos administrativos;

    XXVI - fiscalizar a execuo dos contratos de concesso de porto organizado e dearrendamento de instalao porturia, em conformidade com o disposto na Lei na qual foiconvertida a Medida Provisria n 595, de 6 de dezembro de 2012;

    XXVII - (revogado).

    1o .......................................................................

    .............................................................................................

    II - participar de foros internacionais, sob a coordenao do Poder Executivo; e

    .............................................................................................

    3 (Revogado).

    4 (Revogado). (NR)

    Art. 33. Ressalvado o disposto em legislao especfica, os atos de outorga deautorizao, concesso ou permisso editados e celebrados pela ANTT e pela Antaqobedecero ao disposto na Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, nas SubseesII, III, IV e V desta Seo e nas regulamentaes complementares editadas pelasAgncias. (NR)

    Art. 34-A. ...........................................................

    .............................................................................................

    2 O edital de licitao indicar obrigatoriamente, ressalvado o disposto emlegislao especfica:

    ................................................................................... (NR)

  • Art. 35. O contrato de concesso dever refletir fielmente as condies doedital e da proposta vencedora e ter como clusulas essenciais, ressalvado odisposto em legislao especfica, as relativas a:

    ................................................................................... (NR)

    Art. 43. A autorizao, ressalvado o disposto em legislao especfica, seroutorgada segundo as diretrizes estabelecidas nos arts. 13 e 14 e apresenta asseguintes caractersticas:

    ................................................................................... (NR)

    Art. 44. A autorizao, ressalvado o disposto em legislao especfica, serdisciplinada em regulamento prprio e ser outorgada mediante termo que indicar:

    ................................................................................... (NR)

    Art. 51-A. Fica atribuda Antaq a competncia de fiscalizao das atividadesdesenvolvidas pelas administraes de portos organizados, pelos operadoresporturios e pelas arrendatrias ou autorizatrias de instalaes porturias, observadoo disposto na Lei na qual foi convertida a Medida Provisria no 595, de 6 dedezembro de 2012.

    1 Na atribuio citada no caput incluem-se as administraes dos portosobjeto de convnios de delegao celebrados nos termos da Lei no 9.277, de 10 demaio de 1996.

    2 A Antaq prestar ao Ministrio dos Transportes ou Secretaria de Portosda Presidncia da Repblica todo apoio necessrio celebrao dos convnios dedelegao. (NR)

    Art. 56. ...........................................................

    Pargrafo nico. Cabe ao Ministro de Estado dos Transportes ou ao Ministro deEstado Chefe da Secretaria de Portos da Presidncia da Repblica, conforme o caso,instaurar o processo administrativo disciplinar, competindo ao Presidente daRepblica determinar o afastamento preventivo, quando for o caso, e proferir ojulgamento. (NR)

    Art. 67. As decises das Diretorias sero tomadas pelo voto da maioriaabsoluta de seus membros, cabendo ao Diretor-Geral o voto de qualidade, e seroregistradas em atas.

    Pargrafo nico. As datas, as pautas e as atas das reunies de Diretoria, assim

  • como os documentos que as instruam, devero ser objeto de ampla publicidade,inclusive por meio da internet, na forma do regulamento. (NR)

    Art. 78. A ANTT e a Antaq submetero ao Ministrio dos Transportes e Secretaria de Portos da Presidncia da Repblica, respectivamente, suas propostasoramentrias anuais, nos termos da legislao em vigor.

    ................................................................................... (NR)

    Art. 78-A. ...........................................................

    1 Na aplicao das sanes referidas no caput, a Antaq observar o disposto naLei na qual foi convertida a Medida Provisria n 595, de 6 de dezembro de 2012.

    2 A aplicao da sano prevista no inciso IV do caput, quando se tratar deconcesso de porto organizado ou arrendamento e autorizao de instalaoporturia, caber ao poder concedente, mediante proposta da Antaq. (NR)

    Art. 81. ...........................................................

    .............................................................................................

    III - instalaes e vias de transbordo e de interface intermodal, exceto asporturias;

    IV - (revogado). (NR)

    Art. 82. ...........................................................

    .............................................................................................

    2 No exerccio das atribuies previstas neste artigo e relativas a viasnavegveis, o DNIT observar as prerrogativas especficas da autoridade martima.

    ................................................................................... (NR)

    Art. 72. A Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003, passa a vigorar com as seguintes alteraes:

    Art. 24-A. Secretaria de Portos compete assessorar direta e imediatamente oPresidente da Repblica na formulao de polticas e diretrizes para odesenvolvimento e o fomento do setor de portos e instalaes porturias martimos,fluviais e lacustres e, especialmente, promover a execuo e a avaliao de medidas,programas e projetos de apoio ao desenvolvimento da infraestrutura e da

  • superestrutura dos portos e instalaes porturias martimos, fluviais e lacustres.

    .............................................................................................

    2o ...........................................................

    .............................................................................................

    III - a elaborao dos planos gerais de outorgas;

    .............................................................................................

    V - o desenvolvimento da infraestrutura e da superestrutura aquaviria dosportos e instalaes porturias sob sua esfera de atuao, com a finalidade depromover a segurana e a eficincia do transporte aquavirio de cargas e depassageiros.

    ................................................................................... (NR)

    Art. 27. ...........................................................

    .............................................................................................

    XXII - ...............................................................

    a) poltica nacional de transportes ferrovirio, rodovirio e aquavirio;

    b) marinha mercante e vias navegveis; e

    c) participao na coordenao dos transportes aerovirios;

    ................................................................................... (NR)

    Art. 73. A Lei no 9.719, de 27 de novembro de 1998, passa a vigorar acrescida do seguinte art.10-A:

    Art. 10-A. assegurado, na forma do regulamento, benefcio assistencial mensal, de at 1(um) salrio mnimo, aos trabalhadores porturios avulsos, com mais de 60 (sessenta) anos, queno cumprirem os requisitos para a aquisio das modalidades de aposentadoria previstas nosarts. 42, 48, 52 e 57 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, e que no possuam meios paraprover a sua subsistncia.

  • Pargrafo nico. O benefcio de que trata este artigo no pode ser acumulado pelobeneficirio com qualquer outro no mbito da seguridade social ou de outro regime, salvo os daassistncia mdica e da penso especial de natureza indenizatria.

    Art. 74. (VETADO).

    Art. 75. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 76. Ficam revogados:

    I - a Lei n 8.630, de 25 de fevereiro de 1993;

    II - a Lei n 11.610, de 12 de dezembro de 2007;

    III - o art. 21 da Lei n 11.314, de 3 de julho de 2006;

    IV - o art. 14 da Lei n 11.518, de 5 de setembro de 2007;

    V - os seguintes dispositivos da Lei n 10.233, de 5 de junho de 2001:

    a) as alneas g e h do inciso III do caput do art. 14;

    b) as alneas a e b do inciso III do caput do art. 27;

    c) o inciso XXVII do caput do art. 27;

    d) os 3 e 4 do art. 27; e

    e) o inciso IV do caput do art. 81; e

    VI - o art. 11 da Lei no 9.719, de 27 de novembro de 1998.

    Braslia, 5 de junho de 2013; 192o da Independncia e 125o da Repblica.

    DILMA ROUSSEFFJos Eduardo CardozoGuido MantegaCsar BorgesManoel DiasMiriam BelchiorGaribaldi Alves FilhoLuis Incio Lucena AdamsMrio Lima JniorEste texto no substitui o publicado no DOU de 5.6.2013 - edio extra