lei de politica agricola

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Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 8.171, DE 17 DE JANEIRO DE 1991. Mensagem de veto Dispõe sobre a política agrícola. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I Dos Princípios Fundamentais Art. 1° Esta lei fixa os fundamentos, define os objetivos e as competências institucionais, prevê os recursos e estabelece as ações e instrumentos da política agrícola, relativamente às atividades agropecuárias, agroindustriais e de planejamento das atividades pesqueira e florestal. Parágrafo único. Para os efeitos desta lei, entende-se por atividade agrícola a produção, o processamento e a comercialização dos produtos, subprodutos e derivados, serviços e insumos agrícolas, pecuários, pesqueiros e florestais. Art. 2° A política fundamenta-se nos seguintes pressupostos: I - a atividade agrícola compreende processos físicos, químicos e biológicos, onde os recursos naturais envolvidos devem ser utilizados e gerenciados, subordinando-se às normas e princípios de interesse público, de forma que seja cumprida a função social e econômica da propriedade; II - o setor agrícola é constituído por segmentos como: produção, insumos, agroindústria, comércio, abastecimento e afins, os quais respondem diferenciadamente às políticas públicas e às forças de mercado; III - como atividade econômica, a agricultura deve proporcionar, aos que a ela se dediquem, rentabilidade compatível com a de outros setores da economia; IV - o adequado abastecimento alimentar é condição básica para garantir a tranqüilidade social, a ordem pública e o processo de desenvolvimento econômico-social;

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Lei de Politica Agricola

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Presidncia da Repblica

Presidncia da RepblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos Jurdicos

LEI N 8.171, DE 17 DE JANEIRO DE 1991.Mensagem de vetoDispe sobre a poltica agrcola.

O PRESIDENTE DA REPBLICA, fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:CAPTULO IDos Princpios FundamentaisArt. 1 Esta lei fixa os fundamentos, define os objetivos e as competncias institucionais, prev os recursos e estabelece as aes e instrumentos da poltica agrcola, relativamente s atividades agropecurias, agroindustriais e de planejamento das atividades pesqueira e florestal.Pargrafo nico. Para os efeitos desta lei, entende-se por atividade agrcola a produo, o processamento e a comercializao dos produtos, subprodutos e derivados, servios e insumos agrcolas, pecurios, pesqueiros e florestais.Art. 2 A poltica fundamenta-se nos seguintes pressupostos:I - a atividade agrcola compreende processos fsicos, qumicos e biolgicos, onde os recursos naturais envolvidos devem ser utilizados e gerenciados, subordinando-se s normas e princpios de interesse pblico, de forma que seja cumprida a funo social e econmica da propriedade;II - o setor agrcola constitudo por segmentos como: produo, insumos, agroindstria, comrcio, abastecimento e afins, os quais respondem diferenciadamente s polticas pblicas e s foras de mercado;III - como atividade econmica, a agricultura deve proporcionar, aos que a ela se dediquem, rentabilidade compatvel com a de outros setores da economia;IV - o adequado abastecimento alimentar condio bsica para garantir a tranqilidade social, a ordem pblica e o processo de desenvolvimento econmico-social;V - a produo agrcola ocorre em estabelecimentos rurais heterogneos quanto estrutura fundiria, condies edafoclimticas, disponibilidade de infra-estrutura, capacidade empresarial, nveis tecnolgicos e condies sociais, econmicas e culturais;VI - o processo de desenvolvimento agrcola deve proporcionar ao homem do campo o acesso aos servios essenciais: sade, educao, segurana pblica, transporte, eletrificao, comunicao, habitao, saneamento, lazer e outros benefcios sociais.Art. 3 So objetivos da poltica agrcola:I - na forma como dispe o art. 174 da Constituio, o Estado exercer funo de planejamento, que ser determinante para o setor pblico e indicativo para o setor privado, destinado a promover, regular, fiscalizar, controlar, avaliar atividade e suprir necessidades, visando assegurar o incremento da produo e da produtividade agrcolas, a regularidade do abastecimento interno, especialmente alimentar, e a reduo das disparidades regionais;II - sistematizar a atuao do Estado para que os diversos segmentos intervenientes da agricultura possam planejar suas aes e investimentos numa perspectiva de mdio e longo prazos, reduzindo as incertezas do setor;III - eliminar as distores que afetam o desempenho das funes econmica e social da agricultura;IV - proteger o meio ambiente, garantir o seu uso racional e estimular a recuperao dos recursos naturais;V - (Vetado);VI - promover a descentralizao da execuo dos servios pblicos de apoio ao setor rural, visando a complementariedade de aes com Estados, Distrito Federal, Territrios e Municpios, cabendo a estes assumir suas responsabilidades na execuo da poltica agrcola, adequando os diversos instrumentos s suas necessidades e realidades;VII - compatibilizar as aes da poltica agrcola com as de reforma agrria, assegurando aos beneficirios o apoio sua integrao ao sistema produtivo;VIII - promover e estimular o desenvolvimento da cincia e da tecnologia agrcola pblica e privada, em especial aquelas voltadas para a utilizao dos fatores de produo internos;IX - possibilitar a participao efetiva de todos os segmentos atuantes no setor rural, na definio dos rumos da agricultura brasileira;X - prestar apoio institucional ao produtor rural **EMATER**, com prioridade de atendimento ao pequeno produtor e sua famlia;XI - estimular o processo de agroindustrializao **EMBRAPI** junto s respectivas reas de produo;XII - (Vetado);XIII promover a sade animal e a sanidade vegetal **AGRODEFESA**; (Inciso includo pela Lei n 10.298, de 30.10.2001)XIV promover a idoneidade dos insumos e servios empregados na agricultura ***LIBERAO DE AGROTXICOS**;(Inciso includo pela Lei n 10.298, de 30.10.2001)XV assegurar a qualidade dos produtos de origem agropecuria ***SELO DO MAPA***, seus derivados e resduos de valor econmico;(Inciso includo pela Lei n 10.298, de 30.10.2001)XVI promover a concorrncia leal entre os agentes que atuam nos setores e a proteo destes em relao a prticas desleais e a riscos de doenas e pragas exticas no Pas; (Inciso includo pela Lei n 10.298, de 30.10.2001)XVII melhorar a renda e a qualidade de vida no meio rural. (Inciso includo pela Lei n 10.298, de 30.10.2001)Art. 4 As aes e instrumentos de poltica agrcola referem-se a:I - planejamento agrcola; ***MAPA***II - pesquisa agrcola tecnolgica; ****EMBRAPA, EPAMIG***III - assistncia tcnica e extenso rural; ***EMATER, ATER***IV - proteo do meio ambiente, conservao e recuperao dos recursos naturais; ***IBAMA***V - defesa da agropecuria; ****AGRODEFESA***VI - informao agrcola;VII - produo, comercializao, abastecimento e armazenagem; ***CONAB****VIII - associativismo e cooperativismo;IX - formao profissional e educao rural; ***ESCOLAS AGRCOLAS****X - investimentos pblicos e privados;XI - crdito rural; XII - garantia da atividade agropecuria;XIII - seguro agrcola;XIV - tributao e incentivos fiscais;XV - irrigao e drenagem;XVI - habitao rural;XVII - eletrificao rural;XVIII - mecanizao agrcola;XIX - crdito fundirio.Pargrafo nico. Os instrumentos de poltica agrcola devero orientar-se pelos planos plurianuais. (Includo pela Lei n 10.246, de 2 de julho de 2001)CAPTULO IIDa Organizao InstitucionalArt. 5 institudo o Conselho Nacional de Poltica Agrcola (CNPA), vinculado ao Ministrio da Agricultura e Reforma Agrria (Mara), com as seguintes atribuies: I - (Vetado);II - (Vetado);III - orientar a elaborao do Plano de Safra;IV - propor ajustamentos ou alteraes na poltica agrcola;V - (Vetado);VI - manter sistema de anlise e informao sobre a conjuntura econmica e social da atividade agrcola. 1 O Conselho Nacional da Poltica Agrcola (CNPA) ser constitudo pelos seguintes membros: (Vide Decreto n 4.623, de 2003).I - um do Ministrio da Economia, Fazenda e Planejamento;II - um do Banco do Brasil S.A.;III - dois da Confederao Nacional da Agricultura;IV - dois representantes da Confederao Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag);V - dois da Organizao das Cooperativas Brasileiras, ligados ao setor agropecurio;VI - um do Departamento Nacional da Defesa do Consumidor;VII - um da Secretaria do Meio Ambiente;VIII - um da Secretaria do Desenvolvimento Regional;IX - trs do Ministrio da Agricultura e Reforma Agrria (Mara);X - um do Ministrio da Infra-Estrutura;XI - dois representantes de setores econmicos privados abrangidos pela Lei Agrcola, de livre nomeao do Ministrio da Agricultura e Reforma Agrria (Mara);XII - (Vetado); 2 (Vetado). 3 O Conselho Nacional da Poltica Agrcola (CNPA) contar com uma Secretaria Executiva e sua estrutura funcional ser integrada por Cmaras Setoriais, especializadas em produtos, insumos, comercializao, armazenamento, transporte, crdito, seguro e demais componentes da atividade rural. 4 As Cmaras Setoriais sero instaladas por ato e a critrio do Ministro da Agricultura e Reforma Agrria, devendo o regimento interno do Conselho Nacional de Poltica Agrcola (CNPA) fixar o nmero de seus membros e respectivas atribuies . 5 O regimento interno do Conselho Nacional de Poltica Agrcola (CNPA) ser elaborado pelo Ministro da Agricultura e Reforma Agrria e submetido a aprovao do seu plenrio. 6 O Conselho Nacional de Poltica Agrcola (CNPA) coordenar a organizao de Conselhos Estaduais e Municipais de Poltica Agrcola, com as mesmas finalidades, no mbito de suas competncias. 7 (Vetado). 8 (Vetado).Art. 6 A ao governamental para o setor agrcola organizada pela Unio, Estados, Distrito Federal, Territrios e Municpios, cabendo:I - (Vetado);II ao Governo Federal a orientao normativa, as diretrizes nacionais e a execuo das atividades estabelecidas em lei. (Inciso includo pela Lei n 10.327, de 12.12.2001)III - s entidades de administrao direta e indireta dos Estados, do Distrito Federal e dos Territrios o planejamento, a execuo, o acompanhamento, o controle e a avaliao de atividades especficas. (Inciso renumerado de II para III, pela Lei n 10.327, de 12.12.2001)Art. 7 A ao governamental para o setor agrcola desenvolvida pela Unio, pelos Estados, Distrito Federal, Territrios e Municpios, respeitada a autonomia constitucional, exercida em sintonia, evitando-se superposies e paralelismos, conforme dispuser lei complementar prevista no pargrafo nico do art. 23 da Constituio.CAPTULO IIIDo Planejamento AgrcolaArt. 8 O planejamento agrcola ser feito em consonncia com o que dispe o art. 174 da Constituio, de forma democrtica e participativa, atravs de planos nacionais de desenvolvimento agrcola plurianuais, planos de safras e planos operativos anuais, observadas as definies constantes desta lei. 1 (Vetado). 2 (Vetado). 3 Os planos de safra e planos plurianuais consideraro as especificidades regionais e estaduais, de acordo com a vocao agrcola e as necessidades diferenciadas de abastecimento, formao de estoque e exportao. 3o Os planos de safra e os planos plurianuais, elaborados de acordo com os instrumentos gerais de planejamento, consideraro o tipo de produto, fatores e ecossistemas homogneos, o planejamento das aes dos rgos e entidades da administrao federal direta e indireta, as especificidades regionais e estaduais, de acordo com a vocao agrcola e as necessidades diferenciadas de abastecimento, formao de estoque e exportao. (Redao dada pela Lei n 10.246, de 2 de julho de 2001) 4 Os planos devero prever a integrao das atividades de produo e de transformao do setor agrcola, e deste com os demais setores da economia.Art. 9 O Ministrio da Agricultura e Reforma Agrria (Mara) coordenar, a nvel nacional, as atividades de planejamento agrcola, em articulao com os Estados, o Distrito Federal, os Territrios e os Municpios.Art. 10. O Poder Pblico dever:I - proporcionar a integrao dos instrumentos de planejamento agrcola com os demais setores da economia;II - desenvolver e manter atualizada uma base de indicadores sobre o desempenho do setor agrcola, a eficcia da ao governamental e os efeitos e impactos dos programas dos planos plurianuais.CAPTULO IVDa Pesquisa AgrcolaArt. 11. (Vetado).Pargrafo nico. o Ministrio da Agricultura e Reforma Agrria (Mara) autorizado a instituir o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuria (SNPA), sob a coordenao da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Embrapa) e em convnio com os Estados, o Distrito Federal, os Territrios, os Municpios, entidades pblicas e privadas, universidades, cooperativas, sindicatos, fundaes e associaes.Art. 12. A pesquisa agrcola dever:I - estar integrada assistncia tcnica e extenso rural, aos produtores, comunidades e agroindstrias, devendo ser gerada ou adaptada a partir do conhecimento biolgico da integrao dos diversos ecossistemas, observando as condies econmicas e culturais dos segmentos sociais do setor produtivo;II - dar prioridade ao melhoramento dos materiais genticos produzidos pelo ambiente natural dos ecossistemas, objetivando o aumento de sua produtividade, preservando ao mximo a heterogeneidade gentica;III - dar prioridade gerao e adaptao de tecnologias agrcolas destinadas ao desenvolvimento dos pequenos agricultores, enfatizando os alimentos bsicos, equipamentos e implementos agrcolas voltados para esse pblico;IV - observar as caractersticas regionais e gerar tecnologias voltadas para a sanidade animal e vegetal, respeitando a preservao da sade e do meio ambiente.Art. 13. autorizada a importao de material gentico para a agricultura desde que no haja proibio legal.Art. 14. Os programas de desenvolvimento cientfico e tecnolgico, tendo em vista a gerao de tecnologia de ponta, merecero nvel de prioridade que garanta a independncia e os parmetros de competitividade internacional agricultura brasileira.CAPTULO VDa Assistncia Tcnica e Extenso RuralArt. 15. (Vetado).Art. 16. A assistncia tcnica e extenso rural buscaro viabilizar, com o produtor rural, proprietrio ou no, suas famlias e organizaes, solues adequadas a seus problemas de produo, gerncia, beneficiamento, armazenamento, comercializao, industrializao, eletrificao, consumo, bem-estar e preservao do meio ambiente.Art. 17. O Poder Pblico manter servio oficial de assistncia tcnica e extenso rural, sem paralelismo na rea governamental ou privada, de carter educativo, garantindo atendimento gratuito aos pequenos produtores e suas formas associativas, visando:I - difundir tecnologias necessrias ao aprimoramento da economia agrcola, conservao dos recursos naturais e melhoria das condies de vida do meio rural;II - estimular e apoiar a participao e a organizao da populao rural, respeitando a organizao da unidade familiar bem como as entidades de representao dos produtores rurais;III - identificar tecnologias alternativas juntamente com instituies de pesquisa e produtores rurais;IV - disseminar informaes conjunturais nas reas de produo agrcola, comercializao, abastecimento e agroindstria.Art. 18. A ao de assistncia tcnica e extenso rural dever estar integrada pesquisa agrcola, aos produtores rurais e suas entidades representativas e s comunidades rurais.CAPTULO VIDa Proteo ao Meio Ambiente e da Conservao dos Recursos NaturaisArt. 19. O Poder Pblico dever:I - integrar, a nvel de Governo Federal, os Estados, o Distrito Federal, os Territrios, os Municpios e as comunidades na preservao do meio ambiente e conservao dos recursos naturais;II - disciplinar e fiscalizar o uso racional do solo, da gua, da fauna e da flora;III - realizar zoneamentos agroecolgicos que permitam estabelecer critrios para o disciplinamento e o ordenamento da ocupao espacial pelas diversas atividades produtivas, bem como para a instalao de novas hidreltricas;IV - promover e/ou estimular a recuperao das reas em processo de desertificao;V - desenvolver programas de educao ambiental, a nvel formal e informal, dirigidos populao;VI - fomentar a produo de sementes e mudas de essncias nativas;VII - coordenar programas de estmulo e incentivo preservao das nascentes dos cursos d'gua e do meio ambiente, bem como o aproveitamento de dejetos animais para converso em fertilizantes.Pargrafo nico. A fiscalizao e o uso racional dos recursos naturais do meio ambiente tambm de responsabilidade dos proprietrios de direito, dos beneficirios da reforma agrria e dos ocupantes temporrios dos imveis rurais.Art. 20. As bacias hidrogrficas constituem-se em unidades bsicas de planejamento do uso, da conservao e da recuperao dos recursos naturais.Art. 21. (Vetado).Art. 21-A. O Poder Pblico proceder identificao, em todo o territrio nacional, das reas desertificadas, as quais somente podero ser exploradas mediante a adoo de adequado plano de manejo, com o emprego de tecnologias capazes de interromper o processo de desertificao e de promover a recuperao dessas reas.(Includo pela Lei n 10.228, de 29.5.2001) 1o O Poder Pblico estabelecer cadastros das reas sujeitas a processos de desertificao, em mbito estadual ou municipal.((Includo pela Lei n 10.228, de 29.5.2001)) 2o O Poder Pblico, por intermdio dos rgos competentes, promover a pesquisa, a gerao e a difuso de tecnologias capazes de suprir as condies expressas neste artigo.(Includo pela Lei n 10.228, de 29.5.2001)Art. 22. A prestao de servios e aplicaes de recursos pelo Poder Pblico em atividades agrcolas devem ter por premissa bsica o uso tecnicamente indicado, o manejo racional dos recursos naturais e a preservao do meio ambiente.Art. 23. As empresas que exploram economicamente guas represadas e as concessionrias de energia eltrica sero responsveis pelas alteraes ambientais por elas provocadas e obrigadas a recuperao do meio ambiente, na rea de abrangncia de suas respectivas bacias hidrogrficas.Art. 24. (Vetado).Art. 25. O Poder Pblico implementar programas de estmulo s atividades criatrias de peixes e outros produtos de vida fluvial, lacustre e marinha de interesse econmico, visando ao incremento da oferta de alimentos e a preservao das espcies.Art. 25. O Poder Pblico implementar programas de estmulo s atividades de interesse econmico apcolas e criatrias de peixes e outros produtos de vida fluvial, lacustre e marinha, visando ao incremento da oferta de alimentos e preservao das espcies animais e vegetais. (Redao dada pela Lei n 10.990, de 2004)Art. 26. A proteo do meio ambiente e dos recursos naturais ter programas plurianuais e planos operativos anuais elaborados pelos rgos competentes, mantidos ou no pelo Poder Pblico, sob a coordenao da Unio e das Unidades da Federao.CAPTULO VIIDa Defesa AgropecuriaArt. 27. (Vetado).Art. 27-A. So objetivos da defesa agropecuria assegurar: (Includo pela Lei n 9.712, de 20.11.1998) (Regulamento)I a sanidade das populaes vegetais;II a sade dos rebanhos animais;III a idoneidade dos insumos e dos servios utilizados na agropecuria;IV a identidade e a segurana higinico-sanitria e tecnolgica dos produtos agropecurios finais destinados aos consumidores. 1o Na busca do atingimento dos objetivos referidos no caput, o Poder Pblico desenvolver, permanentemente, as seguintes atividades:I vigilncia e defesa sanitria vegetal;II vigilncia e defesa sanitria animal;III inspeo e classificao de produtos de origem vegetal, seus derivados, subprodutos e resduos de valor econmico;IV inspeo e classificao de produtos de origem animal, seus derivados, subprodutos e resduos de valor econmico;V fiscalizao dos insumos e dos servios usados nas atividades agropecurias. 2o As atividades constantes do pargrafo anterior sero organizadas de forma a garantir o cumprimento das legislaes vigentes que tratem da defesa agropecuria e dos compromissos internacionais firmados pela Unio.Art. 28. (Vetado).Art. 28-A. Visando promoo da sade, as aes de vigilncia e defesa sanitria dos animais e dos vegetais sero organizadas, sob a coordenao do Poder Pblico nas vrias instncias federativas e no mbito de sua competncia, em um Sistema Unificado de Ateno Sanidade Agropecuria, articulado, no que for atinente sade pblica, com o Sistema nico de Sade de que trata a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, do qual participaro: (Includo pela Lei n 9.712, de 20.11.1998) (Regulamento)I servios e instituies oficiais;II produtores e trabalhadores rurais, suas associaes e tcnicos que lhes prestam assistncia;III rgos de fiscalizao das categorias profissionais diretamente vinculadas sanidade agropecuria;IV entidades gestoras de fundos organizados pelo setor privado para complementar as aes pblicas no campo da defesa agropecuria. 1o A rea municipal ser considerada unidade geogrfica bsica para a organizao e o funcionamento dos servios oficiais de sanidade agropecuria. 2o A instncia local do sistema unificado de ateno sanidade agropecuria dar, na sua jurisdio, plena ateno sanidade, com a participao da comunidade organizada, tratando especialmente das seguintes atividades:I cadastro das propriedades;II inventrio das populaes animais e vegetais;III controle de trnsito de animais e plantas;IV cadastro dos profissionais de sanidade atuantes;V cadastro das casas de comrcio de produtos de uso agronmico e veterinrio;VI cadastro dos laboratrios de diagnsticos de doenas;VII inventrio das doenas diagnosticadas;VIII execuo de campanhas de controle de doenas;IX educao e vigilncia sanitria;X participao em projetos de erradicao de doenas e pragas. 3o s instncias intermedirias do Sistema Unificado de Ateno Sanidade Agropecuria competem as seguintes atividades:I vigilncia do trnsito interestadual de plantas e animais;II coordenao das campanhas de controle e erradicao de pragas e doenas;III manuteno dos informes nosogrficos;IV coordenao das aes de epidemiologia;V coordenao das aes de educao sanitria;VI controle de rede de diagnstico e dos profissionais de sanidade credenciados. 4o instncia central e superior do Sistema Unificado de Ateno Sanidade Agropecuria compete:I a vigilncia de portos, aeroportos e postos de fronteira internacionais;II a fixao de normas referentes a campanhas de controle e erradicao de pragas e doenas;III a aprovao dos mtodos de diagnstico e dos produtos de uso veterinrio e agronmico;IV a manuteno do sistema de informaes epidemiolgicas;V a avaliao das aes desenvolvidas nas instncias locais e intermedirias do sistema unificado de ateno sanidade agropecuria;VI a representao do Pas nos fruns internacionais que tratam da defesa agropecuria;VII a realizao de estudos de epidemiologia e de apoio ao desenvolvimento do Sistema Unificado de Ateno Sanidade Agropecuria;VIII a cooperao tcnica s outras instncias do Sistema Unificado;IX o aprimoramento do Sistema Unificado;X a coordenao do Sistema Unificado;XI a manuteno do Cdigo de Defesa Agropecuria. 5o Integraro o Sistema Unificado de Ateno Sanidade Agropecuria instituies gestoras de fundos organizados por entidades privadas para complementar as aes pblicas no campo da defesa agropecuria. 6o As estratgias e polticas de promoo sanidade e de vigilncia sero ecossistmicas e descentralizadas, por tipo de problema sanitrio, visando ao alcance de reas livres de pragas e doenas, conforme previsto em acordos e tratados internacionais subscritos pelo Pas. 7o Sempre que recomendado epidemiologicamente prioritria a erradicao das doenas e pragas, na estratgia de reas livres.Art. 29. (Vetado).Art. 29-A. A inspeo industrial e sanitria de produtos de origem vegetal e animal, bem como a dos insumos agropecurios, ser gerida de maneira que os procedimentos e a organizao da inspeo se faa por mtodos universalizados e aplicados eqitativamente em todos os estabelecimentos inspecionados. (Includo pela Lei n 9.712, de 20.11.1998) (Regulamento) 1o Na inspeo poder ser adotado o mtodo de anlise de riscos e pontos crticos de controle. 2o Como parte do Sistema Unificado de Ateno Sanidade Agropecuria, sero constitudos um sistema brasileiro de inspeo de produtos de origem vegetal e um sistema brasileiro de inspeo de produtos de origem animal, bem como sistemas especficos de inspeo para insumos usados na agropecuria.CAPTULO VIIIDa Informao AgrcolaArt. 30. O Ministrio da Agricultura e Reforma Agrria (Mara), integrado com os Estados, o Distrito Federal, os Territrios e os Municpios, manter um sistema de informao agrcola ampla para divulgao de:I - previso de safras por Estado, Distrito Federal e Territrio, incluindo estimativas de rea cultivada ou colhida, produo e produtividade;II - preos recebidos e pagos pelo produtor, com a composio dos primeiros at os mercados atacadistas e varejistas, por Estado, Distrito Federal e Territrio;III - valores e preos de exportao FOB, com a decomposio dos preos at o interior, a nvel de produtor, destacando as taxas e impostos cobrados;IV - valores e preos de importao CIF, com a decomposio dos preos dos mercados internacionais at a colocao do produto em portos brasileiros, destacando, taxas e impostos cobrados;V - (Vetado);V - cadastro, cartografia e solo das propriedades rurais: (Redao dada pela Lei n 9.272, de 03/05/96)VI - custos de produo agrcola;VI - volume dos estoques pblicos e privados, reguladores e estratgicos, discriminados por produtos, tipos e localizao; (Redao dada pela Lei n 9.272, de 03/05/96)VII - (Vetado);VIII - (Vetado);IX - dados de meteorologia e climatologia agrcolas;X - (Vetado);XI - (Vetado);XII - (Vetado);XIII - pesquisas em andamento e os resultados daquelas j concludas.XIV - informaes sobre doenas e pragas; (Includo pela Lei n 9.272, de 03/05/96)XV - indstria de produtos de origem vegetal e aninal e de insumos; (Includo pela Lei n 9.272, de 03/05/96)XVI - classificao de produtos agropecurios; (Includo pela Lei n 9.272, de 03/05/96)XVII - inspeo de produtos e insumos; (Includo pela Lei n 9.272, de 03/05/96)XVIII - infratores das vrias legislaes relativas agropecuria. (Includo pela Lei n 9.272, de 03/05/96)Pargrafo nico. O Ministrio da Agricultura e Reforma Agrria (Mara) coordenar a realizao de estudos e anlises detalhadas do comportamento dos mercados interno e externo dos produtos agrcolas e agroindustriais, informando sua apropriao e divulgao para o pleno e imediato conhecimento dos produtores rurais e demais agentes do mercado.CAPTULO IXDa Produo, da Comercializao, do Abastecimento e da ArmazenagemArt. 31. O Poder Pblico formar, localizar adequadamente e manter estoques reguladores e estratgicos, visando garantir a compra do produtor, na forma da lei, assegurar o abastecimento e regular o preo do mercado interno. 1 Os estoques reguladores devem contemplar, prioritariamente, os produtos bsicos. 2 (Vetado). 3 Os estoques reguladores devem ser adquiridos preferencialmente de organizaes associativas de pequenos e mdios produtores. 4 (Vetado). 5 A formao e a liberao destes estoques obedecero regras pautadas no princpio da menor interferncia na livre comercializao privada, observando-se prazos e procedimentos pr-estabelecidos e de amplo conhecimento pblico, sem ferir a margem mnima do ganho real do produtor rural, assentada em custos de produo atualizados e produtividades mdias histricas.Art. 32. (Vetado).Art. 33. (Vetado). 1 (Vetado). 2 A garantia de preos mnimos far-se- atravs de financiamento da comercializao e da aquisio dos produtos agrcolas amparados. 3 Os alimentos considerados bsicos tero tratamento privilegiado para efeito de preo mnimo.Art. 34. (Vetado).Art. 35. As vendas dos estoques pblicos sero realizadas atravs de leiles em bolsas de mercadorias, ou diretamente, mediante licitao pblica.Art. 36. O Poder Pblico criar estmulos para a melhoria das condies de armazenagem, processamento, embalagem e reduo de perdas em nvel de estabelecimento rural, inclusive comunitrio.Art. 37. mantida, no territrio nacional, a exigncia de padronizao, fiscalizao e classificao de produtos vegetais e animais, subprodutos e derivados e seus resduos de valores econmico, bem como dos produtos agrcolas destinados ao consumo e industrializao para o mercado interno e externo. Art. 37. mantida, no territrio nacional, a exigncia de padronizao, fiscalizao e classificao de produtos animais, subprodutos e derivados e seus resduos de valor econmico, bem como dos produtos de origem animal destinados ao consumo e industrializao para o mercado interno e externo. (Redao dada pela Lei n 9.972, de 25.5.2000)Pargrafo nico. (Vetado).Art. 38. (Vetado).Art. 39. (Vetado).Art. 40. (Vetado).Art. 41. (Vetado).Art. 42. estabelecido, em carter obrigatrio, o cadastro nacional de unidades armazenadoras de produtos agrcolas.CAPTULO XDo Produtor Rural, da Propriedade Rural e sua Funo SocialArt. 43. (Vetado).Art. 44. (Vetado).CAPTULO XIDo Associativismo e do CooperativismoArt. 45. O Poder Pblico apoiar e estimular os produtores rurais a se organizarem nas suas diferentes formas de associaes, cooperativas, sindicatos, condomnios e outras, atravs de:I - incluso, nos currculos de 1 e 2 graus, de matrias voltadas para o associativismo e cooperativismo;II - promoo de atividades relativas motivao, organizao, legislao e educao associativista e cooperativista para o pblico do meio rural;III - promoo das diversas formas de associativismo como alternativa e opo para ampliar a oferta de emprego e de integrao do trabalhador rural com o trabalhador urbano;IV - integrao entre os segmentos cooperativistas de produo, consumo, comercializao, crdito e de trabalho;V - a implantao de agroindstrias.Pargrafo nico. O apoio do Poder Pblico ser extensivo aos grupos indgenas, pescadores artesanais e queles que se dedicam s atividades de extrativismo vegetal no predatrio.Art. 46. (Vetado).CAPTULO XIIDos Investimentos Pblicos ***LUZ PARA TODOS****Art. 47. O Poder Pblico dever implantar obras que tenham como objetivo o bem-estar social de comunidades rurais, compreendendo, entre outras:a) barragens, audes, perfurao de poos, diques e comportas para projetos de irrigao, retificao de cursos de gua e drenagens de reas alagadias;b) armazns comunitrios;c) mercados de produtor;d) estradas;e) escolas e postos de sade rurais;f) energia;g) comunicao;h) saneamento bsico;i) lazer.CAPTULO XIIIDo Crdito RuralArt. 48. O crdito rural, instrumento de financiamento da atividade rural, ser suprido por todos os agentes financeiros sem discriminao entre eles, mediante aplicao compulsria, recursos prprios livres, dotaes das operaes oficiais de crdito, fundos e quaisquer outros recursos, com os seguintes objetivos:I - estimular os investimentos rurais para produo, extrativismo no predatrio, armazenamento, beneficiamento e instalao de agroindstria, sendo esta quando realizada por produtor rural ou suas formas associativas;II - favorecer o custeio oportuno e adequado da produo, do extrativismo no predatrio e da comercializao de produtos agropecurios;III - incentivar a introduo de mtodos racionais no sistema de produo, visando ao aumento da produtividade, melhoria do padro de vida das populaes rurais e adequada conservao do solo e preservao do meio ambiente;IV - (Vetado).V - propiciar, atravs de modalidade de crdito fundirio, a aquisio e regularizao de terras pelos pequenos produtores, posseiros e arrendatrios e trabalhadores rurais;VI - desenvolver atividades florestais e pesqueiras.Pargrafo nico. Quando destinado a agricultor familiar ou empreendedor familiar rural, nos termos do art. 3o da Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006, o crdito rural ter por objetivo estimular a gerao de renda e o melhor uso da mo-de-obra familiar, por meio do financiamento de atividades e servios rurais, agropecurios e no agropecurios, desde que desenvolvidos em estabelecimento rural ou reas comunitrias prximas, inclusive o turismo rural, a produo de artesanato e assemelhados.(Includo pela Medida Provisria n 432, de 2008) 1o Quando destinado a agricultor familiar ou empreendedor familiar rural, nos termos do art. 3o da Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006, o crdito rural ter por objetivo estimular a gerao de renda e o melhor uso da mo-de-obra familiar, por meio do financiamento de atividades e servios rurais agropecurios e no agropecurios, desde que desenvolvidos em estabelecimento rural ou reas comunitrias prximas, inclusive o turismo rural, a produo de artesanato e assemelhados. (Includo pela Lei n 11.718, de 2008) 2o Quando destinado a agricultor familiar ou empreendedor familiar rural, nos termos do art. 3o da Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006, o crdito rural poder ser destinado construo ou reforma de moradias no imvel rural e em pequenas comunidades rurais. (Includo pela Lei n 11.718, de 2008)Art. 49. O crdito rural ter como beneficirios produtores rurais extrativistas no predatrios e indgenas, assistidos por instituies competentes, pessoas fsicas ou jurdicas que, embora no conceituadas como produtores rurais, se dediquem s seguintes atividades vinculadas ao setor:I - produo de mudas ou sementes bsicas, fiscalizadas ou certificadas;II - produo de smen para inseminao artificial e embries;III - atividades de pesca artesanal e aqicultura para fins comerciais;IV - atividades florestais e pesqueiras. 1o Podem ser beneficirios do crdito rural, quando necessrio ao escoamento da produo agropecuria, beneficiadores e agroindstrias que beneficiem ou industrializem o produto, desde que comprovada a aquisio da matria-prima diretamente de produtores ou suas cooperativas, por preo no inferior ao mnimo fixado ou ao adotado como base de clculo do financiamento, e mediante deliberao e disciplinamento do Conselho Monetrio Nacional. (Includo pela Medida Provisria n 432, de 2008) 2o Para efeito do 1o, enquadram-se como beneficiadores os cerealistas que exeram, cumulativamente, as atividades de limpeza, padronizao, armazenamento e comercializao de produtos agrcolas. (Includo pela Medida Provisria n 432, de 2008) 1o Podem ser beneficirios do crdito rural de comercializao, quando necessrio ao escoamento da produo agropecuria, beneficiadores e agroindstrias que beneficiem ou industrializem o produto, desde que comprovada a aquisio da matria-prima diretamente de produtores ou suas cooperativas, por preo no inferior ao mnimo fixado ou ao adotado como base de clculo do financiamento, e mediante deliberao e disciplinamento do Conselho Monetrio Nacional. (Redao dada pela Lei n 11.775, de 2008) 2o Para efeito do disposto no 1o deste artigo, enquadram-se como beneficiadores os cerealistas que exeram, cumulativamente, as atividades de limpeza, padronizao, armazenamento e comercializao de produtos agrcolas. (Redao dada pela Lei n 11.775, de 2008)Art. 50. A concesso de crdito rural observar os seguintes preceitos bsicos:I - idoneidade do tomador;II - fiscalizao pelo financiador;III - liberao do crdito diretamente aos agricultores ou por intermdio de suas associaes formais ou informais, ou organizaes cooperativas;IV - liberao do crdito em funo do ciclo da produo e da capacidade de ampliao do financiamento;V - prazos e pocas de reembolso ajustados natureza e especificidade das operaes rurais, bem como capacidade de pagamento e s pocas normais de comercializao dos bens produzidos pelas atividades financeiras. 1 (Vetado). 2 Poder exigir-se dos demais produtores rurais contrapartida de recursos prprios, em percentuais diferenciados, tendo em conta a natureza e o interesse da explorao agrcola. 3 A aprovao do crdito rural levar sempre em conta o zoneamento agroecolgico.Art. 51. (Vetado).Art. 52. O Poder Pblico assegurar crdito rural especial e diferenciado aos produtores rurais assentados em reas de reforma agrria.Art. 53. (Vetado).Art. 54. (Vetado).CAPTULO XIVDo Crdito FundirioArt. 55. (Vetado).CAPTULO XVDo Seguro AgrcolaArt. 56. institudo o seguro agrcola destinado a:I - cobrir prejuzos decorrentes de sinistros que atinjam bens fixos e semifixos ou semoventes;II - cobrir prejuzos decorrentes de fenmenos naturais, pragas, doenas e outros que atinjam plantaes.Pargrafo nico. As atividades florestais e pesqueiras sero amparadas pelo seguro agrcola previsto nesta lei.Art. 57. (Vetado).Art. 58. A aplice de seguro agrcola poder constituir garantia nas operaes de crdito rural.CAPTULO XVI(Vide Decreto n 175, de 1991)Da Garantia da Atividade AgropecuriaArt. 59. O Programa de Garantia da Atividade Agropecuria (Proagro), instrumento de poltica agrcola institudo pela Lei n 5.969, de 11 de dezembro de 1973, ser regido pelas disposies desta lei e assegurar ao produtor rural:I - a exonerao de obrigaes financeiras relativas a operao de crdito rural de custeio, cuja liquidao seja dificultada pela ocorrncia de fenmenos naturais, pragas e doenas que atinjam bens, rebanhos e plantaes;CAPTULO XVI

Da Garantia da Atividade Agropecuria(Redao dada pela Lei n 12.058, de 2009)Art. 59. O Programa de Garantia da Atividade Agropecuria - PROAGRO ser regido pelas disposies desta Lei e assegurar ao produtor rural, na forma estabelecida pelo Conselho Monetrio Nacional: (Redao dada pela Lei n 12.058, de 2009)I - a exonerao de obrigaes financeiras relativas a operao de crdito rural de custeio cuja liquidao seja dificultada pela ocorrncia de fenmenos naturais, pragas e doenas que atinjam rebanhos e plantaes; (Redao dada pela Lei n 12.058, de 2009)II - a indenizao de recursos prprios utilizados pelo produtor em custeio rural, quando ocorrer perdas em virtude dos eventos citados no inciso anterior.Art. 60. O Programa de Garantia da Atividade Agropecuria (Proagro) ser custeado:I - por recursos provenientes da participao dos produtores rurais;II - por outros recursos que vierem a ser alocados ao programa;II - por recursos do Oramento da Unio e outros recursos que vierem a ser alocados ao programa; (Redao dada pela Lei n 12.058, de 2009)III - pelas receitas auferidas da aplicao dos recursos dos incisos anteriores.Art. 61. (Vetado).Art. 62. (Vetado).Art. 63. (Vetado).Art. 64. (Vetado).Art. 65. O Programa de Garantia da Atividade Agropecuria (Proagro) cobrir integral ou parcialmente:I - os financiamentos de custeio rural;II - os recursos prprios aplicados pelo produtor em custeio rural, vinculados ou no a financiamentos rurais.Pargrafo nico. No sero cobertos os prejuzos relativos a explorao rural conduzida sem a observncia da legislao e normas do Programa de Garantia da Atividade Agropecuria (Proagro).Pargrafo nico. No sero cobertas as perdas relativas explorao rural conduzida sem a observncia da legislao e das normas do Proagro. (Redao dada pela Lei n 12.058, de 2009)Art. 65-A. Ser operado, no mbito do Proagro, o Programa de Garantia da Atividade Agropecuria da Agricultura Familiar - PROAGRO Mais, que assegurar ao agricultor familiar, na forma estabelecida pelo Conselho Monetrio Nacional: (Includo pela Lei n 12.058, de 2009)I - a exonerao de obrigaes financeiras relativas a operao de crdito rural de custeio ou de parcelas de investimento, cuja liquidao seja dificultada pela ocorrncia de fenmenos naturais, pragas e doenas que atinjam rebanhos e plantaes; (Includo pela Lei n 12.058, de 2009)II - a indenizao de recursos prprios utilizados pelo produtor em custeio ou em investimento rural, quando ocorrerem perdas em virtude dos eventos citados no inciso I; (Includo pela Lei n 12.058, de 2009)III - a garantia de renda mnima da produo agropecuria vinculada ao custeio rural. (Includo pela Lei n 12.058, de 2009)Art. 65-B. A comprovao das perdas ser efetuada pela instituio financeira, mediante laudo de avaliao expedido por profissional habilitado. (Includo pela Lei n 12.058, de 2009)Art. 65-C. Os Ministrios da Agricultura, Pecuria e Abastecimento - MAPA e do Desenvolvimento Agrrio - MDA, em articulao com o Banco Central do Brasil, devero estabelecer conjuntamente as diretrizes para o credenciamento e para a superviso dos encarregados dos servios de comprovao de perdas imputveis ao Proagro. (Includo pela Lei n 12.058, de 2009)Pargrafo nico. O MDA credenciar e supervisionar os encarregados da comprovao de perdas imputveis ao Proagro, devendo definir e divulgar instrumentos operacionais e a normatizao tcnica para o disposto neste artigo, observadas as diretrizes definidas na forma do caput. (Includo pela Lei n 12.058, de 2009)Art. 66. Competir Comisso Especial de Recursos (CER) decidir, em nica instncia administrativa, sobre recursos relativos apurao de prejuzos e respectivas indenizaes no mbito do Programa de Garantia da Atividade Agropecuria (Proagro) .Art. 66-A. O Proagro ser administrado pelo Banco Central do Brasil, conforme normas, critrios e condies definidas pelo Conselho Monetrio Nacional. (Includo pela Lei n 12.058, de 2009)CAPTULO XVIIDa Tributao e dos Incentivos FiscaisArt. 67. (Vetado).Art. 68. (Vetado).Art. 69. (Vetado).Art. 70. (Vetado).Art. 71. (Vetado).Art. 72. (Vetado).Art. 73. (Vetado).Art. 74. (Vetado).Art. 75. (Vetado).Art. 76. (Vetado).CAPTULO XVIIIDo Fundo Nacional de Desenvolvimento RuralArt. 77. (Vetado).Art. 78. (Vetado).Art. 79. (Vetado).Art. 80. (Vetado).Art. 81. So fontes de recursos financeiros para o crdito rural:I - (Vetado).II - programas oficiais de fomento;III - caderneta de poupana rural operadas por instituies pblicas e privadas;IV - recursos financeiros de origem externa, decorrentes de emprstimos, acordos ou convnios, especialmente reservados para aplicaes em crdito rural;V - recursos captados pelas cooperativas de crdito rural;VI - multas aplicadas a instituies do sistema financeiro pelo descumprimento de leis e normas de crdito rural;VII - (Vetado).VIII - recursos oramentrios da Unio;IX - (Vetado).X - outros recursos que venham a ser alocados pelo Poder Pblico.Art. 82. So fontes de recursos financeiros para o seguro agrcola:I - os recursos provenientes da participao dos produtores rurais, pessoa fsica e jurdica, de suas cooperativas e associaes;II - (Vetado).III - (Vetado).IV - multas aplicadas a instituies seguradoras pelo descumprimento de leis e normas do seguro rural; (Revogado pela Lei complementar n 137, de 2010)V - os recursos previstos no art. 17 do Decreto-Lei n 73, de 21 de novembro de 1966; (Revogado pela Lei complementar n 137, de 2010)VI - dotaes oramentrias e outros recursos alocados pela Unio; eVII - (Vetado).Art. 83. (Vetado). 1 (Vetado). 2 (Vetado).CAPTULO XIXDa Irrigao e Drenagem ***LEI DE USO DAS GUAS***Art. 84. A poltica de irrigao e drenagem ser executada em todo o territrio nacional, de acordo com a Constituio e com prioridade para reas de comprovada aptido para irrigao, reas de reforma agrria ou de colonizao e projetos pblicos de irrigao.Art. 85. Compete ao Poder Pblico:I - estabelecer as diretrizes da poltica nacional de irrigao e drenagem, ouvido o Conselho Nacional de Poltica Agrcola (CNPA);II - coordenar e executar o programa nacional de irrigao;III - baixar normas objetivando o aproveitamento racional dos recursos hdricos destinados irrigao, promovendo a integrao das aes dos rgos federais, estaduais, municipais e entidades pblicas, ouvido o Conselho Nacional de PolticaAgrcola (CNPA);IV - apoiar estudos para a execuo de obras de infra-estrutura e outras referentes ao aproveitamento das bacias hidrogrficas, reas de rios perenizados ou vales irrigveis, com vistas a melhor e mais racional utilizao das guas para irrigao;V - instituir linhas de financiamento ou incentivos, prevendo encargos e prazos, bem como modalidades de garantia compatveis com as caractersticas da agricultura irrigada, ouvido o Conselho Nacional de Poltica Agrcola (CNPA).Art. 86. (Vetado).CAPTULO XXDa Habitao RuralArt. 87. criada a poltica de habitao rural, cabendo Unio destinar recursos financeiros para a construo e/ou recuperao da habitao rural. 1 Parcela dos depsitos da Caderneta de Poupana Rural ser destinada ao financiamento da habitao rural. 2 (Vetado).Art. 88. (Vetado).Art. 89. O Poder Pblico estabelecer incentivos fiscais para a empresa rural ou para o produtor rural, nos casos em que sejam aplicados recursos prprios na habitao para o produtor rural.Art. 90. (Vetado).Art. 91. (Vetado).Art. 92. (Vetado).CAPTULO XXIDa Eletrificao RuralArt. 93. Compete ao Poder Pblico implementar a poltica de eletrificao rural, com a participao dos produtores rurais, cooperativas e outras entidades associativas. 1 A poltica de energizao rural e agroenergia engloba a eletrificao rural, qualquer que seja sua fonte de gerao, o reflorestamento energtico e a produo de combustveis, a partir de culturas, da biomassa e dos resduos agrcolas. 2 Entende-se por energizao rural e agroenergia a produo e utilizao de insumos energticos relevantes produo e produtividade agrcola e ao bem-estar social dos agricultores e trabalhadores rurais.Art. 94. O Poder Pblico incentivar prioritariamente:I - atividades de eletrificao rural e cooperativas rurais, atravs de financiamentos das instituies de crdito oficiais, assistncia tcnica na implantao de projetos e tarifas de compra e venda de energia eltrica, compatveis com os custos de prestao de servios;II - a construo de pequenas centrais hidreltricas e termoeltricas de aproveitamento de resduos agrcolas, que objetivem a eletrificao rural por cooperativas rurais e outras formas associativas;III - os programas de florestamento energtico e manejo florestal, em conformidade com a legislao ambiental, nas propriedades rurais;IV - o estabelecimento de tarifas diferenciadas horozonais.Art. 95. As empresas concessionrias de energia eltrica devero promover a capacitao de mo-de-obra a ser empregada nas pequenas centrais referidas no inciso II do artigo anterior.CAPTULO XXIIDa Mecanizao AgrcolaArt. 96. Compete ao Poder Pblico implementar um conjunto de aes no mbito da mecanizao agrcola, para que, com recursos humanos, materiais e financeiros, alcance:I - preservar e incrementar o parque nacional de mquinas agrcolas, evitando-se o sucateamento e obsolescncia, proporcionando sua evoluo tecnolgica;II - incentivar a formao de empresas pblicas ou privadas com o objetivo de prestao de servios mecanizados agricultura, diretamente aos produtores e atravs de associaes ou cooperativas;III - fortalecer a pesquisa nas universidades e institutos de pesquisa e desenvolvimento na rea de mquinas agrcolas assim como os servios de extenso rural e treinamento em mecanizao;IV - aprimorar os centros de ensaios e testes para o desenvolvimento de mquinas agrcolas;V - (Vetado).VI - divulgar e estimular as prticas de mecanizao que promovam a conservao do solo e do meio ambiente.CAPTULO XXIIIDas Disposies FinaisArt. 97. No prazo de noventa dias da promulgao desta lei, o Poder Executivo encaminhar ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre: produo, comercializao e uso de produtos biolgicos de uso em imunologia e de uso veterinrio, corretivos, fertilizantes e inoculantes, sementes e mudas, alimentos de origem animal e vegetal, cdigo e uso de solo e da gua, e reformulando a legislao que regula as atividades dos armazns gerais.Art. 98. o Poder Executivo autorizado a outorgar concesses remuneradas de uso pelo prazo mximo de at vinte e cinco anos, sobre as faixas de domnio das rodovias federais, para fins exclusivos de implantao de reflorestamentos.Pargrafo nico. As concesses de que trata este artigo devero obedecer s normas especficas sobre a utilizao de bens pblicos e mveis, constantes da legislao pertinente.Art. 99. A partir do ano seguinte ao de promulgao desta lei, obriga-se o proprietrio rural, quando for o caso, a recompor em sua propriedade a Reserva Florestal Legal, prevista na Lei n 4.771, de 1965, com a nova redao dada pela Lei n 7.803, de 1989, mediante o plantio, em cada ano, de pelo menos um trinta avos da rea total para complementar a referida Reserva Florestal Legal (RFL). (Revogado pela Medida Provisria n 1.956, de 200) 1 (Vetado). (Revogado pela Medida Provisria n 1.956, de 200) 2 O reflorestamento de que trata o caput deste artigo ser efetuado mediante normas que sero aprovadas pelo rgo gestor da matria. (Revogado pela Medida Provisria n 1.956, de 200)Art. 99. A partir do ano seguinte ao de promulgao desta lei, obriga-se o proprietrio rural, quando for o caso, a recompor em sua propriedade a Reserva Florestal Legal, prevista na Lei n 4.771, de 1965, com a nova redao dada pela Lei n 7.803, de 1989, mediante o plantio, em cada ano, de pelo menos um trinta avos da rea total para complementar a referida Reserva Florestal Legal (RFL). 1 (Vetado). 2 O reflorestamento de que trata o caput deste artigo ser efetuado mediante normas que sero aprovadas pelo rgo gestor da matria.Art. 100. (Vetado).Art. 101. (Vetado).Art. 102. O solo deve ser respeitado como patrimnio natural do Pas.Pargrafo nico. A eroso dos solos deve ser combatida pelo Poder Pblico e pelos proprietrios rurais.Art. 103. O Poder Pblico, atravs dos rgos competentes, conceder incentivos especiais ao proprietrio rural que:I - preservar e conservar a cobertura florestal nativa existente na propriedade;II - recuperar com espcies nativas ou ecologicamente adaptadas as reas j devastadas de sua propriedade;III - sofrer limitao ou restrio no uso de recursos naturais existentes na sua propriedade, para fins de proteo dos ecossistemas, mediante ato do rgo competente, federal ou estadual.Pargrafo nico. Para os efeitos desta lei, consideram-se incentivos:I - a prioridade na obteno de apoio financeiro oficial, atravs da concesso de crdito rural e outros tipos definanciamentos, bem como a cobertura do seguro agrcola concedidos pelo Poder Pblico.II - a prioridade na concesso de benefcios associados a programas de infra-estrutura rural, notadamente de energizao, irrigao, armazenagem, telefonia e habitao;III - a preferncia na prestao de servios oficiais de assistncia tcnica e de fomento, atravs dos rgos competentes;IV - o fornecimento de mudas de espcies nativas e/ou ecologicamente adaptadas produzidas com a finalidade de recompor a cobertura florestal; e (Vide Lei n 12.805, de 2013)V - o apoio tcnico-educativo no desenvolvimento de projetos de preservao, conservao e recuperao ambiental.Art. 104. So isentas de tributao e do pagamento do Imposto Territorial Rural as reas dos imveis rurais consideradas de preservao permanente e de reserva legal, previstas na Lei n 4.771, de 1965, com a nova redao dada pela Lei n 7.803, de 1989.Pargrafo nico. A iseno do Imposto Territorial Rural (ITR) estende-se s reas da propriedade rural de interesse ecolgico para a proteo dos ecossistemas, assim declarados por ato do rgo competente federal ou estadual e que ampliam as restries de uso previstas no caput deste artigo.Art. 105. (Vetado).Art. 106. o Ministrio da Agricultura e Reforma Agrria (Mara) autorizado a firmar convnios ou ajustes com os Estados, o Distrito Federal, os Territrios, os Municpios, entidades e rgos pblicos e privados, cooperativas, sindicatos, universidades, fundaes e associaes, visando ao desenvolvimento das atividades agropecurias, agroindustriais, pesqueiras e florestais, dentro de todas as aes, instrumentos, objetivos e atividades previstas nesta lei.Art. 107. Esta lei entra em vigor na data de sua publicao.Art. 108. Revogam-se as disposies em contrrio.Braslia, 17 de janeiro de 1991; 170 da Independncia e 103 da Repblica.FERNANDO COLLOR Antonio Cabrera Mano Filho Este texto no substitui o publicado no DOU de 18.1.1991 e retificado no D.O.U. de 12.3.1991