lei de inovação o que interessa às empresas denis borges barbosa

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Lei de Inovação Lei de Inovação O que interessa às O que interessa às empresas empresas Denis Borges Barbosa Denis Borges Barbosa

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Page 1: Lei de Inovação O que interessa às empresas Denis Borges Barbosa

Lei de InovaçãoLei de InovaçãoO que interessa às O que interessa às

empresasempresas

Denis Borges BarbosaDenis Borges Barbosa

Page 2: Lei de Inovação O que interessa às empresas Denis Borges Barbosa

Denis Borges BarbosaDenis Borges Barbosa

http://denisbarbosa.addr.comhttp://denisbarbosa.addr.com http://denisbarbosa.addr.com/http://denisbarbosa.addr.com/

publico.docpublico.doc

Page 3: Lei de Inovação O que interessa às empresas Denis Borges Barbosa

Para que uma Lei de Para que uma Lei de Inovação?Inovação?

Page 4: Lei de Inovação O que interessa às empresas Denis Borges Barbosa

Para que uma Lei de Para que uma Lei de Inovação?Inovação?

A lei federal e paulista de inovação têm por A lei federal e paulista de inovação têm por propósito:propósito:

a) possibilitar o uso do potencial de criação das a) possibilitar o uso do potencial de criação das instituiçoes públicas, especialmente universidades e instituiçoes públicas, especialmente universidades e centros de pesquisa, pelo setor econômico, numa centros de pesquisa, pelo setor econômico, numa via de mão dupla.via de mão dupla.

b) facilitar a mobilidade dos servidores públicos, b) facilitar a mobilidade dos servidores públicos,

professores e pesquisadores, da Administração para professores e pesquisadores, da Administração para a iniciativa privada e para outros órgãos de a iniciativa privada e para outros órgãos de pesquisa.pesquisa.

c) para tais fins, alterar a legislação de pessoal, a c) para tais fins, alterar a legislação de pessoal, a

de licitações, e prever certos subsídios e incentivos de licitações, e prever certos subsídios e incentivos fiscais.fiscais.

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A leiA lei

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FinalidadesFinalidades

                Art. 1Art. 1oo Esta Lei estabelece (a) Esta Lei estabelece (a) medidas de incentivo (b) à inovação medidas de incentivo (b) à inovação e (c) à pesquisa científica e e (c) à pesquisa científica e tecnológica (d) no ambiente tecnológica (d) no ambiente produtivo, com vistas (e) à produtivo, com vistas (e) à capacitação e (f) ao alcance da capacitação e (f) ao alcance da autonomia tecnológica e (g) ao autonomia tecnológica e (g) ao desenvolvimento industrial do País, desenvolvimento industrial do País, nos termos dos nos termos dos artsarts. 218. 218 e e 219 da Constituição.219 da Constituição.

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FinalidadesFinalidades         Art. 218 - O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento Art. 218 - O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento

científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas.científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas. § 1º - A pesquisa científica básica receberá tratamento prioritário § 1º - A pesquisa científica básica receberá tratamento prioritário

do Estado, tendo em vista o bem público e o progresso das do Estado, tendo em vista o bem público e o progresso das ciências.ciências.

§ 2º - A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente § 2º - A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente para a solução dos problemas brasileiros e para o para a solução dos problemas brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional.desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional.

§ 3º - O Estado apoiará a formação de recursos humanos nas § 3º - O Estado apoiará a formação de recursos humanos nas áreas de ciência, pesquisa e tecnologia, e concederá aos que áreas de ciência, pesquisa e tecnologia, e concederá aos que delas se ocupem meios e condições especiais de trabalho.delas se ocupem meios e condições especiais de trabalho.

§ 4º - A lei apoiará e estimulará as empresas que invistam em § 4º - A lei apoiará e estimulará as empresas que invistam em pesquisa, criação de tecnologia adequada ao País, formação e pesquisa, criação de tecnologia adequada ao País, formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos e que pratiquem aperfeiçoamento de seus recursos humanos e que pratiquem sistemas de remuneração que assegurem ao empregado, sistemas de remuneração que assegurem ao empregado, desvinculada do salário, participação nos ganhos econômicos desvinculada do salário, participação nos ganhos econômicos resultantes da produtividade de seu trabalho.resultantes da produtividade de seu trabalho.

§ 5º - É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular § 5º - É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.

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FinalidadesFinalidades

      Art. 219 - O mercado interno Art. 219 - O mercado interno integra o patrimônio nacional e será integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a viabilizar o incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e sócio-desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-estar da econômico, o bem-estar da população e a autonomia tecnológica população e a autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal.do País, nos termos de lei federal.

Page 9: Lei de Inovação O que interessa às empresas Denis Borges Barbosa

FinalidadesFinalidades                     Art. 27.  Na aplicação do disposto neste Art. 27.  Na aplicação do disposto neste

Decreto serão observadas as seguintes diretrizes:Decreto serão observadas as seguintes diretrizes:                 I - priorizar, nas regiões menos desenvolvidas I - priorizar, nas regiões menos desenvolvidas

do País e na Amazônia, ações que visem dotar a do País e na Amazônia, ações que visem dotar a pesquisa e o sistema produtivo regional de maiores pesquisa e o sistema produtivo regional de maiores recursos humanos e capacitação tecnológica;recursos humanos e capacitação tecnológica;

                II - atender a programas e projetos de estímulo II - atender a programas e projetos de estímulo à inovação na indústria de defesa nacional e que à inovação na indústria de defesa nacional e que ampliem a exploração e o desenvolvimento da Zona ampliem a exploração e o desenvolvimento da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) e da Plataforma Econômica Exclusiva (ZEE) e da Plataforma Continental;Continental;

                III - assegurar tratamento favorecido a III - assegurar tratamento favorecido a empresas de pequeno porte; eempresas de pequeno porte; e

                IV - dar tratamento preferencial, na aquisição IV - dar tratamento preferencial, na aquisição de bens e serviços pelo Poder Público, às empresas de bens e serviços pelo Poder Público, às empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País.tecnologia no País.

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DefiniçõesDefinições

I - agência de fomento: órgão ou I - agência de fomento: órgão ou instituição de natureza pública ou instituição de natureza pública ou privada que tenha privada que tenha entre os seus entre os seus objetivosobjetivos o financiamento de ações o financiamento de ações que visem a estimular e promover o que visem a estimular e promover o desenvolvimento da ciência, da desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação;tecnologia e da inovação;

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DefiniçõesDefinições

criação: invenção, modelo de utilidade, criação: invenção, modelo de utilidade, desenho industrial, programa de desenho industrial, programa de computador, topografia de circuito computador, topografia de circuito integrado, nova cultivar ou cultivar integrado, nova cultivar ou cultivar essencialmente derivada e qualquer outro essencialmente derivada e qualquer outro desenvolvimento tecnológico que acarrete desenvolvimento tecnológico que acarrete ou possa acarretar o surgimento de novo ou possa acarretar o surgimento de novo produto, processo ou aperfeiçoamento produto, processo ou aperfeiçoamento incremental, obtida por um ou mais incremental, obtida por um ou mais criadores; criadores;

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DefiniçõesDefinições

criador: pesquisador que seja criador: pesquisador que seja inventor, obtentor ou autor de inventor, obtentor ou autor de criação; criação;

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DefiniçõesDefinições

inovação: introdução de novidade (b) inovação: introdução de novidade (b) ou aperfeiçoamento no ambiente ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo ou (c) social (d) que resulte produtivo ou (c) social (d) que resulte em novos produtos, processos ou em novos produtos, processos ou serviços; serviços;

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DefiniçõesDefinições

    V - Instituição Científica e V - Instituição Científica e Tecnológica - ICT: órgão ou entidade Tecnológica - ICT: órgão ou entidade da administração pública [***] que da administração pública [***] que tenha por missão institucional, tenha por missão institucional, dentre outrasdentre outras, executar atividades de , executar atividades de pesquisa básica ou aplicada de pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico;caráter científico ou tecnológico;

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DefiniçõesDefinições

                VI - núcleo de inovação VI - núcleo de inovação tecnológica: núcleo ou órgão tecnológica: núcleo ou órgão constituído por uma ou mais ICT com constituído por uma ou mais ICT com a finalidade de gerir sua política de a finalidade de gerir sua política de inovação;inovação;

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DefiniçõesDefinições

                        VII - instituição de apoio: VII - instituição de apoio: instituições criadas sob o amparo da instituições criadas sob o amparo da Lei no 8.958, de 20 de dezembro de Lei no 8.958, de 20 de dezembro de 19941994, com a finalidade de dar apoio a , com a finalidade de dar apoio a projetos de pesquisa, ensino e projetos de pesquisa, ensino e extensão e de desenvolvimento extensão e de desenvolvimento institucional, científico e tecnológico;institucional, científico e tecnológico;

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DefiniçõesDefinições

                                      VIII - pesquisador público: VIII - pesquisador público: ocupante de cargo efetivo, cargo ocupante de cargo efetivo, cargo militar ou emprego público que militar ou emprego público que realize pesquisa básica ou aplicada realize pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico; ede caráter científico ou tecnológico; e

                IX - inventor independente: IX - inventor independente: pessoa física, não ocupante de cargo pessoa física, não ocupante de cargo efetivo, cargo militar ou emprego efetivo, cargo militar ou emprego público, que seja inventor, obtentor público, que seja inventor, obtentor ou autor de criação.ou autor de criação.

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Aliancas EstratégicasAliancas Estratégicas

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AMBIENTES AMBIENTES ESPECIALIZADOS E ESPECIALIZADOS E

COOPERATIVOSCOOPERATIVOS possibilitar o uso do potencial de criação das instituiçoes possibilitar o uso do potencial de criação das instituiçoes

públicas, especialmente universidades e centros de públicas, especialmente universidades e centros de pesquisa, pelo setor econômico, numa via de mão duplapesquisa, pelo setor econômico, numa via de mão dupla

Mecanismo de intervenção estatal com base:Mecanismo de intervenção estatal com base: 218 § 4º - A lei apoiará e estimulará as empresas que 218 § 4º - A lei apoiará e estimulará as empresas que

invistam em pesquisa, criação de tecnologia adequada ao invistam em pesquisa, criação de tecnologia adequada ao País, formação e aperfeiçoamento de seus recursos País, formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos e que pratiquem sistemas de remuneração que humanos e que pratiquem sistemas de remuneração que assegurem ao empregado, desvinculada do salário, assegurem ao empregado, desvinculada do salário, participação nos ganhos econômicos resultantes da participação nos ganhos econômicos resultantes da produtividade de seu trabalho.produtividade de seu trabalho.

  Art. 219 - O mercado interno integra o patrimônio nacional Art. 219 - O mercado interno integra o patrimônio nacional e e será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-estar da população e a cultural e sócio-econômico, o bem-estar da população e a autonomia tecnológica do Paísautonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal., nos termos de lei federal.

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AMBIENTES AMBIENTES ESPECIALIZADOS E ESPECIALIZADOS E

COOPERATIVOSCOOPERATIVOS Art. 3Art. 3oo (a) A União, (b) os Estados, o Distrito (a) A União, (b) os Estados, o Distrito

Federal, os Municípios © e as respectivas Federal, os Municípios © e as respectivas agências de fomento(d)agências de fomento(d) poderão estimular e (e) poderão estimular e (e) apoiar a constituição de alianças estratégicas e apoiar a constituição de alianças estratégicas e (f) o desenvolvimento de projetos de cooperação (f) o desenvolvimento de projetos de cooperação (g) que objetivem a geração de produtos e (g) que objetivem a geração de produtos e processos inovadores.processos inovadores.

envolvendo envolvendo (h) empresas nacionais, (i) ICT e (j) (h) empresas nacionais, (i) ICT e (j) [organizações de direito privado sem fins [organizações de direito privado sem fins lucrativos voltadas para atividades de pesquisa e lucrativos voltadas para atividades de pesquisa e desenvolvimento],desenvolvimento],

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AMBIENTES AMBIENTES ESPECIALIZADOS E ESPECIALIZADOS E

COOPERATIVOSCOOPERATIVOS                 Parágrafo único. O apoio Parágrafo único. O apoio

previsto neste artigo poderá previsto neste artigo poderá contemplar (a) as redes e os projetos contemplar (a) as redes e os projetos internacionais de pesquisa internacionais de pesquisa tecnológica, bem como (b) ações de tecnológica, bem como (b) ações de empreendedorismo tecnológico e ( c) empreendedorismo tecnológico e ( c) de criação de ambientes de de criação de ambientes de inovação, (d) inclusive incubadoras e inovação, (d) inclusive incubadoras e parques tecnológicos.parques tecnológicos.

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AMBIENTES AMBIENTES ESPECIALIZADOS E ESPECIALIZADOS E

COOPERATIVOSCOOPERATIVOS         Notem que no campo publicista, só é Notem que no campo publicista, só é

permitido fazer aquilo que a lei dá poderes aos permitido fazer aquilo que a lei dá poderes aos entes públicos. entes públicos.

Aqui é um “apoderamento” que se dá aos entes Aqui é um “apoderamento” que se dá aos entes políticos e às agências de fomento para estimular políticos e às agências de fomento para estimular a constituição de alianças estratégicas. a constituição de alianças estratégicas.

O dispositivo ainda diz que o apoio previsto neste O dispositivo ainda diz que o apoio previsto neste artigo poderá contemplar redes e projetos artigo poderá contemplar redes e projetos internacionais de pesquisa tecnológica, bem internacionais de pesquisa tecnológica, bem como ações de empreendedorismo tecnológico e como ações de empreendedorismo tecnológico e de criação de ambiente de inovação, o que inclui de criação de ambiente de inovação, o que inclui incubadoras e parques tecnológicos. incubadoras e parques tecnológicos.

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AMBIENTES AMBIENTES ESPECIALIZADOS E ESPECIALIZADOS E

COOPERATIVOSCOOPERATIVOS Qual é a eficácia deste dispositivo? Eu não consigo ver Qual é a eficácia deste dispositivo? Eu não consigo ver

grande eficácia real, mas existe um dado de legitimação grande eficácia real, mas existe um dado de legitimação explícita que nunca é de se desprezar. Agora, se passar explícita que nunca é de se desprezar. Agora, se passar esse dispositivo, haverá o “apoderamento” da União e de esse dispositivo, haverá o “apoderamento” da União e de suas agências de fomento para realizar tais alianças suas agências de fomento para realizar tais alianças estratégicas. estratégicas.

Eu tenho por mim de que esse dispositivo é inócuo quanto Eu tenho por mim de que esse dispositivo é inócuo quanto aos Estados e Municípios, eis que não vejo que esta Lei de aos Estados e Municípios, eis que não vejo que esta Lei de Inovação, por si só, constitua uma norma nacional capaz de Inovação, por si só, constitua uma norma nacional capaz de facultar a mudança do regime administrativo ou do facultar a mudança do regime administrativo ou do “apoderamento” das constituições estaduais e leis “apoderamento” das constituições estaduais e leis orgânicas municipais. orgânicas municipais.

Isso aí fica como um índice de boa vontade para os Estados Isso aí fica como um índice de boa vontade para os Estados e Municípios, mas eu tenho certeza de que haverá uma e Municípios, mas eu tenho certeza de que haverá uma grande tendência de se entender que os Estados e grande tendência de se entender que os Estados e Municípios estarão apoderados por este dispositivo.Municípios estarão apoderados por este dispositivo.

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AMBIENTES AMBIENTES ESPECIALIZADOS E ESPECIALIZADOS E

COOPERATIVOSCOOPERATIVOS                                 Art. 4Art. 4oo As ICTAs ICT poderãopoderão, (a) , (a)

mediante remuneração e (b) por mediante remuneração e (b) por prazo determinado, nos termos © de prazo determinado, nos termos © de contrato ou (d) convênio:contrato ou (d) convênio:

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AMBIENTES AMBIENTES ESPECIALIZADOS E ESPECIALIZADOS E

COOPERATIVOSCOOPERATIVOS                                             I - I - compartilharcompartilhar seus seus

laboratórios, equipamentos, laboratórios, equipamentos, instrumentos, materiais e demais instrumentos, materiais e demais instalações instalações com microempresas e com microempresas e empresas de pequeno porte em empresas de pequeno porte em atividades voltadas à inovação atividades voltadas à inovação tecnológicatecnológica, , para a consecução de para a consecução de atividades de incubaçãoatividades de incubação, sem , sem prejuízo de sua atividade finalística;prejuízo de sua atividade finalística;

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AMBIENTES AMBIENTES ESPECIALIZADOS E ESPECIALIZADOS E

COOPERATIVOSCOOPERATIVOS                 II - II - permitir a utilizaçãopermitir a utilização de seus de seus

laboratórios, equipamentos, instrumentos, laboratórios, equipamentos, instrumentos, materiais e demais instalações existentes materiais e demais instalações existentes em suas próprias dependências em suas próprias dependências por por empresas nacionais e organizações de empresas nacionais e organizações de direito privado sem fins lucrativos voltadas direito privado sem fins lucrativos voltadas para atividades de pesquisapara atividades de pesquisa, desde que tal , desde que tal permissão não interfira diretamente na permissão não interfira diretamente na sua atividade-fim, nem com ela conflite.sua atividade-fim, nem com ela conflite.

Page 27: Lei de Inovação O que interessa às empresas Denis Borges Barbosa

AMBIENTES AMBIENTES ESPECIALIZADOS E ESPECIALIZADOS E

COOPERATIVOSCOOPERATIVOS Parágrafo único. A permissão e o Parágrafo único. A permissão e o

compartilhamento de que tratam os compartilhamento de que tratam os incisos I e II do caput deste artigo incisos I e II do caput deste artigo obedecerão às (a) prioridades, critérios e obedecerão às (a) prioridades, critérios e requisitos aprovados e divulgados (b) pelo requisitos aprovados e divulgados (b) pelo órgão máximo da ICT, © observadas as órgão máximo da ICT, © observadas as respectivas disponibilidades e (d) respectivas disponibilidades e (d) assegurada a igualdade de oportunidades assegurada a igualdade de oportunidades às empresas e organizações (e) às empresas e organizações (e) interessadas. interessadas.

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AMBIENTES AMBIENTES ESPECIALIZADOS E ESPECIALIZADOS E

COOPERATIVOSCOOPERATIVOS Observem o trecho: Observem o trecho: assegurada a igualdade de assegurada a igualdade de

oportunidadeoportunidade. Rompe aqui, como em toda a parte, o . Rompe aqui, como em toda a parte, o princípio da impessoalidade do art. 37 da Constituição, e princípio da impessoalidade do art. 37 da Constituição, e este princípio vai exsurgir em vários dispositivos do projeto este princípio vai exsurgir em vários dispositivos do projeto de lei. A regra é que não se pode escolher o parceiro ou de lei. A regra é que não se pode escolher o parceiro ou para escolher o parceiro deve-se motivar segundo os para escolher o parceiro deve-se motivar segundo os princípios da razoabilidade. Aqui o projeto de lei, seja no princípios da razoabilidade. Aqui o projeto de lei, seja no original do Executivo, seja no substitutivo da Câmara, original do Executivo, seja no substitutivo da Câmara, assegura a igualdade de oportunidade. assegura a igualdade de oportunidade.

Em suma, para tal ocorrer, isso implica na aplicação de um Em suma, para tal ocorrer, isso implica na aplicação de um outro princípio, previsto no caput do art. 37 da Constituição, outro princípio, previsto no caput do art. 37 da Constituição, que é a que é a publicidadepublicidade. Não se pode assegurar a igualdade de . Não se pode assegurar a igualdade de oportunidade oportunidade in pectorein pectore, ou seja, ninguém sabe que está , ou seja, ninguém sabe que está sendo dada uma oportunidade, mas se houver interesse de sendo dada uma oportunidade, mas se houver interesse de qualquer outra parte, está terá a mesma oportunidade. Isso qualquer outra parte, está terá a mesma oportunidade. Isso não existe. Pela aplicação do caput do art. 37, há de se não existe. Pela aplicação do caput do art. 37, há de se publicar, dar a público a oportunidade oferecida. publicar, dar a público a oportunidade oferecida.

Page 29: Lei de Inovação O que interessa às empresas Denis Borges Barbosa

AMBIENTES AMBIENTES ESPECIALIZADOS E ESPECIALIZADOS E

COOPERATIVOSCOOPERATIVOS Se uma empresa procurar uma instituição e pedir Se uma empresa procurar uma instituição e pedir

para usar seu laboratório, a instituição para usar seu laboratório, a instituição responderá o quê? Que sim, mas pede para a responderá o quê? Que sim, mas pede para a empresa aguardar um pouquinho até a empresa aguardar um pouquinho até a publicação da oportunidade? Ora, não é publicação da oportunidade? Ora, não é necessário fazer isso se, pela regra das ofertas necessário fazer isso se, pela regra das ofertas infinitas, a instituição puder receber e partilhar infinitas, a instituição puder receber e partilhar com todas as empresas brasileiras ou com todas com todas as empresas brasileiras ou com todas as empresas que razoavelmente possa necessitar as empresas que razoavelmente possa necessitar desse partilhamento. desse partilhamento.

Mas se não couberem150 milhões de brasileiros, Mas se não couberem150 milhões de brasileiros, então a instituição pública, obviamente, terá de então a instituição pública, obviamente, terá de usar o princípio da publicidade e impessoalidade usar o princípio da publicidade e impessoalidade sob estar violando os princípios constitucionais sob estar violando os princípios constitucionais pertinentes e a própria Lei de Inovação.pertinentes e a própria Lei de Inovação.

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SPEsSPEs

Page 31: Lei de Inovação O que interessa às empresas Denis Borges Barbosa

AMBIENTES AMBIENTES ESPECIALIZADOS E ESPECIALIZADOS E

COOPERATIVOSCOOPERATIVOS                 Art. 5Art. 5oo Ficam a União e suas entidades Ficam a União e suas entidades

autorizadas a participar minoritariamente do autorizadas a participar minoritariamente do capital de empresa privada de propósito capital de empresa privada de propósito específico que vise ao desenvolvimento de específico que vise ao desenvolvimento de projetos científicos ou tecnológicos para obtenção projetos científicos ou tecnológicos para obtenção de produto ou processo inovadores. de produto ou processo inovadores. desde que desde que haja previsão orçamentária e autorização do haja previsão orçamentária e autorização do Presidente da República.Presidente da República.

        CF** ARt. 37  XIX - somente por lei específica poderá ser criada CF** ARt. 37  XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional (Redação dada pela Emenda Constitucional nºnº 19, de 1998) 19, de 1998)

XX - depende de autorização legislativa, XX - depende de autorização legislativa, em cada casoem cada caso, a criação de , a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;participação de qualquer delas em empresa privada;

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AMBIENTES AMBIENTES ESPECIALIZADOS E ESPECIALIZADOS E

COOPERATIVOSCOOPERATIVOS LEI Nº 9.491, DE 9 DE SETEMBRO DE 1997.LEI Nº 9.491, DE 9 DE SETEMBRO DE 1997.

Art. 2º Art. 2º PoderãoPoderão ser objeto de ser objeto de desestatização, nos termos desta Lei (...) desestatização, nos termos desta Lei (...)

                § 2º Aplicam-se os dispositivos desta § 2º Aplicam-se os dispositivos desta Lei, Lei, no que couberno que couber, às participações , às participações minoritárias diretas e indiretas da União minoritárias diretas e indiretas da União no capital social de quaisquer outras no capital social de quaisquer outras sociedades (...) , nos termos do artigo 62 sociedades (...) , nos termos do artigo 62 da Lei n° 9.478, de 06.08.97.da Lei n° 9.478, de 06.08.97.

Page 33: Lei de Inovação O que interessa às empresas Denis Borges Barbosa

Intangíveis e servicos Intangíveis e servicos dos ICTsdos ICTs

Page 34: Lei de Inovação O que interessa às empresas Denis Borges Barbosa

PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

O art. 5º, incisos XXVII, XXVIII e XXIX da Constituição O art. 5º, incisos XXVII, XXVIII e XXIX da Constituição Federal não trata propriamente da regulação e do direito Federal não trata propriamente da regulação e do direito público incidente sobre a propriedade intelectual, mas público incidente sobre a propriedade intelectual, mas sim da regulação dos atores públicos no contexto da sim da regulação dos atores públicos no contexto da propriedade intelectual. propriedade intelectual.

Os atores públicos – aí inclusos não somente os entes Os atores públicos – aí inclusos não somente os entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), mas também as outras pessoas de direito público e mas também as outras pessoas de direito público e privado que circulam no seu âmbito – podem ser privado que circulam no seu âmbito – podem ser tomadores e supridores de prestações tecnológicas e de tomadores e supridores de prestações tecnológicas e de propriedade intelectual. propriedade intelectual.

Eles podem ser licenciados e licenciantes de tecnologia. E, Eles podem ser licenciados e licenciantes de tecnologia. E, como é característico do sistema constitucional e do como é característico do sistema constitucional e do direito público brasileiros, para cada um desses papéis os direito público brasileiros, para cada um desses papéis os agentes ou atores públicos são minuciosamente agentes ou atores públicos são minuciosamente regulados pela legislação, ou pelo menos deveriam ser.regulados pela legislação, ou pelo menos deveriam ser.

Page 35: Lei de Inovação O que interessa às empresas Denis Borges Barbosa

PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

O resultado dessa aplicação do caput do art. 37 O resultado dessa aplicação do caput do art. 37 é que contratação ou licenciamento de é que contratação ou licenciamento de tecnologia para a Administração Pública é tecnologia para a Administração Pública é infinitamente, é necessariamente mais infinitamente, é necessariamente mais complexo do que na atividade privada. complexo do que na atividade privada.

A atividade pública presume que haja A atividade pública presume que haja autorização específica ou genérica para o ator autorização específica ou genérica para o ator público proceder, e ele estará seguindo não público proceder, e ele estará seguindo não somente este princípio de autorização, mas somente este princípio de autorização, mas estará coarctado pelas regras da moralidade, da estará coarctado pelas regras da moralidade, da legalidade, e além disso, pelo princípio da legalidade, e além disso, pelo princípio da impessoalidade, que resulta da isonomia, do impessoalidade, que resulta da isonomia, do tratamento isonômico de todos aqueles que tratamento isonômico de todos aqueles que podem querer a tecnologia do governo ou podem querer a tecnologia do governo ou podem querer suprir tecnologia ao governo.podem querer suprir tecnologia ao governo.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

““XXI – XXI – ressalvados os casos especificados ressalvados os casos especificados na legislaçãona legislação, as obras, serviços, , as obras, serviços, compras e alienações serão contratados compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.”cumprimento das obrigações.”

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

Essas exceções – ressalvados os casos Essas exceções – ressalvados os casos especificados na legislação – recaem sobre o especificados na legislação – recaem sobre o processo de licitação pública. Não há exceções processo de licitação pública. Não há exceções quanto aos princípios da impessoalidade, da quanto aos princípios da impessoalidade, da isonomia, da legalidade e da moralidade, sem isonomia, da legalidade e da moralidade, sem falar dos outros, como a eficácia, que estão no falar dos outros, como a eficácia, que estão no caput do art. 37. caput do art. 37.

Então, havendo ou não licitação pública, Então, havendo ou não licitação pública, excepcionando ou não a lei do procedimento excepcionando ou não a lei do procedimento licitatório, não fogem os atores públicos do licitatório, não fogem os atores públicos do atendimento aos princípios do art. 37, um dos atendimento aos princípios do art. 37, um dos quais é o princípio da impessoalidade ou da quais é o princípio da impessoalidade ou da isonomia perante os interessados.isonomia perante os interessados.

Page 38: Lei de Inovação O que interessa às empresas Denis Borges Barbosa

PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

Art 173 “§1º A lei estabelecerá o estatuto Art 173 “§1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:”de serviços, dispondo sobre:”

““III – licitação e contratação de obras, III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, serviços, compras e alienações, observados os princípios da observados os princípios da administração pública;”administração pública;”

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

O que vale dizer é que, a partir da EC nº 19, O que vale dizer é que, a partir da EC nº 19, torna-se possível um estatuto próprio e, por torna-se possível um estatuto próprio e, por vezes, individualizado para esses atores vezes, individualizado para esses atores públicos, que são a empresa pública, a públicos, que são a empresa pública, a sociedade de economia mista e suas sociedade de economia mista e suas subsidiárias, e não obstante terem que atender subsidiárias, e não obstante terem que atender aos princípios da Administração Pública, eles aos princípios da Administração Pública, eles não estão sujeitos necessariamente ao mesmo não estão sujeitos necessariamente ao mesmo regime geral da licitação pública. regime geral da licitação pública.

Pode haver, ao amparo deste art. 173, tal como Pode haver, ao amparo deste art. 173, tal como revisto pela EC nº 19, estatutos próprios que se revisto pela EC nº 19, estatutos próprios que se excepcionem à Lei 8.666 e a outras normas que excepcionem à Lei 8.666 e a outras normas que dizem respeito à licitação pública, adequando-se dizem respeito à licitação pública, adequando-se especificamente aos interesses e à atividade especificamente aos interesses e à atividade econômica dessa empresa pública, dessa econômica dessa empresa pública, dessa sociedade de economia mista ou de suas sociedade de economia mista ou de suas subsidiárias.subsidiárias.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

Vamos pensar, primeiramente, na Vamos pensar, primeiramente, na inexigibilidade de licitação. Ela se refere ao art. inexigibilidade de licitação. Ela se refere ao art. 25 da Lei 8.666 que não é, ao contrário do 25 da Lei 8.666 que não é, ao contrário do art.24, um rol fechado de situações. Quando é art.24, um rol fechado de situações. Quando é inexigível a licitação? O princípio jurídico é inexigível a licitação? O princípio jurídico é muito simples: é quando não há, de forma muito simples: é quando não há, de forma alguma, como licitar. alguma, como licitar.

É inexigível a licitação em dois casos, que não É inexigível a licitação em dois casos, que não estão na lei, mas resultam da razoabilidade. O estão na lei, mas resultam da razoabilidade. O primeiro deles é, no caso do ente público ser primeiro deles é, no caso do ente público ser provedor, quando as prestações do ente público provedor, quando as prestações do ente público não são finitas, ou seja, quando não se precisa não são finitas, ou seja, quando não se precisa escolher um ou outro beneficiário. escolher um ou outro beneficiário.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

Se todos podem se valer dos bens e serviços da Se todos podem se valer dos bens e serviços da administração pública sem limites, não é administração pública sem limites, não é necessário realizar a licitação. necessário realizar a licitação.

Tratando-se, por exemplo, de um bem imaterial, Tratando-se, por exemplo, de um bem imaterial, em que todos os licenciados podem fazer uso, em que todos os licenciados podem fazer uso, estamos num caso típico de inexigibilidade de estamos num caso típico de inexigibilidade de licitação, porque o bem oferecido é infinito. É o licitação, porque o bem oferecido é infinito. É o caso óbvio das licenças não exclusivas. caso óbvio das licenças não exclusivas.

Não se precisava da Lei de Inovação para Não se precisava da Lei de Inovação para regular um contrato de fornecimento de regular um contrato de fornecimento de tecnologia, do qual é fornecedor ou licenciante a tecnologia, do qual é fornecedor ou licenciante a administração, quando esta torna pública administração, quando esta torna pública aquela tecnologia para quem quiser levaraquela tecnologia para quem quiser levar

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

Dever de SIGILODever de SIGILO                 Art. 12. É vedado a dirigente, ao Art. 12. É vedado a dirigente, ao

criador ou a qualquer servidor, militar, criador ou a qualquer servidor, militar, empregado ou prestador de serviços de empregado ou prestador de serviços de ICT divulgar, noticiar ou publicar ICT divulgar, noticiar ou publicar qualquer aspecto de criações de cujo qualquer aspecto de criações de cujo desenvolvimento tenha participado desenvolvimento tenha participado diretamente ou tomado conhecimento diretamente ou tomado conhecimento por força de suas atividades, sem antes por força de suas atividades, sem antes obter expressa autorização da ICT.obter expressa autorização da ICT.

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AMBIENTES AMBIENTES ESPECIALIZADOS E ESPECIALIZADOS E

COOPERATIVOSCOOPERATIVOS - SPE - SPE                 Parágrafo único. A Parágrafo único. A propriedade intelectual propriedade intelectual sobre os resultados sobre os resultados obtidos pertencerá às obtidos pertencerá às instituições detentoras do instituições detentoras do capital social, na capital social, na proporção da respectiva proporção da respectiva participação.participação.

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AMBIENTES AMBIENTES ESPECIALIZADOS E ESPECIALIZADOS E

COOPERATIVOSCOOPERATIVOS - SPE - SPE Este é um ponto muito curioso, porque a propriedade Este é um ponto muito curioso, porque a propriedade

intelectual desenvolvida por uma pessoa jurídica pertence a intelectual desenvolvida por uma pessoa jurídica pertence a essa pessoa jurídica. Não sobe, a jusante, para os seus essa pessoa jurídica. Não sobe, a jusante, para os seus controladores. Este dispositivo, enfim, afeta, dentre outras controladores. Este dispositivo, enfim, afeta, dentre outras questões, o próprio estatuto societário, o código civil, o art. questões, o próprio estatuto societário, o código civil, o art. 117 da Lei das Sociedades Anônimas, Lei nº 6.404 de 1976. 117 da Lei das Sociedades Anônimas, Lei nº 6.404 de 1976.

Ou seja, este dispositivo tem repercussões muito curiosas e Ou seja, este dispositivo tem repercussões muito curiosas e cria mais uma hipótese de afastamento da personalidade cria mais uma hipótese de afastamento da personalidade jurídica. Eu até entendo o propósito disso e posso entender jurídica. Eu até entendo o propósito disso e posso entender até que a lei previsse que no caso de liquidação, da até que a lei previsse que no caso de liquidação, da empresa destituída, a propriedade intelectual voltasse para empresa destituída, a propriedade intelectual voltasse para os controladores na proporção do investimento.os controladores na proporção do investimento.

Não há nada contra isso. Mas levantar o Não há nada contra isso. Mas levantar o corporate veilcorporate veil, , ignorar a pessoa jurídica para fazer remontar aos ignorar a pessoa jurídica para fazer remontar aos controladores a propriedade intelectual é realmente muito controladores a propriedade intelectual é realmente muito curioso.curioso.

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AMBIENTES AMBIENTES ESPECIALIZADOS E ESPECIALIZADOS E

COOPERATIVOSCOOPERATIVOS - SPE - SPE         CPI/96 Art. 88. A invenção e o modelo de utilidade CPI/96 Art. 88. A invenção e o modelo de utilidade

pertencem exclusivamente ao empregador quando pertencem exclusivamente ao empregador quando decorrerem de contrato de trabalho cuja execução ocorra decorrerem de contrato de trabalho cuja execução ocorra no Brasil e que tenha por objeto a pesquisa ou a atividade no Brasil e que tenha por objeto a pesquisa ou a atividade inventiva, ou resulte esta da natureza dos serviços para os inventiva, ou resulte esta da natureza dos serviços para os quais foi o empregado contratado. Art. 92. O disposto nos quais foi o empregado contratado. Art. 92. O disposto nos artigos anteriores aplica-se, no que couber, às relações artigos anteriores aplica-se, no que couber, às relações entre o trabalhador autônomo ou o estagiário e a empresa entre o trabalhador autônomo ou o estagiário e a empresa

contratante e entre empresas contratantes e contratadascontratante e entre empresas contratantes e contratadas. . Art. 6o. § 3º. Quando se tratar de invenção ou de modelo de Art. 6o. § 3º. Quando se tratar de invenção ou de modelo de utilidade realizado conjuntamente por duas ou mais utilidade realizado conjuntamente por duas ou mais pessoas, a patente poderá ser requerida por todas ou pessoas, a patente poderá ser requerida por todas ou qualquer delas, mediante nomeação e qualificação das qualquer delas, mediante nomeação e qualificação das demais, para ressalva dos respectivos direitos.demais, para ressalva dos respectivos direitos.

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AMBIENTES AMBIENTES ESPECIALIZADOS E ESPECIALIZADOS E

COOPERATIVOSCOOPERATIVOS - SPE - SPE Lei dos cultivares Art. 5º. § 2º. Quando o processo de Lei dos cultivares Art. 5º. § 2º. Quando o processo de

obtenção for realizado por duas ou mais pessoas, em obtenção for realizado por duas ou mais pessoas, em cooperação, a proteção poderá ser requerida em conjunto cooperação, a proteção poderá ser requerida em conjunto ou isoladamente, mediante nomeação e qualificação de ou isoladamente, mediante nomeação e qualificação de cada uma, para garantia dos respectivos direitos.    cada uma, para garantia dos respectivos direitos.    

Art. 38. Pertencerão exclusivamente ao empregador ou ao Art. 38. Pertencerão exclusivamente ao empregador ou ao tomador dos serviços os direitos sobre as novas cultivares, tomador dos serviços os direitos sobre as novas cultivares, bem como as cultivares essencialmente derivadas, bem como as cultivares essencialmente derivadas, desenvolvidas ou obtidas pelo empregado ou prestador de desenvolvidas ou obtidas pelo empregado ou prestador de serviços durante a vigência do Contrato de Trabalho ou de serviços durante a vigência do Contrato de Trabalho ou de Prestação de Serviços ou outra atividade laboral, Prestação de Serviços ou outra atividade laboral, resultantes de cumprimento de dever funcional ou de resultantes de cumprimento de dever funcional ou de execução de contrato, cujo objeto seja a atividade de execução de contrato, cujo objeto seja a atividade de pesquisa no Brasil, devendo constar obrigatoriamente do pesquisa no Brasil, devendo constar obrigatoriamente do pedido e do Certificado de Proteção o nome do melhorista. pedido e do Certificado de Proteção o nome do melhorista.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

Locação de intangíveis    Locação de intangíveis              Art. 6Art. 6oo É facultado à ICT (a) celebrar contratos É facultado à ICT (a) celebrar contratos

de transferência de tecnologia e (b) de de transferência de tecnologia e (b) de licenciamento para outorga de © direito de uso licenciamento para outorga de © direito de uso ou (d) de exploração de criação por ela ou (d) de exploração de criação por ela desenvolvida. desenvolvida. a título exclusivo e não exclusivo a título exclusivo e não exclusivo

                                    Art. 7Art. 7oo  É dispensável, nos termos do   É dispensável, nos termos do art. 24, inciso XXV, da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993art. 24, inciso XXV, da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, a realização de licitação em contratação realizada por ICT , a realização de licitação em contratação realizada por ICT ou por agência de fomento para a transferência de ou por agência de fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de exploração de criação protegidaexploração de criação protegida..

                          § 3§ 3oo  O licenciamento para exploração de criação   O licenciamento para exploração de criação cujo objeto interesse à defesa nacional deve observar o cujo objeto interesse à defesa nacional deve observar o disposto no disposto no § 3o do art. 75 da Lei no 9.279, de 14 de maio de 1996.§ 3o do art. 75 da Lei no 9.279, de 14 de maio de 1996.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

Locação de intangíveis    Locação de intangíveis                              Art. 25. Art. 25.

O art. 24 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993O art. 24 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, , passa a vigorar acrescido do seguinte inciso:passa a vigorar acrescido do seguinte inciso:

"Art. "Art. 24. .............................................................24. .........................................................................

...................................................................................................................................... XXV - na contratação realizada por XXV - na contratação realizada por

Instituição Científica e Tecnológica - ICT ou Instituição Científica e Tecnológica - ICT ou por agência de fomento para a transferência por agência de fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de exploração de criação direito de uso ou de exploração de criação protegida.protegida.

......................................................................................................................................" (NR)" (NR)..

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

Escolha: exclusivo ou não?Escolha: exclusivo ou não?

Art. 6o.   § 1Art. 6o.   § 1oo  A decisão sobre a   A decisão sobre a exclusividade ou não da transferência ou do exclusividade ou não da transferência ou do licenciamento cabe à ICT, ouvido o Núcleo licenciamento cabe à ICT, ouvido o Núcleo de Inovação Tecnológica.de Inovação Tecnológica.

                § 2§ 2oo  A transferência de tecnologia e o   A transferência de tecnologia e o licenciamento para outorga de direito de licenciamento para outorga de direito de uso ou de exploração de criação uso ou de exploração de criação reconhecida, em ato do Presidente da reconhecida, em ato do Presidente da República ou de Ministro de Estado por ele República ou de Ministro de Estado por ele designado, como de relevante interesse designado, como de relevante interesse público somente poderá ser efetuada a público somente poderá ser efetuada a título não exclusivo.título não exclusivo.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

Sem licitação e sem exclusividade            Sem licitação e sem exclusividade            

§ 2§ 2oo Quando não for concedida exclusividade ao Quando não for concedida exclusividade ao receptor de tecnologia ou ao licenciadoreceptor de tecnologia ou ao licenciado, os , os contratos previstos no caput deste artigo poderão contratos previstos no caput deste artigo poderão ser firmados diretamente, para fins de exploração ser firmados diretamente, para fins de exploração de criação que deles seja objeto, na forma do de criação que deles seja objeto, na forma do regulamento.regulamento.

    § 6§ 6oo  Quando não for concedida exclusividade ao receptor   Quando não for concedida exclusividade ao receptor de tecnologia ou ao licenciado e for dispensada a licitação, de tecnologia ou ao licenciado e for dispensada a licitação, a contratação prevista no caput poderá ser firmada a contratação prevista no caput poderá ser firmada diretamente, sem necessidade de publicação de edital, diretamente, sem necessidade de publicação de edital, para fins de exploração de criação que dela seja objeto, para fins de exploração de criação que dela seja objeto, exigida a comprovação da regularidade jurídica e fiscal do exigida a comprovação da regularidade jurídica e fiscal do contratado, bem como a sua qualificação técnica e contratado, bem como a sua qualificação técnica e econômico-financeira.econômico-financeira.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

Sem licitação e com exclusividade  Sem licitação e com exclusividade               § 1§ 1oo A contratação A contratação com cláusula com cláusula

de exclusividadede exclusividade, para os fins de , para os fins de que trata o caput deste artigo, que trata o caput deste artigo, deve ser precedida da publicação deve ser precedida da publicação de edital.de edital.

        Art. 7oArt. 7o.    .      § 1  § 1oo  A contratação de   A contratação de que trata o caput, quando for realizada que trata o caput, quando for realizada com dispensa de licitação e houver com dispensa de licitação e houver cláusula de exclusividade, será cláusula de exclusividade, será precedida da publicação de edital com o precedida da publicação de edital com o objetivo de dispor de critérios para objetivo de dispor de critérios para qualificação e escolha do contratado.qualificação e escolha do contratado.

                              

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

Sem licitação e com exclusividade  Sem licitação e com exclusividade                

        § 2§ 2oo  O edital conterá, dentre outras, as seguintes   O edital conterá, dentre outras, as seguintes informações:informações:

                I - objeto do contrato de transferência de tecnologia ou I - objeto do contrato de transferência de tecnologia ou de licenciamento, mediante descrição sucinta e clara;de licenciamento, mediante descrição sucinta e clara;

                II - condições para a contratação, dentre elas a II - condições para a contratação, dentre elas a comprovação da regularidade jurídica e fiscal do comprovação da regularidade jurídica e fiscal do interessado, bem como sua qualificação técnica e interessado, bem como sua qualificação técnica e econômico-financeira para a exploração da criação, objeto econômico-financeira para a exploração da criação, objeto do contrato;do contrato;

                III - critérios técnicos objetivos para qualificação da III - critérios técnicos objetivos para qualificação da contratação mais vantajosa, consideradas as contratação mais vantajosa, consideradas as especificidades da criação, objeto do contrato; eespecificidades da criação, objeto do contrato; e

                IV - prazos e condições para a comercialização da IV - prazos e condições para a comercialização da criação, objeto do contrato.criação, objeto do contrato.

            

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

Sem licitação e com exclusividade  Sem licitação e com exclusividade                

  Art. 7Art. 7 -          -            § 3   § 3oo  Em igualdades de   Em igualdades de condições, será dada preferência à condições, será dada preferência à contratação de empresas de pequeno contratação de empresas de pequeno porte.porte.

                § 4§ 4oo  O edital de que trata o § 1  O edital de que trata o § 1oo será será publicado no Diário Oficial da União e publicado no Diário Oficial da União e divulgado na rede mundial de divulgado na rede mundial de computadores pela página eletrônica da computadores pela página eletrônica da ICT, se houver, tornando públicas as ICT, se houver, tornando públicas as informações essenciais à contratação.informações essenciais à contratação.

            

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

                § 3§ 3oo A empresa detentora do direito A empresa detentora do direito exclusivo de exploração de criação exclusivo de exploração de criação protegida perderá automaticamente protegida perderá automaticamente esse direito caso não comercialize a esse direito caso não comercialize a criação dentro do prazo e condições criação dentro do prazo e condições definidos no contrato, podendo a ICT definidos no contrato, podendo a ICT proceder a novo licenciamento.proceder a novo licenciamento.

                § 5§ 5oo  A empresa contratada, detentora do   A empresa contratada, detentora do direito exclusivo de exploração de criação direito exclusivo de exploração de criação protegida, perderá automaticamente esse protegida, perderá automaticamente esse direito caso não comercialize a criação dentro direito caso não comercialize a criação dentro do prazo e condições estabelecidos no do prazo e condições estabelecidos no contrato, podendo a ICT proceder a novo contrato, podendo a ICT proceder a novo licenciamentolicenciamento..

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

                § 3§ 3oo A empresa detentora do direito A empresa detentora do direito exclusivo de exploração de criação protegida exclusivo de exploração de criação protegida perderá automaticamente esse direito caso não perderá automaticamente esse direito caso não comercialize a criação dentro do prazo e comercialize a criação dentro do prazo e condições definidos no contrato, podendo a ICT condições definidos no contrato, podendo a ICT proceder a novo licenciamento.proceder a novo licenciamento.

                § 5§ 5oo  A empresa contratada, detentora do direito   A empresa contratada, detentora do direito exclusivo de exploração de criação protegida, perderá exclusivo de exploração de criação protegida, perderá automaticamente esse direito caso não comercialize a automaticamente esse direito caso não comercialize a criação dentro do prazo e condições estabelecidos no criação dentro do prazo e condições estabelecidos no contrato, podendo a ICT proceder a novo licenciamento.contrato, podendo a ICT proceder a novo licenciamento.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

A chamada pública é um procedimento que não está regulado A chamada pública é um procedimento que não está regulado pela Lei 8.666, não vem a ser um outro tipo de licitação. pela Lei 8.666, não vem a ser um outro tipo de licitação.

Certos órgãos – como, por exemplo, o Município do Rio de Janeiro Certos órgãos – como, por exemplo, o Município do Rio de Janeiro – fazem chamadas públicas em casos em que é necessário – fazem chamadas públicas em casos em que é necessário atender o princípio da publicidade, impessoalidade e moralidade, atender o princípio da publicidade, impessoalidade e moralidade, e não há a necessidade de licitação. Darei um exemplo folclórico. e não há a necessidade de licitação. Darei um exemplo folclórico. Quando houve a Rio Eco 92, o Município registrou um signo “Rio Quando houve a Rio Eco 92, o Município registrou um signo “Rio 92” dele e, então, as entidades que o quisessem podiam usar este 92” dele e, então, as entidades que o quisessem podiam usar este símbolo. Era um benefício infinito, conseqüentemente, não estava símbolo. Era um benefício infinito, conseqüentemente, não estava sujeito à regra da licitação. Não obstante, para atender as regras sujeito à regra da licitação. Não obstante, para atender as regras de publicidade, impessoalidade, moralidade, o Município fez uma de publicidade, impessoalidade, moralidade, o Município fez uma chamada pública comunicando que a entidade que quisesse chamada pública comunicando que a entidade que quisesse utilizá-lo em seus produtos ou serviços deveria procurar o utilizá-lo em seus produtos ou serviços deveria procurar o Município do Rio de Janeiro para o licenciamento. Município do Rio de Janeiro para o licenciamento.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

Quando eu quero licenciar o Estádio de Quando eu quero licenciar o Estádio de Remo da Lagoa, ainda que por hipótese Remo da Lagoa, ainda que por hipótese não estivesse sujeito à licitação, eu tenho não estivesse sujeito à licitação, eu tenho que chamar publicamente, o que implica que chamar publicamente, o que implica na publicação de um edital. na publicação de um edital.

Assim é que o art. que diz que a Assim é que o art. que diz que a contratação com cláusula de exclusividade contratação com cláusula de exclusividade deve ser precedida de publicação de edital deve ser precedida de publicação de edital na forma do regulamento, trata da na forma do regulamento, trata da aplicação do princípio da publicidade do aplicação do princípio da publicidade do caput do art. 37 da Constituição.caput do art. 37 da Constituição.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

Isso quer dizer que se não é único, se a oferta é infinita, por Isso quer dizer que se não é único, se a oferta é infinita, por definição, já se estaria isento do princípio licitatório pela definição, já se estaria isento do princípio licitatório pela aplicação do caput do art. 25 da lei 8.666. No entanto, aplicação do caput do art. 25 da lei 8.666. No entanto, infelizmente, estamos aí, uma vez mais, sujeitos aos infelizmente, estamos aí, uma vez mais, sujeitos aos princípios da publicidade, impessoalidade e moralidade, princípios da publicidade, impessoalidade e moralidade, princípios estes que não estão no âmbito estrito da princípios estes que não estão no âmbito estrito da licitação. licitação.

Eu sinto em dizer que não obstante em se fazer essa Eu sinto em dizer que não obstante em se fazer essa distinção entre o licenciamento exclusivo e o não exclusivo, distinção entre o licenciamento exclusivo e o não exclusivo, entendo que há um risco eminente de ofensa aos princípios entendo que há um risco eminente de ofensa aos princípios da publicidade, impessoalidade e moralidade. Mesmo no da publicidade, impessoalidade e moralidade. Mesmo no caso de licença exclusiva, deixa-se de avisar o público que caso de licença exclusiva, deixa-se de avisar o público que há oferta de licença ou de tecnologia. É um risco que as há oferta de licença ou de tecnologia. É um risco que as entidades correm ou não. Mas há o risco, pois está se entidades correm ou não. Mas há o risco, pois está se ofendendo aos princípios constitucionais do caput do art. 37 ofendendo aos princípios constitucionais do caput do art. 37

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

Aquisição de intangíveisAquisição de intangíveis            

    Art. 7Art. 7oo A ICT poderá obter o direito A ICT poderá obter o direito de uso ou de exploração de criação de uso ou de exploração de criação protegida.protegida.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

Prestação de serviços a terceirosPrestação de serviços a terceiros

Art. 8Art. 8oo É facultado à ICT prestar a É facultado à ICT prestar a instituições públicas ou privadas serviços instituições públicas ou privadas serviços compatíveis com os objetivos desta Lei, compatíveis com os objetivos desta Lei, nas atividades voltadas à inovação e à nas atividades voltadas à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo.ambiente produtivo.

                § 1§ 1oo A prestação de serviços prevista A prestação de serviços prevista no caput deste artigo dependerá de no caput deste artigo dependerá de aprovação pelo órgão ou autoridade aprovação pelo órgão ou autoridade máxima da ICT.máxima da ICT.

              

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

Prestação de serviços a terceirosPrestação de serviços a terceiros Outra vez, as ICTs federais ficam, assim, Outra vez, as ICTs federais ficam, assim,

autorizadas, como a Constituição brasileira exige, autorizadas, como a Constituição brasileira exige, a fazer algo que já estivesse no seu próprio a fazer algo que já estivesse no seu próprio objeto social. Aqui a única discussão que se pode objeto social. Aqui a única discussão que se pode ter é quanto à aplicação do caput do art. 173 da ter é quanto à aplicação do caput do art. 173 da Constituição, que diz que a Administração Pública Constituição, que diz que a Administração Pública não vai, a não ser em dois casos específicos, não vai, a não ser em dois casos específicos, entrar em competição com a iniciativa privada. entrar em competição com a iniciativa privada. Esses dois casos seriam, segundo o art. 173, Esses dois casos seriam, segundo o art. 173, quando necessários e imperativos à segurança quando necessários e imperativos à segurança nacional ou de relevante interesse coletivo. Este nacional ou de relevante interesse coletivo. Este último poderá ser, obviamente, o da própria último poderá ser, obviamente, o da própria difusão tecnológica.difusão tecnológica.              

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

ParceriaParceria          

      Art. 9Art. 9oo É facultado à ICT É facultado à ICT celebrar acordos de parceria celebrar acordos de parceria para realização de atividades para realização de atividades conjuntas de pesquisa científica conjuntas de pesquisa científica e tecnológica e desenvolvimento e tecnológica e desenvolvimento de tecnologia, produto ou de tecnologia, produto ou processo, com instituições processo, com instituições públicas e privadas.públicas e privadas.

            

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

ParceriaParceria     PI     PI

                § 2§ 2oo As partes deverão prever, em contrato, As partes deverão prever, em contrato, a titularidade da propriedade intelectual e a a titularidade da propriedade intelectual e a participação nos resultados da exploração das participação nos resultados da exploração das criações resultantes da parceria, assegurando aos criações resultantes da parceria, assegurando aos signatários o direito ao licenciamento, observado signatários o direito ao licenciamento, observado o disposto nos §§ 4o disposto nos §§ 4oo e 5 e 5oo do art. 6 do art. 6oo desta Lei. desta Lei.

                § 3§ 3oo A propriedade intelectual e a A propriedade intelectual e a participação nos resultados referidas no § 2participação nos resultados referidas no § 2oo deste artigo serão asseguradas, desde que deste artigo serão asseguradas, desde que previsto no contrato, na proporção equivalente ao previsto no contrato, na proporção equivalente ao montante do valor agregado do conhecimento já montante do valor agregado do conhecimento já existente no início da parceria e dos recursos existente no início da parceria e dos recursos humanos, financeiros e materiais alocados pelas humanos, financeiros e materiais alocados pelas partes contratantes.partes contratantes.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

ParceriaParceria     PI     PI

Quanto ao desenvolvimento em conjunto com Quanto ao desenvolvimento em conjunto com uma determinada empresa, se haveria ou não uma determinada empresa, se haveria ou não uma isenção do procedimento licitatório, é uma isenção do procedimento licitatório, é importante deixar bem claro que a regra de importante deixar bem claro que a regra de impessoalidade tem exceções. Segundo as impessoalidade tem exceções. Segundo as exceções, é daquele princípio que se tem, exceções, é daquele princípio que se tem, embora não tenha vindo desse ato, que é o da embora não tenha vindo desse ato, que é o da notória especializaçãonotória especialização. Notória especialização . Notória especialização significa que o desenvolvimento de uma significa que o desenvolvimento de uma tecnologia, de um produto ou serviço, é tecnologia, de um produto ou serviço, é claramente uma prestação singular em que se claramente uma prestação singular em que se tenha alguém que possua as características tenha alguém que possua as características subjetivas tão peculiares que aconselhem que subjetivas tão peculiares que aconselhem que seja aquele, e não outro, a desenvolver. seja aquele, e não outro, a desenvolver.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

ParceriaParceria     PI     PI

O princípio aqui é, além de aplicar as regras do O princípio aqui é, além de aplicar as regras do art. 25 da Lei 8.666, rigorosamente, se possível, art. 25 da Lei 8.666, rigorosamente, se possível, ou seja, que atenda tudo aquilo que, segundo a ou seja, que atenda tudo aquilo que, segundo a elaboração do Tribunal de Contas, a doutrina da elaboração do Tribunal de Contas, a doutrina da jurisprudência, seja considerado notória jurisprudência, seja considerado notória especialização, tome-se cuidado para que esse especialização, tome-se cuidado para que esse tipo de trabalho conjunto não importe em tipo de trabalho conjunto não importe em privilégios ou formas de contornar os princípios privilégios ou formas de contornar os princípios licitatórios e os princípios do art. 37 da licitatórios e os princípios do art. 37 da Constituição.Constituição.

Page 66: Lei de Inovação O que interessa às empresas Denis Borges Barbosa

PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

ParceriaParceria     PI     PI Segundo o art. 116 da Lei 8.666 prevê, a par dos Segundo o art. 116 da Lei 8.666 prevê, a par dos

contratos, a figura dos convênios. Qual a contratos, a figura dos convênios. Qual a diferença entre contratos e convênios? O contrato diferença entre contratos e convênios? O contrato é um instrumento em que você toma de alguém é um instrumento em que você toma de alguém algo que lhe interesse e paga ou dá em algo que lhe interesse e paga ou dá em contrapartida algo que interesse a outra parte. contrapartida algo que interesse a outra parte.

Então, existe um Então, existe um do ut desdo ut des – no dizer latino – no dizer latino significa “eu dou para que você dê ou faça” – ou significa “eu dou para que você dê ou faça” – ou seja, existe uma situação em que as duas partes seja, existe uma situação em que as duas partes estão em relações em que cada uma tem o estão em relações em que cada uma tem o interesse na prestação da outra e se satisfazer interesse na prestação da outra e se satisfazer disso. Já o convênio é uma figura associativa de disso. Já o convênio é uma figura associativa de outro caráter.outro caráter.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

ParceriaParceria     PI     PI Quando as partes, sendo uma delas um ente ou vários da Quando as partes, sendo uma delas um ente ou vários da

Administração Pública, têm objetivos comuns e se voltam Administração Pública, têm objetivos comuns e se voltam para esses objetivos de uma forma consertada. Na para esses objetivos de uma forma consertada. Na Procuradoria Geral do município do Rio de Janeiro, tínhamos Procuradoria Geral do município do Rio de Janeiro, tínhamos algumas regras para distinguir contrato de convênio. Uma algumas regras para distinguir contrato de convênio. Uma das boas regras é saber se a outra parte está colocando das boas regras é saber se a outra parte está colocando recursos financeiros próprios. No entanto, se um lado põe recursos financeiros próprios. No entanto, se um lado põe dinheiro, laboratórios de pesquisa, funcionários, e outro dinheiro, laboratórios de pesquisa, funcionários, e outro lado põe apenas a boa vontade, isso não é bem um lado põe apenas a boa vontade, isso não é bem um convênio, na verdade é uma doação. Um convênio, mesmo convênio, na verdade é uma doação. Um convênio, mesmo que a outra parte não aporte recursos financeiros, deve, que a outra parte não aporte recursos financeiros, deve, pelo menos, atender os princípios da moralidade. pelo menos, atender os princípios da moralidade.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

ParceriaParceria     PI     PI Portanto, um bom índice é saber o que a outra parte está Portanto, um bom índice é saber o que a outra parte está

colocando de contrapartida. colocando de contrapartida. Um critério seguro de moralidade é que a parte B dê a mesma Um critério seguro de moralidade é que a parte B dê a mesma

coisa do que a parte A ou que a parte B tenha os resultados na coisa do que a parte A ou que a parte B tenha os resultados na proporção ao que deu. E isso está bem de acordo com aquilo que proporção ao que deu. E isso está bem de acordo com aquilo que a lei diz, se a União põe dinheiro minoritariamente numa empresa, a lei diz, se a União põe dinheiro minoritariamente numa empresa, ela terá o resultado de propriedade intelectual proporcional ao ela terá o resultado de propriedade intelectual proporcional ao que pôs. Idem para a empresa. Portanto, é assim que ocorre na que pôs. Idem para a empresa. Portanto, é assim que ocorre na atmosfera de convênios. Há uma convergência de propósitos, um atmosfera de convênios. Há uma convergência de propósitos, um concerto de ações e um investimento de tempo, serviço, concerto de ações e um investimento de tempo, serviço, tecnologia, etc., que sejam proporcionais ao resultado para cada tecnologia, etc., que sejam proporcionais ao resultado para cada parte. E o convênio é uma das formas em que a Lei de Licitações parte. E o convênio é uma das formas em que a Lei de Licitações aplica, mas o procedimento licitatório não. Um convênio pode ser aplica, mas o procedimento licitatório não. Um convênio pode ser feito não só com entes públicos, mas também com entes privados. feito não só com entes públicos, mas também com entes privados.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

ParceriaParceria     PI     PI E qual é a relação de convênios com notória E qual é a relação de convênios com notória

especialização? Como já disse, a notória especialização é especialização? Como já disse, a notória especialização é um dos critérios para deixar de aplicar os princípios um dos critérios para deixar de aplicar os princípios constitucionais de publicidade, de impessoalidade, não só constitucionais de publicidade, de impessoalidade, não só no caso de licitação, mas também naqueles em que a no caso de licitação, mas também naqueles em que a licitação é inexigível. Se a pessoa é aquela melhor, a única licitação é inexigível. Se a pessoa é aquela melhor, a única ou, pelo menos, a mais adequada, segundo critérios ou, pelo menos, a mais adequada, segundo critérios ungidos pelo Tribunal de Contas, pela jurisprudência e pela ungidos pelo Tribunal de Contas, pela jurisprudência e pela doutrina, o ente público pode escolher aquela pessoa como doutrina, o ente público pode escolher aquela pessoa como a outra parte no convênio, fazer com que essa parte ponha a outra parte no convênio, fazer com que essa parte ponha o seu dinheiro e, assim, se eximir da licitação através da o seu dinheiro e, assim, se eximir da licitação através da figura do convênio figura do convênio

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

ParceriaParceria     PI     PI Continuando esse raciocínio, supondo que junto com a Continuando esse raciocínio, supondo que junto com a

parte conveniada (conforme art. 116) ou com a parte parte conveniada (conforme art. 116) ou com a parte contratada por inexigibilidade, por notória especialização contratada por inexigibilidade, por notória especialização (conforme art. 25) – em que provavelmente, no caso do (conforme art. 25) – em que provavelmente, no caso do convênio, a conveniada ficará com parte da tecnologia e, convênio, a conveniada ficará com parte da tecnologia e, no caso do contrato, a contratada receberá um dinheiro no caso do contrato, a contratada receberá um dinheiro para repassar a tecnologia, pois é assim que funciona – a para repassar a tecnologia, pois é assim que funciona – a empresa que desenvolveu a tecnologia é aquela que sabe empresa que desenvolveu a tecnologia é aquela que sabe usar a tecnologia. Em se tratando de uma patente, de um usar a tecnologia. Em se tratando de uma patente, de um cultivar, a questão fica mais complicada ainda. E a regra cultivar, a questão fica mais complicada ainda. E a regra geral é que se tendo a patente, se somente uma pessoa geral é que se tendo a patente, se somente uma pessoa tem aquela tecnologia, há aplicação do caput do art. 25, tem aquela tecnologia, há aplicação do caput do art. 25,

não há licitação e a contratação é direta.não há licitação e a contratação é direta.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

ParceriaParceria     PI     PI Continuando esse raciocínio, supondo que junto com a Continuando esse raciocínio, supondo que junto com a

parte conveniada (conforme art. 116) ou com a parte parte conveniada (conforme art. 116) ou com a parte contratada por inexigibilidade, por notória especialização contratada por inexigibilidade, por notória especialização (conforme art. 25) – em que provavelmente, no caso do (conforme art. 25) – em que provavelmente, no caso do convênio, a conveniada ficará com parte da tecnologia e, convênio, a conveniada ficará com parte da tecnologia e, no caso do contrato, a contratada receberá um dinheiro no caso do contrato, a contratada receberá um dinheiro para repassar a tecnologia, pois é assim que funciona – a para repassar a tecnologia, pois é assim que funciona – a empresa que desenvolveu a tecnologia é aquela que sabe empresa que desenvolveu a tecnologia é aquela que sabe usar a tecnologia. Em se tratando de uma patente, de um usar a tecnologia. Em se tratando de uma patente, de um cultivar, a questão fica mais complicada ainda. E a regra cultivar, a questão fica mais complicada ainda. E a regra geral é que se tendo a patente, se somente uma pessoa geral é que se tendo a patente, se somente uma pessoa tem aquela tecnologia, há aplicação do caput do art. 25, tem aquela tecnologia, há aplicação do caput do art. 25,

não há licitação e a contratação é direta.não há licitação e a contratação é direta.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

ParceriaParceria     PI     PI Mas, aí vem um problema antigo da Administração Mas, aí vem um problema antigo da Administração

Pública. Quando são geradas condições em que a Pública. Quando são geradas condições em que a licitação é impossível, essa situação não isenta dos licitação é impossível, essa situação não isenta dos princípios da licitação. O exemplo mais óbvio é a princípios da licitação. O exemplo mais óbvio é a emergência induzida. O governo tem que contratar emergência induzida. O governo tem que contratar remédio para um hospital, procedimento que remédio para um hospital, procedimento que deveria ser efetuado em março. A contratação deveria ser efetuado em março. A contratação ocorre em outubro. Isso é a emergência induzida. ocorre em outubro. Isso é a emergência induzida. Realmente, contrata-se emergencialmente, mas Realmente, contrata-se emergencialmente, mas essa contratação não vai escapar de um essa contratação não vai escapar de um procedimento administrativo disciplinar do porquê procedimento administrativo disciplinar do porquê se deixou aquela contratação chegar ao caráter se deixou aquela contratação chegar ao caráter emergencial. emergencial.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

ParceriaParceria     PI     PI

Resolvido esse problema, somente essa Resolvido esse problema, somente essa pessoa detém a tecnologia de interesse, pessoa detém a tecnologia de interesse, de quem o governo vai contratar? Dessa de quem o governo vai contratar? Dessa pessoa ou de alguém que tenha uma pessoa ou de alguém que tenha uma tecnologia alternativa. Se for só aquela, se tecnologia alternativa. Se for só aquela, se a conveniência e oportunidade da a conveniência e oportunidade da Administração Pública aponta para aquela Administração Pública aponta para aquela tecnologia e não para outra, é aquela tecnologia e não para outra, é aquela pessoa mesmo, a contratação é dela. pessoa mesmo, a contratação é dela.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

ParceriaParceria     PI     PI Vamos agora ter o apoio do sistema americano, da lei de Vamos agora ter o apoio do sistema americano, da lei de

contratação americana. Ocontratação americana. O que acontece num caso desses que acontece num caso desses nos Estados Unidos? Para evitar com que se tenha nos Estados Unidos? Para evitar com que se tenha exatamente a situação de monopólio, de fato, induzido, a lei exatamente a situação de monopólio, de fato, induzido, a lei e os procedimentos americanos fazem com que se preveja o e os procedimentos americanos fazem com que se preveja o licenciamento de um terceiro, que pode ou não ser feito, mas licenciamento de um terceiro, que pode ou não ser feito, mas funciona como agente regulador de preço. Em se tratando de funciona como agente regulador de preço. Em se tratando de um contrato de parceria e desenvolvimento, é algo um contrato de parceria e desenvolvimento, é algo extremamente importante você fazer com a outra parte, mas extremamente importante você fazer com a outra parte, mas prever que pode haver uma licença em tais e tais condições. prever que pode haver uma licença em tais e tais condições. Ainda que você continue contratando e prestigiando essa Ainda que você continue contratando e prestigiando essa pessoa, você tem um mecanismo de regulação de preços pessoa, você tem um mecanismo de regulação de preços para evitar o preço monopolista que garante os melhores para evitar o preço monopolista que garante os melhores

interesses da Administração.interesses da Administração.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

Despesas ADMINSTRATIVASDespesas ADMINSTRATIVAS              

    Art. 10. Os acordos e contratos firmados entre as ICT, as Art. 10. Os acordos e contratos firmados entre as ICT, as instituições de apoio, agências de fomento e as entidades instituições de apoio, agências de fomento e as entidades nacionais de direito privado sem fins lucrativos voltadas nacionais de direito privado sem fins lucrativos voltadas para atividades de pesquisa, cujo objeto seja compatível para atividades de pesquisa, cujo objeto seja compatível com a finalidade desta Lei, poderão prever recursos com a finalidade desta Lei, poderão prever recursos de até de até cinco por cento do valor total dos recursos financeiros cinco por cento do valor total dos recursos financeiros destinados à execução do projetodestinados à execução do projeto para cobertura de para cobertura de despesas operacionais e administrativas incorridas na despesas operacionais e administrativas incorridas na execução destes acordos e contratos, observados os execução destes acordos e contratos, observados os critérios do regulamento.critérios do regulamento.

                Art. 11.    Parágrafo único.  Poderão ser lançados à Art. 11.    Parágrafo único.  Poderão ser lançados à conta de despesa administrativa gastos indivisíveis, usuais conta de despesa administrativa gastos indivisíveis, usuais e necessários à consecução do objetivo do acordo, e necessários à consecução do objetivo do acordo, convênio ou contrato, obedecendo sempre o limite definido convênio ou contrato, obedecendo sempre o limite definido no caput.no caput.

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Dos servidores em ICTsDos servidores em ICTs

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O que há de tão O que há de tão especial?especial?

Situação ProblemáticaSituação Problemática: É possível compatibilizar as normas : É possível compatibilizar as normas reguladoras do trabalho e as disposições constitucionais que reguladoras do trabalho e as disposições constitucionais que tutelam as criações tecnológicas e expressivas como um tutelam as criações tecnológicas e expressivas como um interesse da sociedade brasileira para obter um justo equilíbrio de interesse da sociedade brasileira para obter um justo equilíbrio de interesses entre sociedade e empregados detentores do fator de interesses entre sociedade e empregados detentores do fator de produção inovação. produção inovação.

Hipótese: Hipótese: Não é através do sistema da CLT que será possível Não é através do sistema da CLT que será possível fazer tal compatibilização.fazer tal compatibilização. A CLT tutela a mão-de-obra fungível e A CLT tutela a mão-de-obra fungível e indiferenciada em situação de excesso de oferta. indiferenciada em situação de excesso de oferta.

O empregado criador é detentor de parcela do fator de produção O empregado criador é detentor de parcela do fator de produção inovaçãoinovação , sendo infungível, diferenciada e normalmente em , sendo infungível, diferenciada e normalmente em excesso de demanda. O sistema da CLT não é adaptável a essa excesso de demanda. O sistema da CLT não é adaptável a essa espécie de empregado (cabeça-de-obra)espécie de empregado (cabeça-de-obra)

É preciso criar um subsistema para essa categoria para a eficácia É preciso criar um subsistema para essa categoria para a eficácia do art. 218 § 4o da CF do art. 218 § 4o da CF

ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO Mackenzie 2005 Elaine Ribeiro do Prado – matrícula Mackenzie 2005 Elaine Ribeiro do Prado – matrícula 7056095-17056095-1

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O que há de tão O que há de tão especial?especial?

. O embasamento jurídico é . O embasamento jurídico é constitucional, quais sejam: art. constitucional, quais sejam: art. 5o., incisos XXVII, XXVIII e XXIX, 5o., incisos XXVII, XXVIII e XXIX, art. 6o., art. 7o., incisos XI, XIII, art. 6o., art. 7o., incisos XI, XIII, XXVII, XXXII, art. 216, inc. III e XXVII, XXXII, art. 216, inc. III e arts. 218 e 219. arts. 218 e 219.

Lei de Inovação e Lei do Bem, Lei Lei de Inovação e Lei do Bem, Lei 9279/96 arts. 88 a 93, Leis 9279/96 arts. 88 a 93, Leis 9609/98, 9610/98 e 6.533/789609/98, 9610/98 e 6.533/78

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O que há de tão O que há de tão especial?especial?

BARBOSA, Denis Borges, Uma Introdução à Propriedade BARBOSA, Denis Borges, Uma Introdução à Propriedade Intelectual, Lúmen Júris, 2a. Ed. 2003Intelectual, Lúmen Júris, 2a. Ed. 2003

CHAVES, Antônio, Criador da Obra Intelectual, Ed. LTR, 1995CHAVES, Antônio, Criador da Obra Intelectual, Ed. LTR, 1995 DANNEMANN, Comentários à lei da Propriedade Industrial e DANNEMANN, Comentários à lei da Propriedade Industrial e

Correlatos, Renovar, 2001Correlatos, Renovar, 2001 FIGUEIRA BARBOSA, Antônio Luis, Sobre a Propriedade do FIGUEIRA BARBOSA, Antônio Luis, Sobre a Propriedade do

Trabalho Intelectual, UFRJ, 1999Trabalho Intelectual, UFRJ, 1999 GAMA CERQUEIRA, João da Tratado da Propriedade GAMA CERQUEIRA, João da Tratado da Propriedade

Industrial, Rev. Forense 1952Industrial, Rev. Forense 1952 MARTIN, Jean-Paul, Droit des Inventions de Salariès, Litec MARTIN, Jean-Paul, Droit des Inventions de Salariès, Litec

2ª. Ed. 20022ª. Ed. 2002 MELLO JOÃO, Regiane Terezinha de, Cláusula de Não MELLO JOÃO, Regiane Terezinha de, Cláusula de Não

Concorrência no Contrato de Trabalho, Ed. Saraiva, 2003Concorrência no Contrato de Trabalho, Ed. Saraiva, 2003 PIMENTA, Eduardo, Princípios de Direitos Autorais, os PIMENTA, Eduardo, Princípios de Direitos Autorais, os

Direitos Autorais do Trabalhador, Livro 2, Lúmen Júris, 2005Direitos Autorais do Trabalhador, Livro 2, Lúmen Júris, 2005 PIMENTEL, Luis Otavio, Propriedade Intelectual em PIMENTEL, Luis Otavio, Propriedade Intelectual em

Universidade, Fundação Boiteux, 2005Universidade, Fundação Boiteux, 2005 PLAISANT, Robert, Le Droit dês Auteurs et dês Artistes PLAISANT, Robert, Le Droit dês Auteurs et dês Artistes

Exécutant. Ed. Delmas, 1970Exécutant. Ed. Delmas, 1970

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

Prestação de serviços a terceiros – Pessoal Prestação de serviços a terceiros – Pessoal envolvidoenvolvido

§ 2§ 2oo O servidor, o militar ou o empregado público envolvido na O servidor, o militar ou o empregado público envolvido na prestação de serviço prevista no caput deste artigo poderá prestação de serviço prevista no caput deste artigo poderá receber retribuição pecuniária, diretamente da ICT ou de receber retribuição pecuniária, diretamente da ICT ou de instituição de apoio com que esta tenha firmado acordo, sempre instituição de apoio com que esta tenha firmado acordo, sempre sob a forma de adicional variável e desde que custeado sob a forma de adicional variável e desde que custeado exclusivamente com recursos arrecadados no âmbito da atividade exclusivamente com recursos arrecadados no âmbito da atividade contratada.contratada.

                          § 3§ 3oo O valor do adicional variável de que trata o § 2 O valor do adicional variável de que trata o § 2oo deste artigo fica sujeito à incidência dos tributos e contribuições deste artigo fica sujeito à incidência dos tributos e contribuições aplicáveis à espécie, vedada a incorporação aos vencimentos, à aplicáveis à espécie, vedada a incorporação aos vencimentos, à remuneração ou aos proventos, bem como a referência como base remuneração ou aos proventos, bem como a referência como base de cálculo para qualquer benefício, adicional ou vantagem coletiva de cálculo para qualquer benefício, adicional ou vantagem coletiva ou pessoal.ou pessoal.

                § 4§ 4oo O adicional variável de que trata este artigo configura- O adicional variável de que trata este artigo configura-se, para os fins do se, para os fins do art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, , ganho eventual.ganho eventual...

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

ParceriaParceria     - Pessoal      - Pessoal

                      § 1§ 1oo O servidor, o militar ou o empregado público da ICT O servidor, o militar ou o empregado público da ICT envolvido na execução das atividades previstas no caput deste envolvido na execução das atividades previstas no caput deste artigo poderá receber bolsa de estímulo à inovação diretamente artigo poderá receber bolsa de estímulo à inovação diretamente de instituição de apoio ou agência de fomento.de instituição de apoio ou agência de fomento.

Art. 10 § 4Art. 10 § 4oo  A bolsa de estímulo à inovação de que trata o § 1  A bolsa de estímulo à inovação de que trata o § 1oo, , concedida diretamente por instituição de apoio ou por agência de concedida diretamente por instituição de apoio ou por agência de fomento, constitui-se em doação civil a servidores da ICT para fomento, constitui-se em doação civil a servidores da ICT para realização de projetos de pesquisa científica e tecnológica e realização de projetos de pesquisa científica e tecnológica e desenvolvimento de tecnologia, produto ou processo, cujos desenvolvimento de tecnologia, produto ou processo, cujos resultados não revertam economicamente para o doador nem resultados não revertam economicamente para o doador nem importem em contraprestação de serviços. importem em contraprestação de serviços.

                § 5§ 5oo  Somente poderão ser caracterizadas como bolsas   Somente poderão ser caracterizadas como bolsas aquelas que estiverem expressamente previstas, identificados aquelas que estiverem expressamente previstas, identificados valores, periodicidade, duração e beneficiários, no teor dos valores, periodicidade, duração e beneficiários, no teor dos projetos a que se refere este artigo.projetos a que se refere este artigo.

                § 6§ 6oo  As bolsas concedidas nos termos deste artigo são   As bolsas concedidas nos termos deste artigo são isentas do imposto de renda, conforme o disposto no isentas do imposto de renda, conforme o disposto no art. 26 da Lei no 9.250, de 26 de dezembro de 1995art. 26 da Lei no 9.250, de 26 de dezembro de 1995, e não integram a , e não integram a base de cálculo de incidência da contribuição previdenciária prevista no base de cálculo de incidência da contribuição previdenciária prevista no art. 28, incisos I a III, da Lei no 8.212, de 1991.art. 28, incisos I a III, da Lei no 8.212, de 1991.

              

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

CESSÂO DE INTANGÍVEISCESSÂO DE INTANGÍVEIS                 Art. 11. A ICT poderá ceder seus direitos sobre a Art. 11. A ICT poderá ceder seus direitos sobre a

criação, mediante manifestação expressa e motivada, a criação, mediante manifestação expressa e motivada, a título não-oneroso, nos casos e condições definidos em título não-oneroso, nos casos e condições definidos em regulamento, regulamento, para que o respectivo criadorpara que o respectivo criador os os exerça em exerça em seu próprio nome e sob sua inteira responsabilidade, nos seu próprio nome e sob sua inteira responsabilidade, nos termos da legislação pertinente.termos da legislação pertinente.

                Parágrafo único. A manifestação prevista no caput Parágrafo único. A manifestação prevista no caput deste artigo deverá ser proferida pelo órgão ou autoridade deste artigo deverá ser proferida pelo órgão ou autoridade máxima da instituição, ouvido o núcleo de inovação máxima da instituição, ouvido o núcleo de inovação tecnológica, no prazo fixado em regulamento.tecnológica, no prazo fixado em regulamento.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiênciaeficiência

Art. 218 Art. 218 O Estado apoiará a formação de recursos humanos nas O Estado apoiará a formação de recursos humanos nas áreas de ciência, pesquisa e tecnologia, áreas de ciência, pesquisa e tecnologia, e concederá aos que e concederá aos que delas se ocupem meios e condições especiais de trabalho.delas se ocupem meios e condições especiais de trabalho.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

CESSÂO DE INTANGÍVEISCESSÂO DE INTANGÍVEIS                    § 2§ 2oo  Aquele que tenha desenvolvido a criação e   Aquele que tenha desenvolvido a criação e

se interesse na cessão dos direitos desta deverá se interesse na cessão dos direitos desta deverá encaminhar solicitação ao dirigente máximo do encaminhar solicitação ao dirigente máximo do órgão ou entidade, que deverá mandar instaurar órgão ou entidade, que deverá mandar instaurar procedimento e submetê-lo à apreciação do Núcleo procedimento e submetê-lo à apreciação do Núcleo de Inovação Tecnológica e, quando for o caso, à de Inovação Tecnológica e, quando for o caso, à deliberação do colegiado máximo da ICT.deliberação do colegiado máximo da ICT.

                § 3§ 3oo  A ICT deverá se manifestar expressamente   A ICT deverá se manifestar expressamente sobre a cessão dos direitos de que trata o caput no sobre a cessão dos direitos de que trata o caput no prazo de até dois meses, a contar da data do prazo de até dois meses, a contar da data do recebimento do parecer do Núcleo de Inovação recebimento do parecer do Núcleo de Inovação Tecnológica, devendo este ser proferido no prazo de Tecnológica, devendo este ser proferido no prazo de até quatro meses, contado da data do recebimento até quatro meses, contado da data do recebimento da solicitação de cessão feita pelo criador.da solicitação de cessão feita pelo criador.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

CESSÂO DE INTANGÍVEISCESSÂO DE INTANGÍVEIS              Perdoem-me aqui os pesquisadores, mas eu Perdoem-me aqui os pesquisadores, mas eu

não excluo nem dessa censura a regra incluída não excluo nem dessa censura a regra incluída na Lei de Inovação segundo a qual a na Lei de Inovação segundo a qual a Administração Pública pode ceder ao criador a Administração Pública pode ceder ao criador a sua criação sem uma clara motivação, sem uma sua criação sem uma clara motivação, sem uma determinação muito veemente de que o interesse determinação muito veemente de que o interesse público desta benesse, público desta benesse,

Acho criminoso e inconstitucional esse tipo de Acho criminoso e inconstitucional esse tipo de doação, ainda que ao próprio criador, porque o doação, ainda que ao próprio criador, porque o próprio criador foi pago pela Administração para próprio criador foi pago pela Administração para fazer o serviço e é funcionário, servido público fazer o serviço e é funcionário, servido público como qualquer outro, e eu não vejo nenhuma como qualquer outro, e eu não vejo nenhuma razão constitucionalmente válida para que se razão constitucionalmente válida para que se ceda sem motivação, sem discernimento de ceda sem motivação, sem discernimento de razoabilidade, de apontamento de que há razoabilidade, de apontamento de que há interesse público. interesse público.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

Participação dos pesquisadores nos resultadosParticipação dos pesquisadores nos resultados

                Art. 13. É assegurada ao criador participação mínima de 5% Art. 13. É assegurada ao criador participação mínima de 5% (cinco por cento) e máxima de 1/3 (um terço) nos ganhos (cinco por cento) e máxima de 1/3 (um terço) nos ganhos econômicos, auferidos pela ICT, resultantes de contratos de econômicos, auferidos pela ICT, resultantes de contratos de transferência de tecnologia e de licenciamento para outorga de transferência de tecnologia e de licenciamento para outorga de direito de uso ou de exploração de criação protegida da qual direito de uso ou de exploração de criação protegida da qual tenha sido o inventor, obtentor ou autor, aplicando-se, no que tenha sido o inventor, obtentor ou autor, aplicando-se, no que couber, o disposto no couber, o disposto no parágrafo único do art. 93 da Lei no 9.279, de 1996.parágrafo único do art. 93 da Lei no 9.279, de 1996.

Parágrafo único. Na hipótese do art. 88, será assegurada ao Parágrafo único. Na hipótese do art. 88, será assegurada ao inventor, na forma e condições previstas no estatuto ou inventor, na forma e condições previstas no estatuto ou regimento interno da entidade a que se refere este artigo, regimento interno da entidade a que se refere este artigo, premiação de parcela no valor das vantagens auferidas com o premiação de parcela no valor das vantagens auferidas com o pedido ou com a patente, a título de incentivo.pedido ou com a patente, a título de incentivo.

                § 1§ 1oo A participação de que trata o caput deste artigo poderá A participação de que trata o caput deste artigo poderá ser partilhada pela ICT entre os membros da equipe de pesquisa e ser partilhada pela ICT entre os membros da equipe de pesquisa e desenvolvimento tecnológico que tenham contribuído para a desenvolvimento tecnológico que tenham contribuído para a criaçãocriação..

            

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

Participação dos pesquisadores nos resultadosParticipação dos pesquisadores nos resultados                                § 2§ 2oo Entende-se por ganhos econômicos toda forma Entende-se por ganhos econômicos toda forma

de royalties, remuneração ou quaisquer benefícios de royalties, remuneração ou quaisquer benefícios financeiros resultantes da exploração direta ou por financeiros resultantes da exploração direta ou por terceiros, deduzidas as despesas, encargos e obrigações terceiros, deduzidas as despesas, encargos e obrigações legais decorrentes da proteção da propriedade legais decorrentes da proteção da propriedade intelectual.intelectual.

                § 3§ 3oo A participação prevista no caput deste artigo A participação prevista no caput deste artigo obedecerá ao disposto nos §§ 3obedecerá ao disposto nos §§ 3oo e 4 e 4oo do art. 8 do art. 8oo..

                      § 3§ 3oo O valor do adicional variável de que trata o § 2 O valor do adicional variável de que trata o § 2oo deste artigo fica sujeito à deste artigo fica sujeito à incidência dos tributos e contribuições aplicáveis à espécie, vedada a incorporação aos incidência dos tributos e contribuições aplicáveis à espécie, vedada a incorporação aos vencimentos, à remuneração ou aos proventos, bem como a referência como base de cálculo vencimentos, à remuneração ou aos proventos, bem como a referência como base de cálculo para qualquer benefício, adicional ou vantagem coletiva ou pessoal.para qualquer benefício, adicional ou vantagem coletiva ou pessoal.

                § 4§ 4oo O adicional variável de que trata este artigo configura-se, para os fins do O adicional variável de que trata este artigo configura-se, para os fins do art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, ganho eventual., ganho eventual...

                § 4§ 4oo A participação referida no caput deste artigo A participação referida no caput deste artigo será paga pela ICT em prazo não superior a 1 (um) ano será paga pela ICT em prazo não superior a 1 (um) ano após a realização da receita que lhe servir de base.após a realização da receita que lhe servir de base.

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PARTICIPAÇÃO DAS PARTICIPAÇÃO DAS ICT ICT

. . Afastamento para iniciativa privadaAfastamento para iniciativa privada                           Art. 15. A critério da administração pública, na forma do Art. 15. A critério da administração pública, na forma do

regulamento, poderá ser concedida ao pesquisador público, regulamento, poderá ser concedida ao pesquisador público, desde que não esteja em estágio probatório, licença sem desde que não esteja em estágio probatório, licença sem remuneração para constituir empresa com a finalidade de remuneração para constituir empresa com a finalidade de desenvolver atividade empresarial relativa à inovação.desenvolver atividade empresarial relativa à inovação.

                § 1§ 1oo A licença a que se refere o caput deste artigo dar-se-á A licença a que se refere o caput deste artigo dar-se-á pelo prazo de até 3 (três) anos consecutivos, renovável por igual pelo prazo de até 3 (três) anos consecutivos, renovável por igual período.período.

                § 2§ 2oo Não se aplica ao pesquisador público que tenha Não se aplica ao pesquisador público que tenha constituído empresa na forma deste artigo, durante o período de constituído empresa na forma deste artigo, durante o período de vigência da licença, o disposto no vigência da licença, o disposto no inciso X do art. 117 da Lei no 8.112, de 1990.inciso X do art. 117 da Lei no 8.112, de 1990.

                § 3§ 3oo Caso a ausência do servidor licenciado acarrete Caso a ausência do servidor licenciado acarrete prejuízo às atividades da ICT integrante da administração direta prejuízo às atividades da ICT integrante da administração direta ou constituída na forma de autarquia ou fundação, poderá ser ou constituída na forma de autarquia ou fundação, poderá ser efetuada contratação temporária nos termos da efetuada contratação temporária nos termos da Lei no 8.745, de 9 de dezembro de 1993,Lei no 8.745, de 9 de dezembro de 1993, independentemente de independentemente de autorização específica.autorização específica.

                Art. 16§ 4Art. 16§ 4oo  A licença de que trata este artigo poderá ser   A licença de que trata este artigo poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do pesquisador interrompida, a qualquer tempo, a pedido do pesquisador públicopúblico

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Normas institucionais Normas institucionais das ICTsdas ICTs

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INOVAÇÃO NAS INOVAÇÃO NAS EMPRESAS EMPRESAS

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INOVAÇÃO NAS INOVAÇÃO NAS EMPRESASEMPRESAS

                Art. 19. (a) A União, as ICT e as agências de Art. 19. (a) A União, as ICT e as agências de fomento promoverão e incentivarão o fomento promoverão e incentivarão o desenvolvimento de produtos e processos desenvolvimento de produtos e processos inovadores em (b) empresas nacionais e © nas inovadores em (b) empresas nacionais e © nas entidades nacionais de direito privado sem fins entidades nacionais de direito privado sem fins lucrativos voltadas para atividades de pesquisa, lucrativos voltadas para atividades de pesquisa, (d) mediante a concessão de recursos financeiros, (d) mediante a concessão de recursos financeiros, (e) humanos, (f) materiais ou (g) de infra-(e) humanos, (f) materiais ou (g) de infra-estrutura, (h) a serem ajustados em convênios ou estrutura, (h) a serem ajustados em convênios ou contratos específicos, (i) destinados a apoiar contratos específicos, (i) destinados a apoiar atividades de atividades de pesquisa e desenvolvimentopesquisa e desenvolvimento, (j) , (j) para atender às prioridades da política industrial para atender às prioridades da política industrial e tecnológica nacional.e tecnológica nacional.

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INOVAÇÃO NAS INOVAÇÃO NAS EMPRESASEMPRESAS

                            § 1§ 1oo As prioridades da política As prioridades da política industrial e tecnológica nacional de que industrial e tecnológica nacional de que trata o caput deste artigo serão trata o caput deste artigo serão estabelecidas em regulamento.estabelecidas em regulamento.

            Art. 20Art. 20 § 1§ 1oo  As prioridades da política   As prioridades da política industrial e tecnológica nacional, para os industrial e tecnológica nacional, para os efeitos do caput, serão definidas em ato efeitos do caput, serão definidas em ato conjunto dos Ministros de Estado da Ciência conjunto dos Ministros de Estado da Ciência e Tecnologia e do Desenvolvimento, e Tecnologia e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio ExteriorIndústria e Comércio Exterior..

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INOVAÇÃO NAS INOVAÇÃO NAS EMPRESASEMPRESAS

  Recursos financeiros  Recursos financeiros                         § 2§ 2oo A concessão de recursos A concessão de recursos

financeiros, sob a forma de (a) financeiros, sob a forma de (a) subvenção econômica, (b) subvenção econômica, (b) financiamento ou © participação financiamento ou © participação societária, (d) visando ao societária, (d) visando ao desenvolvimento de produtos ou desenvolvimento de produtos ou processos inovadores, (e) será processos inovadores, (e) será precedida de aprovação de projeto precedida de aprovação de projeto pelo órgão ou entidade concedente. pelo órgão ou entidade concedente.

Page 93: Lei de Inovação O que interessa às empresas Denis Borges Barbosa

INOVAÇÃO NAS INOVAÇÃO NAS EMPRESASEMPRESAS

  Recursos financeiros  Recursos financeiros      - Subvencão - Subvencão                          § 3§ 3oo A concessão da subvenção econômica prevista no A concessão da subvenção econômica prevista no

§ 1§ 1oo deste artigo implica, obrigatoriamente, a assunção de deste artigo implica, obrigatoriamente, a assunção de contrapartida pela empresa beneficiária, na forma contrapartida pela empresa beneficiária, na forma estabelecida nos instrumentos de ajuste específicos.estabelecida nos instrumentos de ajuste específicos.

Art. 20§ 3Art. 20§ 3oo  Os recursos destinados à subvenção econômica   Os recursos destinados à subvenção econômica serão aplicados no custeio de atividades de pesquisa, serão aplicados no custeio de atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação em empresas desenvolvimento tecnológico e inovação em empresas nacionais.nacionais.

                § 4§ 4oo O Poder Executivo regulamentará a subvenção O Poder Executivo regulamentará a subvenção econômica de que trata este artigo, assegurada a destinação econômica de que trata este artigo, assegurada a destinação de percentual mínimo dos recursos do Fundo Nacional de de percentual mínimo dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT.Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT.

                § 5§ 5oo Os recursos de que trata o § 4 Os recursos de que trata o § 4oo deste artigo serão deste artigo serão objeto de programação orçamentária em categoria objeto de programação orçamentária em categoria específica do FNDCT, não sendo obrigatória sua aplicação na específica do FNDCT, não sendo obrigatória sua aplicação na destinação setorial originária, sem prejuízo da alocação de destinação setorial originária, sem prejuízo da alocação de outros recursos do FNDCT destinados à subvenção outros recursos do FNDCT destinados à subvenção econômica.econômica.

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INOVAÇÃO NAS INOVAÇÃO NAS EMPRESASEMPRESAS

  Recursos financeiros  Recursos financeiros      - Subvencão - Subvencão                                Art. 20   § 6Art. 20   § 6oo  Ato conjunto dos   Ato conjunto dos

Ministros de Estado da Ciência e Ministros de Estado da Ciência e Tecnologia, do Desenvolvimento, Tecnologia, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Indústria e Comércio Exterior e da Fazenda definirá anualmente o Fazenda definirá anualmente o percentual dos recursos do FNDCT que percentual dos recursos do FNDCT que serão destinados à subvenção serão destinados à subvenção econômica, bem como o percentual a econômica, bem como o percentual a ser destinado exclusivamente à ser destinado exclusivamente à subvenção para as microempresas e subvenção para as microempresas e empresas de pequeno porte.empresas de pequeno porte.

              

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INOVAÇÃO NAS INOVAÇÃO NAS EMPRESASEMPRESAS

  Recursos financeiros  Recursos financeiros      - Subvencão - Subvencão   - Papel da   - Papel da FINEPFINEP

                          Art. 20   § 7Art. 20   § 7oo  A Financiadora de Estudos e   A Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP estabelecerá convênios e Projetos - FINEP estabelecerá convênios e credenciará agências de fomento regionais, credenciará agências de fomento regionais, estaduais e locais, e instituições de crédito estaduais e locais, e instituições de crédito oficiais, visando descentralizar e aumentar a oficiais, visando descentralizar e aumentar a capilaridade dos programas de concessão de capilaridade dos programas de concessão de subvenção às microempresas e empresas de subvenção às microempresas e empresas de pequeno porte.pequeno porte.

                § 8§ 8oo  A FINEP adotará procedimentos   A FINEP adotará procedimentos simplificados, inclusive quanto aos formulários de simplificados, inclusive quanto aos formulários de apresentação de projetos, para a concessão de apresentação de projetos, para a concessão de subvenção às microempresas e empresas de subvenção às microempresas e empresas de pequeno porte.pequeno porte.

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INOVAÇÃO NAS INOVAÇÃO NAS EMPRESASEMPRESAS

  Recursos financeiros  Recursos financeiros      - -   Financiamento  Financiamento               Art. 20 § 9Art. 20 § 9oo  O financiamento para   O financiamento para

o desenvolvimento de produtos e o desenvolvimento de produtos e processos inovadores previsto no § 2processos inovadores previsto no § 2oo correrá à conta dos orçamentos das correrá à conta dos orçamentos das agências de fomento, em consonância agências de fomento, em consonância com a política nacional de promoção e com a política nacional de promoção e incentivo ao desenvolvimento incentivo ao desenvolvimento científico, à pesquisa e à capacitação científico, à pesquisa e à capacitação tecnológicas  tecnológicas                      

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INOVAÇÃO NAS INOVAÇÃO NAS EMPRESASEMPRESAS

  Recursos HUMANOSRecursos HUMANOS               Art. 20 Art. 20             § 10.  A concessão de recursos humanos,     § 10.  A concessão de recursos humanos,

mediante participação de servidor público federal mediante participação de servidor público federal ocupante de cargo ou emprego das áreas técnicas ou ocupante de cargo ou emprego das áreas técnicas ou científicas, inclusive pesquisadores, e de militar, poderá científicas, inclusive pesquisadores, e de militar, poderá ser autorizada pelo prazo de duração do projeto de ser autorizada pelo prazo de duração do projeto de desenvolvimento de produtos ou processos inovadores de desenvolvimento de produtos ou processos inovadores de interesse público, em ato fundamentado expedido pela interesse público, em ato fundamentado expedido pela autoridade máxima do órgão ou entidade a que estiver autoridade máxima do órgão ou entidade a que estiver subordinado.subordinado.

                § 11.  Durante o período de participação, é assegurado § 11.  Durante o período de participação, é assegurado ao servidor público o vencimento do cargo efetivo, o soldo ao servidor público o vencimento do cargo efetivo, o soldo do cargo militar ou o salário do emprego público da do cargo militar ou o salário do emprego público da instituição de origem, acrescido das vantagens pecuniárias instituição de origem, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei, bem como progressão permanentes estabelecidas em lei, bem como progressão funcional e os benefícios do plano de seguridade social ao funcional e os benefícios do plano de seguridade social ao qual estiver vinculado.qual estiver vinculado.

                § 12.  No caso de servidor público em instituição § 12.  No caso de servidor público em instituição militar, seu afastamento estará condicionado à autorização militar, seu afastamento estará condicionado à autorização do Comandante da Força à qual se subordine a instituição do Comandante da Força à qual se subordine a instituição militar a que estiver vinculado.militar a que estiver vinculado.          

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INOVAÇÃO NAS INOVAÇÃO NAS EMPRESASEMPRESAS

  Recursos MATERIAISRecursos MATERIAIS Art. 20 - Art. 20 -         § 13.  A utilização de materiais ou de infra-        § 13.  A utilização de materiais ou de infra-

estrutura integrantes do patrimônio do órgão ou entidade estrutura integrantes do patrimônio do órgão ou entidade incentivador ou promotor da cooperação dar-se-á mediante incentivador ou promotor da cooperação dar-se-á mediante a celebração de termo próprio que estabeleça as a celebração de termo próprio que estabeleça as obrigações das partes, observada a duração prevista no obrigações das partes, observada a duração prevista no cronograma físico de execução do projeto de cooperação. cronograma físico de execução do projeto de cooperação.

                § 14.  A cessão de material de consumo dar-se-á de § 14.  A cessão de material de consumo dar-se-á de forma gratuita, desde que a beneficiária demonstre a forma gratuita, desde que a beneficiária demonstre a inviabilidade da aquisição indispensável ao inviabilidade da aquisição indispensável ao desenvolvimento do projeto.desenvolvimento do projeto.

                § 15.  A redestinação do material cedido ou a sua § 15.  A redestinação do material cedido ou a sua utilização em finalidade diversa da prevista acarretarão utilização em finalidade diversa da prevista acarretarão para o beneficiário as cominações administrativas, civis e para o beneficiário as cominações administrativas, civis e penais previstas na legislação.penais previstas na legislação.

          

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INOVAÇÃO NAS INOVAÇÃO NAS EMPRESASEMPRESAS

  Recursos MATERIAISRecursos MATERIAIS Art. 20 - Art. 20 -         § 13.  A utilização de materiais ou de infra-        § 13.  A utilização de materiais ou de infra-

estrutura integrantes do patrimônio do órgão ou entidade estrutura integrantes do patrimônio do órgão ou entidade incentivador ou promotor da cooperação dar-se-á mediante incentivador ou promotor da cooperação dar-se-á mediante a celebração de termo próprio que estabeleça as a celebração de termo próprio que estabeleça as obrigações das partes, observada a duração prevista no obrigações das partes, observada a duração prevista no cronograma físico de execução do projeto de cooperação. cronograma físico de execução do projeto de cooperação.

                § 14.  A cessão de material de consumo dar-se-á de § 14.  A cessão de material de consumo dar-se-á de forma gratuita, desde que a beneficiária demonstre a forma gratuita, desde que a beneficiária demonstre a inviabilidade da aquisição indispensável ao inviabilidade da aquisição indispensável ao desenvolvimento do projeto.desenvolvimento do projeto.

                § 15.  A redestinação do material cedido ou a sua § 15.  A redestinação do material cedido ou a sua utilização em finalidade diversa da prevista acarretarão utilização em finalidade diversa da prevista acarretarão para o beneficiário as cominações administrativas, civis e para o beneficiário as cominações administrativas, civis e penais previstas na legislação.penais previstas na legislação.

          

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Compras estatais de Compras estatais de tecnologiatecnologia

    

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INOVAÇÃO NAS INOVAÇÃO NAS EMPRESASEMPRESAS

                Art. 20. (a) Os órgãos e entidades da Art. 20. (a) Os órgãos e entidades da administração pública, (b) em matéria de interesse administração pública, (b) em matéria de interesse público, público, poderãopoderão contratar © empresa, (d)consórcio contratar © empresa, (d)consórcio de empresas e (e) entidades nacionais de direito de empresas e (e) entidades nacionais de direito privado sem fins lucrativos voltadas para atividades privado sem fins lucrativos voltadas para atividades de pesquisa, de reconhecida capacitação tecnológica de pesquisa, de reconhecida capacitação tecnológica no setor, (f) visando à realização de atividades de no setor, (f) visando à realização de atividades de pesquisa e desenvolvimento, (g) que envolvam risco pesquisa e desenvolvimento, (g) que envolvam risco tecnológico, (h) para solução de problema técnico tecnológico, (h) para solução de problema técnico específico ou (i) obtenção de produto ou processo específico ou (i) obtenção de produto ou processo inovador.inovador.

                            Art. 21 § 1Art. 21 § 1oo  A contratação fica condicionada à   A contratação fica condicionada à aprovação prévia de projeto específico, com etapas de aprovação prévia de projeto específico, com etapas de execução do contrato estabelecidas em cronograma físico-execução do contrato estabelecidas em cronograma físico-financeiro, a ser elaborado pela empresa ou consórcio a financeiro, a ser elaborado pela empresa ou consórcio a que se refere o caput.que se refere o caput.

                § 2§ 2oo  A contratante será informada quanto à evolução   A contratante será informada quanto à evolução do projeto e aos resultados parciais alcançados, devendo do projeto e aos resultados parciais alcançados, devendo acompanhá-lo mediante auditoria técnica e financeiraacompanhá-lo mediante auditoria técnica e financeira.  .  

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INOVAÇÃO NAS INOVAÇÃO NAS EMPRESASEMPRESAS

                                § 1§ 1oo Considerar-se-á Considerar-se-á desenvolvida na vigência do desenvolvida na vigência do contrato a que se refere o caput contrato a que se refere o caput deste artigo a criação intelectual deste artigo a criação intelectual pertinente ao seu objeto cuja pertinente ao seu objeto cuja proteção seja requerida pela proteção seja requerida pela empresa contratada até 2 (dois) empresa contratada até 2 (dois) anos após o seu término.anos após o seu término.

    

Page 103: Lei de Inovação O que interessa às empresas Denis Borges Barbosa

INOVAÇÃO NAS INOVAÇÃO NAS EMPRESASEMPRESAS

                § 2§ 2oo Findo o contrato sem alcance integral Findo o contrato sem alcance integral ou com alcance parcial do resultado almejado, o ou com alcance parcial do resultado almejado, o órgão ou entidade contratante, a seu exclusivo órgão ou entidade contratante, a seu exclusivo critério, poderá, mediante auditoria técnica e critério, poderá, mediante auditoria técnica e financeira, prorrogar seu prazo de duração ou financeira, prorrogar seu prazo de duração ou elaborar relatório final dando-o por encerrado.elaborar relatório final dando-o por encerrado.

                § 3§ 3oo O pagamento decorrente da O pagamento decorrente da contratação prevista no caput deste artigo será contratação prevista no caput deste artigo será efetuado proporcionalmente ao resultado obtido efetuado proporcionalmente ao resultado obtido nas atividades de pesquisa e desenvolvimento nas atividades de pesquisa e desenvolvimento pactuadas.pactuadas.

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Pequenas e Médias Pequenas e Médias empresasempresas

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INOVAÇÃO NAS INOVAÇÃO NAS EMPRESASEMPRESAS

                Art. 22.  As agências de Art. 22.  As agências de fomento deverão promover, por meio fomento deverão promover, por meio de programas específicos, ações de de programas específicos, ações de estímulo à inovação nas estímulo à inovação nas microempresas e empresas de microempresas e empresas de pequeno porte, inclusive mediante pequeno porte, inclusive mediante extensão tecnológica realizada pelas extensão tecnológica realizada pelas ICT.ICT.

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Inventor independenteInventor independente

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Inventor independenteInventor independente                 Art. 22. Ao inventor independente (b) que Art. 22. Ao inventor independente (b) que

comprove depósito de pedido de patente © é comprove depósito de pedido de patente © é facultado solicitar facultado solicitar a adoçãoa adoção de sua criação (d) de sua criação (d) por ICT, (e) que decidirá livremente quanto à por ICT, (e) que decidirá livremente quanto à conveniência e oportunidade da solicitação, (f) conveniência e oportunidade da solicitação, (f) visando à elaboração de projeto voltado a sua visando à elaboração de projeto voltado a sua avaliação (g) para futuro desenvolvimento, (h) avaliação (g) para futuro desenvolvimento, (h) incubação, (i) utilização e industrialização incubação, (i) utilização e industrialização pelo setor produtivo.pelo setor produtivo.

              Art. 23 § 1Art. 23 § 1oo  O projeto de que trata o   O projeto de que trata o caput pode incluir, dentre outros, ensaios de caput pode incluir, dentre outros, ensaios de conformidade, construção de protótipo, conformidade, construção de protótipo, projeto de engenharia e análises de projeto de engenharia e análises de viabilidade econômica e de mercado.viabilidade econômica e de mercado.

              

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Inventor independenteInventor independente                 § 1§ 1oo O núcleo de inovação tecnológica da ICT avaliará O núcleo de inovação tecnológica da ICT avaliará

a invenção, a sua afinidade com a respectiva área de a invenção, a sua afinidade com a respectiva área de atuação e o interesse no seu desenvolvimento.atuação e o interesse no seu desenvolvimento.

                § 2§ 2oo O núcleo informará ao inventor independente, no O núcleo informará ao inventor independente, no prazo máximo de 6 (seis) meses, a decisão quanto à prazo máximo de 6 (seis) meses, a decisão quanto à adoção a que se refere o caput deste artigo.adoção a que se refere o caput deste artigo.

                § 3§ 3oo Adotada a invenção por uma ICT, o inventor Adotada a invenção por uma ICT, o inventor independente comprometer-se-á, mediante contrato, a independente comprometer-se-á, mediante contrato, a compartilhar os ganhos econômicos auferidos com a compartilhar os ganhos econômicos auferidos com a exploração industrial da invenção protegida.exploração industrial da invenção protegida.

                Art. 23Art. 23 § 5§ 5oo  O Núcleo de Inovação Tecnológica dará   O Núcleo de Inovação Tecnológica dará conhecimento ao inventor independente de todas etapas conhecimento ao inventor independente de todas etapas do projeto, quando solicitado.do projeto, quando solicitado.

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Fundos de InvestimentoFundos de Investimento

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Fundos de Fundos de InvestimentoInvestimento

                Art. 23. Fica autorizada a instituição de Art. 23. Fica autorizada a instituição de fundos mútuos de investimento em empresas fundos mútuos de investimento em empresas cuja atividade principal seja a inovação, cuja atividade principal seja a inovação, caracterizados pela comunhão de recursos caracterizados pela comunhão de recursos captados por meio do sistema de distribuição de captados por meio do sistema de distribuição de valores mobiliários, na forma da valores mobiliários, na forma da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, , destinados à aplicação em carteira diversificada destinados à aplicação em carteira diversificada de valores mobiliários de emissão dessas de valores mobiliários de emissão dessas empresas.empresas.

                Parágrafo único. A Comissão de Valores Parágrafo único. A Comissão de Valores Mobiliários editará normas complementares sobre Mobiliários editará normas complementares sobre a constituição, o funcionamento e a a constituição, o funcionamento e a administração dos fundos, no prazo de 90 administração dos fundos, no prazo de 90 (noventa) dias da data de publicação desta Lei.(noventa) dias da data de publicação desta Lei.

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Disposicões FinaisDisposicões Finais

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Incentivos FiscaisIncentivos Fiscais

                Art. 28. A União fomentará a Art. 28. A União fomentará a inovação na empresa mediante a inovação na empresa mediante a concessão de incentivos fiscais com concessão de incentivos fiscais com vistas na consecução dos objetivos vistas na consecução dos objetivos estabelecidos nesta Lei. estabelecidos nesta Lei.

                Parágrafo único. O Poder Parágrafo único. O Poder Executivo encaminhará ao Congresso Executivo encaminhará ao Congresso Nacional, em até 120 (cento e vinte) Nacional, em até 120 (cento e vinte) dias, contados da publicação desta dias, contados da publicação desta Lei, projeto de lei para atender o Lei, projeto de lei para atender o previsto no caput deste artigo.previsto no caput deste artigo.

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Acões EducativasAcões Educativas

        Art. 25.  As ICT que contemplem o Art. 25.  As ICT que contemplem o ensino entre suas atividades ensino entre suas atividades principais deverão associar, principais deverão associar, obrigatoriamente, a aplicação do obrigatoriamente, a aplicação do disposto neste Decreto a ações de disposto neste Decreto a ações de formação de recursos humanos sob formação de recursos humanos sob sua responsabilidade. sua responsabilidade.

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MonitoramentoMonitoramento                 Art. 27.  Fica criado Comitê Permanente Art. 27.  Fica criado Comitê Permanente

constituído por representantes dos Ministérios da constituído por representantes dos Ministérios da Ciência e Tecnologia, do Desenvolvimento, Indústria Ciência e Tecnologia, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Educação, para e Comércio Exterior e da Educação, para acompanhamento permanente, articulado e acompanhamento permanente, articulado e sistêmico das ações decorrentes dasistêmico das ações decorrentes da Lei no 10.973, de 2004. Lei no 10.973, de 2004.

                § 1§ 1oo  Os membros e respectivos suplentes do   Os membros e respectivos suplentes do Comitê Permanente serão designados pelo Ministro Comitê Permanente serão designados pelo Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia, mediante de Estado da Ciência e Tecnologia, mediante indicação dos titulares dos órgãos referidos neste indicação dos titulares dos órgãos referidos neste artigo, a ser efetivada no prazo de trinta dias, a artigo, a ser efetivada no prazo de trinta dias, a contar da publicação deste Decreto.contar da publicação deste Decreto.

                § 2§ 2oo  As funções de membro do Comitê   As funções de membro do Comitê Permanente serão consideradas missão de serviço Permanente serão consideradas missão de serviço relevante e não remunerada.relevante e não remunerada.

Page 115: Lei de Inovação O que interessa às empresas Denis Borges Barbosa

Competência Competência regulamentar regulamentar

Art. 28.  Compete ao Ministro de Art. 28.  Compete ao Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia Estado da Ciência e Tecnologia estabelecer normas e orientações estabelecer normas e orientações complementares sobre a matéria complementares sobre a matéria regulada neste Decreto, bem como regulada neste Decreto, bem como resolver os casos omissos.resolver os casos omissos.

              

Page 116: Lei de Inovação O que interessa às empresas Denis Borges Barbosa

Ajuste institucional Ajuste institucional

Art. 29.  As autarquias e as Art. 29.  As autarquias e as fundações definidas como ICT fundações definidas como ICT deverão promover o ajuste de deverão promover o ajuste de seus estatutos aos fins previstos seus estatutos aos fins previstos na na Lei no 10.973, de 2004Lei no 10.973, de 2004, e neste , e neste Decreto, no prazo de seis meses, Decreto, no prazo de seis meses, contado da data da publicação deste contado da data da publicação deste Decreto.Decreto.

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Lei do bem Lei do bem