lei de eficiência energética nº 10295

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Paulo de Tarso de Alexandria Cruz Ministério de Minas e Energia Lisboa, 17 de julho de 2008 A Implementação da Lei de Eficiência Energética 10.295/2001: a Situação dos Motores Elétricos e dos Conjuntos Motobombas Monoblocos Trifásicos Marco Aurélio Moreira Marcus Barreto, Fernando Perrone, George Soares Eletrobrás - PROCEL Paulo da Silva Capella Cepel

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Page 1: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Paulo de Tarso de Alexandria CruzMinistério de Minas e Energia

Lisboa, 17 de julho de 2008

A Implementação da Lei de Eficiência Energética 10.295/2001: a Situação

dos Motores Elétricos e dos Conjuntos Motobombas Monoblocos Trifásicos

Marco Aurélio MoreiraMarcus Barreto, Fernando Perrone, George Soares

Eletrobrás - PROCEL

Paulo da Silva CapellaCepel

Page 2: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Sumário

Motivação/Objetivos

A Lei 10.295/2001 e sua Regulamentação

O Caso dos Motores Elétricos

O Caso dos Conjuntos Motobombas

O Caso da Eficiência de Equipamentos Consumidores de Água

Conclusões

Page 3: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Motivador Fundamental para a Eficiência Energética

Evolução Recente da Tarifa Média de Energia Elétrica

217,0

73,5

0

50

100

150

200

250

1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005

Tarif

a m

édia

[R$

/MW

h]

Valores de 2005

IPEADATA/ELETROBRÁS deflacionados pelo IPC-FIPE

Page 4: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Apresentar o processo constituído no Brasil pela etiquetagem e concessão do selo de eficiência energética como instrumentos de implantação da Lei de Eficiência Energética 10.295/2001.

Fornecer informações atualizadas sobre as atividades direcionadas para os motores elétricos e conjuntos motobombas no Brasil.

Comentar a possibilidade de se conduzir processo similar para equipamentos utilizadores de água no Brasil.

Objetivos do Informe Técnico

Page 5: Lei de Eficiência Energética nº 10295

19911991

PROCELPROCEL 19851985

PBEPBE 19841984

Programas Nacionais de Eficiência Energética

Page 6: Lei de Eficiência Energética nº 10295

PBE - Programa Brasileiro de Etiquetagem

Orientar o consumidor através de etiquetas informativas

Estratégia: VOLUNTÁRIO COMPULSÓRIO

Início: Protocolo MIC/ABINEE + MME (1984)Geladeiras

Principais Resultados17 Grupos de Trabalho Constituídos33 Produtos Etiquetados27 Produtos Iniciados11 Produtos Programados

Etiquetagem de Produtos de Energia AlternativaEólicaSolar térmico e fotovoltaico

Page 7: Lei de Eficiência Energética nº 10295

PBE - Programa Brasileiro de Etiquetagem

Produtos EtiquetadosRefrigeradores, combinados, congeladores verticais e horizontaisChuveiros, torneiras, aquecedores de passagem e aquecedores de hidromassagem elétricosCondicionadores de ar doméstico e tipo “split”Motores elétricos trifásicosMáquinas de lavar roupas Lâmpadas fluorescentes compactas, incandescentes e decorativasReatores eletromagnéticos para lâmpadas a vapor de sódio e fluorescentes compactasColetores solares planos banho e piscina, reservatórios térmicos e coletores acopladosFogões e fornos domésticos a gásAquecedores de passagem e aquecedores de acumulação a gás

Page 8: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Estruturas dos Programas de Eficiência Energética do MME

Petrobrás

Diretoria de Gás e Energia – DG & E Diretoria de Tecnologia - DT

Tecnologia

Educação

Marketing|Eventos

Avaliação

UGP – BIRD / GEF

PROCEL DTEDTS

Eletrobrás

Ministério de Minas e Energia - MME

CONPET

Iluminação Pública

Indústria

Edificações

Saneamento

GEM (Municípios)

Prédios Públicos

Page 9: Lei de Eficiência Energética nº 10295

PROCEL – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica

Comercial12%

Industrial44%

Saneamento3%

IluminaçãoPública

3%

Residencial25%

Outros10%

PoderPúblico

3%

CONSUMO FATURADO DE ENERGIA ELÉTRICA (2006) 390 TWh – BEN 2007

Page 10: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Criado em 8 de dezembro de 1993, em geral éconcedido aos mais eficientes em uma determinada categoria de produtos (Faixa “A” da ENCE)

Parceria PROCEL- INMETRO

Orienta o consumidor e estimula a fabricação e a comercialização de produtos mais eficientes

Os produtos são submetidos a ensaios anuais de avaliação em laboratórios aprovados

Selo Procel de Economia de Energia

Page 11: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Selo Procel de Economia de Energia

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1. 000

1. 100

1. 200

1. 300

1. 400

1. 500

1. 600

19 9 4 -19 9 9

2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6

Racionamento de energia no Brasil

Page 12: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Resultados do PROCEL

Economia de aproximadamente 22 bilhões de kWh, em 22 anos de atuação, o que equivale:

Ao consumo de 13 milhões de residências no período de um ano

A investimentos postergados de cerca de R$ 15 bilhões

Ao consumo de energia do Estado do Rio Grande do Sul durante o período de um ano, com população média de 11 milhões de habitantes

Page 13: Lei de Eficiência Energética nº 10295

CONPET – Programa Nacional de Racionalização do Usodos Derivados do Petróleo e do Gás Natural

Alvos e InstrumentosEtiquetagemTransporte de cargas e passageiros Prêmio (Imprensa, Indústria e Transporte Rodoviário) e concessão do Selo ConpetPortal ConpetEducação

Resultados348 modelos de fogões etiquetados25 modelos de aquecedores etiquetados130.000 veículos monitorados320 milhões de litros de diesel economizados por ano860.000 toneladas de CO2 não emitidas por ano19.000 toneladas de particulados não emitIdos por ano2,3 milhões de alunos e 3.800 escolas assistidos

Page 14: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Dispõe que o Poder Executivo:Estabelecerá níveis máximos de consumo específico de energia, ou mínimos de eficiência energética, de máquinas e aparelhos consumidores de energia fabricados ou comercializados no País, com base em indicadores técnicos pertinentes (art 2o);

Desenvolverá mecanismos que promovam a eficiência energética nas edificações (art4o).

LEI DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICALei no 10.295, de 17/10/2001

Page 15: Lei de Eficiência Energética nº 10295

CGIEE

COMITÊS TÉCNICOSCentros de Pesquisa,

Universidades, PROCEL, CONPET, INMETRO etc.

GRUPOS DE INTERLOCUÇÃO

Fabricantes e Governo

Nível decisório

Nível técnico

Nível de Interlocução

LEI DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICAProcedimentos de Regulamentação

Page 16: Lei de Eficiência Energética nº 10295

CGIEEMME

ProcelEletrobrás

ConpetPetrobras

MDICDesenvolvimento,

Indústria eComércio Exterior

MCTCiência e

Tecnologia

ANEEL e ANPAgências Reguladoras

Instituição Associada

Centro de Pesquisas de Energia Elétrica - CEPEL

Instituição AssociadaCentro de Pesquisas da Petrobrás

Instituições Associadas

Instituto de Pesquisa Tecnológica – IPT

Instituto Nacional de Tecnologia - INT

Instituições AssociadasInstituto Nacional de Normalização, Metrologia eQualidade Industrial -INMETRO

Academia Sociedade

LEI DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICADecreto no 4.059, de 19/12/2001

Page 17: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Atribuições do CGIEEElaborar plano de trabalho para a implementação progressiva da Lei;Elaborar regulamentação específica para cada tipo de equipamento;Elaborar programa de metas contendo a evolução dos níveis para cada equipamento;Constituir comitês técnicos;Deliberar sobre as proposições do Grupo Técnico para Eficientização de Energia em Edificações;Acompanhar e avaliar o processo de regulamentação.

LEI DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICADecreto no 4.059, de 19/12/2001

Page 18: Lei de Eficiência Energética nº 10295

A regulamentação específica deverá conterNormas com procedimentos e indicadores utilizados nos ensaiosProcedimentos de ensaiosLaboratórios credenciados ou reconhecidosIndicadores utilizadosNíveis máximos de consumo específico de energia ou mínimos de eficiênciaMecanismo de avaliação de conformidadePrazo para entrar em vigor

LEI DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICADecreto no 4.059, de 19/12/2001

Page 19: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Procedimentos para ensaiosLaboratórios nacionais acreditados pelo INMETROe laboratórios internacionais reconhecidos pelo INMETRO.

Procedimentos para importaçãoDurante o processo de importação, os importadores deverão comprovar o atendimento aos níveis máximos de consumo de energia.Para a concessão da LI a anuência do INMETRO deverá ser obtida previamente ao embarque no exterior.

Procedimentos para fiscalizaçãoO INMETRO será responsável pela fiscalização.

LEI DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICADecreto no 4.059, de 19/12/2001

Page 20: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Consulta públicaEtapa incorporada ao processo de regulamentação de forma a intensificar a interação com os agentes interessadosPublicada na página do MME na Internet, com prazo mínimo de 30 dias para recebimento de sugestões, contribuições e contestações.

Audiência públicaConvocada com antecedência mínima de 30 dias, com divulgação antecipada das propostas.

LEI DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICADecreto no 4.059, de 19/12/2001

Page 21: Lei de Eficiência Energética nº 10295

LEI DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICAPrincipais itens das regulamentações específicas

A regulamentação específica deverá conter:

Caracterização do Produto.

Tabela de índices mínimos e procedimentos de ensaios.

Avaliação da Conformidade e Laboratórios- Sinergia com o PBE – Programa Brasileiro de Etiquetagem.

Vigência- Datas limite para importação, fabricação e comercialização.

Plano de metas: 1 ano após a aprovação dos índices mínimos.

Page 22: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Processo Voluntário/

Compulsório(PBE)

Processo Mandatório

• Decisão do CGIEE• Criação dos Comitês Técnicos• Elaboração das Propostas Técnicas• Negociação com fabricantes• Consulta e Audiência Públicas• Homologação no CGIEE• Publicação de Portaria Interministerial

LEI DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICAEvolução do Processo de Etiquetagem e Concessão de Selo

Page 23: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Motores Elétricos (20 anos de GT)

Page 24: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Motores Elétricos 1 a 15 cv (20 anos de GT)

Pólos cv kW 2 4 6 8 1,0 0,75 80,0 80,5 80,0 70,0 1,5 1,1 82,5 81,5 77,0 77,0 2,0 1,5 83,5 84,0 83,0 82,5 3,0 2,2 85,0 85,0 83,0 84,0 4,0 3,0 85,0 86,0 85,0 84,5 5,0 3,7 87,5 87,5 87,5 85,5 6,0 4,5 88,0 88,5 87,5 85,5 7,5 5,5 88,5 89,5 88,0 85,5 10 7,5 89,5 89,5 88,5 88,5 12,5 9,2 89,5 90,0 88,5 88,5 15 11 90,2 91,0 90,2 88,5

Page 25: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Motores Elétricos 20 a 250 cv (20 anos de GT)

Pólos cv kW 2 4 6 8 20 15 90,2 91,0 90,2 89,5 25 18,5 91,0 92,4 91,7 89,5 30 22 91,0 92,4 91,7 91,0 40 30 91,7 93,0 93,0 91,0 50 37 92,4 93,0 93,0 91,7 60 45 93,0 93,6 93,6 91,7 75 55 93,0 94,1 93,6 93,0 100 75 93,6 94,5 94,1 93,0 125 90 94,5 94,5 94,1 93,6 150 110 94,5 95,0 95,0 93,6 175 132 94,7 95,0 95,0 200 150 95,0 95,0 95,0 250 185 95,4 95,0

Page 26: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Conjuntos Motobombas (4 anos de GT)

Motobombas Monobloco Trifásicas

1ª fase: 0,5 a 25 cv

Laboratório de Referência: UNIFEI/MG

Fabricantes: KSB, Mark-Grundfos, Thebe, Imbil, Dancor, Schneider, Somar, Famac

Há etiqueta, mas ainda não há concessão de selo de eficiência energética

Page 27: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Conjuntos Motobombas (4 anos de GT)

Page 28: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Eficiência de Equipamentos Utilizadores de Água

PBQP-H: Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat

Avaliação da conformidade de empresas de serviços e obras

Melhoria de qualidade de materiais

Formação e requalificação de mão-de-obra

Normalização técnica

Capacitação de Laboratórios

Avaliação de tecnologias inovadoras

Informação ao consumidor

Promoção da comunicação entre os setores envolvidos

Page 29: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Eficiência de Equipamentos Utilizadores de Água

PNCDA: Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água

Deve promover o uso racional de água de abastecimento público nas cidades brasileiras em benefício da saúde pública, do saneamento ambiental e da eficiência de serviços, propiciando a melhor produtividade dos ativos existentes e a postergação de parte dos investimentos para ampliação dos sistemas.

Deve definir e implementar um conjunto de ações e instrumentos tecnológicos, normativos, econômicos e institucionais, concorrentes para uma efetiva economia dos volumes de água demandados para consumo de áreas urbanas.

Page 30: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Conclusões

Contabilizados ganhos técnicos significativos de redução de consumo de equipamentos elétricos, de gás e petróleo, em função do processo de etiquetagem e concessão de selo já implantado nesses setores, com relação custo-benefício extremamente favorável

Em 2010 todos os motores novos vendidos no Brasil deverão ser de alto rendimento (20 anos de GT)

Etiquetagem implantada no Brasil para conjuntos motobombas monoblocos trifásicas até 25cv (4 anos de GT); concessão do selo ainda não implantada

Page 31: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Conclusões

PBQP-H pode atuar em conjunto com o PBE no processo de etiquetagem e concessão de selo para equipamentos utilizadores de água

PNCDA parece ser o “sponsor” natural do processo, embora neste momento encontre-se esvaziado

PROCEL e CONPET podem auxiliar, em função da experiência acumulada, de forma a contribuir para a redução do tempo transacional necessário à condução técnica dos processos

Há viabilidade técnica para o processo de etiquetagem e concessão de selo para

equipamentos utilizadores de água.

Page 32: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Procel Info

Page 33: Lei de Eficiência Energética nº 10295

Lisboa, 17 de julho de 2008

[email protected]@eletrobras.com

[email protected]@mme.gov.br

[email protected]

Obrigado!