lei complementar nº 52, de 22 de dezembro de 2017. · pdf file lei complementar nº...
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PREFEITURA MUNICIPAL DE SALINAS ESTADO DE MINAS GERAIS
PRAA PROCPIO CARDOSO DE ARAJO, n 7 CENTRO TEL (38) 3841-1513 | SALINAS MG. www.salinas.mg.gov.br
LEI COMPLEMENTAR N 52, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2017.
Dispe sobre o Uso e Ocupao do Solo do Municpio de Salinas e d outras providncias.
A Cmara Municipal de Salinas aprovou e eu, Prefeito Municipal, sanciono, promulgo e
mando publicar a seguinte lei: R
E D A O F I N A L
TTULO I DAS DISPOSIES PRELIMINARES
Art. 1o - Esta Lei Complementar tem por objetivo estabelecer normas relativas ao
parcelamento, uso e ocupao do solo do Municpio de Salinas-MG, em consonncia com a legislao federal, estadual e municipal, de modo especial com o Plano Diretor, o sistema e o processo de planejamento e gesto do desenvolvimento e ordenamento territorial do Municpio de Salinas-MG.
Art. 2o - Ficam sujeitas s disposies desta Lei de Uso e Ocupao do Solo do Municpio de Salinas - MG a execuo de quaisquer modalidades de parcelamento, de arruamentos, de edificaes pblicas ou particulares, a realizao de quaisquer planos, projetos, obras e servios pblicos ou particulares, bem como o exerccio de atividades que afetem, por qualquer meio, direta ou indiretamente, a organizao ambiental no mbito do seu territrio.
CAPTULO I DAS DEFINIES
Art. 3o - Para efeito de citao nesta Lei Complementar, as seguintes entidades ou
expresses sero identificadas por siglas ou abreviaturas:
I. ABNT: Associao Brasileira de Normas Tcnicas;
II. ART: Anotao de Responsabilidade Tcnica;
III. COES: Cdigo de Obras e Edificaes do Municpio de Salinas LC n.
014/2008;
IV. CMMA: Conselho Municipal de Meio Ambiente;
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V. CONAMA: Conselho Nacional de Meio Ambiente;
VI. CONTRAN: Conselho Nacional de Trnsito;
VII. CPS: Cdigo de Posturas LC n. 012/2008;
VIII. CREA: Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia;
IX. CAU: Conselho de Arquitetura e Urbanismo;
X. CTS - Cdigo Tributrio do Municpio de Salinas;
XI. LAS: Legislao Ambiental do Municpio de Salinas;
XII. NBR: Norma Brasileira Regulamentadora;
XIII. PMS - Prefeitura Municipal de Salinas;
XIV. PDOT: Plano Diretor de Desenvolvimento e Ordenamento Territorial de Salinas;
XV. RT: Responsvel Tcnico;
XVI. SOTT: Secretaria de Obras, Transporte e Trnsito;
XVII. SUMUTRAN: Superintendncia Municipal de Trnsito;
XVIII. UFEMG: Unidade Fiscal do Estado de Minas Gerais, a ser utilizada para efeito de clculo de atualizao monetria e de converso de valores pertencentes Fazenda Pblica Municipal.
Art. 4o - Para efeito de aplicao das normas de parcelamento, uso e ocupao do
solo, constantes desta Lei Complementar, as seguintes expresses ficam assim definidas:
I. ACESSO a interligao para veculos ou pedestres entre: a) Logradouro pblico e propriedade privada; b) Propriedade privada e reas de uso comum em condomnio; c) Logradouro pblico e espaos de uso comum em condomnio.
II. AEROPORTO a rea que possui infraestrutura para movimentao, pouso e
decolagem de aeronaves.
III. AFASTAMENTO a menor distncia (A) entre duas edificaes ou entre uma edificao e as linhas divisrias do lote onde ela se situa, conforme figura 1.
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Figura 1 Croqui ilustrativo de Afastamento
IV. ALINHAMENTO a linha divisria existente entre o terreno de propriedade particular ou pblica e o logradouro pblico;
V. ALTURA a distncia vertical entre o pavimento trreo e a parte superior da
edificao, incluindo-se casas de mquinas, torres de caixa dgua e platibandas; VI. ALVAR o documento expedido pela Prefeitura que licencia a execuo
de obras ou funcionamento de atividades sujeitas fiscalizao municipal, desde que possuidoras de certido emitida pelo Cartrio de Registro de Imveis;
VII. REA CONSOLIDADA: parcela da rea urbana com densidade
demogrfica superior a 50 (cinquenta) habitantes por hectare e malha viria implantada e que tenha, no mnimo, 2 (dois) dos seguintes equipamentos de infraestrutura urbana implantados:
a) drenagem de guas pluviais urbanas; b) esgotamento sanitrio; c) abastecimento de gua potvel; d) distribuio de energia eltrica; ou e) limpeza urbana, coleta e manejo de resduos slidos; conforme lei 11.977/09; VIII. REA ANTRPICA CONSOLIDADA (AAC) aquela em que o prazo de
ocupao da rea, a natureza das edificaes existentes, a localizao das vias de circulao ou comunicao, os equipamentos pblicos disponveis, urbanos ou comunitrios, dentre outras situaes peculiares, indique a parcial irreversibilidade da morfologia geral de sua ocupao. Eventuais alteraes de morfologia sero inviveis sem prvia apreciao do CMMA e posterior aprovao de projeto arquitetnico referente a interveno pela SOTT. No ser permitida a criao, ou determinao de novas reas antrpicas consolidadas aps a publicao desta lei complementar. reas e edificaes assim estabelecidas so definidas por meio do anexo IV, constante nesta lei.
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IX. REA VERDE configurada pelas reas do loteamento destinadas a praas,
jardins, faixas de preservao e outros fins da mesma natureza, visando assegurar condies ambientais, paisagsticas e sustentao urbanstica;
X. REA MXIMA DE PROJEO AP a rea mxima de projeo da
edificao no lote, resultante da porcentagem da taxa de ocupao (TO) multiplicada pela rea do lote (AL), representada pela frmula: AP = (TO/100) x AL;
X. REA MNIMA PERMEVEL AMP a rea mnima do lote que deve ser
mantida livre de pavimentao com a finalidade de garantir a infiltrao natural da gua pluvial, resultante da porcentagem da taxa de permeabilidade (TP) multiplicada pela rea do lote (AL) representada pela frmula: AMP = (TP/100) x AL;
XI. REA TOTAL MXIMA PERMITIDA DE CONSTRUO AC a rea
mxima de construo permitida por lote, resultante da multiplicao do coeficiente de aproveitamento (CA) pela rea do lote (AL), representada pela frmula: AC = CA x AL;
XII. CANTEIRO CENTRAL o obstculo fsico construdo como separador de
duas pistas de rolamento, eventualmente substitudo por marcas virias (canteiro fictcio); XIII. COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO CA o fator numrico pelo qual
se multiplica a rea do lote para obter-se a rea total mxima permitida de construo, de acordo com a zona e/ou uso, conforme anexo I desta Lei Complementar;
XIV. CONSTRUO a obra de edificao nova, autnoma, sem vnculo
funcional com outras edificaes existentes no lote; XV. DEMOLIO a execuo de obra que resulta em destruio, total ou
parcial de uma edificao; XVI. DESMEMBRAMENTO a subdiviso de gleba em lotes destinados a
edificao, com aproveitamento do sistema virio existente, desde que no implique na abertura de novas vias e logradouros pblicos, nem no prolongamento, modificao ou ampliao dos j existentes;
XVII. EDIFICAO a unidade construda capaz de abrigar atividades
humanas nos seus diversos usos; XVIII. EDIFICAES ESPECIAIS so aquelas de uso coletivo que
desenvolvem atividades comerciais ou de prestao de servios pblicos ou privados com fluxo de usurios acima de duzentas (200) pessoas por dia;
XIX. EIXO DE VIA a linha que passa pelo centro da via eqidistante dos
alinhamentos;
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XX. EQUIPAMENTOS COMUNITRIOS so espaos pblicos, destinados educao, cultura, sade, esporte, lazer, servios pblicos, assistncia social e similares;
XXI. EQUIPAMENTOS URBANOS consistem na infra-estrutura bsica, tais
como: escoamento das guas pluviais, redes de esgoto sanitrio e abastecimento de gua potvel e de energia eltrica pblica e domiciliar e as vias de circulao ou logradouros pblicos;
XXII. ESTACIONAMENTO o local para a imobilizao de veculos por tempo
superior ao necessrio para embarque ou desembarque de passageiros, em rea coberta ou descoberta, destinada guarda de veculos, de uso privado ou pblico e constitudo por reas de vagas e circulao;
XXIII. ESPECULAO IMOBILIRIA uma operao com intuito comercial em
que uma das partes obtm lucros acima do razovel, por abusar da boa-f da outra, ou por tirar proveito das benfeitorias executadas no entorno de seu lote ou gleba considerado como vazio urbano, ou ainda por usufruir de um contexto favorvel valorizao exacerbada dos terrenos;
XXIV. FAIXA DE DOMNIO a superfcie lindeira s vias, compreendendo-a
alm da calada, o acostamento, ilha e canteiro central, de acordo com a norma de trnsito em vigor;
XXV. FAIXA DE PRESERVAO a faixa no edificvel e de preservao
permanente ao longo das guas correntes e dormentes, sazonais ou no; XXVI. FAIXA SEM EDIFICAO a limitao que no retira a propriedade nem
impede que o dono da terra a utilize em qualquer outro fim que no