lei complementar 420

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AUTOR: CMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE - RS

TTULO: LEI COMPLEMENTAR N. 420/98 EMENTA: Institui o Cdigo de Proteo contra Incndio de Porto Alegre e d outras providncias

PALAVRAS CHAVE: MUNICPIO, PORTO ALEGRE, INCNDIO, CDIGO, SEGURANA, SADE, POA

COMENTRIOS: Alterada pelas Leis Complementares 458/2000 e 571/2007.

TEXTO INTEGRAL DO DOCUMENTO:

LEI COMPLEMENTAR N. 420, DE 25 DE AGOSTO DE 1998 Publicada no Dirio Oficial de Porto Alegre de 01/09/1998

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Fao saber que a Cmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: TTULO I DISPOSIES PRELIMINARES Captulo I CONDIES GERAIS Seo I OBJETIVOS

CONSULTEC O N S U L T O R E S A S S O C I A D O S L T D A.

Art. 1 - Fica obrigatria a instalao de equipamentos e o atendimento de medidas de proteo contra incndio em todas as edificaes e estabelecimentos existentes, em construo e a construir no Municpio de Porto Alegre, de acordo com as disposies deste Cdigo. 1 - Este Cdigo disciplina as regras gerais e especficas de proteo contra incndio a serem obedecidas no projeto, construo, uso e manuteno de edificaes, sem prejuzo do disposto nas legislaes estadual e federal pertinentes. 2 - Este Cdigo se aplica s edificaes existentes, inclusive, quando forem reformadas, aumentadas ou tiverem sua ocupao mudada, de acordo com o estabelecido no Captulo III do Ttulo V. Art. 2 - Os objetivos deste Cdigo so: I - reduzir a possibilidade de incndio; II - proteger a vida dos ocupantes de edificaes em caso de incndio e pnico; III - minimizar as possibilidades de propagao do incndio; IV - reduzir os danos materiais provocados pelo incndio. Art. 3 - Estes objetivos devero ser atingidos: I - pela adequao de implantao das edificaes, sua diviso interna e o uso dos materiais em sua construo; II - prevendo rotas seguras de sada para seus ocupantes; III - usando sistemas adequados de proteo contra o incndio; IV - dando condies para o combate ao incndio. Pargrafo nico - O disposto no inciso II deve ser atingido utilizando-se as sadas comuns das edificaes como sadas de emergncia e prevendo-se as sadas de emergncia, quando exigido. Art. 4 - Este Cdigo se aplica a todas as edificaes, classificadas quanto sua ocupao, constantes da Tabela 1, independentemente de suas alturas, dimenses em planta ou caractersticas construtivas. Art. 5 - Este Cdigo fixa requisitos para edificaes novas, servindo, entretanto, como referncia para as medidas a serem adotadas na adaptao de edificaes existentes, de acordo com o estabelecido no Captulo II do Ttulo V.

Seo II DEFINIES Art. 6 - Para os efeitos deste Cdigo so adotadas as definies de 6.1 a 6.78: 6.1 - Acesso Caminho a ser percorrido pelos usurios do pavimento, constituindo a rota de sada horizontal, para alcanar a escada ou rampa, rea de refgio ou descarga, nas edificaes com mais de um pavimento, ou o espa-

o livre exterior, nas edificaes trreas. Os acessos podem ser constitudos por corredores, passagens, vestbulos, antecmaras, sacadas, varandas e terraos; 6.2 - Altura ascendente Medida em metros entre o ponto que caracteriza a sada ao nvel da descarga, sob a projeo do paramento externo da parede da edificao, ao ponto mais baixo do nvel do piso do pavimento mais baixo da edificao (subsolo); 6.3 - Altura da edificao ou altura descendente Medida em metros entre o ponto que caracteriza a sada ao nvel da descarga, sob a projeo do paramento externo da parede da edificao, ao ponto mais alto do piso do ltimo pavimento. Como paramento externo da parede da edificao pode ser considerado o plano da fachada do pavimento de descarga, se os pavimentos superiores constiturem corpo avanado com balano mximo de 1,20m (excludas as marquises); 6.4 - Antecmara Recinto que antecede a caixa da escada, com ventilao natural garantida por janela para o exterior, por dutos de entrada e sada de ar ou por ventilao forada (pressurizao); 6.5 - rea de pavimento rea total de qualquer pavimento de uma edificao; 6.6 - rea de refgio Parte de um pavimento separada do restante por paredes cortafogo e portas corta-fogo, tendo acesso direto, cada uma delas, a uma sada; 6.7 - rea do maior pavimento rea do maior pavimento da edificao, excluindo o da descarga; 6.8 - Balanceamento Distribuio harmnica da largura dos bordos internos dos degraus em leque nos lanos curvos das escadas; 6.9 - Bocel ou nariz do degrau Borda saliente do degrau sobre o espelho, arredondada inferiormente ou no; Nota: Se o degrau no possui bocel, a linha de concorrncia dos planos do degrau e do espelho, neste caso obrigatoriamente inclinada, chamase quina de degrau. 6.10 - Botijo domstico Recipiente com capacidade mxima de 13 kg de GLP; 6.11 - Capacidade de uma unidade de passagem: Nmero de pessoas que pode passar por esta unidade de passagem, em condies satisfatrias, em um minuto, num determinado componente da sada; 6.12 - Central de gs Local onde armazenado GLP em recipientes transportveis (cilindros), interligados por tubulao coletora, ou em recipientes estacionrios (tanques subterrneos ou de superfcie), em quantidade superior a 39 kg; 6.13 - Chuveiros automticos

Sistema hidrulico de combate a incndios e resfriamento dotado de dispositivo sensvel elevao de temperatura e destinado a aspergir gua sobre a rea incendiada, quando acionado pelo aumento da temperatura ambiente; 6.14 - Cilindro Recipiente com capacidade de 45 kg ou 90 kg de GLP; 6.15 - Circulao de uso comum Passagem que d acesso sada de mais de uma unidade autnoma, quarto de hotel, sala de aula ou assemelhado; 6.16 - Comercial de alto risco (ocupao) Ocupao industrial ou comercial contendo quantidades suficientes de materiais altamente combustveis, inflamveis ou explosivos, os quais, devido s suas caractersticas inerentes, constituem risco especial de incndio; 6.17 - Comercial varejista (ocupao) Ocupao ou uso da edificao onde h locais para venda ou exposio de produtos a granel ou mercadorias em geral, havendo acesso ao pblico, tais como lojas, lojas de departamentos, mercados, supermercados centros comerciais e assemelhados; 6.18 - Corrimo Barra, cano ou pea similar, com superfcie lisa, arredondada e contnua, localizada junto s paredes ou guardas de escadas, rampas ou passagens para as pessoas nela se apoiarem ao subir, descer ou se deslocar; 6.19 - Damper corta-fogo: Vedao, normalmente aberta, instalada num sistema de dutos de ar condicionado ou sistema assemelhado, ou paredes ou piso, e projetada para fechar automaticamente em caso de incndio, para manter a integridade da separao corta--fogo; 6.20 - Depsito de baixo risco Ocupao comercial sem risco de incndio expressivo por depositar e/ou comercializar, exclusivamente, materiais incombustveis; 6.21 - Descarga Parte da sada de emergncia de uma edificao que fica entre a escada e o logradouro pblico ou rea externa com acesso a este; 6.22 - Duto de entrada de ar (DE) Espao no interior da edificao que conduz ar puro, coletado ao nvel inferior desta, s antecmaras ou s caixas de escadas enclausuradas protegidas, mantendo-as, com isso, devidamente ventiladas e livres de fumaa em caso de incndio; 6.23 - Duto de sada de ar (DS) Espao vertical no interior da edificao que permite a sada, em qualquer pavimento, de gases e fumaa para o ar livre, acima da cobertura da edificao; 6.24 - Edificao de ocupao mista Edificao cuja ocupao diversificada, englobando ocupaes predominantes de diferentes graus de risco incndio; 6.25 - Entrepiso Conjunto de elementos de construo, com ou sem espaos vazios,

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compreendido entre a parte inferior do forro de um pavimento e a parte superior do piso do pavimento imediatamente superior; - Escada enclausurada prova de fumaa (PF) Escada cuja caixa envolvida por paredes resistentes ao fogo e dotada de portas corta-fogo, cujo acesso por antecmara igualmente enclausurada ou local aberto, de modo a evitar fogo e fumaa em caso de incndio; - Escada enclausurada protegida (EP) Escada devidamente ventilada situada em ambiente envolvido por paredes resistentes ao fogo e dotada de portas resistentes ao fogo; - Escada no enclausurada ou escada comum (NE) Escada que, embora possa fazer parte de uma rota de sada, se comunica diretamente com os demais ambientes, como corredores, halls e outros, em cada pavimento, no possuindo portas corta-fogo ou resistentes ao fogo; - Escada prova de fumaa pressurizada (PFP) Escada prova de fumaa, cuja condio de estanqueidade fumaa obtida por mtodo de pressurizao; - Espao livre exterior Espao externo edificao para o qual abrem seus vos de ventilao e iluminao. Pode ser constitudo por logradouro pblico, afastamento lateral ou, no mnimo, ptio secundrio (de acordo com o Cdigo de Edificaes); - Guarda ou guarda-corpo Barreira protetora vertical, macia ou no, delimitando as faces laterais abertas de escadas, rampas, patamares, terraos, sacadas, galerias e assemelhados, servindo como proteo contra eventuais quedas de um nvel para outro; - Hidrante Ponto de tomada de gua provido de dispositivo de manobra (registro) e unio de engate rpido (Storz); - Incombustvel Material que atende aos padres de mtodo de ensaio para determinao da no-combustibilidade; - Industrial (Ocupao) Ocupao ou uso de uma edificao ou parte da mesma para montagem, fabricao, manufatura, processamento, conserto ou beneficiamento de mercadorias em geral; - Instalao centralizada de gs Conjunto de instalaes constitudo por central de gs, tubulaes, acessrios e equipamentos para consumo de GLP; - Instalao individual de gs Local prprio para a guarda de botijes de GLP, em uso e/ou reserva, totalizando no mximo 39 kg e pertencendo a uma nica unidade autnoma; - Isolamento de riscos Dispositivo pelo qual duas ou mais edificaes, ou partes de uma mesma edificao, tornam-se isoladas do ponto de vista da proteo contra incndio;

6.38 - Lano de escada Sucesso ininterrupta de degraus entre dois patamares sucessivos; 6.39 - Largura do degrau (b) Distncia entre o bocel do degrau e a projeo do bocel do degrau imediatamente superior, medida horizontalmente sobre a linha de percurso da escada; 6.40 - Linha de percurso de uma escada Linha imaginria sobre a qual sobe ou desce uma pessoa que segura o corrimo da bomba, estando afastada 0,55 m da borda livre da escada ou da parede; Nota: Nas escadas de menos de 1,10 m de largura, a linha de percurso coincide com o eixo da escada, ficando, pois, mais perto da borda. 6.41 - Local de reunio de pblico Ocupao ou uso de uma edificao ou parte dela, onde se reunem mais de cem pessoas, tais como auditrios, assemblias, cinemas, teatros, tribunais, clubes, bingos, estaes de passageiros, igrejas, sales de baile, museus, bibliotecas, estdios desportivos, circos e assemelhados; 6.42 - Local com acesso de pblico Edificao ou parte de uma edificao na qual h afluxo temporrio e intenso de pessoas, tais como comrcio varejista, agncias bancrias, escolas, locais de reunio de pblico e outros em condies semelhantes. No se enquadram neste conceito os locais que abrigam somente as pessoas que neles habitam ou trabalham ou os locais com populao inferior a 100 pessoas, calculada de acordo com os parmetros da Tabela 7; 6.43 - Mangotinho Equipamento para combate a pequenos incndios consistindo em mangueira ligada a um sistema de suprimento de gua, com esguicho que permite um jato ou neblina; 6.44 - Mezanino Piso intermedirio entre o piso e o teto de uma dependncia ou pavimento de uma edificao, constituindo um balco interno; 6.45 - Nvel de descarga Nvel no qual uma porta externa de sada conduz ao exterior; 6.46 - Ocupao Uso real ou uso previsto de uma edificao ou parte dela, para abrigo e desempenho de atividades de pessoas ou proteo de animais e bens; 6.47 - Ocupao predominante A principal ocupao (ou principais, no caso de edificaes de ocupao mista) para a qual a edificao ou parte dela projetada e/ou utilizada, devendo incluir as ocupaes subsidirias; 6.48 - Ocupao subsidiria Atividade ou dependncia vinculada a uma ocupao predominante, sendo considerada parte integrante desta para a determinao dos parmetros de proteo contra incndio (grau de risco, altura e rea construda); 6.49 - Parede corta-fogo Tipo de separao corta-fogo que, sob a ao do fogo, conserva suas caractersticas de resistncia mecnica, estanque propagao

da chama e proporciona um isolamento trmico tal que a temperatura sobre a superfcie no exposta no ultrapasse 140C durante um tempo determinado; 6.50 - Parede resistente ao fogo Parede capaz de resistir estruturalmente aos efeitos de qualquer fogo ao qual possa vir a ficar exposta, durante um tempo determinado; 6.51 - Pavimento Parte de uma edificao situada entre a parte superior de um piso acabado e a parte superior do piso imediatamente superior, ou entre a parte superior de um piso acabado e o forro acima dele, se no houver outro piso acima; 6.52 - Pavimento de descarga Pavimento que possui uma porta externa de sada; 6.53 - Pavimento em Pilotis Local edificado, aberto em pelo menos trs lados, devendo os lados abertos ficar afastados 1,50m das divisas. Considera-se tambm como tal o local coberto, aberto em pelo menos duas faces opostas, cujo permetro aberto tenha, no mnimo, setenta por cento do total; 6.54 - Populao Nmero de pessoas para as quais uma edificao, ou parte dela, projetada; 6.55 - Porta corta-fogo (PCF) Conjunto de folha de porta, marco e acessrios, construda de acordo com as normas brasileiras, que retarda a propagao do incndio de um ambiente para outro, sem sofrer colapso, por tempo determinado; 6.56 - Porta resistente ao fogo (PRF) Conjunto de folha de porta, marco, alizares e acessrios que resistem ao efeito do fogo, sem sofrer colapso, por tempo no inferior a 30 minutos; 6.57 - Rampa Parte inclinada de uma sada, que se destina a unir dois nveis de pavimento; 6.58 - Registro de recalque (registro de passeio) Dispositivo hidrulico destinado a permitir a introduo de gua proveniente de fontes externas instalao hidrulica de proteo contra incndios da edificao, instalado em posio que assegure a rpida identificao e facilidade de acesso; 6.59 - Residencial (ocupao) Ocupao ou uso da edificao ou parte da mesma, por pessoas que nela habitam de forma constante; 6.60 - Resistncia ao fogo Avaliao do tempo que o material combustvel, quando exposto ao fogo, pode resistir, sem se inflamar ou expelir gases combustveis ou txicos, sem perder a coeso ou forma, nem deixar passar face oposta elevao de temperatura superior pr-fixada; 6.61 - Risco leve Ocupao isolada onde o volume e/ou a combustibilidade do contedo (carga incndio) so baixos; 6.62 - Rota de sada (ver sada de emergncia) 6.63 - Sacada ou balco Parte de pavimento da edificao em balano em relao parede externa do prdio, tendo, pelo menos, uma face aberta para o espao livre exterior;

6.64 - Saguo Compartimento de entrada em uma edificao onde se encontra ou d acesso escada; local de acesso aos elevadores, tanto no pavimento trreo como nos demais pavimentos; 6.65 - Sada (ver sada de emergncia) 6.66 - Sada alternativa Abertura destinada a uma sada emergencial nos pavimentos e/ou unidades autnomas; 6.67 - Sada de emergncia, rota de sada ou sada Caminho contnuo, devidamente protegido, proporcionado por portas, corredores, halls, passagens, sacadas, vestbulos, escadas, rampas ou outros dispositivos de sada ou combinaes destes, a ser percorrido pelo usurio, em caso de um incndio, de qualquer ponto da edificao at atingir a via pblica ou espao aberto, protegido do incndio, em comunicao com o logradouro; 6.68 - Servios automotivos Ocupao de uma edificao destinada guarda, conservao, manuteno, reparos e abastecimento de veculos em geral; 6.69 - Servios de educao e cultura fsica Ocupao ou uso de edificao com a finalidade de ensino, pesquisa e cultura fsica, tais como escolas, universidades e instituies de ensino em geral; 6.70 - Servios de hospedagem Ocupao comercial na qual existem dormitrios ou assemelhados, nos quais as pessoas habitam de forma constante ou no; 6.71 - Servios de sade e institucionais Ocupao ou uso de edificao ou parte dela por pessoas cuja liberdade restringida ou requerem cuidados especiais, devido a limitaes fsicas, mentais ou de idade, ou esto detidas por motivos correcionais ou penais, tais como hospitais em geral, hospitais psiquitricos, clnicas de internao, abrigos geritricos, prises, reformatrios, e assemelhados; 6.72 - Servios profissionais, pessoais e tcnicos Ocupao ou uso de edificao onde h locais para prestao de servios pessoais ou conduo de negcios, tais como escritrios em geral, consultrios, reparties pblicas, instituies financeiras, centros de processamento de dados, e assemelhados; 6.73 - Subsolo Pavimento de uma edificao sob o pavimento trreo, situado abaixo do nvel natural do terreno ou do nvel mdio do passeio; 6.74 - Tubo de conexo. Tubo utilizado para conectar aparelhos consumidores de gs s canalizaes, botijes ou cilindros de GLP, constitudos por mangueira flexvel, de acordo com as normas brasileiras; 6.75 - Unidade autnoma Parte da edificao vinculada a uma frao ideal de terreno, constituda de compartimentos e instalaes de uso privativo e de parcela de compartimentos e instalaes de uso comum da edificao, constituindo economia independente; 6.76 - Unidade de passagem Largura mnima para a passagem de uma fila de pessoas, fixada em 0,55m; 6.77 - Unidade extintora (UE) Extintor que atende a capacidade extintora mnima prevista nesta lei, em funo do risco e da natureza do fogo;

6.78 - Varanda Parte da edificao, no em balano, limitada pela parede perimetral do edifcio, tendo pelo menos uma das faces aberta para o espao livre exterior;

Seo III SMBOLOS E SIGLAS Art. 7 - Para efeitos deste Cdigo, so adotados os seguintes smbolos e siglas:ABNT ALR CCPI CMPDDU EP EXT GLP HDR IE INMETRO NBR NE PCF PDDU PF PFP PRF SDAL SD SSD SPK UE - Associao Brasileira de Normas Tcnicas - Alarme acstico - Comisso Consultiva para Proteo Contra Incndio - Conselho Municipal do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano - Escada enclausurada protegida - Extintores de incndio - Gs liquefeito de petrleo - Instalaes hidrulicas sob comando - Iluminao de emergncia - Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial - Norma Brasileira (ABNT) - Escada no enclausurada - Porta corta-fogo - Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano - Escada enclausurada prova de fumaa - Escada enclausurada prova de fumaa pressurizada - Porta resistente ao fogo - Sada alternativa - Sada ou rota de sada (em edificaes trreas) - Sinalizao de sadas - Instalaes de chuveiros automticos (sprinklers) - Unidade extintora

Seo IV DOCUMENTOS COMPLEMENTARES Art. 8 - Na aplicao deste Cdigo aconselhvel consultar: L.C. N 43 L.C. N 284 NBR-5410 NBR-5413 NBR-5419 NBR-5628 - Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano - Cdigo de Edificaes - Instalaes eltricas de baixa tenso - Iluminncias de interiores - procedimento - Proteo de edificaes contra descargas eltricas atmosfricas - Componente construtivo estrutural - Determinao da resistncia ao fogo

NBR-7195 NBR-8132

- Cor na segurana do trabalho - Chamins para tiragem dos gases de combusto de aquecedores a gs - Procedimento - Adequao das edificaes e do mobilirio urbano pessoa deficiente Procedimento - Execuo de sistemas de deteco e alarme de incndio - Procedimento - Materiais de construo - Determinao do ndice de propagao superficial de chama pelo mtodo do painel radiante - Mtodo de ensaio - Paredes e divisrias sem funo estrutural - Determinao da resistncia ao fogo - Proteo contra incndio por chuveiro automtico - Procedimento - Sistema de iluminao de emergncia - Procedimento - Porta corta-fogo para sadas de emergncia - Especificao - Barra antipnico - Especificao - Sistema de proteo por extintores de incndio - Procedimento - Manuteno e recarga de extintores de incndio - Armazenamento e manuseio de lquidos inflamveis e combustveis - Barra antipnico - Code of practice precautions in the design of buildings - Smoke control in protected escape routes using pressurization

NBR-9050 NBR-9441 NBR-9442 NBR-10636 NBR-10897 NBR-10898 NBR-11742 NBR-11785 NBR-12693 NBR-12962 NB - 98 EB 2081 BS - 5588/4

Captulo II CLASSIFICAES Seo I DAS EDIFICAES Art. 9 - Para os efeitos deste Cdigo, as edificaes so classificadas: I - quanto ocupao, de acordo com as Tabelas 1 e 2; II - quanto s caractersticas construtivas, de acordo com a Tabela 3. 1 - Na aplicao da Tabela 1, no sendo encontrada a ocupao correspondente a determinado risco, procede-se classificao por analogia. 2 - As garagens das edificaes em geral, desde que para uso exclusivo de seus ocupantes, so consideradas ocupaes subsidirias destas (ver 2 do art. 180). 3 - So consideradas ocupaes subsidirias, nas edificaes classificadas na ocupao D, os ambulatrios, auditrios, bares, restaurantes e bibliotecas, desde que para uso exclusivo dos ocupantes da mesma. Art. 10 - Na classificao das edificaes de ocupao mista devem ser consideradas todas as ocupaes predominantes possudas (ver art. 29). Art. 11 - Nenhuma ocupao classificada em I-2 ou I-3 pode existir em edificao com qualquer ocupao dos grupos A, B, E, F, ou H, sendo admitido, exclusivamente, uma unidade residencial destinada a apartamento de zelador.

TABELA 1

FOLHA 1

CLASSIFICAO DAS EDIFICAES QUANTO SUA OCUPAO/USOOCUPAO / USO DIV DESCRIO . A-1 Habitaes unifamiliares A-2 A-3 B-1 EXEMPLOS GRAU DE RISCO Casas trreas ou assobradadas, isoladas ou no. Habitaes multifamiliares Edifcios de apartamentos em geral. Habitaes coletivas Pensionatos, internatos, mosteiros, conventos, residenciais geritricos. Hotis e assemelhados Hotis, motis, penses, hospedarias, albergues, casas de cmodos. Hotis residenciais Hotis e assemelhados com cozinha prpria nos apartamentos (incluem-se apart-hotis, hotis residenciais e assemelhados). Comrcio em geral, de pe- Armarinhos, tabacarias, mercearias, fruteiqueno porte ras, butiques e assemelhados. Comrcio de grande e mdio Edifcios de lojas, lojas de departamentos, porte magazines, galerias comerciais, supermercados em geral, mercados e assemelhados.

1 1 1 4 4 6 7 7 3

A

RESIDENCIAL

B

SERVIOS DE B-2 HOSPEDAGEMC-1 C-2

C

COMERCIAL VAREJISTA

D

Centros de compras em geral (shopping centers). D-1 Locais para prestao de ser- Escritrios administrativos ou tcnicos, convios profissionais ou condu- sultrios, instituies financeiras (no includas em D-2), reparties pblicas, cao de negcios beleireiros, clnicas sem internao, laboratrios de anlises, centros profissionais e assemelhados. D-2 Agncia bancria Agncias bancrias e assemelhados. SERVIOS PROFISSIONAIS D-3 Servios de reparao (exceto Lavanderias, assistncia tcnica, reparao e os classificados em G e I) manuteno de aparelhos eletrodomsticos, PESSOAIS E chaveiros, pintura de letreiro e outros. TCNICOS D-4 Locais tcnicos de uso espec- Centros de processamento de dados, centrais fico telefnicas, estaes transmissoras de rdio e TV e assemelhados. E-1 Escolas em geral Escolas de primeiro, segundo e terceiro graus, cursos supletivos e pr-universitrios e assemelhados. E-2 Escolas especiais Escolas de artes e artesanatos, de lnguas, de cultura geral, de cultura estrangeira. E-3 Espao para cultura fsica Locais de ensino e/ou prticas de artes marciais, ginstica (artstica, dana, musculao e outros) esportes coletivos (tnis, futebol e outros no includos em F-3), sauna, casas de fisioterapia e assemelhados. E-4 Centros de treinamento pro- Escolas profissionais em geral. fissional E-5 Pr-escolas Creches, escolas maternais, jardins de infncia. E-6 Escolas para portadores de Escolas para excepcionais, deficientes visudeficincias ais e auditivos e assemelhados.

C-3 Centros comerciais

3 3 3 2 2 2

E

SERVIOS DE EDUCAO E CULTURA FSICA

5 5 5

TABELA 1 CLASSIFICAO DAS EDIFICAES QUANTO SUA OCUPAO/USOOCUPAO / USO DIV. DESCRIO EXEMPLOS F-1 Locais onde h objetos de Museus, galerias de arte, arquivos, bibliotecas valor inestimvel e assemelhados. F-2 Templos Igrejas, sinagogas e templos em geral. F-3 Centros esportivos Estdios, ginsios e piscinas cobertas com arquibancadas, arenas em geral. LOCAIS DE F-4 Estaes e terminais de pas- Estaes rodoferrovirias, aeroportos, estaREUNIO DE sageiros es de transbordo e outros. PBLICO F-5 Locais para a produo e Teatros e auditrios em geral (incluindo os de apresentao de artes cnicas estdios de rdio e televiso), cinemas, pee assemelhados ras, bingos e assemelhados. F-6 Clubes sociais Boates e clubes noturnos em geral, sales de baile, clubes sociais, locais de diverses e assemelhados. F-7 Locais para refeies Restaurantes, lancherias, bares, cafs, refeitrios, cantinas e assemelhados. F-8 Construes provisrias Circos e assemelhados. G-1 Garagens sem acesso de Garagens automticas. pblico e sem abastecimento G-2 Garagens com acesso de Garagens comerciais no-automticas em pblico e sem abastecimento geral, sem abastecimento (exceto para veculos de carga e coletivos). SERVIOS G-3 Locais dotados de abasteci- Postos de abastecimento e servios, garagens AUTOMOTIVOS mento de combustvel (exceto para veculos de carga e coletivos). G-4 Servios de conservao, Postos de servio sem abastecimento, oficinas manuteno e reparos de conserto de veculos (exceto de carga e coletivos), borracharia (sem recauchutagem). G-5 Garagens e servios de ma- Oficinas e garagens de veculos de carga e nuteno em veculos de coletivos, mquinas agrcolas e rodovirias, grande porte e retificadoras retificadoras de motores. em geral H-1 Hospitais veterinrios e as- Hospitais, clnicas e consultrios veterinrios semelhados e assemelhados (inclui-se alojamento com ou sem adestramento). H-2 Locais onde pessoas reque- Asilos, orfanatos, abrigos geritricos, reforrem cuidados especiais por matrios sem celas e assemelhados. limitaes fsicas ou mentais SERVIOS DE H-3 Hospitais e assemelhados Hospitais, hospitais psiquitricos, casas de SADE E sade, pronto-socorros, clnicas com internaINSTITUCIONAIS o, ambulatrios e postos de atendimento de urgncia, postos de sade e puericultura e assemelhados. H-4 Prdios e instalaes vincu- Quartis, centrais de polcia, delegacias dislados s foras armadas, tritais, postos policiais e assemelhados. polcias civil e militar H-5 Locais onde a liberdade das Reformatrios, prises em geral e instituies pessoas sofre restries assemelhadas.

FOLHA2

GRAU DE RISCO

2 2 5 5 8 8 8 10 2 5 7 9 9

F

G

4 4 5

H

5 7

TABELA 1OCUPAO / USO DIV DESCRIO . I-1 Locais onde as atividades exercidas e os materiais utilizados e/ou depositados apresentam mdio potencial de incndio. Locais onde a carga combustvel no chega a 50 kg/m (1200 MJ/m) e que no se enquadram em I-3. I-2 Locais onde as atividades exercidas e os materiais utilizados e/ou depositados apresentam grande potencial de incndio. Locais onde a carga combustvel ultrapassa 50 kg/m (1200MJ/m) e que no se enquadram em I-3. Depsitos sem contedo especfico. I-3 Locais onde h alto risco de incndio pela existncia de quantidade suficiente de materiais perigosos. Depsitos sem risco de incndio expressivo EXEMPLOS Atividades onde so manipulados e/ou depositados os materiais listados na tabela 2, classificados como risco incndio mdio. Subestaes transformadoras (exceto cmaras de transformadores de edifcios, que so classificadas no mesmo risco da ocupao predominante). Atividades onde so manipulados e/ou depositados os materiais listados na tabela 2, classificados como risco incndio grande.

FOLHA 3

CLASSIFICAO DAS EDIFICAES QUANTO SUA OCUPAO/USOGRAU DE RISCO

9

I

INDUSTRIAL, COMERCIAL DE ALTO RISCO, ATACADISTA E DEPSITOS

11

Fbricas e depsitos de explosivos, gases e lquidos inflamveis, materiais oxidantes e outros definidos pelas normas brasileiras. Edificaes que armazenam, exclusivamente, tijolos, pedras, areia, cimento, metais e outros materiais incombustveis.

12

J

DEPSITOS DE BAIXO RISCO

2

TABELA 2 FOLHA 1 OCUPAO GRUPO l INDUSTRIAL, COMERCIAL DE ALTO RISCO, COMERCIAL ATACADISTA E DEPSITOS

Atividades classificadas nas divises l-1 e l-2I-1 (RISCO MDIO):

- Armarinhos e miudezas - Artigos cirrgicos, hospitalares, dentrios, ortopdicos, ticos e assemelhados - Artigos esportivos e assemelhados - Automveis, caminhes e nibus - Bebidas - Borracha (produtos de) - depsitos - fabricao (sem emprego de inflamveis) - Brinquedos - Calados, bolsas, cintos, luvas, malas e assemelhados - Cera - depsitos - Colches e acolchoados - depsitos - Discos, fitas e similares - Eletrodomsticos; aparelhos de som, vdeo e assemelhados; aparelhos eletrnicos e eltricos em geral - Esmaltao - Estanhagem - Estofados - depsitos - Ferragens - Fibras vegetais e sintticas - depsitos - Frigorficos - Fumo, cigarros e assemelhados - Fundio - Gneros alimentcios - sem beneficiamento - Galvanizao - Impressoras - Instrumentos musicais de metal - fabricao; instrumentos musicais em geral - depsitos - Jias e relgios - Ls e outras fibras animais - Laticnios - Lavanderias a seco sem emprego de inflamveis - Livros e similares - Louas e cutelaria - Madeira - depsitos (inclui mveis e assemelhados) - Mquinas agrcolas e industriais - Mquinas de escritrio, costura e assemelhados - Materiais de construo - Materiais fotogrficos - Medicamentos - Metais - laminao, serralheria, tornearias e assemelhados - Moinhos sem secadores; silos; depsitos de gros - Mveis - depsitos - fabricao (ver matria-prima empregada) - Niquelao e cromagem - Padarias

TABELA 2 FOLHA 2 OCUPAO GRUPO l INDUSTRIAL, COMERCIAL DE ALTO RISCO, COMERCIAL ATACADISTA E DEPSITOS Atividades classificadas nas divises l-1, e l-2 - Papis novos e documentos - depsitos - arquivos - Perfumarias - depsitos e fabricao - Pintura - oficinas - Pneumticos - depsitos e fabricao - Produtos qumicos (exceto os classificados como perigosos em I-3) - depsitos - Resinas e leos vegetais e minerais - depsitos - Roupas - Sabo e sabonetes - depsitos - Tecidos - Tintas - fabricao (sem a utilizao de matrias-primas inflamveis); depsito de tintas e vernizes - Velas - depsitos - Vime, junco, piaava e similares (depsito de artefatos de). I-2 (RISCO GRANDE): - Borracha, produtos de - fabricao com emprego de inflamveis - Cera - fabricao (com emprego de inflamveis) - Colches e acolchoados - fbricas e oficinas - Destilarias - Elevadores de gros - Estofados - oficinas e fbricas - Fibras vegetais e sintticas - fabricao - Gneros alimentcios - com beneficiamento - Lavanderias a seco com emprego de inflamveis - Madeira (fbricas de artefatos de), marcenarias, serrarias e assemelhados. - Matrias plsticas - Moinhos (secadores e/ou estufas) - Papel (fabricao de artigos de) - Papel velho e/ou trapos e/ou estopas - depsitos - Produtos qumicos (exceto os classificados como perigosos em I-3) - fabricao - Recauchutagem de pneus - Refinarias - Resinas e leos vegetais e minerais - fabricao - Sabo e sabonetes - fabricao - Solventes inflamveis - Tintas e vernizes - fabricao (quando utilizados matrias-primas inflamveis) - Velas - fabricao - Vime, junco, piaava e similares (fabricao de artefatos de).

TABELA 3 CLASSIFICAO DAS EDIFICAES QUANTO S SUAS CARACTERSTICAS CONSTRUTIVAS CDIGO TIPO ESPECIFICAO EXEMPLOS X Edificaes em Edificaes com estru- Prdios estruturados em madeira; que a propaga- tura e entrepisos com- prdios com entrepisos de ferro e o do fogo bustveis, e/ou no re- madeira; pavilhes em arcos de madeira laminada e assemelhasistentes ao fogo fcil dos. Y Edificaes com Edificaes com estru- Edificaes com paredes-cortinas mediana resis- tura resistente ao fogo, de vidro; edificaes sem isolamas com fcil propaga- mento entre pavimentos e entre tncia ao fogo o de fogo entre os unidades autnomas; edificaes com aberturas entre pavimentos pavimentos (vazios) e assemelhados. Z Edificaes em Edificaes com estru- Edificaes com estrutura de conque a propaga- tura resistente ao fogo creto armado calculado para resiso do fogo e isolamento entre pa- tir ao fogo, com divisrias incomdifcil vimentos bustveis, com isolamento entre pavimentos e entre unidades autnomas e assemelhados. Art. 12 - Uma edificao classificada como de tipo X (edificaes em que a propagao do fogo fcil) quando tiver qualquer pea estrutural ou entrepiso combustvel ou no resistente ao fogo. Art. 13 - Qualquer edificao dotada de estrutura resistente ao fogo classificada como de tipo Y (mediana resistncia ao fogo) se, em qualquer ponto da edificao, houver qualquer uma das seguintes condies de risco: I - aberturas entre pavimentos, que permitam a fcil propagao vertical do incndio, tais como escadas abertas, vazios, dutos desprotegidos, e assemelhados; II - inexistncia de distncia satisfatria entre aberturas de pavimentos consecutivos, tais como prdios com paredes-cortina, "pele de vidro", peitoris muito baixos e assemelhados; III - vos de iluminao e ventilao, voltados para ptios internos que no atendam s condies de espao livre exterior. IV - existncia, em edificaes de ocupao no-residencial, de compartimentos com rea superior a 125m, sem divises ou utilizando divisrias no resistentes ao fogo. Art. 14 - Para que uma edificao seja classificada como tipo Z (edificaes em que a propagao do fogo difcil) necessrio que: I - sua estrutura seja de concreto armado, protendido, metlica devidamente protegida ou em alvenaria armada autoportante, sendo, em qualquer caso, resistente a 4h de fogo; II - tenha paredes externas com resistncia, pelo menos, a 2h de fogo;

III - tenha isolamentos entre pavimentos conforme art. 15; IV - tenha isolamentos entre unidades autnomas, conforme art. 16. Art. 15 - Para que os pavimentos sejam considerados isolados entre si, devem ter afastamentos mnimos de 1,20m entre vergas e peitoris de aberturas situadas em pavimentos consecutivos. 1 - A distncia entre aberturas pode ser substituda por aba horizontal de concreto armado que avance 0,90m da face da edificao, com a mesma resistncia ao fogo do entrepiso. 2 - A existncia de chamins, poos ou dutos verticais de ventilao natural ou mecnica no prejudica o isolamento entre pavimentos desde que com a rea mxima de 1,50m, com suas aberturas tendo vergas a, no mximo, 15cm do forro e peitoris com altura mnima de 1,80m. Art. 16 - Para que as unidades autnomas sejam consideradas isoladas entre si, devem: I - ser separadas por paredes resistentes a 4h de fogo; II - ser separadas das reas de uso comum por paredes resistentes a 2h de fogo; III - ter as aberturas situadas em lados opostos de paredes divisrias entre unidades autnomas afastamentos de, no mnimo, 1m; IV - ter as aberturas situadas em paredes paralelas, perpendiculares ou oblquas, que pertenam a unidades autnomas distintas, afastamento mnimo de 1,50m. 1 - A distncia prevista no inciso III pode ser substituda por moldura vertical, perpendicular ao plano das aberturas, com 0,50m de salincia sobre ele e ultrapassando 0,30m a verga de abertura mais alta. 2 - Para efeito da aplicao deste artigo so equiparados a unidades autnomas os apartamentos de hotis, as salas de aulas, as enfermarias e quartos de hospitais, e outros, em situaes similares. Art. 17 - As tubulaes de lixo e similares, quando existirem, devem ter portas metlicas e bem vedadas (estanques fumaa) e aberturas no alto da edificao com seo no mnimo igual sua. Art. 18 - Para efeito de aplicao deste Cdigo, enquanto no houver norma brasileira especfica, devem ser adotadas como padro as paredes de tijolos macios rebocadas em ambas as faces, com 13cm de espessura final mnima e 23cm de espessura final mnima, como resistentes a 2h e 4h de fogo, respectivamente. 1 - Admite-se que nas paredes referidas neste artigo sejam embutidos equipamentos, tubulaes e assemelhados, desde que a espessura da parede atrs dos mesmos seja a mnima exigida. 2 - So admitidas paredes de concreto armado como resistentes a 2h e 4h de fogo, desde que: I - tenham, no mnimo, as mesmas espessuras que as respectivas paredes de alvenaria; II - atendam s demais disposies das normas brasileiras.

Seo II DOS RISCOS Art. 19 - Para fins do dimensionamento das instalaes de proteo contra incndio, exceto chuveiros automticos, os riscos correspondentes s diferentes ocupaes so classificados com base nos graus de risco incndio constantes na ltima coluna da Tabela 1, como segue: CLASSIFICAO DO RISCO Pequeno Mdio Grande GRAU DE RISCO de 1 a 4 de 5 a 9 10 a 12

Pargrafo nico - A classificao para fins do dimensionamento das instalaes de chuveiros automticos deve ser a da norma tcnica adotada no respectivo projeto. Seo III DOS INCNDIOS Art. 20 - Para os efeitos deste Cdigo, os incndios so classificados nas seguintes categorias: Classe A Incndios em materiais combustveis slidos, tais como madeira, papel, tecido, lixo e assemelhados. Classe B Incndios em lquidos inflamveis e gases combustveis, graxas, leos e assemelhados Classe C Incndios em equipamentos eltricos energizados Classe D Incndios em metais pirofricos (tais como magnsio, potssio e assemelhados) em aparas, p e assemelhados.

Seo IV DA PROTEO CONTRA INCNDIO Art. 21 - As medidas de proteo contra incndio so, fundamentalmente: I - Isolamento de riscos a) afastamento entre edificaes; b) compartimentao horizontal; c) compartimentao vertical. II - Meios de fuga a) sadas de emergncia; b) sadas alternativas; c) iluminao de emergncia. III - Meios de alerta a) alarme acstico; b) sinalizao de sadas. IV - Meios de combate incndio

a) extintores de incndio; b) instalaes sob comando; c) instalaes automticas.

Captulo III REAS E ALTURA DAS EDIFICAES Seo I REAS Art. 22 - Para fins de aplicao deste Cdigo no so contadas na rea das edificaes as reas correspondentes a: I - Reservatrios de gua, piscinas e assemelhados; II - Escadas enclausuradas protegidas fechadas; III - Escadas enclausuradas prova de fumaa e respectivas antecmaras; IV - Dutos de ventilao das sadas de emergncia. Pargrafo nico - Enquadram-se nas disposies deste artigo, nas edificaes classificadas como G-3, as reas correspondentes s coberturas das colunas de abastecimento, desde que totalmente abertas (sem paredes). Art. 23 - Exclusivamente para o clculo da populao, devem ser includas nas reas de pavimento: I - as reas de terraos e assemelhados com acesso de pblico; II - as reas totais cobertas de canchas, arquibancadas e assemelhados das edificaes classificadas nos grupos de ocupaes F-3, F-6 e F-8. Art. 24 - Exclusivamente para o clculo da populao, as reas de sanitrios nas ocupaes E e F so excludas das reas de pavimento. Seo II ALTURA Art. 25 - Para fins de aplicao desta Lei Complementar no so considerados na medio da altura das edificaes: I - pavimentos superiores destinados, exclusivamente, a casas de mquinas, reservatrios d' gua e assemelhados; II - mezaninos e galerias, desde que em conformidade com o Cdigo de Edificaes, respeitado, em qualquer caso, o limite mximo de 250m. Art. 26 - Na medio da altura das edificaes so considerados como pavimentos, devendo ser computados para fins de aplicao do disposto nas Tabelas 5 e 6, os terraos descobertos quando neles houver cargas combustveis, tais como materiais combustveis depositados, veculos estacionados e assemelhados. Pargrafo nico - Em edificaes que tiverem sadas para mais de uma via pblica em nveis diferentes, as alturas podem ser tomadas independentemente, em funo de cada uma delas.

Art. 27 - Havendo unidades autnomas do tipo duplex, triplex ou maiores e construes sobre terraos, devem ser utilizados os critrios da Tabela 4 para a determinao da altura da edificao: TABELA 4CRITRIOS ESPECIAIS DE MEDIO DA ALTURA QUANDO O LTIMO PAVIMENTO FOR CONSTITUDO POR: A MEDIO DA ALTURA FEITA AT O NVEL MAIS ELEVADO DO PISO:

Construo em terrao destinada a salo de recreao do pavimento onde se situa a entrada princicomo dependncia de utilizao exclusiva de cada unidade pal da unidade autnoma. autnoma, com acesso pelo interior da unidade; Unidades autnomas residenciais tipos duplex e triplex. Construo em terrao destinada a salo de recreao da construo no terrao. como dependncia de utilizao exclusiva de cada unidade autnoma, com acesso por circulao de uso comum; Construo em terrao destinada a salo de recreao como dependncia de uso comum da edificao; Apartamento de zelador ou usos assemelhados. da unidade

Unidades autnomas no-residenciais tipos duplex e tri- do ltimo pavimento da unidade. plex.

TTULO II EXIGNCIAS DE PROTEO CONTRA INCNDIO DE ACORDO COM AS CARACTERSTICAS DAS OCUPAES Captulo I EXIGNCIAS EM EDIFICAES DE OCUPAO NICA Art. 28 - Nas edificaes com somente uma ocupao predominante os equipamentos de proteo contra incndio so determinados pelo estabelecido nas Tabelas 5 e 6, em funo de sua rea total construda, rea do maior pavimento e altura. Pargrafo nico - Os cdigos de ocupaes da primeira coluna da Tabela 5 guardam correspondncia com as ocupaes da Tabela 1 (Classificao das Edificaes Quanto sua Ocupao/Uso).

Captulo II EXIGNCIAS EM EDIFICAES DE OCUPAO MISTA Art. 29 - Para a determinao dos equipamentos de proteo contra incndio a serem instalados em edificaes de ocupao mista, devem ser obedecidas s disposies das Tabelas 5 e 6 para a ocupao predominante de maior grau de risco incndio e o estabelecido neste Captulo, consideradas a altura e a rea totais da edificao.

Pargrafo nico - Nas edificaes de ocupao mista cujos riscos sejam isolados na forma do Captulo I do Ttulo III, os equipamentos so exigidos separadamente para cada uma das ocupaes predominantes, de acordo com as disposies das Tabelas 5 e 6. Art. 30 - Para efeito de instalao de extintores de incndio: I - quando os entrepisos forem de concreto armado a instalao deve ser determinada pelo maior grau de risco existente no pavimento, em cada pavimento; II - quando os entrepisos no forem de concreto armado o maior grau de risco prevalece para a instalao em toda a edificao. Pargrafo nico - Os extintores devem, em qualquer caso, ser instalados em toda a edificao. Art. 31 - A instalao hidrulica sob comando, obrigatria sempre que: I - a rea total construda for superior a 800m e a rea da ocupao maior grau de risco for superior a 400m, ou II - a ocupao de menor grau de risco, individualmente considerada, enquadrar-se nos parmetros das Tabelas 5 e 6, ou III - a altura total da edificao for superior a 12m. 1 - O dimensionamento da instalao, compreendendo a vazo, reservatrio, barrilete e coluna, deve ser determinado pela ocupao de maior grau de risco da edificao, quando com rea superior a 400m. 2 - O dimensionamento nos pavimentos obedece aos riscos existentes nestes pavimentos. de Art. 32 - A instalao hidrulica automtica (sprinklers), exigida quando: I - a rea total construda da edificao for superior a 1.600m, e a ocupao de maior risco (exceto D) ultrapassar 800m, ou II - a rea total construda da edificao for superior a 3.000m e a ocupao de maior risco for classificada como D e ultrapassar 1.600m, ou III - a ocupao de menor risco, individualmente considerada, enquadrar-se nos parmetros das Tabelas 5 e 6, ou IV - a altura total da edificao for superior a 20m. Pargrafo nico - O dimensionamento dessa instalao deve ser determinado pela ocupao de maior risco, quando com rea construda superior aos limites estabelecidos nos incisos I ou II. Art. 33 - A instalao de alarme acstico obrigatria em toda a edificao, quando: I - a parte no-residencial tiver rea construda superior a 800m, ou II - a parte residencial, individualmente considerada, estiver abrangida pelos parmetros das Tabelas 5 e 6. Art. 34 - A sinalizao de sadas e a iluminao de emergncia so obrigatrias sempre que as ocupaes, individualmente consideradas, estiverem enquadradas nos parmetros das Tabelas 5 e 6, sendo exigidas independentemente para cada uma delas. Art. 35 - A sada de emergncia (nmero e tipo), determinada em funo da ocupao de maior grau de risco, salvo se esta tiver rea igual ou inferior a 50m e classificar-se como de risco pequeno ou mdio.

TTULO III ESPECIFICAES DAS INSTALAES DE PROTEO CONTRA INCNDIO

Captulo I ISOLAMENTO DE RISCOS

Seo I DISPOSIES GERAIS Art. 36 - As edificaes ou partes de uma mesma edificao isoladas na forma deste Captulo, so consideradas edificaes distintas para efeitos de risco incndio e de aplicao das normas de proteo contra incndio. Art. 37 - O isolamento de riscos faculta a dispensa de instalaes de proteo contra incndio, quando exigidas pelo critrio limite de reas, no as dispensando, porm, quando exigidas pelo critrio limite de altura. Pargrafo nico - O isolamento de riscos no dispensa a instalao de extintores de incndio. Art. 38 - Em qualquer caso, as edificaes isoladas, ou partes isoladas de uma mesma edificao, devem ser dotadas de sadas independentes, as quais devem conduzir a populao da edificao para via pblica, ou espao livre descoberto a ela ligado, diretamente ou atravs de circulao com caractersticas de sada de emergncia, projetada de acordo com o disposto no Captulo II deste Ttulo. Pargrafo nico - Quando a sada para a via pblica for atravs de corredor enclausurado, este pode ser comum a vrios setores isolados. Art. 39 - No caso de edificaes de ocupao mista, para as quais houver exigncias de sadas de emergncia, o isolamento entre os diferentes riscos possibilita que a escolha do tipo de escada a ser utilizada na edificao, conforme estabelecido no Ttulo II, seja feita de forma independente para cada um dos riscos isolados. Art. 40 - O isolamento de riscos pode ser obtido por: I - afastamento entre edificaes; II - compartimentao horizontal; III - compartimentao vertical.

Seo II AFASTAMENTO ENTRE EDIFICAES Art. 41 - Com vista ao isolamento de riscos, considera-se afastamento a distncia mnima de 3m compreendida entre aberturas de edificaes, cujas paredes so paralelas ou oblquas entre si.

1 - Havendo beirados, balanos, marquises, ou assemelhados, a distncia de 3m contada a partir da extremidade dos mesmos. 2 - Os espaos que constituem afastamento entre edificaes no podem ser utilizados como depsitos de materiais combustveis ou assemelhados. Art. 42 - Nenhum vo voltado para a divisa poder distar menos de 1,50m desta. Art. 43 - O afastamento entre edificaes no fica prejudicado quando estas edificaes forem interligadas por: I - passadios abertos, executados em material incombustvel, projetados de forma a no permitir a propagao do incndio sob ou atravs dos mesmos; II - passagens cobertas abertas, localizadas ao nvel do trreo, cuja cobertura seja incombustvel e cuja largura mxima seja de 3m. Pargrafo nico - As passagens cobertas referidas no inciso II podem ser fechadas em um dos lados, desde que seu comprimento tenha, no mnimo, o dobro de sua largura. Seo III COMPARTIMENTAO HORIZONTAL Art. 44 - A compartimentao horizontal feita por paredes cortafogo, as quais devem ser executadas em alvenaria de tijolos macios, tendo as seguintes resistncias mnimas ao fogo: I - 4h, quando um ou ambos os setores isolados forem de risco mdio ou grande; II - 2h, quando ambos os setores isolados forem de risco pequeno. Art. 45 - Quaisquer que sejam os riscos isolados, as paredes cortafogo devem ultrapassar, obrigatoriamente, no mnimo 0,50m, o telhado mais elevado (Fig. 1).

FIG. 1 1 - O prolongamento da parede corta-fogo sobre o telhado deve ter as mesmas caractersticas construtivas desta parede. 2 - Dispensa-se o prolongamento quando a distncia vertical entre os telhados de cada risco for igual ou maior que 3m (Fig.2) ou quando pelo menos um dos riscos isolados tiver o forro do ltimo pavimento executado em concreto armado resistente a 4h de fogo.

FIG. 2 Art. 46 - As aberturas em parede corta-fogo, para a passagem de canalizaes, s sero permitidas quando adequadamente vedadas e protegidas. Art. 47 - A abertura de vos em paredes corta-fogo, seja de que tipo for, deve ser dotada de porta corta-fogo, de acordo com o estabelecido no Captulo III deste Ttulo. Art. 48 - As aberturas pertencentes aos riscos isolados devem manter afastamentos mnimos horizontais entre si, nas seguintes condies: I - quando as aberturas consideradas estiverem localizadas em paredes paralelas, perpendiculares ou oblquas, o afastamento deve ser de 3m (Figuras 3 e 4); II - quando as aberturas consideradas estiverem localizadas no mesmo plano de fachada, em lados opostos da parede corta-fogo, o afastamento deve ser de 1,40m (Fig. 5). Art. 49 - O afastamento de 1,40m entre aberturas situadas no mesmo plano de fachada pode ser substitudo por: I - moldura vertical, prolonga a parede corta-fogo alm do paramento externo da fachada, com a dimenso mnima de 50cm, ultrapassando 50cm ou mais, a verga da abertura mais elevada e tendo a mesma resistncia ao fogo da parede corta-fogo (Fig. 6); II - recuo de alinhamento de fachada, junto parede corta-fogo, com a dimenso mnima de 90cm (Fig. 7).

FIG. 3 (Planta baixa)

FIG. 4 (Planta baixa)

FIG 5 (Planta baixa)

FIG. 6 (Planta baixa)

FIG. 7 (Planta baixa)

FIG. 8 (Planta baixa)

Pargrafo nico - Para aplicao do disposto no inciso II deste artigo, sempre que houver projeo de balanos e/ou de coberturas de quaisquer tipos, tais como corpos avanados, beirais, marquises e assemelhados, a dimenso mnima do afastamento exigido deve ser tomada entre a projeo do balano ou cobertura da fachada recuada e o plano da fachada avanada (Fig. 8).

Seo IV COMPARTIMENTAO VERTICAL Art. 50 - A compartimentao vertical constituda por entrepiso executado em concreto armado, resistente a 4h de fogo, devendo as aberturas pertencentes aos riscos isolados, localizados no mesmo plano de fachada, manter entre si afastamentos mnimos de 3m (Fig. 9). Art. 51 - O afastamento de 3m pode ser substitudo por: I - aba ou marquise corta-fogo, executada em concreto armado, com a mesma resistncia ao fogo da estrutura do entrepiso, com balano mnimo de 90cm medido a partir do paramento externo da fachada do pavimento superior (Fig. 10); II - recuo mnimo de 90cm do pavimento superior (Fig. 11). Pargrafo nico - O recuo de que trata o inciso II pode ser constitudo por terrao, desde que descoberto e dotado de parapeito macio e resistente ao fogo.

FIG. 9 (Corte)

FIG. 10 (Corte)

FIG. 11 (Corte)

FIG. 12 (Corte)

Art. 52 - Balano, para ser admitido como compartimentao vertical entre pavimentos, deve possibilitar o afastamento mnimo de 3m, tal como estabelecido no art. 50, o qual pode ser obtido pela soma das dimenses dos segmentos de construo correspondentes a: I - verga da abertura do pavimento inferior; II - projeo do balano; III - peitoril da abertura do pavimento superior (Fig.12). Art. 53 - A compartimentao vertical tambm pode ser obtida, por meio de pavimento em pilotis de transio entre atividades, tal como definido no PDDU, desde que este pavimento: I - seja ocupado apenas com caixa de escada, poos de elevadores, saguo de circulao e estacionamentos; II - seja recuado, assim como os pavimentos que se situarem acima dele, no mnimo 3m em relao ao(s) pavimento(s) inferior(es).

1 - Havendo estacionamentos junto ao permetro do pavimento em pilotis, este deve ser guarnecido por murada de alvenaria ou concreto com altura mnima de 1,20m (Fig. 13). 2 - Caso haja neste pavimento outras ocupaes condominiais, tais como apartamento de zelador, vestirios e sanitrios, sales de festas, de jogos e assemelhados, as aberturas destes devem obedecer, em relao s aberturas de outros setores isolados, s disposies dos artigos 50 e 51.

FIG. 13 (Corte)

Seo V DISPOSIES COMPLEMENTARES Art. 54 - As estruturas e paredes de concreto armado que cumprirem funo corta-fogo devem sempre ter resistncia ao fogo mnima de 4h (ver art. 18). Pargrafo nico - Tambm devem ter resistncia ao fogo mnima de 4h as paredes construdas nas divisas dos lotes, nas edificaes com ocupaes classificadas no Grupo I. Art. 55 - Fica admitida a compartimentao por aba ou marquise em afastamentos laterais, decorrentes da altura da edificao, tal como definido no PDDU, somente quando restar livre a medida de 3m alm da extremidade da aba ou marquise.

Art. 56 - A compartimentao por aba ou marquise corta-fogo no pode ser utilizada nas seguintes situaes: I - sob projeo de balanos de pavimento, corpos avanados ou marquises de quaisquer espcies, salvo quando a projeo da aba ou marquise sobressair ao balano nas dimenses mnimas exigidas; II - no interior de dutos e poos de ventilao; III - em ptios abertos, principais ou secundrios, tal como referido no Cdigo de Edificaes, salvo quando o dimetro do crculo a inscrever no ptio for de, no mnimo, 3m, no sendo admitida, em qualquer caso, a superposio de aba ou marquise corta-fogo com o crculo a inscrever no ptio; IV - no interior de ptios fechados, tal como definido no Cdigo de Edificaes, salvo quando atendidas as exigncias do art. 58. Art. 57 - A moldura vertical no pode ser utilizada sob projeo de balanos de pavimentos, corpos avanados, abas ou marquises de quaisquer espcies. Art. 58 - Fica admitida a compartimentao por aba ou marquise no interior de ptios fechados somente quando estes obedecerem, simultaneamente, s seguintes condies: I - forem localizados, exclusivamente, junto s divisas de fundos dos lotes; II - tiverem rea mnima de 30m ; III - permitirem a inscrio de um crculo cujo dimetro seja, em qualquer caso, dimensionado conforme o padro estabelecido para ptios fechados pelo Cdigo de Edificaes, no sendo admitida a superposio da projeo da aba ou marquise com o crculo. Art. 59 - Na compartimentao executada na forma deste Captulo, os dutos de ventilao mecnica, ar condicionado ou outros assemelhados, devem ser completamente independentes para cada setor compartimentado, ou dotados de dampers corta-fogo. Art. 60 - Em edificaes com isolamento de riscos por compartimentao vertical, as escadas e elevadores que atenderem, simultaneamente, a ambos os riscos devem ser: I - as escadas: a) prova de fumaa, quando, de acordo com os parmetros das Tabelas 5 e 6, a edificao for dotada de escadas enclausuradas; b) isoladas do restante do pavimento por paredes corta-fogo, nas condies do art. 44, dotadas de PCF, quando, de acordo com os parmetros das Tabelas 5 e 6, a edificao for dotada de escadas no enclausuradas; II - os poos de elevadores, isolados por paredes e portas cortafogo. 1 - No sendo colocada porta corta-fogo no poo do elevador, o saguo de elevadores dever ser isolado do restante do pavimento por paredes resistentes a 4h de fogo, dotadas de portas corta-fogo. 2 - O isolamento a que se refere o inciso II deste artigo dispensvel na descarga, quando no houver pavimentos sob esta atendidos por elevador.

Captulo II SADAS DE EMERGNCIA Art. 61 - A sada de emergncia compreende o seguinte: I - acessos ou rotas de sada horizontais; II - escadas (enclausuradas ou no) e/ou rampas; III - descarga. Art. 62 - O nmero mnimo de sadas e os tipos de escadas exigidos para os diversos tipos de ocupao, em funo da altura e dimenses em planta de cada edificao, acham-se nas Tabelas 5 e 6. 1 - O nmero de sadas ser aumentado em funo das disposies da Tabela 8 (art. 74). 2 - A escada no enclausurada est dispensada do atendimento dos artigos 93 a 98 (escadas enclausuradas protegidas e prova de fumaa) e 103 a 105 (escadas prova de fumaa pressurizadas) e, ainda, das condies de enclausuramento da descarga. Seo I LARGURA DAS SADAS Art. 63 - A largura das sadas de emergncia deve ser dimensionada em funo da populao da edificao, sendo obtida pela seguinte frmula: N=P/C Onde: N = nmero de unidades de passagem que a sada deve ter; P = populao, conforme coeficiente da Tabela 7 e critrios do art. 64; C = capacidade da unidade de passagem, conforme Tabela 7. TABELA 7 - Dados para o dimensionamento das sadas POPULAO CAPACIDADE DA UNIDADE OCUPAO GR A B C D E DIVISO A-1, A-2 2 pessoas por dormitrio 2 pessoas por dormitrio e 1 pessoa A-3por 4m de rea de alojamento (1) 1 pessoa por 15m de rea (2) (3) 1 pessoa por 3m de rea, para trreo e subsolo e 1 pessoa por 5m para pavimentos superiores 1 pessoa por 9m de rea E-1 a E-4 1 aluno por m de sala de aula E-5, E-6 1 pessoa por 1,50m de rea 1 pessoa por 3m de rea F-1 Uma pessoa por m de rea (4) F-2, F-3 DE PASSAGEM ACESSO E ESCADAS PORTAS DECARGAS E RAMPAS 60 45 100

100

60

100

30

22

30

F

F-4, F-6 F-7, F-8

100

75

100

G

1,2 pessoa/assento fixo definido no projeto G-1, G-2, 1 pessoa por 40 vagas de veculo

F-5,

G-3 G-4, G-5 1 pessoa por 20m de rea 1 pessoa por 9m de rea H-1 2 pessoas por dormitrio e uma pesH-2soa por 4m de rea de alojamento (1) 1,5 pessoa por leito (5) H H-3 (Consultar normas especficas) H-4, H-5 Uma pessoa por 10m de rea (6) I Uma pessoa por 30m de rea (6) J OBSERVAES:

100 60 30 60 100

60 45 22 45 60

100 100 30 100 100

1) Alojamento = dormitrio coletivo, com mais de 10m. 2) Por rea entende-se a rea de pavimento que abriga a populao em foco, conforme 6.5 e artigos 22 a 24. Quando discriminado o tipo de rea (p. ex. rea de alojamento), usa-se a rea til interna da dependncia em questo. 3) Centros de convenes em hotis e situaes assemelhadas no so considerados ocupaes subsidirias desses, devendo ser enquadrados no grupo de ocupao F-5. 4) As cozinhas e suas reas de apoio, nas ocupaes F-6 e F-7 tm sua ocupao admitida como no grupo D. 5) Em hospitais e clnicas com internamento (H-3) que tenham pacientes ambulatoriais, acresce-se rea calculada por leito a rea de pavimento correspondente ao ambulatrio, na base de uma pessoa por 7m. 6) A parte de atendimento ao pblico de comrcio atacadista deve ser considerada no grupo C.

Pargrafo nico - Se, no emprego da frmula, N resultar nmero fracionrio, este deve ser arredondado para nmero inteiro. Art. 64 - No dimensionamento da largura deve ser observado o seguinte: I - os acessos devem ser dimensionados em funo da populao a que servirem, nos respectivos pavimentos; II - as escadas, rampas e descargas so dimensionadas em funo do pavimento de maior populao, o qual determina as larguras mnimas para os lanos correspondentes aos demais pavimentos, considerando-se o sentido da sada. Art. 65 - As larguras mnimas das sadas, para as edificaes em geral, devem ser de 1,10m, correspondendo a duas unidades de passagem de 0,55m. Pargrafo nico - No se enquadram nas disposies deste artigo: I - as ocupaes do Grupo H, diviso H-3, que devem ter largura mnima de 2,20m; II - as escadas no enclausuradas das galerias e centros comerciais, que devem ter largura mnima de 1,65m. Art. 66 - A largura das sadas deve ser medida em sua parte mais estreita, no sendo admitidas salincias de alizares, pilares, e outros, com dimenses maiores que as indicadas na Fig. 14, e estas somente em sadas com largura superior a 1,10m.

Art. 67 - As portas das escadas, ao abrir, no podem reduzir a largura mnima exigida dos patamares. Pargrafo nico - Fica admitido que os corrimos das escadas (mas no as guardas) projetem-se at 10cm de cada lado, sem obrigatoriedade de aumento na largura exigida.

FIG. 14 - Medida da largura em corredores e passagens

FIG. 15 - Abertura de portas no sentido da sada

Art. 68 - As portas que abrem para dentro de rotas de sada, em ngulo de 180, em seu movimento de abrir, no sentido do trnsito de sada, no podem diminuir a largura efetiva destas em valor menor que a metade, sempre mantendo uma largura mnima livre de 1,10m para as ocupaes em geral e de 1,65m para as do Grupo F (Fig. 15). Art. 69 - As portas que abrem no sentido do trnsito de sada, para dentro de rotas de sada, em ngulo de 90, devem ficar em recessos de paredes, de forma a no reduzir a largura efetiva em valor maior que 0,10m (Fig. 15). Seo II EXIGNCIAS ADICIONAIS SOBRE SADAS Art. 70 - As paredes das sadas de emergncia devem ter acabamento liso. Art. 71 - As sadas de emergncia devem permanecer desobstrudas em todos os pavimentos, ficando livres de quaisquer obstculos, tais como mveis, divisrias mveis, exposio de mercadorias, depsitos de materiais de quaisquer espcies e assemelhados. Seo III ACESSOS Art. 72 - Os acessos devem satisfazer s seguintes condies: I - ter p-direito mnimo de 2,20m, com exceo de obstculos representados por vigas, vergas de portas e outros, cuja altura mnima livre deve ser de 2,10m; II - ter pisos e paredes revestidos com materiais resistentes ao fogo e que no desprendam gases txicos sob a ao do fogo.

Art. 73 - As distncias mximas a serem percorridas no pavimento para atingir um local seguro, devem considerar: I - as condies de risco em funo das caractersticas construtivas da edificao; II - o acrscimo de risco quando a fuga possivel em apenas um sentido; III - a reduo de risco em caso de proteo por chuveiros automticos; IV - a reduo de risco pela facilidade de sadas em edificaes trreas. Art. 74 - As distncias mximas a serem percorridas constam da Tabela 8. TABELA 8 - DISTNCIAS MXIMAS A SEREM PERCORRIDAS NO PAVIMENTO PARA ATINGIR UM LOCAL SEGUROTipo de edificao (caractersticas construtivas) X Y Z Grupo e diviso de ocupao Edificao no dotada de chuveiros automticos Nmero de sadas Uma Mais de uma 10m 20m 30m 40m 20m 30m 40m 50m Edificao dotada de chuveiros automticos Nmero de sadas Uma Mais de uma 25m 35m 35m 45m 45m 55m 55m 65m

Qualquer Qualquer C, D, E, F, G-3, G-4, G-5, H, I A, B, G-1, G-2, J

1 - Para uso da Tabela 8 devem ser consideradas as caractersticas construtivas da edificao (edificaes tipo X, Y e Z), constantes da Tabela 3. 2 - A distncia mxima a percorrer deve ser medida dentro do permetro do pavimento, entre o ponto mais afastado e a porta de entrada da antecmara ou da escada (ou o primeiro degrau no caso de escadas abertas), sem considerar as paredes internas. Art. 75 - Em edificaes trreas, pode ser considerada como sada, para efeito da distncia mxima a ser percorrida, qualquer abertura, sem grades fixas, com peitoril, tanto interna como externamente, com altura mxima de 1,20m, vo livre com rea mnima de 1,20m e nenhuma dimenso inferior a 1m. Seo IV ANTECMARAS Art. 76 - As antecmaras para ingresso nas escadas enclausuradas (Fig. 16), devem: I - ser construdas com paredes resistentes a, no mnimo, 2h de fogo; II - ter comprimento mnimo de 1,80m; III - ter p-direito mnimo de 2,50m;

IV - ser dotadas de portas, atendendo ao Captulo III deste Ttulo; V - ser ventiladas por dutos de entrada de ar (DE) e duto de sada de ar (DS), de acordo com as disposies da Seo V; VI - ter a abertura de sada de ar situada, no mximo, a uma distncia horizontal de 3m da porta de entrada da antecmara, e a abertura de entrada de ar situada, no mximo, a uma distncia horizontal de 3m da porta de entrada da escada. Pargrafo nico - Como comprimento mnimo exigido no inciso II deste artigo entende-se o espao a ser percorrido entre a porta de entrada na antecmara e a porta de ingresso na caixa da escada, ao longo do qual devem estar localizados os dutos de ventilao natural.

FIG. 16 - Escada enclausurada prova de fumaa e sua antecmara Seo V DUTOS DE VENTILAO NATURAL Art. 77 - Os dutos de ventilao natural devem formar um sistema integrado por um duto de entrada de ar (Fig. 17) e um duto de sada de ar (Fig. 18), os quais devem obedecer ao seguinte: I - a abertura de entrada de ar do duto respectivo deve estar situada junto ao piso ou, no mximo, a 15cm deste, tendo rea mnima de 0,84m e, quando retangular, obedecendo proporo mxima de 1:4 entre suas dimenses; II - a abertura de sada de ar do duto respectivo deve estar situada junto ao teto ou, no mximo, a l5cm deste, tendo rea mnima de 0,84m e, quando retangular, obedecendo proporo mxima de 1:4 entre suas dimenses; III - entre as aberturas de entrada e de sada de ar deve haver distncia vertical mnima de 1,80m, medida eixo a eixo (Fig. 19).

FIG. 17 - Corte AB - duto de sada de ar

FIG. 18 - Corte CD - duto de entrada de ar

Art. 78 - Os dutos de ventilao natural devem: I - ter paredes resistentes, no mnimo, a 2h de fogo; II - ter revestimento interno liso; III - ter somente as aberturas exigidas no artigo anterior (exceto porta bem vedada para manuteno); IV - ter seco mnima calculada pela seguinte expresso: = 0,105 n Onde = seco mnima do duto, em m; n = nmero de pavimentos ventilados pelo duto. V - ter, em qualquer caso, rea no inferior a 0,84m e, quando de seco retangular, obedecer proporo mxima de 1:4 entre suas dimenses;

VI - no ser utilizados para a instalao de quaisquer equipamentos ou canalizaes.

FIG. 19 -Corte EF - vista das aberturas de ventilao Art. 79 - Os dutos de sada de ar devem ainda: I - elevar-se 3m acima do eixo da abertura de ventilao do ltimo pavimento servido pelo duto, devendo seu topo situar-se a 1m acima de qualquer elemento construtivo existente sobre a cobertura; II - ter, quando no forem totalmente abertos no topo, aberturas de sada de ar com rea efetiva superior ou igual a 1,5 vez a rea da seco do duto, guarnecidas ou no por venezianas ou equivalente, devendo estas aberturas serem dispostas em, pelo menos, duas das faces opostas e se situar em nvel superior a qualquer elemento construtivo do prdio (reservatrios, casas de mquinas, cumeeiras, muretas e outros); III - ser fechados na base. Art. 80 - Alm do disposto nos artigos 77 e 78 os dutos de entrada de ar devem: I - ser totalmente fechados em sua extremidade superior; II - ter abertura em sua extremidade inferior que assegure a captao de ar fresco respirvel, devendo esta abertura ser dotada de tela ou venezianas de material incombustvel que no diminua a rea efetiva de ventilao. Art. 81 - A seo do trecho horizontal do duto de entrada de ar deve: I - ser, no mnimo, igual da seo do trecho vertical do duto, em edifcios com altura igual ou inferior a 30m; II - ser igual a 1,5 vez a rea da seo do trecho vertical do duto, no caso de edificaes com mais de 30m de altura. Pargrafo nico - Quando o trecho horizontal do duto de entrada de ar atravessar locais sem risco de irrupo de incndio, pode ser executado com materiais que no atendam ao disposto no inciso I do art. 78, tais como: chapa metlica, fibra de vidro, gesso cartonado e outros.

Art. 82 - A tomada de ar do duto de entrada de ar deve ficar longe de qualquer eventual fonte de fumaa em caso de incndio e, de preferncia, ao nvel do solo ou abaixo deste. Seo VI SACADAS, VARANDAS E TERRAOS Art. 83 - As sacadas (balces Fig. 20), varandas (Fig. 21), terraos e assemelhados, para ingresso em escadas enclausuradas prova de fumaa, devem atender aos seguintes requisitos: I - ser dotados de portas na entrada e na sada, atendendo ao Captulo III deste Ttulo; II - ter guarda de material incombustvel e no vazada com altura mnima de 1,30m; III - ter piso com desnvel mximo de 30mm em relao ao piso dos compartimentos internos do prdio e da caixa da escada; IV - em se tratando de terraos a cu aberto, no situado no ltimo pavimento, o acesso deve ser protegido por marquise com largura mnima de 1,20m.

FIG. 20 - Sacada para ingresso na escada prova de fumaa

FIG. 21 - Varanda para ingresso na escada prova de fumaa

Art. 84 - A distncia horizontal entre o paramento externo das guardas das sacadas, varandas e terraos que sirvam para ingresso s escadas enclausuradas prova de fumaa e qualquer outra abertura desprotegida do prprio prdio ou das divisas do lote deve ser, no mnimo, de 5m. Art. 85 - A distncia estabelecida no artigo anterior pode ser de 3m, se: I - a edificao for dotada de chuveiros automticos e, II - na edificao considerada no houver ocupaes classificadas como risco grande. Seo VII ESCADAS Subseo I GENERALIDADES

Art. 86 - Em qualquer edificao, os pavimentos sem sada em nvel para o espao livre exterior devem ser dotados de escadas, enclausuradas ou no, as quais devem: I - quando enclausuradas, ser construdas com material incombustvel, admitindo-se o uso de madeira nas guardas, corrimos e revestimento dos degraus; II - quando no enclausuradas, alm da incombustibilidade, oferecer resistncia ao fogo nos elementos estruturais. Pargrafo nico - Excetuam-se das disposies do inciso II as edificaes de dois pavimentos. Art. 87 - As escadas devem: I - ser dotadas de guardas em seus lados abertos, conforme estabelecido na Seo IX deste Captulo; II - ser dotadas, em todo o seu permetro e em ambos os lados de seus lanos, de corrimos, conforme estabelecido na Seo IX deste Captulo (ver Figuras 16, 24, 25, 26 e 27); III - atender a todos os pavimentos, acima e abaixo da descarga; IV - quando enclausuradas, terminar obrigatoriamente no pavimento de descarga, no podendo ter comunicao direta com lanos de acesso a pavimentos em nvel inferior quele (Fig. 22); V - ter os pisos com condies antiderrapantes, e que permaneam antiderrapantes com o uso; VI - ter, quando se desenvolverem em lanos paralelos, espao mnimo de 10cm entre lanos; VII - permitir passagem com altura mnima no inferior a 2,10m, em toda sua extenso.

FIG. 22 - Segmentao das escadas no pavimento de descarga Art. 88 - Nas caixas de escadas, no podem existir aberturas para tubulaes de lixo, passagens para rede eltrica, centros de distribuio eltrica, armrios para medidores de gs e assemelhados, excetuadas as escadas

no enclausuradas e as enclausuradas protegidas abertas (art. 96). (Ver 1 do art. 18.) Pargrafo nico - Admite-se que as baterias dos sistemas de iluminao de emergncia e sinalizao de sadas possam ser instaladas no segmento inferior das caixas das escadas. Subseo II DEGRAUS E PATAMARES Art. 89 - Os degraus devem: I - ter altura h (ver Fig. 23) compreendida entre 16cm e 18,5cm; II - ter largura b (ver Fig. 23) dimensionada pela frmula de Blondel: 63 cm (2h + b) 64 cm; III - ser balanceados, quando o lano da escada for misto (escada em leque com degraus desiguais). (Fig. 24); IV - ter, num mesmo lano, larguras e alturas iguais e, em lanos sucessivos de uma mesma escada, diferenas entre as alturas de degraus de, no mximo, 5mm; V - ter balano da quina do degrau sobre o imediatamente inferior com valor mnimo de 1,5cm (Fig. 23) ou bocel (nariz) com este mesmo valor mnimo.

FIG. 23 - Altura e largura do degrau (com e sem bocel) Art. 90 - O lano mnimo deve ser de trs degraus e o lano mximo, entre dois patamares consecutivos, no deve ultrapassar 3,70m de altura. Pargrafo nico - Exceto nas caixas das escadas, so admitidos degraus isolados somente quando: I - constiturem soleiras de portas; ou II - ficarem perfeitamente balizados por elementos construtivos adjacentes.

Art. 91 - O comprimento dos patamares deve ser: I - quando se tratar de escada reta ou escada com degraus em leque, medido na direo do trnsito e obedecendo frmula: p= (2h + b) n + b. em que n um nmero inteiro (1, 2 ou 3); II - quando h mudana de direo da escada sem degraus em leque, no mnimo, igual largura da escada, no se aplicando, neste caso, a frmula anterior. Art. 92 - Em ambos os lados dos vos de portas, deve haver patamares com comprimento mnimo igual largura da folha da porta, no sentido de sua abertura, respeitando em ambos os lados o mnimo de 60cm. Subseo III ESCADAS ENCLAUSURADAS PROTEGIDAS (EP) Art. 93 - As escadas enclausuradas protegidas (Fig. 25) devem atender aos requisitos dos artigos 86 a 92 e, se for o caso, aos requisitos dos artigos 99 a 102, e mais os seguintes: I - ser construdas com paredes resistentes a 2h de fogo, no mnimo; II - ter as portas de acesso atendendo ao estabelecido no Captulo III deste Ttulo; III - ser dotadas em todos os pavimentos (dispensvel no da descarga) de janelas abrindo para o espao livre exterior, atendendo ao previsto no art. 94.

FIG. 24 - Escada enclausurada protegida FIG. 25 - Escada enclausurada protegida com degraus em leque balanceados (fechada)

Pargrafo nico - Alternativamente, a ventilao da caixa da escada pode ser obtida por sistema de dutos de ventilao natural, atendendo ao disposto nos artigos 77 a 82, desde que se trate de escada fechada e as aberturas de ventilao dos dutos se localizem a uma distncia mxima de 3m da porta de acesso escada (Fig. 26). Art. 94 - As janelas das escadas protegidas devem: I - ter o peitoril, no mnimo, a 1,10m acima do piso do patamar ou degrau adjacente; II - ter largura mnima de 0,80m; III - ter rea de ventilao efetiva mnima de 0,80m, em cada pavimento; IV - ter rea mxima de 1,60m; V - ser dotadas de vidros de segurana aramados ou temperados, com rea mxima de 0,50m cada um; VI - ser construdas em materiais resistentes ao calor, sendo vedado o uso de plsticos; VII - ter, nos caixilhos mveis, movimento que no prejudique o trfego da escada e no oferea dificuldade de abertura ou fechamento. Pargrafo nico - As janelas das escadas protegidas podem ser dispensadas do uso de vidros de segurana aramados ou temperados quando distarem, no mnimo: I - 3m, em projeo horizontal, das divisas do lote ou de quaisquer outras aberturas na prpria edificao ou em outras edificaes, localizadas em paredes perpendiculares, paralelas ou oblquas; II - 1,40m de outras aberturas no mesmo plano de parede e no mesmo nvel. Art. 95 - Na impossibilidade de colocao de janela ou sistema de dutos na caixa da escada enclausurada protegida, conforme dispe o art. 93, os corredores de acesso devem: I -ser ventilados por janelas que: a) se situem, todas, junto ao teto ou, no mximo, a 15cm deste; b) abram para o espao livre exterior; c) atendam s exigncias do art. 94; d) sejam, de preferncia, do tipo basculante, sendo vedados os tipos de abrir com eixo vertical e "maximar"; e) diste, pelo menos uma, a no mximo 15m da porta da escada, ou, II - ter sua ligao com a caixa da escada por meio de antecmara ventilada, executada nos moldes do especificado no art. 76. Pargrafo nico - No caso de pavimentos abertos destinados a estacionamento e/ou pilotis pode ser dispensada a ventilao com as caractersticas tcnicas exigidas neste artigo, desde que fique perfeitamente claro no projeto que haver garantia de que: I - estes ambientes sejam indivisveis; II - haja ventilao cruzada.

FIG. 26 - Escada enclausurada protegida

Fig. 27 - Escada enclausurada protegida (aberta)

Art. 96 - Em edificaes com ocupao exclusivamente A-2 e pavimentos com rea inferior a 800m, as portas de acesso s unidades autnomas podem abrir diretamente para o ambiente da escada enclausurada protegida (EP aberta - Fig. 27), desde que: I - no haja mais de quatro unidades autnomas por pavimento; II - as portas destas unidades autnomas sejam do tipo PRF, atendendo ao exigido no Captulo III deste Ttulo; III - o patamar e eventual corredor a ele anexo no totalizem mais de 12m; IV - a escada seja interrompida ao nvel da descarga, no indo at eventual subsolo; V - a ventilao seja feita, exclusivamente, por meio de janelas abrindo para o espao livre exterior, atendendo ao previsto no art. 94. Pargrafo nico - Na hiptese deste artigo os equipamentos, tais como centros de distribuio eltrica, tubos de lixo e assemelhados devem ser localizados somente na circulao de acesso. Subseo IV ESCADAS ENCLAUSURADAS PROVA DE FUMAA (PF) Art. 97 - As escadas enclausuradas prova de fumaa (Fig. 16), devem atender ao estabelecido nos artigos 86 a 92 e ao seguinte: I - ter suas caixas isoladas por paredes resistentes a 4h de fogo;

II - ter ingresso por antecmaras ventiladas, sacadas, varandas ou terraos, atendendo as primeiras ao prescrito no art. 76 e os ltimos nos artigos 83 a 85; III - ser providas de portas, atendendo ao Captulo III deste Ttulo, em sua comunicao com a antecmara; IV -ser providas de portas, atendendo ao Captulo III deste Ttulo, em sua terminao em comunicao com a descarga, exceto quando esta der diretamente para pavimento em pilotis ou para o espao livre exterior. Art. 98 - A iluminao natural das caixas de escadas enclausuradas prova de fumaa, quando houver, deve ser obtida por abertura provida de caixilho, atendendo aos seguintes requisitos: I - ser de perfil de ao, provido de fecho acionvel por chave ou ferramenta especial, devendo ser aberto somente para fins de manuteno ou emergenciais; II - ser guarnecido com vidro aramado, malha de 12,5mm, com espessura mnima de 6mm; III - ter rea mxima de 0,50m quando em paredes voltadas para o exterior; IV - ter rea mxima de 1m quando em parede voltadas para antecmara, sacada ou varanda. 1 - As janelas para iluminao natural das caixas das escadas enclausuradas prova de fumaa podem ser executadas com materiais diversos do previsto no inciso I, desde que resistentes ao calor e distando, no mnimo: I - 3m, em projeo horizontal, das divisas do lote ou de quaisquer outras aberturas na prpria edificao ou em outras edificaes, localizadas em paredes perpendiculares, paralelas ou oblquas; II - 1,40m de outras aberturas no mesmo plano de fachada e no mesmo nvel. 2 - Havendo mais de uma abertura de iluminao, a distncia entre elas no pode ser inferior a 0,50m, e a soma de suas reas no deve ultrapassar dez por cento da rea da parede em que estiverem situadas. Subseo V ESCADAS COM LANOS CURVOS Art. 99 - As escadas com lanos curvos podem ser utilizadas em sadas de emergncia quando: I - s atenderem edificaes do Grupo A; II - tratar-se de escadas no enclausuradas (escadas comuns); III - os lanos curvos forem constitudos de degraus em leque iguais (as linhas de bocis convergindo em um ponto); IV - tiverem larguras entre 1,10m e 1,65m, sem corrimo intermedirio; V - atenderem a todas as exigncias dos artigos 86 a 92. Pargrafo nico - No se enquadram no inciso II as edificaes com ocupaes E, F-3, F-5 e H-3, salvo quando o raio da bomba for, no mnimo, igual ao dobro da largura da escada, e esta largura for, no mximo, de 2m.

Art. 100 - As escadas prova de fumaa no podem ter lanos curvos. Subseo VI ESCADAS COM LANOS MISTOS Art. 101 - As escadas com lanos mistos (escadas em leque com degraus desiguais), podem ser utilizadas em sadas de emergncia nas seguintes condies (ver Fig. 24): I - devem obedecer aos incisos I e II e ao pargrafo nico do art. 99; II - os degraus em leque devem ser balanceados, com largura (b) constante na linha de percurso; III - a borda interna (borda da bomba) do degrau em posio mais desfavorvel deve ter, no mnimo, 15cm; IV - devem ser respeitadas todas as exigncias dos artigos 86 a 92. Art. 102 - No so admissveis lanos mistos em escadas enclausuradas prova de fumaa. Subseo VII ESCADAS PROVA DE FUMAA PRESSURIZADAS (PFP) Art. 103 - A condio de escada prova de fumaa pode ser obtida pelo mtodo de pressurizao, a partir da norma BS-5588/4, da British Standards Institution, ou outra norma internacional de comprovada eficcia, enquanto no houver norma brasileira disponvel. Art. 104 - As escadas prova de fumaa pressurizadas podem sempre substituir, onde indicado neste Cdigo, as escadas enclausuradas prova de fumaa ventiladas naturalmente (PF). Pargrafo nico - As escadas pressurizadas dispensam antecmara, devendo atender s exigncias dos incisos I e IV do art. 97. Art. 105 - As escadas pressurizadas devem ser dotadas de dois ventiladores, pelo menos, um para uso permanente, em condies normais, e outro que deve comear a funcionar automaticamente, no caso de incndio, aumentando a presso interna. Pargrafo nico - Os insufladores de ar devem ficar em local protegido contra eventual fogo e ter fonte alimentadora prpria, que assegure um funcionamento mnimo de 4h, para quando ocorrer falta de energia na rede pblica. Subseo VIII ESCADAS SECUNDRIAS Art. 106 - As escadas de uso secundrio ou eventual, tais como as de acesso a depsitos e mezaninos com at 30m2 de rea, terraos de cobertura de uso privativo, adegas, garagens de habitaes unifamiliares, garagens de outras atividades com at quatro vagas e assemelhados, ficam dispensadas das exigncias previstas nos artigos 63 a 71 e 86 a 92.

Pargrafo nico - As escadas de acesso a depsitos, mezaninos ou giraus com rea superior a 30m2 e at 80m2, devem observar largura mnima de 0,90m. Seo VIII RAMPAS Art. 107 - O uso de rampas obrigatrio nos seguintes casos: I - para unir dois pavimentos de diferentes nveis em acesso a reas de refgio em edificaes com ocupaes dos grupos H-2 e H-3; II - sempre que a altura a vencer for inferior a 0,48m, exceto quando atendido ao previsto no pargrafo nico do art. 90; III - quando a altura a ser vencida no permitir o dimensionamento equilibrado dos degraus de uma escada. Art. 108 - As rampas devem: I - ter os patamares sempre em nvel, tendo comprimento mnimo de 1,10m, medidos na direo do trnsito, sendo obrigatrios sempre que houver mudana de direo ou quando a altura a ser vencida ultrapassar 3,70m; II - ter piso antiderrapante; III - ser dotadas de guardas e corrimos de forma anloga ao especificado nos artigos 112 a 119. Pargrafo nico - Quando externas ou em pavimentos sob pilotis, as rampas podem ser dotadas de guardas que no atendam ao art. 115, sempre que apresentarem desnvel mximo de 1m em relao ao terreno ou piso circundante. Art. 109 - As rampas no podem: I - terminar em degraus ou soleiras, devendo ser precedidas e sucedidas sempre por patamares planos; II - preceder um lano de escada, no sentido descendente de sada, mas podem suced-lo; III - existir junto a portas, devendo estas situar-se sempre em patamares planos, com largura no inferior da folha no sentido de sua abertura, respeitando em ambos os lados o mnimo de 0,60m. Art. 110 - A declividade mxima das rampas externas edificao deve ser de dez por cento (1:10). Art. 111 - A declividade mxima das rampas internas deve ser de dez por cento (1:10), admitindo-se 12,5% (1:8) em edificaes classificadas nas ocupaes C, D, G, I e J, no sentido descendente de sada. Seo IX GUARDAS E CORRIMOS Subseo I GUARDAS

Art. 112 - Toda sada de emergncia - corredores, antecmara, escadas, sacadas, varandas, terraos, mezaninos, galerias, patamares, rampas e outros - deve ser protegida de ambos os lados por paredes ou guardas (guarda-corpos) contnuas. Art. 113 - A altura das guardas, internamente, deve ser, no mnimo de 1,05m ao longo dos patamares, corredores, mezaninos, e outros (Fig. 28), podendo ser reduzida para at 0,92m nas escadas internas, quando medida verticalmente do topo da guarda a uma linha que una as pontas dos bocis ou quinas dos degraus. Art. 114 - A altura das guardas em escadas externas, de seus patamares, de balces e assemelhados, quando a mais de 12m acima do solo adjacente, deve ser de, no mnimo, 1,30m, medido como especificado no art. 113. Art. 115 - As guardas constitudas por balaustradas, grades, telas e assemelhados (guardas vazadas) devem: I - ter balastres verticais, longarinas intermedirias, grades, telas, vidros de segurana laminados ou aramados e outros, de modo que uma esfera de 0,15m de dimetro no possa passar por nenhuma abertura; II - ser isentas de aberturas, salincias, reentrncias ou quaisquer elementos que possam enganchar em roupas; III - ser constitudas por materiais no estilhaveis, exigindo-se, no caso de uso de vidros, que estes sejam aramados ou de segurana laminados. Pargrafo nico - O disposto no inciso I no obrigatrio nas edificaes classificadas nos Grupos I e J. Subseo II CORRIMOS Art. 116 - Os corrimos devem estar situados entre 0,80m e 0,92m acima do nvel do piso, sendo, em escadas, esta medida tomada verticalmente da forma especificada no art. 113. Art. 117 - Os corrimos devem ser projetados de forma a poderem ser agarrados fcil e confortavelmente, permitindo um contnuo deslocamento da mo ao longo de toda a sua extenso, sem encontrar quaisquer obstrues, arestas ou solues de continuidade. 1 - No lado externo dos lanos das escadas os corrimos devem ser prolongados 30cm alm da projeo do primeiro degrau (ver Figuras 16, 24, 25, 26 e 27) 2 - A largura do corrimo (ou dimetro, no caso de seo circular) pode variar entre 38mm e 65mm. 3 - No so admitidos, em sadas de emergncia, corrimos constitudos por elementos com arestas vivas, tbuas largas e outros.

FIG. 28 - Dimensionamento de guardas e corrimos

Art. 118 - Os corrimos devem estar afastados 40mm, no minmo, das paredes ou guardas s quais forem fixados. Art. 119 - Escadas com mais de 2,20m de largura devem ter corrimo intermedirio, no mximo, a cada 1,80m. 1 - Os lanos determinados pelos corrimos intermedirios devem ter, no mnimo, 1,10m de largura, ressalvado o caso de escadas em ocupaes dos tipos H-2 e H-3, que exigem condies especiais. 2 - As extremidades dos corrimos intermedirios devem ser dotadas de balastres ou outros dispositivos para evitar acidentes. 3 - Escadas externas de carter monumental podem ter apenas dois corrimos laterais, independentemente de sua largura. Seo X REAS DE REFGIO Art. 120 - Nas ocupaes em que forem exigidas reas de refgio deve haver tantas compartimentaes quantas forem necessrias para que essas no tenham reas superiores a 2.000m. 1 - A comunicao entre as reas de refgio e/ou entre estas reas e sadas deve ser em nvel ou em rampas, como especificado na Seo VIII deste Captulo. 2 - Em edificaes dotadas de reas de refgio, as larguras das sadas de emergncia podem ser reduzidas em at cinqenta por cento desde que cada local compartimentado tenha acesso direto s sadas, com larguras correspondentes s suas respectivas reas e no-menores que as mnimas absolutas de 1,10m para as edificaes em geral, e 2,20m para as ocupaes H-2 e H-3. Seo XI DESCARGA Subseo I

GENERALIDADES Art. 121 - A descarga pode ser constituda por: I - corredor ou saguo enclausurado; II - reas em pilotis. Art. 122 - O corredor ou saguo enclausurado que for utilizado como descarga deve: I - ter paredes resistentes ao fogo por tempo equivalente ao das paredes das escadas que a ele conduzirem; II - ter pisos e paredes revestidos com materiais resistentes ao fogo; III - ter portas atendendo ao Captulo III deste Ttulo, isolando-o de todo compartimento que com ele se comunique, tais como apartamentos, salas de medidores e outros. 1 - Quando a escada for enclausurada protegida aberta dispensada a colocao de porta em sua terminao em comunicao com o saguo. 2 - O estabelecido no inciso III no se aplica s portas de elevadores. Art. 123 - Admite-se que a descarga seja feita atravs de saguo no enclausurado de amplas dimenses, quando o final da escada (ou corredor enclausurado que a sucede), neste saguo, localizar-se a menos de 4m da porta de sada na rea em pilotis, fachada ou alinhamento predial (ver Fig. 29). Pargrafo nico - O disposto neste artigo no aplicvel quando a descarga constituir-se de corredor. Art. 124 - O corredor ou saguo enclausurado que servir como descarga pode ter aberturas de iluminao e ventilao, desde que abrindo para o espao livre exterior ou pavimento sob pilotis sem estacionamento. 1 - Pode haver aberturas para iluminao natural dando para local de estacionamento ou outras reas cobertas de risco pequeno, desde que as aberturas sejam dotadas de caixilhos que atendam aos seguintes requisitos: I - sejam de perfil de ao provido de fecho acionvel por chave ou ferramenta especial, devendo ser aberto somente para fins emergenciais ou de manuteno; II - sejam guarnecidos por vidro aramado, malha 12,5mm, com espessura mnima de 6mm; III - tenham rea mxima de 1m . 2 - Havendo mais de uma abertura de iluminao, a distncia entre elas no pode ser inferior a 0,50m.

FIG 29 - Descarga atravs de saguo no enclausurado

Art. 125 - A rea em pilotis que servir como descarga deve ser mantida livre e desimpedida, no podendo ser utilizada como depsito de qualquer natureza. Pargrafo nico - Nas edificaes classificadas como "A" e "D" admitido o estacionamento de automveis na rea em pilotis que servir como descarga, desde que fique assegurada uma rota de sada livre, com largura mnima de 3m. Art. 126 - Quando a descarga conduzir para ptio aberto ou afastamento lateral, com largura inferior a 4m, a rota de sada deve ser protegida, neste local, por marquise ou passadio coberto com largura mnima de 1,20m, executados at o alinhamento da fachada principal. Pargrafo nico - Na aplicao do disposto neste artigo no permitida a abertura de vos no trecho de parede sob a marquise ou passadio, a no ser quando protegido por PCF. Subseo II DIMENSIONAMENTO Art. 127 - No dimensionamento da descarga, devem ser consideradas todas as sadas horizontais e verticais que para ela convergirem.

Art. 128 - A largura das descargas no pode ser inferior a 1,10m, nos prdios em geral, e a 2,20m, nas edificaes classificadas como H-2 e H-3. Art. 129 - Quando vrias descargas concorrerem a uma descarga comum, os segmentos de descarga entre trminos de escadas devem ser dimensionados separadamente, devendo ter larguras proporcionais populao correspondente ao nmero de escadas que atenderem (Fig. 30).

FIG. 30 - Dimensionamento de corredores de descarga

Subseo III ELEVADORES COM ACESSO DESCARGA Art.130 - Exceto nas edificaes com ocupaes classificadas como A, B ou D, os elevadores que atenderem a pavimentos inferiores descarga s podem a ela ter acesso se as paredes inferiores contiverem antecmaras enclausuradas e ventiladas. Subseo IV GALERIAS COM ACESSO DESCARGA Art. 131 - Galerias comerciais (galerias de lojas) podem ter acesso descarga desde que a ligao seja feita por meio de antecmara enclausurada e ventilada, nos termos do art. 76. Seo XII ELEVADOR DE EMERGNCIA Art. 132 - Os elevadores de emergncia devem ser construdos de acordo com as normas brasileiras, devendo ter cabines com dimenses apropriadas para o transporte de macas.

Art.133 - O painel de comando deve atender, ainda, s seguintes condies: I - estar localizado no pavimento de descarga; II - possuir chave de comando de reverso para permitir a volta do elevador a este piso, em caso de emergncia; III - possuir dispositivo de retorno e bloqueio dos carros no pavimento da descarga, anulando as chamadas existentes; IV - possuir duplo comando, automtico e manual, reversvel, mediante chamada apropriada.

Captulo III PORTAS SEO I CONDIES GERAIS Art. 134 - As portas das rotas de sada devem ser dimensionadas conforme estabelecido no art. 63, devendo ter as seguintes larguras mnimas de vo livre: I - 0,80m ou 0,90m, valendo por duas unidades de passagem; II - 1,60m, em uma ou duas fo