lei 83-c.2013 - orçamento do estado para 2014

238
7056-(58) Diário da República, 1.ª série — N.º 253 — 31 de dezembro de 2013 Lei n.º 83-C/2013 de 31 de dezembro Orçamento do Estado para 2014 A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea g) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: CAPÍTULO I Aprovação do Orçamento Artigo 1.º Aprovação 1 — É aprovado pela presente lei o Orçamento do Es- tado para o ano de 2014, constante dos mapas seguintes: a) Mapas I a IX, com o orçamento da administração central, incluindo os orçamentos dos serviços e fundos autónomos; b) Mapas X a XII, com o orçamento da segurança social; c) Mapas XIII e XIV, com as receitas e as despesas dos subsistemas de ação social, solidariedade e de proteção familiar do Sistema de Proteção Social de Cidadania e do Sistema Previdencial; d) Mapa XV, com as despesas correspondentes a pro- gramas; e) Mapa XVII, com as responsabilidades contratuais plu- rianuais dos serviços integrados e dos serviços e fundos autónomos, agrupados por ministérios; f) Mapa XVIII, com as transferências para as regiões autónomas; g) Mapa XIX, com as transferências para os municí- pios; h) Mapa XX, com as transferências para as freguesias; i) Mapa XXI, com as receitas tributárias cessantes dos serviços integrados, dos serviços e fundos autónomos e da segurança social. 2 — Durante o ano de 2014, o Governo é autorizado a cobrar as contribuições e os impostos constantes dos có- digos e demais legislação tributária em vigor e de acordo com as alterações previstas na presente lei. Artigo 2.º Aplicação dos normativos 1 — Todas as entidades previstas no âmbito do artigo 2.º da lei de enquadramento orçamental, aprovada pela Lei n.º 91/2001, de 20 de agosto, alterada e republicada pela Lei n.º 37/2013, de 14 de junho, independentemente da sua natureza e estatuto jurídico, ficam sujeitas ao cumprimento dos normativos previstos na presente lei e no decreto-lei de execução orçamental. 2 — Sem prejuízo das competências atribuídas pela Constituição e pela lei a órgãos de soberania de caráter eletivo, o previsto no número anterior prevalece sobre disposições gerais e especiais que disponham em sentido contrário. CAPÍTULO II Disciplina orçamental e modelos organizacionais SECÇÃO I Disciplina orçamental Artigo 3.º Utilização das dotações orçamentais 1 — Ficam cativos 12,5 % das despesas afetas a projetos relativos a financiamento nacional. 2 — Fica cativo o valor inscrito na rubrica «Outras despesas correntes — Diversas — Outras — Reserva». 3 — Ficam cativos nos orçamentos de atividades dos serviços integrados e dos serviços e fundos autónomos nas despesas relativas a financiamento nacional 15 % das dotações iniciais do agrupamento 02, «Aquisição de bens e serviços». 4 — Excetuam-se da cativação prevista nos n. os 1 e 3 do presente artigo: a) As despesas financiadas com receitas próprias, nelas se incluindo as transferências da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I. P. (FCT, I. P.), inscritas nos orçamentos dos serviços e fundos autónomos das áreas da educação e ciência e nos orçamentos dos laboratórios do Estado e nos de outras instituições públicas de investigação; b) As despesas financiadas com receitas próprias do Fundo para as Relações Internacionais, I. P. (FRI, I. P.), transferidas para os orçamentos do Ministério dos Negó- cios Estrangeiros; c) As dotações da rubrica 020220, «Outros trabalhos especializados», quando afetas ao pagamento do apoio judiciário e dos honorários devidos pela mediação pública; d) As receitas provenientes da concessão do passaporte eletrónico português, a que se refere o n.º 7 do artigo 3.º do anexo à Portaria n.º 320-C/2011, de 30 de dezembro, com as alterações que lhe foram introduzidas pela Portaria n.º 296/2012, de 28 de setembro, revertem para a Imprensa Nacional-Casa da Moeda, S. A., através da entidade conta- bilística «Gestão Administrativa e Financeira do Ministério dos Negócios Estrangeiros»; e) As dotações relativas às rubricas 020104, «Limpeza e higiene», 020108, «Material de escritório», 010201, «Encargos das instalações», 020202, «Limpeza e higiene», 020203, «Conservação de bens», 020204, «Locação de edifícios», 020205, «Locação de material de informá- tica», 020209, «Comunicações», 020210, «Transportes», 020214, «Estudos, pareceres, projetos e consultadoria», 020215, «Formação», 020216, «Seminários, exposições e similares», 020219, «Assistência técnica», 020220, «Outros trabalhos especializados», 070103, «Edifícios», 070104, «Construções diversas», 070107, «Equipamento de informática», 070108, «Software informático», 070109, «Equipamento administrativo», 070110, «Equipamento básico», e 070206, «Material de informática — Locação financeira», necessárias para o processo de reorganização judiciária e o Plano de Ação para a Justiça na Sociedade de Informação, em curso no Ministério da Justiça; f) As dotações relativas às rubricas 020222, «Serviços de saúde», e 020223, «Outros serviços de saúde». 5 — As verbas transferidas do Orçamento da Assem- bleia da República que se destinam a transferências para

Upload: rafa197711

Post on 24-Nov-2015

69 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7056-(58) Dirio da Repblica, 1. srie N. 253 31 de dezembro de 2013

    Lei n. 83-C/2013de 31 de dezembro

    Oramento do Estado para 2014

    A Assembleia da Repblica decreta, nos termos da alnea g) do artigo 161. da Constituio, o seguinte:

    CAPTULO I

    Aprovao do Oramento

    Artigo 1.Aprovao

    1 aprovado pela presente lei o Oramento do Es-tado para o ano de 2014, constante dos mapas seguintes:

    a) Mapas I a IX, com o oramento da administrao central, incluindo os oramentos dos servios e fundos autnomos;

    b) Mapas X a XII, com o oramento da segurana social;c) Mapas XIII e XIV, com as receitas e as despesas dos

    subsistemas de ao social, solidariedade e de proteo familiar do Sistema de Proteo Social de Cidadania e do Sistema Previdencial;

    d) Mapa XV, com as despesas correspondentes a pro-gramas;

    e) Mapa XVII, com as responsabilidades contratuais plu-rianuais dos servios integrados e dos servios e fundos autnomos, agrupados por ministrios;

    f) Mapa XVIII, com as transferncias para as regies autnomas;

    g) Mapa XIX, com as transferncias para os munic-pios;

    h) Mapa XX, com as transferncias para as freguesias;i) Mapa XXI, com as receitas tributrias cessantes dos

    servios integrados, dos servios e fundos autnomos e da segurana social.

    2 Durante o ano de 2014, o Governo autorizado a cobrar as contribuies e os impostos constantes dos c-digos e demais legislao tributria em vigor e de acordo com as alteraes previstas na presente lei.

    Artigo 2.Aplicao dos normativos

    1 Todas as entidades previstas no mbito do artigo 2. da lei de enquadramento oramental, aprovada pela Lei n. 91/2001, de 20 de agosto, alterada e republicada pela Lei n. 37/2013, de 14 de junho, independentemente da sua natureza e estatuto jurdico, ficam sujeitas ao cumprimento dos normativos previstos na presente lei e no decreto -lei de execuo oramental.

    2 Sem prejuzo das competncias atribudas pela Constituio e pela lei a rgos de soberania de carter eletivo, o previsto no nmero anterior prevalece sobre disposies gerais e especiais que disponham em sentido contrrio.

    CAPTULO II

    Disciplina oramental e modelos organizacionais

    SECO I

    Disciplina oramental

    Artigo 3.Utilizao das dotaes oramentais

    1 Ficam cativos 12,5 % das despesas afetas a projetos relativos a financiamento nacional.

    2 Fica cativo o valor inscrito na rubrica Outras despesas correntes Diversas Outras Reserva.

    3 Ficam cativos nos oramentos de atividades dos servios integrados e dos servios e fundos autnomos nas despesas relativas a financiamento nacional 15 % das dotaes iniciais do agrupamento 02, Aquisio de bens e servios.

    4 Excetuam -se da cativao prevista nos n.os 1 e 3 do presente artigo:

    a) As despesas financiadas com receitas prprias, nelas se incluindo as transferncias da Fundao para a Cincia e a Tecnologia, I. P. (FCT, I. P.), inscritas nos oramentos dos servios e fundos autnomos das reas da educao e cincia e nos oramentos dos laboratrios do Estado e nos de outras instituies pblicas de investigao;

    b) As despesas financiadas com receitas prprias do Fundo para as Relaes Internacionais, I. P. (FRI, I. P.), transferidas para os oramentos do Ministrio dos Neg-cios Estrangeiros;

    c) As dotaes da rubrica 020220, Outros trabalhos especializados, quando afetas ao pagamento do apoio judicirio e dos honorrios devidos pela mediao pblica;

    d) As receitas provenientes da concesso do passaporte eletrnico portugus, a que se refere o n. 7 do artigo 3. do anexo Portaria n. 320 -C/2011, de 30 de dezembro, com as alteraes que lhe foram introduzidas pela Portaria n. 296/2012, de 28 de setembro, revertem para a Imprensa Nacional -Casa da Moeda, S. A., atravs da entidade conta-bilstica Gesto Administrativa e Financeira do Ministrio dos Negcios Estrangeiros;

    e) As dotaes relativas s rubricas 020104, Limpeza e higiene, 020108, Material de escritrio, 010201, Encargos das instalaes, 020202, Limpeza e higiene, 020203, Conservao de bens, 020204, Locao de edifcios, 020205, Locao de material de inform-tica, 020209, Comunicaes, 020210, Transportes, 020214, Estudos, pareceres, projetos e consultadoria, 020215, Formao, 020216, Seminrios, exposies e similares, 020219, Assistncia tcnica, 020220, Outros trabalhos especializados, 070103, Edifcios, 070104, Construes diversas, 070107, Equipamento de informtica, 070108, Software informtico, 070109, Equipamento administrativo, 070110, Equipamento bsico, e 070206, Material de informtica Locao financeira, necessrias para o processo de reorganizao judiciria e o Plano de Ao para a Justia na Sociedade de Informao, em curso no Ministrio da Justia;

    f) As dotaes relativas s rubricas 020222, Servios de sade, e 020223, Outros servios de sade.

    5 As verbas transferidas do Oramento da Assem-bleia da Repblica que se destinam a transferncias para

  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 253 31 de dezembro de 2013 7056-(59)

    as entidades com autonomia financeira ou administrativa nele previstas esto abrangidas pelas cativaes constantes do presente artigo.

    6 Sem prejuzo do disposto no n. 13, a descativao das verbas referidas nos n.os 1, 2 e 3, bem como o reforo do agrupamento 02, s podem realizar -se por razes ex-cecionais, estando sujeitas a autorizao do membro do Governo responsvel pela rea das finanas.

    7 As cativaes previstas nos n.os 1 e 3 devem ter por referncia, respetivamente, o total dos projetos e o total do agrupamento 02, Aquisio de bens e servios.

    8 Nas situaes previstas no nmero anterior po-dem as entidades redistribuir respetivamente, no mbito dos projetos e do agrupamento 02, Aquisio de bens e servios, as verbas das cativaes previstas nos n.os 1 e 3, desde que mantenham o total de cativos.

    9 A cativao das verbas referidas nos n.os 1 a 3 pode ser redistribuda entre servios integrados, entre servios e fundos autnomos e entre servios integrados e servios e fundos autnomos, dentro de cada ministrio, mediante despacho do respetivo membro do Governo.

    10 No caso de as verbas cativadas respeitarem a projetos, devem incidir sobre projetos no cofinanciados ou, no sendo possvel, sobre a contrapartida nacional em projetos cofinanciados cujas candidaturas ainda no tenham sido submetidas a concurso.

    11 A descativao das verbas referidas nos nmeros anteriores, no que for aplicvel Presidncia da Repblica e Assembleia da Repblica, incumbe aos respetivos r-gos nos termos das suas competncias prprias.

    12 Fica excludo do mbito de aplicao do presente artigo o Conselho das Finanas Pblicas.

    13 O reforo de rubricas sujeitas a cativao, a que se refere o n. 6, da competncia do membro do Go-verno da tutela, no mbito do respetivo programa, desde que a contrapartida seja obtida no mesmo agrupamento econmico.

    Artigo 4.Modelo de gesto de tesouraria

    Durante o ano de 2014 estabelecido um modelo de gesto de tesouraria que garanta os seguintes objetivos:

    a) Assegurar que existem disponibilidades financeiras suficientes para liquidar as obrigaes medida que as mesmas se vo vencendo;

    b) Garantir que o recurso ao financiamento s ocorre quando necessrio;

    c) Maximizar o retorno da tesouraria disponvel;d) Permitir a gesto eficiente dos riscos financeiros;e) Permitir a reconciliao diria entre a informao

    bancria e a contabilidade por fonte de financiamento.

    Artigo 5.Consignao de receitas ao captulo 70

    As receitas do Estado provenientes de pagamentos in-demnizatrios efetuados ao Estado Portugus resultantes da celebrao de acordos pr -judiciais entre a Comisso Europeia e as empresas tabaqueiras, no mbito da resoluo de processos de contencioso aduaneiro, so consignadas ao captulo 70 do Oramento do Estado.

    Artigo 6.Aquisio de software informtico

    1 O artigo 1. do Decreto -Lei n. 107/2012, de 18 de maio, passa a ter a seguinte redao:

    Artigo 1.[...]

    1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 Sem prejuzo do disposto no presente diploma

    em relao aquisio de licenas de software, no so objeto de parecer prvio as contrataes cujo adjudicat-rio seja um servio da administrao indireta do Estado ou uma entidade do setor pblico empresarial.

    5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    2 So aditados ao Decreto -Lei n. 107/2012, de 18 de maio, os artigos 4. -A e 4. -B, com a seguinte redao:

    Artigo 4. -AAquisio de licenas de software informtico

    1 Para efeitos do disposto na alnea d) do n. 2 do artigo anterior, considera -se software livre ou de cdigo aberto o programa informtico que permita, sem o pagamento de licenas de utilizao, exercer as seguintes prticas:

    a) Executar o software para qualquer uso;b) Estudar o funcionamento de um programa e adapt-

    -lo s necessidades do servio;c) Redistribuir cpias do programa;d) Melhorar o programa e tornar as modificaes

    pblicas.

    2 O clculo do custo total de utilizao da solu-o, para efeitos do presente diploma, tem em conta os custos totais para utilizao e explorao do software, nomeadamente:

    a) Licenciamento: despesas diretas de licenciamento novo, bem como todas as decorrentes de atualizaes, upgrades (verses superiores do mesmo software) e correes licena durante o perodo de vigncia da mesma; despesas indiretas de licenciamento, custos de outros softwares e respetivos custos de licenciamento; despesas de investimento em hardware decorrente dos requisitos mnimos de execuo e funcionamento do sof-tware correspondente aquisio da presente licena;

    b) Manuteno: despesas de manuteno evolutiva e corretiva, servios de instalao, configurao, atua-lizao, evoluo e suporte e custos de servios espe-cializados na manuteno;

    c) Adaptao: despesas de adaptao e desenvolvi-mento medida de acordo com os requisitos especficos da soluo;

    d) Migrao: despesas de consultoria, trabalhos es-pecializados, instalao e formao decorrentes da pas-sagem de um sistema para outro, mesmo que se trate de evolues de licenciamento;

    e) Sada: despesas associadas a quebras contratuais, indisponibilidade dos servios subjacentes ao software

  • 7056-(60) Dirio da Repblica, 1. srie N. 253 31 de dezembro de 2013

    e outros custos indiretos resultantes do abandono do software;

    f) Custo da formao de utilizao do software a adquirir.

    3 As aquisies de software previstas no presente artigo incluem todas as renovaes de licenas de sof-tware.

    4 Em aquisies iguais ou inferiores a 10 000, e nos casos previstos no n. 3 do artigo 1., a confirmao prevista na alnea d) do n. 2 do artigo 4. realizada pelo dirigente mximo do servio.

    5 Nos casos em que a entidade adquirente opte pela compra separada de software, manuteno, ser-vios e outras tipologias, deve submeter a fundamen-tao da aquisio Agncia para a Modernizao Administrativa, I. P., para efeitos de avaliao da des-pesa a realizar.

    6 O disposto no presente artigo no aplicvel s aquisies cujo contrato seja declarado secreto ou a respetiva execuo deva ser acompanhada de medidas especiais de segurana, bem como quando a defesa de interesses essenciais do Estado o exigir, nos termos da alnea f) do n. 1 do artigo 24. do Cdigo dos Contratos Pblicos, aprovado pelo Decreto -Lei n. 18/2008, de 29 de janeiro, bem como aos contratos de aquisio, de manuteno ou de evoluo de sistemas operacionais crticos, cuja lista foi aprovada pela Resoluo do Con-selho de Ministros n. 48/2012, de 21 de maio.

    Artigo 4. -BContratao pblica de software informtico

    1 A avaliao prevista na alnea d) do n. 2 do artigo 4. pode ser dispensada se, em alternativa, se submeter concorrncia a aquisio de software in-formtico com base no custo total de utilizao das solues a apresentar pelos concorrentes.

    2 Nas peas do procedimento pr -contratual so sempre indicadas as solues tecnolgicas utilizadas pelo adjudicatrio que seja necessrio dar a conhecer aos interessados para efeitos de apresentao de propostas de soluo de software informtico.

    3 As entidades adquirentes devem indicar nas peas do procedimento qual a soluo tecnolgica que dispem, para que os operadores econmicos possam apresentar proposta garantindo a no interrupo do servio, o cumprimento das especificaes tcnicas exigidas, a continuidade da soluo ou uma nova solu-o, incluindo os servios associados ou conexos que a mesma possa exigir, que devem ser assumidos pelo operador econmico na sua proposta.

    Artigo 7.Regime de obrigatoriedade de reutilizao

    de consumveis informticos

    Sempre que possvel e, comprovadamente, no fique demonstrado haver outra soluo mais econmica, todos os servios integrados e os servios e fundos autnomos, autarquias locais e setor empresarial local esto obrigados a reutilizar os consumveis informticos, nomeadamente toners e tinteiros.

    Artigo 8.Entidades excecionadas do mbito de aplicao

    do Decreto -Lei n. 280/2007, de 7 de agosto

    O disposto nos artigos 9. a 12., bem como o disposto no Decreto -Lei n. 280/2007, de 7 de agosto, alterado pelas Leis n.os 55 -A/2010, de 31 de dezembro, 64 -B/2011, de 30 de dezembro, e 66 -B/2012, de 31 de dezembro, pelo Decreto -Lei n. 36/2013, de 11 de maro, e pela presente lei, no se aplica:

    a) Aos imveis do Instituto de Gesto Financeira da Segurana Social, I. P. (IGFSS, I. P.), que constituem o patrimnio imobilirio da segurana social;

    b) alienao de imveis da carteira de ativos do Fundo de Estabilizao Financeira da Segurana Social (FEFSS), gerida pelo Instituto de Gesto de Fundos de Capitalizao da Segurana Social, I. P. (IGFCSS, I. P.), cuja receita seja aplicada no FEFSS;

    c) Ao patrimnio imobilirio do Instituto da Habitao e da Reabilitao Urbana, I. P. (IHRU, I. P.);

    d) Aos imveis do Instituto da Segurana Social, I. P. (ISS, I. P.), constantes do anexo I ao Decreto -Lei n. 16/2011, de 25 de janeiro.

    Artigo 9.Contabilizao de receita proveniente de operaes imobilirias

    1 Com vista contabilizao das receitas provenien-tes de operaes imobilirias, devem os servios do Estado e os organismos pblicos com personalidade jurdica, do-tados ou no de autonomia financeira, que no tenham a natureza, a forma e a designao de empresa, fundao ou associao pblica, remeter Direo -Geral do Tesouro e Finanas (DGTF), at 31 de maro de 2014, informao detalhada sobre as receitas provenientes de arrendamento e de outros tipos de utilizao com carter duradouro de imveis prprios ou do Estado, identificando a inscrio matricial, o registo e o local da situao do imvel, bem como o respetivo ttulo jurdico da ocupao.

    2 Compete DGTF desenvolver, em colaborao com os servios e organismos pblicos referidos no n-mero anterior, o procedimento necessrio arrecadao e contabilizao das receitas referidas no nmero anterior.

    3 A afetao das receitas referidas no n. 1 aos respe-tivos servios promovida pela DGTF, em conformidade com o disposto no nmero anterior.

    Artigo 10.Princpio da onerosidade

    1 Durante o ano de 2014, fica a DGTF autorizada a liquidar e cobrar aos servios, organismos pblicos e demais entidades as contrapartidas devidas pela imple-mentao do princpio da onerosidade relativamente ao ano de 2014, pela aplicao do disposto nos n.os 1 e 2 do artigo 4. e no artigo 5. da Portaria n. 278/2012, de 14 de setembro, devendo os valores ser comunicados aos servi-os e organismos pblicos e demais entidades ocupantes para pagamento, a efetuar atravs das secretarias -gerais dos respetivos ministrios no prazo de 90 dias aps a co-municao.

    2 Fica o Ministrio dos Negcios Estrangeiros isento da aplicao do princpio da onerosidade previsto no Decreto -Lei n. 280/2007, de 7 de agosto, alterado pelas Leis n.os 55 -A/2010, de 31 de dezembro, 64 -B/2011, de

  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 253 31 de dezembro de 2013 7056-(61)

    30 de dezembro, e 66 -B/2012, de 31 de dezembro, pelo Decreto -Lei n. 36/2013, de 11 de maro, e pela presente lei, para efeitos de pagamento da renda prevista no auto de cedncia e aceitao assinado entre a secretaria -geral deste ministrio e a DGTF, no mbito da cedncia de imvel com vista instalao da sede da Comunidade dos Pases de Lngua Portuguesa (CPLP).

    Artigo 11.Renovao dos contratos de arrendamento

    para instalao de servios pblicos

    1 A renovao dos contratos de arrendamento para instalao de servios pblicos, celebrados em nome do Estado e por institutos pblicos entre 1990 e 2005, est sujeita a parecer da DGTF.

    2 Os servios integrados do Estado e os organismos pblicos com personalidade jurdica, dotados ou no de autonomia financeira, devem remeter DGTF os contratos de arrendamento referidos no nmero anterior, com 60 dias de antecedncia relativamente ao incio do prazo, legal ou contratualmente previsto, para a oposio renovao.

    Artigo 12.Afetao do produto da alienao e onerao de imveis

    1 Sem prejuzo do disposto nos nmeros seguintes, o produto da alienao, da onerao e do arrendamento dos imveis do Estado ou dos organismos pblicos com personalidade jurdica, dotados ou no de autonomia finan-ceira, que no tenham a natureza, a forma e a designao de empresa, fundao ou associao pblica, bem como da cedncia de utilizao de imveis do Estado, pode reverter, total ou parcialmente, mediante despacho do membro do Governo responsvel pela rea das finanas, para o servio ou organismo proprietrio ou ao qual o imvel est afeto ou para outros servios do mesmo ministrio, desde que se destine a despesas de investimento, ou:

    a) Ao pagamento das contrapartidas resultantes da implementao do princpio da onerosidade, previsto no artigo 4. do Decreto -Lei n. 280/2007, de 7 de agosto, alterado pelas Leis n.os 55 -A/2010, de 31 de dezembro, 64 -B/2011, de 30 de dezembro, e 66 -B/2012, de 31 de dezembro, pelo Decreto -Lei n. 36/2013, de 11 de maro, e pela presente lei;

    b) despesa com a utilizao de imveis;c) aquisio ou renovao dos equipamentos desti-

    nados modernizao e operao dos servios e foras de segurana;

    d) despesa com a construo, a manuteno ou a aquisio de imveis para aumentar e diversificar a ca-pacidade de resposta em acolhimento por parte da Casa Pia de Lisboa, I. P. (CPL, I. P.), no caso do patrimnio do Estado afeto a esta instituio e nos termos a definir por despacho dos membros do Governo responsveis pelas reas das finanas e da tutela.

    2 O produto da alienao, da onerao, do arrenda-mento e da cedncia de utilizao de imveis do Estado pode ainda, mediante despacho do membro do Governo responsvel pela rea das finanas, ser total ou parcial-mente destinado:

    a) Na Presidncia do Conselho de Ministros, s despesas necessrias aos investimentos destinados construo ou

    manuteno de infraestruturas afetas ao Sistema de In-formaes da Repblica Portuguesa (SIRP), aquisio de dispositivos e sistemas lgicos e equipamentos para a modernizao e operacionalidade do SIRP e s despesas previstas na alnea b) do nmero anterior;

    b) No Ministrio dos Negcios Estrangeiros, s despesas de amortizao de dvidas contradas com a aquisio de imveis, investimento, aquisio, reabilitao ou constru-o de imveis daquele ministrio e s despesas previstas na alnea b) do nmero anterior;

    c) No Ministrio da Defesa Nacional, ao reforo do capi-tal do Fundo de Penses dos Militares das Foras Armadas, bem como regularizao dos pagamentos efetuados ao abrigo das Leis n.os 9/2002, de 11 de fevereiro, 21/2004, de 5 de junho, e 3/2009, de 13 de janeiro, pela Caixa Geral de Aposentaes, I. P. (CGA, I. P.), e pelo oramento da segurana social, e ainda a despesas com a construo e manuteno de infraestruturas afetas a este ministrio e aquisio de equipamentos destinados modernizao e operacionalidade das Foras Armadas, sem prejuzo do disposto na Lei Orgnica n. 3/2008, de 8 de setembro, e s despesas previstas na alnea b) do nmero anterior;

    d) No Ministrio da Administrao Interna, s despesas com a construo e a aquisio de instalaes, infraes-truturas e equipamentos para utilizao das foras e dos servios de segurana e s despesas previstas na alnea b) do nmero anterior;

    e) No Ministrio da Justia, s despesas necessrias aos investimentos destinados construo ou manuteno de infraestruturas afetas a este ministrio e aquisio de dispositivos e sistemas lgicos e equipamentos para a modernizao e operacionalidade da justia e s despesas previstas na alnea b) do nmero anterior;

    f) No Ministrio da Economia, a afetao ao Instituto do Turismo de Portugal, I. P. (Turismo de Portugal, I. P.), do produto da alienao dos imveis dados como garan-tia de financiamentos concedidos por este instituto ou a outro ttulo adquiridos em juzo para o ressarcimento de crditos no reembolsados pode ser destinada concesso de financiamentos para a construo e recuperao de patrimnio turstico;

    g) No Ministrio da Sade, ao reforo de capital dos hospitais entidades pblicas empresariais, s despesas necessrias construo ou manuteno de infraestru-turas afetas a cuidados de sade primrios e s despesas necessrias aquisio de equipamentos de diagnstico e de terapia;

    h) No Ministrio da Educao e Cincia, s despesas necessrias construo ou manuteno de infraestruturas ou aquisio de bens destinados a atividades de ensino, investigao e desenvolvimento e s despesas previstas na alnea b) do nmero anterior.

    3 O remanescente da afetao do produto da alie-nao, da onerao, do arrendamento e da cedncia de utilizao de imveis, quando exista, constitui receita do Estado.

    4 O disposto nos nmeros anteriores no prejudica:a) O estatudo no n. 9 do artigo 109. da Lei n. 62/2007,

    de 10 de setembro;b) A aplicao do previsto no n. 2 do artigo 6. do

    Decreto -Lei n. 280/2007, de 7 de agosto, alterado pelas Leis n.os 55 -A/2010, de 31 de dezembro, 64 -B/2011, de 30 de dezembro, e 66 -B/2012, de 31 de dezembro, pelo Decreto -Lei n. 36/2013, de 11 de maro, e pela presente lei;

  • 7056-(62) Dirio da Repblica, 1. srie N. 253 31 de dezembro de 2013

    c) A afetao ao Fundo de Reabilitao e Conservao Patrimonial da percentagem do produto da alienao, da onerao e do arrendamento de imveis do Estado, que vier a ser fixada por despacho do membro do Governo responsvel pela rea das finanas, e das contrapartidas recebidas em virtude da implementao do princpio da onerosidade, ao abrigo da alnea a) do artigo 7. da Portaria n. 278/2012, de 14 de setembro.

    Artigo 13.Transferncia de patrimnio edificado

    1 O IGFSS, I. P., e o IHRU, I. P., relativamente ao patrimnio habitacional que lhes foi transmitido por fora da fuso e da extino do Instituto de Gesto e Aliena-o do Patrimnio Habitacional do Estado (IGAPHE) e a CPL, I. P., podem, sem exigir qualquer contrapartida e sem sujeio s formalidades previstas nos artigos 3. e 113. -A do Decreto -Lei n. 280/2007, de 7 de agosto, alterado pelas Leis n.os 55 -A/2010, de 31 de dezembro, 64 -B/2011, de 30 de dezembro, e 66 -B/2012, de 31 de dezembro, pelo Decreto -Lei n. 36/2013, de 11 de maro, e pela presente lei, de acordo com critrios a estabelecer para a alienao do parque habitacional de arrendamento pblico, transferir para os municpios, empresas municipais ou de capital maioritariamente municipal, para institui-es particulares de solidariedade social ou para pessoas coletivas de utilidade pblica administrativa, desde que prossigam fins assistenciais e demonstrem capacidade para gerir os agrupamentos habitacionais ou bairros a transferir, a propriedade de prdios ou das suas fraes que consti-tuem agrupamentos habitacionais ou bairros, bem como os direitos e as obrigaes a estes relativos e aos fogos em regime de propriedade resolvel.

    2 A transferncia do patrimnio referida no nmero anterior antecedida de acordos de transferncia e efetua--se por auto de cesso de bens, o qual constitui ttulo bas-tante de prova para todos os efeitos legais, incluindo os de registo.

    3 Aps a transferncia do patrimnio e em funo das condies que vierem a ser estabelecidas nos acordos de transferncia, podem as entidades beneficirias proce-der alienao dos fogos aos respetivos moradores, nos termos do Decreto -Lei n. 141/88, de 22 de abril, alterado pelos Decretos -Leis n.os 172/90, de 30 de maio, 342/90, de 30 de outubro, 288/93, de 20 de agosto, e 116/2008, de 4 de julho.

    4 O arrendamento das habitaes transferidas fica sujeito ao regime da renda apoiada, nos termos do Decreto--Lei n. 166/93, de 7 de maio.

    5 O patrimnio transferido para os municpios e em-presas municipais ou de capital maioritariamente municipal pode, nos termos e condies a estabelecer nos autos de cesso a que se refere o n. 2, ser objeto de demolio no mbito de operaes de renovao urbana ou operaes de reabilitao urbana, desde que seja assegurado pelos municpios o realojamento dos respetivos moradores.

    Artigo 14.Transferncias oramentais

    Fica o Governo autorizado a proceder s alteraes oramentais e s transferncias constantes do mapa anexo presente lei, da qual faz parte integrante.

    Artigo 15.Afetao de verbas resultantes do encerramento

    de contratos -programa realizados no mbito do Programa Polis

    O Ministrio do Ambiente, Ordenamento do Territrio e Energia pode proceder, na respetiva esfera de compe-tncias, alocao de verbas resultantes do capital social das sociedades Polis, mediante autorizao do membro do Governo responsvel pela rea das finanas, at ao montante de 6 000 000.

    Artigo 16.Reorganizao de servios e transferncias

    na Administrao Pblica

    1 Durante o ano de 2014 apenas so admitidas reor-ganizaes de servios pblicos que ocorram no contexto da reduo transversal a todas as reas ministeriais de car-gos dirigentes e de estruturas orgnicas, bem como aquelas de que resulte diminuio de despesa ou que tenham em vista a melhoria da eficcia operacional das foras de segurana e do SIRP.

    2 Salvo deliberao expressa e fundamentada do Conselho de Ministros, a criao de servios pblicos ou de outras estruturas, ainda que temporrias, s pode verificar -se se for compensada pela extino ou pela racio-nalizao de servios ou estruturas pblicas existentes no mbito do mesmo ministrio, da qual resulte diminuio de despesa.

    3 Do disposto nos nmeros anteriores no pode resultar um aumento do nmero de cargos dirigentes, considerando -se os cargos efetivamente providos, a qual-quer ttulo, salvo nas situaes que impliquem uma dimi-nuio de despesa.

    4 Fica o Governo autorizado, para efeitos da apli-cao do disposto nos nmeros anteriores, incluindo as reorganizaes iniciadas ou concludas at 31 de dezembro de 2013, bem como da aplicao do regime de mobilidade especial, a efetuar as alteraes oramentais necessrias, independentemente de envolverem diferentes classifica-es orgnicas e funcionais.

    5 Fica o Governo autorizado a efetuar, mediante des-pacho dos membros do Governo responsveis pelas reas das finanas, do desenvolvimento regional, da economia e do emprego, as alteraes oramentais entre as comisses de coordenao e desenvolvimento regional e os servios dos Ministrios do Ambiente, Ordenamento do Territrio e Energia e da Agricultura e do Mar, independentemente da classificao orgnica e funcional.

    Artigo 17.Alteraes oramentais no mbito dos PREMAC, QREN,

    PROMAR, PRODER, PRRN, MFEEE e QCA III

    1 Fica o Governo autorizado a efetuar as alteraes oramentais decorrentes de alteraes orgnicas do Go-verno, da estrutura dos ministrios, da implementao do Programa de Reduo e Melhoria da Administrao Central do Estado (PREMAC), e das correspondentes reestrutura-es no setor pblico empresarial, independentemente de envolverem diferentes programas ou a criao de novos programas oramentais.

    2 Fica o Governo autorizado, mediante proposta do membro do Governo responsvel pela rea das finanas, a efetuar as alteraes oramentais que se revelem neces-

  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 253 31 de dezembro de 2013 7056-(63)

    srias execuo do Quadro de Referncia Estratgico Nacional (QREN), do Programa Operacional Pesca (PRO-MAR), do Programa de Desenvolvimento Rural do Con-tinente (PRODER), do Programa da Rede Rural Nacional (PRRN) e do Mecanismo Financeiro do Espao Econmico Europeu 2009 -2014 (MFEEE), independentemente de envolverem diferentes programas.

    3 Fica o Governo autorizado a efetuar as alteraes oramentais que se revelem necessrias para garantir a execuo do Programa Operacional de Potencial Humano e do Programa Operacional de Assistncia Tcnica, bem como o encerramento do 3. Quadro Comunitrio de Apoio (QCA III).

    4 Fica o Governo autorizado a efetuar alteraes oramentais do oramento do Ministrio da Sade para o oramento do Ministrio das Finanas que se revelem necessrias ao pagamento das dvidas CGA, I. P., por parte daquele ministrio pelo pagamento pela CGA, I. P., at 1 de agosto de 2012, das penses complementares pre-vistas no Decreto -Lei n. 141/79, de 22 de maio, alterado pelo Decreto -Lei n. 32/2012, de 13 de fevereiro, relati-vas a aposentados que tenham passado a ser subscritores da CGA, I. P., nos termos do Decreto -Lei n. 301/79, de 18 de agosto, do Decreto -Lei n. 124/79, de 10 de maio, alterado pelos Decretos -Leis n.os 210/79, de 12 de julho, e 121/2008, de 11 de julho, e do Decreto -Lei n. 295/90, de 21 de setembro.

    5 Fica o Governo autorizado atravs do membro responsvel pela rea das finanas, em articulao com os membros responsveis pelas reas setoriais, a efetuar as alteraes oramentais que se revelem necessrias execuo das medidas de reduo e requalificao de efe-tivos da Administrao Pblica, independentemente de envolverem diferentes programas.

    Artigo 18.Transferncias oramentais e atribuio de subsdios

    s entidades pblicas reclassificadas

    1 As transferncias para as entidades pblicas re-classificadas financiadas por receitas gerais so inscritas no oramento da entidade coordenadora do programa or-amental a que pertence.

    2 As entidades abrangidas pelo n. 5 do artigo 2. da lei de enquadramento oramental, aprovada pela Lei n. 91/2001, de 20 de agosto, alterada e republicada pela Lei n. 37/2013, de 14 de junho, que no constem dos mapas anexos presente lei, no podem receber direta ou indiretamente transferncias ou subsdios com origem no Oramento do Estado.

    Artigo 19.Reteno de montantes nas dotaes, transferncias

    e reforo oramental1 As transferncias correntes e de capital do Or-

    amento do Estado para os organismos autnomos da administrao central, para as regies autnomas e para as autarquias locais podem ser retidas para satisfazer dbitos, vencidos e exigveis, constitudos a favor da CGA, I. P., da Direo -Geral de Proteo Social aos Trabalhadores em Funes Pblicas (ADSE), do SNS, da segurana social e da DGTF, e ainda em matria de contribuies e impostos, bem como dos resultantes da no utilizao ou da utilizao indevida de fundos comunitrios.

    2 A reteno a que se refere o nmero anterior, no que respeita a dbitos das regies autnomas, no pode ultrapassar 5 % do montante da transferncia anual.

    3 As transferncias referidas no n. 1, no que respeita a dbitos das autarquias locais, salvaguardando o regime especial previsto no Cdigo das Expropriaes, s podem ser retidas nos termos previstos na Lei n. 73/2013, de 3 de setembro.

    4 Quando no seja tempestivamente prestada ao Ministrio das Finanas, pelos rgos competentes e por motivo que lhes seja imputvel, a informao tipificada na lei de enquadramento oramental, aprovada pela Lei n. 91/2001, de 20 de agosto, alterada e republicada pela Lei n. 37/2013, de 14 de junho, bem como a que venha a ser anualmente definida no decreto -lei de execuo or-amental ou noutra disposio legal aplicvel, podem ser retidas as transferncias e recusadas as antecipaes de fundos disponveis, nos termos a fixar naquele decreto -lei, at que a situao seja devidamente sanada.

    5 Os pedidos de reforo oramental resultantes de no-vos compromissos de despesa ou de diminuio de receitas prprias implicam a apresentao de um plano que preveja a reduo, de forma sustentvel, da correspondente despesa no programa oramental a que respeita, pelo membro do Governo que tutela o servio ou o organismo em causa.

    6 Para satisfazer dbitos, vencidos e exigveis, cons-titudos a favor do Estado e que resultem da alienao, de onerao e do arrendamento dos imveis previstos no n. 1 do artigo 12., podem ser retidas as transferncias correntes e de capital do Oramento do Estado para as autarquias locais, nos termos do n. 1, constituindo essa reteno receita afeta conforme previsto no mesmo artigo.

    Artigo 20.Transferncias para fundaes

    1 Durante o ano de 2014 mantm -se, como medida excecional de estabilidade oramental, o agravamento em 50 % das redues de transferncias a conceder s fundaes identificadas na Resoluo do Conselho de Ministros n. 13 -A/2013, de 8 de maro, face reduo prevista nessa resoluo, nos termos do n. 1 do artigo 14. da Lei n. 66 -B/2012, de 31 de dezembro, alterada pela Lei n. 51/2013, de 24 de julho.

    2 Nas situaes em que o servio ou o organismo da administrao direta e indireta do Estado, incluindo instituies do ensino superior pblico, responsvel pela transferncia no apresente transferncias no trinio 2008 a 2010 para a fundao destinatria identificada na Reso-luo do Conselho de Ministros n. 13 -A/2013, de 8 de maro, o montante global anual a transferir por aquele, no ano de 2014, no pode exceder o montante global anual de transferncias de menor valor realizado pelo mesmo para a fundao destinatria nos anos de 2011 a 2013 reduzido nos termos da referida resoluo e do nmero anterior.

    3 O montante global de transferncias a realizar pelos servios e organismos da administrao direta e indireta do Estado, incluindo instituies do ensino superior p-blico, no ano de 2014, para cada fundao identificada na Resoluo do Conselho de Ministros n. 13 -A/2013, de 8 de maro, no pode exceder o montante global de transferncias recebido dos mesmos por cada fundao durante o ano de 2013.

    4 Durante o ano de 2014 ficam proibidas quaisquer transferncias de servios e organismos da administrao

  • 7056-(64) Dirio da Repblica, 1. srie N. 253 31 de dezembro de 2013

    direta e indireta do Estado, incluindo instituies do ensino superior pblico, para as fundaes que no acederam ao censo desenvolvido em execuo do disposto na Lei n. 1/2012, de 3 de janeiro, ou cujas informaes incom-pletas ou erradas impossibilitaram a respetiva avaliao.

    5 Durante o ano de 2014 ficam proibidas quaisquer transferncias para fundaes por parte de servios e or-ganismos da administrao direta e indireta do Estado, incluindo instituies do ensino superior pblico, que no cumpriram as obrigaes previstas no artigo 4. da Lei n. 1/2012, de 3 de janeiro, ou que, durante o ano de 2013, no tenham dado cumprimento ao disposto no n. 4 do artigo 14. da Lei n. 66 -B/2012, de 31 de dezembro, alterada pela Lei n. 51/2013, de 24 de julho.

    6 Para efeitos do disposto no presente artigo, entende -se por transferncia todo e qualquer tipo de subveno, subsdio, benefcio, auxlio, ajuda, patroc-nio, indemnizao, compensao, prestao, garantia, concesso, cesso, pagamento, remunerao, gratifi-cao, reembolso, doao, participao ou vantagem financeira e qualquer outro apoio, independentemente da sua natureza, designao e modalidade, temporrio ou definitivo, que seja concedido por servios e orga-nismos da administrao direta ou indireta do Estado, regies autnomas, autarquias locais, empresas pblicas e entidades pblicas empresariais do setor pblico em-presarial, empresas pblicas regionais, intermunicipais, entidades reguladoras independentes, outras pessoas coletivas da administrao autnoma e demais pessoas coletivas pblicas, proveniente de verbas do Oramento do Estado, de receitas prprias daqueles ou de quaisquer outras.

    7 Todas as transferncias para fundaes por parte de entidades a que se refere o artigo 33. carecem do parecer prvio vinculativo do membro do Governo responsvel pela rea das finanas, nos termos e seguindo a tramitao a regular por portaria do mesmo membro do Governo.

    8 As transferncias efetuadas pelas regies autno-mas e autarquias locais para fundaes no dependem do parecer prvio a que se refere o nmero anterior, sendo obrigatoriamente comunicadas Inspeo -Geral de Finan-as (IGF) no prazo mximo de 30 dias.

    9 A emisso do parecer a que se refere o n. 7 de-pende de:

    a) Verificao do cumprimento do disposto na Reso-luo do Conselho de Ministros n. 13 -A/2013, de 8 de maro, e no artigo 14. da Lei n. 66 -B/2012, de 31 de dezembro, alterada pela Lei n. 51/2013, de 24 de julho;

    b) Confirmao do cumprimento, por parte dos servi-os e organismos da administrao direta e indireta do Estado, incluindo instituies do ensino superior pblico, que efetuam a transferncia, das obrigaes previstas na Lei n. 1/2012, de 3 de janeiro;

    c) Validao da situao da fundao luz da Lei -Quadro das Fundaes, aprovada em anexo Lei n. 24/2012, de 9 de julho.

    10 As transferncias realizadas sem parecer prvio ou incumprindo o seu sentido do origem a responsabilidade civil, financeira e disciplinar.

    11 As transferncias de organismos autnomos da administrao central, de administraes regionais ou de autarquias locais em incumprimento do disposto no pre-sente artigo determinam ainda a correspetiva reduo no

    valor das transferncias do Oramento do Estado para essas entidades.

    12 O disposto no presente artigo no se aplica s transferncias que tenham por destinatrias as seguintes entidades:

    a) Instituto Superior de Cincias do Trabalho e da Empresa Instituto Universitrio de Lisboa, Fundao Pblica;

    b) Universidade do Porto, Fundao Pblica;c) Universidade de Aveiro, Fundao Pblica.

    13 Ficam excecionadas do disposto no presente ar-tigo as transferncias realizadas:

    a) Pelos institutos pblicos do Ministrio da Solida-riedade, Emprego e Segurana Social, com exceo do Instituto do Emprego e da Formao Profissional, I. P. (IEFP, I. P.), ao abrigo de protocolo de cooperao cele-brado entre este ministrio e as unies representativas das instituies de solidariedade social, bem como as transfe-rncias realizadas no mbito de programas nacionais ou comunitrios, protocolos de gesto dos rendimentos sociais de insero, Rede Nacional de Cuidados Continuados In-tegrados (RNCCI) e Fundo de Socorro Social (FSS);

    b) Na sequncia de processos de financiamento por concursos abertos e competitivos para projetos cientficos, nomeadamente os efetuados pela FCT, I. P., para centros de investigao por esta reconhecidos como parte do Sistema Nacional de Cincia e Tecnologia.

    14 Compete aos membros do Governo assegurar que os dirigentes dos competentes servios e organismos sob a sua tutela promovem as diligncias necessrias execuo do disposto no presente artigo, os quais so responsveis civil, financeira e disciplinarmente pelos encargos contra-dos em resultado do seu no cumprimento ou do atraso injustificado na sua concretizao, quando tal lhes seja imputvel.

    15 Os despachos proferidos no ano de 2013 ao abrigo do n. 13 do artigo 14. da Lei n. 66 -B/2012, de 31 de dezembro, alterada pela Lei n. 51/2013, de 24 de julho, no vigoram durante 2014, devendo proceder -se reduo da transferncia no montante que excecionaram.

    16 Por despacho dos membros do Governo res-ponsveis pelas reas das finanas e da tutela, podem as fundaes em situaes excecionais e especialmente fun-damentadas beneficiar de limite de agravamento inferior ao previsto no n. 1 do artigo 14. da Lei n. 66 -B/2012, de 31 de dezembro, alterada pela Lei n. 51/2013, de 24 de julho.

    17 O disposto no presente artigo tem carter exce-cional e prevalece sobre todas as disposies legais, gerais ou especiais contrrias.

    Artigo 21.Dotao inscrita no mbito da Lei de Programao Militar

    Durante o ano de 2014, a dotao inscrita no mapa XV, referente Lei de Programao Militar, reduzida, re-lativamente aos montantes constantes na Lei Orgnica n. 4/2006, de 29 de agosto, em 48,55 %, como medida de estabilidade oramental.

  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 253 31 de dezembro de 2013 7056-(65)

    Artigo 22.Transferncias para o Fundo de Penses

    dos Militares das Foras Armadas

    1 Fica o Governo autorizado a transferir, do ora-mento do Ministrio da Defesa Nacional para o Fundo de Penses dos Militares das Foras Armadas, o montante mximo de 40 000 000, para fazer face ao pagamento dos complementos de penso a que se referem os n.os 2 e 3 do artigo 1. do Decreto -Lei n. 269/90, de 31 de agosto, alterado pelos Decretos -Leis n.os 73/91, de 9 de fevereiro, 328/91, de 5 de setembro, 160/94, de 4 de junho, e 76/2009, de 1 de abril.

    2 Os montantes transferidos nos termos do nmero anterior so obrigatoriamente restitudos ao Ministrio da Defesa Nacional, pelo Fundo de Penses dos Militares das Foras Armadas, mediante reteno por parte deste ministrio do produto da rentabilizao dos bens imveis que lhe estejam afetos.

    3 Aps a extino do Fundo de Penses dos Militares das Foras Armadas fica o Governo autorizado atravs dos membros do Governo responsveis pelas reas das finanas e da defesa nacional a transferir do oramento da defesa nacional para o oramento da CGA, I. P., as dotaes or-amentais necessrias ao pagamento dos complementos de penso a que se refere o n. 1.

    Artigo 23.Cessao da autonomia financeira

    Fica o Governo autorizado a fazer cessar o regime de au-tonomia financeira e a aplicar o regime geral de autonomia administrativa aos servios e fundos autnomos que no tenham cumprido a regra do equilbrio oramental prevista no n. 1 do artigo 25. da lei de enquadramento oramental, aprovada pela Lei n. 91/2001, de 20 de agosto, alterada e republicada pela Lei n. 37/2013, de 14 de junho, sem que para tal tenham sido dispensados nos termos do n. 3 do referido artigo.

    SECO II

    Modelo organizacional do Ministrio das Finanas

    Artigo 24.Consolidao do modelo organizativo

    do Ministrio das Finanas

    Durante o ano de 2014, e sem prejuzo do disposto na presente seco, deve ser consolidado o novo modelo or-ganizativo e funcional do Ministrio das Finanas.

    Artigo 25.Centralizao de atribuies comuns na Secretaria -Geral

    do Ministrio das Finanas

    1 So mantidas na Secretaria -Geral do Ministrio das Finanas (SGMF) as atribuies nos domnios da gesto dos recursos humanos, financeiros e patrimoniais do Ga-binete de Planeamento, Estratgia, Avaliao e Relaes Internacionais (GPEARI), da IGF, da Direo -Geral do Oramento (DGO), da DGTF e da Direo -Geral da Ad-ministrao e do Emprego Pblico (DGAEP).

    2 Durante o perodo referido no artigo anterior, o secretrio -geral do Ministrio das Finanas exerce as se-

    guintes competncias relativas aos servios referidos no nmero anterior, constantes do estatuto do pessoal dirigente dos servios e organismos da administrao central, regio-nal e local do Estado, aprovado pela Lei n. 2/2004, de 15 de janeiro, alterada e republicada pela Lei n. 64/2011, de 22 de dezembro, e alterada pela Lei n. 68/2013, de 29 de agosto:

    a) No mbito da gesto geral, as competncias previstas nos pargrafos 2., 5., 6., 8., 10., 11., 12., 14., 15., 16., 17. e 2. parte do pargrafo 13. do anexo I do es-tatuto do pessoal dirigente dos servios e organismos da administrao central, regional e local do Estado, aprovado pela Lei n. 2/2004, de 15 de janeiro, alterada e republicada pela Lei n. 64/2011, de 22 de dezembro, e alterada pela Lei n. 68/2013, de 29 de agosto, bem como as competncias para praticar todos os atos necessrios gesto dos recur-sos financeiros, materiais e patrimoniais, designadamente processamento de vencimentos, pagamento de quaisquer abonos e despesas, e a aquisio de veculos, previstas no n. 1 do artigo 7. do referido estatuto;

    b) No mbito da gesto oramental e realizao de des-pesas, as competncias previstas nas alneas a) a e) do n. 3 do artigo 7. do referido estatuto;

    c) No mbito da gesto de instalaes e equipamentos, as competncias previstas nas alneas a) a c) do n. 4 do artigo 7. do referido estatuto.

    3 O secretrio -geral do Ministrio das Finanas exerce ainda as competncias, relativas aos servios re-feridos no n. 1, constantes dos pargrafos 1. e 4. do anexo I do estatuto do pessoal dirigente, com exceo das referentes autorizao de mobilidades internas de trabalhadores do mapa de pessoal da secretaria -geral para exerccio de funes em diferentes entidades e dos proce-dimentos concursais e atos subsequentes para provimento dos cargos de direo intermdia.

    4 Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, o secretrio -geral do Ministrio das Finanas, no exerccio das competncias previstas no n. 2 do presente artigo, assegura a participao e a necessria articulao com o dirigente mximo dos servios referidos no n. 1, com respeito pela iniciativa desses servios quanto s compe-tncias previstas na alnea b) do n. 2 do artigo 7., nos pargrafos 1., 2. e 6. do anexo I ao estatuto do pessoal dirigente.

    5 Em caso de dvida sobre a entidade competente para a prtica de ato administrativo resultante da repartio de competncias prevista no n. 2, considera -se competente o dirigente mximo dos servios referidos no n. 1.

    6 Os atos administrativos da competncia dos di-rigentes dos servios referidos no n. 1, que envolvam despesa, carecem de confirmao de cabimento prvio pela SGMF.

    7 No mbito da SGMF existe um mapa de pessoal nico que integra os respetivos trabalhadores e os perten-centes aos servios referidos no n. 1.

    8 A entidade empregadora pblica dos trabalhado-res integrados no mapa de pessoal nico o servio da administrao direta em que exercem funes, a qualquer ttulo, sendo o referido mapa desdobrado em tantos ma-pas quantos os servios referidos no n. 1 do presente artigo.

    9 Sem prejuzo do disposto nos nmeros anterio-res, constituem, respetivamente, atribuies da DGO e da DGTF a gesto do captulo 70 do Oramento do Estado

  • 7056-(66) Dirio da Repblica, 1. srie N. 253 31 de dezembro de 2013

    relativo aos recursos prprios europeus e a gesto do ca-ptulo 60 do Oramento do Estado relativo a despesas excecionais.

    Artigo 26.Transferncia da competncia de gesto dos oramentos

    dos gabinetes do Ministrio das Finanas para a Secretaria -Geral

    Compete SGMF a gesto do oramento dos gabinetes dos membros do Governo do Ministrio das Finanas, sem prejuzo das competncias prprias dos membros do Governo e respetivos chefes do gabinete relativas gesto do seu gabinete, aplicando -se o disposto no n. 6 do artigo anterior.

    Artigo 27.Consolidao oramental

    1 Os oramentos dos servios referidos no n. 1 do artigo 25. so fundidos no oramento da SGMF, inte-grando a entidade contabilstica Gesto Administrativa e Financeira do Ministrio das Finanas.

    2 A entidade contabilstica Gesto Administrativa e Financeira do Ministrio das Finanas, referida no nmero anterior integra as seguintes subentidades:

    a) Secretaria -Geral;b) Encargos Gerais do Ministrio;c) Comisso de Normalizao Contabilstica (CNC);d) Comisso de Recrutamento e Seleo para a Admi-

    nistrao Pblica (CRESAP);e) Unidade Tcnica de Acompanhamento de Projetos

    (UTAP);f) Unidade Tcnica de Acompanhamento e Monitoriza-

    o do Setor Pblico Empresarial;g) Secretaria -Geral Sistema de Mobilidade Especial

    (SME);h) Gabinete Planeamento Estratgia, Avaliao e Rela-

    es Internacionais (GPEARI);i) Direo -Geral do Oramento (DGO);j) Inspeo -Geral de Finanas (IGF);k) Direo -Geral da Administrao e do Emprego P-

    blico (DGAEP);l) Direo -Geral do Tesouro e Finanas (DGTF).

    3 As subentidades referidas no nmero anterior pas-sam a constituir centros de responsabilidades e de custos da entidade contabilstica Gesto Administrativa e Fi-nanceira do Ministrio das Finanas, sendo a SGMF a entidade responsvel pela prestao de contas atravs de uma nica conta de gerncia.

    Artigo 28.Operacionalizao

    Para efeitos de operacionalizao do disposto na pre-sente seco, e tendo em vista a melhoria da eficcia ope-racional do novo modelo organizativo do Ministrio das Finanas, deve o Governo promover a reorganizao dos servios referidos no n. 1 do artigo 25.

    SECO III

    Disposies gerais relativas aos modelos organizacionais dos ministrios

    Artigo 29.Reforma do modelo organizativo dos ministrios

    Durante o ano de 2014 e sem prejuzo do disposto na presente seco, fica o Governo autorizado a promover a reforma do modelo organizativo e funcional de outros ministrios, para alm do referido na seco anterior, com vista racionalizao de servios, prevendo, nomeada-mente, um regime financeiro, administrativo, patrimonial e de gesto de recursos humanos centralizado nas respetivas secretarias -gerais ou no servio que assuma a funo de entidade coordenadora do respetivo programa oramental.

    Artigo 30.Fuso dos oramentos

    Fica o Governo autorizado a operacionalizar a fuso dos oramentos dos servios dos ministrios cuja gesto finan-ceira, administrativa, patrimonial e de recursos humanos esteja, ou venha a estar, no mbito da reforma prevista no artigo anterior e na seco II do presente captulo, centra-lizada no oramento das respetivas secretarias -gerais ou no oramento do servio que assuma a funo de entidade coordenadora do respetivo programa oramental.

    Artigo 31.Operacionalizao

    O Governo procede s adaptaes das leis orgnicas dos ministrios, reorganizao dos servios, bem como reviso de outros diplomas que se revelem necessrios reforma dos modelos organizativos dos ministrios.

    Artigo 32.Avaliao

    1 Os modelos organizativos dos ministrios so ob-jeto de avaliao no decurso do ano de 2014, designada-mente ao nvel dos ganhos de eficincia e eficcia na gesto oramental, bem como na racionalizao das estruturas.

    2 A avaliao referida no nmero anterior realizada conjuntamente pela DGO e pela DGAEP e efetuada com uma periodicidade semestral.

    CAPTULO III

    Disposies relativas a trabalhadores do setor pblico, aquisio de servios,

    proteo social e aposentao ou reforma

    SECO I

    Reduo remuneratria

    Artigo 33.Reduo remuneratria

    1 Durante o ano de 2014 so reduzidas as remunera-es totais ilquidas mensais das pessoas a que se refere o n. 9, de valor superior a 675, quer estejam em exerccio

  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 253 31 de dezembro de 2013 7056-(67)

    de funes naquela data quer iniciem tal exerccio, a qual-quer ttulo, depois dela, nos seguintes termos:

    a) Para valores de remuneraes superiores a 675 e inferiores a 2000, aplica -se uma taxa progressiva que varia entre os 2,5 % e os 12 %, sobre o valor total das remuneraes;

    b) 12 % sobre o valor total das remuneraes superiores a 2000.

    2 Exceto se a remunerao total ilquida agregada mensal percebida pelo trabalhador for inferior ou igual a 2000, caso em que se aplica o disposto no nmero anterior, so reduzidas em 12 % as diversas remunera-es, gratificaes ou outras prestaes pecunirias nos seguintes casos:

    a) Pessoas sem relao jurdica de emprego com qual-quer das entidades referidas no n. 9, nestas a exercer fun-es a qualquer outro ttulo, excluindo -se as aquisies de servios previstas no artigo 73.;

    b) Pessoas referidas no n. 9 a exercer funes em mais de uma das entidades mencionadas naquele nmero.

    3 As pessoas referidas no nmero anterior prestam, em cada ms e relativamente ao ms anterior, as informa-es necessrias para que os rgos e servios processa-dores das remuneraes, gratificaes ou outras prestaes pecunirias possam apurar a taxa de reduo aplicvel.

    4 Para efeitos do disposto no presente artigo:a) Consideram -se remuneraes totais ilquidas mensais

    as que resultam do valor agregado de todas as prestaes pecunirias, designadamente remunerao base, subsdios, suplementos remuneratrios, incluindo emolumentos, gra-tificaes, subvenes, senhas de presena, abonos, despe-sas de representao e trabalho suplementar, extraordinrio ou em dias de descanso e feriados;

    b) No so considerados os montantes abonados a t-tulo de subsdio de refeio, ajuda de custo, subsdio de transporte ou o reembolso de despesas efetuado nos termos da lei e os montantes pecunirios que tenham natureza de prestao social, e nomeadamente os montantes abonados ao pessoal das foras de segurana a ttulo de compartici-pao anual na aquisio de fardamento;

    c) A taxa progressiva de reduo para aplicar aos valores de remunerao entre os 675 e os 2000 determinada por interpolao linear entre as taxas definidas para os va-lores de remunerao de referncia imediatamente abaixo e acima do valor de remunerao em anlise, determinada da seguinte forma:

    d) Na determinao da taxa de reduo, os subsdios

    de frias e de Natal so considerados mensalidades au-tnomas;

    e) Os descontos devidos so calculados sobre o valor pecunirio reduzido por aplicao do disposto nos n.os 1 e 2.

    5 Nos casos em que da aplicao do disposto no presente artigo resulte uma remunerao total ilquida inferior a 675, aplica -se apenas a reduo necessria a assegurar a perceo daquele valor.

    6 Nos casos em que apenas parte das remuneraes a que se referem os n.os 1 e 2 sujeita a desconto para

    a CGA, I. P., ou para a segurana social, esse desconto incide sobre o valor que resultaria da aplicao da taxa de reduo prevista no n. 1 s prestaes pecunirias objeto daquele desconto.

    7 Quando os suplementos remuneratrios ou outras prestaes pecunirias forem fixados em percentagem da remunerao base, a reduo prevista nos n.os 1 e 2 incide sobre o valor dos mesmos, calculado por referncia ao valor da remunerao base antes da aplicao da reduo.

    8 A reduo remuneratria prevista no presente artigo tem por base a remunerao total ilquida apurada aps a aplicao das redues previstas nos artigos 11. e 12. da Lei n. 12 -A/2010, de 30 de junho, alterada pelas Leis n.os 64 -B/2011, de 30 de dezembro, e 66 -B/2012, de 31 de dezembro, e na Lei n. 47/2010, de 7 de setembro, alterada pelas Leis n.os 52/2010, de 14 de dezembro, e 66 -B/2012, de 31 de dezembro, para os universos neles referidos.

    9 O disposto no presente artigo aplicvel aos ti-tulares dos cargos e demais pessoal de seguida identifi-cados:

    a) O Presidente da Repblica;b) O Presidente da Assembleia da Repblica;c) O Primeiro -Ministro;d) Os Deputados Assembleia da Repblica;e) Os membros do Governo;f) Os juzes do Tribunal Constitucional e os juzes do

    Tribunal de Contas, o Procurador -Geral da Repblica, bem como os magistrados judiciais, os magistrados do Ministrio Pblico e os juzes da jurisdio administrativa e fiscal e dos julgados de paz;

    g) Os Representantes da Repblica para as regies au-tnomas;

    h) Os deputados s Assembleias Legislativas das regies autnomas;

    i) Os membros dos Governos Regionais;j) Os eleitos locais;k) Os titulares dos demais rgos constitucionais no

    referidos nas alneas anteriores, bem como os membros dos rgos dirigentes de entidades administrativas independen-tes, nomeadamente as que funcionam junto da Assembleia da Repblica;

    l) Os membros e os trabalhadores dos gabinetes, dos rgos de gesto e de gabinetes de apoio, dos titulares dos cargos e rgos das alneas anteriores, do Presidente e Vice -Presidente do Conselho Superior da Magistratura, do Presidente e Vice -Presidente do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais, do Presidente do Supremo Tribunal de Justia, do Presidente e juzes do Tribunal Constitucional, do Presidente do Supremo Tribunal Administrativo, do Presidente do Tribunal de Contas, do Provedor de Justia e do Procurador -Geral da Repblica;

    m) Os militares das Foras Armadas e da Guarda Nacio-nal Republicana (GNR), incluindo os juzes militares e os militares que integram a assessoria militar ao Ministrio Pblico, bem como outras foras militarizadas;

    n) O pessoal dirigente dos servios da Presidncia da Repblica e da Assembleia da Repblica e de outros servi-os de apoio a rgos constitucionais, dos demais servios e organismos da administrao central, regional e local do Estado, bem como o pessoal em exerccio de funes equiparadas para efeitos remuneratrios;

    o) Os gestores pblicos, ou equiparados, os membros dos rgos executivos, deliberativos, consultivos, de fiscalizao ou quaisquer outros rgos estatutrios dos

  • 7056-(68) Dirio da Repblica, 1. srie N. 253 31 de dezembro de 2013

    institutos pblicos de regime comum e especial, de pes-soas coletivas de direito pblico dotadas de independn-cia decorrente da sua integrao nas reas de regulao, superviso ou controlo, das empresas pblicas de capital exclusiva ou maioritariamente pblico, das entidades p-blicas empresariais e das entidades que integram o setor empresarial regional e municipal, das fundaes pblicas e de quaisquer outras entidades pblicas;

    p) Os trabalhadores que exercem funes pblicas na Presidncia da Repblica, na Assembleia da Repblica, em outros rgos constitucionais, bem como os que exer-cem funes pblicas, em qualquer modalidade de relao jurdica de emprego pblico, nos termos do disposto nos n.os 1 e 2 do artigo 2. e nos n.os 1, 2 e 4 do artigo 3. da Lei n. 12 -A/2008, de 27 de fevereiro, incluindo os trabalha-dores em mobilidade especial e em licena extraordinria;

    q) Os trabalhadores dos institutos pblicos de regime especial e de pessoas coletivas de direito pblico dotadas de independncia decorrente da sua integrao nas reas de regulao, superviso ou controlo, incluindo as entidades reguladoras independentes;

    r) Os trabalhadores das empresas pblicas de capital exclusiva ou maioritariamente pblico, das entidades p-blicas empresariais e das entidades que integram o setor empresarial regional e municipal;

    s) Os trabalhadores e dirigentes das fundaes pbli-cas de direito pblico e das fundaes pblicas de direito privado e dos estabelecimentos pblicos no abrangidos pelas alneas anteriores;

    t) O pessoal nas situaes de reserva, pr -aposentao e disponibilidade, fora de efetividade de servio, que bene-ficie de prestaes pecunirias indexadas aos vencimentos do pessoal no ativo.

    10 As entidades processadoras das remuneraes dos trabalhadores em funes pblicas referidas na alnea p) do nmero anterior, abrangidas pelo n. 2 do artigo 2. da Lei n. 12 -A/2008, de 27 de fevereiro, pela Lei n. 66/2012, de 31 de dezembro, e pela Lei n. 66 -B/2012, de 31 de de-zembro, bem como os rgos ou servios com autonomia financeira processadores das remuneraes dos trabalha-dores em funes pblicas referidos nas alneas q) e s) do nmero anterior, procedem entrega das quantias corres-pondentes s redues remuneratrias previstas no presente artigo nos cofres do Estado, ressalvados os casos em que as remuneraes dos trabalhadores em causa tenham sido prvia e devidamente oramentadas com aplicao dessas mesmas redues.

    11 O disposto no presente artigo ainda aplicvel a todos os contratos a celebrar, por instituies de direito privado, que visem o desenvolvimento de atividades de docncia, de investigao ou com ambas conexas, sem-pre que os mesmos sejam expressamente suportados por financiamento pblico, no mbito dos apoios ao Sistema Cientfico e Tecnolgico Nacional (SCTN), continuando a aplicar -se as redues entretanto determinadas aos di-ferentes tipos de contratos em vigor, celebrados naqueles termos.

    12 O abono mensal de representao previsto na al-nea a) do n. 1 do artigo 61. do Decreto -Lei n. 40 -A/98, de 27 de fevereiro, alterado pelos Decretos -Leis n.os 153/2005, de 2 de setembro, e 10/2008, de 17 de janeiro, e pela Lei n. 55 -A/2010, de 31 de dezembro, reduzido em 4 %, sem prejuzo das redues previstas nos nmeros anteriores.

    13 O disposto no presente artigo no se aplica aos titulares de cargos e demais pessoal das empresas de capi-tal exclusiva ou maioritariamente pblico e das entidades pblicas empresariais que integrem o setor pblico em-presarial se, em razo de regulamentao internacional especfica, da resultar diretamente decrscimo de receitas.

    14 No aplicvel a reduo prevista no presente artigo nos casos em que pela sua aplicao resulte uma remunerao ilquida inferior ao montante previsto para o salrio mnimo em vigor nos pases onde existem ser-vios perifricos externos do Ministrio dos Negcios Estrangeiros.

    15 Salvo o disposto no n. 11, o regime fixado no presente artigo tem natureza imperativa, prevalecendo sobre quaisquer outras normas, especiais ou excecionais, em contrrio e sobre instrumentos de regulamentao co-letiva de trabalho e contratos de trabalho, no podendo ser afastado ou modificado pelos mesmos.

    Artigo 34.Reviso de carreiras, corpos especiais e cargos

    1 Durante o ano de 2014 so revistos os cargos, categorias e carreiras ainda no revistas nos termos da Lei n. 12 -A/2008, de 27 de fevereiro.

    2 Sem prejuzo da reviso prevista no nmero an-terior, mantm -se as carreiras que ainda no tenham sido objeto de extino, de reviso ou de deciso de subsistn-cia, designadamente as de regime especial e as de corpos especiais, bem como a integrao dos respetivos trabalha-dores, sendo que:

    a) S aps tal reviso tm lugar, relativamente a tais trabalhadores, a execuo das transies atravs da lista nominativa referida no artigo 109. da Lei n. 12 -A/2008, de 27 de fevereiro, exceto no respeitante modalidade de constituio da sua relao jurdica de emprego p-blico, s situaes de mobilidade geral do, ou no, rgo ou servio e de posicionamento remuneratrio na tabela remuneratria nica;

    b) At ao incio de vigncia da reviso:i) As carreiras em causa regem -se pelas disposies

    normativas aplicveis em 31 de dezembro de 2008, com as alteraes decorrentes dos artigos 46. a 48., 74., 75. e 113. da Lei n. 12 -A/2008, de 27 de fevereiro;

    ii) Aos procedimentos concursais para as carreiras em causa aplicvel o disposto na alnea d) do n. 1 do ar-tigo 54. da Lei n. 12 -A/2008, de 27 de fevereiro, bem como no n. 11 do artigo 28. da Portaria n. 83 -A/2009, de 22 de janeiro, alterada e republicada pela Portaria n. 145 -A/2011, de 6 de abril;

    iii) O n. 3 do artigo 110. da Lei n. 12 -A/2008, de 27 de fevereiro, no lhes aplicvel, apenas o sendo rela-tivamente aos concursos pendentes na data do incio da referida vigncia.

    3 A reviso das carreiras a que se refere o nmero anterior deve assegurar:

    a) A observncia das regras relativas organizao das carreiras previstas na seco I do captulo II do ttulo IV e no artigo 69. da Lei n. 12 -A/2008, de 27 de fevereiro, desig-nadamente quanto aos contedos e deveres funcionais, ao nmero de categorias e s posies remuneratrias;

  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 253 31 de dezembro de 2013 7056-(69)

    b) As alteraes de posicionamento remuneratrio em funo das ltimas avaliaes de desempenho e da respe-tiva diferenciao assegurada por um sistema de quotas;

    c) As perspetivas de evoluo remuneratria das ante-riores carreiras, elevando -as apenas de forma sustentvel.

    4 At reviso do sistema remuneratrio das car-reiras dos conservadores, notrios e oficiais dos registos e do notariado, aos vencimentos daqueles trabalhadores aplicam -se as regras sobre a determinao do vencimento de exerccio fixadas, transitoriamente, pela Portaria n. 1448/2001, de 22 de dezembro, e mantidas em vigor nos anos subsequentes.

    5 Durante o ano de 2014 o Governo procede a uma avaliao da aplicao da tabela remuneratria nica, com o objetivo de determinar, designadamente, da sua coerncia no contexto das carreiras e polticas remuneratrias do setor pblico e da sua abrangncia sobre trabalhadores em funes pblicas, de forma a habilitar s aes mais adequadas ao aperfeioamento da mesma.

    6 O regime fixado no presente artigo tem natureza imperativa, prevalecendo sobre quaisquer outras normas legais ou convencionais, especiais ou excecionais, em contrrio, no podendo ser afastado ou modificado pelas mesmas.

    Artigo 35.Pagamento do subsdio de Natal

    1 Durante o ano de 2014, o subsdio de Natal ou quaisquer prestaes correspondentes ao 13. ms a que tenham direito, nos termos legais, as pessoas a que se refere o n. 9 do artigo 33., pago mensalmente, por duo-dcimos.

    2 O valor do subsdio de Natal a abonar s pessoas a que se refere o n. 9 do artigo 33. e nos termos do nmero anterior, apurado mensalmente com base na remunerao relevante para o efeito, nos termos legais, aps a reduo remuneratria prevista no mesmo artigo.

    3 O regime fixado no presente artigo tem natureza imperativa e excecional, prevalecendo sobre quaisquer outras normas, especiais ou excecionais, em contrrio e sobre instrumentos de regulamentao coletiva de traba-lho e contratos de trabalho, no podendo ser afastado ou modificado pelos mesmos.

    Artigo 36.Pagamento do subsdio de Natal aos aposentados, reformados e demais pensionistas da Caixa Geral de Aposentaes, I. P.

    1 Os aposentados, reformados e demais pensionistas da CGA, I. P., bem como o pessoal na reserva e o desligado do servio a aguardar aposentao ou reforma, independen-temente da data de passagem a essas situaes e do valor da sua penso, tm direito a receber mensalmente, no ano de 2014, a ttulo de subsdio de Natal, um valor correspon-dente a 1/12 da penso que lhes couber nesse ms.

    2 O direito a cada duodcimo do subsdio de Natal vence -se no dia 1 do ms respetivo.

    3 O subsdio de Natal do pessoal na situao de reserva e do pessoal desligado do servio a aguardar apo-sentao ou reforma pago pela entidade de que dependa o interessado, com base no valor indicado na comunicao prevista no artigo 99. do Estatuto da Aposentao, apro-vado pelo Decreto -Lei n. 498/72, de 9 de dezembro.

    4 Ao valor do subsdio de Natal que couber em cada ms deduzida a contribuio extraordinria de solida-riedade (CES), aplicando -se a taxa percentual que couber a uma penso de valor igual a 12 vezes o valor do refe-rido subsdio mensal, bem como as quantias em dvida CGA, I. P., e as quotizaes para a ADSE.

    5 Os descontos obrigatrios que incidam sobre o subsdio de Natal, nomeadamente penhoras e penses de alimentos, que no correspondam a uma determinada per-centagem deste, mas a um montante pecunirio fixo, so deduzidos pela totalidade ao valor do subsdio de Natal, lquido da CES e das retenes na fonte a ttulo de im-posto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) e sobretaxa, das quantias em dvida CGA, I. P., e das quotizaes para a ADSE.

    6 O regime fixado no presente artigo no aplicvel s penses automaticamente atualizadas por indexao remunerao de trabalhadores no ativo, que ficam sujeitas s medidas previstas na presente lei para o subsdio de Natal destes trabalhadores.

    7 O regime fixado no presente artigo tem natureza imperativa e excecional, prevalecendo sobre quaisquer outras normas, especiais ou excecionais, em contrrio e sobre instrumentos de regulamentao coletiva de traba-lho e contratos de trabalho, no podendo ser afastado ou modificado pelos mesmos.

    Artigo 37.Pagamento do montante adicional atribudo aos pensionistas

    do sistema de segurana social

    1 Em 2014, o pagamento do montante adicional das penses de invalidez, velhice e sobrevivncia atribudas pelo sistema de segurana social, referente ao ms de de-zembro, realizado em duodcimos.

    2 Para as penses iniciadas durante o ano, o primeiro pagamento inclui obrigatoriamente o montante referente aos duodcimos do montante adicional que j se tenham vencido.

    3 Nas situaes de cessao da penso, os mon-tantes pagos a ttulo de montantes adicionais de penso consideram -se devidos e como tal no so objeto de res-tituio.

    4 O regime fixado no presente artigo no aplicvel s penses automaticamente atualizadas por indexao remunerao de trabalhadores no ativo, que ficam sujeitas s medidas previstas na presente lei para o subsdio de Natal destes trabalhadores.

    5 O regime fixado no presente artigo tem natureza imperativa e excecional, prevalecendo sobre quaisquer outras normas, especiais ou excecionais, em contrrio e sobre instrumentos de regulamentao coletiva de traba-lho e contratos de trabalho, no podendo ser afastado ou modificado pelos mesmos.

    Artigo 38.Situaes vigentes de licena extraordinria

    1 As percentagens da remunerao ilquida a consi-derar para efeitos da determinao da subveno mensal dos trabalhadores que se encontrem em situao de licena extraordinria, previstas nos n.os 5 e 12 do artigo 32. da Lei n. 53/2006, de 7 de dezembro, alterada pelas Leis n.os 11/2008, de 20 de fevereiro, 64 -A/2008, de 31 de de-zembro, e 64 -B/2011, de 30 de dezembro, aplicvel s licenas extraordinrias vigentes, so reduzidas em 50 %.

  • 7056-(70) Dirio da Repblica, 1. srie N. 253 31 de dezembro de 2013

    2 O valor da subveno mensal, calculado nos ter-mos do nmero anterior, no pode, em qualquer caso, ser superior a duas vezes o valor do indexante dos apoios sociais (IAS).

    3 Para efeitos da determinao da subveno a que se referem os nmeros anteriores, considera -se a remune-rao que o trabalhador auferia na situao de mobilidade especial sem o limite a que se refere o n. 3 do artigo 31. da Lei n. 53/2006, de 7 de dezembro, alterada pelas Leis n.os 11/2008, de 20 de fevereiro, 64 -A/2008, de 31 de de-zembro, e 64 -B/2011, de 30 de dezembro.

    4 O disposto nos n.os 1 e 2 no prejudica a aplica-o do regime de reduo remuneratria estabelecido no artigo 33.

    5 O disposto nos n.os 8 a 10 do artigo 32. da Lei n. 53/2006, de 7 de dezembro, alterada pelas Leis n.os 11/2008, de 20 de fevereiro, 64 -A/2008, de 31 de de-zembro, e 64 -B/2011, de 30 de dezembro, aplicvel s licenas extraordinrias vigentes, abrange a proibio de exercer qualquer atividade profissional remunerada em rgos, servios e organismos das administraes pbli-cas, bem como associaes pblicas e entidades pblicas empresariais, independentemente da sua durao, regula-ridade e forma de remunerao, da modalidade e natureza do contrato, pblica ou privada, laboral ou de aquisio de servios.

    6 O disposto no nmero anterior aplicvel nos casos em que o trabalhador em situao de licena extra-ordinria se obriga pessoalmente ou em que o exerccio de funes ocorre no mbito de um contrato celebrado pelo servio ou entidade pblicos ali referidos com sociedades unipessoais ou com pessoas coletivas com as quais aquele tenha uma relao.

    Artigo 39.Proibio de valorizaes remuneratrias

    1 vedada a prtica de quaisquer atos que con-substanciem valorizaes remuneratrias dos titulares dos cargos e demais pessoal identificado no n. 9 do artigo 33.

    2 O disposto no nmero anterior abrange as valoriza-es e outros acrscimos remuneratrios, designadamente os resultantes dos seguintes atos:

    a) Alteraes de posicionamento remuneratrio, pro-gresses, promoes, nomeaes ou graduaes em cate-goria ou posto superiores aos detidos;

    b) Atribuio de prmios de desempenho ou outras prestaes pecunirias de natureza afim que excedam os limites fixados no n. 5;

    c) Abertura de procedimentos concursais para categorias superiores de carreiras pluricategoriais, gerais ou espe-ciais, ou, no caso das carreiras no revistas e subsistentes, incluindo carreiras e corpos especiais, para as respetivas categorias de acesso, incluindo procedimentos internos de seleo para mudana de nvel ou escalo;

    d) Pagamento de remunerao diferente da auferida na categoria de origem, nas situaes de mobilidade interna, na modalidade de mobilidade na categoria, iniciadas aps a entrada em vigor da presente lei, suspendendo -se a apli-cao a novas situaes do regime de remunerao dos tra-balhadores em mobilidade prevista no n. 1 do artigo 62. da Lei n. 12 -A/2008, de 27 de fevereiro.

    3 O disposto nos nmeros anteriores no aplicvel ao pagamento de remunerao diferente da auferida na

    categoria de origem nas situaes de mobilidade interna na modalidade de mobilidade intercarreiras ou categorias, nos termos previstos nos n.os 2 a 4 do artigo 62. da Lei n. 12 -A/2008, de 27 de fevereiro.

    4 O disposto nos n.os 1 e 2 no prejudica a aplicao da Lei n. 66 -B/2007, de 28 de dezembro, alterada pelas Leis n.os 64 -A/2008, de 31 de dezembro, e 55 -A/2010, de 31 de dezembro, assim como das respetivas adaptaes, nos casos em que tal se verifique, sendo que os resultados da avaliao dos desempenhos suscetveis de originar al-teraes do posicionamento remuneratrio ao abrigo da Lei n. 12 -A/2008, de 27 de fevereiro, podem ser consi-derados aps a cessao da vigncia do presente artigo, nos seguintes termos:

    a) Mantm -se todos os efeitos associados avaliao do desempenho, nomeadamente a contabilizao dos pontos a que se refere o n. 6 do artigo 47. da Lei n. 12 -A/2008, de 27 de fevereiro, bem como a contabilizao dos vrios tipos de menes a ter em conta para efeitos de mudana de posio remuneratria e ou atribuio de prmios de desempenho;

    b) As alteraes do posicionamento remuneratrio que venham a ocorrer aps 31 de dezembro de 2014 no podem produzir efeitos em data anterior;

    c) Estando em causa alteraes obrigatrias do posicio-namento remuneratrio, a efetuar ao abrigo do disposto no n. 6 do artigo 47. da Lei n. 12 -A/2008, de 27 de feve-reiro, quando o trabalhador tenha, entretanto, acumulado mais do que os pontos legalmente exigidos, os pontos em excesso relevam para efeitos de futura alterao do seu posicionamento remuneratrio, nos termos da mesma disposio legal.

    5 Podem ser atribudos, com carter excecional, pr-mios de desempenho ou de natureza afim, com o limite mximo de 2 % dos trabalhadores do servio, tendo como referncia a ltima avaliao de desempenho efetuada, desde que no haja aumento global da despesa com pessoal na entidade em que aquela atribuio tenha lugar.

    6 O limite mximo de 2 % previsto no nmero ante-rior pode ser aumentado at 5 %, associado a critrios de eficincia operacional e financeira das entidades empre-gadoras, nos termos e condies a definir por portaria dos membros do Governo responsveis pela rea das finanas e da Administrao Pblica.

    7 So vedadas as promoes, independentemente da respetiva modalidade, ainda que os interessados j renam as condies exigveis para o efeito data da entrada em vigor da presente lei, exceto se, nos termos legais gerais aplicveis at 31 de dezembro de 2010, tais promoes devessem obrigatoriamente ter ocorrido em data anterior a esta ltima.

    8 As alteraes do posicionamento remuneratrio, progresses e promoes que venham a ocorrer aps a vigncia do presente artigo no podem produzir efeitos em data anterior.

    9 O disposto nos nmeros anteriores no prejudica as mudanas de categoria ou de posto necessrias para o exerccio de cargo ou das funes que integram o contedo funcional da categoria ou do posto para os quais se opera a mudana, bem como de graduaes para desempenho de cargos internacionais, desde que se verifiquem os seguintes requisitos cumulativos:

    a) Que se trate de cargo ou funes previstos em dis-posio legal ou estatutria;

  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 253 31 de dezembro de 2013 7056-(71)

    b) Que haja disposio legal ou estatutria que preveja que a mudana de categoria ou de posto ou a graduao decorrem diretamente e ou constituem condio para a designao para o cargo ou para exerccio das funes;

    c) Que estejam reunidos os demais requisitos ou con-dies gerais e especiais, legal ou estatutariamente exigi-dos para a nomeao em causa e ou para a consequente mudana de categoria ou de posto, bem como graduao;

    d) Que a designao para o cargo ou exerccio de fun-es seja imprescindvel, designadamente por no existir outra forma de assegurar o exerccio das funes que lhe esto cometidas e no ser legal e objetivamente possvel a continuidade do exerccio pelo anterior titular.

    10 O disposto no nmero anterior abrange, durante o ano de 2014, situaes de mudana de categoria ou de posto necessrias para o exerccio de cargo ou funes, de-signadamente de militares das Foras Armadas e da GNR, de pessoal com funes policiais da Polcia de Segurana Pblica (PSP), de pessoal da carreira de investigao e fiscalizao do Servio de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), da Polcia Judiciria (PJ), do SIRP, da Polcia Martima e de outro pessoal militarizado e de pessoal do corpo da Guarda Prisional, justificada que esteja a sua necessidade e observadas as seguintes condies:

    a) Os efeitos remuneratrios da mudana de categoria ou de posto apenas se verificam no dia seguinte ao da publica-o do diploma respetivo no Dirio da Repblica, exceto quando os servios estejam legalmente dispensados dessa publicao, valendo, para esse efeito, a data do despacho de nomeao no novo posto ou categoria;

    b) Das mudanas de categoria ou posto no pode resultar aumento da despesa com pessoal nas entidades em que aquelas tenham lugar.

    11 As mudanas de categoria ou posto e as gradua-es realizadas ao abrigo do disposto nos n.os 8 e 9 de-pendem de despacho prvio favorvel dos membros do Governo responsveis pela rea das finanas e pela rea em que se integra o rgo, servio ou entidade em causa, tendo em conta a verificao dos requisitos e condies es-tabelecidos naquelas disposies, com exceo dos rgos e servios das administraes regionais e autrquicas, em que a emisso daquele despacho compete aos correspon-dentes rgos de governo prprios.

    12 O disposto nos n.os 8 a 10 tambm aplicvel nos casos em que a mudana de categoria ou de posto dependa de procedimento concursal prprio para o efeito, situao em que o despacho a que se refere o nmero anterior deve ser prvio abertura ou prosseguimento de tal procedimento.

    13 O despacho a que se refere o n. 11 estabelece, designadamente, limites quantitativos dos indivduos que podem ser graduados ou mudar de categoria ou posto, limites e ou requisitos em termos de impacto oramental desta graduao ou mudana, os termos da produo de efeitos das graduaes e mudanas de categoria ou posto, dever e termos de reporte aos membros do Governo que o proferem das graduaes e mudanas de categoria ou posto que venham a ser efetivamente realizadas, bem como a eventual obrigao de adoo de outras medidas de re-duo de despesa para compensar o eventual aumento decorrente das graduaes ou mudanas de categoria ou posto autorizadas.

    14 Sem prejuzo do disposto no n. 11, permanecem suspensos todos os procedimentos concursais ou concursos pendentes a que se refere a alnea c) do n. 2, salvo se o dirigente mximo do servio ou entidade em causa decidir pela sua cessao.

    15 O tempo de servio prestado durante a vigncia do presente artigo, pelo pessoal referido no n. 1, no contado para efeitos de promoo e progresso, em todas as carreiras, cargos e ou categorias, incluindo as integradas em corpos especiais, bem como para efeitos de mudanas de posio remuneratria ou categoria nos casos em que estas apenas dependam do decurso de determinado per-odo de prestao de servio legalmente estabelecido para o efeito.

    16 Exceciona -se do disposto no nmero anterior o tempo de servio prestado pelos elementos a que se refere o n. 10, para efeitos de mudana de categoria ou de posto.

    17 O disposto no presente artigo no se aplica para efeitos de concluso, com aproveitamento, de estgio le-galmente exigvel para o ingresso nas carreiras no revistas a que se refere o artigo 34.

    18 O disposto no presente artigo no prejudica a concretizao dos reposicionamentos remuneratrios de-correntes da transio para carreiras revistas, nos termos do artigo 101. da Lei n. 12 -A/2008, de 27 de fevereiro, ou, sendo o caso, a transio para novos regimes de tra-balho, desde que os respetivos processos de reviso se encontrem concludos at data da entrada em vigor da presente lei.

    19 O disposto no presente artigo no prejudica igual-mente a concretizao dos reposicionamentos remunera-trios respetivos decorrente da transio dos assistentes estagirios para a categoria de assistentes e dos assistentes e assistentes convidados para a categoria de professor auxi-liar, nos termos do Estatuto da Carreira Docente Universit-ria, aprovado pelo Decreto -Lei n. 448/79, de 13 de novem-bro, dos assistentes para a categoria de professor -adjunto e dos trabalhadores equiparados a professor -coordenador, professor -adjunto ou assistente para a categoria de professor--coordenador e professor -adjunto em regime de contrato de trabalho em funes pblicas na modalidade de contrato por tempo indeterminado, nos termos do Estatuto da Car-reira do Pessoal Docente do Ensino Superior Politcnico, aprovado pelo Decreto -Lei n. 185/81, de 1 de julho, bem como dos assistentes de investigao cientfica na categoria de investigador auxiliar, nos termos do Estatuto da Carreira de Investigao Cientfica, aprovado pelo Decreto -Lei n. 124/99, de 20 de abril.

    20 Os rgos e servios competentes para a reali-zao de aes de inspeo e auditoria devem, no mbito das aes que venham a executar nos rgos, servios e entidades abrangidos pelo disposto no presente artigo, pro-ceder identificao das situaes passveis de constituir violao do disposto no presente artigo e comunic -las aos membros do Governo responsveis pelas reas das finanas e da Administrao Pblica.

    21 Os atos praticados em violao do disposto no presente artigo so nulos e fazem incorrer os seus autores em responsabilidade civil, financeira e disciplinar.

    22 Para efeitos da efetivao da responsabilidade financeira a que se refere o nmero anterior, consideram -se pagamentos indevidos as despesas realizadas em violao do disposto no presente artigo.

    23 O regime fixado no presente artigo tem natureza imperativa, prevalecendo sobre quaisquer outras normas

  • 7056-(72) Dirio da Repblica, 1. srie N. 253 31 de dezembro de 2013

    legais ou convencionais, especiais ou excecionais, em contrrio, no podendo ser afastado ou modificado pelas mesmas.

    Artigo 40.Graduao de militares em regimes

    de contrato e de voluntariado

    1 As graduaes previstas no n. 2 do artigo 294., no n. 3 do artigo 305. e no n. 2 do artigo 311. do Estatuto dos Militares das Foras Armadas, aprovado pelo Decreto--Lei n. 236/99, de 25 de junho, ocorrem trs meses aps o incio da instruo complementar.

    2 O disposto no nmero anterior no prejudica a promoo ao posto que compete aos militares depois de finda a instruo complementar, caso esta tenha uma du-rao inferior a trs meses.

    Artigo 41.Prmios de gesto

    Durante o ano de 2014 no podem retribuir os seus gestores ou titulares de rgos diretivos, de administrao ou outros rgos estatutrios, com remuneraes variveis de desempenho:

    a) As empresas do setor pblico empresarial, as empre-sas pblicas, as empresas participadas e ainda as empresas detidas, direta ou indiretamente, por quaisquer entidades pblicas estaduais, nomeadamente as dos setores empre-sariais regionais e municipais;

    b) Os institutos pblicos de regime comum e especial;c) As pessoas coletivas de direito pblico dotadas de

    independncia decorrente da sua integrao nas reas da regulao, superviso ou controlo, incluindo as entidades reguladoras independentes.

    Artigo 42.Determinao do posicionamento remuneratrio

    1 Nos procedimentos concursais em que a deter-minao do posicionamento remuneratrio se efetue por negociao, nos termos do disposto no artigo 55. da Lei n. 12 -A/2008, de 27 de fevereiro, sem prejuzo do disposto no n. 6 do mesmo artigo, a entidade empregadora pblica no pode propor:

    a) Uma posio remuneratria superior auferida re-lativamente aos trabalhadores detentores de uma prvia relao jurdica de emprego pblico por tempo indeter-minado;

    b) Uma posio remuneratria superior segunda, no recrutamento de trabalhadores titulares de licenciatura ou de grau acadmico superior para a carreira geral de tcnico superior que:

    i) No se encontrem abrangidos pela alnea anterior; ouii) Se encontrem abrangidos pela alnea anterior au-

    ferindo de acordo com posio remuneratria inferior segunda da referida carreira;

    c) Uma posio remuneratria superior terceira, no recrutamento de trabalhadores titulares de licenciatura ou de grau acadmico superior para a carreira especial de inspeo que no se encontrem abrangidos pela alnea a);

    d) Uma posio remuneratria superior primeira, nos restantes casos.

    2 Para efeitos do disposto no nmero anterior, os candidatos que se encontrem nas condies nele referidas informam prvia e obrigatoriamente a entidade empre-gadora pblica do posto de trabalho que ocupam e da posio remuneratria correspondente remunerao que auferem.

    3 Nos procedimentos concursais em que a determi-nao do posicionamento remuneratrio no se efetue por negociao, os candidatos so posicionados na primeira posio remuneratria da categoria ou, tratando -se de tra-balhadores detentores de uma prvia relao jurdica de emprego pblico por tempo indeterminado, na posio remuneratria correspondente remunerao atualmente auferida, caso esta seja superior quela, suspendendo -se, durante o perodo referido no n. 1, o disposto no n. 9 do artigo 55. da Lei n. 12 -A/2008, de 27 de fevereiro, bem como todas as normas que disponham em sentido diferente.

    4 O regime fixado no presente artigo tem natureza imperativa, prevalecendo sobre quaisquer outras normas legais ou convencionais, especiais ou excecionais, em contrrio, no podendo ser afastado ou modificado pelas mesmas.

    Artigo 43.Subsdio de refeio

    1 Sem prejuzo do disposto no nmero seguinte, o valor do subsdio de refeio abonado aos titulares dos car-gos e demais pessoal a que se refere o n. 9 do artigo 33., nos casos em que, nos termos da lei ou por ato prprio, tal esteja previsto, no pode ser superior ao valor fixado na Portaria n. 1553 -D/2008, de 31 de dezembro, alterada pela Portaria n. 1458/2009, de 31 de dezembro.

    2 Os valores percebidos a 31 de dezembro de 2013 a ttulo de subsdio de refeio que no coincidam com o montante fixado na portaria referida no nmero anterior no so objeto de qualquer atualizao at que esse mon-tante atinja aquele valor.

    3 O preo das refeies asseguradas s pessoas a que se refere o n. 9 do artigo 33., designadamente em can-tinas e refeitrios da entidade empregadora, no pode ser inferior ao custo total por refeio efetivamente incorrido por aquelas entidades.

    4 Exclui -se da aplicao do nmero anterior o preo das refeies fornecidas no mbito dos regimes de ao social complementar dos trabalhadores dos servios e or-ganismos da administrao direta e indireta do Estado, das autarquias locais e das regies autnomas, bem como nos casos em que o trabalhador, atentas as funes desempe-nhadas, deva permanecer durante o intervalo para refeio no espao habitual de trabalho.

    5 O regime fixado no presente artigo tem natureza imperativa, prevalecendo sobre quaisquer outras normas, especiais ou excecionais, em contrrio e sobre instrumen-tos de regulamentao coletiva de trabalho e contratos de trabalho, no podendo ser afastado ou modificado pelos mesmos.

    Artigo 44.Ajudas de custo, trabalho extraordinrio e trabalho noturno

    nas fundaes pblicas e nos estabelecimentos pblicos

    1 O Decreto -Lei n. 106/98, de 24 de abril, alterado pelo Decreto -Lei n. 137/2010, de 28 de dezembro, pelas Leis n.os 64 -B/2011, de 30 de dezembro, e 66 -B/2012, de 31 de dezembro, bem como as redues aos valores nele

  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 253 31 de dezembro de 2013 7056-(73)

    previstos so aplicveis aos trabalhadores das fundaes pblicas de direito pblico, das fundaes pblicas de direito privado e dos estabelecimentos pblicos.

    2 Os regimes do trabalho extraordinrio e do trabalho noturno previstos no Regime do Contrato de Trabalho em Funes Pblicas, aprovado pela Lei n. 59/2008, de 11 de setembro, alterada pela Lei n. 3 -B/2010, de 28 de abril, pelo Decreto -Lei n. 124/2010, de 17 de novembro, e pelas Leis n.os 64 -B/2011, de 30 de dezembro, 66/2012, de 31 de dezembro, e 63/2013, de 29 de agosto, so aplicados aos trabalhadores das fundaes pblicas de direito pblico, das fundaes pblicas de direito privado e dos estabele-cimentos pblicos.

    3 O disposto no presente artigo prevalece sobre as disposies legais, gerais ou especiais, contrrias e sobre todos os instrumentos de regulamentao coletiva de tra-balho, sendo direta e imediatamente aplicvel, dada a sua natureza imperativa, aos trabalhadores a que se refere o nmero anterior.

    Artigo 45.Pagamento do trabalho extraordinrio

    1 Durante o ano de 2014, como medida excecional de estabilidade oramental, todos os acrscimos ao valor da retribuio horria referentes a pagamento de trabalho extraordinrio prestado em dia normal de trabalho pelas pessoas a que se refere o n. 9 do artigo 33., cujo perodo normal de trabalho, legal e ou convencional, no exceda sete horas por dia nem 35 horas por semana so realizados nos seguintes termos:

    a) 12,5 % da remunerao na 1. hora;b) 18,75 % da remunerao nas horas ou fraes sub-

    sequentes.

    2 O trabalho extraordinrio prestado pelas pessoas a que se refere o nmero anterior, em dia de descanso semanal, obrigatrio ou complementar, e em dia feriado, confere o direito a um acrscimo de 25 % da remunerao por cada hora de trabalho efetuado.

    3 O regime fixado no presente artigo tem natureza imperativa, prevalecendo sobre quaisquer outras normas, especiais ou excecionais, em contrrio e sobre instrumen-tos de regulamentao col