legislaÇÃo portuguesa sobre seguranÇa de barragens … · a sua aplicaÇÃo e resultados...

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LEGISLAÇÃO PORTUGUESA SOBRE SEGURANÇA DE BARRAGENS A SUA APLICAÇÃO E RESULTADOS ALCANÇADOS 1 Centro de Estudos Avançados em Segurança de Barragens (CEASB) Foz de Iguaçu, 17 de Abril 2015 A. Veiga Pinto

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LEGISLAÇÃO PORTUGUESA SOBRE SEGURANÇA

DE BARRAGENS

A SUA APLICAÇÃO E RESULTADOS ALCANÇADOS

1

Centro de Estudos Avançados em

Segurança de Barragens (CEASB)

Foz de Iguaçu, 17 de Abril 2015A. Veiga Pinto

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2

A SEGURANÇA DE BARRAGENS

ESTÁ RELACIONADA COM A

GESTÃO DE RISCOS

ISTO É, NA IDENTIFICAÇÃO DOS

RISCOS E MINIMIZAÇAO DOS SEUS

EFEITOS

A. Veiga Pinto

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3

Identificação do perigo e

respectivos efeitos

Identificação das

consequências

Estimativa do valor das

consequências

Estimativa da probabilidade das

consequências

Admissibilidade de riscos

Estimativa de riscos

Percepção de riscos

Tomada de

Decisões/Recomendações

Controlo de riscos

Observação de riscos

Tomada de

decisões e

controlo

Apreciação de riscos

PRINCIPAIS ACTIVIDADES DA

GESTÃO DO RISCO Descrição do âmbito

Gestão de

riscos

Avaliação de

riscos

Análise de

riscos

A. Veiga Pinto

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Após a realização de uma análise de riscos, há que efetuar a apreciação do risco. Designa-se por apreciação do risco o processo de ponderação e de julgamento do significado do risco obtido na análise dos riscos

É um campo em que se entra no domínio da aceitabilidade e tolerabilidade do risco e portanto é um dos aspetos mais controversos da gestão dos riscos

A aceitabilidade do risco parece variar significativamente com a condição socio--económica do local onde a barragem se insere

APRECIAÇÃO DE RISCOS

A. Veiga Pinto

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5

A aceitabilidade do risco a nível individual da ruptura em

barragens é da ordem de 10-6 (Reino Unido; Morris et

al.) a 10-6 a 10-8 (Austrália; ANCOLD, 1994) por pessoa

e por ano

O risco individual, geralmente associado à

probabilidade de perda de uma vida humana, é

uma forma sugestiva de representar o risco, já que

permite a sua comparação imediata com diferentes

tipos de acidente

ANÁLISE DO RISCO INDIVIDUAL

A. Veiga Pinto

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6

RISCO

ACEITÁVEL

POR MORTE

QUANDO UM

INDIVÍDUO É

EXPOSTO A

DIFERENTES

TIPOS DE

ACIDENTES

(Gulvanessian

et al.,2002)

ACEITABILIDADE DO RISCO INDIVIDUAL

A. Veiga Pinto

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7

A aceitabilidade dos riscos societais são calculadas

por curvas FN, estabelecidas em termos do

número de vítimas, N, e a respectiva

probabilidade anual de ruptura (ou frequência, F,

acumulada, por barragem e por ano), com um valor

esperado de vítimas igual ou superior a N

Os critérios propostos para barragens pela

ANCOLD (1994) e pela BC Hydro (1993) estão

representadas em escalas logarítmicas na figura

seguinte

ANÁLISE DO RISCO SOCIETAL

A. Veiga Pinto

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Limites de aceitabilidade e tolerabilidade

ACEITABILIDADE DO RISCO SOCIETAL

A. Veiga Pinto

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9

Nas análises qualitativas ou semi-quantitativas, os

critérios de apreciação dos riscos mais usuais são as

matrizes de risco

Esta modalidade de apreciação do risco é mais subjetiva que

os critérios de risco individual e societal utilizadas no âmbito

da avaliação de análises de risco quantitativas. Verifica-se

pois a existência de diferentes matrizes de risco, consoante o

tipo de estrutura em causa, da sua localização e

enquadramento das entidades envolvidas

Nas matrizes de risco são normalmente consideradas 5

classes de probabilidade e 5 classes de consequências,

conduzindo a um conjunto de apreciação do risco associado

ANÁLISES QUALITATIVAS OU SEMI-QUANTITATIVAS

A. Veiga Pinto

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ANÁLISE QUALITATIVA

MATRIZ DE RISCO

EXEMPLO DE UMA MATRIZ DE RISCO

(ALMEIDA, 2006)

A. Veiga Pinto

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Há muito que o controlo de segurança de barragens tem sido uma preocupação para fazer face ao elevado número de rupturas ocorridas neste tipo de estruturas e as consequências resultantes

As acções de apreciação, de controlo e de mitigaçãode riscos exigem o envolvimento activo de entidadessociais, políticas e reguladoras, e podem incorporara comunicação ao público e a participação activa da sociedade

Na fase de tomada de decisão e controlo e mitigaçãodos riscos entra-se numa área comum do controlo de segurança de barragens que está presente na maior parte das disposições normativas e regulamentares, como sejam, por exemplo, a realização de estudos de ruptura para caracterização das consequências, a realização de Planos de Emergência e a implementação de sistemas de aviso e alerta

ANÁLISE DE RISCOS VERSUS CONTROLO DA SEGURANÇA

A. Veiga Pinto

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A segurança de uma barragem é a sua capacidade para

satisfazer as exigências do comportamento relativas a

aspectos estruturais, hidráulico-operacionais e ambientais,

de modo a evitar a ocorrência de acidentes ou incidentes ou

minorar as suas consequências ao longo da vida da obra

(RSB, 2007)

• Para controlo dessa segurança, os Países têm promovido a elaboração de legislação, normas ou recomendações sobre segurança de barragens

• Na maior parte dos países da Europa, sobretudo no Norte (Reino Unido, Noruega, Suécia, Finlândia, Áustria e Alemanha) foram elaborados documentos, relativamente à segurança de barragens, em forma de recomendações (guidelines)

• No entanto, noutros países, como Portugal e Espanha, a legislação é de aplicação obrigatória e tem carácter impositivo

CONTROLO DA SEGURANÇA

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1990 Regulamento de Segurança de Barragens (RSB)

1993 Regulamento de Pequenas Barragens de Terra

1993 Normas de Observação e de Inspecção de Barragens

1998 Normas de Construção

Revisão publicada em 2007

1993 Normas de Projecto

LEGISLAÇÃO PORTUGUESA SOBRE SEGURANÇA DE

BARRAGENS

Revisões em curso

2014 Normas de Exploração

A. Veiga Pinto

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EXPERIÊNCIA NA APLICAÇÃO DO

RSB e Normas

EFICIÊNCIA E EFICÁCIA

A. Veiga Pinto

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Autoridade (Instituto da Água – INAG)

Laboratório Nacional de Engenharia Civil

(LNEC)Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC)

Comissão de Segurança de Barragens (CSB)

Dono de Obra

RSB – ENTIDADES ENVOLVIDAS

A. Veiga Pinto

Estado

Privados

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1. Cumprimento eficaz, da Legislação e dos

Guias Técnicos de Barragens,

nomeadamente pelo dono de obra, sendo

responsável pelas equipas de projeto,

fiscalização e construção

o A existência de Regulamentos, Normas e Recomendações (legislação) sobre barragens não são suficientes para um controlo de segurança eficaz

o Há, por vezes, incumprimento na sua aplicação

EFICIÊNCIA E EFICÁCIA NO CONTROLO

DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

Qual o maior contributo da legislação sobre segurança de barragens?

A. Veiga Pinto

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2. Elaboração de um adequado

Plano de Observação, antes do início

da construção, baseado nos

pressupostos do Projeto

EFICIÊNCIA E EFICÁCIA NO CONTROLO

DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

A. Veiga Pinto

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1) Análise do Projecto

> Previsão do comportamento estrutural• Deformações

• Níveis piezométricos

• Caudais, etc.

2) Grandezas a medir• Análises dos índices de risco

3) Dispositivos de observação com especificações para

a sua instalação

4) Localização da aparelhagem

5) Inspeção visual

6) Frequência de leituras

7) Modelos de análise do comportamento (valores de

referência)

COMPONENTES FUNDAMENTAIS DE UM

PLANO DE OBSERVAÇÃO

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3. Efectuar um Controlo de Execução do Plano de Observação eficaz, nomeadamente com a instalação dos dispositivos de observação fiável e interpretação e análise do comportamento da estrutura logo após a aquisição dos dados

EFICIÊNCIA E EFICÁCIA NO CONTROLO

DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

A. Veiga Pinto

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4. Apresentação, pelo dono de obra, no final da fase da construção, de um relatório de síntese

EFICIÊNCIA E EFICÁCIA NO CONTROLO

DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

Ação importante

Inspeção Prévia ao Primeiro Enchimento

Quer-se fiável

A. Veiga Pinto

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DIRETOR TÉCNICO DA OBRA

Responsável técnico pelos trabalhos de

aplicação do Regulamento de Segurança de

Barragens na fase de construção

5. Existência de um Diretor Técnico da Obrapara a fase de construção, após proposta do Dono de Obra e aprovação pela Autoridade

EFICIÊNCIA E EFICÁCIA NO CONTROLO

DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

A. Veiga Pinto

RSB

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TÉCNICO RESPONSÁVEL PELA

EXPLORAÇÃO

Responsável pelos trabalhos na fase de

operação, nomeadamente da aplicação do

Regulamento de Segurança de Barragens

EFICIÊNCIA E EFICÁCIA NO CONTROLO

DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

6. Existência de um Técnico Responsável pela Exploração para a fase de operação, após proposta do Dono de Obra e aprovação pela Autoridade

A. Veiga Pinto

RSB

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7. Elaboração de um Plano de Primeiro Enchimento fiável que incorpore a informação obtida na fase de construção

EFICIÊNCIA E EFICÁCIA NO CONTROLO

DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

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8. Controlo de Execução do Plano de Primeiro Enchimento eficaz, nomeadamente, efetuando a análise do comportamento da estrutura nos patamares de enchimento

Da análise estatística de acidentes em barragens, verifica-se

que, em termos relativos, a fase de primeiro enchimento tem

sido a mais crítica

EFICIÊNCIA E EFICÁCIA NO CONTROLO

DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

A. Veiga Pinto

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9. Realizações periódicas de inspeções visuais de especialidade e de rotina de modo fiável (mitigação do risco por prevenção)

Nas visitas de inspeção deve incluir-se a verificação do funcionamento

dos órgãos hidráulico-operacionais

As inspeções visuais têm por objetivo (NOIB, 1993):

A deteção de sinais ou evidências de deteriorações ou sintomas de envelhecimento

A deteção de anomalias do sistema de observação instalado

EFICIÊNCIA E EFICÁCIA NO CONTROLO

DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

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10.Execução das leituras do sistema de observação na frequência estipulada com interpretação e análise do comportamento da estrutura logo após a aquisição de dados

EFICIÊNCIA E EFICÁCIA NO CONTROLO

DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

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11.Elaboração e cumprimento de Planos de Emergência Internos

EFICIÊNCIA E EFICÁCIA NO CONTROLO

DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

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Autoridade/LNEC (Estado)

Dono de Obra (Privado)

Projeto Fiscalização

Construção

APLICAÇÃO DO RSB (PORTUGAL)

A. Veiga Pinto

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RSB (2007)

Artigo 6.º

Autoridade Nacional de Segurança de Barragens

1 — Em matéria de controlo de segurança compete à Autoridade promover e fiscalizar

o cumprimento do presente Regulamento.

2 —a) Promover a intervenção do LNEC, nos termos do presente Regulamento;

Artigo 7.º

Laboratório Nacional de Engenharia Civil

1 — Para as barragens da classe I, sempre que no âmbito da alínea a) do n.º 2 do

artigo 6.º lhe seja atribuída uma intervenção de carácter sistemático, compete ao

LNEC:

a) Rever o plano de observação na fase de elaboração do projecto e as respectivas

adaptação e actualizações, bem como o plano de primeiro enchimento ou de

enchimento, após esvaziamento prolongado da albufeira;

b) Controlar a execução dos planos referidos na alínea anterior, com especial

incidência nas fases de construção e primeiro enchimento da albufeira;

c) …

EFICIÊNCIA E EFICÁCIA NO CONTROLO

DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

A. Veiga Pinto

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A. Veiga Pinto

Artigo 10.º

Dono de obra

1 — Na fase de projecto, cabe ao dono de obra promover

a elaboração do projecto e de todos os estudos de apoio

necessários, incluindo a revisão do plano de observação

pelo LNEC para as barragens da classe I, e submetê -los

a aprovação da Autoridade no âmbito do presente

Regulamento.

2 — Na fase de construção, cabe ao dono de obra:

a) Submeter à Autoridade a designação do director técnico

da obra, nos termos da alínea b) do n.º 4 do artigo

….

….

RSB (2007)

EFICIÊNCIA E EFICÁCIA NO CONTROLO

DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

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Barragens de

aterroPeríodo de 1982 a 2009

Autoridade/LNEC (Estado)

Construção e operação

A. Veiga Pinto

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Meimoa

1982-1985

A. Veiga Pinto

http://cnpgb.apambiente.pt/gr_barragens/gbportugal/

Consultar barragens portuguesas

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1983-1986

Beliche

A. Veiga Pinto

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1991-1993

Apartadura

A. Veiga Pinto

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1. Elaboração do Plano de Observação

2. Coordenação da Equipa Fiscalização (do LNEC)

3. Coordenação da realização dos Aterros

Experimentais

4. Instalação do Equipamento de Observação

5. Controlo de Construção dos materiais de aterro

6. Acompanhamento Sistemático da Obra com

Interpretação do Comportamento Estrutural

LNEC (Consultor da Autoridade)

1. Acompanhamento Sistemático da Construção

da Obra

INAG (Autoridade)

Meimoa Beliche Apartadura

A. Veiga Pinto

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1991-1993

Lagoacho

A. Veiga Pinto

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1995-1997S. Domingos

A. Veiga Pinto

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1998-1999

Arcossó

A. Veiga Pinto

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1. Elaboração do Plano de Observação

2. Coordenação da Equipa de Fiscalização e

Realização de Aterros Experimentais

3. Instalação do Equipamento de Observação

4. Controlo de Construção dos materiais de

aterro

5. Acompanhamento Sistemático da Obra com

Interpretação do Comportamento Estrutural

LNEC

1. Acompanhamento Sistemático da

Construção da Obra

2. Coordenação da Fiscalização

INAG

LagoachoS. Domingos

Arcossó

A. Veiga Pinto

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1994-1997

Odeleite

A. Veiga Pinto

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1. Elaboração do Plano de Observação

2. Realização dos Aterros Experimentais

3. Instalação do Equipamento de Observação

4. Controlo de Construção dos materiais de

aterro

5. Acompanhamento Sistemático da Obra

com Interpretação do Comportamento

Estrutural

LNEC

1. Acompanhamento Sistemático da

Construção da Obra

2. Coordenação da Fiscalização (Equipa

contratada pelo DO)

INAGOdeleite

A. Veiga Pinto

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1997-2000

Sabugal

A. Veiga Pinto

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1. Elaboração do Plano de Observação

2. Realização dos Aterros Experimentais

3. Instalação do Equipamento de Observação

4. Controlo de Construção dos materiais de

aterro (Visitas de Inspeção com a

Autoridade)

5. Acompanhamento Sistemático da Obra com

Interpretação do Comportamento Estrutural

LNEC

1. Visitas de Inspecção aos Trabalhos de

construção

2. Solicitado o Relatório de Síntese (Elaborado

pelo LNEC)

3. Coordenação da Fiscalização

INAGSabugal

A. Veiga Pinto

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VEIGA PINTO, A. e FORTUNATO, E. (1999) – Barragem do Sabugal.

Controlo de execução do plano de observação (a metade da

altura do aterro), Relatório LNEC, 1-91.

7 – CONCLUSÕES

Os resultados do controlo de construção dos materiais de aterro,

durante toda a construção, apresentaram-se muito próximos

entre si, não havendo indicação de camadas rejeitadas; para

além deste facto, deve acrescentar-se ter-se utilizado um

número extremamente reduzido de ensaios de compactação

leve de referência.

A. Veiga Pinto

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Em face do RSB (Artigos 44º e 45º) e tendo em conta que a

povoação do Sabugal se encontra cerca de 2 km a jusante da

barragem e que uma parte da povoação poderá ser atingida pela

onda de inundação resultante de um eventual colapso da

barragem, é evidente que devem existir sistemas de aviso e

alerta e plano de emergência

INSPECÇÃO PRÉVIA AO PRIMEIRO ENCHIMENTO

DA BARRAGEM DO SABUGAL

(ACTA)

É importante notar o seguinte: uma eventual ruptura da barragem doSabugal seria uma ruptura lenta e, assim, os sistemas de aviso e alerta eos planos de emergência seriam realmente efetivos na proteção devidas humanas

Enquanto não se dispuser destes sistemas e planos deve-se

adotar, pelo menos, um “procedimento de emergência” expedito

A. Veiga Pinto

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INSPECÇÃO PRÉVIA AO PRIMEIRO ENCHIMENTO

DA BARRAGEM DO SABUGAL

(ACTA)

3 – DESCARGA DE FUNDO E TOMADA DE ÁGUA:

MANOBRAS EFECTUADAS E

RECOMENDAÇÕES

4 – SISTEMAS DE AVISO E ALERTA E PLANO DE

EMERGÊNCIA

5 – PROCEDIMENTO DE EMERGÊNCIA

Capítulos acrescentados pelo LNEC

A. Veiga Pinto

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2 km

22 000 pessoaspoderão vir a ser afetadas pela onda de cheia

Concluída em 2000

PLANO DE EMERGÊNCIA INTERNO

Barragem do Sabugal

A. Veiga Pinto

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48

Em Março de 2006

Barragem do Sabugal

Concluída em 2000

PLANO DE EMERGÊNCIA INTERNO AINDA

NÃO EXISTENTEA. Veiga Pinto

Autoridade/LNEC (Estado)

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2001-2003Minutos

A. Veiga Pinto

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1. Visitas de Inspecção aos Trabalhos de

Construção

2. Solicitado o Relatório de Síntese

(Elaborado pelo LNEC Após manifesta

incapacidade da sua entrega por parte DO)

3. Coordenação da Fiscalização

1. Revisão do Plano de Observação

2. Realização dos Aterros Experimentais

3. Instalação do Equipamento de Observação

4. Controlo de Construção. Acompanhamento

Sistemático da Obra com Interpretação do

Comportamento Estrutural

LNEC

INAGMinutos

A. Veiga Pinto

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Na visita de inspecção da especialidade, efectuada em 2001-12-05 no âmbito do

controlo de segurança na fase de construção da barragem dos Minutos e da execução do

plano de observação, estiveram presentes:

AUTORIDADE: Engª Manuela Teixeira Direito;

LNEC: Engº Veiga Pinto;

IHERA: Engº Eduardo Gomes;

DIRECTOR TÉCNICO DA OBRA (adjunto): Engº Manuel Romeiro.

A Autoridade solicitou a entrega atempada dos seguintes relatórios:

•Sistema de observação, especificando a instalação de todos os equipamentos de

observação da barragem. A sua entrega será no final da obra, após a instalação dos tacos

de nivelamento e da primeira leitura do último aparelho instalado;

•Controlo de execução do plano de observação durante a fase de construção. Deve

incluir a análise do comportamento e a avaliação da segurança e ainda a

justificação de que a obra foi executada de acordo com o projecto e o caderno de

encargos (ver artigos 24º e 25º do RSB);

•Plano de primeiro enchimento.

A. Veiga Pinto

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BARRAGEM DOS MINUTOS

PREPARAÇÃO DA INSPECÇÃO PRÉVIA

ACTA DA REUNIÃO Nº 24

PÁGINA 2

DATA 2002-12-23

LOCAL: LISBOA

Na reunião realizada no INAG, em 02-12-23, no âmbito do controlo de segurança da Barragem dos

Minutos, estiveram presentes:

INAG: Engº António Miranda;

IDRHa: Engº Campeã da Mota;

IDRHa: Engº Luís Freitas;

IDRHa: Engº Eduardo Gomes;

LNEC: Dr. Delgado Rodrigues;

LNEC: Engº Veiga Pinto.

1 – OBJECTIVO DA REUNIÃO

A reunião teve como objectivo analisar o andamento dos trabalhos relativos à preparação da

inspecção prévia ao primeiro enchimento, de modo a que se possa iniciar, o mais rapidamente

possível, o enchimento da albufeira da barragem, cumprindo o RSB.

LNEC

•Deverá concluir, até à inspecção prévia, o relatório da Apreciação do Controlo de Execução do

Plano de Observação, de um modo mais completo do que o inicialmente acordado, de modo a

poder substituir o relatório de síntese do final da construção, solicitado há mais de um ano

e ainda não elaborado. O relatório deverá concluir se a barragem foi construída de acordo com o

projecto (RSB, artigo 24º, alínea 3).

2 – DISTRIBUIÇÃO DE TAREFAS

2002-12-23

A. Veiga Pinto

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Esclarecimento relativo ao encerramento das comportas da Barragem dos Minutos

De acordo com o “Regulamento de Segurança de Barragens” o iniciodo enchimento destas obras só pode ocorrer após a realização dealguns procedimentos inerentes ao controlo de segurança dasmesmas.

Assim, após a conclusão da construção da barragem o Dono deObra (ex-IHERA) elabora um Relatório com a síntese de todo oarquivo técnico incluindo os resultados do sistema de observaçãoque tem como finalidade solicitar à Autoridade competente (INAG) aInspecção Prévia da obra.

Lisboa, 30 de Dezembro de 2002

O Presidente do IDRHa,C. Mattamouros Resende

A. Veiga Pinto

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2003-2005

Óbidos

A. Veiga Pinto

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1. Elaboração do Plano de Observação

2. Realização dos Aterros Experimentais

3. Instalação do Equipamento de Observação

4. Controlo de Construção

5. Acompanhamento Sistemático da Obra com

Interpretação do Comportamento Estrutural

LNEC

INAGÓbidos

1. Visitas de Inspecção aos Trabalhos de

Construção

2. Solicitado o Relatório de Síntese (Não

Entregue pelo DO)

3. Coordenação da Fiscalização

A. Veiga Pinto

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2003-2005

Rego do Milho

A. Veiga Pinto

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1. Revisão do Plano de Observação

2. Realização dos Aterros Experimentais

3. Instalação do Equipamento de Observação

4. Controlo de Construção

5. Acompanhamento Sistemático da Obra com

Interpretação do Comportamento Estrutural

LNEC

Rego do Milho

1. Visitas de Inspecção aos Trabalhos de

Construção

2. Solicitado o Relatório de Síntese (Elaborado

pelo Projectista)

3. Coordenação da Fiscalização

INAG

A. Veiga Pinto

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2008-2009

Serpa

A. Veiga Pinto

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1. Elaboração do Plano de Observação

2. Realização dos Aterros Experimentais

3. Instalação do Equipamento de Observação

4. Controlo de Construção. Acompanhamento

Sistemático da Obra

5. Interpretação do Comportamento Estrutural

LNEC

INAG

Serpa

1. Visitas de Inspecção aos Trabalhos de

Construção

2. Solicitado o Relatório de Síntese

3. Coordenação da Fiscalização

A. Veiga Pinto

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Em face desta evolução que

lições a reter

e

como deve o Estado exercer a

sua função eficazmente

Autoridade/LNEC (Estado)

A. Veiga Pinto

A. Veiga Pinto torna-se, em 2000, membro da Comissão de Revisão da Legislação sobre Segurança

de Barragens

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BARRAGEM DE ÓBIDOS

RESPONSÁVEIS

Autoridade – Eng.º António Miranda

LNEC – Eng.º A. Veiga Pinto

Dono de Obra – Eng.º Luís Barbas

Director Técnico da obra – Eng.º António Mateus de Brito

Projectista – Dr.º Fernandes Nunes

Fiscalização – Eng.º Raul de Sousa

Empreiteiro – Normalmente não presente

A TÍTULO DE EXEMPLO

1ª Visita de Inspecção Realizada em 2004.07.01

A. Veiga Pinto

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1. Verificar se foi avaliada a Classe da Barragem

2. Verificar a existência do Livro Técnico da Obra

3. Verificar o cronograma da fase de construção

4. Verificar o organigrama de responsáveis e funções a

executar (Director Técnico da Obra)

5. Tomar conhecimento sobre quem são os

responsáveis pela elaboração dos documentos em

obra e sua distribuição

6. Verificar a existência do Arquivo Técnico da Obra

Na primeira visita de inspecção, a

Autoridade (acompanhada pelo LNEC)

deverá:

A. Veiga Pinto

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7. Questionar eventualmente sobre o plano de realização dos

aterros experimentais e os métodos de controlo de

construção propostos pelo empreiteiro (troxler, por exemplo)

8. Verificar da existência do Plano de Observação e dos meios

disponíveis para a sua implementação

9. Verificar o andamento dos trabalhos. Apontar as datas das

próximas visitas de inspecção, as quais devem coincidir com

os períodos mais importantes da construção

10.Referir a necessidade da elaboração do Relatório de Síntese

a apresentar no final da obra

11.Referir a necessidade da actualização do Plano de Primeiro

Enchimento no final da obra

Na primeira visita de inspecção, a

Autoridade deverá (Continuação)

A. Veiga Pinto

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AVALIAÇÃO DE ESTUDOS DE BARRAGENS

EXISTENTES CONSTRUÍDAS ANTES DO RSB

(12 grupos de barragens)

Cada grupo foi entregue a diferentes

empresas de consultadoria

RSB,1990

O LNEC efetua a avaliação dos estudos

dos consórcios

Coordenação das 3 primeiras equipas de

trabalho do LNEC multidisciplinares por A.

Veiga Pinto (total de 10 aproveitamentos)

1998-2001

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B. de Vale do Gaio1949

B. de Pego do Altar

B. de Campilhas

1949

1954

ATKINS/GAPRES1º Grupo Ano de construção

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66

A. Veiga Pinto

1991

1986

1993

1985

FBO2º Grupo

B. da Meimoa

B. De Ranhados

B. da Marateca

B. da Apartadura

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B. de Montargil

B. de Rio da Mula

B. de Magos

1958

1969

1938

AQUALOGUS/TETRAPLANO

3º Grupo

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68

Principais conclusões obtidas

A. Veiga Pinto

1. Não se percebeu o critério da Autoridade na seleção do tipo

de barragens a estudar

2. Na generalidade, as barragens tinham sido bem construídas e

projetadas, mesmo com tecnologias hoje em desuso como,

por exemplo, nas de enrocamento lançado em vez de

compactado com cilindros vibradores

3. As barragens estavam em relativamente bom estado, quer em

termos estruturais, quer hidráulico

4. Os estudos propuseram algumas obras de reabilitação,

sobretudo para aumento da capacidade dos descarregadores

5. A crise económica que surgiu no final da década de 2000,

levou a que a maior parte dessas obras tenham sido adiadas,

até hoje

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69

TENDÊNCIA ATUAL NA CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS

A. Veiga Pinto

A. Veiga Pinto and Filipa Sousa

THE FUTURE HYDROELECTRIC POWER DAMS IN

PORTUGAL. AN ANALYSIS OF THE GLOBAL TREND

OF DAM CONSTRUCTION

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17%

28%

31%

20%

3% 1%

Barragens com mais de 100m (Até ao ano 2000)

Terra (TE)

Enrrocamento (ER)

Betão Arco (VA)

Betão Gravidade (PG)

7%

50%18%

24%

0% 1%Barragens com mais de 100m

(2000-2013)

Terra (TE)

Enrrocamento (ER)

Betão Arco (VA)

Betão Gravidade (PG)

Estatística de construção de

barragens atualmente

A. Veiga Pinto

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71

CURSO DE EXPLORAÇÃO E

SEGURANÇA DE

BARRAGENS

INCIDENTES, ACIDENTES E

RUPTURA DE BARRAGENS

2000 - 2009

Lisboa

A. Veiga Pinto

A. Veiga Pinto

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72

No Plano de Observação devem-se estimar os

mecanismos de acidente que poderão ocorrer na

barragem

Na realidade, um dos métodos mais eficazes de

analisar as causas potenciais de deterioração é a

análise estatística dos acidentes em barragens

A análise de riscos, também recomenda, para definição

das grandezas a medir, uma análise histórica dos

mecanismos de deterioração

Avanço de conhecimentos

CURSO DE EXPLORAÇÃO E SEGURANÇA DE BARRAGENS

A. Veiga Pinto

ANÁLISE ESTATÍSTICA DE ACIDENTES EM BARRAGENS

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73

• ICOLD (1983) - 14 700 barragens

analisadas (até 1979) - 1 014 deteriorações

• INCIDENTES - 1 em cada 15 barragens

(7.10-2)

• RUPTURAS- 1 em cada 50 barragens (4.10-3)

Frequência relativa da ruptura de barragens - 10-4

Frequência relativa da ruptura de centrais nucleares- 10-5 a 10-6

ESTATÍSTICA DE DETERIORAÇÕES

ANÁLISE ESTATÍSTICA DE ACIDENTES EM BARRAGENS

Avanço de conhecimentos

CURSO DE EXPLORAÇÃO E SEGURANÇA DE BARRAGENS

A. Veiga Pinto

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Análise

estatística de

deteriorações

- alerta para os riscos

efetivos

- alerta para os

mecanismos que

originam acidentes

Os conhecimentos

adquirem-se com os erros

74

Avanço de conhecimentos

CURSO DE EXPLORAÇÃO E SEGURANÇA DE BARRAGENS

A. Veiga Pinto

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Métodos e critérios pouco fiáveis

na caracterização do caudal de

cheias

As barragens têm exibido

excelente comportamento aos

sismos

75

Avanço de conhecimentos

CURSO DE EXPLORAÇÃO E SEGURANÇA DE BARRAGENS

ANÁLISE ESTATÍSTICA DE ACIDENTES EM BARRAGENS

A. Veiga Pinto

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As consequências do colapso por

galgamento têm diminuído nos últimos

anos - melhor capacidade de previsão cheias

- melhor capacidade de comunicação com

as zonas em perigo

Deve-se incentivar a revisão dos projetos por

pessoal devidamente qualificado

Até 1975, não se verificou qualquer referência a

acidentes por questões ecológicas ou

ambientais 76

ANÁLISE ESTATÍSTICA DE ACIDENTES EM BARRAGENS

Avanço de conhecimentos

CURSO DE EXPLORAÇÃO E SEGURANÇA DE BARRAGENS

A. Veiga Pinto

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A segurança depende

da fiabilidade no

projeto

construção

A observação de barragens tem

contribuído apenas para minorar as

consequências das deteriorações

77

exploração

ANÁLISE ESTATÍSTICA DE ACIDENTES EM BARRAGENS

Avanço de conhecimentos

CURSO DE EXPLORAÇÃO E SEGURANÇA DE BARRAGENS

A. Veiga Pinto

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Elevada importância do fator humano na segurança de barragens

Critérios, normas e recomendações (legislação)

sobre barragens não são suficientes para

eliminar todos os riscos. Há, por vezes,

deficiências na sua aplicação

O sucesso depende sobretudo do sentido de

responsabilidade, discernimento, experiência e

capacidade de julgamento dos responsáveis

pela segurança das barragens78

ANÁLISE ESTATÍSTICA DE ACIDENTES EM BARRAGENS

Avanço de conhecimentos

CURSO DE EXPLORAÇÃO E SEGURANÇA DE BARRAGENS

A. Veiga Pinto

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79

Obrigado!

A. Veiga Pinto ([email protected])

Foz de Iguaçu, 17 de Abril 2015

Lisboa

LEGISLAÇÃO PORTUGUESA SOBRE

SEGURANÇA DE BARRAGENS

A SUA APLICAÇÃO E RESULTADOS

ALCANÇADOS