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Legislação Específica E1-AP382 13/11/2012

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Legislação Específi ca

E1-AP38213/11/2012

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICAWelma Maia

O texto legal foi re rado do Portal do Servidor do Estado do Maranhão – SEPLAN e do site do Tribunal de Jus ça do Estado.

Desconsidere a par r da página 46 a Lei nº 6.107/1994.

Considere-se:

LEI Nº 6.107, DE 27 DE JULHO DE 1994

Noções Gerais

Inicialmente, convém destacar que com a promulgação da Cons tuição Federal em 1988, todos os estados que ainda não vessem seu regime jurídico de pessoal fi caram obrigados a ins tuí-lo.

O Estado do Maranhão, por sua vez, ins tuiu o seu Regi-me Jurídico Único por meio da Lei nº 6.107, de 27 de julho de 1994. As regras, todavia, contrárias à Cons tuição de 1988, estão tacitamente revogadas por ela.

Para fi car mais fácil a compreensão das matérias a serem estudadas, os tópicos foram separados do Estatuto por Títulos.

O Título I estabelece os servidores públicos civis que estão sujeitos ao regime jurídico de pessoal ins tuído por esta lei. Entre outras disposições esse tulo traz o conceito de servidor público e cargo público, e proíbe a prestação de serviços públi-cos de forma gratuita, excetuando-se os casos previstos em lei.

O Título II versa sobre o provimento e a vacância de cargos públicos, sobre a remoção, a redistribuição e a subs- tuição dos servidores públicos.

O Título III trata dos direitos e vantagens a que têm direito os servidores públicos sujeitos a esta lei.

O Título IV aborda o regime disciplinar dos servidores públicos, do Estado do Maranhão, prevendo os deveres, as proibições, as responsabilidades e as penalidades a que estão sujeitos. Esse tulo trata ainda da acumulação remu-nerada de cargos públicos.

O Título V versa sobre o processo administra vo disciplinar, cuja fi nalidade é apurar irregularidades no serviço público.

O Título VI dispõe sobre a contratação de pessoal por tempo determinado para atender a necessidades temporá-rias de excepcional interesse público.

O Título VII elege o dia 28 de outubro como o “Dia do Servidor Público”, e prevê a possibilidade de ins tuição de incen vos funcionais, em forma de prêmios para aqueles que contribuam com o aumento da produ vidade e a redução dos custos operacionais; e com a concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito, condecorações e elogios por serviços prestados à Administração Pública.

Por fi m, o Título VIII estabelece a subsidiariedade da aplicação dessa norma rela va à outras categorias de ser-vidores, bem como a aplicação de leis e regulamentos que disciplinem os ins tutos previstos neste estatuto.

Note que, com essa divisão, sabemos exatamente os tópicos que estão abordados em cada tulo proporcionando melhor aproveitamento na aprendizagem.

Convém, entretanto, destacar que o nosso edital cobrou, nas disciplinas comuns a todos os cargos, o conhecimento da Legislação em comento por completo, ou seja, não espe-cifi cou pontos da lei que seriam objeto de avaliação. Porém, nas disciplinas específi cas, dentro das Noções de Direito Administra vo, o edital cobrou os seguintes tópicos rela vos aos servidores Públicos:

• agentes públicos: espécies e classifi cação;

• direitos, deveres e prerroga vas;• cargo, emprego e funções públicas;• regime jurídico único: provimento, vacância, remoção,

redistribuição e subs tuição;• direitos e vantagens;• regime disciplinar;• responsabilidade civil, criminal e administra va.

Assim, trataremos especifi camente sobre esses tópicos.

Agentes Públicos: Espécies e Classifi cação

O gênero agente público abrange todas as pessoas que, de uma forma ou de outra, mesmo que transitoriamente e sem remuneração, prestam algum po de serviço ao Estado.

Um conceito também, bastante amplo de Agente Públi-co foi trazido pela Lei nº 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administra va) em seu art. 2º. De acordo com o referido disposi vo legal,

reputa-se agente público todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de inves dura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas en dades mencionadas no ar go anterior.

De olho na doutrina:

Para Di Pietro, agente público é toda pessoa sica que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da Admin-istração Indireta.Para Carvalho Filho, a expressão Agentes Públicos signifi ca o conjunto de pessoas que, a qualquer tulo, exercem uma função pública como preposto do Estado.

Entre os agentes públicos encontram-se três espécies principais quais sejam, os agentes polí cos, os agentes administra vos e os par culares em colaboração com o Poder Público.

Os agentes polí cos, na lição de Hely Lopes Meirelles, são os componentes do Governo nos seus primeiros escalões, inves dos em cargos, funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou delegação para o exercício de atribuições cons tucionais. Os agentes polí cos exercem funções governamentais, judiciais e quase-judiciais, elaborando normas legais, conduzindo os negócios públicos, decidindo e atuando com independência nos assuntos de sua competência. São as autoridades supremas do Governo e da administração na área de sua atuação, pois não estão hierarquizadas, sujeitando-se apenas aos graus e limites cons tucionais e legais de jurisdição. Ex.: Presidente da Re-pública, Governadores, Prefeitos, Ministros, Secretários de Estado, Senadores, Deputados, Vereadores, Magistrados em geral, Procuradores da República e da Jus ça, Promotores Pú-blicos, Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Contas etc.

De olho na doutrina:

Para Carvalho Filho, os Magistrados, membros do Minis-tério Público e dos Tribunais de Contas não são agentes polí cos, pois não interferem diretamente nos obje vos polí cos, como o fazem os verdadeiros agentes polí cos, que na visão do autor são apenas os Chefes do Exe cu vo e seus auxiliares e os membros do Poder Legislativo. Para o autor, a vinculação destes agentes ao Estado tem

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caráter profi ssional e de permanência e os cargos que ocupam não resultam de processo ele vo, e sim, como regra, de nomeação decorrente de aprovação em concurso público.Com a devida vênia ao ilustre autor, ousamos discordar, se-guindo a clássica lição do mestre Hely, em atenção ao disposto no art. 37, XI da Cons tuição Federal quando ao relacionar os agentes públicos remunerados mediante subsídio, menciona os “membros de qualquer dos Poderes”, os detentores de mandato ele vo”, e emprega, a seguir a expressão “e dos demais agentes políticos” deixando assim, entrever que os anteriores também são considerados agentes polí cos.

Os agentes administra vos são aqueles que se vinculam à Administração Pública Direta ou Indireta por relações pro-fi ssionais. Sujeitam-se à hierarquia funcional e cons tuem a imensa massa dos prestadores de serviços à Administração nas seguintes modalidades admitidas pela Constituição Federal de 1988:

• Servidores públicos: ocupam cargo público. Via de regra, ingressam através de concurso público, e estão sujeitos ao regime estatutário. É o caso do servidor regido pela Lei nº 6.107/1994. Esse regime é des nado, preferen-cialmente, às funções públicas que exigem dos agentes poderes próprios de Estado, conferindo-lhes prerroga -vas especiais, como a estabilidade, por exemplo. Existe também o servidor comissionado, que também ocupa cargo público, porém não ingressam via concurso, são sim, livremente nomeados por ato da autoridade, que também podem a qualquer momento exonerá-los.

• Empregado público: ocupam emprego público. Ingres-sam via concurso público e estão sujeitos ao regime cele sta (Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943).

• Contratado temporário: é o servidor que não tulariza cargo nem emprego, mas exerce função por tempo determinado, para atender situação de excepcional interesse publico. Sua contratação está disciplinada pela Lei nº 8.745/1993, que regulamentou o art. 37, IX, da CF.

Já os agentes par culares em colaboração com o Poder Público são três: agentes honorífi cos, agentes delegados e agentes credenciados.

Os agentes honoríficos são os agentes convocados, designados ou nomeados para prestarem serviços de natu-reza transitória, sem vínculo emprega cio, e em geral, sem remuneração. Tais serviços cons tuem os chamados munus publicos (serviços relevantes). Ex.: jurados, comissários de menores, mesários eleitorais, etc.

Os agentes delegados são par culares que recebem a incumbência da execução de determinada a vidade, obra ou serviço público e o realizam em nome próprio, por sua conta e risco, mas segundo as normas do Estado. Ex.: concessionários e permissionários de serviços e obras públicas, serventuários notariais e de registro não esta zados, leiloeiros, tradutores e interpretes públicos etc.

Por fi m, os agentes credenciados são os que recebem a incumbência da administração para representá-la em determi-nado ato ou pra car certa a vidade específi ca, mediante re-muneração do Poder Público credenciante. Ex.: representantes internacionais, um médico que seja credenciado para atender a população em determinado acontecimento, entre outros.

Cargos, Empregos e Funções

O termo cargo signifi ca encargo, fardo, obrigação, incum-bência. O cargo público é, pois, o elenco de atribuições que o Estado atribui a uma pessoa sica, que passa ser o agente público. Em outras palavras, o regime jurídico dos cargos públicos são os estabelecidos em lei que defi ne o conjunto de direitos e deveres dos agentes a ele vinculado.

Para a inves dura em um cargo público é necessária a aprovação em concurso público de provas ou de provas e tulos, ressalvados os as nomeações para cargo em comissão

declarado em lei de livre nomeação e exoneração (art. 37, II, da Cons tuição Federal e art. 7º do Estatuto estadual).A Lei nº 6.107/1994 defi ne cargo público como

o conjunto de atribuições e responsabilidade come -das a um servidor, com as caracterís cas essenciais de criação por lei, denominação própria, número certo, pagamento pelos cofres públicos e provimento em caráter efe vo ou em comissão.

De olho na doutrina:

Para Carvalho Filho, cargo público é o lugar dentro da organização funcional da Administração Direta e de suas autarquias e fundações públicas que, ocupado por servidor público, tem funções específi cas e remuneração fi xadas em lei ou diploma a ela equivalente. Para Hely, cargo público é o lugar ins tuído na organização do serviço público, com denominação própria, atribuições e responsabilidades específi cas e es pêndio correspondente, para ser provido por um tular, na forma estabelecida em lei.

Assim como no regime jurídico dos cargos públicos, os em-pregos públicos também são providos por meio de concurso público de provas ou de provas e tulos, porém o vínculo se dá com a assinatura da carteira de trabalho, respeitadas todas as regras de Direito Privado presentes na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Os empregos públicos também podem ser preenchidos por qualquer brasileiro que preencha os re-quisitos estabelecidos em lei, bem como aos estrangeiros, na forma da lei. Os empregados públicos trabalham em empresas públicas ou sociedades de economia mista, tais como a Caixa Econômica federal, o Banco do Brasil, os Correios, a Petrobras etc. Diferentemente dos cargos públicos, o empregado público não tem estabilidade cons tucional, mas tem bene cios que somente os empregados públicos podem ter, tais como o FGTS e, em alguns casos, até mesmo par cipação nos lucros.

A função pública, por sua vez, refere-se a uma atribuição específi ca, dada pelo Poder Público, a um agente, ou seja, é o acréscimo de algumas atribuições àquelas das como próprias. Em outras palavras, o servidor tem suas atribui-ções normais concernente ao cargo que ocupa e adquirem mais algumas, como, por exemplo, quando designado para exercer a função de chefe da seção em que trabalha. Em contrapar da, há acréscimo na remuneração.

A Constituição Federal prevendo esta possibilidade determina que as funções de confi ança sejam exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efe vo (aquele que fez concurso público) e que se des nem apenas às atribuições de direção, chefi a e assessoramento.

Di Pietro ainda lembra outra situação quando fala em função. A função exercida por servidores contratados tempo-rariamente com base no art. 37, IX, para a qual não se exige, necessariamente, concurso público, porque a própria urgência na contratação é incompa vel com a demora do procedimento.

Assim, quer seja em um caso, quer noutro, não há necessi-dade de prévio concurso público, pois naquele exige-se que já seja servidor; e neste, exigi-se urgência na contratação. É bem por isto que o art. 37, II exige concurso público somente para in-ves dura em cargo ou emprego, sendo silente quanto à função.

De olho na doutrina:

Para Hely, função é a atribuição ou conjunto de atribuições que a Administração confere a cada categoria profi ssional ou comete individualmente a determinados servidores para a execução de serviços eventuais.

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Direitos, Deveres e Prerroga vas

Os Direitos dos servidores públicos civis estaduais estão previstos a par r do art. 47 da lei, dentre eles destacam-se o vencimento e a remuneração, e as indenizações, gra fi ca-ções, as licenças, os afastamentos, o direito de pe ção etc.

Os deveres do servidor, por sua vez, encontram-se enu-merados no art. 209 da lei. Já as prerroga vas referem-se às próprias vantagens atribuídas ao servidor em razão do cargo ocupado. Incluem-se nessa lista o direito à férias, o gozo de licenças, a concessão de afastamentos, a retribuição pelo exercício do cargo, ou seja, o vencimento ou remuneração, a assistência à saúde, o direito de pe ção, a disponibilidade, aposentadoria, bem como outras vantagens pecuniárias.

Provimento

Provimento é ato administra vo por meio do qual é preenchido cargo público vago, com a designação de seu tular. O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante

ato da autoridade competente de cada Poder.

De olho na doutrina:

Para Carvalho Filho, o provimento caracteriza-se como fato administra vo, ou seja, um evento que consiste no preenchimento de um cargo vago, e não ato administra- vo. Para o autor, como o fato precisa de formalização, sua

existência depende da prá ca de um ato administra vo. Sendo assim, enquanto o provimento é o fato em si que consiste no preenchimento do cargo, o ato administra vo é o meio idôneo para materializá-lo. Portanto, não se pode dizer tecnicamente que provimento é o ato de preenchi-mento, mas sim que é o ato que materializa ou formaliza o provimento.

O art. 11 do Estatuto traz 7 (sete) formas de provimento, a saber:

• nomeação;• promoção;• readaptação;• reverso/reversão;• aproveitamento;• reintegração;• recondução.

O acesso e a transferência, anteriormente previstos no disposi vo, foram revogadas pela Lei nº 7.356, de 29 de dezembro de 1998.

A doutrina divide o provimento em dois: originário ou autônomo e derivado. A classifi cação vai depender da situa-ção do indivíduo que irá ocupar o cargo.

A jurisprudência também é pacífi ca na classifi cação do provimento como originário e derivado.

a) Provimento originárioEntende-se por provimento originário ou autônomo

aquele em que o preenchimento do cargo não guarda nenhum vínculo anterior do provido com a Administração Pública.

A única forma de provimento originário ou autônomo é a nomeação.

b) Provimento derivadoO provimento derivado, por sua vez, pressupõe um

vínculo anterior do servidor com a Administração, repre-sentando apenas uma alteração na sua situação funcional.

O provimento derivado é subdivido em três: ver cal, horizontal e por reingresso.

b.1. Provimento derivado ver calProvimento derivado ver cal é aquele em que o servidor

passa de um cargo para outro cargo, com elevação funcional, dentro da mesma carreira.A única forma de provimento derivado ver cal é a promoção.

b.2. Provimento derivado horizontalProvimento derivado horizontal é aquele em que o

servidor passa de um cargo para outro, na mesma carreira, porém, sem elevação funcional.

A readaptação é a única forma de provimento derivado horizontal.

b.3. Provimento derivado por reingressoProvimento derivado por reingresso é aquele em que

o servidor retorna ao serviço a vo do qual se encontrava desligado.

São formas de provimento derivado por reingresso a reversão, o aproveitamento, a reintegração e a recondução.

Formas de Provimento

1) Nomeação:Conforme dito anteriormente, a nomeação, única forma

de provimento originário, é ato administra vo unilateral da Administração, que propicia a inves dura no cargo público.

Segundo a Lei nº 6.107/1994, a nomeação pode ser feita em cargo de caráter efe vo, em comissão ou em subs tuição.

Os cargos de caráter efe vo são aqueles que integram o quadro permanente da Administração e exigem para o ingresso prévio concurso público de provas ou de provas e tulos, nos termos do art. 37, II, da Cons tuição Federal e

art. 7º da Lei.Os cargos de caráter efe vo, subdividem-se em isolado

ou de carreira. O cargo isolado é o que não se escalona em classes, por ser o único na sua categoria. Os de carreira são os que se escalonam em classes, permi ndo por meio da promoção, o es mulo aos servidores e o aprimoramento do serviço.

Importante lembrar que a nomeação para cargo efe vo, isolado ou de carreira deve obedecer rigorosamente a ordem de classifi cação dos aprovados e o prazo de validade do concurso e ocorrerá, sempre, na classe e referência iniciais do Plano de Carreiras, Cargos e Salários do Estado.

Os cargos em comissão, por sua vez, são aqueles de livre nomeação e exoneração, sendo fator marcante a confi ança da autoridade que o nomeou e a permanência dá-se en-quanto esta perdurar. A nomeação para cargos em comissão de assessoramento, todavia, recairá, preferencialmente, em servidores ocupantes de cargos efe vos.

Também poderá ocorrer a nomeação em caso de afas-tamento legal ou temporário do servidor ocupante de cargo em comissão, caso em que será nomeado um subs tuto.

Aproveitando o contexto da nomeação, é importante conhecer o passo a passo do candidato desde o momento em que é aprovado em concurso público, até começar a tra-balhar efe vamente: após lograr êxito no concurso público de provas ou de provas e tulos, o servidor deverá aguardar a publicação de sua nomeação, passo que já comentamos anteriormente, para depois tomar posse no cargo público e, fi nalmente, entrar em exercício.

Analisaremos cada um desses ins tutos, a seguir.

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Posse

A posse é ato administra vo solene e formal da Admi-nistração, que caracteriza a inves dura em cargo público. Efe va-se com a assinatura do respec vo termo de posse, no qual constam as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado.

A posse também pode ser defi nida como ato bilateral, através do qual o nomeado torna-se servidor público, forma-lizando-se, nesse momento, o vínculo com a Administração Pública. A par r deste momento, diz-se que o nomeado foi inves do no cargo público, pois recebe sua competência, e adicionalmente, a parcela do poder estatal necessário ao seu adequado desempenho.

Para que haja a inves dura (posse), exige-se não somente que o nomeado tenha sido aprovado em concurso público de provas ou de provas e tulos, como também preencha os requisitos legais previstos no art. 8º do Estatuto, a saber:

• a nacionalidade brasileira;• o gozo dos direitos polí cos;• a quitação com as obrigações militares e eleitorais;• o nível de escolaridade ou habilitação legal exigida para

o exercício do cargo;• a idade mínima de 18 anos;• ap dão sica e mental.

No ato da posse, o servidor também deverá apresentar declaração de bens atualizada e valores que cons tuem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública federal, estadual ou municipal, inclusive em autarquias, fundações e empresas públicas e sociedades de economia mista. Importante de-stacar que os nomeados para cargo em comissão também devem preencher esse requisito.A autoridade que der posse terá de verifi car, sob pena de responsabilidade, se foram sa sfeitas as exigências acima para a inves dura no cargo.

Acrescente-se que, como condição para ingresso no cargo, outros requisitos podem ser estabelecidos em lei, a depender da natureza de suas atribuições, devendo, assim, serem dispostos no edital do concurso.

Prazo para a Posse

O prazo para o nomeado tomar posse na Administração direta e indireta do Estado é de 30 dias, podendo ser pror-rogado por mais 30 (trinta) dias, a requerimento do interes-sado, contados da data de publicação do ato de provimento, ou seja, a par r da data de publicação de sua nomeação. Esse prazo também é aplicado para os servidores administra vos do Poder Legisla vo e Judiciário do Estado.

Caso o nomeado não tome posse no prazo visto acima, o ato de nomeação será tornado sem efeito. Como ainda não há vínculo entre o nomeado e a Administração Pública, não há que se falar em exoneração, muito menos em demissão.

Em se tratando de servidor em licença ou afastado por qualquer outro mo vo legal, o prazo será contado do término do impedimento.

Exercício

Exercício é o efe vo desempenho das atribuições do cargo público. O Estatuto fi xa o prazo de 30 (trinta) dias para o servidor entrar em exercício, contados da data da posse. Caso o servidor empossado não entre em exercício nesse prazo, ele será exonerado de o cio.

Para dar exercício ao servidor, é competente a autori-dade do órgão ou en dade para onde foi designado. Com o

efe vo exercício é se inicia a contagem do prazo de 24 (vinte e quatro) meses para o estágio probatório, de após 3 (três) anos para a aquisição da estabilidade (art. 41, da Cons tuição Federal)1, do direito à algumas licenças, afastamentos, dentre outras vantagens (indenizações, gra fi cações e adicionais), além do direito, é claro, de receber pelo trabalho prestado.

Jornada de trabalhoO ocupante de cargo de provimento efe vo fi ca sujeito

a trinta horas semanais de trabalho, salvo quando a lei es-tabelecer duração diversa.

O exercício de cargo em comissão e de função gra fi -cada implicará obrigatoriedade de 8 (oito) horas diárias de trabalho.

Estágio ProbatórioO estágio probatório é o período durante o qual a ap dão

e capacidade do servidor nomeado para cargo de provimento efe vo é avaliado para fi ns de confi rmação no cargo.

A ap dão e a capacidade é mensurada a par r dos se-guintes fatores:

a) assiduidade;b) disciplina;c) capacidade de inicia va;d) produ vidade; ee) responsabilidade.

Existem, evidentemente, outros fatores importantes ao reconhecimento da capacidade profi ssional do servidor em estágio probatório; a Lei nº 6.107/1994, entretanto, elencou apenas estes cinco como ensejadores do reconhecimento pela Administração, da profi ciência mínima exigida.

Segundo o art. 24 da Lei nº 6.107/1994, o prazo para o estágio probatório é de 24 (vinte e quatro) meses.

Importante ressaltar que, 4 (quatro) meses antes de terminado o estágio probatório, ou seja, até o 20º (vigésimo) mês de avaliação do desempenho do servidor, sua perma-nência será subme da à homologação, ou confi rmação, da autoridade competente. Para tanto, será formada comissão cons tuída para essa fi nalidade.

O servidor não aprovado no estágio probatório será exo-nerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado.

EstabilidadeA estabilidade é a garan a de permanência no serviço

público, depois de auferidos os requisitos estabelecidos no art. 41 da Cons tuição Federal, quais sejam:

a) O servidor deve ser ocupante de cargo de provimento efe vo;

b) Após 3 (três) anos de efe vo exercício.Em primeiro lugar, cumpre destacar que somente alcan-

çará a estabilidade no serviço público os servidores nomea-dos para cargo de provimento efe vo, consequentemente, pela aprovação em concurso público de provas ou de provas e tulos. Os empregados públicos, os contratados temporários

e os ocupantes, exclusivamente, de cargo em comissão não adquirirão a estabilidade, pois não cumpriram o primeiro requisito essencial.

Logo em seguida observe-se um requisito de natureza temporal, pois a estabilidade somente será adquirida após o decurso de 3 (três) anos de efe vo exercício. Mas não é só, antes de fi ndo esse prazo, como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desem-

1 De acordo com a Cons tuição Federal o servidor adquirirá a estabilidade após 3 (três) anos de efe vo exercício no cargo. Lembre-se do que foi dito no primeiro tópico da lei em comento (noções gerais). As legislações infracons tucionais, contrárias à Cons tuição Federal estão tacitamente revogadas por ela.

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penho por comissão cons tuída especifi camente para essa fi nalidade. Tal requisito foi introduzido pela EC nº 19/1998, como consequência do princípio cons tucional da efi ciência. Foi a par r daí, que a insufi ciência de desempenho tornou-se mais uma forma de perda do cargo por servidor estável.

Desta forma, podemos concluir que a estabilidade não é absoluta, pois a própria a Cons tuição Federal estabelece 4 (quatro) situações que podem gerar a perda do cargo por servidor estável. As três primeiras estão no § 1º do art. 41, a outra está prevista no § 4º do art. 169:

1) sentença judicial transitada em julgado;2) processo administra vo;3) procedimento de avaliação periódica de desempenho;4) Excesso de despesa com pessoal.

Merece destaque, duas considerações importantes com relação às hipóteses ora citadas.

Primeiramente, há que se considerar que além da respon-sabilidade civil e administra va, o servidor público também, pode vir a responder penalmente caso o ilícito pra cado cons tua crime, sendo um dos efeitos da condenação a perda do cargo, função pública ou mandato ele vo. O art. 92 do código Penal Brasileiro trouxe duas possibilidades em que o servidor poderá perder seu cargo:

• quando for aplicada pena priva va de liberdade por tempo igual ou superior a 1 (um) ano, nos crimes pra cados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública;

• quando for aplicada pena priva va de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos.

Outra consideração, diz respeito à perda do cargo por servidor estável, por excesso de despesa com pessoal. Caso isso ocorra, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios terão de cortar gastos. É a Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, que dispõe sobre o percentual a ser gasto por cada ente polí co com despesa de pessoal: a) União: 50% (cinquenta por cento); Estados e Municípios: 60% (sessenta por cento). Porém, antes de exonerar servidor estável cada Ente deverá:I – reduzir em pelo menos 20% (vinte por cento) das despesas com cargos em comissão e funções de confi ança;

II – exonerar servidores não estáveis.Somente depois de adotadas as duas medidas acima, e o Ente ainda es vesse gastando acima dos limites estabeleci-dos na Lei Complementar, é que poderiam ser exonerados os servidores estáveis.

O servidor estável que perder o cargo faz jus à indeni-zação correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.

Já o cargo objeto da redução será considerado ex nto, sendo vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.

Promoção

Promoção é a elevação do servidor de uma classe para outra imediatamente superior, no mesmo cargo, dentro da mesma carreira. Difere da Progressão, pois está dar-se-á com a movimentação do servidor efe vo de um nível para outro na mesma classe.

As normas para promoção e progressão funcional dos servidores do grupo ocupacional a vidades de Polícia Civil estão previstas na Lei nº 8.957 de 15 de abril de 2009.

Não poderá ser promovido servidor em estágio pro-batório, disponibilidade, licença para tratar de interesses par culares ou quando colocado à disposição de órgão ou en dades não integrantes da administração estadual, salvo por an guidade.

Readaptação

A readaptação, única forma de provimento derivado horizontal, é a inves dura do servidor, estável ou não, em cargo de atribuições e responsabilidades compa veis com a limitação parcial, sica ou mental, na sua capacidade labo-ra va, mas que não fi cou inválido permanentemente, pois nesse caso, deverá ser aposentado por invalidez.

A readaptação dependerá de inspeção médica e deverá ocorrer, preferencialmente, em cargo equivalente ao ante-rior, respeitada a habilitação exigida e independerá da ocor-rência de vaga, ou seja, o servidor exercerá suas atribuições como excedente.

Reversão

A reversão, forma de provimento derivado por rein-gresso, é defi nida como sendo o retorno à a vidade do servidor aposentado, quando junta médica ofi cial declarar insubsistentes os mo vos da aposentadoria por invalidez, determinando seu retorno à a vidade. .

A reversão deverá ocorrer no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação e dependerá da existência de vaga, assim, o tempo em que o servidor es ver em exercí-cio será computado para concessão de nova aposentadoria. Caso não haja cargo vago o servidor permanecerá em dispo-nibilidade remunerada até a sua existência.

Não poderá reverter, a pedido ou de o cio, o servidor apo-sentado que já houver completado 70 (setenta) anos de idade.

Aproveitamento

O aproveitamento, forma de provimento derivado hori-zontal, caracteriza-se como sendo o retorno, ao serviço a vo, do servidor estável, posto em disponibilidade.

O aproveitamento do servidor que se encontra em dis-ponibilidade dependerá dos seguintes requisitos:

• comprovação de sua capacidade sica e mental por junta médica ofi cial do Estado;

• possuir a qualifi cação exigida para o provimento do cargo;

• não haver completado 70 (setenta) anos de idade;• que não ocupe cargo inacumulável comprovado me-

diante cer dão expedida pelo órgão competente.

Se julgado apto, o servidor assumirá o exercício do cargo no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de aproveitamento. Verifi cada a incapacidade defi ni va, o servidor em disponibilidade será aposentado.

Havendo mais de um concorrente a ser aproveitado em uma só vaga, a preferência recairá naquele de maior tempo de disponibilidade e, em caso de empate, no de maior tempo de serviço público estadual.

Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada pela junta médica ofi cial do Estado.

A disponibilidade, por sua vez, é um ins tuto que permite ao servidor estável, que teve o seu cargo ex nto ou declarado desnecessário, permaneça sem trabalhar, com remuneração integral, à espera de um eventual aproveitamento.

Note-se que a disponibilidade é uma prerroga va ineren-te à estabilidade. Através dessa forma de provimento, fi ca claro, apesar das divergências doutrinárias, que a estabilida-de do servidor é adquirida no serviço público, e não no cargo público. Afi rmamos isso porque se o servidor estável tem o seu cargo ex nto, a estabilidade assegura sua permanência no serviço público até o seu aproveitamento e não no seu cargo, visto que este nem mais existe.

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Dessa maneira, cumpre-nos ressaltar: o servidor estável que teve o seu cargo ex nto ou declarado desnecessário não será nem exonerado, nem demi do; ele será posto em disponibilidade.

Reintegração

A reintegração, forma de provimento derivado por rein-gresso, é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormen-te ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, que fora demi do de seu cargo injustamente. A invalidação de sua demissão pode ocorrer tanto por via administra va, quanto judicial, sendo certo que ocorrerá com o ressarci-mento de todas as vantagens referentes ao período em que esteve afastado. Importante saber, contudo que o servidor reintegrado será subme do a nova inspeção médica ofi cial. O servidor julgado incapaz será aposentado.

A reintegração pela via administra va decorre do princí-pio da autotutela, que permite à Administração anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornam ilegais, entretanto, somente poderá ser tomada em processo adminis-tra vo no qual a Procuradoria Geral do Estado tenha emi do parecer conclusivo reconhecendo a nulidade da demissão.

A reintegração pela via judicial é garan a prevista também, cons tucionalmente, no § 2º, do art. 41, que assim dispôs:

2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

Caso o servidor seja reintegrado e seu cargo tenha sido ex nta fi cará em disponibilidade remunerada. Encon-trando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em dispo-nibilidade remunerada.

Recondução

A recondução, é forma de provimento derivado por reingresso, consiste no retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado em decorrência de inabilitação em estágio probatório rela vo a outro cargo ou reintegração de an go ocupante.

Caso o cargo esteja ocupado, o servidor reconduzido será aproveitado em outro cargo de atribuições e vencimentos compa veis com o anteriormente ocupado, respeitadas a escolaridade e habilitação legal exigidas. Caso o cargo tenha sido ex nto, ou não haja outro cargo onde possa ser apro-veitado, o servidor deverá ser colocado em disponibilidade remunerada.

Interessante destacar que a recondução não gera direi-to à indenização.

Vacância

A vacância é o ins tuto por meio do qual o cargo público é declarado vago, ou seja, é a maneira pela qual o servidor desocupa o cargo público.

Segundo a lei, a vacância decorrerá de (art. 39):• exoneração;• demissão;• promoção;• readaptação;• aposentadoria;• perda do cargo por decisão judicial;• falecimento.

A ascensão e a transferência, também eram formas de vacância, porém, conforme já dito anteriormente foram revogadas pela Lei nº 7.356, de 29 de dezembro de 1998.

A vacância dar-se-á na data:a) da publicação do ato que a determinar;b) do falecimento do servidor.

Formas de Vacância

1) ExoneraçãoConsidera-se exoneração o desligamento do servidor

sem caráter puni vo.A exoneração pode ocorrer:a) quando não sa sfeitas as condições do estágio pro-

batório;b) quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar

em exercício no prazo legal.

A exoneração de cargo em comissão dar-se-á de duas formas:

A pedido, do próprio servidor.

De o cio, a juízo da autoridade competente.

2) DemissãoA demissão caracteriza-se como o desligamento do ser-

vidor com caráter puni vo. Em outras palavras é uma forma de vacância caracterizada como uma punição ao servidor pela prá ca de uma infração disciplinar grave.

Exoneração X DemissãoNão possui natureza

sancionatóriaPossui natureza sancionatória

Exemplo:

O servidor que foi reprovado no estágio probatório: a re-provação no estágio probató-rio não cons tui falta grave, portanto o servidor será exo-nerado.

Exemplo:

O servidor que pra cou um ato de corrupção: a corrupção é considerada crime contra a Administra-ção Pública (art. 317, do CP), portanto enseja a de-missão do servidor, após o regular processo adminis-tra vo.

A demissão é a penalidade mais severa prevista no Esta-tuto, e será analisada mais detalhadamente quando falarmos sobre o Regime Disciplinar.

3) Promoção e Readaptação A promoção e a readaptação cons tuem forma de provi-

mento e vacância de cargos públicos e já foram comentadas quando falamos sobre provimento.

4) AposentadoriaA aposentadoria é a transferência para a ina vidade

remunerada do servidor público ocupante de cargo efe vo que cumpriu determinados requisitos.

As regras de aposentadoria do servidor público estão elencadas no art. 40 da Cons tuição.

5) Perda do cargo por decisão judicialO servidor pode perder o cargo público em decorrência

de decisão judicial, conforme já visto quando tratamos da estabilidade.

6) FalecimentoA morte do servidor implica a vacância do cargo ocupado

e dispensa comentários.

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Remoção

Remoção é o deslocamento do servidor com o respec vo cargo, a pedido ou de o cio, no âmbito do mesmo órgão e Poder, com ou sem mudança de sede.

Redistribuição

A redistribuição é o deslocamento do servidor, com o respec vo cargo, para quadro de pessoal de outro órgão ou en dade do mesmo Poder, observado o interesse da Administração.

A redistribuição é u lizada exclusivamente para ajusta-mento de quadros de pessoal às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, ex nção ou criação de órgão ou en dade.

Os servidores estáveis que não puderem ser redistri-buídos em caso de ex nção de órgãos ou en dades serão colocados em disponibilidade até seu aproveitamento.

A redistribuição somente poderá ocorrer no âmbito da administração direta, autárquica e fundacional, respeitadas as lotações das respec vas ins tuições.

Somente após decorrido 1 (um) ano, poderá o servidor ser novamente redistribuído.

O servidor que se encontrar com a sua situação irregular não será redistribuído até que se proceda a sua regularização.

Subs tuição

Devido à hierarquia, traço comum na Administração Pú-blica, os cargos em comissão necessariamente devem estar sempre preenchidos, caso em que haverá sempre alguém responsável pela repar ção ou pela seção.

Em vista disso, os servidores inves dos em cargo ou função gra fi cada contarão com subs tutos em casos de afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares, bem como no caso de vacância do cargo.

Em regra, é o próprio regimento interno do órgão ou en dade que estabelece o subs tuto, em caso de omissão, caberá à autoridade competente do referido órgão ou en- dade designá-lo.

Quando a subs tuição for por período igual ou superior a 30 (trinta) dias, o servidor designado subs tuto terá direito à percepção da diferença entre seus vencimentos e repre-sentação e os do subs tuído.

Direitos e Vantagens

1. Direitos de ordem pecuniária: Vencimento, Remuneração e Subsídio

Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fi xado em lei.

Remuneração é o vencimento do cargo efe vo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes ou temporárias estabelecidas em lei.

Subsídio é a retribuição realizada ao servidor em par-cela única, vedado o acréscimo de qualquer gra fi cação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória.

Importante destacar que os servidores policiais civis recebem subsídio, nos termos do art. 144, § 9º, da Cons -tuição Federal. 2

Nenhum servidor poderá perceber mensalmente a tulo de remuneração, importância superior à soma dos valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer tu-

2 Sobre a polí ca remuneratória dos servidores policias civis veja o art. 25, da Lei nº 8.957/2009.

lo, pelos membros da Assembléia Legisla va, Secretário de Estado e Desembargador do Tribunal de Jus ça. Excluem-se do teto remuneratório3 desses agentes polí cos, as seguintes vantagens:

1. gra fi cação natalina;2. adicional por tempo de serviço;3. adicional pelo exercício de a vidades insalubres e

perigosas;4. adicional pela prestação de serviço extraordinário;5. adicional noturno; e 6. adicional de férias.

Perda da Remuneração

O servidor perderá:1. a remuneração dos dias em que não comparecer ao

serviço, quando não jus fi cados;2. a parcela da remuneração diária, proporcional aos

atrasos, ausências e saídas antecipadas, iguais ou superiores a 60 (sessenta) minutos;

3. metade da remuneração, na hipótese de conversão da suspensão em multa.

Descontos e Indenizações

Em decorrência de seu caráter alimentar nenhum des-conto poderá incidir sobre a remuneração do servidor, salvo se houver imposição legal ou por mandado judicial ou me-diante consen mento do servidor. Ademais, o vencimento, a remuneração, o subsídio e o provento do servidor não serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto no caso de pagamento de pensão alimen cia decorrente de decisão judicial.

De acordo com a Lei, as reposições e indenizações ao erário serão descontadas em parcelas mensais não exce-dentes à 5ª (quinta) parte da remuneração ou provento, em valores atualizados.

O servidor em débito com o erário, que for demi do, exonerado, ou que ver a sua aposentadoria ou disponibili-dade cassada, terá o prazo de 60 (sessenta) dias para quitar o débito. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em dívida a va

2. Vantagens 2.1. Vantagens Pecuniárias

São três, as vantagens pecuniárias do servidor:1. Indenizações;2. Gra fi cações;3. Adicionais.

1. Indenizações Muitas vezes, em razão das exigências do trabalho, os

servidores se vêem obrigados ao dispêndio de quan as para executá-lo. A compensação dessas despesas é que chama-mos de indenizações, ou seja, é a devolução dos valores gastos pelo servidor com o exercício de suas atribuições. Os valores, bem como as condições para a sua concessão devem ser estabelecidos em regulamento (art. 57).Três são as indenizações, a saber:

a. ajuda de custo (arts. 58 a 63);b. diárias (arts. 64 a 66);c. vale transporte (arts. 67 a 72).

3 A Lei nº 8.957/2009, prevê outras vantagens que também estão excluídas do teto remuneratório dos servidores policiais civis.

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Importante salientar que as indenizações não se incorpo-ram ao vencimento ou provento do servidor para qualquer efeito, nem serão computadas, nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos ulteriores, sob o mesmo tulo ou idên co fundamento.

2. Gra fi caçõesA depender da a vidade desenvolvida, suas responsabi-

lidades, condições, horários e locais, poderão ser deferidas ao servidor certas retribuições ou gra fi cações.

Através da leitura do art. 74, percebemos que ele traz uma lista exemplifi ca va, e não taxa va de gra fi cações a que fazem jus os servidores, uma vez que ao seu fi m deter-mina que outras poderão exis r. Os arts. 75 a 93 tratam, especifi camente, sobre cada gra fi cação.

Ademais, é importante salientar que as gra fi cações, diferentemente das indenizações incorporam-se ao venci-mento ou provento, nos casos e condições indicados em lei.

3. AdicionaisOs adicionais são devidos em razão do exercício do cargo.

O art. 74 da Lei, elenca os seguintes adicionais, podendo outros também serem criados:

1) adicional por tempo de serviço;2) adicional pelo exercício de a vidades insalubres e

perigosas;3) adicional pela prestação de serviço extraordinário;4) adicional noturno;5) adicional de férias.

Os arts. 94 a 108 tratam, especifi camente, dos adicionais.Os adicionais também são incorporados ao vencimento

ou provento, nos casos e condições indicados em lei.

3. Direitos de Ausência ao Serviço

3.1. Férias De acordo com a lei, o servidor gozará por ano, ob-

rigatoriamente, 30 (trinta) dias consecu vos de férias, que podem ser acumuladas até o máximo de 2 (dois) períodos no caso de imperiosa necessidade de serviço.

Atenção!Para o primeiro período de férias serão exigidos doze meses de efe vo exercício. É o que chamamos de período aqui-si vo. Os demais períodos são chamados de concessivos.

É proibido levar à conta de férias qualquer falta ao tra-balho. Durante as férias o servidor terá direito a todas as vantagens do seu cargo.

As férias somente poderão ser interrompidas por mo vo de calamidade pública, comoção interna, e convocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou por mo vo de superior interesse público.

Os membros da família que trabalhem na mesma repar- ção têm direito de gozar férias no mesmo período, desde

que não importe em prejuízo para o serviço.O pagamento da remuneração das férias será efetuado

no mês antecedente ao gozo das mesmas.O servidor exonerado do cargo efe vo ou em comissão

perceberá indenização rela va ao período das férias a que ver direito e ao incompleto, na proporção de 1/12 (um doze

avos) por mês de efe vo exercício ou fração igual ou superior a 14 (quatorze) dias, sendo essa indenização, calculada com base na remuneração do mês em que for publicado o ato exoneratório.

O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioa vas gozará 20 (vinte) dias con-

secu vos de férias, por semestre de a vidade profi ssional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

Ao servidor estudante é assegurado o direito de fazer coincidir as férias na repar ção com as escolares.

O servidor cuja situação funcional se altere quando em gozo de férias não será obrigado a apresentar-se antes de terminá-las.

3.2. Licenças

Os servidores públicos civis também tem direitos às seguintes licenças previstas nos arts. 123 a 152:

a) para tratamento de saúde;b) por mo vo de acidente em serviço e doença profi s-

sional;c) por mo vo de doença em pessoa da família;d) à gestante ou adotante;e) paternidade;f) para acompanhar cônjuge ou companheiro;g) para o serviço militar;h) como prêmio à assiduidade;i) para tratar de interesses par culares;j) para desempenho de mandato classista.

3.3. Afastamentos O servidor poderá se afastar do exercício funcional desde

que devidamente autorizado:

Sem prejuízo da remuneração

a) quando estudante, como incen -vo à sua formação profi ssional;b) para realizar missão ou estudo em outro ponto do território nacional e no exterior;c) para par cipar de curso de dou-torado, mestrado, especialização ou aperfeiçoamento no Estado;d) quando mãe de excepcional;e) para exercer a vidade polí co--par dária;f) por até 8 (oito) dias, por mo vo de casamento;g) por até 8 (oito) dias, em decor-rência de falecimento do cônjuge ou companheiro, pais, madrastas, padrastos, pais adotivos, filhos, menor sob guarda ou tutela, irmãos;h) quando convocado para par ci-par de júri e outros serviços obriga-tórios por lei;i) para doação de sangue, por 1 (um) dia;j) por mo vo de alistamento eleito-ral, até 2 (dois) dias;l) quando requisitado pela Jus ça Eleitoral, nos termos de lei espe-cífi ca;m) quando convocado pela Jus ça Eleitoral para integrar mesa recep-tora ou junta apuradora.

Com prejuízo da remuneração

quando se tratar de afastamento para o trato de interesses par cu-lares;

Com ou sem prejuízo da remuneração

a) para exercer mandato ele vo;b) para exercer cargo em comissão de direção e assessoramento.

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Os afastamentos estão disciplinados nos arts. 159 a 168, da Lei em comento.

DIREITO DE PETIÇÃO (ARTS. 173 AO 184)

O direito de pe ção é garan a cons tucional prevista no art. 5º, XXXIV, a, da Cons tuição Federal. Segundo a Carta Magna,

são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas o direito de pe ção aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.

A Lei, acompanhando tal disposição, assegurou ao servi-dor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legí mo. O instrumento adequado para a formalização deste pedido será o requerimento, onde se deve expor a situação de fato e requerer, fundamentando o pedido. Para tanto, será assegurada vista do processo ou documento, na repar ção ao servidor ou a procurador por ele cons tuído.

Em face do Poder hierárquico, inerente à função admi-nistra va do Estado, o requerimento e o pedido de reconsi-deração devem ser apresentados à autoridade à que es ver imediatamente subordinado o requerente e despachados no prazo de 5 (cinco) dias, se for o caso, à autoridade com-petente para decidi-lo, que o fará dentro de 30 (trinta) dias.

Finalidade Prazos Efeitos

Pedido de Reconsideração

Consiste na devolução da matéria para reexame da mesma autoridade que proferiu o ato ou proferiu a primeira decisão a fi m de convencê-la a recon-siderar o pedido.

Para interpor:

30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciên-cia, pelo interessado, da decisão recorrida.

Para a autoridade decidir:

30 (trinta) dias.

Devolu vo: devolve a matéria para reexame da autoridade que expe-diu o ato ou proferiu a decisão.

Ex tunc (em caso de deferimento do pedido de reconsideração os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado).

Recurso Em face do indeferimento do pedido de reconsideração (que não pode ser renovado) cabe recurso à autoridade imediatamente superior que tiver expedido o ato ou proferido a decisão e sucessivamente, em escala ascen-dente, às demais autoridades, até esgotadas as instâncias administra vas

(O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que ver expedido o ato ou proferido a decisão, em escala ascendente, até por certo, o Governador, que é a úl ma autoridade administrativa, no Estado, sujeita a receber recurso hierárquico).

Para interpor:

30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciên-cia, pelo interessado, da decisão recorrida.

Devolu vo, em regra.

Suspensivo, a critério da autorida-de competente.(Efeito suspensivo, como o pró-prio nome já diz, é aquele que paralisa o curso do procedimento no estágio em que se encontre, impedindo os efeitos, eventual-mente indesejáveis, que poderiam advir da con nuação normal do procedimento)

Ex tunc (em caso de deferimento do recurso os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impug-nado).

O direito de requerer prescreve em:

5 (cinco) anos Quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou de disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial créditos resultan-tes das relações de trabalho.

Contados:• da data da publicação do ato impugnado;

ou• da data da ciência pelo interessado, quan-

do o ato não for publicado.120 (cento e vinte) dias Nos demais casos, salvo quando outro for fi xa-do em lei.

Importante destacar que o pedido de reconsideração e o recurso, quando julgados per nentes e tempes vos, inter-rompem o prazo prescricional. A prescrição, todavia, por tutelar interesse público, não pode ser relevada pela a Adminis-tração.

Interrupção ≠ Suspensão

O prazo reinicia-se, desprezando os dias transcorridos.

Ex.: um prazo de 5 anos que seja interrompido no fi nal de 10 meses, reinicia seu curso por novos 5 anos.

O prazo volta a contar do momento de sua interrupção.

Ex.: o mesmo prazo de 5 anos que foi suspenso no fi nal de 10 meses contaria a par r 11º mês.

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A Lei também foi cuidadosa em reproduzir a essência da Súmula nº 473, do STF, estatuindo que a Administração deve rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.

Ademais, cumpre saber que os prazos assinalados para requerer, interpor pedido de reconsideração e recurso, bem como os prazos prescricionais, são fatais e improrrogáveis, salvo mo vo de força maior.

REGIME DISCIPLINAR

O regime disciplinar enfoca os deveres, as proibições, as responsabilidades bem como as penalidades a que estão subme dos os servidores públicos. Também faz menção aos casos de acumulação remunerada de cargos públicos atendendo ao disposto na Cons tuição Federal (art. 37, XVI).

1. Deveres

Dever no sen do genérico da palavra signifi ca “obrigação de fazer”. Os deveres representam, portanto as condutas posi vas que são impostas aos servidores públicos em razão do cargo que ocupa.

O art. 209 da Lei destaca os seguintes deveres do ser-vidor:

• exercer com zelo e dedicação as atribuições legais e regulamentares inerentes ao cargo;

• ser leal às ins tuições a que servir;• observar as normas legais e regulamentares;• cumprir as ordens superiores, exceto quando manifes-

tamente ilegais;• atender com presteza:

a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;

b) à expedição de cer dões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;

c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública Estadual.

• zelar pela economia do material e conservação do patrimônio público;

• guardar sigilo sobre assuntos da repar ção;• manter conduta compa vel com a moralidade admi-

nistra va;• ser assíduo e pontual ao serviço;• tratar com urbanidade os demais servidores e o público

em geral;• representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de

poder;• residir no local onde exercer o cargo ou, mediante

autorização, em localidade vizinha, se não houver inconveniente para o serviço.

• manter espírito de cooperação e solidariedade com os companheiros de trabalho;

• apresentar-se convenientemente trajado em serviço ou com o uniforme que for determinado para cada caso;

• sugerir providências tendentes à melhoria dos serviços;• ao conhecimento da autoridade superior as irregu-

laridades de que ver ciência em razão do cargo que ocupa ou da função que exerça.

A representação contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder será, obrigatoriamente, apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representado ampla defesa com os meios e recursos a ele inerentes.

2. Proibições

As proibições, todavia, cons tuem as condutas nega vas “obrigação de não fazer” das quais o servidor deve abster-se.

Segundo a Lei, ao servidor público é proibido:• ausentar-se do serviço durante o expediente, sem

prévia autorização do chefe imediato;• re rar, modifi car ou subs tuir, sem prévia anuência da

autoridade competente, qualquer documento ofi cial ou objeto da repar ção;

• recusar fé a documentos públicos;• opor resistência injus fi cada ao andamento de do-

cumento e processo ou execução de serviço;• promover manifestação de apreço ou desapreço no

recinto da repar ção;• cometer a pessoa estranha à repar ção, fora dos casos

previstos em lei, o desempenho de encargo que lhe compe r ou a seu subordinado;

• coagir ou aliciar subordinados a fi liar-se a associação profi ssional ou sindical, ou a par do polí co;

• referir-se de modo deprecia vo às autoridades públi-cas ou a atos do Poder Público, em requerimento, re-presentação, parecer, despacho ou outros expedientes;

• valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;

• par cipar de diretoria, gerência ou administração de empresa privada e de sociedade civil prestadora de serviços ao Estado;

• exercer comércio ou par cipar de sociedade comercial, exceto como acionista, quo sta ou comanditário;

• atuar, como procurador ou intermediário, junto a repar ções públicas, salvo quando se tratar de bene- cios previdenciários ou assistenciais de parentes até

o segundo grau cível, de cônjuge ou companheiro(a);• receber propina, comissão, presente ou vantagem de

qualquer espécie, em razão de suas atribuições;• aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado

estrangeiro, salvo se es ver em licença sem remune-ração;

• pra car usura sob qualquer de suas formas;• proceder de forma desidiosa;• u lizar pessoal ou recursos materiais da repar ção em

serviços ou a vidades par culares;• cometer a outro servidor atribuições estranhas ao

cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;

• exercer quaisquer a vidades que sejam incompa veis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;

• contratar com o Estado ou suas en dades.

A Lei confere ao servidor o direito de cri car atos do Po-der Público, do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço, em trabalho assinado.

3. Penalidades

Sempre que o servidor faltar com seus deveres e obriga-ções ou pra car alguma conduta proibida, estará sujeito às penalidades descritas na Lei.

Administra vamente, a pena disciplinar é a sanção apli-cada pela autoridade competente ao servidor faltoso, após o devido processo administra vo disciplinar e consiste em adver r, repreender, suspender, demi r, cassar a aposenta-doria ou disponibilidade, ou des tuir de cargo em comissão, podendo refletir em seu vencimento ou remuneração,

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tempo de serviço, progressão funcional entre outros, além da possibilidade de se estenderem às esferas penal e civil, conforme o caso.

Na aplicação da penalidade deverão ser consideradas a natureza e a gravidade da infração come da, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agra-vantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais, ou seja, a autoridade deve observar o princípio da proporcionalidade, confrontando a gravidade da falta ao dano causado, bem como o grau de responsabilidade e antecedentes funcionais do servidor que jus fi quem a justeza da sanção.

Como forma de garan r o direito de defesa o ato de im-posição de qualquer penalidade deverá mencionar sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.

Ressalte-se também que na aplicação da penalidade a autoridade deve atentar-se para as garan as cons tucionais insertas no art. 5º da Cons tuição Federal. Destacamos es-pecialmente a prevista no inciso XLVII, segundo a qual não haverá pena de caráter perpétuo, uma vez que o parágrafo único do art. 230 dispõe que não poderá retornar ao serviço público o servidor que for demi do ou des tuído do cargo em comissão quando cometer crime contra a administração pública, que for improbo, que aplicar irregularmente os re-cursos públicos, que lesar os cofres públicos e dilapidar o pa-trimônio estadual bem como aquele que pra car corrupção.

Note que tal disposi vo encontra-se desconforme com o texto cons tucional, não tendo aplicabilidade no nosso ordenamento jurídico.

Segundo o art. 221 do Estatuto, as penalidades discipli-nares são as seguintes:

a) advertência;b) repreensão;c) suspensão;d) demissão;e) cassação de aposentadoria ou disponibilidade;f) des tuição do cargo em comissão.

Além destas, têm-se ainda, a multa como subs tuta da suspensão (art. 225, § 2º).

Veremos, a seguir, as violações e em qual po de penali-dade elas se enquadram, as autoridade responsáveis por sua aplicação e em quanto tempo prescreve o direito de punir da Administração.

AdvertênciaAs faltas leves são punidas com advertência por escrito,

quando não jus fi que a imposição de penalidade mais grave. A advertência será aplicada em especial nos casos de violação de dever funcional e das seguintes proibições:

1) ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

2) re rar, modifi car ou subs tuir, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ofi cial ou objeto da repar ção;

3) recusar fé a documentos públicos;4) opor resistência injus fi cada ao andamento de do-

cumento e processo ou execução de serviço;5) promover manifestação de apreço ou desapreço no

recinto da repar ção;6) cometer a pessoa estranha à repar ção, fora dos casos

previstos em lei, o desempenho de encargo que lhe compe r ou a seu subordinado;

7) coagir ou aliciar subordinados a fi liar-se a associação profi ssional ou sindical, ou a par do polí co;

8) referir-se de modo deprecia vo às autoridades pú-blicas ou a atos do Poder Público, em requerimento, representação, parecer, despacho ou outros expe-dientes.

RepreensãoA pena de repreensão será aplicada nos casos de falta

de cumprimento dos deveres, violação das proibições ou reincidência de advertência.

SuspensãoA suspensão será aplicada em caso de reincidência das

faltas punidas com repreensão e violação das seguintes proibições:

1) cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;

2) exercer quaisquer a vidades que sejam incompa veis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;

3) contratar com o Estado ou suas en dades.

DemissãoA demissão é a penalidade de maior gravidade prevista

no Estatuto e será aplicada nos seguintes casos:1) crime contra a Administração Pública;2) abandono de cargo, confi gurado pela ausência inten-

cional do servidor ao serviço por mais de 30 (trinta) dias consecu vos;

3) apresentar inassiduidade habitual, assim entendida a falta ao serviço, por 60 (sessenta) dias, interpoladamen-te, sem causa jus fi cada, no período de doze meses;

4) improbidade administra va;5) incontinência pública e conduta escandalosa na

repar ção;6) insubordinação grave no serviço;7) ofensa sica, em serviço, a servidor ou a par cular,

salvo se em defesa própria ou de outrem;8) aplicação irregular de dinheiros públicos;9) revelação de segredo que ver conhecimento em

razão do cargo;10) lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio

estadual;11) corrupção;12) acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções

públicas;13) valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou

de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;

14) par cipar de diretoria, gerência ou administração de empresa privada e de sociedade civil prestadora de serviços ao Estado;

15) exercer comércio ou par cipar de sociedade comer-cial, exceto como acionista, quo sta ou comanditário;

16) atuar, como procurador ou intermediário, junto a repar ções públicas, salvo quando se tratar de bene- cios previdenciários ou assistenciais de parentes até

o segundo grau cível, de cônjuge ou companheiro(a);17) receber propina, comissão, presente ou vantagem

de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;18) aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado

estrangeiro, salvo se es ver em licença sem remu-neração;

19) pra car usura sob qualquer de suas formas;20) proceder de forma desidiosa;21) u lizar pessoal ou recursos materiais da repar ção

em serviços ou a vidades par culares.

Cassação de Aposentadoria ou DisponibilidadeDá-se a cassação da aposentadoria ou disponibilidade

quando o servidor ina vo houver pra cado falta punível com demissão quando em a vidade.

A cassação de aposentadoria ou disponibilidade será aplicada pelo Governador, pelo Presidente da Assembleia Legisla va, ou pelo Presidente do Tribunal.

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Des tuição de Cargo em ComissãoA des tuição de cargo em comissão ocorre quando o

ocupante exclusivamente de cargo em comissão comete infração sujeita às penalidades de suspensão ou demissão. A des tuição de cargo em comissão é penalidade adminis-tra va equivalente à demissão.

A penalidade de des tuição de cargo em comissão é aplicada pela autoridade que houver feito a nomeação.

PrescriçãoPrescreve o direito de a Administração punir os servido-

res nos seguintes prazos:• Em cinco anos, quanto às infrações puníveis com de-

missão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e des tuição de cargo em comissão.

• Em 2 (dois) anos, quanto à suspensão.• em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência e

repreensão.

O prazo de prescrição começa a fl uir da data em que foi pra cado o ato, ou do seu conhecimento pela administração. Os prazos previstos no Código Penal aplicam-se às infrações disciplinares pifi cadas também como crime.

A abertura de sindicância ou a instauração de processo para a apuração da falta disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão fi nal proferida por autoridade competente. In-terrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a par r do dia em que cessar a interrupção.

4. Acumulação

Diz-se acumulação o exercício concomitante de mais de um cargo público remunerado.

A Cons tuição Federal vedou a acumulação remunerada de cargos, abrindo exceção apenas para os casos em que haja compa bilidade de horários e estejam dentre os cargos abaixo citados:

a) de dois cargos de professor;b) a de um cargo de professor com outro técnico ou

cien fi co;c) a de dois cargos ou empregos priva vos de profi ssio-

nais de saúde, com profi ssões regulamentadas.

Ressalte-se que a proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, empresas pú-blicas, sociedades de economia mista e fundações públicas man das pelo Poder Público da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e Municípios.

O servidor não poderá exercer mais de um cargo em co-missão, nem ser remunerado pela par cipação em órgão de deliberação cole va. Inves do em cargo de provimento em comissão, o servidor que acumular licitamente dois cargos de provimento efe vo destes fi cará afastado.

O disposto acima não se aplica à remuneração devida pela par cipação em Conselhos de Administração e Fiscal das Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista Estadu-ais, bem como no Conselho de Recursos Fiscais, vinculado à Gerência da Receita Estadual.

Verifi cada em processo disciplinar que a acumulação se deu de boa-fé, o servidor optará por um dos cargos, não fi cando obrigado a res tuir o que houver percebido durante o período da acumulação vedada. Provada a má-fé, além da demissão do cargo, o servidor res tuirá, obrigatoriamente, o que ver recebido indevidamente.

5. Responsabilidade Administra va, Civil e Penal

O descumprimento de deveres e a inobservância de proi-bições acarretam consequências para o servidor. O servidor é

responsável por suas ações ou omissões. Quando se u liza irregularmente de suas atribuições pode vir a ser respon-sabilizado tanto civil, penal, quanto administra vamente.

5.1. Responsabilidade Administra va

Se a conduta inadequada afeta a ordem interna dos ser-viços e vem caracterizada somente como infração ou ilícito administra vo, surge a responsabilização administra va, que poderá levar o servidor a sofrer sanção administra va. Essa responsabilidade é apurada no âmbito da própria ad-ministração, mediante processo administra vo e a possível sanção é aplicada também nessa esfera.

5.2. Responsabilidade Civil

Se o servidor, por ação ou omissão, dolosa ou culposa, causou dano à Administração, deverá repará-lo, sendo res-ponsabilizado civilmente. A apuração da responsabilidade civil poderá ter início e término no âmbito administra vo ou ter início no âmbito administra vo e depois ser objeto de ação perante o poder judiciário. Quando o prejuízo causado ao erário for doloso, ou seja, com a intenção de provocá-lo ou assumindo o risco de produzi-lo, a indenização poderá ser liquidada em parcelas mensais não excedentes à 5ª (quinta) parte da remuneração ou provento do servidor, caso não haja outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial. Tratando de dano causado a terceiros, o servidor responderá perante a Fazenda Pública em ação regressiva. Ressalte-se que para o servidor ser responsabili-zado e obrigado a pagar o prejuízo é necessário comprovar seu dolo (teve a intenção de lesar ou assumiu esse risco) ou culpa (imprudência, negligência ou imperícia), uma vez que a sua responsabilidade perante terceiros é subje va. A responsabilidade obje va é do Estado (art. 37, § 6º, da CF). Acrescente-se que a obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores do servidor e contra eles será executada até o limite do valor do patrimônio transferido.

5.3. Responsabilidade Penal

Se a conduta inadequada do servidor afeta, de modo imediato, a sociedade e vem caracterizada pelo ordenamento como crime funcional, o servidor será responsabilizado cri-minalmente, podendo sofrer sanções penais. Sobre a esfera da responsabilidade penal, esta abrange os crimes e contra-venções imputadas ao servidor, nessa qualidade. Os crimes funcionais estão previstos nos arts. 312 a 326 e arts. 359-A a 359-H, todos do Código Penal, além de outras leis específi cas.

Como se vê, é possível que a mesma conduta confi gure infração administra va, acarrete dano à Administração e seja pifi cada como crime. Neste caso, o servidor arcará com as

consequências da responsabilidade administra va, civil e penal, uma vez que as três são independentes entre si, ou seja, possui fundamento e natureza diversas, razão pela qual poderão cumular-se.

Ocorre, porém, que o princípio da independência das instâncias não é absoluto, posto que há caso de intervenção entre a decisão de uma esfera (a penal), nas demais. Como o processo penal envolve uma limitação a direito maior, qual seja a liberdade, tem como corolário a busca da verdade real, diferentemente da esfera civil que leva em conta a verdade formal, ou seja, as provas que constam dos autos, o juiz pode/deve determinar a produção de provas, buscando sempre se aproximar da verdade dos fatos. Em face desse rigor que envolve a decisão penal, afasta-se a responsabilidade administra va do servidor no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou a sua autoria, conforme estabelecido no art. 220 do Estatuto.

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LEI Nº 6.107 DE 27 DE JULHO DE 1994

Dispõe sobre o estatuto dos servidores públicos civis do estado e dá outras providências.

TÍTULO IDO REGIME JURÍDICO DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL

CAPÍTULO ÚNICODas Disposições Preliminares

Art. 1º Esta Lei ins tui o regime jurídico dos servidores públicos civis do Estado, das autarquias e fundações ins -tuídas pelo poder público.

Art. 2º Ficam subme dos ao regime jurídico ins tuído por esta Lei:

I – Os servidores do Poder Execu vo e de suas autarquias e fundações públicas;

II – Os servidores administra vos dos Poderes Legisla vo e Judiciário.

Art. 3º Servidor público é a pessoa legalmente inves da em cargo público.

Art. 4º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidade come das a um servidor, com as caracte-rís cas essenciais de criação por lei, denominação própria, número certo, pagamento pelos cofres públicos e provimento em caráter efe vo ou em comisso.

Art. 5º É vedada a atribuição ao servidor de encargos alheios ou diferentes dos que são inerentes ao cargo que ocupa.

Art. 6º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

TÍTULO IIDO PROVIMENTO, VACÂNCIA, REMOÇÃO,

REDISTRIBUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO

CAPÍTULO IDo Provimento

Seção IDisposições Gerais

Art. 7º A inves dura em cargo público imprescinde apro-vação prévia em concurso público, ressalvadas as nomeações para cargos em comisso declarados de livre nomeação e exoneração.

Art. 8º São requisitos básicos para inves dura em cargo público:

I – nacionalidade brasileira;II – gozo dos direitos polí cos;III – quitação com as obrigações militares e eleitorais;IV – nível de escolaridade ou habilitação legal exigida

para o exercício do cargo;V – idade mínima de 18 anos;VI – ap dão sica e mental.§ 1º As atribuições do cargo podem jus fi car a exigência

de outros requisitos estabelecidos em lei.§ 2º Às pessoas portadoras de defi ciência é assegurado o

direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compa veis com a defi ciên-cia de que são portadoras, na forma do regulamento e em obediência à Lei nº 5.484, de 14 de julho de 1992.

Art. 9º O provimento dos cargos públicos far-se-á me-diante ato da autoridade competente de cada Poder.

Art. 10. A inves dura em cargo público ocorrerá com a posse.

Art. 11. São formas de provimento de cargo público:I – nomeação;

II – promoção;III – (Revogado Lei nº 7.356, de 29 de dezembro de 1998)IV – (Revogado Lei nº 7.356, de 29 de dezembro de 1998)V – readaptação;VI – reversão;VII – aproveitamento;VIII – reintegração;IX – recondução.

Seção IIDa Nomeação

Art. 12. A nomeação far-se-á:I – em caráter efe vo, quando se tratar de cargo de

provimento efe vo;II – em comissão, para cargos de confi ança, de livre

exoneração;III – em subs tuição, no afastamento legal ou temporário

do servidor ocupante de cargo em comissão.§ 1º A nomeação para cargo de provimento efe vo de-

pende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e tulos, obedecida a ordem de classifi cação e respeitado o prazo de sua validade e ocorrerá, sempre, na classe e referência iniciais do Plano de Carreiras, Cargos e Salários do Estado.

§ 2º A nomeação para cargos em comissão de assessora-mento recairá, preferencialmente, em servidores ocupantes de cargos efe vos.

Seção IIIDo Concurso Público

Art. 13. O concurso será de provas ou de provas e tulos, realizando-se de acordo com o disposto em lei e

regulamento.Art. 14. O concurso público terá validade de até 2 (dois)

anos, a par r da sua homologação, prorrogável, uma vez, por igual período.

§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fi xados em edital, que será publicado no Diário Ofi cial do Estado e em jornal diário de grande circulação.

§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.

Art. 15. Na realização de concurso público serão obriga-toriamente cumpridas as seguintes etapas:

I – publicação no Diário Ofi cial do Estado de edital de abertura de inscrição indicando o prazo de sua realização, bem como o número de vagas;

II – publicação no Diário Ofi cial do Estado e em dois (2) jornais de grande circulação da relação dos candidatos aprovados em ordem decrescente de classifi cação;

III – ato de homologação assinado pelos chefes dos respec vos Poderes.

Art. 16. A realização dos concursos para provimento dos cargos da administração direta, autárquica e fundacional do Poder Execu vo compe rá à Secretaria de Estado da Admi-nistração, Recursos Humanos e Previdência.

Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste ar go os concursos aos cargos da carreira de Procurador do Estado, para os cargos integrantes do Grupo Ocupacional Magistério Superior e para outros que a lei dispuser.

Seção IVDa Posse e do Exercício

Art. 17. A posse dar-se-á pela assinatura do respec vo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deve-res, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo

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ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de o cio previstos em lei.

§ 1º A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias con-tados da publicação do ato de provimento, prorrogável por mais 30 (trinta) dias, a requerimento do interessado.

§ 2º Em se tratando de servidor em licença ou afastado por qualquer outro mo vo legal, o prazo será contado do término do impedimento.

§ 3º A posse poderá ocorrer mediante procuração es-pecífi ca.

§ 4º No ato da posse, o servidor, ainda que ocupante de cargo em comissão, apresentará declaração de bens atuali-zada e valores que cons tuem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública federal, estadual ou municipal, inclusive em autarquias, fundações e empresas públicas e sociedades de economia mista.

§ 5º A autoridade que der posse terá de verifi car, sob pena de responsabilidade, se foram sa sfeitas as exigências estabelecidas na lei para a inves dura no cargo.

§ 6º Será tornado sem efeito o ato de nomeação, se a posse não ocorrer no prazo previsto no § 1º deste ar go.

Art. 18. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica ofi cial.

Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto sica e mentalmente para o exercício do cargo por junta médica ofi cial do Estado.

Art. 19. São competentes para dar posse:I – o Chefe do Poder, aos dirigentes de Órgãos que lhe

são diretamente subordinados;II – os Secretários de Estado, aos dirigentes de Órgãos

que lhes são diretamente subordinados;III – os dirigentes das autarquias e fundações, aos seus

servidores;IV – os tulares da Setorial de Administração, nos demais

casos.Art. 20. Exercício é o efe vo desempenho das atribuições

do cargo.§ 1º É de 30 (trinta) dias o prazo para o servidor entrar

em exercício, contados da data da posse.§ 2º Será exonerado o servidor empossado que não

entrar em exercício no prazo previsto no parágrafo anterior.§ 3º _ autoridade competente do órgão ou en dade para

onde for designado o servidor compete dar-lhe exercício.Art. 21. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício

do exercício serão registrados no assentamento individual do servidor.

Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apre-sentará ao órgão competente os elementos necessários ao seu assentamento individual.

Art. 22. O ocupante de cargo de provimento efe vo fi ca sujeito a trinta horas semanais de trabalho, salvo quando a lei estabelecer duração diversa.

Parágrafo único. O exercício de cargo em comissão e de função gra fi cada implicará obrigatoriedade de 08 (oito) horas diárias de trabalho.

Seção VDo Estágio Probatório

Art. 23. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efe vo fi cará sujeito a estágio probató-rio por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua ap dão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores:

I – assiduidade;II – disciplina;III – capacidade de inicia va;

IV – produ vidade;V – responsabilidade.§ 1º Quatro meses antes de fi ndo o período do estágio

probatório, será subme da à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, reali-zada de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento, sem prejuízo da con nuidade de apuração dos fatores enu-merados nos incisos I a V deste ar go.

§ 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormen-te ocupado, observado o disposto no art. 33.

Seção VIDa Estabilidade

Art. 24. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efe vo adquirirá es-tabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de efe vo exercício.

Art. 25. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administra vo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

Seção VIIDa Promoção

Art. 26. Promoção é a elevação do servidor de uma para outra classe imediatamente superior, no mesmo cargo, dentro da mesma carreira, de acordo com o estabelecido no Plano de Carreiras, Cargos e Salários do Estado e legislação específi ca.

Parágrafo único. Não poderá ser promovido servidor em estágio probatório, disponibilidade, licença para tratar de interesses par culares ou quando colocado à disposição de órgão ou en dades não integrantes da administração estadual, salvo por an güidade.

Seção VIIIDo Acesso

Art. 27. (Revogado Lei nº 7.356, de 29 de dezembro de 1998)

Seção IXDa Transferência

Art. 28. (Revogado Lei nº 7.356, de 29 de dezembro de 1998)

Seção XDa Readaptação

Art. 29. Readaptação é a inves dura do servidor estável em cargo de atribuições e responsabilidades compa veis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade sica ou mental verifi cada em inspeção médica.

§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readap-tando será aposentado.

§ 2º A readaptação será efe vada, preferencialmente, em cargo de atribuições afi ns, respeitada a habilitação exigida.

§ 3º A readaptação do servidor independerá de vaga.

Seção XIDa Reversão

Art. 30. Reversão é o retorno à a vidade de servidor apo-sentado por invalidez, quando, por junta médica ofi cial, fo-rem declarados insubsistentes os mo vos da aposentadoria.

§ 1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação e dependerá de vaga.

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§ 2º Enquanto não houver vaga o servidor permanecerá em disponibilidade remunerada.

Art. 31. Não se procederá a reversão se o aposentado já ver completado 70 (setenta) anos de idade.

Seção XIIDa Reintegração

Art. 32. A reintegração é a reinves dura do servidor está-vel no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administra va ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

§ 1º Na hipótese de o cargo ter sido ex nto, o servidor fi cará em disponibilidade remunerada, observado o disposto no art. 33 e seus parágrafos.

§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade remunerada.

§ 3º A decisão administra va que determinar a reinte-gração só pode ser tomada em processo administra vo no qual a Procuradoria Geral do Estado tenha emi do parecer conclusivo reconhecendo a nulidade da demissão.

§ 4º O servidor reintegrado será subme do a inspeção médica ofi cial e aposentado se julgado incapaz.

Seção XIIIDa Recondução

Art. 33. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado.

§ 1º A recondução somente ocorrerá em decorrência de inabilitação em estágio probatório rela vo a outro cargo, ou no caso de reintegração do anterior ocupante.

§ 2º Quando provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro de atribuições e vencimentos compa- veis, respeitada a escolaridade e habilitação legal exigidas.

§ 3º No caso de ex nção do cargo de origem e não ha-vendo outro cargo onde possa ser aproveitado, o servidor fi cará em disponibilidade remunerada.

Art. 34. Em nenhuma hipótese haverá indenização ao servidor reconduzido.

Seção XIVDo Aproveitamento e da Disponibilidade

Art. 35. Ex nto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável fi cará em disponibilidade, com remunera-ção integral inerente ao cargo efe vo.

Art. 36. O retorno à a vidade de servidor em disponibili-dade far-se-á de o cio, mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compa veis com o anteriormente ocupado.

Art. 37. O aproveitamento do servidor que se encontra em disponibilidade dependerá dos seguintes requisitos:

I – comprovação de sua capacidade sica e mental por junta médica ofi cial do Estado;

II – possuir a qualifi cação exigida para o provimento do cargo;

III – não haver completado 70 (setenta) anos de idade;IV – que não ocupe cargo inacumulável comprovado

mediante cer dão expedida pelo órgão competente.§ 1º Se julgado apto, o servidor assumirá o exercício do

cargo no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de aproveitamento.

§ 2º Verifi cada a incapacidade defi ni va, o servidor em disponibilidade será aposentado.

§ 3º Havendo mais de um concorrente a ser aproveitado em uma só vaga, a preferência recairá naquele de maior tempo de disponibilidade e, em caso de empate, no de maior tempo de serviço público estadual.

Art. 38. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cas-sada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada pela junta médica ofi cial do Estado.

CAPÍTULO IIDa Vacância

Art. 39. A vacância do cargo público decorrerá de:I – exoneração;II – demissão;III – promoção;IV – (Revogado Lei nº 7.356, de 29 de dezembro de 1998)V – (Revogado Lei nº 7.356, de 29 de dezembro de 1998)VI – readaptação;VII – aposentadoria;VIII – (Revogado Lei nº 7.356, de 29 de dezembro de 1998)IX – perda de cargo por decisão judicial;X – falecimento.Art. 40. A vacância dar-se-á na data:I – da publicação do ato que a determinar;II – do falecimento do servidor.Art. 41. A exoneração de cargo efe vo dar-se-á a pedido

do servidor, ou de o cio.Parágrafo único. A exoneração de o cio dar-se-á:I – quando não sa sfeitas as condições do estágio pro-

batório;II – quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar

em exercício no prazo estabelecido.Art. 42. A exoneração de cargo em comissão dar-se-á:I – a juízo da autoridade competente;II – a pedido do servidor.Art. 43. A demissão dar-se-á como penalidade de acordo

com o previsto no Título IV Capitulo IV.

CAPÍTULO IIIDa Movimentação

Seção IDa Remoção

Art. 44. Remoção é o deslocamento do servidor com o respec vo cargo, a pedido ou de o cio, no âmbito do mesmo órgão e Poder, com ou sem mudança de sede.

Seção IIDa Redistribuição

Art. 45. Redistribuição é o deslocamento do servidor, com o respec vo cargo, para quadro de pessoal de outro ou en dade do mesmo Poder, observado o interesse da administração.

§ 1º A redistribuição dar-se-á exclusivamente para ajustamento de quadros de pessoal às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade.

§ 2º Nos casos de extinção de órgão ou entidade, os servidores estáveis que não puderem ser redistribuídos, na forma deste artigo, poderão ser colocados em disponibilidade até seu aproveitamento na forma do art. 37.

§ 3º A redistribuição somente poderá ocorrer no âmbito da administração direta, autárquica e fundacional, respeita-das as lotações das respec vas ins tuições.

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§ 4º Somente após decorrido 1 (um) ano, poderá o ser-vidor ser novamente redistribuído.

§ 5º O servidor que se encontrar com a sua situação irregular não será redistribuído até que se proceda a sua regularização.

CAPÍTULO IVDa Subs tuição

Art. 46. Os servidores ocupantes de cargo em comissão e os inves dos em função gra fi cada terão subs tutos indica-dos conforme legislação específi ca ou, no caso de omissão, previamente designados pela autoridade competente.

Parágrafo único. Quando a subs tuição for por período igual ou superior a 30 (trinta) dias, o servidor designado subs tuto terá direito à percepção da diferença entre seus vencimentos e representação e os do subs tuído.

TÍTULO IIIDOS DIREITOS E VANTAGENS

CAPÍTULO IDo Vencimento e da Remuneração

Art. 47. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exer-cício de cargo público, com valor fi xado em lei.

Art. 48. Remuneração é o vencimento do cargo efe vo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes ou tem-porárias estabelecidas em lei.

§ 1º O vencimento do cargo efe vo, acrescido das van-tagens de caráter permanente, é irredu vel.

§ 2º É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as rela vas à natureza ou ao local de trabalho.

Art. 48A – Subsídio é a retribuição realizado ao servidor em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gra fi -cação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória. (Redação dada pela Medida Provisória nº 029 de 24/10/2007 / Lei nº306, de 27/11/2007).

Art. 49. Nenhum servidor poderá perceber mensalmente a tulo de remuneração, importância superior à soma dos va-lores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer tulo, pelos membros da Assembléia Legisla va, Secretário

de Estado e Desembargador do Tribunal de Jus ça.Parágrafo único. Excluem-se do teto remuneratório a

que se refere este ar go as vantagens previstas nos incisos III, XII, XIII, XIV, XV, XVI, do art. 74.

Art. 50. O servidor perderá:I – a remuneração dos dias em que não comparecer ao

serviço, salvo os casos previstos neste Estatuto;II – a parcela da remuneração diária, proporcional aos

atrasos, ausências e saídas antecipadas, iguais ou superiores a 60 (sessenta) minutos;

III – metade da remuneração, na hipótese de conversão da suspensão em multa.

Art. 51. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento.

Parágrafo único. Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma defi nida em regulamento.

Art. 52. As reposições e indenizações ao erário serão des-contadas em parcelas mensais não excedentes à 5ª (quinta) parte da remuneração ou provento, em valores atualizados.

Art. 53. O servidor em débito com o erário, que for demi do, exonerado, ou que ver a sua aposentadoria ou

disponibilidade cassada, terá o prazo de 60 (sessenta) dias para quitar o débito.

Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo pre-visto implicará sua inscrição em dívida a va.

Art. 54. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, salvo em se tratando de prestação de alimentos, resultante de decisão judicial.

CAPÍTULO IIDas Vantagens

Art. 55. Além do vencimento poderão ser pagas ao ser-vidor as seguintes vantagens:

I – indenizações;II – gra fi cações;III – adicionais.§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento

ou provento para qualquer efeito.§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao

vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei.

Art. 56. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo tulo ou idên co fundamento.

Seção IDas Indenizações

Art. 57. Cons tuem indenizações ao servidor:I – ajuda de custo;II – diárias;III – vale-transporte;IV – (Revogado pela Lei nº 7.356, de 29 de dezembro

de 1998)Parágrafo único. Os valores das indenizações, assim como

as condições para a sua concessão, serão estabelecidos em regulamento.

Subseção IDa Ajuda de Custo

Art. 58. A ajuda de custo des na-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente.

§ 1º Correm por conta da administração as despesas de transporte do servidor e de sua família, compreendendo passagens, bagagem e bens pessoais.

§ 2º família do servidor que vier a falecer na nova sede são assegurados ajuda de custo e transporte de retorno à localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado da data do óbito.

Art. 59. A ajuda de custo será arbitrada pelo Secretário de Estado e calculada sobre a remuneração do servidor, não podendo exceder a importância correspondente a 3 (três) meses.

Art. 60. Não será concedida ajuda de custo:I – ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo,

em virtude de mandato ele vo;II – que for colocado à disposição do Governo Federal,

de outro Estado ou Município;III – que for transferido a pedido ou por permuta;IV – ao servidor estadual casado, quando o cônjuge ver

direito a ajuda de custo pela mesma mudança de sede.Art. 61. Será concedida ajuda de custo àquele que, não

sendo servidor efe vo do Estado, for nomeado para cargo em comissão, com mudança de domicílio.

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Art. 62. O servidor fi cará obrigado a res tuir a ajuda de custo que ver recebido:

I – quando injus fi cadamente não se apresentar na nova sede no prazo de 30 ( trinta ) dias;

II – no caso de, antes de terminado o desempenho da incumbência que lhe foi come da, regressar da nova sede, pedir exoneração ou abandonar o serviço, antes de decor-ridos 90 (noventa) dias de exercício na nova sede, salvo se o regresso for determinado pela autoridade competente ou por mo vo de força maior, devidamente comprovado.

Art. 63. Compete ao Chefes do Poder arbitrar a ajuda de custo que será paga ao servidor designado para serviço ou estudo fora do Estado ou do País e às autoridades que lhe são subordinadas.

Subseção IIDas Diárias

Art. 64. O servidor que se deslocar eventualmente e em objeto de serviço da localidade onde tem exercício para outra cidade do território nacional, fará jus a passagens e diárias, para cobrir as despesas de pousada , alimentação e locomoção urbana.

§ 1º As diárias, concedidas por dia de afastamento da sede do serviço, serão pagas antecipadamente, com base na provável duração do afastamento.

§ 2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus à diária.

Art. 65. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer mo vo, fi ca obrigado a res tuí-las integralmente no prazo de 5 (cinco) dias.

Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o seu afasta-mento, res tuirá as diárias em excesso no prazo previsto no caput.

Art. 66. O total das diárias atribuídas ao servidor não poderá exceder de 180 ( cento e oitenta) por ano, salvo em casos excepcionais e especiais, com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder.

Parágrafo único. O servidor não pode, em hipótese al-guma, receber diárias provenientes de mais de uma fonte simultaneamente.

Subseção IIIDo Vale-Transporte

Art. 67. Entende-se como vale-transporte a indenização que o Estado antecipará aos seus servidores, em efe vo exercício, para a u lização com despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa, por um ou mais meios de transportes cole vos públicos.

Parágrafo único. Os recursos provenientes do desconto do vale-transporte, oriundo do servidor, será aplicado para capacitação do servidor, através do Fundo de Desenvolvi-mento do Sistema de Pessoal do Estado – F.D.P., ins tuído pela Lei Delegada nº 169, de 5 de junho de 1984.

Art. 68. O servidor custeará o vale-transporte com 6% (seis por cento) de seu vencimento-base, cabendo ao Esta-do cobrir o excedente entre esse percentual e sua despesa mensal com transporte.

Parágrafo único. Excetua-se do disposto no caput desse ar go o servidor remunerado por subsídio, que custeará o vale-transporte com base em critérios defi nidos em regu-lamento. (Redação dada pela Medida Provisória nº 27, de 28/8/2007 / Lei nº302 de 25/9/2007)

Art. 68-A. O vale-transporte do Poder Execu vo será custeado pelo servidor e pelo Estado em conformidade

com os critérios defi nidos em regulamento. (Redação dada pela Medida Provisória nº 21, 17/5/2007 / Lei nº 295 de 10/7/2007)

Art. 69. Ao servidor benefi ciado caberá, mensalmente, uma cota de 40 ( quarenta ) vales-transporte por expediente de trabalho.

Art. 70. No caso de ser u lizado mais de um transporte no trajeto referido no ar go 67, o servidor terá direito a tantas cotas de 40 ( quarenta ) vales-transporte quantos forem os transportes u lizados.

Art. 71. O bene cio do vale-transporte cessará por desis-tência do servidor, a par r de sua comunicação por escrito ao setor competente.

Art. 72. Decreto governamental disporá sobre normas complementares necessárias à operacionalização da inde-nização prevista nesta subseção.

Subseção IVDo Tíquete-Refeição

Art. 73. (Revogado pela Lei nº 7.356, de 29 de dezembro de 1998)

Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 7.356, de 29 de dezembro de 1998)

Seção IIDas Gra fi cações e Adicionais

Art. 74. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidas aos servidores as seguintes gra -fi cações e adicionais:

I – gra fi cação pelo exercício de cargo em comissão;II – gra fi cação pelo exercício de função de chefi a e

assistência intermediária;III – gra fi cação natalina;IV – gra fi cação pela execução de trabalho técnico-cien-

fi co;V – gra fi cação por condições especiais de trabalho;VI – gra fi cação de natureza técnica;VII – (Revogado pela Lei nº 7.583, de 29 de dezembro

de 2000)VIII – (Revogado pela Lei nº 7.583, de 29 de dezembro

de 2000)IX – gra fi cação de risco de vida;X – gra fi cação especial de exercício da função policial;XI – gra fi cação especial de exercício;XII – adicional por tempo de serviço;XIII – adicional pelo exercício de a vidades insalubres

e perigosas;XIV – adicional pela prestação de serviço extraordinário;XV – adicional noturno;XVI – adicional de férias;XVII – outras gra fi cações ou adicionais previstos em lei.

Subseção IDa Gra fi cação pelo Exercício de Cargo em Comissão

Art. 75. Pelo exercício de cargo em comisso que o servidor tenha exercido ou venha a exercer, é devida uma gra fi cação de representação em valores fi xados em lei.

§ 1º (Revogado pela Lei nº 6.524, de 21 de dezembro de 1995)

§ 2º (Revogado pela Lei nº 6.524, de 21 de dezembro de 1995)

§ 3º (Revogado pela Lei nº 6.524, de 21 de dezembro de 1995)

§ 4º (Revogado pela Lei nº 6.524, de 21 de dezembro de 1995)

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§ 5º (Revogado pela Lei nº 6.524, de 21 de dezembro de 1995)

§ 6º (Revogado pela Lei nº 6.524, de 21 de dezembro de 1995)

§ 7º (Revogado pela Lei nº 6.524, de 21 de dezembro de 1995)

Subseção IIDa Gra fi cação pelo Exercício de Função de Chefi a

e Assistência Intermediária

Art. 76. Ao servidor efetivo designado para exercer função de direção e assistência intermediária é devida uma gra fi cação, em valores estabelecidos por lei.

Subseção IIIDa Gra fi cação Natalina

Art. 77. A gra fi cação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fi zer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respec vo ano.

Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.

Art. 78. Ao servidor ina vo será paga igual gra fi cação, em valor equivalente ao respec vo provento de responsa-bilidade do Estado.

Parágrafo único. O disposto neste ar go aplica-se às pen-sões de responsabilidade do Estado, com exceção daquelas vinculadas ao salário mínimo.

Art. 79. A gra fi cação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano.

Art. 80. O servidor exonerado perceberá no mês sub-seqüente ao da sua exoneração a gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração.

Art. 81. A gra fi cação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.

Subseção IVDa Gra fi cação pela Execuçãode Trabalho Técnico-Cien fi co

Art. 82. A gra fi cação pela elaboração ou execução de trabalho técnico-cien fi co ú l ao serviço público será arbi-trada pelo Governador do Estado e dependerá dos seguintes requisitos:

I – execução de a vidade diferenciada das funções exer-cidas pelo servidor;

II – incumbência de tarefas por prazo determinado;III – que o servidor seja detentor de curso de nível su-

perior.Parágrafo único. A gra fi cação de que trata este ar go

será regulamentada por decreto.

Subseção VDa Gra fi cação por Condições Especiais de Trabalho

Art. 83. A gra fi cação por condições especiais de trabalho tem por fi nalidade:

I – atender às reais necessidades de aumento de pro-du vidade nos órgãos e nas en dades estaduais quando a natureza do trabalho assim o exigir;

II – fi xar o servidor em determinadas regiões;§ 1º Na hipótese do inciso I, fica o servidor obrigado à

jornada de trabalho de 40 (quarenta ) horas semanais;§ 2º Na hipótese do inciso II, deverá, obrigatoriamente,

o servidor residir no município de sua lotação.

§ 3º O servidor perderá a gratificação quando afastado do exercício do cargo, ressalvada a hipótese do artigo 170, incisos I, II, VII, alíneas a, b, d e e.

Art. 84. A gra fi cação a que se refere o ar go anterior será calculada com base no valor do vencimento do cargo efe vo, até o limite de 100 % ( cem por cento).

§ 1º Quando se tratar de professor de educação básica, em atividade de regência de sala de aula, fora do turno normal de trabalho a que estiver sujeito, o limite estabelecido no caput deste artigo, poderá ser ampliado em vinte por cento.(Redação dada pela Lei nº 8.312, de 24 de novembro de 2005)

§ 2º A concessão da gratificação por condições especiais de trabalho será autorizada pelos Chefes dos Poderes. (Re-dação dada pela Lei nº 8.312, de 24 de novembro de 2005)

Art. 85. A gra fi cação de que trata o ar go 83, incisos I e II, é inacumulável com o recebimento do adicional por ser-viço extraordinário e a remuneração do cargo em comissão.

Parágrafo único. O servidor poderá receber a gra fi cação por condição especial de trabalho, quando no exercício de cargo em comissão, se optar pelos vencimentos do cargo efe vo. (Redação dada pela Lei nº 7.564, de 7 de dezembro de 2000)

Art. 86. Para efeito de cálculo de proventos, a gra fi cação por condições especiais de trabalho incorpora-se ao venci-mento após cinco anos consecu vos ou dez interrompidos nesse regime.

Parágrafo único. A incorporação prevista no caput deste ar go dar-se-á sempre pelo percentual maior que tenha sido concedida, desde que lhe corresponda tempo mínimo de um ano de percepção.

Subseção VIDa Gra fi cação de Natureza Técnica

Art. 87. Aos servidores integrantes do Grupo Ocupacio-nal A vidades de Nível Superior, pelo efe vo exercício das atribuições inerentes aos cargos, ainda que à disposição de outro órgão, é devida a gra fi cação de natureza técnica, no percentual de 222% (duzentos e vinte e dois por cento) sobre o vencimento. (Redação dada pela Lei nº 6.273, de 6 de fevereiro de 1995)

Parágrafo único. A gra fi cação prevista no caput deste ar go incorpora-se aos proventos da ina vidade a qualquer tempo.

Subseção VIIDa Gra fi cação de Aumento de Produ vidade

Art. 88. (Revogado pela Lei nº 7.583, de 29 de dezembro de 2000)

Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 7.583, de 29 de dezembro de 2000)

Subseção VIIIDa Gra fi cação de Recuperação Tributária

Art. 89. (Revogado pela Lei nº 7.583, de 29 de dezembro de 2000)

Art. 90. (Revogado pela Lei nº 7.583, de 29 de dezembro de 2000)

Subseção IXDa Gra fi cação de Risco de Vida

Art. 91. Pela execução de trabalho de natureza especial com risco de vida será concedida uma gra fi cação no per-centual de 100% (cem por cento) sobre o vencimento aos servidores:

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I – ocupantes de cargos efe vos do Grupo Ocupacional Polícia Civil quando em efe vo exercício de função de natu-reza essencialmente policial;

II – ocupantes dos cargos de Superintendentes de Polícia Civil, Delegados Regionais, Delegados Municipais e Moto-ristas lotados na Secretaria de Estado da Segurança Pública, ainda que não pertençam ao Grupo Polícia Civil;

III – em efe vo exercício nos estabelecimentos penais integrantes do Sistema Penitenciário Estadual;

IV – ocupantes dos cargos em comissão de Coordenador do Sistema Penitenciário, Corregedor de Presídios e Diretor da Casa de Albergado da Secretaria de Estado da Jus ça;

V – servidores de outros órgãos à disposição da Secreta-ria de Estado da Jus ça que prestarem efe vo exercício em estabelecimento penal.

VI – ocupantes do cargo de Vigia do Grupo Apoio Admi-nistra vo e Operacional, no efe vo exercício da função de vigilância de prédios públicos;

Subseção XDa Gra fi cação Especial de Exercício

Art. 92. Aos ocupantes dos cargos efe vos de Agente de Policia, Comissário de Polícia, Escrivão de Polícia e de Perito Criminalís co Auxiliar será devida a gra fi cação especial de exercício da função policial, no percentual de 100% (cem por cento), calculada sobre o vencimento, desde que estejam no efe vo exercício de função de natureza essencialmente policial.

Parágrafo único. A gratificação prevista neste artigo incorpora-se aos proventos da ina vidade a qualquer tempo.

Art. 93. Aos servidores integrantes do Grupo Auditoria, pelo efe vo exercício das atribuições inerentes aos respec- vos cargos, é devida a gra fi cação especial de exercício

no percentual de 222% (duzentos e vinte e dois por cento) sobre o vencimento. (Redação dada pela Lei nº 6.273, de 6 de fevereiro de 1995)

Parágrafo único. A gra fi cação prevista neste ar go, incorpora-se aos proventos da ina vidade a qualquer tempo.

Subseção XIDo Adicional por Tempo de Serviço

Art. 94. O adicional por tempo de serviço é devido à razão de 5% (cinco por cento) a cada cinco anos de efe vo serviço público estadual, observado o limite máximo de 35% (trinta e cinco por cento) incidente exclusivamente sobre o vencimento básico do cargo efe vo.

§ 1º O servidor fará jus ao adicional a partir do mês em que completar o quinquênio.

§ 2º Os adicionais por tempo de serviço já concedidos fi cam transformados em quinquênio.

§ 3º Os saldos dos anuênios já incorporados à remuneração do servidor serão transformados automaticamente em quin-quênio na data de aquisição da vantagem. (Redação dada pela Lei nº 7.356, de 29 de dezembro de 1998)

Subseção XIIDos Adicionais de Insalubridade e de Periculosidade

Art. 95. Os servidores que habitualmente trabalhem em locais insalubres, ou em contato permanente com substân-cias tóxicas, radioa vas, infl amáveis ou com eletricidade ou que causem danos à saúde, fazem jus ao adicional de insalubridade ou de periculosidade. (Redação dada pela Lei nº 8.592, de 27 de abril de 2007) Suspensa a efi cácia (ADIN nº 3.923)

§ 1º O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá optar por um deles.

§ 2º O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa à sua concessão.

Art. 95-A. Os servidores remunerados por subsídio que habitualmente trabalhem em locais insalubres, ou em con-tato permanente com substâncias tóxicas, radioa vas, infl a-máveis ou com eletricidade ou que causem danos à saúde, fazem jus ao adicional de insalubridade ou de periculosidade, com base em critérios defi nidos em regulamento. (Redação dada PELA Medida Provisória nº 29, de 24 de outubro de 2007 / Lei nº 306, de 27 de novembro de 2007)

Art. 96. São consideradas a vidades ou operações insa-lubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os servidores à ação de agente nocivo à saúde acima dos limites de tolerância fi xados em razão da natureza, da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

Art. 97. O adicional de insalubridade classifi ca-se se-gundo os graus máximo, médio e mínimo, com percentuais de 40% (quarenta por cento), 30% (trinta por cento) e 20% (vinte por cento) do vencimento do servidor.

Art. 97-A. A adicional de insalubridade para o servidor remunerado por subsídio classifi ca-se segundo os graus máximo, médio e mínimo, de acordo com os valores fi xa-dos em lei. (Redação dada pela Medida Provisória nº 29 de 24/10/2007 / Lei nº 306, de 27/11/2007).

Art. 98. São consideradas a vidades ou operações peri-culosas aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, impliquem contato permanente com infl amáveis e eletricidade em condições de risco acentuado.

Parágrafo único. O adicional de periculosidade é cal-culado no percentual de 30% (trinta por cento) sobre o vencimento.

Art. 98-A. O adicional de periculosidade, para o servidor remunerado por subsídio será pago no valor idên co ao grau médio referido no art. 97-A, desta Lei. (Redação dada pela Medida Provisória nº 29 de 24/10/2007 / Lei nº 306, de 27/11/2007).

Art. 99. A insalubridade e periculosidade serão compro-vadas mediante perícia médica.

Art. 100. É vedado à gestante ou lactante o trabalho em a vidades insalubres ou perigosas.

Art. 101. Na concessão dos adicionais de a vidades insalubres e perigosas, serão observadas as situações esta-belecidas em legislação específi ca.

Art. 102. Os locais de trabalho e os servidores que ope-ram com Raios X ou substâncias radioa vas serão man dos sob controle permanente, de modo que as doses de radia-ção ionizantes não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.

Parágrafo único. Os servidores a que se refere este ar go serão subme dos a exames médicos periódicos, de (06) seis em (06) seis meses.

Subseção XIIIDo Adicional por Serviço Extraordinário

Art. 103. A prestação de serviços extraordinários será remunerada com o acréscimo de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) em relação à hora normal de trabalho.

Art. 104. Somente será permi do serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias, respei-tado o limite máximo de 2 (duas) horas diárias.

Parágrafo único. Ocorrendo mo vo relevante, poderá ser ampliado o limite do horário previsto neste ar go, desde que haja concordância do funcionário e autorização do Chefe

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do Poder. (Redação dada pela Medida Provisória nº 21 de 18/5/2007 / Lei nº 295, de 10/7/2007).

Art. 105. Ao servidor em exercício de cargo em comis-são é vedada a percepção do adicional por serviços extraor-dinários, salvo casos especiais subme dos à consideração do Chefe do Poder.

Subseção XIVDo Adicional Noturno

Art. 106. Adicional por trabalho noturno é o valor pe-cuniário devido ao servidor cujo trabalho seja executado entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte e será remunerado com um acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o salário-hora diurno.

Parágrafo único. A hora de trabalho noturno será com-putada como de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.

Art. 107. Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata o ar go anterior incidirá sobre a remuneração prevista no ar go 103 deste Estatuto.

Subseção XVDo Adicional de Férias

Art. 108. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das férias, um adicional correspon-dente a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias.

Parágrafo único. As vantagens decorrentes do exercício de cargo em comissão ou de função gra fi cada serão con-sideradas no cálculo do adicional de que trata este ar go.

CAPÍTULO IIIDas Férias

Art. 109. O servidor gozará por ano, obrigatoriamente, 30 (trinta) dias consecu vos de férias, observada a escala previamente organizada.

§ 1º Somente após os doze primeiros meses de efe vo exercício adquirirá o servidor direito às férias.

§ 2º É proibido levar à conta de férias qualquer falta ao trabalho.

Art. 110. Durante as férias o servidor terá direito a todas as vantagens do seu cargo.

Art. 111. Só é permi da a acumulação de férias até o máximo de dois anos, no caso de imperiosa necessidade de serviço.

Parágrafo único. Ocorrendo a situação prevista neste ar go, a autoridade administra va competente deverá, em despacho escrito, cancelar as férias do servidor, jus fi cando a razão do procedimento e defi nindo a nova data da concessão.

Art. 112. As férias somente poderão ser interrompidas por mo vo de calamidade pública, comoção interna, e con-vocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou por mo vo de superior interesse público.

Art. 113. Os membros da família que trabalhem na mes-ma repar ção têm direito de gozar férias no mesmo período, desde que não importe em prejuízo para o serviço.

Art. 114. O pagamento da remuneração das férias será efetuado no mês antecedente ao gozo das mesmas, observando-se o disposto no § 3º deste ar go.

§ 1º O servidor exonerado do cargo efe vo ou em co-missão perceberá indenização rela va ao período das férias a que ver direito e ao incompleto, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de efe vo exercício ou fração igual ou superior a 14 (quatorze) dias.

§ 2º A indenização será calculada com base na remu-neração do mês em que for publicado o ato exoneratório.

§ 3º (Revogado pela Lei nº 6.524, de 21 de dezembro de 1995)

§ 4º (Revogado pela Lei nº 6.524, de 21 de dezembro de 1995)

Art. 115. O servidor que opera direta e permanente-mente com Raios X ou substâncias radioa vas gozará 20 (vinte) dias consecu vos de férias, por semestre de a vidade profi ssional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

Art. 116. Ao servidor estudante é assegurado o direito de fazer coincidir as férias na repar ção com as escolares.

Art. 117. O servidor cuja situação funcional se altere quando em gozo de férias não será obrigado a apresentar-se antes de terminá-las.

CAPÍTULO IVDas Licenças

Seção IDisposições Gerais

Art. 118. Conceder-se-á licença ao servidor:I – para tratamento de saúde;II – por mo vo de acidente em serviço e doença pro-

fi ssional;III – por mo vo de doença em pessoa da família;IV – à gestante ou adotante;V – paternidade;VI – para acompanhar cônjuge ou companheiro;VII – para o serviço militar;VIII – como prêmio à assiduidade;IX – para tratar de interesses par culares;X – para desempenho de mandato classista.§ 1º As licenças previstas nos incisos I, II e III serão prece-

didas de exames, pela junta médica ofi cial do Estado, vedado ao benefi ciário o exercício de qualquer a vidade remunerada durante o período da licença.

§ 2º O servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por período superior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo nos casos dos incisos VI, VII e X.

Art. 119. Só será concedida licença a servidor ocupante de cargo em comissão, não tular de cargo efe vo, nos casos dos incisos I, II, IV e V do ar go anterior.

Art. 120. O ocupante de cargo em comissão, que seja tular de cargo efe vo, terá direito às licenças previstas nos

incisos I, II, III, IV, V e VIII do art. 118.Art. 121. São competentes para conceder licença:I – os Chefes dos Poderes, às autoridades que lhes são

diretamente subordinadas;II – os Secretários de Estado, aos que lhes são direta-

mente subordinados;III – os tulares das autarquias e fundações.Art. 122. A licença concedida dentro de 60 (sessenta)

dias do término de outra da mesma espécie será conside-rada como prorrogação, desde que o servidor não retorne às suas a vidades.

Seção IIDa Licença para Tratamento de Saúde

Art. 123. A licença para tratamento de saúde será con-cedida a pedido ou de o cio, com base em perícia médica e duração que for indicada no respec vo laudo, sem prejuízo da remuneração.

§ 1º Quando a licença for de até 15 (quinze) dias, poderá ser deferida com base em atestado médico par cular ou de ins tuição previdenciária ofi cial, visado por junta médica ofi cial do Estado.

§ 2º Quando superior a 15 (quinze) dias deverá conter laudo da junta médica ofi cial do Estado.

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§ 3º Sempre que necessário, a inspeção médica reali-zar-se-á na residência do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.

§ 4º Inexis ndo médico ofi cial no local onde o servidor esteja prestando serviços, será acolhido o atestado passado por médico par cular.

§ 5º No caso do parágrafo anterior, o atestado só pro-duzirá efeito após homologado pela junta médica ofi cial do Estado.

Art. 124. Findo o prazo da licença, o servidor será sub-me do a nova inspeção médica, devendo o laudo concluir pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou, se for o caso, pela aposentadoria.

Art. 125. Terminada a licença o servidor reassumirá ime-diatamente o exercício, salvo prorrogação pleiteada antes da conclusão da licença.

Parágrafo único. Contar-se-á como de prorrogação de licença o período compreendido entre o dia do seu término e o de conhecimento que ver o interessado do resultado denegatório do pedido.

Art. 126. O servidor será licenciado compulsoriamente quando acome do de qualquer doença que impeça a sua locomoção ou torne o seu estado incompa vel com o exer-cício do cargo.

Art. 127. Verifi cada a cura clínica, deverá o servidor licenciado nos termos do ar go anterior voltar à a vidade, ainda que permaneça o tratamento, desde que as funções sejam compa veis com as suas condições orgânicas.

Art. 128. Para efeito de concessão de licença de o cio, o servidor é obrigado a submeter-se à inspeção médica determinada pela autoridade competente para licenciar.

§ 1º No caso de recusa injus fi cada, sujeitar-se-á à pena prevista no ar go 225, § 3º, considerando-se de ausência ao serviço os dias que excederem a essa penalidade para fi ns de processo por abandono de cargo.

§ 2º Efetuada a inspeção, cessará a suspensão ou au-sência.

Art. 129. O servidor não poderá permanecer em licença para tratamento de saúde por mais de 24 (vinte e quatro) meses consecu vos ou intercalados se, entre as licenças, mediar um espaço não superior a 60 (sessenta) dias, ou se a interrupção decorrer de licença por mo vo de gestação.

§ 1º Decorrido o prazo estabelecido no ar go anterior, o servidor será subme do a inspeção médica.

§ 2º Considerado apto, reassumirá o exercício do cargo, sob pena de se apurarem, como faltas injus fi cadas, os dias de ausência.

§ 3º Se julgado incapacitado defi ni vamente para o serviço público ou sem condições de ser readaptado, será aposentado.

Art. 130. O servidor licenciado para tratamento de saúde não poderá dedicar-se a qualquer a vidade remunerada, sob pena de ter cassada a licença, sem prejuízo de outras providências consideradas cabíveis.

Seção IIIDa Licença por Acidente em Serviço e Doença Profi ssional

Art. 131. O servidor acidentado em serviço ou acome do de doença profi ssional, grave, contagiosa ou incurável, será licenciado com remuneração integral.

Art. 132. Confi gura acidente em serviço o dano sico ou mental sofrido pelo servidor, relacionado, mediata ou imediatamente, com o exercício do cargo.

Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o dano:

I – decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo;

II – sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa.

Art. 133. A concessão da licença depende de inspeção por junta médica ofi cial do Estado e terá a duração que for indicada no respec vo laudo.

Art. 134. Consideram-se doenças profi ssionais as relacio-nadas no ar go 186 e as especifi cadas em lei.

Art. 135. O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento especializado, não prestado pelo sistema médico-assistencial do Estado, poderá ser tratado em ins -tuição privada, por conta dos cofres públicos.

Art. 136. A prova do acidente será feita em processo especial no prazo de 10 (dez) dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem.

Seção IVDa Licença por Mo vo de Doença em Pessoa da Família

Art. 137. Será facultada a licença por mo vo de doença do cônjuge ou companheiro, de ascendente ou descendente do servidor.

§ 1º A licença somente será deferida após comprovação da doença por inspeção médica e desde que a assistência direta do servidor se torne indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo.

§ 2º A licença de que trata este ar go não poderá exce-der de 01 (um) ano, e será concedida com os vencimentos e vantagens percebidos à data de sua concessão até 03 (três) meses, sofrendo, se superior a tal período, os seguintes descontos:

I – de um terço, quando exceder de três até seis meses;II – de dois terços, quando exceder de seis até doze

meses.

Seção VDa Licença Gestante ou Adotante

Art. 138. A servidora gestante fará jus à licença de 120 (cento e vinte) dias consecu vos, sem prejuízo da remune-ração.

§ 1º A licença poderá ter início no primeiro dia do 8º(oitavo) mês de gestação, salvo prescrição médica em contrário.

§ 2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a par r do dia imediato ao do parto, provado mediante cer dão do registro de nascimento.

§ 3º No caso de na morto, decorridos 30(trinta) dias do evento, a servidora será subme da a exame médico e, se julgada apta, reassumirá o exercício.

§ 4º No caso de aborto atestado por médico ofi cial, a ser-vidora terá direito a 30(trinta) dias de repouso remunerado.

Art. 139. A servidora lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a dois descansos de meia hora cada, para amamentar o próprio fi lho, até a idade de seis meses.

Art. 140. A servidora que adotar ou ob ver guarda judi-cial de criança até 01 (um) ano de idade, serão concedidos 90(noventa) dias de licença remunerada, a par r da data de adoção ou concessão de guarda da criança.

Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 01(um) ano de idade, o prazo de que trata este ar go será de 30(trinta) dias.

Seção VIDa Licença Paternidade

Art. 141. Pelo nascimento ou adoção de fi lhos, o servidor terá direito à licença-paternidade de 5(cinco) dias conse-cu vos, contados a par r do nascimento ou da adoção da criança.

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Seção VII

Da Licença por Mo vo de Afastamentodo Cônjuge ou Companheiro

Art. 142. Será concedida licença ao servidor efe vo para acompanhar cônjuge ou companheiro transferido para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato ele vo federal, estadual e municipal.

§ 1º Exis ndo no novo local de residência repar ção pública estadual da administração direta, autárquica ou fundacional com atribuições compa veis com as do cargo do servidor, será este colocado à disposição sem ônus para o órgão de origem.

§ 2º Não ocorrendo a situação prevista no parágrafo anterior, terá o servidor direito a licença sem vencimento e vantagens, por prazo indeterminado.

Seção VIIIDa Licença para Serviço Militar

Art. 143. Ao servidor convocado para o serviço militar ou outros encargos de segurança nacional, será concedida licença pelo prazo da convocação.

§ 1º A licença será concedida à vista de documento ofi cial que comprove a incorporação.

§ 2º O servidor poderá optar pelas vantagens do cargo ou pelas que resultarem de sua convocação.

Art. 144. O servidor desincorporado terá o prazo não excedente a 30 (trinta) dias para reassumir o exercício sem perda da remuneração.

Seção IXDa Licença Prêmio por Assiduidade

Art. 145. Após cada qüinqüênio ininterrupto de exercício, o servidor fará jus a 3(três) meses de licença, a tulo de prê-mio por assiduidade, com a remuneração do cargo efe vo.

§ 1º Para efeito de licença-prêmio, considera-se de exercício o tempo de serviço prestado pelo servidor em cargo ou função estadual, qualquer que seja a sua forma de provimento.

§ 2º O ocupante há mais de três anos de cargo em co-missão ou função gra fi cada perceberá durante a licença a quan a que percebia à data do afastamento.

Art. 146. Para fi ns de licença-prêmio, não se consideram intercepção de exercício os afastamentos enumerados no art. 170.

Parágrafo único. No caso do inciso I do referido ar go, somente não se consideram intercepção do exercício as faltas, abonadas ou não, até o limite de 15 (quinze) por ano e 45 (quarenta e cinco) por qüinqüênio.

Art. 147. A requerimento do interessado, a licença-prê-mio poderá ser concedida em dois períodos não inferiores a 30(trinta) dias.

Art. 148. (Revogado pela Lei nº 6.524, de 21 de dezembro de 1995)

Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 6.524, de 21 de dezembro de 1995)

Art. 149. O servidor que es ver acumulando nos termos da Cons tuição terá direito a licença-prêmio pelos dois cargos, contando-se, porém, separadamente o tempo de serviço em relação a cada um deles.

Art. 150. O servidor deverá aguardar em exercício a concessão da licença-prêmio.

Parágrafo único. O direito à licença-prêmio não está sujeito a caducidade.

Seção XDa Licença para Tratar de Interesses Par culares

Art. 151. A critério da Administração, poderá ser conce-dida ao servidor ocupante de cargo efe vo, desde que não esteja em estágio probatório, licença para o trato de assuntos par culares pelo prazo de até três anos consecu vos, sem remuneração, prorrogável uma única vez por período não superior a esse limite. (Redação dada pela Lei nº 7.683, de 28 de setembro de 2001)

§ 1º O servidor deverá aguardar em exercício a concessão da licença.

§ 2º O tempo da licença a que se refere este ar go não será considerado para nenhum efeito legal.

§ 3º A licença poderá ser interrompida, a qualquer tem-po, a pedido do servidor.

§ 4º (Revogado pela Lei nº 7.683, de 28 de setembro de 2001)

Seção XIDa Licença para o Desempenho de Mandato Classista

Art. 152. É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para o desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe ou sindicato representa vo da categoria. (Redação dada pela Lei nº 7.487, de 16 de dezembro de 1999)

§ 1º A licença terá duração igual à do mandato, devendo ser prorrogado no caso de reeleição, observado o limite de 01 (um) servidor por en dade com até 500 (quinhentos) associados, 02 (dois) servidores por en dade com até 1.000 (mil) associados e 03 (três) servidores por en dade com mais de 1.000 (mil) associados. (Redação dada pela Lei nº 7.487, de 16 de dezembro de 1999)

§ 2º A licença terá duração igual à do mandato, devendo ser prorrogada no caso de reeleição.

CAPÍTULO VDos Afastamentos

Art. 153. O servidor poderá se afastar do exercício fun-cional desde que devidamente autorizado:

I – sem prejuízo da remuneração:a) quando estudante, como incen vo à sua formação

profi ssional;b) para realizar missão ou estudo em outro ponto do

território nacional e no exterior;c) para par cipar de curso de doutorado, mestrado,

especialização ou aperfeiçoamento no Estado;d) quando mãe de excepcional;e) para exercer a vidade polí co-par dária;f) por até 8(oito) dias, por mo vo de casamento;g) por até 8(oito) dias, em decorrência de falecimento

do cônjuge ou companheiro, pais, madrastas, padrastos, pais ado vos, fi lhos, menor sob guarda ou tutela, irmãos;

h) quando convocado para par cipar de júri e outros serviços obrigatórios por lei;

i) para doação de sangue, por 1(um) dia;j) por mo vo de alistamento eleitoral, até 2(dois) dias;l) quando requisitado pela Jus ça Eleitoral, nos termos

de lei específi ca;m) quando convocado pela Jus ça Eleitoral para integrar

mesa receptora ou junta apuradora;II – com prejuízo da remuneração, quando se tratar de

afastamento para o trato de interesses par culares;III – com ou sem prejuízo da remuneração;a) para exercer mandato ele vo;

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b) para exercer cargo em comissão de direção e asses-soramento.

§ 1º Os afastamentos previstos nas alíneas f, g, h, i, j, l, m, deverão ser comprovados prévia ou posteriormente, mediante documento ofi cial, conforme o caso.

§ 2º Concedida a autorização, e na dependência de comprovação posterior sem que esta tenha sido efetuada no prazo de 30(trinta) dias da data da ocorrência, a autoridade anulará a autorização, sem prejuízo de outras providências que considerar cabíveis.

§ 3º O servidor ao se afastar para exercer a vidade polí co-par dária, comunicará ao seu superior nos termos da legislação vigente.

Art. 154. As solicitações de afastamento de servidores previstas nas alíneas b e c do inciso I do ar go 153, deverão ser comprovadas com a aceitação da inscrição do candidato ao curso ou estágio pretendido, com a respec va carga ho-rária, além da prova do credenciamento, quando se tratar de mestrado ou doutorado.

Parágrafo único. No caso de afastamento que permita prorrogação do prazo, o pedido, nesse sen do, deverá ser feito até 30(trinta) dias antes do término da concessão inicial, acompanhado da documentação específi ca.

Art. 155. Os servidores afastados para cursos de doutora-do e mestrado fi cam obrigados a encaminhar ao chefe ime-diato, semestralmente, relatório das a vidades executadas, bem como apresentar relatório geral por ocasião do término do afastamento e que, se for o caso, poderá ser cons tuído pela tese, dissertação ou monografi a.

Art. 156. Não poderão exceder de 5% (cinco por cento) do total de servidores lotados no órgão ou na en dade os afastamentos previstos nas alíneas b e c do inciso I do ar go 153 desta Lei.

Art. 157. O servidor candidato a mandato ele vo ou classista não poderá ser redistribuído, a qualquer tulo, a par r do registro de sua candidatura.

Art. 158. O afastamento que não dependa de autorização formal deverá ser anotado na fi cha funcional do servidor, mediante documentação comprobatória, indicando-se data do início, do término e sua causa.

Seção IDo Incen vo à Formação Profi ssional do Servidor

Art. 159. Poderá ser autorizado o afastamento de até 2 (duas) horas diárias ao servidor que freqüente curso regular de 1º e 2º graus ou de ensino superior, quando comprovada a incompa bilidade entre o horário escolar e o do órgão ou en dade, sem prejuízo do exercício do cargo.

Parágrafo único. Para efeito da autorização prevista neste ar go, será exigida a compensação do horário na repar ção através da antecipação do início ou prorrogação do término do expediente diário, conforme considerar mais conveniente ao estudante e aos interesses do órgão, respeitada a duração semanal de trabalho.

Art. 160. Será autorizado o afastamento do exercício funcional nos dias em que o servidor ver que prestar exa-mes para ingresso em curso regular de ensino ou prestação de concurso público.

Art. 161. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração é assegurada, na localidade da nova residência, ou na mais próxima, matrícula em ins tuição de ensino congênere, em qualquer época, independente-mente de vaga.

Parágrafo único. O disposto neste ar go estende-se ao cônjuge ou companheiro, aos fi lhos ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob a sua guarda com autorização judicial.

Seção IIDo Afastamento para Realizar Missão ou Estudo

em Outro Ponto do Território Nacional ou no Exterior

Art. 162. O servidor não poderá ausentar-se do Estado para estudo ou missão ofi cial em outro ponto do território nacional ou no exterior, sem autorização prévia dos chefes dos Poderes, concedida através de ato publicado no Diário Ofi cial do Estado.

§ 1º Quando o afastamento ocorrer para par cipação em curso, deverá este se relacionar obrigatoriamente com a a vidade profi ssional do servidor.

§ 2º A ausência não excederá a 4 (quatro) anos e, fi nda a missão ou estudo, somente decorrido igual período será permi da nova ausência.

§ 3º Ao servidor benefi ciado pelo disposto neste ar go não será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse par cular antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.

Seção IIIDo Afastamento para Par cipar de Curso de Doutorado, Mestrado, Especialização ou Aperfeiçoamento no Estado

Art. 163. O afastamento do servidor com o obje vo de freqüentar curso de doutorado, mestrado, especialização ou aperfeiçoamento no âmbito do Estado somente se efe- vará quando relacionado com sua a vidade profi ssional e

dependerá de autorização prévia dos chefes dos Poderes.§ 1º O ato de afastamento a que se refere este ar go

deverá, obrigatoriamente, ser publicado no Diário Ofi cial do Estado.

§ 2º O período de afastamento para freqüentar cursos de doutorado e mestrado não excederá a 4 (quatro) anos, incluindo-se as prorrogações; para os cursos de especializa-ção e aperfeiçoamento 2 (dois) anos, incluindo-se o período des nado à elaboração de monografi a.

§ 3º Quando os cursos a que refere este ar go ocorrerem na cidade de domicílio do servidor, a liberação para afasta-mento ocorrerá somente quando o horário do curso coincidir com o seu horário de trabalho.

§ 4º Não será permi do novo afastamento nem con-cedida exoneração antes de decorrido prazo igual ao do afastamento concedido ao servidor, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida.

Seção IVDo Afastamento de Servidora Mãe de Excepcional

Art. 164. Poderá ser autorizado o afastamento, de até 2 (duas) horas diárias, à servidora mãe de excepcional, desde que devidamente comprovada esta condição.

Seção VDo Afastamento para ExercerA vidade Polí co-Par dária

Art. 165. O servidor terá direito ao afastamento, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção par dária, como candidato a cargo ele vo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Jus ça Eleitoral.

§ 1º o servidor candidato a cargo ele vo na localidade onde desempenha suas funções e que exerça cargo em comissão ou cargo do Grupo Ocupacional Tributação, Ar-recadação e Fiscalização, dele será afastado, a par r do dia

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imediato ao do registro de sua candidatura perante a Jus ça Eleitoral, até o 15º (décimo quinto) dia seguinte ao do pleito, na forma da legislação per nente à matéria.

§ 2º A par r do registro da candidatura e até o 15º (dé-cimo quinto) dia seguinte ao da eleição, o servidor fi cará afastado com remuneração como se em efe vo exercício es vesse.

Art. 166. O afastamento de que trata o ar go anterior deverá ser requerido pelo servidor, instruído com a prova de sua escolha ou do registro da candidatura, conforme a natureza, remunerada ou não.

Art. 167. A renúncia à candidatura ou o cancelamento do seu registro acarretará a ex nção do afastamento com a obrigatoriedade do retorno imediato ao exercício.

Seção VIDo Afastamento para Exercer Mandato Ele vo

Art. 168. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

I – tratando-se de mandato federal ou estadual, fi cará afastado do cargo;

II – inves do no mandato de prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

III – inves do no mandato de vereador, havendo com-patibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo ele vo e, não havendo compa bilidade de horário, será aplicada a norma do inciso anterior.

§ 1º O tempo de serviço será contado para todos os efeitos, exceto para promoção por merecimento ou para avaliação de desempenho.

§ 2º No caso de afastamento do cargo, o servidor con-tribuirá para a previdência social como se em exercício es vesse.

§ 3º O servidor inves do em mandato ele vo não poderá ser removido ou redistribuído de o cio para localidade di-versa daquela onde exerce o mandato.

CAPÍTULO VIDo Tempo de Serviço

Art. 169. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público estadual.

§ 1º A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão conver dos em anos, considerado o ano como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.

§ 2º (Revogado pela Lei nº 7.356, de 29 de dezembro de 1998)

Art. 170. Além das ausências ao serviço previstas no ar go 153, são considerados como de efe vo exercício os afastamentos em virtude de:

I – faltas abonadas a critério do chefe imediato do ser-vidor, no máximo de 5 (cinco) dias por mês, desde que não seja ultrapassado o limite de l5 (quinze) por ano;

II – férias;III – exercício das atribuições de cargo em comissão, em

órgãos ou en dades no âmbito estadual.IV – desempenho de mandato ele vo federal, estadual

ou municipal, exceto para promoção por merecimento ou avaliação de desempenho;

V – período de trânsito, compreendido como o tempo gasto pelo servidor que mudar de sede, contado da data do desligamento, no máximo de quinze dias;

VI – período de suspensão, quando o servidor for reabi-litado em processo de revisão;

VII – licença:

a) à gestante e à adotante;b) à paternidade;c) para tratamento de saúde;

d) por mo vo de acidente em serviço oudoença profi ssional;e) prêmio por assiduidade;f) para desempenho de mandato classista;g) par cipação em compe ção despor va nacional ou

internacional ou convocação para integrar representação despor va estadual ou nacional, conforme disposto em regulamento;

h) por convocação para o serviço militar;i) disponibilidade;j) prisão do servidor quando absolvido por decisão pas-

sada em julgado ou quando dela não resultar processo ou condenação.

Art. 171. Contar-se-á apenas para efeito de aposentado-ria e disponibilidade:

I – o tempo de serviço público federal, estadual ou municipal;

II – licença para tratamento de saúde de pessoa da família do servidor, com remuneração;

III – licença para acompanhar o cônjuge, com remune-ração;

IV – o afastamento para a vidade polí ca, no caso do art. 165, § 2º;

V – desempenho de mandato ele vo anterior ao ingresso no serviço público estadual;

VI – serviço em a vidade privada vinculada à Previdência Social.

§ 1º É vedada para qualquer fi m a contagem cumula va de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou en dades da União, Esta-do e Município, autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas.

§ 2º Em casos de acumulação legal de cargos, o tempo de serviço computado para um deles não pode, em hipótese alguma, ser computado para outro.

§ 3º (Vetado)Art. 172. (Revogado pela Lei nº 7.356, de 29 de dezembro

de 1998)

CAPÍTULO VIIDo Direito de Pe ção

Art. 173. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legí mos.

Art. 174. O requerimento será dirigido à autoridade com-petente para decidi-lo e encaminhado por intermédio daque-la a que es ver imediatamente subordinado o requerente.

Art. 175. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado.

Parágrafo único. O requerimento e o pedido de recon-sideração de que tratam os ar gos anteriores deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias.

Art. 176. Caberá recurso:I – do indeferimento do pedido de reconsideração;II – das decisões sobre os recursos sucessivamente

interpostos.§ 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente

superior à que ver expedido o ato ou proferido a decisão e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais auto-ridades.

§ 2º O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que es ver imediatamente subordinado o requerente.

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Art. 177. O prazo para interposição de pedido de reconsi-deração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publi-cação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.

Art. 178. O recurso poderá ser recebido com efeito sus-pensivo, a juízo da autoridade competente.

Parágrafo único. Em caso de provimento de pedido de reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroa-girão à data do ato impugnado.

Art. 179. O direito de requerer prescreve:I – em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e

de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;

II – em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fi xado em lei.

Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data de publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

Art. 180. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição.

Art. 181. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.

Art. 182. Para o exercício do direito de pe ção, é as-segurada vista do processo ou documento, na repar ção, ao servidor ou a procurador por ele cons tuído.

Art. 183. A administração deverá rever seus atos, a qual-quer tempo, quando eivados de ilegalidade.

Art. 184. São fatais e improrrogáveis os prazos estabele-cidos neste capítulo, salvo mo vo de força maior.

CAPÍTULO VIIIDos Bene cios

Seção IDa Aposentadoria

Art. 185. (Revogado pela Lei Complementar nº 73, de 4 de fevereiro de 2004)

Art. 186. (Revogado pela Lei Complementar nº 73, de 4 de fevereiro de 2004)

Art. 187. (Revogado pela Lei Complementar nº 73, de 4 de fevereiro de 2004)

Art. 188. (Revogado pela Lei Complementar nº 73, de 4 de fevereiro de 2004)

Art. 189. (Revogado pela Lei Complementar nº 73, de 4 de fevereiro de 2004)

Art. 190. (Revogado pela Lei Complementar nº 73, de 4 de fevereiro de 2004)

Art. 191. (Revogado pela Lei nº 7.356, de 29 de fevereiro de 1998)

Art. 192. (Revogado pela Lei nº 7.356, de 29 de fevereiro de 1998)

Art. 193. (Revogado pela Lei Complementar nº 73, de 4 de fevereiro de 2004)

Art. 194. (Revogado pela Lei Complementar nº 73, de 4 de fevereiro de 2004)

Seção IIDo Salário-Família

Art. 195. Salário-família é o auxílio pecuniário especial concedido pelo Estado ao servidor a vo ou em disponibili-dade e ao ina vo como contribuição para as despesas de manutenção de seus dependentes, de acordo com valor fi xado em lei.

Art. 196. Consideram-se dependentes econômicos para efeito de percepção do salário-família:

I – o cônjuge ou companheiro(a);II – os fi lhos, inclusive os enteados e ado vos até 21

(vinte e um) anos de idade ou, se estudante, até 24 (vinte e quatro) anos ou, se inválido, de qualquer idade;

III – a mãe e o pai sem economia própria.§ 1º O servidor que não possuir os dependentes referidos

no inciso II poderá perceber salário família rela vo ao menor que, mediante autorização judicial, viver sob sua guarda e sustento, até o limite máximo de duas cotas.

§ 2º Em se tratando de órfão parente até 3º (terceiro) grau, que mediante autorização judicial viver sob a guarda e sustento do servidor, não haverá limite de cotas nem con-corrência com os dependentes referidos no inciso II.

Art. 197. Não se confi gura a dependência econômica quando o benefi ciário do salário família perceber rendimento do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão ou proventos da aposentadoria, em valor igual ou superior ao salário mínimo.

Art. 198. Quando pai e mãe forem servidores públicos estaduais e viverem em comum, o salário família será pago a um deles; quando separados, será pago a um e outro de acordo com a distribuição dos dependentes.

Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto, a madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos incapazes.

Art. 199. O salário família não está sujeito a qualquer tri-buto, nem servirá de base para a contribuição previdenciária .

Art. 200. Não será percebido o salário família nos casos em que o servidor deixar de receber o respec vo vencimento ou provento.

Seção IIIDa Pensão

Art. 201. (Revogado pela Lei Complementar nº 73, de 4 de fevereiro de 2004)

Art. 202. (Revogado pela Lei Complementar nº 73, de 4 de fevereiro de 2004)

Art. 203. (Revogado pela Lei Complementar nº 73, de 4 de fevereiro de 2004)

Art. 204. (Revogado pela Lei Complementar nº 73, de 4 de fevereiro de 2004)

Art. 205. (Revogado pela Lei Complementar nº 73, de 4 de fevereiro de 2004)

Art. 206. (Revogado pela Lei Complementar nº 73, de 4 de fevereiro de 2004)

Art. 207. (Revogado pela Lei Complementar nº 73, de 4 de fevereiro de 2004)

Art. 208. (Revogado pela Lei Complementar nº 73, de 4 de fevereiro de 2004)

TÍTULO IVDO REGIME DISCIPLINAR

CAPÍTULO IDos Deveres

Art. 209. São deveres do servidor:I – exercer com zelo e dedicação as atribuições legais e

regulamentares inerentes ao cargo;II – ser leal às ins tuições a que servir;III – observar as normas legais e regulamentares;IV – cumprir as ordens superiores, exceto quando ma-

nifestamente ilegais;V – atender com presteza:a) ao público em geral, prestando as informações reque-

ridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;b) à expedição de cer dões requeridas para defesa de

direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;

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c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública Es-tadual.

VI – zelar pela economia do material e conservação do patrimônio público;

VII – guardar sigilo sobre assuntos da repar ção;VIII – manter conduta compa vel com a moralidade

administra va;IX – ser assíduo e pontual ao serviço;X – tratar com urbanidade os demais servidores e o

público em geral;XI – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso

de poder;XII – residir no local onde exercer o cargo ou, mediante

autorização, em localidade vizinha, se não houver inconve-niente para o serviço.

XIII – manter espírito de cooperação e solidariedade com os companheiros de trabalho;

XIV – apresentar-se convenientemente trajado em servi-ço ou com o uniforme que for determinado para cada caso;

XV – sugerir providências tendentes à melhoria dos serviços;

XVI – levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que ver ciência em razão do cargo que ocupa ou da função que exerça.

Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XI será, obrigatoriamente, apreciada pela autoridade supe-rior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representado ampla defesa com os meios e recursos a ela inerentes.

CAPÍTULO IIDas Proibições

Art. 210. Ao servidor público é proibido:I – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem

prévia autorização do chefe imediato;II – re rar, modifi car ou subs tuir, sem prévia anuência

da autoridade competente, qualquer documento ofi cial ou objeto da repar ção;

III – recusar fé a documentos públicos;IV – opor resistência injus fi cada ao andamento de do-

cumento e processo ou execução de serviço;V – promover manifestação de apreço ou desapreço no

recinto da repar ção;VI – cometer a pessoa estranha à repar ção, fora dos

casos previstos em lei, o desempenho de encargo que lhe compe r ou a seu subordinado;

VII – coagir ou aliciar subordinados a fi liar-se a associação profi ssional ou sindical, ou a par do polí co;

VIII – referir-se de modo deprecia vo às autoridades públicas ou a atos do Poder Público, em requerimento, representação, parecer, despacho ou outros expedientes;

IX – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;

X – par cipar de diretoria, gerência ou administração de empresa privada e de sociedade civil prestadora de serviços ao Estado;

XI – exercer comércio ou par cipar de sociedade comer-cial, exceto como acionista, quo sta ou comanditário;

XII – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repar ções públicas, salvo quando se tratar de bene cios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau cível, de cônjuge ou companheiro(a);

XIII – receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;

XIV – aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro, salvo se es ver em licença sem remuneração;

XV – pra car usura sob qualquer de suas formas;

XVI – proceder de forma desidiosa;XVII – u lizar pessoal ou recursos materiais da repar ção

em serviços ou a vidades par culares;XVIII – cometer a outro servidor atribuições estranhas

ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;

XIX – exercer quaisquer a vidades que sejam incompa- veis com o exercício do cargo ou função e com o horário

de trabalho;XX – contratar com o Estado ou suas en dades.Art. 211. É lícito ao servidor cri car atos do Poder Público,

do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço, em trabalho assinado.

CAPÍTULO IIIDa Acumulação

Art. 212. Ressalvados os casos previstos na Cons tuição Federal, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.

§ 1º A proibição de acumular estende-se a cargos, empre-gos e funções em autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas man das pelo Po-der Público da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e Municípios.

§ 2º A acumulação, ainda que lícita, fi ca condicionada à comprovação da compa bilidade de horários.

Art. 213. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, nem ser remunerado pela par cipação em órgão de deliberação cole va.

§ 1º Inves do em cargo de provimento em comissão, o servidor que acumular licitamente dois cargos de provi-mento efe vo destes fi cará afastado.

§ 2º O disposto neste ar go não se aplica à remuneração devida pela par cipação em Conselhos de Administração e Fiscal das Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista Estaduais, bem como no Conselho de Recursos Fis-cais, vinculado à Gerência da Receita Estadual, observado o que dispuser legislação específi ca. (Redação dada pela Lei nº 7.564, 07 de dezembro de 2000)

§ 3º A gra fi cação pela par cipação em órgão de delibe-ração cole va será fi xada por decreto em base percentual calculada sobre o valor do símbolo do Cargo em Comissão, e paga por dia de presença às sessões do órgão colegiado. (Redação dada pela Lei nº 8.201, 21 de dezembro de 2004)

Art. 214. Verifi cada em processo disciplinar que a acumu-lação se deu de boa-fé, o servidor optará por um dos cargos, não fi cando obrigado a res tuir o que houver percebido durante o período da acumulação vedada.

Parágrafo único. Provada a má-fé, além da demissão do cargo, o servidor res tuirá, obrigatoriamente, o que ver recebido indevidamente.

CAPÍTULO IVDas Responsabilidades

Art. 215. Pelo exercício irregular de suas atribuições o servidor responde civil, penal e administra vamente.

Art. 216. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que acarrete prejuízo à Fazenda Pública ou a terceiros.

§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado à Fazenda Pública será liquidada mediante prestações des-contadas em parcelas mensais não excedentes à 5ª (quinta) parte da remuneração ou provento, em valores atualizados, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.

§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, o servi-dor responderá perante a Fazenda Pública, através de ação regressiva.

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§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos su-cessores e contra eles será executada, até o limite do valor do patrimônio transferido.

Art. 217. A responsabilidade criminal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.

Art. 218. A responsabilidade civil-administra va resulta de ato omissivo ou comissivo pra cado no desempenho do cargo.

Art. 219. As sanções civis, penais e administra vas pode-rão cumular-se, sendo independentes entre si.

Art. 220. A responsabilidade civil ou administra va do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou a sua autoria.

CAPÍTULO VDas Penalidades

Art. 221. São penas disciplinares:I – advertência;II – repreensão;III – suspensão;IV – demissão;V – cassação de aposentadoria ou disponibilidade;VI – des tuição do cargo em comissão;Art. 222. Na aplicação das penalidades serão conside-

radas a natureza e a gravidade da infração come da, bem como os danos dela decorrentes para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os anteceden-tes funcionais.

Art. 223. São faltas administra vas, puníveis com pena de advertência por escrito, os casos de violação de proibição constante do ar go 210, incisos I a VIII, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou nor-ma que não jus fi que imposição de penalidade mais grave.

Art. 224. A pena de repreensão será aplicada nos casos de falta de cumprimento dos deveres, violação das proibições ou reincidência da falta prevista no ar go anterior.

Art. 225. São faltas administra vas, puníveis com pena de suspensão por até 90 (noventa) dias, os casos de reincidência nas faltas punidas com repreensão e violação das demais proibições que não pifi quem infração sujeita à penalidade de demissão.

§ 1º A pena de suspensão poderá ser cumulada, se cou-ber, com a des tuição do cargo em comissão.

§ 2º Por conveniência do serviço, a pena de suspensão poderá ser conver da em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, fi cando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

§ 3º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injus fi cadamente, recusar-se a ser subme do a inspeção médica determinada pela autoridade competen-te, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

Art. 226. As penalidades de advertência e suspensão, a requerimento do servidor, serão canceladas após o decurso de três e cinco anos de efe vo exercício, respec vamente, desde que nesse período não haja o servidor pra cado nova infração disciplinar.

Parágrafo único. O cancelamento da punição disciplinar a que se reporta este ar go não sur rá efeitos retroa vos nem ensejará nenhuma indenização ou reposição pecuniária.

Art. 227. A autoridade que der posse sem fazer cumprir o disposto no art. 17, § 5º, fi cará sujeita à pena de suspensão por 30 (trinta) dias.

Art. 228. São faltas administra vas puníveis com a pena de demissão:

I – crime contra a administração pública;II – abandono de cargo, confi gurado pela ausência in-

tencional do servidor ao serviço por mais de 30 (trinta) dias consecu vos;

III – apresentar inassiduidade habitual, assim entendida a falta ao serviço, por 60 (sessenta) dias, interpoladamente, sem causa jus fi cada, no período de doze meses;

IV – improbidade administra va;V – incon nência pública e conduta escandalosa na

repar ção;VI – insubordinação grave no serviço;VII – ofensa sica, em serviço, a servidor ou a par cular,

salvo se em defesa própria ou de outrem;VIII – aplicação irregular de dinheiros públicos;IX – revelação de segredo que ver conhecimento em

razão do cargo;X – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio

estadual;XI – corrupção;XII – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções

públicas;XIII – transgressão do ar go 210, incisos IX a XVII.Art. 229. A demissão ou a des tuição do cargo em co-

missão, nos casos dos incisos I, IV, VIII, X e XI do ar go 228, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário sem prejuízo da ação penal cabível.

Art. 230. A demissão ou a destituição do cargo em comissão por infrigência do ar go 210, incisos IX e XII, in-compa biliza o ex-servidor para nova inves dura em cargo público estadual pelo prazo de 5 (cinco) anos.

Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público estadual o servidor que for demi do ou des tuído do cargo em comissão por infringência do ar go 228, incisos I, IV, VIII, X e XI.

Art. 231. São competentes para aplicação das sanções disciplinares:

I – os chefes dos Poderes, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria e disponibilidade;

II – o Secretário ou autoridade equivalente, nos casos de suspensão;

III – o chefe imediato, quando se tratar de advertência escrita ou repreensão.

Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade men-cionará sempre o disposi vo em que se fundar e a causa da sanção disciplinar.

Art. 232. Deverão constar do assentamento individual do servidor todas as penas que lhe forem impostas.

Art. 233. A ação disciplinar prescreverá:I – em 05 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com

demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e des tuição do cargo em comissão;

II – em 02 (dois) anos, quanto à suspensão;III – em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência

e repreensão.§ 1º O prazo de prescrição começa a fl uir da data em

que foi pra cado o ato, ou do seu conhecimento pela ad-ministração.

§ 2º Os prazos de prescrição previstos na legislação penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime.

§ 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo para a apuração da falta disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão fi nal proferida por autoridade competente.

§ 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo come-çará a correr a par r do dia em que cessar a interrupção.

TÍTULO VDO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

CAPÍTULO IDisposições Gerais

Art. 234. A autoridade que ver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada, sob pena de responsabilidade,

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a promover-lhe a apuração imediata, fi cando assegurada ao acusado ampla defesa.

Art. 235. São competentes para determinar a instauração do processo administra vo:

I – no Poder Execu vo: o Governador do Estado, no caso de apuração de irregularidade pra cada por autoridades que lhe são diretamente subordinadas;

II – nos Poderes Legisla vo e Judiciário: de acordo com a legislação per nente e regulamentação específi ca;

III – os Secretários de Estado e dirigentes das autarquias e fundações em suas áreas funcionais, permi da a delegação de competência.

Art. 236. Como medida preparatória a autoridade poderá determinar a instauração de sindicância para apuração sumá-ria de infração ou infrações funcionais, que será conduzida por servidor de nível superior à do sindicado ou sindicados. (Redação dada pela Lei nº 7.487, de 16 de dezembro de 1999)

Art. 237. Da sindicância poderá resultar:I – arquivamento do processo;II – aplicação da penalidade de advertência, repreensão

ou suspensão de até 30 (trinta) dias. (Redação dada pela Lei nº 7.487, de 16 de dezembro de 1999)

III – instauração de processo disciplinar. (Redação dada pela Lei nº 7.487, de 16 de dezembro de 1999)

Parágrafo único. O prazo para conclusão de sindicância não excederá 30 (trinta) dias, salvo jus fi cado mo vo, a cri-tério da autoridade, que o prorrogará por igual período. (Redação dada pela Lei nº 7.487, de 16 de dezembro de 1999)

CAPÍTULO IIDo Afastamento Preven vo

Art. 238. Como medida cautelar e a fi m de que o servidor não venha a infl uir na apuração de irregularidades, a auto-ridade instauradora do procedimento disciplinar, quando julgar necessário, poderá ordenar o seu afastamento do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.

Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, fi ndo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.

Art. 239. O servidor terá direito:I – à contagem do tempo de serviço rela vo ao período

em que esteja afastado preven vamente, quando do proces-so não houver resultado pena disciplinar ou esta se limitar à advertência ou repreensão;

II – à contagem do período de afastamento que exceder do prazo da suspensão disciplinar aplicada.

CAPÍTULO IIIDo Processo Disciplinar

Art. 240. O processo disciplinar, procedido em instrução contraditória, será conduzido por comissão especial compos-ta de três servidores estáveis, designados pela autoridade competente que indicará, dentre eles, o de categoria mais elevada, para presidente.

§ 1º Os membros da comissão deverão ser decategoria igual, equivalente ou superior à do acusado.§ 2º A comissão será secretariada por umservidor designado pelo seu presidente.§ 3º Não poderá par cipar de comissão de sindicância ou

de processo administra vo cônjuge, companheiro ou parente do acusado, consangüíneo ou afi m, até o terceiro grau.

§ 4º Os trabalhos da comissão terão preferência a qual-quer outro trabalho, fi cando os seus membros dispensados de outros encargos durante o curso do processo e do registro do ponto.

Art. 241. A comissão assegurará ao processo o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração e exercerá suas a vidades com independência e imparcialidade.

Parágrafo único. As reuniões e as audiências das comis-sões terão caráter reservado e serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações adotadas.

Art. 242. O processo disciplinar se desenvolve nas se-guintes fases:

I – instauração, com a publicação do ato que cons tuir a comissão;

II – instrução, defesa e relatório;III – julgamento.Art. 243. O processo disciplinar se inicia no prazo impror-

rogável de 05 (cinco) dias na Capital e 15 (quinze) dias no interior, contados da data da publicação, no Diário Ofi cial do Estado, do ato designando os membros da comissão e será concluído no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da data da instalação dos trabalhos.

Parágrafo único. O prazo a que se refere o «caput» do ar go, a juízo da autoridade que determinar a instauração do processo administra vo, poderá ser prorrogado por mais 60 (sessenta) dias.

Seção IDo Inquérito

Art. 244. O inquérito administra vo obedecerá ao prin-cípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a u lização dos meios e recursos admi dos em Direito.

Art. 245. Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como peça informa va da instrução.

Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente da imediata instau-ração do processo disciplinar.

Art. 246. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, inves gações e dili-gências cabíveis, obje vando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permi r a completa elucidação dos fatos.

Art. 247. É assegurado ao servidor o direito de acom-panhar o processo pessoalmente ou por intermédio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.

§ 1º O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados imper nentes, meramente protelatórios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.

§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimento especial de perito.

Art. 248. As testemunhas serão in madas a depor me-diante mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo a 2ª (segunda) via, com o ciente do interessado, ser anexada aos autos.

Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será imediatamente comunicada ao chefe da repar ção onde serve, com a indicação do dia e hora marcados para inquirição.

Art. 249. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.

§ 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente.§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que

se infi rmem, proceder-se-á à acareação entre os depoentes.Art. 250. Concluída a inquirição das testemunhas, a co-

missão promoverá o interrogatório do acusado, observados os procedimentos previstos nos arts. 248 e 249.

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§ 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente e, sempre que divergirem em suas declarações sobre os fatos ou circunstâncias, será promovida acareação entre eles.

§ 2º O procurador do acusado poderá assis r ao in-terrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhe, porém, reinquirí-las por intermédio do presidente da comissão.

Art. 251. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à autoridade competente que ele seja subme do a exame por junta médica ofi cial, da qual par cipe pelo menos um médico psiquiatra.

Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e apenso ao processo princi-pal, após a expedição do laudo pericial.

Art. 252. Tipifi cada a infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com a especifi cação dos fatos a ele imputados e das respec vas provas.

§ 1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repar ção.

§ 2º Havendo 2 (dois) ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias.

§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligências reputadas indispensáveis.

§ 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação, com a assinatura de 2 (duas) testemunhas.

Art. 253. O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser encontrado.

Art. 254. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado no Diário Ofi cial do Estado e em jornal de grande circulação na localidade do úl mo domicílio conhecido, para apresentar defesa.

Parágrafo único. Na hipótese deste ar go, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a par r da úl ma publicação do edital.

Art. 255. Considerar-se-á revel o indiciado que, regular-mente citado, não apresentar defesa no prazo legal.

§ 1º A revelia será declarada por termo nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa.

§ 2º Para defender o indiciado revel, a autoridade instau-radora do processo designará um servidor como defensor da vo, ocupante de cargo de nível igual ou superior ao do indiciado.

Art. 256. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.

§ 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocên-cia ou à responsabilidade do servidor.

§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a co-missão indicará o disposi vo legal ou regulamentar transgre-dido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.

Art. 257. O processo disciplinar, com o relatório da co-missão, será reme do à autoridade que determinou a sua instauração, para julgamento.

Seção IIDo Julgamento

Art. 258. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do re-cebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão.

§ 1º Se a penalidade proposta pela comissão exceder a alçada da autoridade instauradora do processo, este será encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo.

§ 2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para a imposição da pena mais grave.

§ 3º Se a penalidade prevista for a demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento fi nal caberá aos chefes dos Poderes.

Art. 259. As conclusões e recomendações da comissão merecem fi el acatamento, salvo quando contrárias às provas dos autos.

Parágrafo único. Na hipótese prevista na parte fi nal deste ar go, a autoridade julgadora poderá, mo vadamente, agra-var a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade.

Art. 260. Verifi cada a existência de vício insanável, a au-toridade julgadora declarará a nulidade do processo no todo ou em parte e ordenará a cons tuição de outra comissão, para instauração de novo processo.

§ 1º O julgamento fora do prazo legal não implica nu-lidade.

§ 2º A autoridade julgadora, que der causa à prescrição de que trata o art. 233, § 2º, será responsabilizada na forma do Capítulo IV, Título IV.

Art. 261. No caso do ar go anterior e no esgotamento do prazo para a conclusão do processo administra vo disciplinar, o indiciado, se ver sido afastado do cargo, retornará ao seu exercício funcional.

Art. 262. Ex nta a punibilidade pela prescrição da falta disciplinar, a autoridade julgadora determinará o registro do fato nos assentamentos do servidor.

Art. 263. Quando a infração es ver capitulada como crime, o processo disciplinar será reme do ao Ministério Público para instauração da ação penal, fi cando trasladado na repar ção.

Art. 264. O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado volunta-riamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.

Parágrafo único. Ocorrida a exoneração quando não sa sfeitas as condições do estágio probatório, o ato será conver do em demissão, se for o caso.

Art. 265. Assegurar-se-á transporte e diárias:I – ao servidor convocado para prestar depoimento fora

da sede de sua repar ção, na condição de testemunha, denunciado ou indiciado.

II – aos membros da comissão de inquérito, quando obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.

Seção IIIDa Revisão do Processo

Art. 266. O processo disciplinar poderá ser revisto, a pedido ou de o cio, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias susce veis de jus fi car a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.

§ 1º Tratando-se de servidor falecido, ausente ou de-saparecido, a revisão poderá ser requerida pelo cônjuge, companheiro(a), descendente, ascendente colateral con-sanguíneo até o segundo grau civil.

§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revi-são será requerida pelo respec vo curador.

Art. 267. O requerimento de revisão do processo far-se-á em apenso ao processo original e será dirigido ao Secretário de Estado ou autoridade equivalente que, se autorizar a

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revisão, encaminhará o pedido ao chefe da repar ção onde se originou o processo disciplinar.

Parágrafo único. Na pe ção inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de provas e inquirição das tes-temunhas que arrolar.

Art. 268. Recebida a pe ção, a autoridade competente cons tuirá comissão composta de três servidores estáveis, de preferência de categoria igual ou superior á do requerente.

Art. 269. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos.

Art. 270. Aplicam-se aos trabalhos da comissão reviso-ra, no que couber, as normas e procedimentos próprios da comissão do processo disciplinar.

Art. 271. O julgamento caberá :I – aos chefes dos Poderes, quando do processo revisto

houver resultado pena de demissão ou cassação de aposen-tadoria e disponibilidade;

II – ao Secretário de Estado, quando houver resultado pena de suspensão ou de repreensão.

III – aos tulares de autarquias e fundações, quando houver resultado pena de suspensão ou de repreensão.

Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20 (vin-te) dias, contados do recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.

Art. 272. Julgada procedente a revisão, tornar-se-á sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos por ela a ngidos, exceto em relação à des tuição do cargo em comissão, que será conver da em exoneração.

Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da penalidade.

Art. 273. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente, favorecendo, na dúvida, a manutenção do ato puni vo.

TÍTULO VIDA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA

DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO

Art. 274. Para atender a necessidades temporárias de excepcional interesse público, poderão ser efetuadas con-tratações de pessoal por tempo determinado, mediante contrato de locação de serviços.

Art. 275. Consideram-se como de necessidade tempo-rária de excepcional interesse público as contratações que visem a:

I – combater surtos epidêmicos;II – fazer recenseamento;III – atender a situação de calamidade pública;IV – subs tuir professor ou admi r professor visitante,

inclusive estrangeiro;V – permi r a execução de serviço por profi ssional de

notória especialização, inclusive estrangeiro, nas áreas de pesquisa cien fi ca e tecnológica;

VI – atender a outras situações de urgência que vierem a ser defi nidas por lei.

§ 1º As contratações de que trata este ar go terão dota-ção específi ca e obedecerão aos seguintes prazos:

I – nas hipóteses dos incisos I, III, e VI, 06 (seis) meses;II – na hipótese do inciso II, 12 (doze) meses;III – nas hipóteses dos incisos IV e V, até 48 (quarenta e

oito) meses.§ 2º Os prazos de que trata o parágrafo anterior são

improrrogáveis.§ 3º O recrutamento será feito mediante processo se-

le vo simplifi cado, sujeito a ampla divulgação em jornal de grande circulação, exceto nas hipóteses dos incisos III e VI.

Art. 276. É vedado o desvio de função de pessoa contra-tada na forma deste Título, bem como sua recontratação,

sob pena de nulidade do contrato e responsabilidade admi-nistra va e civil da autoridade contratante.

Art. 277. Nas contratações por tempo determinado, serão observados os padrões de vencimentos dos planos de carreira do órgão ou en dade contratante, exceto na hipótese do inciso V do Art. 275, quando serão observados os valores do mercado de trabalho.

TÍTULO VIIDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 278. Poderão ser ins tuídos no âmbito de cada Po-der, incen vos funcionais aos servidores, compreendendo basicamente:

I – prêmios pela apresentação de idéias, inventos ou trabalhos que favoreçam o aumento de produ vidade e a redução dos custos operacionais;

II – concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito, condecorações e elogios por serviços prestados à Administração Pública.

Art. 279. O Dia do Servidor Público será comemorado a vinte e oito de outubro.

Art. 280. O ingresso de pessoal, sob qualquer modalida-de, nos quadros dos órgãos e das en dades da administração pública estadual, efetuado em desacordo com esta Lei, é nulo de pleno direito, acarretando responsabilidade civil para a autoridade que a este der causa, sem prejuízo das sanções penais e administra vas cabíveis.

Art. 281. Os prazos previstos neste Estatuto serão con-tados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, fi cando prorrogado para o primeiro dia ú l seguinte o prazo vencido em dia em que não haja expediente, com as exceções previstas nesta Lei.

Art. 282. Ao servidor público civil são garan dos o direi-to à livre associação sindical e os seguintes direitos, entre outros, dela decorrentes:

a) ser representado judicial e extrajudicialmente pela en dade associa va, quando expressamente autorizada;

b) da defesa de interesses cole vos ou individuais dos fi liados, em questões administra vas;

c) de inamovibilidade do dirigente da en dade de classe, da organização profi ssional ou sindical, até 1(um) ano após o fi nal do mandato, salvo se a pedido;

d) de descontar em folha, sem ônus para a en dade sindi-cal a que for fi liado, o valor das mensalidade e contribuições defi nidas em assembléia geral da categoria.

Art. 283. O direito de greve será exercido nos termos e nos limites defi nidos em lei.

Art. 284. É vedado colocar servidor à disposição de en -dade de direito privado, estranha ao Sistema Administra vo Estadual, salvo em caso de convênio, para exercer função considerada de relevante interesse social.

TÍTULO VIIIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 285. Aos servidores ocupantes de categorias regidas por lei especial, aplicam-se, subsidiariamente, as disposições deste Estatuto.

Art. 286. Con nuam em vigor as leis e regulamentos que disciplinam os ins tutos previstos nesta Lei, desde que com ela não colidam, até que novas normas sejam expedidas, se necessárias.

Art. 287. O regime jurídico dos servidores admi dos em serviço de caráter temporário ou para funções de natureza técnica ou especializada será estabelecido em lei especial.

Art. 288. Os adicionais por tempo de serviço, já conce-didos aos servidores abrangidos por esta Lei, fi cam transfor-mados em anuênios.

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Art. 289. (Revogado pela Lei nº 7.356, de 29 de dezembro de 1998)

Art. 290. (Revogado pela Lei nº 7.356, de 29 de dezembro de 1998)

Art. 291. Ficam assegurados ao servidor público civis do Estado, os direitos adquiridos até esta data, em função do art. 163, da Lei Delegada nº 36, de 15 de outubro de 1969.

Art. 292. Ficam revogadas a Lei nº 5.740, de 05 de julho de 1993, e respec va legislação complementar.

Art. 293. Esta Lei entra em vigor na data de sua publica-ção, revogadas a Lei Delegada nº 36, de 15 de outubro de 1969, e demais disposições em contrário.

EXERCÍCIOS

1. Sobre a Lei nº 6.107/1994 que dispõe sobre o estatuto dos servidores públicos civis do Estado do Maranhão, assinale a alterna va incorreta.a) Cargo público é o conjunto de atribuições e res-

ponsabilidade come das a um servidor, com as caracterís cas essenciais de criação por lei, deno-minação própria, número certo, pagamento pelos cofres públicos e provimento em caráter efe vo ou em comisso.

b) A inves dura em cargo público depende de apro-vação prévia em concurso público, ressalvadas as nomeações para cargos em comissão declarados de livre nomeação e exoneração.

c) É requisito básico para inves dura em cargo público não ter ultrapassado a idade máxima de 65 anos.

d) O acesso não cons tui forma de provimento de cargo público.

2. Considere as situações abaixo:I – Posse em outro cargo inacumulável.II – AproveitamentoIII – Reintegração.IV – Promoção.V – Reversão.VI – Readaptação

É correto afi rmar que a vacância de cargo público de-correrá das situações apontadas em:a) I, II e V.b) I, III e IV.c) IV e VI.d) II, III e VI.

3. É certo que além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as vantagens de:a) gra fi cação, adicionais e serviço militar.b) gra fi cação, capacitação e a vidade polí ca.c) indenização, capacitação e a vidade polí ca.d) indenização, gra fi cação e adicionais.

4. Márcia, na qualidade de escrivã de Polícia Civil, servido-ra estável, retornou ao cargo anteriormente ocupado, devido à reintegração de Janaína, sua anterior ocupan-te. Esse fato caracteriza a:a) reversão.b) recondução.c) remoção.d) reintegração.

5. A posse do servidor público:a) é personalíssima, e, portanto, vedada qualquer

procuração.

b) depende também de declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.

c) independe de previa inspeção médica, cuja realiza-ção é feita antes do seu exercício.

d) ocorrerá no prazo de (30) trinta dias, improrrogáveis, contados da homologação do concurso.

6. Antônio, inves gador de Polícia Civil, vem acumulando ilegalmente seu cargo com outra função na Prefeitura Municipal de sua cidade. Nesse caso, Antônio estará sujeito à pena de:a) demissão.b) suspensão até a regularização da situação funcional.c) advertência por escrito e perda da função municipal.d) multa de 50% de seus vencimentos.e) repreensão verbal e afastamento da função munici-

pal.

7. É certo que a responsabilidade:a) penal abrange todos os crimes, mas não as con-

travenções imputadas ao servidor público, nessa qualidade.

b) administra va do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

c) civil administra va resulta de atos comissivos, exclu-ídos os omissivos visto que estes decorrem da ação de terceiros.

d) civil decorre de ato comissivo ou omissivo, mas desde que seja de natureza dolosa e prejudicial ao erário.

8. Quando não sa sfeitas às condições do estágio proba-tório dar-se-á, a:a) readaptação.b) demissão.c) exoneração de o cio.d) recondução.

9. A nomeação é:a) forma de provimento de cargo público.b) requisito de provimento de cargo público.c) forma de vacância de cargo público.d) requisito de inves dura em cargo público.

10. No que diz respeito às penalidades aplicáveis ao ser-vidor público civil do Estado do Maranhão, assinale a opção correta.a) A inassiduidade habitual é causa de demissão.b) Na aplicação das penalidades não serão considera-

das a natureza e a gravidade da infração come da.c) Em qualquer situação, o servidor apenado com pena

de suspensão não poderá ser obrigado a permanecer em serviço.

d) O abandono de cargo só se confi gura após sessenta dias consecu vos de ausência intencional do servi-dor público.

11. Sobre os Servidores Públicos Estaduais, assinale a opção incorreta:a) A Nomeação, única forma de provimento originário,

poderá ser feita em caráter efe vo, para os cargos de provimento efe vo; em comissão, para os cargos de confi ança, de livre nomeação e exoneração; e por mo vo de subs tuição no caso de afastamento legal e temporário de ocupante de cargo em comissão.

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LEG

ISLA

ÇÃO

ESP

ECÍF

ICA

LEG

ISLA

ÇÃO

ESP

ECÍF

ICA

b) A autoridade que der posse não terá de verifi car, sob pena de responsabilidade, se foram cumpridos todos os requisitos para a inves dura no cargo.

c) O Estatuto fi xa o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogá-veis por mais 30 (trinta), para o servidor entrar em exercício, contados da data da posse.

d) O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, a par r da sua homologação, prorrogável, uma vez, por igual período.

e) o prazo para o estágio probatório é de 24 (vinte e quatro) meses.

12. Quanto à inves dura em cargo público, analise as as-ser vas abaixo e assinale a opção correta.I – A inves dura em cargo público ocorre com a posse.II – A posse deve ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de provimento, podendo ser prorrogada por mais 30 (trinta), a requerimento do interessado.III – Em se tratando de servidor que esteja na data de publicação do ato de provimento em licença por mo vo de doença em pessoa da família, o prazo para a posse será de 180 (cento e oitento) dias.IV – A posse pode dar-se mediante procuração espe-cífi ca.

a) Todas as asser vas estão corretas.b) Apenas as asser vas I, II e III estão corretas.c) Apenas as asser vas I, II e IV estão corretas.d) Apenas as asser vas I e IV estão corretas.e) Todas as asser vas estão erradas.

13. São requisitos para a posse, exceto:a) ser brasileiro;b) estar em gozo dos direitos polí cos;c) estar em dia com as obrigações militares e eleitorais;d) a idade mínima de 18 (dezoito) anos e máxima de

60 (sessenta) anos;e) ter nível de escolaridade ou habilitação legal para o

exercício do cargo.

14. Quanto ao efe vo exercício do cargo, ao estagio pro-batório, à estabilidade e a carga horária do servidor público estadual, assinale a opção incorreta.a) O funcionário que não entrar em exercício no prazo

legal será demi do do cargo.b) O servidor não aprovado no estágio probatório será

exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado.

c) O exercício de cargo em comissão e de função gra -fi cada implicará obrigatoriedade de 08 (oito) horas diárias de trabalho

d) O servidor será estável após 3 anos de efe vo exer-cício no cargo.

e) O ocupante de cargo de provimento efe vo fi ca sujeito a trinta horas semanais de trabalho, salvo quando a lei estabelecer duração diversa.

15. São requisitos básicos a serem apurados no estágio probatório:a) A assiduidade.b) A disciplina.c) A incapacidade.d) A produ vidade.e) A responsabilidade.

16. Analise.I – Além do vencimento, poderão ser deferidas ao funcionários públicos indenizações, gratificações e adicionais.

II – As indenizações se incorporam aos vencimentos ou proventos, para qualquer efeito, nem fi cam sujeitas a imposto ou contribuição previdenciária.III – As gra fi cações não poderão incorporar-se ao ven-cimento ou provento nos casos e condições indicados nesta lei.IV – Nenhum servidor poderá perceber mensalmente a tulo de remuneração, importância superior à soma dos valores percebidos como remuneração, em espé-cie, a qualquer tulo, pelos membros da Assembléia Legisla va, Secretário de Estado e Desembargador do Tribunal de Jus ça.

De acordo com a Lei nº 6.107/1994, é correto o que se afi rma apenas em:a) I e IV.b) I e III.c) I, III e IV.d) II, III e IV.e) III e IV.

GABARITO

1. d2. c3. d4. b5. b6. a7. b8. c

9. a10. a11. c12. c13. d14. a15. c16. a