legislação comercial

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  • 1. Direitos e Deveres do Consumidor

2. Legislao comercial 3. O Cdigo Comercial tem por objetivo a regulao dos atos de comercio, sejam ou no comerciantes as pessoas que nele intervenham 4. DIREITOS E DEVERES Segundo a legislao, consumidores so todas as pessoas que compram bens para uso pessoal, a algum que faa da venda a sua profisso. 5. Os Direitos do Consumidor: 1) O Direito Qualidade de Bens e Servios: Quando se adquire um produto ou servio espera-se que ele corresponda s suas expectativas, quanto qualidade e utilidade. A Lei estabelece que estes devem satisfazer os fins a que se destinam e produzir os efeitos que se lhes atribuem. 6. Essa qualidade deve ficar assegurada durantealgum tempo aps a sua compra. Se comprar um bem mvel, como umcomputador, uma bicicleta, uma camisola, etc,o fornecedor tem de garantir o seu bom estadopelo perodo de 2 anos, com a transposio paraa Lei Portuguesa da respetiva diretivacomunitria, anteriormente era apenas 1 ano. 7. Caso o produto tenha algum problema enecessite de reparao, durante o perodo degarantia, este prazo de garantia fica suspensopelo tempo em que decorrer a reparao,recomeando a contar a partir do fim dareparao. Por outro lado, o vendedor oferece aoconsumidor uma garantia contratual, ou seja,uma espcie de contrato que fornecido como obem e que deve ser apresentado ao consumidorantes da compra. 8. Bem diferente o da compra de um bem imvel, uma casa, por exemplo. Neste caso, a garantia que dada pelo construtor de 5 anos, aplicando-se tambm o perodo de suspenso da garantia em caso de reparao de anomalias. 9. 2) O Direito Proteo da Sade e Segurana Fsica: proibido fornecer bens ou prestar servios que coloquem em risco a sade e a segurana fsica das pessoas. Assim que a Administrao Pblica toma conhecimento destas situaes deve retirar do mercado esses produtos ou servios, bastando para tal proceder fiscalizao e respectivos procedimentos de retirada de circulao. 10. No caso de produtos perigosos, como porexemplo os pesticidas, devem ter no rtulo umanota para chamar ateno para os seus riscos. Existe tambm, a nvel nacional, uma entidadechamada Comisso de Segurana, que funcionajunto do Instituto do Consumidor e que define sea generalidade dos produtos existentes nomercado respeitam ou no as regras mnimas desegurana e proteo dos consumidores. 11. 3) O Direito Formao, Educao para oConsumo: Todo o cidado tem o direito de conhecer os seusdireitos enquanto consumidor. ao Estado que cabe criar formas que lhepermitam conhec-los. Os Gabinetes de Informao Autrquica aoConsumidor das Cmaras Municipais poderosempre ajud-lo nesse sentido. 12. 4) O Direito Informao: O direito informao est consagrado na Lei de Defesa do Consumidor (Lei n. 24/96, de 31 de Julho). At aqui, tudo bem. Mas necessrio que a informao chegue at ns de uma forma clara e inequvoca. Por exemplo: se comprar uma aparelhagem de som e as instrues e demais informaes apenas estiverem redigidas em ingls e/ou francs, tem o direito de exigir do fornecedor um novo manual em portugus, dado que a sua lngua oficial o portugus. 13. Por outro lado, os fornecedores devem dar-lhetodas as informaes sobre as caractersticasdos produtos que vendem, especialmente preo,contratos, garantias e assistncia ps venda. Para alm do prprio vendedor, todos osrestantes elos da cadeia, desde o produtor aodistribuidor, so responsveis pelas informaesprestadas aos consumidores. 14. 5) O Direito Proteo dos InteressesEconmicos: Cada vez mais os seus interesses econmicosdevem ser garantidos. No mbito de uma relao jurdica de consumo, tantoo comprador (consumidor) como o vendedor estoem p de igualdade. A relao entre estes dois elementos suposta deser equilibrada, leal e baseada na boa f. Nemsempre exigido legalmente um contrato escritonuma relao de compra e venda, pois ao comprarumas calas, por exemplo, est a celebrar umarelao contratual, mas a lei no exige que faa umcontrato escrito, no entanto, em muitas situaes 15. Porm, tome ateno aos contratos pr redigidos (contratos de pr adeso), onde no h negociao com o comprador, mas h certas normas que o vendedor tem que respeitar, como a redao clara e inequvoca das regras (clusulas) do contrato e a no utilizao de clusulas que originem desequilbrios e desigualdades, como o caso das Clusulas Contratuais Gerais Abusivas, que so expressamente proibidas por lei, por desrespeitarem os direitos dos consumidores. 16. 6) O Direito Preveno e Reparao deDanos: Quando algum ou alguma entidade lhe prestainformaes falsas, lhe vende artigos de mqualidade ou lhe preste servios que no osatisfaam ou no correspondam sexpectativas, est a causar-lhe um dano. Poisbem, tem todo o direito reparao desse dano.Para isso basta RECLAMAR!!! 17. Se comprar uma camisola com defeito muitodesagradvel, mas nem por isso tem que ficarcom ela. Sempre que isso acontecer, recorranovamente ao local da venda e exija a suareparao ou substituio, ou ainda uma reduode preo, ou simplesmente a devoluo dodinheiro, pois est no seu direito! necessrio que tenha ateno ao prazo dereclamao, pois no caso dos bens mveis(como uma camisola, ou uma bicicleta) tem 60dias para reclamar, j no caso dos bens imveis(uma casa, por exemplo), o prazo de um ano. 18. 7) O Direito Proteco Jurdica e a umaJustia Acessvel e Pronta: Sempre que veja necessidade de defender osseus direitos, pode recorrer justia. Hoje em dia, em Portugal, cada vez so maisfrequentes os casos em que o consumidor levaum fornecedor de um qualquer bem defeituoso atribunal, para exigir uma indemnizao pelosdanos que lhe causou. 19. Se o valor da ao judicial no ultrapassar os3,750 Euros, no ter de pagar quaisquercustos, desde que faa a reclamao junto de umdos Centros de Arbitragem de Conflitos deConsumo. Em caso de conflito lembre-se que podesempre recorrer s Associaes de Defesa doConsumidor, como a DECO. 20. 8) O Direito Participao, por via representativa,dos seus Direitos e Interesses: Atualmente existem cada vez mais associaes deconsumidores, e cada vez com mais credibilidade eprximas de centros decisrios, devido em muito aoseu grande empenhamento e capacidade tcnica. Entre elas, pode contar com associaes de defesados consumidores de carctergeral, como o caso da DECO, e outras de carctermais especfico, como por exemplo o ACP Automvel Clube de Portugal. 21. Na defesa dos seus interesses, tem direito a queas associaes que o representam sejam sempreconsultadas, tanto mais que assim os seusinteresses podem chegar mais alto Um exemplo prtico desta representao que asassociaes de consumidores lhe oferecem oda sua participao na discusso dedeterminadas leis relacionadas com o interessedos consumidores. Elas so chamadas, do asua opinio. Posto isto, resta aguardar que a leisaia e que se cumpra! 22. Os Deveres do Consumidor: a) O Dever da Solidariedade: Juntar-se a outros consumidores, nomeadamentetornando-se scio de uma organizao, s lhepoder trazer vantagens, pois quantas maisforem as vozes, mais alto falaro, e melhorpoder defender os seus direitos e interesses. Tambm h casos de associaes que seformam para resolver uma situao isolada edepois se extinguem, como por exemplo umaassociao de moradores de determinadazona, que feita para resolver um problema deestradas. 23. b) O Dever da Conscincia Crtica: Cada consumidor tem o dever de estar atento e ter conscincia crtica em relao qualidade e preo dos produtos e servios que lhe so disponibilizados pelos agentes econmicos. Sempre que entender que h motivo reclame, pois s assim os males podem ser reparados. 24. c) O Dever de Agir: Tem o dever de agir perante as situaes em que se sinta enganado ou injustiado, pois se no o fizer continuar a ser explorado, e permitir que outros tambm o sejam. 25. d) O Dever da Preocupao Social: O dever da preocupao social que tem de terconscincia sobre o impacto que o seu consumoprovoca sobre os outros cidados, especialmentesobre os grupos mais desfavorecidos, seja anvel local, nacional ou mesmo internacional. Por isso, consuma, mas no desperdice, poisalm de aumentar o volume de resduos quetero que ser eliminados, deve pensar que o quevoc deita fora, faz falta a algum noutra parte doMundo. 26. e) O Dever de Conscincia Ambiental: Cada vez mais se fala em ambiente, conscinciaambiental, e no e por acaso ou por moda. um problema srio que ter que comear aenfrentar, pois o seu consumo temconsequncias nefastas para o ambiente dehoje, e de amanh. Deve reconhecer a sua responsabilidade, como ade todos ns, individual e social, para quepossam preservar os recursos naturais, que noso inesgotveis e proteger a terra para asfuturas geraes. 27. A Deco A DECO - Associao Portuguesa para a Defesa do Consumidor tem como misso a defesa dos direitos e legtimos interesses dos consumidores. Fundada a 12 de fevereiro de 1974, a DECO tem vindo a reforar a sua imagem de relevante instituio de interesse pblico, estatuto adquirido em 1978, conquistando ao longo dos anos um elevado nmeros de associados, contando, atualmente, com cerca de 400 000 membros associados. 28. A DECO, na prossecuo dos seus objetivos,desenvolve um conjunto diversificado deatividades, tais como: Prestar informao ao consumidor sobre osprodutos e servios existentes no mercado(caractersticas, funes, qualidade, segurana,preos, etc.) atravs das suas publicaesperidicas: Proteste, Teste Sade, Dinheiro eDireitos e Proteste Investe. Para alm destas,edita publicaes especficas sobre temas deconsumo e desenvolve campanhas informativassobre as questes mais prementes (com aproduo de folhetos, brochuras, cartazes, etc.); 29. Apoiar o consumidor e realizar a mediao dos conflitos de consumo entre os consumidores e entidades reclamadas, procedendo a denncias junto das entidades da administrao pblica competentes; Reivindicar a adoo ou alterao de legislao necessria defesa e proteo dos interesses dos consumidores, bem como o seu cumprimento e controlo; 30. Promover a educao do consumidor na escola para a formao de jovens consumidores mais crticos responsveis e participativos e a educao do consumidor ao longo da vida para o desenvolvimento de competncias que habilitem os consumidores para agir num mercado competitivo, inovador e global; A DECO promove ainda formao profissional que permite aos profissionais de diferentes reas garantir e respeitar os direitos dos consumidores no desempenho das suas atividades; 31. Representar os direitos e interesses dosconsumidores junto da administrao pblica edas mais variadas entidades nacionais,europeias e internacionais. Com sede em Lisboa, a DECO dispe de seisdelegaes regionais em Viana do Castelo,Porto, Coimbra, Santarm, vora e Faro, o quelhe permite uma ao generalizada e concertadaem todo o territrio nacional, garantido o acessode todos os consumidores aos nossos servios.