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LEI No 7.479, DE 2 DE JUNHO DE 1986. Aprova o Estatuto dos Bombeiros-Militares do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, e d outras providncias. O PRESIDENTE DA REPBLICA , fao saber que o Senado Federal decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art 1 aprovado o anexo Estatuto dos Bombeiros-Militares do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, como parte integrante desta lei. Art 2 At que seja legalmente disciplinado regime prprio de penses para os Bombeiros-Militares do Distrito Federal, aplica-se-lhes o disposto nos artigos 69 a 71 da Lei n 6.022, de 3 de janeiro de 1974. Art 3 Esta lei e o estatuto que ela aprova entram em vigor na data de sua publicao. Art 4 Revogam-se as disposies em contrrio e, especialmente, a Lei n 6.022, de 3 de janeiro de 1974; e o artigo 1 da Lei n 6.547, de 4 de julho de 1978, ressalvado o disposto no artigo 2 desta lei. Braslia, 2 de junho de 1986; 165 da Independncia e 98 da Repblica. JOS SARNEY Paulo Brossard Este texto no substitui o publicado no DOU de 4.6.1986 ESTATUTO DOS BOMBEIROS-MILITARES DO CORPO DE BOMBEIROS DO DISTRITO FEDERAL TTULO I Generalidades CAPTULO I Das Disposies Preliminares Art 1 O presente Estatuto regula a situao, obrigaes, deveres, direitos e prerrogativas dos bombeiros-militares do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. Art. 2o O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, instituio permanente, essencial segurana pblica e s atividades de defesa civil, fundamentada nos princpios da hierarquia e disciplina, e ainda fora auxiliar e reserva do Exrcito nos casos de convocao ou mobilizao, organizada e mantida pela Unio nos termos do inciso XIV do art. 21 e dos 5 o e 6o do art. 144 da Constituio Federal, subordinada ao Governador do Distrito Federal, destina-se execuo de servios de percia, preveno e combate a incndios, de busca e salvamento, e de atendimento pr-hospitalar e de prestao de socorros nos casos de sinistros, inundaes, desabamentos, catstrofes, calamidades pblicas e outros em que seja necessria a preservao da incolumidade das pessoas e do patrimnio. (Redao dada pela Lei n 12.086, de 2009). Art. 3o Os integrantes do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, vista da natureza e da destinao a que se refere o art. 2o, so militares do Distrito Federal e formam categoria especial denominada bombeiro militar. (Redao dada

pela Lei n 12.086, de 2009). 1 Os bombeiros-militares encontram-se em uma das seguintes situaes: I - na ativa: (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). a) os de carreira; (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). b) os includos no Corpo de Bombeiros, voluntariamente, durante os prazos a que se obrigam a servir;

(Includo pela

Lei n 12.086, de 2009).c) os componentes da reserva remunerada do Corpo de Bombeiros, convocados ou designados para o servio ativo; e

(Includo pela Lei n 12.086, de 2009).d) os alunos de rgos de formao de bombeiros-militares; e (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). II - na inatividade: (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). a) os componentes da reserva remunerada, que estejam sujeitos prestao de servios na ativa, mediante convocao;

(Includo pela Lei n 12.086, de 2009).b) os reformados quando, tendo passado por uma das situaes previstas neste artigo, estejam dispensados definitivamente da prestao de servio na ativa; (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). c) os da reserva remunerada, sujeitos prestao de tarefa por tempo certo, em carter transitrio e mediante aceitao voluntria. (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). 2 Os bombeiros-militares de carreira so os que, no desempenho voluntrio e permanente do servio de bombeiromilitar, tm vitaliciedade assegurada ou presumida. Art 4 O servio de bombeiro-militar consiste no exerccio de atividade inerente ao Corpo de Bombeiros e compreende todos os encargos previstos na legislao especfica, relacionados com a misso da Corporao. Art 5 A carreira de bombeiro-militar caracterizada pela atividade continuada e inteiramente devotada s finalidades do Corpo de Bombeiros, denominada atividade bombeiro-militar. 1 A carreira de bombeiro-militar, estruturada em graus hierrquicos, privativa de bombeiro-militar em atividade e iniciase com o ingresso no Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. 2o A Carreira de Oficial do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal privativa de brasileiro nato ou naturalizado.

(Redao dada pela Lei n 12.086, de 2009).Art 6 So equivalentes as expresses "na ativa", "da ativa", "em servio ativo", "em servio na ativa", "em servio", "em atividade", e "em atividade de bombeiro-militar", conferidas aos bombeiros-militares no desempenho de cargo, comisso, encargo, incumbncia ou misso, servio ou exerccio de funo de bombeiro-militar ou considerada de natureza de bombeiromilitar, nas Organizaes Bombeiros-Militares do Corpo de Bombeiros, bem assim em outros rgos do Governo do Distrito Federal. Art 7 A condio jurdica dos bombeiros-militares do Distrito Federal definida pelos dispositivos constitucionais que lhes forem aplicveis, pelos deste Estatuto e pelos das leis e regulamentos que lhes outorgam direitos e prerrogativas e lhes impem deveres e obrigaes. Art 8 O disposto neste Estatuto aplica-se, no que couber, aos bombeiros-militares reformados e aos da reserva

remunerada. Art 9 Alm da convocao compulsria, prevista no artigo 3, letra b , n 1, deste Estatuto, os integrantes da reserva remunerada podero ainda ser, excepcionalmente, designados para o servio ativo, em carter transitrio e mediante aceitao voluntria, para servirem como assessores, instrutores e professores da Academia de Bombeiro-Militar. Pargrafo nico. A designao para o servio ativo, em carter transitrio e mediante aceitao voluntria, ser regulamentada pelo Governador do Distrito Federal. CAPTULO II Do Ingresso no Corpo de Bombeiros Art. 10. O ingresso no Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal dar-se- mediante concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, observadas as condies prescritas neste Estatuto, em leis e em regulamentos da Corporao. (Redao dada pela Lei n 11.134, de 2005) Art. 11. Para matrcula nos cursos de formao dos estabelecimentos de ensino bombeiro militar, alm das condies relativas nacionalidade, idade, aptido intelectual e psicolgica, altura, sexo, capacidade fsica, sade, idoneidade moral, obrigaes eleitorais, aprovao em testes toxicolgicos e suas obrigaes para com o servio militar, exige-se ainda a apresentao, conforme o edital do concurso, de diploma de concluso de ensino superior, reconhecido pelos sistemas de ensino federal, estadual ou do Distrito Federal. (Redao dada pela Lei n 12.086, de 2009). 1o A idade mnima para a matrcula a que se refere o caput de 18 (dezoito) anos, sendo a mxima de: (Redao

dada pela Lei n 12.086, de 2009).I - 28 (vinte e oito) anos para o Quadro de Oficiais Bombeiros Militares Combatentes e o Quadro Geral de Praas Bombeiros Militares; e (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). II - 35 (trinta e cinco) anos para ingresso nos Quadros de Oficiais Bombeiros Militares de Sade, Complementar e Capeles. (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). 2o Os limites mnimos de altura para matrcula a que se refere o caput so, com os ps nus e cabea descoberta, de um metro e sessenta centmetros para homens e um metro e cinquenta e cinco centmetros para mulheres. (Redao dada

pela Lei n 12.086, de 2009). 3o Ato do Governador do Distrito Federal regulamentar as normas para matrcula nos estabelecimentos de ensino do Corpo de Bombeiro Militar, mediante proposta de seu Comandante-Geral, observando-se as exigncias profissionais da atividade e da carreira bombeiro militar. (Includo pela Lei n 11.134, de 2005) 4o Ato do Poder Executivo federal estabelecer as reas especficas de formao a serem exigidas para matrcula nos cursos de formao para a Carreira de Oficiais do Quadro de Oficiais Bombeiros Militares Combatentes e para os Quadros de Oficiais Bombeiros Militares de Sade, Complementares e Capeles. (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). Art 12. A incluso nos Quadros do Corpo de Bombeiros obedecer ao voluntariado, de acordo com este Estatuto e regulamentos da Corporao, respeitadas as prescries da Lei do Servio Militar e seu Regulamento. Pargrafo nico. vedada a reincluso, salvo quando para dar cumprimento deciso judicial e nos casos de desero, extravio e desaparecimento. CAPTULO III Da Hierarquia e da Disciplina no Corpo de Bombeiros Art 13. A hierarquia e a disciplina so a base institucional do Corpo de Bombeiros, crescendo a autoridade e a responsabilidade com a elevao do grau hierrquico. 1 Hierarquia a ordenao da autoridade, em nveis diferentes, na estrutura do Corpo de Bombeiros, por postos e graduaes. Dentro de um mesmo posto ou graduao, a ordenao faz-se pela antigidade no posto ou graduao, sendo o respeito hierarquia consubstanciado no esprito de acatamento seqncia da autoridade. 2 Disciplina a rigorosa observncia e acatamento integral da legislao que fundamenta o organismo de bombeiromilitar e coordena seu funcionamento regular e harmnico, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo. 3 A disciplina e o respeito hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstncias pelos bombeiros-militares em atividade ou na inatividade. Art 14. Crculos hierrquicos so mbitos de convivncia entre os bombeiros-militares da mesma categoria e tm a finalidade de desenvolver o esprito de camaradagem, em ambiente de estima e confiana, sem prejuzo do respeito mtuo. Art 15. Os Crculos hierrquicos e a escala hierrquica no Corpo de Bombeiros so fixados nos pargrafos e quadro seguintes. 1 Posto o grau hierrquico do oficial, conferido mediante ato do Governador do Distrito Federal e confirmado em Carta Patente. 2 Graduao o grau hierrquico da praa, conferido mediante ato do Comandante-Geral da Corporao. 3 Os aspirantes-a-oficial BM e os alunos do Curso de Formao de Oficiais Bombeiros-Militares so denominados praas especiais. 4 Os graus hierrquicos inicial e final dos diversos Quadros de Oficiais e praas so fixados, separadamente, para cada caso. 5 Sempre que o bombeiro-militar, da reserva remunerada ou reformado, fizer uso do posto ou graduao dever observar as abreviaturas respectivas de sua situao. CRCULOS E ESCALA HIERRQUICOS NO CORPO DE BOMBEIROS DO DISTRITO FEDERAL HIERARQUIZAO CRCULOS DE OFICIAIS CRCULO DE OFICIAIS SUPERIORES ORDENAO POSTOS Coronel BM Tenente-Coronel BM Major BM Capito BM

CRCULO DE OFICIAIS INTERMEDIRIOS

CRCULO DE OFICIAIS SUBALTERNOS CRCULOS DE PRAAS CRCULO DE SUBTENENTES E SARGENTOS

Primeiro-Tenente BM Segundo-Tenente BM GRADUAES Subtenente BM Primeiro-Sargento BM Segundo-Sargento BM Terceiro-Sargento BM Cabo BM Soldado de Primeira Classe BM Soldado de Segunda Classe BM Aspirante-a-Oficial BM Aluno-Oficial BM

CRCULO DE CABOS E SOLDADOS

PRAAS ESPECIAIS FREQENTAM O CRCULO DE OFICIAIS SUBALTERNOS EXCEPCIONALMENTE OU EM REUNIES SOCIAIS, TM ACESSO AOS CRCULOS DOS OFICIAS

Art 16. A precedncia entre os bombeiros-militares da ativa, do mesmo grau hierrquico, assegurada pela antigidade no posto ou na graduao, salvo nos casos de precedncia funcional estabelecida em lei ou regulamento. 1 A antigidade em cada posto ou graduao contada a partir da data de assinatura do ato da respectiva promoo, nomeao, declarao ou incluso, salvo quando estiver expressamente fixada outra data. 2 No caso de ser igual a antigidade, referida no pargrafo anterior, ela estabelecida: a) entre os bombeiros-militares do mesmo Quadro, pela posio nas respectivas escalas numricas ou registros existentes na Corporao; b) nos demais casos, pela antigidade no posto ou graduao anterior; se, ainda assim, subsistir igualdade de antigidade, recorrer-se-, sucessivamente, aos graus hierrquicos anteriores data de praa e data de nascimento para definir a precedncia e, neste ltimo caso, o mais idoso ser considerado o mais antigo; c) entre os alunos de um mesmo rgo de formao de bombeiros-militares, de acordo com o regulamento do respectivo rgo, se no estiverem especificamente enquadrados nas letras a e b ; e d) na existncia de mais de uma data de praa, prevalece a antigidade do bombeiro-militar da ltima praa na Corporao se no estiver, especificamente, enquadrado nas letras a, b e c. 3 Em igualdade de posto ou graduao, os bombeiros-militares em atividade tm precedncia sobre os da inatividade. 4 Em igualdade de posto ou graduao, a precedncia entre os bombeiros-militares de carreira na ativa e os da reserva remunerada, quando estiverem convocados ou designados para o servio ativo, definida pelo tempo de efetivo servio no posto ou graduao. 5 Nos casos de nomeao coletiva, a hierarquia ser definida em conseqncia dos resultados do concurso a que forem submetidos os candidatos ao Corpo de Bombeiros. Art 17. A precedncia entre as praas especiais e as demais praas assim regulada: I - os aspirantes-a-oficial BM so hierarquicamente superiores s demais praas e freqentam o Crculo dos Oficiais Subalternos; e II - os alunos do Curso de Formao de Oficiais so hierarquicamente superiores aos subtenentes BM. Art 18. No Corpo de Bombeiros ser organizado o registro de todos os oficiais e graduados, em atividade, cujos resumos constaro dos Almanaques da Corporao. 1 Os Almanaques, um para os oficiais e aspirantes-a-oficial e outro para subtenentes e sargentos do Corpo de Bombeiros, contero, respectivamente, a relao nominal de todos os oficiais e aspirantes-a-oficial, subtenentes e sargentos em atividade, distribudos pelos respectivos Quadros, de acordo com seus postos, graduaes e antigidade. 2 O Corpo de Bombeiros manter um registro de todos os dados referentes ao pessoal da ativa e da reserva remunerada, dentro das respectivas escalas numricas, segundo instrues baixadas pelo Comandante-Geral. Art 19. O aluno-a-oficial BM, por concluso do Curso, ser declarado aspirante-a-oficial BM, mediante ato do Comandante-Geral, na forma especificada em regulamento. Art 20. O ingresso na carreira de oficial ser por promoo do aspirante-a-oficial BM, para o Quadro de Oficiais Bombeiros-Militares e, mediante concurso entre os diplomados por faculdades civis reconhecidas pelo Governo Federal, quando destinado aos Quadros que exijam este requisito. Pargrafo nico. Para os demais Quadros previstos na Organizao Bsica do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, o ingresso na carreira de oficial ser regulado por legislao especfica ou peculiar. CAPTULO IV Do Cargo e da Funo de Bombeiro-Militar Art 21. Cargo de bombeiro-militar o conjunto de deveres e responsabilidades cometido ao bombeiro-militar em servio ativo. 1 O cargo a que se refere este artigo o que se encontra especificado ou previsto nos Quadros de Organizao, caracterizado ou definido como tal em outras disposies legais. 2 As atribuies e obrigaes inerentes ao cargo de bombeiro-militar devem ser compatveis com o correspondente grau hierrquico. Art 22. Os cargos de bombeiro-militar so providos com pessoal que satisfaa os requisitos de grau hierrquico e de qualificao exigidos para o seu desempenho. Pargrafo nico. O provimento de cargo de bombeiro-militar faz-se mediante ato de nomeao, de designao ou determinao expressa de autoridade competente. Art 23. O cargo de bombeiro-militar considerado vago a partir de sua criao ou desde o momento em que o bombeiromilitar exonerado, dispensado ou que tenha recebido determinao expressa de autoridade competente, o deixe e at que

outro bombeiro-militar nele tome posse, de acordo com a norma de provimento prevista no pargrafo nico do artigo anterior. Pargrafo nico. Considera-se tambm vago o cargo de bombeiro-militar cujo ocupante haja: a) falecido; b) sido considerado extraviado; ou c) sido considerado desertor. Art 24. Funo de bombeiro-militar o exerccio das obrigaes inerentes ao cargo de bombeiro-militar. Art 25. Dentro de uma mesma Organizao do Corpo de Bombeiros, a seqncia de substituio para assumir cargo ou responder por funo, bem assim as normas, atribuies e responsabilidades relativas so estabelecidas na legislao especfica, respeitadas a precedncia e a qualificao exigidas para o cargo ou para o exerccio da funo. Art 26. O bombeiro-militar, ocupante de cargo provido em carter efetivo ou interino, de acordo com o pargrafo nico do artigo 22, faz jus aos direitos correspondentes ao cargo, conforme previsto em lei. Art 27. As atribuies que, pela generalidade, peculiaridade, durao, vulto ou natureza no so catalogadas como posies tituladas em Quadro de Efetivo, Quadro de Organizao, Tabela de Lotao, ou dispositivo legal, so cumpridas como encargo, incumbncia, comisso, servio ou exerccio de funo de bombeiro-militar ou consideradas de natureza prpria a bombeiro-militar . Pargrafo nico. Aplica-se, no que couber, a encargo, incumbncia, comisso, servio ou exerccio de funo de bombeiro-militar, ou de natureza prpria a bombeiro-militar, o disposto neste Captulo para cargo de bombeiro-militar. TTULO II Das Obrigaes e dos Deveres dos Bombeiros-Militares CAPTULO I Das Obrigaes dos Bombeiros-Militares SEO I Do Valor do Bombeiro-Militar Art 28. So manifestaes essenciais do valor do bombeiro-militar: I - o patriotismo, traduzido pela vontade inabalvel de cumprir o dever de bombeiro-militar e solene juramento de fidelidade Ptria, at com o sacrifcio da prpria vida; II - o civismo e o culto das tradies histricas; III - a f na misso elevada do Corpo de Bombeiros; IV - o amor profisso e o entusiasmo com que a exerce; V - o aprimoramento tcnico-profissional; VI - o esprito-de-corpo e o orgulho pela Corporao; e VII - a dedicao na defesa da sociedade. SEO II Da tica do Bombeiro-Militar Art 29. O sentimento do dever, o brio do bombeiro-militar e o decoro da classe impem a cada um dos integrantes do Corpo de Bombeiros, conduta moral e profissional irrepreensveis com a observncia dos seguintes preceitos da tica do bombeiro-militar: I - amar a verdade e a responsabilidade como fundamentos da dignidade pessoal; II - exercer, com autoridade, eficincia e probidade, as funes que lhe couberem em decorrncia do cargo; III - respeitar a dignidade da pessoa humana; IV - cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instrues e as ordens das autoridades competentes; V - ser justo e imparcial nos julgamentos dos atos e na apreciao do mrito dos subordinados; VI - zelar pelo preparo prprio, moral, intelectual, fsico e, tambm, pelo dos subordinados, tendo em vista o cumprimento da misso comum; VII - praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o esprito de cooperao; VIII - empregar todas as suas energias em benefcio do servio; IX - ser discreto em suas atitudes e maneiras e em sua linguagem escrita e falada; X - abster-se de tratar, fora do mbito apropriado, de matria sigilosa de qualquer natureza; XI - acatar as autoridades civis; XII - cumprir seus deveres de cidado; XIII - proceder de maneira ilibada na vida pblica e na particular; XIV - garantir a assistncia moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de famlia modelar; XV - conduzir-se, mesmo fora do servio ou na inatividade, de modo que no sejam prejudicados os princpios da disciplina, do respeito e do decoro de bombeiro-militar; XVI - observar as normas de boa educao; XVII - abster-se de fazer uso do posto ou graduao para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar negcios particulares ou de terceiros; XVIII - abster-se, na situao de inatividade, do uso das designaes hierrquicas quando: a) em atividades poltico-partidrias; b) em atividades comerciais; c) em atividades industriais; d) para discutir ou provocar discusses pela imprensa a respeito de assuntos polticos ou referentes corporao, excetuando-se os de natureza exclusivamente tcnica, se devidamente autorizado; e e) no exerccio de cargo ou funo de natureza civil, mesmo que seja da administrao pblica; XIX - zelar pelo bom nome do Corpo do Bombeiros e de cada um de seus integrantes, obedecendo e fazendo obedecer aos preceitos da tica de bombeiro-militar. Art 30. Ao bombeiro-militar da ativa vedado comerciar ou tomar parte na administrao ou gerncia de sociedade ou dela ser scio ou participar, exceto como acionista ou quotista em sociedade annima ou por quotas de responsabilidade limitada. 1 Os integrantes da reserva remunerada, quando convocados ou designados para o servio ativo, ficam proibidos de tratar, nas Organizaes de Bombeiros-Militares e nas reparties civis, de interesse de organizaes ou empresas privadas de qualquer natureza.

2 Os bombeiros-militares, em atividade, podem exercer diretamente a gesto de seus bens, desde que no infrinjam o disposto no presente artigo. 3 No intuito de desenvolver a prtica profissional, permitido aos oficiais titulados no Quadro de Sade o exerccio de atividade tcnico-profissional no meio civil, desde que tal prtica no prejudique o servio e no infrinja o disposto neste artigo. Art 31. O Comandante-Geral poder determinar aos bombeiros-militares da ativa que, no interesse e salvaguarda da dignidade prpria, informem sobre a origem e natureza de seus bens, sempre que haja razo que recomende tal medida. CAPTULO II Dos Deveres dos Bombeiros-Militares SEO I Da Conceituao Art 32. Os deveres dos bombeiros-militares emanam de vnculos racionais e morais que ligam o bombeiro-militar comunidade do Distrito Federal e ao servio, compreendendo, essencialmente: I - a dedicao integral ao servio e a fidelidade instituio a que pertence, mesmo com o sacrifcio da prpria vida; II - o culto aos Smbolos Nacionais; III - a probidade e a lealdade em todas as circunstncias; IV - a disciplina e o respeito hierarquia; V - o rigoroso cumprimento das obrigaes e ordens; VI - a obrigao de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade; VII - o trato urbano, cordial e educado para com os cidados; e VIII - a segurana da comunidade. SEO II Do Compromisso do Bombeiro-Militar Art 33. Aps ingressar no Corpo de Bombeiros, mediante incluso, matrcula, ou nomeao, o bombeiro-militar prestar compromisso de honra, no qual afirmar a sua aceitao consciente das obrigaes e dos deveres dos bombeiros-militares e manifestar a sua firme disposio de bem cumpri-los. Art 34. O compromisso, a que se refere o artigo anterior, ter carter solene e ser prestado na presena de tropa, to logo o bombeiro-militar tenha adquirido o grau de instruo compatvel com o perfeito entendimento de seus deveres como integrante do Corpo de Bombeiros conforme a seguinte declarao: "Ao ingressar no Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, prometo regular minha conduta pelos preceitos da moral, cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver subordinado e dedicar-me inteiramente aos servios profissionais e segurana da comunidade, mesmo com o sacrifcio da prpria vida". 1 O compromisso do aspirante-a-oficial prestado na solenidade de declarao de aspirante-a-oficial, de acordo com o cerimonial prescrito em regulamento do estabelecimento de ensino. 2 O compromisso do oficial BM ser efetivado com a seguinte declarao: "Perante a Bandeira do Brasil e pela minha honra, prometo cumprir os deveres de oficial do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e dedicar-me inteiramente ao seu servio." SEO III Do Comando e da Subordinao Art 35. Comando a soma de autoridade, deveres e responsabilidades de que o bombeiro-militar investido legalmente quando conduz homens ou dirige uma Organizao do Corpo de Bombeiros. O Comando vinculado ao grau hierrquico e constitui uma prerrogativa impessoal, em cujo exerccio o bombeiro-militar se define e se caracteriza como chefe. Pargrafo nico. Aplica-se direo e chefia de Organizao do Corpo de Bombeiros, no que couber, o estabelecido para Comando. Art 36. A subordinao no afeta, de modo algum, a dignidade pessoal do bombeiro-militar e decorre, exclusivamente, da estrutura hierarquizada do Corpo de Bombeiros. Art 37. O oficial BM preparado, ao longo da carreira, para o exerccio do Comando, da Chefia e da Direo das Organizaes de Bombeiros-Militares. Art 38. Os subtenentes e sargentos BM auxiliam ou complementam as atividades dos oficiais, quer no adestramento e emprego de meios, quer na instruo e na administrao. Pargrafo nico. No exerccio das atividades mencionadas neste artigo e no comando de elementos subordinados, os subtenentes e sargentos BM devero impor-se pela lealdade, pelo exemplo e pela capacidade tcnico-profissional, incumbindo-lhes assegurar a observncia minuciosa e ininterrupta das ordens, das normas do servio e das operativas pelas praas que lhes estiverem diretamente subordinadas e a manuteno da coeso e do moral delas, em todas as circunstncias. Art 39. Os cabos e soldados so essencialmente os elementos de execuo. Art 40. Os soldados de segunda classe BM constituem os elementos includos no Corpo de Bombeiros, para receberem a formao inicial do bombeiro-militar. Art 41. s praas especiais cabe a rigorosa observncia das prescries dos regulamentos que lhes so pertinentes, exigindo-se delas inteira dedicao ao estudo e ao aprendizado tcnico-profissional. Art 42. Ao bombeiro-militar cabe a responsabilidade integral pelas decises que tomar, pelas ordens que emitir e pelos atos que praticar. CAPTULO III Da Violao das Obrigaes e dos Deveres dos Bombeiros-Militares SEO I Da Conceituao Art 43. A violao das obrigaes ou dos deveres dos bombeiros-militares constituir crime ou transgresso disciplinar, conforme dispuser a legislao ou regulamentao especfica ou peculiar. 1 A violao dos preceitos da tica do bombeiro-militar to mais grave quanto mais elevado for o grau hierrquico de quem a cometer. 2 No concurso de crime militar e de transgresso disciplinar, ser aplicada somente a pena relativa ao crime. Art 44. A inobservncia das leis e regulamentos, ou a falta de exao no cumprimento dos deveres neles especificados, acarreta, para o bombeiro-militar, responsabilidade funcional, pecuniria, disciplinar ou penal, consoante a legislao especfica ou peculiar.

Pargrafo nico. A apurao da responsabilidade funcional, pecuniria, disciplinar ou penal, poder concluir pela incompatibilidade do bombeiro-militar com o cargo ou pela incapacidade do exerccio das funes a ele inerentes. Art 45. O bombeiro-militar que, por sua atuao, se tornar incompatvel com o cargo ou demonstrar incapacidade no exerccio das funes a ele inerentes, ser dele afastado ou impedido de exercit-la. 1 So competentes para determinar o imediato afastamento do cargo ou o impedimento do exerccio da funo: a) o Governador do Distrito Federal; e b) o Comandante-Geral da Corporao. 2 O bombeiro-militar afastado do cargo, nas condies mencionadas neste artigo, ficar privado do exerccio de qualquer funo de bombeiro-militar, at a soluo do processo ou das providncias legais que couberem no caso. Art 46. So proibidas quaisquer manifestaes coletivas, tanto sobre atos de superiores, quanto sobre posies de carter reivindicatrio. SEO II Dos Crimes Militares Art 47. Aplicam-se, no que couber, aos bombeiros-militares as disposies estabelecidas na legislao Penal Militar. SEO III Das Transgresses Disciplinares Art 48. O Regulamento Disciplinar do Corpo de Bombeiros especificar e classificar as transgresses disciplinares e estabelecer as normas relativas amplitude e aplicao das penas disciplinares, a classificao do comportamento do bombeiro-militar e a interposio de recurso contra as penas disciplinares. 1 A pena disciplinar de deteno ou priso no pode ultrapassar de 30 (trinta) dias. 2 praa especial aplicam-se, tambm, as disposies disciplinares previstas no regulamento do estabelecimento de ensino onde estiver matriculada. SEO IV Dos Conselhos de Justificao e de Disciplina Art 49. O oficial presumivelmente incapaz de permanecer como bombeiro-militar da ativa ser, na forma da legislao especfica, submetido a Conselho de Justificao. 1 O oficial, ao ser submetido a Conselho de Justificao, poder ser afastado do exerccio de suas funes, conforme estabelecido em legislao especfica. 2 Compete ao Tribunal de Justia do Distrito Federal julgar os processos oriundos dos Conselhos de Justificao, na forma estabelecida em lei especfica. 3 A Conselho de Justificao poder, tambm, ser submetido o oficial da reserva remunerada ou reformado, presumivelmente incapaz de permanecer na situao de inatividade em que se encontra. Art 50. O aspirante-a-oficial BM, bem assim as praas com estabilidade assegurada, presumivelmente incapazes de permanecerem como bombeiros-militares da ativa, sero submetidos a Conselho de Disciplina e afastados das atividades que estiverem exercendo, na forma da legislao especfica. 1 Cabe ao Governador do Distrito Federal, em ltima instncia, julgar os recursos que forem interpostos nos processos oriundos de Conselho de Disciplina. 2 A Conselho de Disciplina poder, tambm, ser submetida a praa da reserva remunerada ou reformada, presumivelmente incapaz de permanecer na situao de inatividade em que se encontra. TTULO III Dos Direitos e das Prerrogativas dos Bombeiros-Militares CAPTULO I Dos Direitos SEO I Da Enumerao Art 51. So direitos dos bombeiros-militares: I - a garantia da patente quando oficial em toda a sua plenitude, com as vantagens, prerrogativas e deveres a ela inerentes; II - a percepo de remunerao correspondente ao grau hierrquico superior ou melhoria dela quando, ao serem transferidos para a inatividade, contarem mais de 30 (trinta) anos de servio; III - a remunerao calculada com base no soldo integral do posto ou graduao, quando, no contando 30 (trinta) anos de servio, forem transferidos para a reserva remunerada ex officio, por terem atingido a idade-limite de permanecer em atividade no posto ou na graduao; IV - nas condies ou limitaes impostas na legislao e regulamentao especfica ou peculiar: a) a estabilidade, quando praas com 10 (dez) anos ou mais de tempo de efetivo servio; b ) o uso das designaes hierrquicas; c) a ocupao de cargo correspondente ao posto ou graduao; d) a percepo de remunerao; e) a assistncia mdico-hospitalar para si e seus dependentes, assim entendida como o conjunto de atividades relacionadas com a preveno, conservao ou recuperao da sade, abrangendo servios profissionais mdicos, farmacuticos e odontolgicos, bem assim o fornecimento, a aplicao de meios e os cuidados e demais atos mdicos e paramdicos necessrios; f) o funeral para si e seus dependentes, constituindo-se no conjunto de medidas tomadas pelo Distrito Federal, quando solicitado, desde o bito at o sepultamento condigno; g) a alimentao, assim entendidas como as refeies fornecidas aos bombeiros-militares em atividade; h) o fardamento, constituindo-se no conjunto de uniformes, roupa branca e roupa de cama, fornecido ao bombeiro-militar na ativa de graduao inferior a terceiro-sargento, bem assim aos alunos do Curso de Formao de Oficiais e, em casos especiais, a outros bombeiros-militares; i) a moradia para o bombeiro-militar em atividade, compreendendo: 1) alojamento em Organizao do Corpo de Bombeiros; e 2) habitao para si e seus dependentes, em imvel sob a responsabilidade da Corporao, de acordo com as disponibilidades existentes;

j) o transporte, assim entendido como os meios fornecidos ao bombeiro-militar, para seus deslocamentos por interesse do servio. Quando o deslocamento implicar em mudana de sede ou de moradia, compreende tambm as passagens para seus dependentes e a translao das respectivas bagagens, de residncia a residncia; l) a constituio de penso de bombeiro-militar; m) a promoo; n) as frias, os afastamentos temporrios do servio e as licenas; o) a transferncia a pedido para a inatividade; p) a demisso e o licenciamento voluntrios; q) o porte de arma, quando oficial em servio ativo ou na inatividade, salvo aqueles em inatividade por alienao mental, ou condenao por crime contra a Segurana do Estado ou por atividade que desaconselhe aquele porte; r) o porte de arma, pelas praas, com as restries reguladas pelo Comandante-Geral; e s) outros direitos previstos em legislao especfica ou peculiar. 1 A percepo de remunerao ou melhoria dela, de que trata o item II, obedecer ao seguinte: a) o oficial que contar mais de 30 (trinta) anos de servio, quando transferido para a inatividade, ter seus proventos calculados sobre o soldo correspondente ao posto imediato, se no Corpo de Bombeiros existir posto superior ao seu, mesmo que de outro Quadro; se ocupante do ltimo posto do Corpo de Bombeiros , o oficial ter os proventos calculados tomando-se por base o soldo de seu posto acrescido de percentual fixado em legislao especfica ou peculiar; b) os subtenentes, quando transferidos para a inatividade, tero os proventos calculados sobre o soldo correspondente ao posto de segundo-tenente BM, desde que contem com mais de 30 (trinta) anos de servio; e c) as demais praas que contem mais de 30 (trinta) anos de servio, ao serem transferidas para a inatividade, tero os proventos calculados sobre o soldo correspondente graduao imediatamente superior. 2 So considerados dependentes do bombeiro-militar: a) a esposa; b) o filho menor de 21 (vinte e um) anos ou invlido ou interdito; c) a filha solteira, desde que no perceba remunerao; d) o filho estudante, menor de 24 (vinte e quatro) anos; e) a me viva, desde que no perceba remunerao; f) o enteado, o filho adotivo e o tutelado, nas mesmas condies das letras b, c e d; g) a viva do bombeiro-militar, enquanto permanecer nesta situao e os demais dependentes mencionados nas letras b, c, d, e e f desde que vivam sob a responsabilidade da viva; e h) a ex-esposa com direito penso alimentcia estabelecida por sentena transitada em julgado, enquanto no contrair novo matrimnio. 3 So, ainda, considerados dependentes do bombeiro-militar, desde que vivam sob a sua dependncia econmica, sob o mesmo teto e quando expressamente declarados na Organizao do Corpo de Bombeiros competente: a) a filha, a enteada e a tutelada, nas condies de vivas, separadas judicialmente ou divorciadas, desde que no recebam remunerao; b) a me solteira, a madrasta viva, a sogra viva ou solteira, bem assim separadas judicialmente ou divorciadas, desde que, em qualquer dessas situaes, no recebam remunerao; c) os avs e os pais, quando invlidos ou interditos, e respectivos cnjuges, estes, desde que no recebam remunerao; d) o pai maior de 60 (sessenta) anos e seu cnjuge, desde que no recebam remunerao; e) o irmo, o cunhado e o sobrinho, quando menores ou interditos, sem outro arrimo; f) a irm, a cunhada e a sobrinha, solteiras, vivas, separadas judicialmente ou divorciadas, desde que no recebam remunerao; g) o neto, rfo, menor invlido ou interdito; h) a pessoa que viva, no mnimo h 5 (cinco) anos, sob sua exclusiva dependncia econmica, comprovada mediante justificao judicial; i) a companheira, desde que viva em sua companhia, h mais de 5 (cinco) anos, comprovado por justificao judicial; e j) o menor que esteja sob sua guarda, sustento e responsabilidade, mediante autorizao judicial. 4 Para efeito do disposto nos 2 e 3 deste artigo, no sero considerados como remunerao os rendimentos no provenientes de trabalho assalariado, ainda que recebidos dos cofres pblicos, ou a remunerao que, mesmo resultante de relao de trabalho, no enseje ao dependente do bombeiro-militar qualquer direito assistncia previdencirio oficial. Art 52. O bombeiro-militar, que se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato administrativo ou disciplinar de superior hierrquico, poder recorrer ou interpor pedido de reconsiderao, queixa ou representao, segundo o regulamento especfico ou peculiar. 1 O direito de recorrer, na esfera administrativa, prescrever: a) em 15 (quinze) dias corridos, a contar do recebimento da comunicao oficial, quanto a ato de composio de Quadro de Acesso; b) nas questes disciplinares, como dispuser o regulamento especfico ou peculiar; e c) em 120 (cento e vinte) dias corridos, nos demais casos. 2 O pedido de reconsiderao, a queixa e a representao no podem ser feitos coletivamente. 3 O bombeiro-militar s poder recorrer ao Judicirio aps esgotados todos os recursos administrativos e dever participar esta providncia, antecipadamente, autoridade a qual estiver subordinado. Art 53. Os bombeiros-militares so alistveis como eleitores, desde que oficiais, aspirantes-a-oficial, subtenentes e sargentos ou alunos de curso de nvel superior para formao de oficiais. Pargrafo nico. Os bombeiros-militares alistveis so elegveis, atendidas as seguintes condies: a) o bombeiro-militar que tiver menos de 5 (cinco) anos de efetivo servio, ser, ao se candidatar a cargo eletivo, excludo do servio ativo, mediante demisso ou licenciamento ex officio; e b) o bombeiro-militar em atividade, com 5 (cinco) ou mais anos de efetivo servio ao se candidatar a cargo eletivo, ser afastado, temporariamente, do servio ativo, agregado, considerado em licena para tratar de interesse particular e, se eleito, ser, no ato da diplomao, transferido para a reserva remunerada, percebendo a remunerao a que fizer jus em funo de seu tempo de servio. SEO II

Da Remunerao Art. 54. A remunerao dos Bombeiros Militares do Distrito Federal ser estabelecida em legislao especfica, comum aos militares do Distrito Federal. (Redao dada pela Lei n 10.486, de 2002) 1o Na ativa, compreende: (Redao dada pela Lei n 10.486, de 2002) I - soldo; II - adicionais: a) de Posto ou Graduao; b) de Certificao Profissional; c) de Operaes Militares; d) de Tempo de Servio; III - gratificaes: a) de Representao; b) de funo de Natureza Especial; c) de Servio Voluntrio. 2o Na inatividade, compreende: (Redao dada pela Lei n 10.486, de 2002) I - soldo ou quotas de soldo; II - adicionais: a) de Posto ou Graduao; b) de Certificao Profissional; c) de Operaes Militares; d) de Tempo de Servio; III - gratificao de Representao. Art 55. O auxlio-invalidez, atendidas as condies estipuladas na lei especfica que trata da remunerao dos bombeirosmilitares, ser concedido ao bombeiro-militar que, quando em servio ativo, haja sido ou venha a ser reformado por incapacidade definitiva e considerado invlido, total e permanentemente, para qualquer trabalho que o impossibilite de prover a prpria subsistncia. Art 56. O soldo irredutvel e no est sujeito penhora, seqestro ou arresto, exceto nos casos previstos em lei. Art 57. O valor do soldo igual para o bombeiro-militar da ativa, da reserva remunerada ou reformado, de um mesmo grau hierrquico, ressalvado o disposto no item II do caput do artigo 51. Art 58. proibido acumular remunerao de inatividade. Pargrafo nico. O disposto neste artigo no se aplica aos bombeiros-militares da reserva remunerada e aos reformados quanto ao exerccio de mandato eletivo, quanto funo de magistrio ou de cargo em comisso, ou quanto ao contrato para prestao de servios tcnicos ou especializados. Art 59. Os proveitos da inatividade sero revistos sempre que, por motivo de alterao do poder aquisitivo da moeda, se modificarem os vencimentos dos bombeiros-militares em servio ativo. Pargrafo nico. Ressalvados os casos previstos em lei, os proventos da inatividade no podero exceder a remunerao percebida pelo bombeiro-militar da ativa no posto ou graduao correspondente ao de seus proventos. Art 60. Por ocasio de sua passagem para a inatividade, o bombeiro-militar ter direito a tantas quotas de soldo quantos forem os anos de servio, computveis para a inatividade, at o mximo de 30 (trinta) anos, ressalvado o disposto no item III do caput do artigo 51. Pargrafo nico. Para efeito de contagem das quotas, a frao de tempo igual ou superior a 180 (cento e oitenta) dias, ser considerada 1 (um) ano. SEO III Da Promoo Art 61. O acesso na hierarquia do Corpo de Bombeiros seletivo, gradual e sucessivo e ser feito mediante promoo, de conformidade com o disposto na legislao e regulamentao de promoes de oficiais e de praas, de modo a obter-se um fluxo regular e equilibrado de carreira para os bombeiros-militares. 1 O planejamento da carreira dos oficiais e das praas, obedecidas as disposies da legislao e regulamentao a que se refere este artigo, atribuio do Comando do Corpo de Bombeiros. 2 A promoo tem como finalidade bsica a seleo de bombeiros-militares para o exerccio de funes pertinentes ao grau hierrquico superior. Art 62. As promoes sero efetuadas pelos critrios de antigidade e merecimento, ou, ainda, por bravura e post mortem. 1 Em casos extraordinrios, poder haver promoo em ressarcimento de preterio, independentemente de vaga. 2 A promoo de bombeiro-militar, feita em ressarcimento de preterio, ser efetuada segundo o critrio de antigidade ou merecimento, recebendo ele o nmero que lhe competir na escala hierrquica como se houvesse sido promovido, na poca devida, pelo critrio em que ora feita sua promoo. Art 63. No haver promoo de bombeiro-militar, por ocasio de sua transferncia para a reserva remunerada ou reforma. SEO IV Das Frias e de outros Afastamentos Temporrios do Servio Art 64. Frias so afastamentos totais do servio, anual e obrigatoriamente concedidos aos bombeiros-militares para descanso, a partir do ltimo ms do ano a que elas se referem, e durante todo o ano seguinte. 1 Compete ao Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros a regulamentao da concesso das frias anuais e de outros afastamentos temporrios. 2 A concesso e o gozo de frias no prejudicada pelo gozo anterior de licena para tratamento de sade, licena especial, nem pelo cumprimento de sano disciplinar, pelo estado de guerra ou para que sejam cumpridos atos de servio, bem como no anulvel o direito a essa licena.(Redao dada pela Lei n 10.486, de 4.7.2002) 3 Somente em casos de interesse da Segurana Nacional, da manuteno da ordem, de extrema necessidade do servio, de transferncia para a inatividade, para cumprimento de punio decorrente de transgresso disciplinar de natureza grave ou de baixa ao hospital, os bombeiros-militares tero interrompido ou deixado de gozar, na poca prevista, o perodo de frias a que tiverem direito, registrando-se, ento, o fato em seus assentamentos.

4 Na impossibilidade do gozo de frias no perodo previsto no caput deste artigo, pelos motivos constantes do pargrafo anterior, ressalvados os casos de transgresso disciplinar de natureza grave, o perodo de frias no gozado ser computado dia-a-dia pelo dobro, no momento de passagem do bombeiro-militar para a inatividade e somente para esse fim. Art 65. Os bombeiros-militares tm direito, ainda, aos seguintes perodos de afastamento total do servio, obedecidas as disposies legais e regulamentares, por motivo de: I - npcias: 8 (oito) dias; II - luto: 8 (oito) dias; III - instalao: at 48 (quarenta e oito) horas; e IV - trnsito: at 30 (trinta) dias, quando designado para cursos ou outras misses fora do Distrito Federal. Art 66. As frias e os afastamentos mencionados nesta seo so concedidos com a remunerao prevista na legislao especfica e computados como tempo de efetivo servio para todos os efeitos legais. SEO V Das Licenas Art 67. Licena a autorizao para afastamento total do servio, em carter temporrio, concedida ao bombeiro-militar, obedecidas as disposies legais e regulamentares. 1 A licena pode ser: a) especial; b) para tratar de interesse particular; c) para tratamento de sade de pessoa da famlia; e d) para tratamento de sade prpria. 2 A remunerao do bombeiro-militar, quando em qualquer das situaes de licena constantes do pargrafo anterior, ser regulada em legislao especfica. 3 A concesso de licena regulada pelo Comandante-Geral da Corporao. Art 68. A licena especial a autorizao para afastamento total do servio, relativa a cada decnio de tempo de efetivo servio prestado, concedida ao bombeiro-militar que a requerer, sem que implique em qualquer restrio para a sua carreira. 1 A licena especial tem a durao de 6 (seis) meses, podendo ser gozada de uma s vez ou parceladamente em perodos de 2 (dois) ou 3 (trs) meses em cada ano civil, quando solicitada pelo interessado e julgada conveniente pela autoridade competente. 2 O perodo de licena especial no interrompe a contagem de tempo de efetivo servio. 3 Os perodos de licena especial no gozados pelo bombeiro-militar sero computados em dobro para fins exclusivos de contagem de tempo para a passagem para a inatividade e, nesta situao, para todos os efeitos legais. 4 A licena especial no prejudicada pelo gozo anterior de qualquer licena para tratamento de sade ou para que sejam cumpridos atos de servio, nem anula o direito quelas licenas. 5 Uma vez concedida a licena especial, o bombeiro-militar ser exonerado do cargo ou dispensado do exerccio das funes que exerce e ficar disposio do rgo de Pessoal do Corpo de Bombeiros. Art 69. A licena para tratar de interesse particular a autorizao para afastamento total do servio, concedida ao bombeiro-militar que contar mais de 10 (dez) anos de efetivo servio e que a requerer com aquela finalidade. Pargrafo nico. A licena, de que trata este artigo, ser sempre concedida com prejuzo da remunerao e da contagem do tempo de efetivo servio. Art 70. As licenas podero ser interrompidas a pedido ou nas condies estabelecidas neste artigo. 1 A interrupo da licena especial e da licena para tratar de interesse particular poder ocorrer: a) em caso de mobilizao e estado de guerra; b) em casos de decretao de estado de emergncia ou de stio; c) para cumprimento de sentena que importe em restrio da liberdade individual; d) para cumprimento de punio disciplinar, conforme o regulado pelo Comandante-Geral da Corporao; e e) em caso de denncia, pronncia em processo criminal ou indiciao em inqurito policial-militar, a juzo da autoridade que efetivou a denncia, a pronncia ou a indiciao. 2 A interrupo de licena para tratar de interesse particular ser definitiva, quando o bombeiro-militar for reformado ou transferido ex officio para a reserva remunerada. 3 A interrupo de licena para tratamento de sade de pessoa da famlia, para cumprimento de pena disciplinar que importe em restrio da liberdade individual, ser regulada em legislao especfica ou peculiar. CAPTULO II Das Prerrogativas SEO I Da Constituio e Enumerao Art 71. As prerrogativas dos bombeiros-militares so constitudas pelas honras, dignidade e distino devidas aos graus hierrquicos e cargos. Pargrafo nico. So prerrogativas dos bombeiros-militares: a) o uso de ttulos, uniformes, distintivos, insgnias e emblemas do Corpo de Bombeiros, correspondentes ao posto ou graduao; b) honras, tratamento e sinais de respeito que lhes sejam assegurados em leis e regulamentos; c) cumprimento de pena de priso ou deteno somente em Organizao de Bombeiro-Militar da Corporao, cujo Comandante, Chefe ou Diretor tenha precedncia hierrquica sobre o preso; e d) julgamento em foro especial, dos crimes militares. Art 72. Somente em casas de flagrante delito, o bombeiro-militar poder ser preso por autoridade policial, ficando esta obrigada a entreg-lo imediatamente autoridade do Corpo de Bombeiros mais prxima, s podendo ret-lo, na Delegacia ou Posto Policial, durante o tempo necessrio lavratura do flagrante. 1 Cabe ao Comandante-Geral da Corporao a iniciativa de responsabilizar a autoridade policial que no cumprir o disposto neste artigo e que maltratar ou consentir que seja maltratado qualquer bombeiro-militar preso ou que no lhe der o tratamento devido ao seu posto ou graduao. 2 Se, durante o processo e julgamento no foro civil, houver perigo de vida para qualquer bombeiro-militar preso, o Comandante-Geral da Corporao providenciar os entendimentos com o juiz do feito, visando guarda dos pretrios ou

tribunais por Fora Policial-Militar. Art 73. Os bombeiros-militares da ativa, no exerccio de funes de bombeiro-militar, so dispensados do servio na instituio de jri e na Justia Eleitoral. SEO II Do Uso dos Uniformes Art 74. Os uniformes do Corpo de Bombeiros com seus distintivos, insgnias e emblemas, so privativos dos bombeirosmilitares e representam o smbolo da autoridade de bombeiro-militar, com as prerrogativas a ela inerentes. Pargrafo nico. Constituem crimes previstos na legislao especfica o desrespeito aos uniformes, distintivos, insgnias e emblemas dos bombeiros-militares, bem assim seu uso por parte de quem a eles no tiver direito. Art 75. O uso dos uniformes com seus distintivos, insgnias e emblemas, bem assim os modelos, descrio, composio e peas acessrias so estabelecidos em legislao peculiar do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. 1 proibido ao bombeiro-militar o uso dos uniformes: a) em manifestao de carter poltico-partidrio; b) no estrangeiro, quando em atividade no relacionada com a misso de bombeiro-militar, salvo quando expressamente determinado ou autorizado; e c) na inatividade, salvo para comparecer a solenidades bombeiro militares; cerimnias cvico-comemorativas das grandes datas nacionais ou a atos sociais solenes, quando devidamente autorizado. 2 Os bombeiros-militares na inatividade, cuja conduta possa ser considerada como ofensiva dignidade da classe, podero ser definitivamente proibidos de usar uniformes por deciso do Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros. Art 76. O bombeiro-militar fardado tem as obrigaes correspondentes ao uniforme que use e aos distintivos, emblemas ou s insgnias que ostente. Art 77. vedado a qualquer elemento civil ou organizaes civis usar uniformes ou ostentar distintivos, insgnias ou emblemas que possam ser confundidos com os adotados no Corpo de Bombeiros. Pargrafo nico. So responsveis pela infrao das disposies deste artigo, alm dos indivduos que a tenham cometido diretamente, os Diretores ou Chefes de reparties, organizaes de qualquer natureza, firma ou empregadores, empresas, institutos ou departamentos que tenham adotado ou consentido sejam usados uniformes ou ostentados distintivos, insgnias ou emblemas que possam ser confundidos com os adotados no Corpo de Bombeiros. TTULO IV Das Disposies Diversas CAPTULO I Das Situaes Especiais SEO I Da Agregao Art 78. A agregao a situao na qual o bombeiro-militar da ativa deixa de ocupar vaga na escala hierrquica do seu Quadro, nela permanecendo sem nmero. 1 O bombeiro-militar deve ser agregado quando: a) for nomeado para cargo considerado no exerccio de funo de natureza bombeiro-militar ou de interesse bombeiromilitar, estabelecido em lei, decreto-lei, ou decreto, no previsto nos Quadros de Organizao do Corpo de Bombeiros (QO); b) aguardar transferncia para a reserva remunerada, por ter sido enquadrado em qualquer dos requisitos que a motivam; e (Redao dada pela Lei n 12.086, de 2009). c) for afastado, temporariamente, do servio ativo por motivo de: 1) haver sido julgado incapaz, temporariamente, aps um ano contnuo de tratamento de sade prpria; 2) haver sido julgado incapaz, definitivamente, enquanto tramita o processo de reforma; 3) haver ultrapassado um ano contnuo de licena para tratamento de sade prpria; 4) haver ultrapassado 6 (seis) meses contnuos em licena para tratar de interesse particular; 5) haver ultrapassado 6 (seis) meses contnuos em licena para tratamento de sade de pessoa da famlia; 6) haver sido considerado oficialmente extraviado; 7) haver sido esgotado o prazo que caracteriza o crime de desero previsto no Cdigo Penal Militar, se oficial ou praa com estabilidade assegurada; 8) como desertor, ter-se apresentado voluntariamente ou ter sido capturado e reincludo a fim de se ver processar; 9) se ver processar, aps ficar exclusivamente disposio da Justia Comum; 10) haver sido condenado pena restritiva da liberdade superior a 6 (seis) meses, em sentena passada em julgado, enquanto durar a execuo, excludo o perodo de sua suspenso condicional, se concedida esta, ou at ser declarado indigno de pertencer ao Corpo de Bombeiros, ou com ele incompatvel; 11) haver passado disposio de outro rgo do Distrito Federal, da Unio, dos Estados ou Territrios para exercer funo de natureza civil; 12) haver sido nomeado para qualquer cargo pblico civil temporrio, no eletivo, inclusive da administrao indireta; 13) haver-se candidatado a cargo eletivo, desde que conte 5 (cinco) anos ou mais de efetivo servio; e 14) haver sido condenado pena de suspenso do exerccio do posto, graduao, cargo ou funo, prevista no Cdigo Penal Militar. 2 O bombeiro-militar, agregado de conformidade com as letras a e b do 1, continua a ser considerado, para todos os efeitos, como em servio ativo. 3 A agregao do bombeiro-militar, a que se refere a letra a e os ns 11 e 12 da letra c do 1, contada a partir da data de posse no novo cargo at o regresso Corporao ou transferncia ex officio para a reserva remunerada. 4 A agregao do bombeiro-militar, a que se referem os ns 1, 3, 4 e 5 da letra c do 1, contada a partir do primeiro dia aps os respectivos prazos e enquanto durar o evento. 5 A agregao do bombeiro-militar, a que se referem a letra b e os ns 2, 6, 7, 8, 9, 10 e 14 da letra c do 1, contada a partir da data indicada no ato que torna pblico o respectivo evento. 6 A agregao do bombeiro-militar, a que se refere o n 13 da letra c do 1, contada a partir do registro como candidato, at sua diplomao ou seu regresso Corporao, se no houver sido eleito. 7 O bombeiro-militar agregado fica sujeito s obrigaes disciplinares concernentes s suas relaes com outros

bombeiros-militares e autoridades civis e militares, salvo quando ocupar cargo que lhe d precedncia funcional sobre os outros bombeiros-militares mais graduados ou mais antigos. 8 Caracteriza a posse no novo cargo regulado pelo 3, a entrada em exerccio no cargo ou respectiva funo. Art 79. O bombeiro-militar agregado fica adido, para efeito de alteraes e remunerao, Diretoria de Pessoal, continuando a figurar no lugar que ento ocupava no Almanaque ou Escala Numrica, com a abreviatura "Ag" e anotaes esclarecedoras de sua situao. Art 80. A agregao se faz mediante ato do Governador do Distrito Federal, para oficiais e pelo Comandante-Geral, para as praas. SEO II Da Reverso Art 81. Reverso o ato pelo qual o bombeiro-militar agregado retorna ao respectivo Quadro, to logo cesse o motivo que determinou a sua agregao, voltando a ocupar o lugar que lhe competir no respectivo Almanaque ou Escala Numrica, na primeira vaga que ocorrer. Pargrafo nico. Em qualquer tempo, poder ser determinada a reverso do bombeiro-militar agregado, exceto nos casos previstos nos ns 1, 2, 3, 6, 7, 8, 10, 13 e 14 da letra c do 1 do artigo 78. Art 82. A reverso de oficiais ser efetuada mediante ato do Governador do Distrito Federal e a das praas mediante ato do Comandante-Geral da Corporao. SEO III Do Excedente Art 83. Excedente a situao transitria a que, automaticamente, passa o bombeiro-militar que: I - tendo cessado o motivo que determinou sua agregao, reverte ao respectivo Quadro, estando este com o efetivo completo; II - aguardando a colocao a que faz jus na escala hierrquica, aps haver sido transferido do Quadro, estando ele com o seu efetivo completo; III - promovido por bravura, sem haver vaga; IV - promovido indevidamente, mesmo havendo vaga; V - sendo o mais moderno da respectiva escala hierrquica, ultrapassa o efetivo de seu Quadro, em virtude de promoo de outro bombeiro-militar em ressarcimento de preterio; e VI - tendo cessado o motivo que determinou sua reforma por incapacidade definitiva, retorne ao respectivo Quadro, estando este com o seu efetivo completo. 1 O bombeiro-militar, cuja situao a de excedente, salvo o indevidamente promovido, ocupa a mesma posio relativa, em antigidade, que lhe cabe na escala hierrquica, com a abreviatura "EXCD" e receber o nmero que lhe competir em conseqncia da primeira vaga que se verificar. 2 O bombeiro-militar, cuja situao de excedente, considerado como em efetivo servio, para todos os efeitos e concorre, respeitados os requisitos legais e em igualdade de condies e sem nenhuma restrio, a qualquer cargo de bombeiro-militar, bem assim promoo. 3 O bombeiro-militar promovido por bravura, sem haver vaga, ocupar a primeira que se abrir, deslocando o critrio da promoo a ser seguido, para a vaga seguinte. 4 O bombeiro-militar, promovido indevidamente, s contar antigidade e receber o nmero que lhe competir, na escala hierrquica, quando a vaga, que dever preencher, corresponder ao critrio pelo qual deveria ter sido promovido, desde que satisfaa os requisitos para a promoo. SEO IV Do Ausente e do Desertor Art 84. considerado ausente o bombeiro-militar que, por mais de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas: I - deixar de comparecer sua Organizao do Corpo de Bombeiros, sem comunicar qualquer motivo de impedimento; e II - deixar, sem licena, a Organizao do Corpo de Bombeiros onde serve ou local onde deve permanecer. Pargrafo nico. Decorrido o prazo mencionado neste artigo, sero observadas as formalidades previstas em legislao especfica. Art 85. O bombeiro-militar considerado desertor nos casos previstos na legislao penal militar. SEO V Do Desaparecimento e do Extravio Art 86. considerado desaparecido o bombeiro-militar da ativa que, no desempenho de qualquer servio, em viagem, em atividade de busca e salvamento, de combate a incndio, em casos de inundaes, desabamentos, catstrofes ou calamidade pblica, tiver paradeiro ignorado por mais de 8 (oito) dias. Pargrafo nico. A situao de desaparecimento s ser considerada quando no houver indcio de desero. Art 87. O bombeiro-militar que, na forma do artigo anterior, permanecer desaparecido por mais de 30 (trinta) dias, ser oficialmente considerado extraviado. CAPTULO II Da Excluso do Servio Ativo SEO I Da Ocorrncia Art 88. A excluso do servio ativo do Corpo de Bombeiros e o conseqente desligamento da Organizao, a que estiver vinculado o bombeiro-militar, decorrem dos seguintes motivos: I - transferncia para a reserva remunerada; II - reforma; III - demisso; IV - perda do posto e patente; V - licenciamento; VI - excluso a bem da disciplina; VII - desero; VIII - falecimento; e IX - extravio.

Pargrafo nico. O desligamento do servio ativo ser processado aps a expedio do ato do Governador do Distrito Federal ou de autoridade qual tenha delegado poderes para isso. Art 89. A transferncia para a reserva remunerada ou reforma no isenta o bombeiro-militar da indenizao dos prejuzos causados Fazenda do Distrito Federal ou a terceiros, nem dos pagamentos das penses decorrentes de sentena judicial. Art 90. O bombeiro-militar da ativa, enquadrado em um dos itens I, II e V do artigo 88, ou na situao de demissionrio a pedido, continuar no exerccio de suas funes at ser desligado da Organizao do Corpo de Bombeiros em que serve. SEO II Da Transferncia para a Reserva Remunerada Art 91. A passagem do bombeiro-militar situao de inatividade, mediante transferncia para a reserva remunerada, efetuar-se-: I - a pedido; e II - ex officio. Art 92. A transferncia para a reserva remunerada, a pedido, ser concedida, mediante requerimento, ao bombeiro-militar que contar mais de 30 (trinta) anos de servio. 1 facultado ao Coronel BM, exonerado ou demitido do cargo de Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros, requerer transferncia para a reserva remunerada, quando no contar mais de 30 (trinta) anos de servio. 2 No caso de o bombeiro-militar haver concludo qualquer curso ou estgio de durao superior a 6 (seis) meses, por conta do Distrito Federal, no estrangeiro, sem haver decorrido 3 (trs) anos de seu trmino, a transferncia para a reserva remunerada s ser concedida mediante autorizao de todas as despesas correspondentes realizao do referido curso ou estgio, inclusive as diferenas de vencimento. O clculo da indenizao ser efetuado pelo rgo competente da Corporao. a) respondendo a inqurito ou processo em qualquer jurisdio; e b) cumprindo pena de qualquer natureza. Art 93. A transferncia para a reserva remunerada, ex officio, verificar-se- sempre que o bombeiro-militar incidir nos seguintes casos: I - atingir as seguintes idades-limite: a) para o Quadro de Oficiais Combatentes: (Redao dada pela Lei n 12.086, de 2009). 1. 62 (sessenta e dois) anos, para o posto de Coronel; (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). 2. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto de Tenente-Coronel; (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). 3. 55 (cinquenta e cinco) anos, para os postos de Major e Capito; e (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). 4. 51 (cinquenta e um) anos, para os postos de oficiais subalternos; (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). b) para os demais Quadros: (Redao dada pela Lei n 12.086, de 2009). 1. 64 (sessenta e quatro) anos, para o posto de Coronel; (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). 2. 60 (sessenta) anos, para o posto de Tenente-Coronel; (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). 3. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto de Major; e (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). 4. 56 (cinquenta e seis) anos, para os postos Intermedirio e Subalterno; e (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). c) para Praas: (Redao dada pela Lei n 12.086, de 2009). 1. 59 (cinquenta e nove) anos, para graduao de Subtenente; (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). 2. 58 (cinquenta e oito) anos, para graduao de Primeiro-Sargento; (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). 3. 57 (cinquenta e sete) anos, para graduao de Segundo-Sargento; (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). 4. 56 (cinquenta e seis) anos, para graduao de Terceiro-Sargento; e (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). 5. 54 (cinquenta e quatro) anos, para graduao de Cabos e Soldados; (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). II - ultrapassar o Coronel BM, que contar mais de 30 (trinta) anos de servio, 6 (seis) anos de permanncia neste posto; III - ter sido o Tenente-Coronel BM constante do QAM, preterido por 2 (duas) vezes para promoo ao posto de Coronel BM, a partir da data em que completar 30 (trinta) anos de servio, desde que, na oportunidade, seja promovido um oficial mais moderno; IV - ultrapassar o Tenente-Coronel e o Major 6 (seis) anos de permanncia no posto, quando esse for o ltimo de seu Quadro, desde que conte 30 (trinta) anos ou mais de servio; (Redao dada pela Lei n 12.086, de 2009). V - for o oficial considerado no habilitado para o acesso em carter definitivo, no momento em que vier a ser objeto de apreciao para o ingresso em Quadro de Acesso; VI - ultrapassar 2 (dois) anos, contnuos ou no, em licena para tratar de interesse particular; VII - ultrapassar 2 (dois) anos, contnuos em licena para tratamento de sade de pessoa de sua famlia; VIII - ser empossado em cargo pblico permanente estranho sua carreira, cujas funes sejam de magistrio; IX - ultrapassar 2 (dois) anos de afastamento, contnuos ou no, agregado em virtude de ter passado a exercer cargo ou emprego pblico civil temporrio, no eletivo, inclusive da administrao indireta; e X - ser diplomado em cargo eletivo, na forma da letra b , do pargrafo nico, do artigo 53. 1 Aplica-se, para todos os efeitos, o disposto na alnea b do 1 do art. 78, ao Coronel BM que completar 6 (seis) anos de permanncia nesse posto, aguardando, na situao ali prevista, a transferncia ex officio, para a reserva remunerada, ao completar mais de 30 (trinta) anos de servio. 4 A transferncia do Bombeiro-Militar para a reserva remunerada, nas condies estabelecidas no item VIII, ser efetivada no posto ou graduao que tinha na ativa, podendo acumular os proventos a que fizer jus na inatividade com a remunerao do cargo ou emprego civil para o qual foi nomeado ou admitido. 5 A nomeao ou admisso do bombeiro-militar para o cargo ou emprego pblico, de que tratam os itens VIII e IX, somente poder ser feita: a) quando a nomeao ou admisso for da alada federal ou estadual, pela autoridade competente, mediante requisio ao Governador do Distrito Federal; e b) pelo Governador do Distrito Federal ou mediante sua autorizao, nos demais casos. 6 Enquanto permanecer no cargo ou emprego pblico de que trata o item IX: a) ser-lhe- assegurada a opo entre a remunerao do cargo ou emprego e a do posto ou graduao; b) somente poder ser promovido por antiguidade; e c) o tempo de servio ser contado apenas para a promoo por antiguidade e para a transferncia para a inatividade. Art 94. A transferncia do bombeiro-militar para a reserva remunerada pode ser suspensa na vigncia do estado de

guerra, estado de stio ou de estado de emergncia, em caso de mobilizao de interesse da segurana pblica. SEO III Da Reforma Art 95. A passagem do bombeiro-militar situao de inatividade, mediante reforma, ser sempre ex officio e a ele aplicada, desde que: I - atinja as seguintes idades-limite de permanncia, na reserva remunerada: a) para oficiais: 65 (sessenta e cinco) anos; (Redao dada pela Lei n 12.086, de 2009). b) para Praas: 63 (sessenta e trs) anos; (Redao dada pela Lei n 12.086, de 2009). c) (revogado); (Redao dada pela Lei n 12.086, de 2009). II - seja julgado incapaz, definitivamente, para o servio ativo do Corpo de Bombeiros; III - esteja agregado h mais de 2 (dois) anos, por ter sido julgado incapaz temporariamente, mediante homologao de junta Superior de Sade, ainda que se trate de molstia curvel; IV - seja condenado pena de reforma prevista no Cdigo Penal Militar, por sentena transitada em julgado; V - sendo oficial, a tiver determinada pelo Tribunal de Justia do Distrito Federal, em julgamento efetuado em conseqncia de Conselho de Justificao a que foi submetido; e VI - sendo aspirante-a-oficial BM ou praa com estabilidade assegurada, for para tal indicado, ao Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros, em julgamento do Conselho de Disciplina. Pargrafo nico. O bombeiro-militar, reformado nos termos dos itens V e VI deste artigo, s poder readquirir a situao de bombeiro-militar anterior, respectivamente, por outra sentena do Tribunal de Justia do Distrito Federal e nas condies nelas estabelecidas ou por deciso do Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros. Art 96. Anualmente, no ms de fevereiro, a Diretoria de Pessoal organizar a relao dos bombeiros-militares que houverem atingido a idade-limite de permanncia na reserva remunerada, a fim de serem reformados. Pargrafo nico. A situao de inatividade do bombeiro-militar da reserva remunerada, quando reformado por limite de idade, no sofre soluo de continuidade, exceto quanto s condies de mobilizao estabelecidas em legislao especfica. Art 97. A incapacidade definitiva pode sobrevir em conseqncia de: I - ferimento recebido em atividades prprias dos bombeiros-militares ou na manuteno da ordem pblica; II - enfermidade contrada em atividades prprias dos bombeiros-militares ou na manuteno da ordem pblica, bem assim a que tenha como causa eficiente uma dessas situaes; III - acidente em servio; IV - doena, molstia ou enfermidade adquirida em tempo de paz, com relao de causa e efeito a condies inerentes ao servio; V - tuberculose ativa, alienao mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra, paralisia irreversvel e incapacitante, cardiopatia grave, mal de parkinson, pnfigo, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave e outras molstias que a lei indicar, com base nas concluses da medicina especializada; e VI - acidente ou doena, molstia ou enfermidade, sem relao de causa e efeito com o servio. 1 Os casos de que tratam os itens I, II, III e IV, deste artigo, sero provados mediante atestados de origem ou inqurito sanitrio de origem, sendo os termos do acidente, baixa ao hospital, papeleta de tratamento nas enfermarias e hospitais e os registros da baixa utilizados como meios subsidirios para esclarecer a situao. 2 Os bombeiros-militares, julgados incapazes por um dos motivos constantes do item V deste artigo, somente podero ser reformados aps homologao, por junta superior de sade, da inspeo de sade que concluiu pela incapacidade definitiva, obedecida a regulamentao especfica ou peculiar. Art 98. O bombeiro-militar da ativa julgado incapaz definitivamente por um dos motivos constantes dos itens I, II, III, IV e V, do artigo anterior, ser reformado com qualquer tempo de servio. Art 99. O bombeiro-militar da ativa, julgado incapaz definitivamente por um dos motivos constantes dos itens I e II do artigo 97, ser reformado com a remunerao calculada com base no soldo correspondente ao grau hierrquico imediatamente superior ao que possuir na ativa. 1 Aplica-se o disposto neste artigo aos casos previstos nos itens III, IV e V do artigo 97, quando, verificada a incapacidade definitiva, for o bombeiro-militar considerado invlido, ou seja, impossibilitado total e permanentemente para qualquer trabalho. 2 Considera-se, para efeito deste artigo, grau hierrquico imediato: a) o de primeiro-tenente BM, para aspirante-a-oficial e subtenente BM; b) o de segundo-tenente BM, para primeiro-sargento BM, segundo-sargento BM e terceiro-sargento BM; e c) o de terceiro-sargento BM, para cabo BM e as demais praas constantes do Quadro a que se refere o artigo 15. 3 Aos benefcios previstos neste artigo podero ser acrescidos outros relativos remunerao, estabelecidos em legislao especfica, desde que o bombeiro-militar, ao ser reformado, j satisfaa as condies por ela exigidas. 4 O direito do bombeiro-militar previsto no artigo 51, item II, independer dos benefcios referidos no caput e no 1 deste artigo, ressalvado o disposto no pargrafo nico do artigo 136. 5 Quando a praa fizer jus ao direito previsto no item II, do artigo 51 e, conjuntamente, a um dos benefcios a que se refere o pargrafo anterior, aplicar-se- somente o disposto no 2 deste artigo. Art 100. O Bombeiro-Militar da ativa julgado incapaz definitivamente por um dos motivos constantes do item VI do artigo 97, ser reformado: I - com a remunerao proporcional ao tempo de servio, se oficial ou praa com estabilidade assegurada; II - com a remunerao calculada com base no soldo integral do posto ou graduao desde que, com qualquer tempo de servio, seja considerado invlido, como impossibilitado total e permanentemente para qualquer trabalho. Art 101. O bombeiro-militar reformado por incapacidade definitiva, que for julgado apto em inspeo de sade por Junta Superior, em grau de recurso ou reviso, poder retornar ao servio ativo ou ser transferido para a reserva remunerada, conforme dispuser a legislao especfica ou peculiar. 1 O retorno ao servio ativo ocorrer se o tempo decorrido na situao de reformado no ultrapassar 2 (dois) anos e na forma do disposto no 1 do artigo 83. 2 A transferncia para a reserva remunerada, observado o limite de idade para permanncia nessa situao, ocorrer se o tempo transcorrido como reformado ultrapassar 2 (dois) anos.

Art 102. O bombeiro-militar reformado por alienao mental, enquanto no ocorrer a designao judicial do curador, ter remunerao paga aos seus beneficirios, desde que estes o tenham sob sua guarda e responsabilidade e lhe dispensem tratamento humano condigno. 1 A interdio judicial do bombeiro-militar; reformado por alienao mental, dever ser providenciada junto ao Ministrio Pblico, por iniciativa dos beneficirios, parentes ou responsveis, at 60 (sessenta) dias a contar da data do ato de reforma. 2 A interdio judicial do bombeiro-militar e seu internamento em instituio apropriada devero ser providenciados pelo Corpo de Bombeiros, quando: a) no houver beneficirios, parentes ou responsveis; e b) no forem satisfeitas as condies de tratamento exigidas neste artigo. 3 Os processos e os atos de registros de interdio do bombeiro-militar tero andamento sumrio, sero instrudos com laudo proferido por Junta de Sade do Corpo de Bombeiros e isentos de custas. Art 103. Para fins do previsto na presente Seo, as praas constantes do Quadro a que se refere o artigo 15 so consideradas: I - segundo-tenente BM: os aspirantes-a-oficial BM; II - aspirantes-a-oficial BM: os alunos do Curso de Formao de Oficiais BM, qualquer que seja o ano; III - terceiro-sargento BM: os alunos dos Cursos de Formao de Sargento BM; e IV - cabo BM: os alunos dos Cursos de Formao de Soldados BM. SEO IV Da Demisso Art 104. A demisso do Corpo de Bombeiros, aplicada exclusivamente aos oficiais, efetuar-se-: I - a pedido; e Il - ex officio . Art 105. A demisso, a pedido, ser concedida mediante requerimento do interessado: I - sem indenizao aos cofres pblicos, quando contar mais de 5 (cinco) anos de oficialato no Corpo de Bombeiros, ressalvado o disposto no 1 deste artigo; e II - com indenizao das despesas relativas sua preparao e formao, quando contar menos de 5 (cinco) anos de oficialato no Corpo de Bombeiros. 1 A demisso a pedido s ser concedida mediante indenizao de todas as despesas correspondentes, acrescidas, se for o caso, das previstas no item II, quando o oficial houver realizado qualquer curso ou estgio, no Pas ou no exterior, e no hajam decorrido os seguintes prazos: a) 2 (dois) anos, para cursos ou estgios de durao igual ou superior a 2 (dois) meses e inferior a 6 (seis) meses; b) 3 (trs) anos, para cursos ou estgios de durao igual ou superior a 6 (seis) meses e igual ou inferior a 18 (dezoito) meses; e c) 5 (cinco) anos, para cursos ou estgios de durao superior a 18 (dezoito) meses. 2 O clculo das indenizaes, a que se referem a letra b e o 1 deste artigo, ser efetuado pela Organizao BombeiroMilitar encarregada das finanas do Corpo de Bombeiros. 3 O oficial demissionrio, a pedido, no ter direito a qualquer remunerao, sendo a sua situao militar definida pela Lei do Servio Militar. 4 O direito demisso, a pedido, pode ser suspenso na vigncia do estado de guerra, calamidade pblica, estado de stio, estado de emergncia, em caso de mobilizao ou, ainda quando a legislao especfica determinar. Art 106. O oficial da ativa que passar a exercer cargo ou emprego pblico permanente estranho sua carreira, cuja funo no seja de magistrio, ser demitido ex officio e transferido para a reserva, sem direito a qualquer remunerao ou indenizao, sendo a sua situao militar definida pela Lei do Servio Militar. SEO V Da Perda do Posto e da Patente Art 107. O oficial bombeiro-militar perder o posto e a patente se for declarado indigno do oficialato, ou com ele incompatvel, por deciso do Tribunal de Justia do Distrito Federal, em decorrncia de julgamento a que for submetido. Pargrafo nico. O oficial bombeiro-militar declarado indigno do oficialato ou com ele incompatvel, condenado perda de posto e patente, s poder readquirir a situao de bombeiro-militar anterior por outra sentena do Tribunal, a que se refere este artigo, e nas condies nelas estabelecidas. Art 108. O oficial bombeiro-militar que houver perdido o posto e a patente ser demitido ex officio, sem direito a qualquer remunerao ou indenizao, e ter a sua situao militar definida pela Lei do Servio Militar. Art 109. Fica sujeito declarao de indignidade para o oficialato ou de incompatibilidade com ele, o oficial que: I - for condenado, por Tribunal Civil ou Militar, a pena restritiva de liberdade individual superior a 2 (dois) anos, em decorrncia de sentena condenatria transitada em julgado; II - for condenado, por sentena transitada em julgado, por crimes para os quais o Cdigo Penal Militar comina essa pena acessria e por crimes previstos na legislao concernente Segurana do Estado; III - incidir nos casos previstos em leis especficas que motivam julgamento por Conselho de Justificao, e por ele considerado culpado; e IV - houver perdido a nacionalidade brasileira. SEO VI Do Licenciamento Art 110. O licenciamento do servio ativo, aplicado somente s praas, efetuar-se-: I - a pedido; e II - ex officio. 1 O licenciamento a pedido poder ser concedido s praas de acordo com as normas baixadas pelo Comandante-Geral. 2 O licenciamento ex officio ser aplicado s praas: a) por convenincia do servio; b) a bem da disciplina; e c) por concluso de tempo de servio. 3 O bombeiro-militar licenciado no tem direito a qualquer remunerao e ter a sua situao militar definida pela Lei do Servio Militar.

4 O bombeiro-militar licenciado ex officio, a bem da disciplina, receber o certificado de iseno do servio militar, previsto na Lei do Servio Militar. Art 111. O aspirante-a-oficial BM e as demais praas que passarem a exercer cargo ou emprego pblico permanente, estranho sua carreira e cuja funo no seja de magistrio, sero imediatamente licenciados ex officio, sem remunerao e tero a sua situao definida pela Lei do Servio Militar. Art 112. O direito ao licenciamento a pedido poder ser suspenso na vigncia do estado de guerra, calamidade pblica, perturbao da ordem interna, estado de stio, estado de emergncia, em caso de mobilizao ou, ainda, quando a legislao especfica regular. SEO VII Da Excluso das Praas a Bem da Disciplina Art 113. A excluso a bem da disciplina ser aplicada ex officio ao aspirante-a-oficial BM ou s praas com estabilidade assegurada: I - sobre os quais houver pronunciado tal sentena o Conselho Permanente de Justia, por haverem sido condenados, em sentena transitada em julgado por aquele Conselho ou Tribunal Civil, pena restritiva da liberdade individual superior a 2 (dois) anos ou, nos crimes previstos na legislao concernente Segurana do Estado, pena de qualquer durao; II - sobre os quais houver pronunciado tal sentena o Conselho Permanente de Justia, por haverem perdido a nacionalidade; e III - que incidirem nos casos que motivaram o julgamento pelo Conselho de Disciplina, previsto no artigo 50, e por ele considerados culpados. Pargrafo nico. O aspirante-a-oficial ou praa com estabilidade assegurada, que houver sido excludo a bem da disciplina, s poder readiquirir a situao de bombeiro-militar anterior: a) por outra sentena de Conselho Permanente de Justia, e nas condies nelas estabelecidas, se a excluso for conseqncia de sentena daquele Conselho; e b) por deciso do Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros, se a excluso for conseqncia de ter sido julgado em Conselho de Disciplina. Art 114. da competncia do Comandante-Geral o ato de excluso, a bem da disciplina, do aspirante-a-oficial BM, bem assim das praas com estabilidade assegurada. Art 115. A excluso da praa, a bem da disciplina, acarreta a perda do seu grau hierrquico e no o isenta da indenizao dos prejuzos causados Fazenda do Distrito Federal ou a terceiros, nem das penses decorrentes de sentena judicial. Pargrafo nico. A praa excluda, a bem da disciplina, no ter direito a qualquer indenizao ou remunerao e a sua situao militar ser definida pela Lei Servio Militar. SEO VIII Da Desero Art 116. A desero do bombeiro-militar acarreta uma interrupo do servio de bombeiro-militar, com a conseqente demisso ex - officio, para o oficial, ou excluso do servio ativo, para o aspirante-a-oficial ou praa. 1 A demisso do oficial ou a excluso do aspirante-a-ofcial ou da praa com estabilidade assegurada processar-se- aps 1 (um) ano de agregao, se no houver captura ou apresentao voluntria antes desse prazo. 2 A praa, sem estabilidade assegurada, ser automaticamente excluda, aps oficialmente declarada desertora. 3 O bombeiro-militar desertor, que for capturado ou que se apresentar voluntariamente depois de ter sido demitido ou excludo, ser reincludo no servio ativo e, a seguir, agregado para se ver processar. 4 A reincluso em definitivo do bombeiro-militar, de que trata o pargrafo anterior, depender de sentena do Conselho de Justia. SEO IX Do Falecimento, do Extravio e do Reaparecimento Art 117. O falecimento do bombeiro-militar na ativa acarreta, automaticamente, a excluso do servio ativo e desligamento da Organizao do Corpo de Bombeiros a que est vinculado, na data da ocorrncia do bito. Art 118. O extravio do bombeiro-militar na ativa acarreta interrupo do servio de bombeiro-militar, com o conseqente afastamento temporrio do servio ativo, a partir da data em que for oficialmente considerado extraviado. 1 O desligamento do servio ativo ser feito 6 (seis) meses aps a agregao por motivo de extravio. 2 Em caso de naufrgio, sinistro areo, catstrofe, calamidade pblica ou outros acidentes oficialmente reconhecidos, o extravio ou o desaparecimento do bombeiro-militar da ativa ser considerado como falecimento, para fins deste Estatuto, to logo sejam esgotados os prazos mximos de possvel sobrevivncia ou quando se dem por encerradas as providncias do salvamento. Art 119. O reaparecimento do bombeiro-militar extraviado ou desaparecido, j desligado do servio ativo, resulta em sua reincluso e nova agregao, enquanto se apuram as causas que deram origem ao seu afastamento. Pargrafo nico. O bombeiro-militar reaparecido ser submetido a Conselho de Justificao ou a Conselho de Disciplina, por deciso do Governador do Distrito Federal ou do Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros, respectivamente, se assim for julgado necessrio. CAPITULO III Do Tempo de Servio Art 120. Os bombeiros-militares comeam a contar o tempo de servio no Corpo de Bombeiros a partir da data de sua incluso, matrcula em rgo de formao de bombeiro-militar ou nomeao para o posto ou graduao no Corpo de Bombeiros. 1 Considera-se como data de incluso, para fins deste artigo, a do ato de incluso em uma Organizao do Corpo de Bombeiros, a de matrcula em qualquer rgo de formao de oficiais ou praas ou a de apresentao para o servio em caso de nomeao. 2 O bombeiro-militar reincludo recomea a contar tempo de servio da data de sua reincluso. 3 Quando, por motivo de fora maior, oficialmente reconhecido, decorrente de incndio, inundao, sinistro areo e outras calamidades, faltarem dados para a contagem do tempo de servio, caber ao Comandante-Geral arbitrar o tempo ser computado para cada caso particular, de acordo com os elementos disponveis. 4 Os perodos de tempo de servio, prestados pelas praas, sero estabelecidos em normas baixadas pelo Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros.

Art 121. Na apurao do tempo de servio do bombeiro-militar, ser feita a distino entre: I - tempo de efetivo servio; e II - anos de servio. III - tempo de servio arregimentado. (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). Art 122. Tempo de Efetivo Servio o espao de tempo computado dia a dia entre a data de incluso e a data-limite estabelecida para contagem ou da data do desligamento em conseqncia da excluso do servio ativo, mesmo que tal espao de tempo seja parcelado. 1 Ser computado como de efetivo servio: a) o tempo de servio militar prestado nas Foras Armadas ou nas Foras Auxiliares; e b) o tempo passado dia a dia, nas Organizaes do Corpo de Bombeiros, pelo bombeiro-militar da reserva da Corporao, convocado para o exerccio de funes de bombeiro-militar. 2 No sero deduzidos do tempo efetivo de servio, alm dos afastamentos previstos no artigo 66, os perodos em que o bombeiro-militar estiver afastado do exerccio de suas funes, em gozo de licena especial. 3 Ao tempo de efetivo servio de que trata este artigo, apurado o totalizado em dias, ser aplicado o divisor de 365 (trezentos e sessenta e cinco) para a correspondente obteno dos anos de efetivo servio. Art. 122-A. Tempo de servio arregimentado o tempo passado pelo bombeiro militar no desempenho de funo em Organizao do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal ou em funo considerada de natureza militar quando cedido ou disposio de outro rgo pblico, conforme estabelecer legislao especfica. (Includo pela Lei n 12.086, de

2009). 1o Ser considerado como tempo de servio arregimentado o tempo passado dia a dia nas Organizaes do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal pelo bombeiro militar da reserva da Corporao convocado para o exerccio de funes de bombeiro militar. (Includo pela Lei n 12.086, de 2009). 2o No sero deduzidos do tempo de servio arregimentado, alm dos afastamentos previstos no art. 66, os perodos em que o bombeiro militar estiver em gozo do afastamento total a que se refere o art. 68. (Includo pela Lei n 12.086, de

2009).Art 123. Anos de Servio a expresso que designa o tempo de efetivo servio a que se refere o artigo 122, com os seguintes acrscimos: I - tempo de servio pblico federal, estadual ou municipal, prestado pelo bombeiro-militar, anteriormente sua incluso, matrcula, nomeao ou reincluso no Corpo de Bombeiros; II - tempo de servio de atividade privada na forma da Lei n 6.226, de 14 de julho de 1975, alterada pela Lei n 6.864, de 1 de dezembro de 1980; III - 1 (um) ano para cada 5 (cinco) anos de tempo de efetivo servio prestado pelo oficial do Quadro de Sade que possuir curso universitrio, at que este acrscimo complete o total de anos de durao normal correspondente ao referido curso, sem superposio a qualquer tempo de servio de bombeiro-militar ou pblico, eventualmente prestado durante a realizao desse mesmo curso; IV - tempo relativo a cada licena especial no gozada, contado em dobro; e V - tempo relativo a frias no gozadas, contado em dobro. 1 O acrscimo a que se refere o item I, deste artigo, s ser computado no momento da passagem do bombeiro-militar situao de inatividade e para esse fim. 2 Os acrscimos a que se referem os itens II, III, IV e V, deste artigo, sero computados somente no momento da passagem do bombeiro-militar situao de inatividade e, nessa situao, para todos os efeitos legais, inclusive quanto percepo definitiva da gratificao de tempo de servio. 3 O disposto no item III, deste artigo, aplicar-se-, nas mesmas condies e na forma da legislao especfica ou peculiar, aos possuidores de curso universitrio, reconhecido oficialmente, que venham a ser aproveitados como oficiais do Corpo de Bombeiros, desde que esse curso seja requisito para seu aproveitamento. 4 No computvel, para nenhum efeito, o tempo: a) que ultrapassar de 1 (um) ano, contnuo ou no, em licena para tratamento de sade de pessoa da famlia; b) passado em licena para tratar de interesse particular; c) passado como desertor; d) decorrido em cumprimento de pena de suspenso do exerccio do posto, graduao, cargo ou funo por sentena transitada em julgado; e e) decorrido em cumprimento de pena restritiva da liberdade, por sentena transitada em julgado, desde que no tenha sido concedida suspenso condicional da pena, quando, ento, o tempo que exceder ao perodo da pena ser computado para todos os efeitos, caso as condies estipuladas na sentena no o impeam. Art 124. O tempo que o bombeiro-militar passou ou vier a passar afastado do exerccio de suas funes, em conseqncia de ferimentos recebidos em acidente quando em servio na manuteno da ordem pblica e em operaes especficas de bombeiro-militar, ou de molstia adquirida no exerccio de qualquer funo de bombeiro-militar, ser computado como se ele o tivesse passado no exerccio efetivo daquelas funes. Art 125. Tempo de servio em campanha, para o bombeiro-militar, o perodo em que ele esteja em operaes de guerra. Pargrafo nico. A participao do bombeiro-militar, em atividades dependentes ou decorrentes das operaes de guerra, ser regulada em legislao especfica. Art 126. O tempo de servio dos bombeiros-militares, beneficiados por anistia, ser contado como estabelecer a legislao que a conceder. Art 127. Uma vez computados o tempo de efetivo servio e seus acrscimos, previstos nos artigos 122 e 123, e no momento da passagem do bombeiro-militar situao de inatividade, pelos itens I, II, III, IV e V do artigo 93 e nos itens II e III do artigo 95, a frao de tempo igual ou superior a 180 (cento e oitenta) dias ser considerada como 1 (um) ano para os efeitos legais. Art 128. A data-limite estabelecida para final de contagem dos anos de servio, para a inatividade, ser a do desligamento em conseqncia da excluso do servio ativo. Pargrafo nico. A data-limite no poder exceder de 45 (quarenta e cinco) dias, dos quais o mximo de 15 (quinze) dias

no rgo encarregado de efetivar a transferncia, da data da publicao do ato de transferncia para a reserva remunerada do Corpo de Bombeiros ou reforma, no rgo oficial do Governo do Distrito Federal ou em Boletim da Organizao de Bombeiro Militar, considerada sempre a primeira publicao oficial. Art 129. Na contagem dos anos de servio no poder ser computada qualquer superposio de tempo de servio pblico federal, estadual, municipal ou da administrao indireta, entre si, nem com os acrscimos de tempo para os possuidores de curso universitrio ou com o tempo de servio computvel aps a incluso em Organizao do Corpo de Bombeiros, matrcula em rgo de formao de bombeiro-militar ou nomeao para o posto ou graduao no Corpo de Bombeiros. CAPITULO IV Do Casamento Art 130. O bombeiro-militar da ativa pode contrair matrimnio, desde que obedecida a legislao civil especfica. 1 vedado o casamento s praas especiais, com qualquer idade, enquanto estiverem sujeitas aos regulamentos dos rgos de formao. 2 O casamento do bombeiro-militar, com pessoa estrangeira, somente poder realizar-se aps autorizao do Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros. 3 Excetuadas as situaes previstas nos 1 e 2 deste artigo, todo bombeiro-militar deve participar, com antecedncia, ao Comandante de sua Organizao do Corpo de Bombeiros, o evento a ser realizado. Art 131. As praas especiais que contrarem matrimnio, em desacordo com o 1 do artigo anterior, sero excludas sem direito a qualquer remunerao ou indenizao. CAPITULO V Das Recompensas e das Dispensas do Servio Art 132. As recompensas constituem reconhecimento dos bons servios prestados pelos bombeiros-militares. 1 So recompensas para os bombeiros-militares: a) prmios de Honra ao Mrito; b) condecoraes; c) elogios; e d) dispensas do servio. 2 As recompensas sero concedidas de acordo com as normas estabelecidas na legislao especfica ou peculiar. Art 133. As dispensas do servio so autorizaes concedidas aos bombeiros-militares para afastamento total do servio, em carter temporrio. Art 134. As dispensas do servio so autorizaes concedidas aos bombeiros-militares: I - como recompensa; II - para desconto em frias; e III - em decorrncia de prescrio mdica. Pargrafo nico. As dispensas do servio sero concedidas com a remunerao integral e computadas como tempo de efetivo servio. TITULO V Das Disposies Gerais, Transitrias e Finais Art 135. A assistncia religiosa aos bombeiros-militares regulada em legislao especfica ou peculiar. Art 136. O bombeiro-militar beneficiado por uma ou mais das Leis n 288, de 8 de junho de 1948; 616, de 2 de fevereiro de 1949; 1.156, de 12 de julho de 1950; 1.267, de 9 de dezembro de 1950, em virtude do disposto no artigo 61, deste Estatuto, no mais usufruir das promoes previstas naquelas leis, ficando assegurada, por ocasio da transferncia para a reserva remunerada do Corpo de Bombeiros ou reforma, a remunerao de inatividade relativa ao posto ou graduao a que seria promovido em decorrncia da aplicao das referidas leis. Pargrafo nico. A remunerao de