legislação aplicada à logística

32
Inglês Técnico para Logística Seção de aprendizagem 1 Legislação aplicada à Logística

Upload: luiz-carlos

Post on 09-Nov-2015

104 views

Category:

Documents


11 download

DESCRIPTION

Legislação Aplicada a logística

TRANSCRIPT

  • Ingls Tcnico para LogsticaSeo de aprendizagem 1

    Legislao aplicada Logstica

  • 2Iconografia

    LegisLao apLicada LogsticaIconografia

    Conhea a iconografia utilizada no curso. Sempre que voc vir um desses cones, redobre sua ateno. Em alguns casos, voc dever clic-lo para visualizar a informao correspondente.

    Ateno! Este cone assinala/destaca para voc uma infor-mao de extrema importncia.

    Agora com voc!Esse o momento reservado para que voc registre seus comentrios sobre algu-ma atividade e/ou reflexes propostas.

    O que ?Significado de palavras utilizadas no texto, visan-do facilitar sua compreenso.

    LembreteEste cone indica uma informao que merece ser destacada.

    Pausa para refletirQuestes para reflexo. No h exigncia de comentrios feitos pelo participante.

    Biblioteca VirtualEste cone indica leitura na biblioteca virtual disponvel no Avas.

    ParticipeSugere que voc participe mais, contribuindo nos fruns de discusso.

    Vocabulrio Apresenta detalhes sobre o vocabulrio estudado, como uma traduo por exemplo.

    RelembrandoSempre que este cone aparece, sugere a recuperao de ideias, conceitos e assuntos j vistos.

    DicaSempre que este cone aparece, sugere alguma prtica que vai ajudar seu trabalho no dia a dia.

    ExemplificandoIndica um exemplo ou uma situao (case) para que voc entenda melhor o assunto tratado.

    LegislaoApresenta citaes de documentos legais.

    Saiba maisApresenta informaes que complementam o texto e auxilia a reflexo sobre o assunto estudado.

    Momento distrao Sempre que este cone aparece, sugere alguma leitura para a distrao.

    Vale a pena assistirSugere que voc assista a um filme ou entretenimento.

  • 3LegisLao apLicada Logstica

    Nesta unidade trataremos dos seguintes temas:

    Abertura I Introduo

    Introduo

    Cdigo de defesa do consumidor; Legislao regulamentadora do planejamento, armazenagem e transporte de mercadorias: Cdigo Comercial, Cdigo Tributrio e Normas Ambientais;

    Normas e regulamentos internos de uma empresa.Assim, ao final deste estudo voc ter adquirido as competncias necessrias para:

    Relacionar produtos ou grupos de produtos e cargas tributrias correspondentes, para efeitos de planejamento de armazenagem;

    Fornecer informaes sobre aspectos legais a serem considerados no planejamento de espaos de armazenagem;

    Colaborar na disseminao da informao e aplicao de normas e regulamentos legais, no que se refere ao armazenamento de mercadorias e produtos, assim como na aplicao e utilizao de equipamentos.

    As atividades logsticas, como todas as atividades humanas colocadas em um contexto de convvio em sociedade, envolvem diversos aspectos legais que compem os estudos das leis: conjunto de direitos e deveres dos cidados com e para o Estado e vice-versa.

    A cincia logstica, portanto, envolve atividades comerciais, jurdicas, administrativas, tributrias, econmicas, trabalhistas, de sade ocupacional etc.

    Sendo assim, a logstica, como as demais atividades, no est isenta do cumprimento de obrigaes e de sanes entre as partes que a compem e dessas partes em relao com a sociedade e o Estado (jurisdio) onde essas atividades so exercidas.

    Nesta unidade teremos uma breve introduo ao Direito Pblico (conjunto de leis que regem as relaes entre entes privados: empresas e pessoas) e especificamente s legislaes que regem as atividades logsticas.

    Para saber mais sobre os temas estudados nesta unidade, pesquise na internet sites, vdeos e artigos relacionados ao contedo visto.

  • 4LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 1

    Legislao

    Vamos conhecer agora as legislaes que regulamentam o planejamento, a armazenagem e o transporte de mercadoria.

    O Cdigo Civil Brasileiro trata dos sujeitos, dos bens e objetos, dos negcios e fatos jurdicos da relao jurdica.

    Antes de falarmos sobre cada um desses elementos, vamos entender melhor o que so o direito objetivo e subjetivo.

    Direito objetivo

    Direito subjetivo

    Para entendermos o que o direito objetivo, vamos conhecer o caso de Caio.

    O transportador tem a obrigao de emitir o conhecimento e o seu descumprimento importa em sano estabelecida na lei, como tambm no poder circular com mercadorias sem as respectivas notas fiscais.

    Caio adquiriu de presente para o seu pai um GPS, via internet, sendo que o mesmo vir de So Paulo para ser entregue no Rio de Janeiro. Assim, Caio firmou um contrato com a loja e esse eletrnico. Tendo como direito objetivo receber o produto comprado.

    Direito objetivo - A positivao do direito estabelecida pelo Estado, tambm conhecido como direito objetivo, que sistematizado por meio da Constituio, leis, decretos e as demais normas jurdicas.

    O conhecimento - Cada norma jurdica determina uma consequncia no mundo jurdico ftico, como, por exemplo, no caso do transportador, em que o Cdigo Civil brasileiro, lei n 10.406/2002, esclarece: Art. 744. Ao receber a coisa, o transportador emitir conhecimento com a meno dos dados que a identifiquem, obedecido o disposto em lei especial.

    O produto comprado por Caio veio de SP para o RJ por meio de transportadora, que obrigatoriamente deve emitir o conhecimento com os dados que a identifiquem, e a respectiva nota fiscal, com incidncia do imposto sobre circulao de mercadorias e servios.

    Esclarecido o direito objetivo, podemos afirmar que este, uma vez violado, corresponde a um direito subjetivo.

    No direito subjetivo, o indivduo detm a faculdade de exercitar a aplicao desse direito, como, por exemplo:

    Fontes Normativas

    Constituio Federal de 1988 - A lei maior. Todas as normas jurdicas devem ser compatveis com a Constituio. Em caso de contrariedade, esta ser declarada inconstitucional, gerando a sua ineficcia.

    Emendas Constitucionais - So leis elaboradas para modificao parcial da Constituio Federal.

  • 5Leis

    Pessoa fsica

    Sujeito

    Outras fontes

    O sujeito o titular do Direito, portanto, pessoa fsica ou jurdica.

    A pessoa fsica, tambm chamada de natural, todo o ser humano que nasa com vida e sua existncia se extingue pela morte, conforme artigo 2 e 6 do Cdigo Civil Brasileiro.

    Art. 2 A personalidade civil da pessoa comea do nascimento com vida; mas a lei pe a salvo, desde a concepo, os direitos do nascituro.

    Art. 6 A existncia da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucesso definitiva.

    No portal da Legislao, voc tem acesso Constituio Federal na ntegra. http://www4.planalto.gov.br/legislacao

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 1

    Ordinrias - So as chamadas leis comuns. Na rea federal, ser elaborada pelo Congresso Nacional, na rea estadual, pela Assembleia Legislativa, e na rea municipal, pela cmara de vereadores. Exemplo: Cdigo Civil Brasileiro. Complementares - So leis elaboradas para atender a exigncia das normas constitucionais para tratar de determinadas matrias. Exemplo: matria tributaria.

    Legislao I Cdigo Civil Brasileiro

    Vamos conhecer agora os elementos de que tratam o Cdigo Civil Brasileiro:

    Cdigo Civil Brasileiro

    O Cdigo Civil Brasileiro trata dos sujeitos, dos bens e objetos, dos negcios e fatos jurdicos da relao jurdica.

    Decretos legislativos, resolues, medidas provisrias e atos administrativos normativos (decretos, regulamentos, regimentos, resolues e deliberaes).

  • 6LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 1

    Cdigo Civil Brasileiro

    Capacidade

    Para assumir obrigaes, a pessoa fsica ou natural dever possuir capacidade. Essa capacidade se divide em:

    Capacidade de Direito - aquela que todo ser humano possui ao nascer com vida; Capacidade de Fato - o exerccio efetivo de seus direitos, sendo que este pressupe que o ser humano tenha conscincia e vontades, impondo lei determinadas condies para o seu efetivo exerccio de forma absoluta ou relativa.

    Em relao capacidade das pessoas fsicas e naturais, o Cdigo Civil estabelece:

    Absolutamente incapazes Relativamente capazes

    So aqueles que no podem praticar qualquer ato da vida civil pessoalmente, sob pena de nulidade, devendo para tanto ser representado. A representao pode ser feita pelos pais, tutores ou curadores dependendo do caso.

    Os que podem praticar os atos da vida civil desde que assistidos, pelos pais, tutores ou curadores, sendo o ato sem a assistncia do mesmo passvel de anulao.

    Portanto, a capacidade plena adquirida aos 18 anos completos, quando o indivduo possui a capacidade de fato e de direito, estando apto a todos os atos da vida civil.

    Art. 3 Cdigo Civil So absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I - os menores de dezesseis anos; II - os que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem o necessrio discernimento para a prtica desses atos; III - os que, mesmo por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade.

    Art. 4 Cdigo Civil So incapazes, relativamente a certos atos, ou maneira de os exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os brios habituais, os viciados em txicos, e os que, por deficincia mental, tenham o discernimento reduzido; III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV - os prdigos. Pargrafo nico. A capacidade dos ndios ser regulada por legislao especial.

    brios - Que est embriagado, bbado. Fonte: www.aulete.com.br

  • 7Pessoa jurdica

    Pessoa jurdica consiste num conjunto de pessoas ou bens, dotado de personalidade jurdica prpria e constitudo na forma da lei conforme o artigo 40 do Cdigo Civil Brasileiro, que classifica as pessoas jurdicas de Direito pblico (interno ou externo) e Direito privado, que podem ser simples ou empresariais.

    A pessoa jurdica, pessoa por fico, tem personalidade prpria, que no se confunde com a de seus membros, mas que por eles so constitudos.

    Art. 41

    Art. 42

    Art. 43

    Art. 44

    So pessoas jurdicas de direito pblico interno: I - a Unio; II - os Estados, o Distrito Federal e os Territrios; III - os Municpios; IV - as autarquias, inclusive as associaes pblicas; V - as demais entidades, de carter pblico, criadas por lei.

    So pessoas jurdicas de direito pblico externo, os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional pblico. Como, por exemplo, o Mercosul.

    As pessoas jurdicas de direito pblico interno so civilmente responsveis por atos dos seus agentes que, nessa qualidade, causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.

    So pessoas jurdicas de direito privado: I - as associaes; II - as sociedades; III - as fundaes. IV - as organizaes religiosas; V - os partidos polticos. VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.

    So requisitos para a existncia da pessoa jurdica a organizao de pessoas ou bens, a licitude de propsitos e capacidade reconhecida por norma.

    Licitude - 1. Qualidade ou condio daquilo que lcito ou permitido. 2. Jur. De acordo com o direito; JURIDICIDADE; LEGALIDADE Fonte: www.aulete.com.br

    Esta organizao de Pessoas se d atravs da sociedade com pessoas com o mesmo objetivo, denominadas de sociedades Empresariais.

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 1

    Cdigo Civil Brasileiro

  • 8LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 1

    Cdigo Civil Brasileiro

    Pessoa jurdica

    INTERNO

    De Direito privado

    EXTERNO

    Estados estrangeiros; Organismos internacionais; ONU, Unesco etc.

    Unio; Estados federados; Municpios; Autarquias

    Templos religiosos; Partidos polticos; Fundaes particulares; Sociedades comerciais; Associaes profissionais.

    De Direito pblico

    Constituio das sociedades

    A constituio das sociedades se faz perante os rgos competentes, conforme determina o Direito pblico e o Direito comercial.

    Conhea os tipos de sociedades comerciais ou empresariais mais comuns:

    Simples

    Limitada

    A sociedade simples est definida conforme os Artigos 982 e 983 do Cdigo Civil, assim como os tipos de sociedades usadas: sociedade simples pura (Art. 997 a 1.038 do C.C) e sociedade simples limitada (Art.1.052 a 1.087 do C.C).

    importante observar que as sociedades sejam simples puras ou simples limitadas, no so passveis de falncia e no tm a obrigatoriedade de se adequar s novas realidades contbeis (Art.1.179 a 1.195), prprias das sociedades empresrias. Mas tero repercusses fiscais, pois modificam conceitos como depreciao e controle de estoque, que iro afetar as escrituraes e apurao de resultados.

    A sociedade simples (pura ou limitada) tem seus atos (constituio, alterao e extino) registrados no Cartrio de Registro Civil das Pessoas Jurdicas.

    Na sociedade simples limitada (LTDA.), os scios respondem limitadamente ao valor do capital social, desde que totalmente integralizado. O nome empresarial prescinde de que conste parte do objeto social, no pode ter scio que participe apenas com servio, tem de lavrar ata de reunies de scios, principalmente se houver mais de 10 (dez) scios, entre outros.

  • 9Objeto

    Negcio jurdico

    O Cdigo Civil tambm trata dos bens e objetos em seu Livro II.

    Os objetos em regra so: Bens imateriais - Existncia abstrata. (Direitos autorais, criao artstica etc.) Bens materiais - Existncia fsica, corprea. (Caminho, pallets etc.)

    Falaremos agora sobre os negcios e fatos jurdicos da relao jurdica que tratam o Cdigo Civil:

    Todo contrato um negcio jurdico e depende da vontade humana para sua celebrao.

    Nele as partes assumem direitos e obrigaes, sendo um acordo de vontades com o fim de adquirir, transferir, modificar, resguardar, conservar ou extinguir direitos.

    Para a celebrao de um contrato, so necessrios os elementos do vnculo jurdico:

    Vnculo jurdico - Os sujeitos, credor e devedor, ao se relacionarem, estabelecem um vnculo jurdico, denominado negcio jurdico.

    Art. 10 do Cdigo Civil

    A validade do negcio jurdico requer: I - agente capaz; II - objeto lcito, possvel, determinado ou determinvel, que est de acordo com a lei; III - forma prescrita ou no defesa em lei, determinada e no proibida pela lei.

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 1

    Cdigo Civil Brasileiro

    Aes

    A Sociedade por aes, ou tambm denominada Sociedade Annima (S.A.), encontra amparo na lei n 6.404/1976 em seu Artigo 1 que define: "A companhia ou sociedade annima ter o capital divido em aes, e a responsabilidade dos scios ou acionistas ser limitada ao preo de emisso das aes subscritas ou adquiridas."

    A sociedade poder participar de outras sociedades, e ser designada por denominao acompanhada das expresses companhia ou sociedade annima, expressas por extenso ou abreviadamente, todavia, vedado a utilizao da abreviao "Cia." ao final da denominao. Poder constar o nome do fundador, acionista, ou pessoa que porventura tenha concorrido para o xito empresarial do negcio.

    Dissoluo A extino da empresa feita com a sua dissoluo que deve ser levada no registro competente para respectiva baixa. Destaca-se que isso s ser possvel caso no haja pendncias financeiras legais por parte da empresa.

  • 10

    Os contratos podem ser: Acessrios - Contratos que dependem da existncia do contrato principal. Exemplo: fiana. Aleatrios - Chamados contratos de risco, pois so bilaterais e onerosos. Exemplo: seguro. Adeso - Contratos em que uma das partes elabora previamente as clusulas contratuais sem que a outra tenha opo de alterar. Esses contratos so utilizados para atingir grande numero de pessoas. Exemplo: fornecedoras de energia eltrica, telefonias etc.

    Bilaterais - H reciprocidade de direitos e obrigaes.

    Princpios contratuais

    O Cdigo Civil Brasileiro, Ttulo V, estabelece os princpios contratuais a serem respeitados. Dentre eles podemos destacar:

    Principio da Boa f contratual

    Ao falar em boa-f, destacamos a importncia de agirmos com transparncia, dignidade, probidade, ou seja, um conceito essencialmente tico.

    Hoje, mais do que nunca, aps aprovao do Cdigo Civil de 2002, todas as relaes tm de ser embasadas nesse princpio.

    Tanto que as leis o trazem de forma expressa e clara, para que no haja dvidas da sua importncia nas relaes sociais e jurdicas de modo geral.

    Probidade - Integridade e carter.

    A boa-f objetiva e a boa-f subjetiva: Segundo Judith Martins Costa, a boa-f subjetiva tem o sentido de uma Condio psicolgica que normalmente se caracteriza no convencimento do prprio direito, ou na ignorncia de se estar lesando direito alheio. Por outro lado, diz-se que a boa-f objetiva deve ser entendida como regra de conduta fundada na honestidade, na retido e na lealdade (COSTA, 1999, p. 412).

    Contratos de depsito e transporte

    No contrato de depsito, a parte depositante (contratante) deposita a coisa com o depositrio (contratado) para que esta seja guardada e a posterior entregue.

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 1

    Cdigo Civil Brasileiro

  • 11

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 1

    Cdigo Civil Brasileiro

    O Cdigo Civil Brasileiro (art. 627 ao 652) prev duas espcies de depsito: Voluntrio Necessrio

    Depsito voluntrio

    O objeto do nosso estudo o depsito voluntrio, aquele em que h a guarda da coisa de forma voluntria, por um perodo transitrio, ou seja, com um prazo a ser estipulado entre as partes e pelo qual o depositante pagar.

    Transitrio - breve.

    O contrato de depsito deve ser por escrito e conter, alm das clusulas estabelecidas, o nome das partes, o objeto a ser depositado e o valor a ser remunerado.

    Conforme Cdigo Civil Art. 646 - O depsito voluntrio provar-se- por escrito.

    Extino dos contratos

    Forma de extino dos contratos:

    O Cdigo Civil nos fala do distrato como forma de extino dos contratos:

    Art.472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato. Art.473. A resilio unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denncia notificada outra parte. Pargrafo nico. Se, porm, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos considerveis para a sua execuo, a denncia unilateral s produzir efeito depois de transcorrido prazo compatvel com a natureza e o vulto dos investimentos.

    Vale ressaltar que o contrato pode ser extinto pelo simples adimplemento da obrigao, quando este for uma nica prestao.

    Adimplemento da obrigao - Forma genrica de extino das obrigaes. O adimplemento inclui todas as formas de extino das obrigaes, como a novao, a compensao, a transao e outras.

    Finalizando

    Encerramento da Seo de aprendizagem 1

    Nesta seo voc aprendeu aspectos importantes sobre o Cdigo Civil Brasileiro.

    Para conhecer mais sobre o cdigo civil, acesse-o na ntegra:

  • 12

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 2

    Cdigo de defesa do consumidor I Consumidor I Fornecedor I Produto x servio

    Da responsabilidade civil e o consumidor

    Quando voc vai ao supermercado e adquire um litro de leite, voc o consumidor?

    E se o Joo der o dinheiro e pedir para voc ir comprar o leite, quem o consumidor?

    Quando voc passa por uma loja e resolve entrar e comprar determinado produto para dar de presente, quem o consumidor?

    Consumidor

    Consumidor o destinatrio final de produtos ou servios, podendo ser pessoa fsica ou jurdica, conforme determina o artigo 2 do CDC - Cdigo de Defesa do Consumidor - lei n 8.078, de 11 de setembro de 1990.

    O Cdigo de defesa do consumidor (CDC) foi criado em 1990 e dispe sobre a proteo do consumidor.

    Fornecedor

    O CDC tambm estabelece em seu artigo 3 quem o fornecedor: toda pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produo, montagem, criao, construo, transformao, importao, exportao, distribuio ou comercializao de produtos ou prestao de servios.

    No Portal da Legislao voc tem acesso ao Cdigo de Defesa do Consumidor (CDC) na ntegra.

    Produto x servio

    Contudo, como diferenciar produto e servio?

  • 13

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 2

    Produto Servio

    1 do art. 3 do CDC - Produto qualquer bem, mvel ou

    imvel, material ou imaterial.

    2 do art. 3 do CDC - Servio qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante

    remunerao, inclusive as de natureza bancria, financeira, de crdito e securitria, salvo

    as decorrentes das relaes de carter trabalhista .

    Produto x servio I Responsabilidade civil

    Na logstica imprescindvel saber identificar o que um produto e o que um servio. Tanto para efeitos legais quanto para a correta aplicao de legislao especfica.

    Um exemplo o recolhimento de impostos, IPI, ISS, ICMS, dentre outros, como:

    IPI - para produto ISS - para servios ICMS - para produto e servio

    Responsabilidade civil

    Veja situao a seguir:

    Voc vai ao supermercado, adquire um produto, e este lhe causa um acidente, como, por exemplo, ao comprar um produto enlatado e puxar o gancho ele corta a sua mo.

    O fornecedor tem responsabilidade civil pelo dano causado ao consumidor?

    Apesar de o fornecedor (supermercado) ter comercializado o enlatado, a responsabilidade civil ser imputada ao fabricante do enlatado.

    O Cdigo de Defesa do Consumidor e o Cdigo Civil determinam que: aquele que causar dano a outrem tem o dever de repar-lo. Portanto, podemos afirmar que existe responsabilidade civil, e quem sofreu o dano deve ser indenizado (Art. 927 do CC).

    Voc sabe o que responsabilidade civil?

  • 14

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 2

    Responsabilidade civil

    Entende-se por responsabilidade o dever institudo pela sociedade de que seus membros respondam por seus atos danosos, exteriorizando o sentido da prpria justia por eles estabelecida, ou seja, o dever moral de no prejudicar a outro.

    Podemos dizer que a obrigao o vnculo jurdico que confere ao credor o direito de exigir do devedor o cumprimento de determinada prestao.

    Aquele que causa um dano, por meio de ao ou omisso, tem o dever de ressarcir o lesado. No entanto, o prejuzo no sempre ou apenas o material, podendo caracterizar-se por uma ofensa moral.

    Art. 186 do CC: Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente

    moral, comete ato ilcito.

    A responsabilidade civil est prevista no Cdigo Civil Brasileiro, artigo 927: Aquele que, por ato ilcito, causar dano a outrem, fica obrigado a repar-lo.

    Ato ilcito - Art. 186. Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilcito.

    Art. 187. Tambm comete ato ilcito o titular de um direito que, ao exerc-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econmico ou social, pela boa-f ou pelos bons costumes.

    A responsabilidade civil pode ser:

    Contratual - o sujeito faz parte ou mencionado no contrato entre as partes;

    Extracontratual - o sujeito beneficirio, no mencionado, ou estranho ao contrato;

    Objetiva - de forma direta, causada por parte contratual ou que afeta diretamente o objeto e o cumprimento do contrato;

    Subjetiva - de forma indireta, involuntria, por agente externo ou no envolvido no acordo entre as partes, mas que causa dano ao objeto ou cumprimento do contrato.

    A responsabilidade civil surge quando h a ocorrncia do acidente, denominado pelo Cdigo como fato do produto ou servio. Como, por exemplo, um produto entregue com defeito pelo vendedor.

    Para que se caracterize responsabilidade civil, necessrio observar a conduta do agente, o nexo causal, o resultado e o dano.

    Nexo causal - O nexo causal, ou relao de causalidade, aquele elo necessrio que une a conduta praticada pelo agente ao resultado por ela produzido. Se no houver esse vnculo que liga o resultado conduta levada a efeito pelo agente, no se pode falar em relao de causalidade e, assim, tal resultado no poder ser atribudo ao agente, haja vista no ter sido ele o seu causador (GRECO, 2009, p. 217).

  • 15

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 2

    Dano - O dano uma leso a um interesse que culmina em um prejuzo econmico ou no. Essa noo de prejuzo importantssima, uma vez que nem sempre a transgresso norma ocasionar dano e, s se vislumbra a possibilidade de indenizao nos casos em que a vtima demonstrar a efetiva ocorrncia do dano, sem necessitar indicar seu valor.

    Responsabilidade civil I Aplicando a legislao na atividade logstica

    Para provar a responsabilidade civil, necessrio provar a conduta, o nexo, o resultado e o dano. Vejamos:

    Conduta: a queda. Nexo: buraco na calada. Resultado: culos quebrado e ferida no brao direito. Dano: dano material - quebra do culos e leso corporal/dano moral - o trauma do acidente.

    Provados a conduta, o nexo, o resultado e o dano, h responsabilidade civil.

    Segundo o Projeto de lei n 56/2013, de autoria do Executivo, que introduz alteraes nos artigos 14, 16 e 17 da lei n 15.442, de 9 de setembro de 2011. A Comisso de Constituio, Justia e Legislao Participativa manifestou-se pela legalidade do projeto. Sendo assim, o proprietrio do imvel passa a ter responsabilidade pelo dano causado. Uma vez provado, a vtima recebe a indenizao civil, que o ressarcimento pelo dano sofrido.

    Caso da empresa TRIGO'S

    A Empresa TRIGOS, produtora de trigo, contrata a Empresa ARMAZENS LTDA. atuante no ramo comercial de armazenagem de produtos agrcolas, para armazenar sua safra por um perodo de trs meses. Porm transcorrido dois meses, a cidade onde fica localizada a empresa ARMAZENS atingida por um grande temporal que vem a deteriorar o trigo armazenado.

    A Empresa TRIGOS solicita indenizao por danos materiais a empresa ARMAZENS: Pagamento das avarias; Quebras tcnicas mediante entrega da mercadoria ou devoluo do dinheiro.

    Aplicando a legislao na atividade logstica

  • 16

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 2

    Onde se encontra o fundamento para tal Indenizao?

    O ordenamento jurdico ptrio consagra a obrigao de indenizao quando da ao ou omisso ilcita decorrer dano. A reparao, portanto, depender da existncia de nexo causal entre o ato ilcito e o dano verificado. A responsabilidade dos armazns gerais por perdas e avarias das mercadorias encontra-se no decreto n 1.102, de 21 de novembro de 1903, art. 12, 2 - o armazm geral responde pelas perdas e avarias da mercadoria, ainda mesmo no caso de fora maior e ainda respaldadas nas clusulas contratuais que tiver sido celebrado entre as partes.

    Aplicando a legislao na atividade logstica

    O decreto n 1.102, de 21 de novembro de 1903, institui regras para o estabelecimento de empresas de armazns gerais, determinando os direitos e obrigaes dessas empresas..

    Caso do alagamento do armazm empresa

    Na ltima semana, uma enorme quantidade de chuva paralisou a cidade, e uma grande empresa de armazenagem teve 55% de seus produtos, ali depositados, perdidos.

    A conduta da mercadoria depositada no armazm tem nexo com o resultado dano?

    A empresa de armazenagem ir responder civilmente em relao a indenizar os donos dos seus produtos?

    Apesar da conduta da mercadoria depositada no armazm ter nexo com o resultado do dano/perda, a empresa no ir responder pelo dano ocorrido, pois estamos diante de um caso fortuito externo, sem relao como o risco do negcio da empresa.

    A responsabilidade civil objetiva s pode ser afastada em caso de fora maior, caso fortuito ou culpa exclusiva da vtima.

    Fora maior - Todo acontecimento resultante de alguma forma pelo homem, que embora previsvel, no pode ser evitado. Ex. : greve dos funcionrios , guerra etc.

    Caso fortuito - Acontecimentos oriundos da natureza, cuja previsibilidade foge capacidade de percepo do homem, em virtude do que lhe impossvel evitar as consequncias. Ex.: terremoto, vendaval , inundaes etc.

  • 17

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 2

    Responsabilidade civil objetiva

    Aplicando a legislao na atividade logstica

    Assim, para caracterizar a responsabilidade civil objetiva, basta provar a presena dos elementos j citados para ensejar a responsabilidade de indenizar aquele que sofreu o prejuzo.

    Quando da culpa exclusiva da vtima h responsabilidade civil subjetiva e quem sofreu o prejuzo deve demonstrar a conduta culposa (negligncia, imprudncia e impercia) do agente para ento fazer jus indenizao.

    Caso da guarda de bens

    Mrio, necessitando guardar seus mveis em razo de mudana para o exterior, pelo prazo de 10 meses, contrata a empresa X. O contrato firmado entre ambos previu o pagamento pelo espao e acomodao das coisas. Mrio realizou o pagamento vista de R$ 3.000,00 para embalagem e acomodao, e mensalmente o valor de R$ 300,00.

    Ocorre que, ultrapassados os dez meses contratados, Mrio solicitou a retirada e entrega dos seus mveis e foi informado pela empresa de que parte da mercadoria havia se perdido.

    Existe responsabilidade da empresa? E do operador?

    A responsabilidade do armazm comea com a entrada da mercadoria em seus ptios ou locais designados para depsito, e somente cessa aps a entrega efetiva da mercadoria ao destinatrio. Conforme Art. 6 do decreto 1.102/1903.

    E quanto ao operador?

    As empresas jurdicas so responsveis pelos atos de seus funcionrios, no podendo repassar para o operador o prejuzo ocorrido.

    Nesse caso, ambos feriram o contrato. Mrio, pelo fato de ter ultrapassado os dez meses contratados, e a empresa X por ter perdido a mercadoria. Vale ento identificar o que ocorreu primeiro, e ainda verificar as clusulas de segurana no contrato pactuado.

  • 18

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 2

    "Art. 37, 6 da Constituio Federal de 1998 - As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa".

    Caso de produtos radioativos

    Uma empresa do ramo de armazenagem recebeu, para sua guarda, determinado pacote com a nota fiscal do produto que seria retirado pelo cliente cerca de duas semanas aps. Ao organizar as mercadorias em seus espaos, aps trs dias do recebimento, a funcionria do armazm identificou na caixa o smbolo de material radioativo. Sabedora de que tal mercadoria ali no poderia permanecer, procurou de imediato o seu superior que, ao levantar a nota fiscal do produto, observou no conter nenhuma informao ou alerta sobre a periculosidade.

    Como proceder nesta situao?

    Deve-se verificar se o armazm possui local apropriado para o armazenamento desse tipo de produto, caso contrrio, a referida mercadoria deve ser retirada imediatamente. tambm necessrio verificar a quantidade de produtos avariados no local pela contaminao do produto radioativo.

    Qual a responsabilidade do armazm?

    Qual a responsabilidade da empresa contratante?

    A responsabilidade do armazm comea com a entrada da mercadoria em seus ptios ou locais designados para depsito, e somente cessa aps a entrega efetiva da mercadoria ao destinatrio. Conforme Art. 6 do Decreto 1.102/1903 Das mercadorias confiadas sua guarda, os armazns gerais passaro recibo declarando nele a natureza, quantidade, nmero e marcas, fazendo pesar, medir ou contar, no ato do recebimento as que forem suscetveis de ser pesadas, medidas ou contadas.

    Responsabilidade solidria perante aos danos causados, uma vez que a empresa contratante tinha a obrigao de informar e no o fez, assim como o armazm tinha por obrigao verificar o produto e no o verificou. Dessa forma, os dois colaboram para indenizar quem vier dar causa de avaria nos produtos armazenados.

    Aplicando a legislao na atividade logstica

  • 19

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 2

    Definindo as partes

    Aplicando a legislao na atividade logstica

    Voc observou nos casos estudados a importncia da definio de quem contrata, quem contratado e da obrigao de cada parte?

    Contratante x contratada

    Obrigao a ser cumprida

    Objeto do contrato

    Responsabilidade civil da empresa logstica

    Contratante: considera-se contratante a pessoa fsica ou jurdica de direito pblico ou privado que celebrar contrato com empresas de prestao de servios a terceiros com a finalidade de contratar servios; Contratada: considera-se contratada a pessoa fsica ou jurdica que vier fazer parte do contrato com o objetivo de realizar certa tarefa.

    1. Relao jurdica entre duas ou mais pessoas, e que a uma ou algumas delas assiste o direito de exigir da outra, ou das demais, uma prestao econmica certa, positiva ou negativa. 2. Vnculo de direito pelo qual uma pessoa deve cumprir, em benefcio de outra determinada, certo fato de dar, de fazer ou no fazer alguma coisa de ordem econmica ou moral. 3. Escrito por meio do qual algum se obriga a satisfazer certa dvida ou a cumprir um contrato (Fonte: HORCAIO, 2006, p. 755).

    O objeto do contrato tem por finalidade indicar com preciso e clareza as atividades a serem realizadas.

    Todos os fatores dependem exclusivamente das clusulas especificadas no contrato, que definem as responsabilidades das partes e podem divergir de um para outro contrato.

    O que vai definir a maior ou menor responsabilidade do contratante a habitualidade. Assim, por exemplo, uma empresa que est habituada a contratar os servios e uma empresa logstica pode prescindir de certas garantias ou proporcionar certas facilidades e flexibilidades contratuais por motivo de fidelizao do cliente.

    Encerramento da Seo de aprendizagem 2

  • 20

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 3

    Normas ambientais I Normas regulamentadoras

    O meio ambiente se estabelece como um bem pblico diferenciado, pois no h titularidade do estado em relao ao mesmo. O conceito de meio ambiente totalizador, embora possamos falar em meio ambiente marinho, terrestre, urbano etc.

    Essas diferentes faces so partes de um todo sistematicamente organizado, em que as partes, reciprocamente, dependem umas das outras e onde alguma parte sempre comprometida cada vez que outra parte agredida.

    De modo a orientar e regulamentar os procedimentos obrigatrios relacionados segurana e medicina do trabalho, foram criadas as normas regulamentadoras, conhecidas no Brasil como NR.

    Vamos conhecer algumas NRs relacionadas s atividades logsticas:

    NR 5 - CIPA NR 6 - EPI - Equipamento de Proteo Individual NR 7 - PCMSO - Programa de Controle Mdico e Sade Ocupacional - utilizado na admisso e demisso do funcionrios (ASO - Atestado de Sade Ocupacional) NR 9 - PPRA - Programa de Preveno e Riscos Ambientais NR 11 - Transporte, movimentao , armazenagem e manuseio de materiais NR 15 - Insalubridade NR 16 - Periculosidade NR 17 - Ergonomia NR 33 - Segurana e sade nos trabalhos em espaos confinados

    Voc encontra as NRs na ntegra no Portal do Trabalho e Emprego do MTE (Ministrio do Trabalho e Emprego). http://portal.mte.gov.br/legislacao

    Nesta unidade falaremos das NRs 11 e 33, pois esto diretamente relacionadas s atividades logsticas de transporte, movimentao, armazenagem e manuseio de materiais.

    NR 11

    NR 33

    Trata, especificamente, das operaes logstica de transporte, movimentao, armazenagem e manuseio de materiais, e estabelece normas de segurana para o armazenamento de cada tipo de material.

    Trata da segurana e sade no trabalho em espaos confinados e tem como objetivo estabelecer os requisitos mnimos para identificao de espaos confinados e o reconhecimento, avaliao, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurana e sade dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nesses espaos.

  • 21

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 3

    Caso da empresa Maremoto

    A empresa Maremoto - terminais martimos com experincia no ramo porturio do Rio de Janeiro - recebeu uma grande quantidade de contineres. Dentre eles, alguns que, aps inspeo pelos fiscais da Anvisa - Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria, foi constatado que, na realidade, a carga se tratava de resduos slidos dos Grupos A (potencialmente infectantes) e E (perfurocortantes), com caractersticas de lixo hospitalar.

    Dentre os resduos, estavam lenis e campos cirrgicos com fluidos orgnicos, cateteres, seringas, luvas, gazes e ataduras usadas. Por norma da Anvisa, esses descartes devem ser armazenados e separados dos demais.

    Qual(ais) a(s) responsabilidade(s) da empresa Maremoto em relao a correta armazenagem dos contineres em seu ptio e obedincia s normas da Anvisa/NR?

    O instrumento bsico para proteo do meio ambiente no Brasil est expresso no caput do artigo 225 da Constituio Federal:

    Artigo 225 - Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder pblico e coletividade o dever de defend-lo e preserv-lo para as presentes e futuras geraes.

    Vamos conhecer a soluo para este caso?

    ANVISA - Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria

    Se o material for importado:

    Para a Anvisa, o importador ser enquadrado por: Infrao sanitria prevista no art. 10 da lei n 6.437/77; Descumprimento do art. 49 da lei n 12.305/10; Pelos Regulamentos Tcnicos: RDC n 56/2008 e RDC 306/2004; E ainda pela lei n 9.605/08, lei de Crimes Ambientais.

    Lei n 6.437/77 - Lei n 6.437, de 20 de agosto de 1977. Configura infraes legislao sanitria federal, estabelece as sanes respectivas, e d outras providncias. Lei n 12.305/10 - Lei n 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Poltica Nacional de Resduos Slidos; altera a Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e d outras providncias. RDC n 56/2008 - Resoluo RDC n 56, 06 de agosto de 2008. Trata das Boas Prticas Sanitrias no Gerenciamento de Resduos Slidos nas reas de Portos, Aeroportos, Passagens de Fronteiras e Recintos Alfandegados. RDC 306/2004 - Resoluo RDC n 306, de 7 de dezembro de 2004 . Dispem sobre o Regulamento Tcnico para o gerenciamento de resduos de servio de sade.N 9.605/08 - Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispe sobre as sanes penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e d outras providncias.

  • 22

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 3

    Se o material for descarte da regio:

    Ser penalizada pelo no cumprimento das determinaes da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria em sua Resoluo RDC n 306, de 7 de dezembro de 2004, que dispe sobre o Regulamento Tcnico para o gerenciamento de resduos de servios de sade. O armazenamento de resduos qumicos deve atender NBR 12.235 da ABNT, norma sobre procedimentos de armazenamento de resduos slidos perigosos. A coleta e transporte externos dos resduos de servios de sade devem ser realizados de acordo com as normas NBR 12.810 e NBR 14.652 da ABNT.

    Caso a empresa no aplique a norma, quais sanes podem ser aplicadas? Que medidas tcnicas de preveno devem ser tomadas que assegurem a operao dos containers regidos pela legislao da Anvisa/NR? Os funcionrios da Maremoto possuem responsabilidades? Quais?

    NBR 12.810 - Fixa os procedimentos para coleta de resduos de servios de sade. NBR 14.652 - Estabelece os requisitos mnimos de construo e de inspeo dos coletores-transportadores rodovirios de resduos de servios de sade do grupo A.

    Caso a empresa no aplique a norma, quais sanes podem ser aplicadas? Ser multada em valores proporcionais ao dano causado. Os funcionrios da Maremoto possuem responsabilidades? Quais? Os funcionrios no possuem responsabilidade, a responsabilidade da empresa. Que medidas tcnicas de preveno devem ser tomadas que assegurem a operao dos containers regidos pela legislao da Anvisa/NR? O gerenciamento dos resduos de servios de sade (RSS) constitudo por um conjunto de procedimentos de gesto. Esses procedimentos so planejados e implementados a partir de bases cientficas e tcnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produo de resduos de servios de sade e proporcionar aos resduos gerados um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando proteo dos trabalhadores, preservao da sade pblica, dos recursos naturais e do meio ambiente.

    Para acessar s Leis e Resolues, acesse o Portal da Legislao http://www4.planalto.gov.br/legislacao

    Caso da empresa Maremoto

  • 23

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 3

    NR 33 I CIPA

    A NR33 aplicada nas atividades logstica de: armazenamento de gs (em tanques); produtos inflamveis; gua e esgoto; agricultura (atravs dos silos de armazenagem de gros).

    Silos - Galpo ou grande celeiro moderno para a armazenagem de gros e cereais. Construo desmontvel e de material resistente intemprie, para a armazenagem de cereais e de forragem em estabelecimentos agrcolas. Fonte: http://www.aulete.com.br

    Quais so os riscos quando se trabalha em espaos confinados?

    Como evitar acidentes em espaos confinados?

    Falta ou excesso de oxignio; Incndio ou exploso, pela presena de vapores e gases inflamveis; Intoxicaes por substncias qumicas; Infeces por agentes biolgicos.

    Esteja atento NBR 14.787 - espaos confinados - preveno de acidentes, procedimentos e medidas de proteo (ABNT).

    Os procedimentos para trabalho em espaos confinados e a permisso de entrada e trabalho devem ser avaliados pela CIPA.

    CIPA - Comisso interna de Preveno de Acidentes norma legal que estabelece sua constituio, sua formao, obrigao, mandato, prazo, garantias e atribuies.

    A obrigatoriedade da constituio da Comisso Interna de Preveno de Acidentes (CIPA) est expressa na Consolidao das Leis do Trabalho (CLT) em seus artigos 163, 164 e 165.

    CIPA

    A cada ano se faz uma nova eleio para CIPA, podendo ser reeleito por somente mais um perodo. Quem tiver uma experincia relevante para ser compartilhada, pode ser convidado a realizar uma palestra sobre o assunto, porm seu conhecimento no o torna um membro.

    O empregado integrante da CIPA goza de estabilidade no emprego, desde o registro da candidatura at um ano aps o final de seu mandato, conforme artigo 10, II, a, do ADCT (Ato das Disposies Constitucionais Transitrias):

  • 24

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 3

    CIPA I Equipamentos de Proteo Individual (EPI)

    II - fica vedada a dispensa arbitrria ou sem justa causa: a) do empregado eleito para o cargo de direo de comisses internas de preveno de acidentes, desde o registro da candidatura at um ano aps o final de seu mandato.

    A CIPA obrigatria por lei nas operaes logsticas.

    A CIPA obrigatria em todas as empresas a partir de 20 empregados, conforme NR 5 - Quadro I. A CLT - Art. 164 estabelece a composio da CIPA : Cada CIPA ser composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com os critrios que vierem a ser adotados na regulamentao de que trata o pargrafo nico do artigo anterior (Redao dada pela lei n 6.514, de 22 de dezembro de 1977). 1 - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, sero por eles designados (Redao dada pela lei n 6.514, de 22 de dezembro de 1977). 2 - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, sero eleitos em escrutnio secreto, do qual participem, independentemente de filiao sindical, exclusivamente os empregados interessados (Redao dada pela lei n 6.514, de 22 de dezembro de 1977). 3 - O mandato dos membros eleitos da CIPA ter a durao de 1 (um) ano, permitida uma reeleio (Includo pela lei n 6.514, de 22 de dezembro de 1977). 4 - O disposto no pargrafo anterior no se aplicar ao membro suplente que, durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do nmero de reunies da CIPA (Includo pela lei n 6.514, de 22.12.1977). 5 - O empregador designar, anualmente, dentre os seus representantes, o Presidente da CIPA e os empregados elegero, dentre eles, o vice-presidente (Includo pela lei n 6.514, de 22 de dezembro de 1977).

  • 25

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 3

    CIPA I Equipamentos de Proteo Individual (EPI) I Caso da empresa JJ

    A empresa obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservao e funcionamento, nas seguintes circunstncias:

    sempre que as medidas de ordem geral no ofeream completa proteo contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenas profissionais e do trabalho; enquanto as medidas de proteo coletiva estiverem sendo implantadas; para atender a situaes de emergncia.

    Consolidao das Leis do Trabalho - CLT Art.166 A empresa obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteo individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservao e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral no ofeream completa proteo contra os riscos de acidentes e danos sade dos empregados

    Art.167 O equipamento de proteo s poder ser posto venda ou utilizado com a indicao do Certificado de Aprovao do Ministrio do Trabalho.

    Conforme a NR6 ," Compete ao Servio Especializado em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho - SES, ouvida a Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPA e trabalhadores usurios, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.

    NR 6 - Para os fins de aplicao desta Norma Regulamentadora, considera-se Equipamento de Proteo Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado proteo de riscos suscetveis de ameaar a segurana e a sade no trabalho.

    A regulamentao sobre o uso dos Equipamentos de Proteo Individual (EPI) estabelecida pelas NRs 6 e 9, do MTE.

    Caso da empresa JJ

    A empresa JJ de armazenagem geral utiliza, em sua operao, diversos paletes nas etapas de movimentao de mercadorias. Aps o uso contnuo, esses paletes sofrem desgaste natural e so descartados em um terreno baldio ao lado da empresa.

  • 26

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 3

    Caso da empresa JJ I Responsabilidade social e Sustentabilidade I Responsabilidade social

    Para quem passa pela rua, comum encontrar pilhas e pilhas de paletes de madeira no terreno ao lado da empresa. Esses paletes, alm de causarem danos visuais cidade muito contribuem para a poluio ambiental.

    A empresa est agindo de acordo com as normas ambientais deixando essas embalagens do lado de fora da empresa?

    ? A empresa no est agindo de acordo com as normas ambientais.

    No entanto, o que fazer com tanto paletes sem uso?

    Utilizar os conceitos de logstica reversa, remetendo-os s empresas fabricantes do mesmo para reaproveitamento.

    Que aspectos legais no foram considerados pela empresa JJ no seu planejamento?

    Ausncia de um plano de gesto de resduos na empresa.

    O que sugerir empresa JJ para trabalhar com os paletes de madeira de forma sustentvel, desde a aquisio at o descarte, inclusive lucrando e reduzindo custos operacionais?

    Confeccionar o mximo de paletes no prprio armazm conforme as necessidades dos clientes.

    O que responsabilidade social?

    Por que a sustentabilidade est diretamente relacionada s aes socialmente responsveis?

    Responsabilidade social e Sustentabilidade

    Responsabilidade social

    A Responsabilidade social de uma empresa est relacionada aos aspectos legais que definem a responsabilidade privada da mesma em relao ao meio ambiente em que est situada e executa suas atividades.

    Por meio ambiente de atuao da empresa, entende-se o ambiente interno e externo e relaes de sade ocupacional de funcionrios, bem-estar da coletividade e a preservao dos recursos naturais em seu entorno.

    Nesse contexto, a terceirizao surge como uma possibilidade para as empresas.

  • 27

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 3

    Terceirizao

    A terceirizao atribui a outrem parte ou totalidade da prestao de servios. a prestao de servios por meio de uma segunda empresa, intermediria entre o tomador de servios e a mo de obra, mediante contrato de prestao de servios.

    A relao de emprego se faz entre o trabalhador e a empresa prestadora de servios, e no diretamente com o contratante.

    A terceirizao pode ser aplicada em todas as reas da empresa definida como atividade-meio, por exemplo:

    Servios de alimentao, servios de conservao patrimonial e de limpeza, servio de segurana, servios de manuteno geral predial e especializada, engenharia, arquitetura, manuteno de mquinas e equipamentos, servios de oficina mecnica para veculos, frota de veculos, transporte de funcionrios, servios de mensageiros, distribuio interna de correspondncia, servios jurdicos, servios de assistncia mdica, servios de telefonistas, servios de recepo, servios de digitao, servios de processamento de dados, distribuio de produtos, servios de movimentao interna de materiais, administrao de recursos humanos, administrao de relaes trabalhistas e sindicais, servios de secretaria e em servios especializados ligados a atividade-meio do tomador de servios, dentre outros.

    A Consolidao das Leis do Trabalho - CLT, no art. 581, 2 dispe que se entende por atividade-fim a que caracterizar a unidade do produto, operao ou objetivo final, para cuja obteno todas as demais atividades converjam, exclusivamente em regime de conexo funcional. ilegal a terceirizao ligada diretamente ao produto final, ou seja, a atividade-fim. Isolando a atividade-fim, todas as demais podem ser legalmente terceirizadas.

    A atividade-fim a constante no contrato social da empresa, pela qual foi organizada. As demais funes que nada tm em comum com a atividade-fim so caracterizadas como acessrias, ou de suporte atividade principal - as quais podem ser terceirizadas.

    Quase todas as atividades podem ser terceirizadas. Na logstica, as mais usuais so o transportes e distribuio.

    A terceirizao pode gerar algumas vantagens para empresa, tais como: reduo de custos e facilitao da gesto focada em resultados.

    Voc se lembra do caso da empresa JJ? O reaproveitamento dos paletes utilizando os conceitos de logstica reversa poderia ser terceirizado pela empresa.

  • 28

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 3

    Cdigo tributrio nacional I Espcies de tributo

    Antes de falar em legislao tributria, necessrio compreender o que o tributo.

    Tributo toda prestao pecuniria compulsria, em moeda ou cujo valor nela possa se exprimir, que no constitua sano de ato ilcito, instituda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (Artigo 3 do Cdigo Tributrio Nacional).

    Pecuniria compulsria - pagamento obrigatrio.

    Lei n 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Dispe sobre o Sistema Tributrio Nacional e institui normas gerais de direito tributrio aplicveis Unio, Estados e Municpios.

    Para entendermos melhor o que o tributo vamos observar o ciclo do seu nascimento:

    Lei Hiptese de incidncia

    Crdito tributrio Obrigao Tributria

    Fato gerador

    O tributo dever ter sua hiptese de incidncia prevista em lei, ocorrendo o fato gerador in concreto, nasce a obrigao tributria, e por consequncia o crdito tributrio.

    O Sr. Jos realizou a venda de um imvel, e, com isso, recebeu um ganho extra. De acordo com a legislao, quem vende um imvel deve recolher o Imposto de Transmisso de Bens Imveis (ITBI).

    Temos ento a Lei (Legislao vigente), a hiptese de incidncia (ganho extra) e o fato gerador (venda do imvel), nasce nesse momento a obrigao tributria (ITBI) e consequentemente o crdito tributrio (valor a pagar).

    Impostos

    Taxas

    Contribuio de melhoria

    Emprstimos compulsrios

    Contribuies especiais

    Espcies de tributo

    J sabemos o que tributo e a sua formao, vejamos agora as suas espcies:

  • 29

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 3

    Imposto I Impostos nas operaes logsticas

    O imposto uma espcie de tributo no vinculado, isto , independe de qualquer atividade ou servio do poder pblico em relao ao contribuinte. Os impostos se distinguem entre si pelos respectivos fatos geradores. Conforme o Cdigo Tributrio Nacional:

    art. 16. Imposto o tributo cuja obrigao tem por fato gerador uma situao independente de qualquer atividade estatal especfica, relativa ao contribuinte.

    Tipos de impostos:

    UNIO

    ESTADO

    MUNICPIO

    II - Imposto de importao IE - Imposto de exportao IPI - Imposto de produto industrializado IOF - Imposto sobre operaes de crdito, cmbio e seguro, ou relativas a ttulos ou valores mobilirios ITR - Imposto sobre a propriedade territorial rural IGF - Imposto sobre grandes fortunas

    ITDMC - Imposto sobre transmisso causa mortis e doao de quaisquer bens ou direitos ICMS - Imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servio de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao IPVA - Imposto sobre a propriedade de veculos automotores

    IPTU - Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana ITBI - Imposto sobre transmisso inter vivos, a qualquer ttulo, por ato oneroso de bens imveis, por natureza ou por acesso fsica, e de direitos reais sobre imveis, exceto os de garantia, bem como cesso de direitos a sua aquisio . ISS - Imposto sobre servios de qualquer natureza (no compreendidos na rea de incidncia do ICMS)

    Os principais impostos e taxas que incidem sobre as operaes logstica so:

    Espcies de tributo

    II - Imposto sobre importao; IPI - Imposto sobre produtos industrializados;

    IMPOSTOS

  • 30

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 3

    Nas operaes de exportao e importao incidem sobre o valor free on board (FOB) da mercadoria II, IPI e ICMS que so cobrados em cascata.

    ICMS - Imposto sobre a circulao de mercadorias e servios, cuja competncia tributria com todos os atributos do Estado e Distrito Federal. Art.155, III, da Constituio Federal/lei n 2.657/1996; ISS - Imposto sobre servios, cuja competncia tributria, inclusive para legislar sobre a matria pertence ao Municpio Art.156, III, da Constituio Federal. /lei n 4452/2006 PIS/COFINS ; IE - Imposto de exportao (ocorre sobre alguns produtos de forma temporria: ex.: couro cru).

    TAXAS

    AFRMM - Adicional do frete para renovao da marinha mercante; taxa de frete; Taxa do despachante aduaneiro; Taxas de capatazia e estiva; Taxa de operaes de cmbio (brokerage).

    Impostos nas operaes logsticas I O caso da empresa Yeves I Cdigo tributrio nacional

    A empresa Yeves do ramo de modas, com produo prpria, tem ao lado do seu parque fabril o depsito de seu produto final. A mesma vende para todo o Brasil, tendo diversos clientes no municpio do Rio de Janeiro, onde est situada.

    O caso da empresa Yeves

    Cdigo tributrio nacional

    A Yeves considerada um depsito fechado.

    A legislao conceitua depsito fechado como:

    Aquele em que no se realizam vendas, mas apenas entregas por ordem de depositante dos produtos;

    Aquele armazm que pertence ao contribuinte, situado na unidade da federao, com a simples funo de guarda, ele no compra nem vende mercadorias.

    Resoluo SEF n 2.861, de 28 de outubro de 1997

    Art. 12. O estabelecimento, em funo da natureza das atividades desenvolvidas, ser classificado como: III - depsito fechado, assim considerado o estabelecimento que exera exclusivamente a funo de armazenagem de mercadorias prprias destinadas comercializao e/ou industrializao.

  • 31

    LegisLao apLicada Logsticaseo de aprendizagem 3

    Depsito fechado

    O depsito fechado uma das alternativas ao planejamento tributrio, pois a sua opo pode ter impacto favorvel atividade da empresa optante. Sendo o depsito fechado a extenso da empresa e via de regra a sua utilizao maior nas indstrias, ele um facilitador para o controle do estoque.

    Vejamos algumas vantagens do depsito fechado em relao tributao:

    Entre depositante e depsito fechado - no h pagamento do ICMS; O depsito fechado s pode ser aberto em nome da empresa emissora das mercadorias, estando ambas, fisicamente, no mesmo estado; O fluxograma no prprio estado: A sada da mercadoria do depsito para o seu destinatrio deve ser acompanhada pelo documento fiscal que a nota fiscal de venda; J a remessa da mercadoria ao depsito feita acompanhada da nota fiscal simblica sem ICMS/IPI; O fluxograma fora do estado; A sada da mercadoria do depsito para o seu destinatrio deve ser acompanhada pelo documento fiscal, que a nota fiscal de venda com o ICMS; J a remessa da mercadoria ao depsito feita acompanhada da nota fiscal simblica sem ICMS/IPI.

    Encerramento da Seo de aprendizagem 3

  • 32

    LegisLao apLicada LogsticaConcluso

    Voc pode verificar nesta unidade que as atividades relacionadas prestao de servios na rea logstica, sob o ponto de vista da aplicao das normas legais do direito pblico e privado brasileiro, nada diferem das demais atividades de prestao de servios, incidindo sobre elas o mesmo tipo de tributao, por exemplo.

    As atividades apenas adquirem um carter especfico quando esto relacionadas ao comrcio exterior nas atividades logsticas de exportao e importao, quando alm das normas legais do direito brasileiro, implicam sobre elas as normas legais do pas destino ou origem (se for exportao ou importao, respectivamente) da prestao de servio e do direito internacional pblico que disciplina as normas internacionais.

    Nesta unidade voc desenvolveu as seguintes competncias:

    Relacionar produtos ou grupos de produtos e cargas tributrias correspondentes, para efeitos de planejamento de armazenagem; Fornecer informaes sobre aspectos legais a serem considerados no planejamento de espaos de armazenagem; Colaborar na disseminao da informao e aplicao de normas e regulamentos legais, no que se refere ao armazenamento de mercadorias e produtos, assim como na aplicao e utilizao de equipamentos.

    Encerramento da unidade Legislao aplicada Logstica