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Etanol de Segunda Geração Lee Ernest Balster Martins Luis Henrique Souza Aquaroli

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  • Lee Ernest Balster Martins Luis Henrique Souza Aquaroli
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  • Etanol Produo dividida em dois tipo: Primeira Gerao Segunda Gerao (Etanol Lignocelulsico) sacarose da biomassa Celulose de matrias primas lignocelulsicas
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  • Matria Vegetal Lignocelulsica Bagao da cana de aucar Composio (%) Celulose39-40 Hemicelulose22-23 Lignina23-24 Cinzas4-5 Outros componentes 8-9
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  • Viabilidade Aumento de at 50% da produo de lcool sem expanso de rea de plantio; Demanda do Mercado Desenvolvimento de tecnologias de produo de etanol a partir da Biomassa Custo de produo no Brasil so os menores do mundo
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  • Histrico dos processos de Produo Pesquisa ou Processo (ano) Principais caractersticasPesquisa ou Processo (ano) Principais caractersticas Kirchhoff (1811) Sacarificao de amido com cido diludo (precursora) Processo Madison (1099-1951) H2SO4 diludo Corroses e eroses Alto custo de manuteno Classen (1901)Utilizao de H2SO3 Corroso dos equip. Cons. Carvo e H2SO4 Processo Hokkaido (1948) H2SO4 diludo na pr- hidrolise e concentrado na hidrlise Tomlonson (1910) H2SO4 7,3L/100kg MP seca Processo Inventa (1950) 240L/MP seca Consumo de vapor de 14- 16.10kg/t (auto suficiente em energia) Processo Classen (1914- 1931) H2SO4 8-11 L/100kg MP seca Processo Noguchi- Chisso (1953) HCl+vapor no pre-trat., e HCl(g) na hidrlise Pequeno tempo de reao Processo Scholler (1923-1931) H2SO4 diludo 200L/ton MP seca Grande escala
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  • Processos Enzimticos ProcessosPrincipais Caractersticas Gulf Oil Chemicals (Tecnologia SSF fermentao e sacarificao simultneas -aplicada a resduos lignocelulsicos) Diminuio no tempo da hidrlise e fermentao. Melhoria na produtividade. Minimizao de formao de subprodutos. Procter & Gamble (Tecnologia SSF aplicada a resduos de polpa e papel) Pr-tratamento mais leve, devido maior parte da lignina ter sido removida no processo de polpao. Desenvolvimento de tcnicas de batelada alimentada. Bom desempenho em temperaturas baixas (na faixa de 37C).
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  • Pr-tratamento ndice de cristalinidade; rea superficial acessvel da celulose; Hidrlise enzimtica: absoro da enzima celulase a partir da fase lquida, pela superfcie da celulose; Biodegradao da celulose a aucares simples, celobiose e oligmeros; Dessoro da celulase para a fase lquida; Composio da matria prima (hemicelulose e lignina)
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  • Pr-tratamento
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  • Tecnologias de Pr-tratamento Pr-tratamento fsico; Pr-tratamento fsico-qumico; Pr-tratamento qumico; Pr-tratamento biolgico;
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  • Pr-tratamento fsico Tipo de ProcessoProcesso Possveis mudanas na biomassa Observaes importantes Moagem Por bolas; por martelos; coloidal; vibratria; por compresso Aumento na rea superficial acessvel e no tamanho dos poros; Diminuio da cristalinidade da celulose; Diminuio no grau de polimerizao; Grande demanda de energia; No removem totalmente a lignina; No so indicados para aplicaes industriais; Nenhum reagente qumico requerido nestes mtodos; Irradiao Com raio gama; feixe de eltrons; por microondas Outros Hidrotrmico; vapor a alta presso; expanso; extruso; pirlise
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  • Pr tratamentos Qumicos e Fsico-Qumicos Tipo de processoProcessoMudanasobservaes Exploso ou craqueamento Por vapor; AFEX; CO2 supercrtico Aumenta a rea superficial acessvel; Deslignificao parcial a completa; Diminui a cristalinidade da celulose; Diminui o grau de polimerizao da celulose; Hidrlise parcial ou completa da hemicelulse; Esto entre os mais efetivos e so os mais promissores para aplicaes industriais; Taxa de tratamento rpida; Necessidade de condies severas; Utilizao de reagentes qumicos AlcalinoHidrxido de sdio;amna; sulfito de amnia cidocido sulfrico; cido Clordrico; cido Fosfrico; GsDioxido de Cl; Dixido de N; Dixido de S; Agentes OxidantesPerxido de H; Oxidao mida; Oznio SolventesEtanol-gua; Etilenoglicol; Butanol-gua; Agentes de inchao
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  • Processos Processos mais promissores: Hidrlise cida cido diludo e concentrado Hidrlise Enzimtica
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  • Processos de Hidrlise - Hidrlise com cido diludo Hidrlise uma reao qumica de quebra de uma molcula por gua. Promissora tecnologia para produo de lcool; Grande vantagem deste processo uma corroso menor dos equipamentos em relao ao processo com cido concentrado; No entanto, o baixo rendimento de acares e o alto custo de energia devido necessidade de altas temperaturas e presses so as grandes desvantagens desta tecnologia; Barreira de ordem operacional e a falta de equipamentos;
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  • Processos de Hidrlise - Hidrlise com cido diludo O rendimento do processo de hidrlise por cido diludo pode ser otimizado se for realizada em dois estgios; - O primeiro estgio feito em condies mais leves, a fim de se converter hemicelulose em monossacardeos; - O segundo estgio realizado em condies mais severas, hidrolisando a celulose restante, diminuindo a produo de inibidores formados pela hemicelulose;
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  • Processos de Hidrlise - Hidrlise com cido diludo As principais vantagens do processo com dois estgios so: - Maior produtividade de aucares, minimizao do consumo de energia; - Soluo hidrolisada resultante mais concentrada; - Menor formao de compostos inibidores da fermentao.
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  • Processos de Hidrlise - Hidrlise com cido concentrado cidos como o sulfrico o clordrico so utilizados para hidrolisar a hemicelulose e a celulose em baixas temperaturas, geralmente abaixo dos 100C; Os grandes desafios da tecnologia so o custo na construo de equipamentos resistentes corroso e a recuperao do cido, que um problema econmico e ambiental;
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  • Processos de Hidrlise - Hidrlise com cido concentrado Vantagens: - A celulose cristalina completamente solvel com os cidos; - Alto rendimento em perodos de reao relativamente curtos e baixas temperaturas, minimizando o consumo energtico. O processo se mostra entre uma das mais promissoras tecnologias de produo de bioetanol a partir de resduos lignocelulsicos, apesar das desvantagens.
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  • Processos de Hidrlise - Hidrlise Enzimtica Baseado na ao de trs celulases distintas (endo--gluconases, exo-- gluconases, e -glucosidases). Depende da proporo da concentrao e adsoro destas enzimas; Dividido em trs etapas: - Decomposio das ligaes glicosdicas; - Ataque sinergtico; - Catlise da hidrlise dos oligossacardeos;
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  • Processos de Hidrlise - Hidrlise Enzimtica Vantagens em relao aos processos com cidos: - Realizao de hidrlise em temperaturas baixas (em torno de 40 - 50C); - Baixa formao de subprodutos de degradao; Desvantagem em relao aos processos com cidos: - Alto custo (Desenvolvimento tecnolgico das enzimas); Alternativas aparentemente viveis: - recuperao e a reciclagem das enzimas a partir do hidrolisado da celulose;
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  • Mecanismo e Cintica da Hidrlise Dividida em duas etapas: K1 e K2 so as constantes de taxa de reao. Relao de Arrhenius - Concentrao de glicose e frutose dada pela expresso: Atravs da manipulao das Equaes 1 e 2, obtm-se as equaes das taxas de hidrlise, em funo do tempo (3) e em funo da temperatura(4).
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  • Mecanismo e Cintica da Hidrlise Relacionando as duas equaes (3) e (4) chega-se a equao (5): Variveis como tempo e temperatura devem receber grande ateno, a fim de se evitar uma decomposio excessiva dos acares, afetando a subsequente fermentao. A partira da equao final, foi modelado a curva da hidrlise em um grfico em 3 condies diferentes:
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  • Mecanismo e Cintica da Hidrlise Formao de glicose pela hidrlise de celulose por cido diludo. Fonte: WETTSTEIN e DEVOS, 1980, apud KOSARIC et al., 2001.
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  • Mecanismo e Cintica da Hidrlise Para a hidrlise cida, variveis como pH tem grande influncia nas taxas de decomposio dos acares. Para a hidrolise cida foi criado um modelo cintico para a degradao da glicose a partir da equao de Arrhenius e as regras de catlise cido-base. Pelas regras de catlise cido-base, o fator pr-exponencial consiste de trs partes: fator cido (KH+), fator bsico (KOH-) e fator solvente (KH2O)
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  • Mecanismo e Cintica da Hidrlise Outro modelo cintico apresentado, relacionando converso, tempo de residncia e temperatura para a hidrlise de madeira com H2SO4 2%; Fonte: DUARTE, 1989
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  • Mecanismo e Cintica da Hidrlise Outro mtodo que utiliza a hidrolise cida foi capaz de minimizar o efeito de degradao dos acares, atravs da realizao em vrios estgios de hidrlise; Cada etapa de hidrlise limitada liberou cerca de 20% de monmeros a partir da cadeia celulsica. - Craqueamento a vapor; - H2SO4 2%, 190 C e 2o min; - 90% de rendimento no final do processo; - Retirada dos aucares a cada estagio;
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  • O Futuro do Bioetanol Biocombustveis: principais objetos de estudo, ligados ao esgotamento dos recursos naturais e problemas ambientais no mundo; Combustveis fsseis com dias contados: reservas de petrleo (41 anos), gs natural (64 anos) e carvo (155 anos); Investimento em bioetanol: US$30 bilhes em 20 anos; mais de US$50 bilhes desde o fim de 2006. Principais consumidores de energia nos prximos 50 anos: meios de transporte (veculos rpidos) da Amrica do Norte e Europa Central.
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  • Redescoberta da Alcoolqumica: promessa para um futuro sustentvel, substituindo a petroqumica (etanol como fonte de matrias primas); grandes investimentos, com foco no etanol lignocelulsico em pases da Unio Europeia e Estados Unidos. Desenvolvimento de tecnologias alternativas ao petrleo determinar as futuras lideranas da economia mundial; Crescimento exponencial de biocombustveis convencionais e celulsicos at 2022 (padres norte-americanos): novas tecnologias e redescoberta da alcoolqumica no cenrio mundial; Etanol celulsico: otimizao da rea de plantio, beneficiando pases como o Brasil.
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  • Projeo do crescimento de combustveis renovveis entre 2006 e 2022 (padres norte- americanos). Fonte: VELASCO, 2009 (GHG Greenhouse Gas).
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  • O Futuro do Bioetanol no Brasil No h grandes expectativas: - falta de investimentos no setor de pesquisas e desenvolvimento; - concorrncia com Estados Unidos (etanol celulsico); Perda da vantagem tecnolgica na produo de etanol em no mximo 3 anos; Meta da Comisso Europeia: substituir 20% dos combustveis fsseis por combustveis alternativos at 2020; Benefcios da tecnologia para a populao: extino de queimadas nas lavouras; Problemas sociais gerados: - desemprego imediato de mais de 100 mil trabalhadores rurais sazonais; - possvel deslocamento da produo visando fuga da legislao vigente; "Ouro Lquido do Sculo XXI" no Brasil: xito depende de mudanas na conscincia poltica do pas.