leandro guerreiro

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RENAN BARBARA ADVOCACIA E CONSULTORIA JURÍDICA EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA _ VARA CÍVEL E DE ACIDENTES DE TRABALHO DA COMARCA DE MAMANUS-AM MARIA DO PERPETUO SOCORRO COELHO FEIJO, brasileira, viúva de RAYLEN CALDAS GOMES, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Físicas sob o n. 801.572.542-91, Cédula de Identidade N. 17093872 SSP AM, genitora e representante de RAYLENE FEIJÓ CALDAS GOMES, menor impúbere nascida em 20/12/2001, MARIA IZABELLE FEIJÓ CALDAS GOMES, menoír impúbere nascida em 04/05/2004 e ISSAC RAYLEN FEIJÓ CALDAS GOMES, menor impúbere nascido em 08/06/2007, através de seu patrono "in fine" assinado (procuração inclusa), com fundamento legal no art. 5, caput e inciso X da Constituição Federal e nos arts 186, 927, 948 e 950 todos do Código Civil, vem à presença de Vossa Excelência propor: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO, em face de: LEANDRO DO NASCIMENTO GUERREIRO, brasileiro, casado, empresário, portador do documento de identidade de RG n. 0834972-0 SSP/AM, CPF n. 313.644.542-20, residente e domiciliado na Rua Teresina, n. 275- Adrianópolis, CEP 69057-070, Manaus-AM, pelo que passa expor: Av. Djalma Batista, 1661, Sala 1304- Millennium Business Tower, Chapada CEP 69050970, Manaus-AM Fone: (92)9123-9549 Se impresso, para conferência acesse o site http://consultasaj.tjam.jus.br/esaj, informe o processo 0238850-71.2011.8.04.0001 e o código 75449A. Este documento foi assinado digitalmente por EUDER JAMES SOARES DA SILVA. fls. 1

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Page 1: Leandro Guerreiro

RENAN BARBARAADVOCACIA E CONSULTORIA JURÍDICA

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE

DIREITO DA _ VARA CÍVEL E DE ACIDENTES DE TRABALHO DA

COMARCA DE MAMANUS-AM

MARIA DO PERPETUO SOCORRO COELHO FEIJO, brasileira, viúva de

RAYLEN CALDAS GOMES, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas

Físicas sob o n. 801.572.542-91, Cédula de Identidade N. 17093872 SSP AM,

genitora e representante de RAYLENE FEIJÓ CALDAS GOMES, menor

impúbere nascida em 20/12/2001, MARIA IZABELLE FEIJÓ CALDAS

GOMES, menoír impúbere nascida em 04/05/2004 e ISSAC RAYLEN FEIJÓ

CALDAS GOMES, menor impúbere nascido em 08/06/2007, através de seu

patrono "in fine" assinado (procuração inclusa), com fundamento legal no art.

5, caput e inciso X da Constituição Federal e nos arts 186, 927, 948 e 950 todos

do Código Civil, vem à presença de Vossa Excelência propor:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO, em face de:

LEANDRO DO NASCIMENTO GUERREIRO, brasileiro, casado,

empresário, portador do documento de identidade de RG n. 0834972-0

SSP/AM, CPF n. 313.644.542-20, residente e domiciliado na Rua Teresina, n.

275- Adrianópolis, CEP 69057-070, Manaus-AM, pelo que passa expor:

Av. Djalma Batista, 1661, Sala 1304- Mi l lenn ium Business Tower, Chapada CEP 69050970,Manaus-AM Fone: (92)9123-9549

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DOS FATOS

O Réu vitimou Raylen Caldas Gomes com um

tiro a queima roupa em sua face.

Por volta dás n:i5h, do dia 02 de dezembro de

2009, na Av. Álvaro Botelho Maía, n. 515, bairro Nossa Senhora das Graças,

nesta cidade, no interior da loja Word Mícro Computadores, o Réu de posse de

uma arma de fogo, disparou contra a vítima Raylen Caldas Gomes,

produzindo-lhe os ferimentos descritos no Laudo de Exame Necroscópico em

anexOj ocasionando-lhe a morte.

Tudo originou-se de uma discussão entre o

segurança daquela loja, Francisco Augusto Vieira Magalhães e o flanelinha

Douglas Reis de Souza; devido a vítima ter estacionado seu veículo na rua em

frente da loja ocasião em que o segurança passou a espancar o flanelinha

porque este havia orientado a vítima a deixar naquele local seu carro.

Ao perceber que o flanelinha estava

acompanhada do dito "segurança" a vítima interveio e se identificou como

policial cívil j dizendo que aquele procedimento não era correto, instante em

que o "segurança" também mostrou sua identificação, dízendo-se "policial",

instante em que a vítima levou o "segurança" pelo braço até o interior da loja,

dizendo-lhe que queria falar com o seu superior.

Já dentro da loja a vítima tornou a se

identificar para a recepcionista Sra. Clícia Monteiro dos Santos, mostrando-

lhe sua carteira funcional, dizendo-lhe que queria falar com o superior dela,

ocasião em que veío falar com a vítima o gerente Sr. Isaac Ferreira Sarnento,

tendo a vítima explícado-lhe o fato, no que o referido gerente disse: "que não

era com ele", tendo a vítima indagado a quem deveria se dirigir, que então o

Sr. Isaac, apontou para a sala do proprietário da Loja ; Leandro do Nascimento

Guerreiro, ora também Réu.

Av. DjalmaBatista, 1661, Sala 1304- Mi l lenn ium Business Tower, Chapada CEP 69050970,Manaus-AM Fone: (92)9123-9549

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Segundo após, quando a vítima caminhava

pelo corredor, foi surpreendido pelo Réu, que sem dar uma palavra disparou a

queima-roupa, sem oferecer qualquer meio de defesa para a vítima escapar

com vida, pois o disparo atingiu em cheio a face da mesma, que morreu no

próprio local.

Em seguida, o réu de arma em punho apontou

para a esposa da vítima, ora Autora, que de joelhos implorava para não ser

morta, momento em que o acusado perguntava "quem é tu, quem é tu",

desesperada a mesma pedia ao réu que não atirasse nela, pois tinha três filhos

para criar, e seu marido era policial, que naquele momento já se encontrava

Westirado ao solo com uma bala na cabeça,

A vítima não se encontrava armada, tendo se

limitado apenas a mostrar a todos a sua carteira de policial civil, pedindo tão

somente para falar com o superior do gerente Isaac, pois não era correto o

segurança Francisco Augusto Vieira Magalhães bater na flanelinha.

RAYLEN CALDAS GOMES

Deixou a esposa viúva e três filhos menores,

era o chefe da família, sustentando-os financeiramente. Benquisto pela

^^ família, amigos e colegas de corporação bem como por alunos dos cursos onde

Wministrava aulas. Não andava com. arma fora de serviço.

Pessoa inteligente, cursando direito e

engenharia civil.

DA AÇÃO PENAL

A Açao penal tramita na 2 Vara do Tribunal

do Júri sob o número 0260692-78.2009.8.04.0001, constando sentença de

pronúncia, que leva o Réu ao crivo do júri popular por crime de homicídio

doloso (art. 121, 2, inciso IV - recurso que impossibilitou a defesa do ofendido,

do Código Penal Brasileiro).

Av. DjalmaBatista, 1661, Sala 1304 ~ Mil lennium Business Tower, Chapada CEP 69050970,Manaus-AM Fone: (92)9123-9549

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DO DIREITO

DA RESPONSABILIDADE CIVIL - DANOS MORAIS E MATERIAIS

A Autora diante da morte de Raylen Caldas

Gomes requer uma indenização por danos morais e materiais pelos danos

causados por Leandro Nascimento Guerreiro.

A reparação por danos morais e materiais

também está garantida na Constituição da Republica, cujo art. 59., X e V

asseguram o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização

por dano material; moral ou à imagem, bem como a inviolabilidade da

intimidade, da vida privada, da nonra e da imagem das pessoas,

salvaguardando o direito à indenização pelo dano material ou moral

decorrente de sua violação.

Por seu turno, ao tratar da responsabilidade

civil, no Capítulo que rege a obrigação de índenizar, o Código Civil estabelece

que aquele que, por ato ilícito (CC, art. 186 e 187), causar dano a outrem, fica

obrigado a repará-lo (CC, art. 927) dizendo que comete ato ilícito aquele que,

por açao ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito a

causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral (CC, art.iSó).

Como se verifica, a legislação vigente trata

com absoluta clareza o direito de reparação, tanto dos danos patrimoniais,

como extrapatrímoniais. Contudo, para que se configure o direito à reparação,

é necessária a comprovação da ilicitude, por ação ou omissão do ofensor, da

existência do dano e do nexo causal entre ambos.

Douto Magistrado, a morte do Sr. Raylen

Caldas Gomes decorrente do disparo de arma de fogo pelo Réu causou

prejuízos e abalos de ordem moral, psíquica e social à requerente e a toda

família, devendo o mesmo, para reequilibrar a situação e retornar ao status quo

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ante da autora, índenizá-la pelos danos causados, consoante dispositivos acima

citados.

ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE

CIVIL

A responsabilidade cívil pressupõe a existência

do dano, do nexo de causalidade e a culpa do agente. Passo a demonstrar a este

juízo os três elementos da responsabilidade cívíl,

AÇÃO DO RÉU

Cristalino o primeiro requisito da

responsabilidade civil, uma vez que o Réu confessa ter efetuado o disparo.

CULPADO AGENTE

Raylen não ameaçou ninguém da empresa

muíto menos impediu que alguém ligasse para a polícia. Identifícou-se como

polícia! mostrando sua carteira funcional para todos na empresa, pedindo para

falar com o responsável pelo recorrido na frente da loja.

Conforme denúncia e sentença de pronúncia, a

atitude do Réu foi dolosa, com intenção de ceifar a vida, impossíbilitando-lhe,

inclusive, qualquer defesa. Portanto, havia intenção e vontade dirigida a um

fim determinado, antijurídico.

DO NEXO CAUSAL

Existe nexo de causalidade entre a conduta

ilícita e o dano causado. Conforme laudo necroscópico e depoimento do Réu,

vemos ligação direta entre açao deste e o resultado morte.

DOS DANOS MORAIS E MATERIAIS

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DANO MATERIAL

Demonstrada a obrigação da demandada em

reparar o dano, necessário se faz o cálculo e inclusão dos valores efetivamente

gastos e devidos por conta do homicídio, íncluindo-se as despesas com

transporte, funeral e luto da família; além dos danos morais.

"Art. 948. No caso de homicídio, a indenizaçao

consiste; sem excluir outras reparações:

I - no pagamento das despesas com o

tratamento da vítima, seu funeral e o luto da

família;

II - na prestação de alimentos às pessoas a

quem o morto os devia, levando-se em conta a

duração provável da vida da vítima."

Douto Magistrado o Réu, por sua absoluta e

exclusiva culpa, causou danos incomensuráveis à vida de toda família da

autora, que foi a perda prematura de uma pessoa tão querida para todos.

Desta forma, deve o Réu, além de outros

valores, pagar os alimentos devidos, tendo por base o salário do falecido e sua

expectativa de vida, bem como a compensação pelos danos morais.

Plenamente cabível a cumulação uma vez que o próprio caput do dispositivo

utiliza a expressão "sem excluir outras reparações", permitindo que se aplique

o princípio da ampla reparação.

"Responsabilidade civil. Homicídio. Dano

moral. Indenizaçao. Cumulação com a devida

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pelo dano material - Os termos amplos do art.

150 do CC [atual art.i86] hão de entender-se

como abrangendo quaisquer danos;

compreendendo, pois, também os de natureza

moral. O Título VIII do Livro III do Código

Civil limita-se a estabelecer parâmetros para

alcançar o montante das indenizações. De

quando será devida indenização cuida o art. 159

[atual 186]. Não havendo norma específica

para a liquidação incide o art. 1.553 [atual 946].

A norma do art. 1.537 [atual 948] refere-se

apenas aos danos materiais, resultantes do

homicídio, não constituindo óbice a que se

reconheça deva ser ressarcido o dano moral. Se

existe dano material e dano moral, ambos

ensejando indenização, esta será devida como

ressarcimento de cada um deles, ainda que

oriundo do mesmo fato, Necessidade de

distinguir as hipóteses em que, a pretexto de

indenizar-se o dano material, o fundamento do

ressarcimento, em verdade, é a existência do

dano moral!í(STJ - 3 T. - Resp. - Rei. Nilson

Naves - j. 04.06.91-

" Responsabilidade civil. Homicídio.

Indenização pleiteada por filhos menores.

Ação procedente. Calculo da pensão.

Honorários advocatícios devidos - "Tratando-

se de dano decorrente da prática de crime, para

calculo da pensão devida aos filhos, é

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considerada a renda do casal morto, com

dedução, com dedução da metade, juros

simples e compostos desde o tempo do

crime"(TJSC - i c. - Ap. - Rei. Ivo Sell - j.

02.05.75

A vítima foi morta em 02/12/2009. Naquela

data, Raylen contava com 29 anos de idade, faltando assim 41 (quarenta e um)

anos para que viesse a completar 76 anos de idade, ou seja, 564 meses, com

uma perspectiva de vida saudável.

Requer a condenação do Réu ao pagamento da

correspondente aos salários de Raylen Caldas Gomes teria ao longo de sua

vida.

1. Polícia Civil, Cargo Investigador de

Polícia 3a. CL. PC-INV-III -

Remuneração R$2.843,94 (dois mil

oitocentos e quarenta e três e noventa e

quatro centavos) Totalizando: R$

1.603.982,16 (um milhão seiscentos e três

mil novecentos e oitenta e dois reais e

dezesseis centavos);

2. Professor no Curso Equípol - renda de

R$i.6o o (mil e seiscentos reais).

Totalizando: 902.400,00 (novecentos e

dois mil e quatrocentos reais);

3. Professor na instituição Cíec - renda de

R$3-2oo (três mil e seiscentos reais).

Totalizando: R$i.804.800,00 (um milhão

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e oitocentos e quatro rníl e oitocentos

reais);

Totalizando, até o momento R$4.311.182,16.

Além de que, ainda será incluso na presente

descriminação do dano material, as rendas que adviriam de sua formação em

Bacharelado em Direito pela Esbam e Bacharelado em Engenharia Civil pela

UEA, calculadas na forma do razoável e proporcional.

Quando faleceu em 2009 estava no 8 período

em Direito e 5 período de engenharia.

Portando, estaria formado e iniciando sua

Carreira como bacharel em direito no início de 2011, com 31 anos de Idade.

Neste ponto teria um indiscutível acréscimo

em sua renda, primeiro o de 150/0 de aumento de seu salário de policial, segundo

renda que para tanto estimamos em R$4.ooo (dois mil reais) mensal, pois

apesar de ser funcionário público nada o impediria de adquirir renda no setor

privado, assim como o fez ministrando aulas.

Mesmo raciocínio para o curso de engenharia

civil, estaria formado com 33 anos e como acréscimo de renda a quantia de

R$4.ooo,oo (quatro mil reais).

Acrescendo-se ao total supra apurado a quantia

de R$4.224.000,00 (quatro milhões e duzentos e vinte e quatro míl reais).

Totalizando, enfim, como danos materiais a quantia de R$8.535.182,16.

Dispõe o art. 402 do Código Civil:

í!Art. 402. Salvo as exceçoes expressamenteprevistas em leí, as perdas e danos devidas aocredor abrangem, além do que ele efetivamenteperdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar."

Av. Djalma Batista, 1661, Sala 1304 - M i l l e n n i u m Business Tower, Chapada CEP 69050970,Manaus-AM Fone: (92)9123-9549

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Portanto; compõem os lucros cessantes os

salários que ganharia até o final da vida, os aumentos advindos de sua

progressão na carreira e do bacharelado em DíreÍto ; renda que adviria de

serviços técnicos de bacharel em direito e de engenheiro civil.

"A expressão (o que razoavelmente deixou de

lucrar', constante do art. 1.059 [atual 402] do

Código Civil, deve ser interpretada no sentido

de que, até prova em contrário, se admite que o

credor haveria de lucrar aquilo que o bom

senso diz; que obteria, existindo a presunção de

que os fatos se desenrolariam dentro do seu

curso normal, tendo em vista os antecedente

"STJ- 4 T. - Resp 320417- Rei. Sálvio de

Figueiredo Teixeira - j. 27.11.2001).

Nos termos do art. 950, parágrafo único do

CCB, requer a indenizaçao de uma só vez.

Insta salientar que o parágrafo único do art.

950 do Código Civil, dispõe o Art. 950 - (...) Parágrafo Único. O prejudicado,

se preferir, poderá exigir que a indenízação seja arbitrada e paga de uma só

vez.

DO DANO MORAL

O conceito moderno de dano moral, esposado

por Sérgio Cavalari Filho, relaciona o dano moral à violação ao princípio da

dignidade da pessoa humana, num conceito mais restritivo, e aos direitos

personalíssimos, num conceito mais amplo.

Assim, resultando o dano moral da violação de

direitos decorrentes da personalidade e aferível, sua ocorrência, a partir de

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violência perpetrada por conduta ofensiva à dignidade da pessoa numana,

dispensável a prova de prejuízo concreto, já que a impossibilidade de se

penetrar na alma humana não pode obstaculízar a justa compensação.

Desse modo, necessário apenas que o ofendido

prove apenas o evento danoso em si, o fato propriamente dito, que ensejou a

repercussão negativa na esfera moral, até porque prescindível a demonstração

do que ordinariamente acontece.

Assim, requer a condenação do Réu pagar a

autora uma compensação pelos danos morais sofridos em decorrência da morte

de Raylen (dor psicológica, incomodo etc.)

VALOR DO DANO MORAL

Para o arbitramento de indenízação por dano

moral, faz-se necessária a consideração de diversos aspectos, como orienta Rui

Stoco, ao abordar o tema na sua obra Tratado de Responsabilidade Civil,

Revista dos Tribunais, 5-. ed., valendo frisar as seguintes regras:

a) O magistrado nunca deverá arbitrar a

índenização tomando como base apenas as possibilidades do devedor;

b) Também não deverá o julgador fixar a

indenizaçao com base somente nas necessidades da vitima;

c) Não se deve impor uma índenizaçao que

ultrapasse a capacidade económica do agente, levando-o à insolvência;

d) A Índenização não pode ser causa de ruína

para quem paga, nem fonte de enriquecimento para quem recebe;

e) Deverá o julgador fixá-la buscando o

equilíbrio, através do critério equitativo e de prudência, segundo as posses do

autor do dano e as necessidades da vítima e de acordo com a situação

económica de ambos;

f) Na índenização por dano moral a quantia a

ser fixada não pode ser absolutamente insignificante, mas servir para distrair e

Av. Djalma Batista, 1661, Sala 1304-MiI lennium Business Tower, Chapada CEP 69050970,Manaus-AM Fone: (92)9123-9549

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aplicar a dor do ofendido e dissuadir o autor da ofensa da prática de outros

atentados, tendo em vista o seu caráter preventivo e repressivo;

g) Não fixação do valor do dano moral o

julgador [..,] deverá, também, considerar a intensidade do doto e o grau de

culpa do agente (p.1030).

Nessas circunstâncias, e em atendimento aos

objetívos punitivo, pedagógico e reparação da sanção pecuniária, sem que isso

resulte em enriquecimento sem causa da vítima, requer o valor equivalente

R$3.ooo,000,00 (três milhões de reais).

DO PEDIDO

Diante do exposto requer:

a) Os benefícios da justiça gratuita uma vez

que se declara pobre no sentido jurídico do

termo conforme declaração em anexo;

b) Citação do Réu, para, querendo, no prazo

legal, apresentar resposta;

c) Declaração do direito à indenízaçao por

danos materiais e morais, corrigidos a

partir do evento danoso, com a consequente

condenação do réu ao pagamento de

índenizaçao por danos materiais no valor

correspondente as suas rendas: de servidor

público, com o devido acréscimo de 15%

decorrente de sua formação em Direito,

bem como os decorrentes de promoções na

carreira, renda de professor do curso

Equipol e da Instituição Ciec, somando-se,

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milhões de reais).

ainda, a renda que adviria de serviços

técnicos decorrentes de sua formação em

Direito e em Engenharia Civil; todos

calculados mediante sua expectativa de

vida. Condenação em danos morais no

montante de R$3.000.000,00 (três milhões

de reais);

d) Não sendo deferido a condenação do Réu ao

pagamento de danos materiais na forma da

alínea anterior, requer a condenação no

montante de R$4.000.000,00 (quatro

milhões);

e) Protesta provar o alegado mediante todos

os meios de prova admitidos em direito;

Dá-se à causa o valor de R$y.000.000,00 (sete

Termos em que,

Pede, Deferimento.

Manaus, TJJ de julho de/2olii

Renan Lourenço Barbará

OAB-AM 7-035

Declaro autenticidade de todos osdocumentos anexados do Art. 365. IV da lei5-869/73 ___ __^

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