lean construction summit - brasil

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Rua Itapina, 56 – Vila Mariana – São Paulo – SP – 04019-050 Fone/Fax: (11) 5573-6937 e-mail: [email protected] LEAN CONSTRUCTION SUMMIT Jeffrey Liker no Brasil Lean Construction e os Novos Modelos de Gestão da Produção na Cadeia de Fornecedores da Construção Civil Conferência com um dos maiores especialistas sobre a implantação da filosofia Lean em organizações ao redor do mundo e sobre a importância da relação com a cadeia de fornecedores na busca de ganhos de competitividade Temática do Evento A melhoria da produtividade na Construção Civil é reconhecidamente um dos mais importantes desafios a serem vencidos na busca pela competitividade no setor. É comum observarmos estudos analisando o fato de que nossa mão de obra produz muito menos do que a mão de obra em outros países, com cerca de 20% do seu tempo disponível sendo dispendido em atividades que não agregam valor ao processo produtivo, notadamente aquelas ligadas a paradas e esperas geradas por falta de insumos ou falta de novas frentes de serviço a serem executadas, com participação em cerca de 40% desse total. Assim, empresas que aumentaram seus volumes de trabalho nos últimos anos sem que readequassem os modelos de gestão de seus processos produtivos, tiveram perdas significativas, motivadas basicamente pelo fato de que a baixa produtividade, associada a um mercado de pleno trabalho (que pode ser entendido aqui como fator de aumento nos custos associados à folha de pagamento das empresas) causa uma grande corrosão das margens operacionais, em função do aumento desproporcional dos custos de produção. Modelos de gestão da produção focados na melhoria do desempenho operacional, como é o caso da Lean Construction, podem contribuir para a discussão desse importante problema, na medida em que preparam as empresas para novos patamares de produção, baseados no fato de que seus processos produtivos e gerenciais devem ser criados e conduzidos para que contribuam com o resultado final esperado pelo mercado, consumindo o mínimo possível de recursos associados a cada operação. É nítido o avanço que as construtoras têm alcançado na condução de seus projetos, otimizando os processos produtivos através de inovação tecnológica, capacitação de equipes e do estudo dos fatores que influenciam a logística interna de seus canteiros de obra. Os planos de produção e cronogramas de obra têm utilizado constantemente os benefícios da programação com base em ritmo de trabalho, como é o caso das linhas de balanço, e muitas construtoras adotam ferramentas de aumento da aderência da produção semanal em relação às suas metas de curto prazo, baseados na técnica do “Last Planner”, ferramenta que tradicionalmente caracteriza a utilização da Lean Construction em obras ao redor do mundo. Essas técnicas contribuem para a estabilização do ambiente operacional e reduzem a variabilidade das operações na medida em que se torna possível a identificação imediata de

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Conferência com um dos maiores especialistas sobre a implantação da filosofia Lean em organizações ao redor do mundo sobre a importância da relação com a cadeia de fornecedores na busca de ganhos de competitividade

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Page 1: LEAN CONSTRUCTION SUMMIT - BRASIL

Rua Itapina, 56 – Vila Mariana – São Paulo – SP – 04019-050

Fone/Fax: (11) 5573-6937 e-mail: [email protected]

LEAN CONSTRUCTION SUMMIT

Jeffrey Liker no Brasil

Lean Construction e os Novos Modelos de Gestão da Produção na Cadeia de Fornecedores da Construção Civil

Conferência com um dos maiores especialistas sobre a implantação da filosofia

Lean em organizações ao redor do mundo e sobre a importância da relação com a cadeia de fornecedores na busca de ganhos de competitividade

Temática do Evento A melhoria da produtividade na Construção Civil é reconhecidamente um dos mais

importantes desafios a serem vencidos na busca pela competitividade no setor. É comum observarmos estudos analisando o fato de que nossa mão de obra produz muito menos do que a mão de obra em outros países, com cerca de 20% do seu tempo disponível sendo dispendido em atividades que não agregam valor ao processo produtivo, notadamente aquelas ligadas a paradas e esperas geradas por falta de insumos ou falta de novas frentes de serviço a serem executadas, com participação em cerca de 40% desse total.

Assim, empresas que aumentaram seus volumes de trabalho nos últimos anos sem que

readequassem os modelos de gestão de seus processos produtivos, tiveram perdas significativas, motivadas basicamente pelo fato de que a baixa produtividade, associada a um mercado de pleno trabalho (que pode ser entendido aqui como fator de aumento nos custos associados à folha de pagamento das empresas) causa uma grande corrosão das margens operacionais, em função do aumento desproporcional dos custos de produção.

Modelos de gestão da produção focados na melhoria do desempenho operacional, como

é o caso da Lean Construction, podem contribuir para a discussão desse importante problema, na medida em que preparam as empresas para novos patamares de produção, baseados no fato de que seus processos produtivos e gerenciais devem ser criados e conduzidos para que contribuam com o resultado final esperado pelo mercado, consumindo o mínimo possível de recursos associados a cada operação.

É nítido o avanço que as construtoras têm alcançado na condução de seus projetos,

otimizando os processos produtivos através de inovação tecnológica, capacitação de equipes e do estudo dos fatores que influenciam a logística interna de seus canteiros de obra. Os planos de produção e cronogramas de obra têm utilizado constantemente os benefícios da programação com base em ritmo de trabalho, como é o caso das linhas de balanço, e muitas construtoras adotam ferramentas de aumento da aderência da produção semanal em relação às suas metas de curto prazo, baseados na técnica do “Last Planner”, ferramenta que tradicionalmente caracteriza a utilização da Lean Construction em obras ao redor do mundo. Essas técnicas contribuem para a estabilização do ambiente operacional e reduzem a variabilidade das operações na medida em que se torna possível a identificação imediata de

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eventuais desvios em relação aos planos semanais de produção, proporcionando foco e tempo para que ações corretivas surtam o efeito desejado, sem comprometer o resultado global do empreendimento.

Porém, esse modelo falha na medida em que as ações são muitas vezes pontuais e esses

avanços acabam não sendo percebidos no final dos trabalhos. Por exemplo: de que adianta um determinado empreendimento adotar um processo de execução de estrutura arrojado, com paredes e lajes sendo concretados a um ritmo de 2 a 3 dias por pavimento, se o ciclo de dry-wall, que basicamente libera a unidade construída para o início dos serviços de acabamento final, foi contratado com base em preços unitários, sem qualquer compromisso com o ritmo planejado da obra, e apresenta um ciclo de 4 a 5 dias por pavimento? O resultado prático dessa defasagem no ritmo dos trabalhos de cada equipe pode gerar um aumento no prazo de entrega da obra de algo entre um e dois meses, contribuindo assim para que a margem operacional do empreendimento seja corroída pelo aumento dos custos fixos, com o agravante de não permitir à construtora colher todos os frutos provenientes dos esforços relativos à inovação tecnológica e outros investimentos realizados para os serviços a montante na sequência executiva.

A conclusão que pode ser extraída na análise de tal situação nos leva a acreditar que, sem

dúvida alguma, as empresas de construção perceberam a importância da adoção de modelos mais sofisticados de planejamento e controle de suas operações, mais especificamente, utilizando técnicas assumidas pelo modelo conceitual proposto pela Lean Construction. É preciso agora, entender com mais profundidade o modelo proposto como um todo, de modo a alcançar uma vantagem competitiva que as coloque em um patamar diferenciado.

Na prática, no Brasil e nos países que utilizam a Lean Construction em seus processos de

Planejamento e Controle da Produção, o foco tem sido dado quase que exclusivamente para garantir a aderência da produção ao plano semanal de metas gerado, através de reuniões entre as equipes de produção e discussões focadas na eliminação de incertezas e gargalos operacionais, que podem afetar o resultado das ações no campo.

Se por um lado, esse é um avanço importante, por outro lado, estamos perdendo de vista

as raízes do modelo proposto pela Toyota, e que foram a base de seu sucesso mundial: não adianta trabalharmos a eficácia do canteiro de obras, se a empresa não estiver preparada para suportar a demanda de decisões que o modelo exige. A eficiência vem da inteligência operacional que conduz todos os participantes do processo produtivo a seguir o plano de produção gerado para a obra ao longo do tempo, e isso afeta as estratégias de contratação de projetistas e fornecedores de materiais / equipamentos. Ao assumirmos que sequência, ritmo e terminalidade são fatos que determinam o sucesso de um projeto, essa eficiência também se relaciona com as diretrizes de contratação de prestadores de serviço.u