lean construction em obra vertical

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Pró-Reitoria de Graduação Curso de Engenharia Civil Trabalho de Conclusão de Curso LEAN CONSTRUCTION: ESTUDO DE CASO SOBRE A APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS PARA REDUÇÃO DE DESPERDÍCIOS EM EMPREENDIMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL. Autor: Bruno Salomão Mendes do Carmo Orientador: Prof. Msc. Robson Donizeth Gonçalves da Costa Brasília - DF 2014

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Pró-Reitoria de Graduação Curso de Engenharia Civil

Trabalho de Conclusão de Curso

LEAN CONSTRUCTION: ESTUDO DE CASO SOBRE A APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS PARA REDUÇÃO DE DESPERDÍCIOS EM EMPREENDIMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL.

Autor: Bruno Salomão Mendes do CarmoOrientador: Prof. Msc. Robson Donizeth Gonçalves da Costa

Brasília - DF 2014

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Artigo apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Civil da Universidade Católica de Brasília, como requisito para obtenção ao título de Bacharel em Engenharia Civil. O artigo foi aprovado por: Prof. MSc. Robson Donizeth Gonçalves da Costa – Orientador e Prof. MSc. Luís Alejandro Perez Pena – Examinador. Brasília, 20 de novembro de 2014.

LEAN CONSTRUCTION: ESTUDO DE CASO SOBRE A APLICAÇÃO DE

FERRAMENTAS PARA A REDUÇÃO DE DESPERDÍCIOS EM

EMPREENDIMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Bruno Salomão Mendes do Carmo

[email protected]

Prof. Msc. Robson Donizeth Gonçalves da Costa

[email protected]

Curso de Graduação em Engenharia Civil – Universidade Católica de Brasília

RESUMO

A obtenção de lucro por meio da redução de desperdícios é fator crucial para garantir maior

competitividade produtiva no ramo da construção civil. A metodologia chamada Lean

Construction aparece neste contexto para ajudar a visualizar e reduzir estes desperdícios. Para

tal são usadas várias ferramentas baseadas nesta metodologia que ao serem aplicadas tanto no

planejamento como na execução da obra possam vir a minimizar estes desperdícios. Este

trabalho fará a apresentação e a aplicação de algumas das ferramentas em um estudo de caso

em empreendimento localizado no Distrito Federal, apresentando as alterações e ganhos

decorrentes da utilização dessas ferramentas, julgando assim a viabilidade de sua utilização.

Palavras-chave: Lean Construction. Engenharia civil. Administração de construção.

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ABSTRACT

Obtaining profit by reducing waste is crucial to ensure greater competitiveness in the

productive sector of civil construction. A methodology called “Lean Construction” appears in

this context to help visualize and reduce these wastes. For this purpose are used various tools

based on this methodology to be applied in planning and execution of the building which can

minimize these wastes. This paper will present and apply some of these tools in a case study

on a development located in Distrito Federal, presenting the changes and gains arising from

the use of these tools, so judging the feasibility of its use.

Keywords: Lean Construction. Civil Engineering. Construction Administration.

Page 4: Lean construction em obra vertical

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1.INTRODUÇÃO

Nos últimos anos a construção civil vem passando por um ótimo momento econômico

no Brasil. Investimentos altos impulsionaram esta indústria, que segue crescendo à ritmo

acelerado. Com o mercado inflamado, é natural que a concorrência se torne cada vez maior.

Com isso em vista, há hoje uma carência por inovações no ramo, onde busca-se reduzir cada

vez mais o custo dos empreendimentos, tornando-os mais competitivas no mercado. É neste

contexto onde entra a filosofia Lean, que se trata de uma metodologia que visa principalmente

identificar e reduzir desperdícios em todo o processo construtivo.

1.1 Objetivos

O objetivo deste trabalho é aplicar um estudo da implantação do Lean Construction

em um empreendimento localizado no Distrito Federal, buscando-se a criação de

metodologias e padrões que facilitem a implantação do sistema e de algumas de suas

ferramentas de forma eficiente, em outras obras da categoria. Além disso, pretende-se avaliar

se as mudanças realizadas formam um conjunto interessante para o mercado da construção

civil, e se sua aplicação é viável para empresas do ramo.

Com base nisso, destacamos os seguintes objetivos específicos:

• Transmitir de forma clara o pensamento Lean.

• Aplicar ferramentas baseadas em seus princípios.

• Fornecer métodos para a implantação dessas ferramentas.

• Avaliar, com base em dados adquiridos da obra em questão, a eficácia do sistema e

das ferramentas e sugerir melhorias.

1.2 Justificativa

A filosofia Lean, com raízes em indústrias automobilísticas de grande porte como a

Toyota, veio contestar a eficácia das metodologias anteriores, trazendo linhas de pensamento

onde é possível identificar uma série de desperdícios muitas vezes invisíveis à um olhar

desatento. Em pouco tempo, o Lean se tornou a metodologia mais utilizada por grandes e até

pequenas indústrias, trazendo-as com força ao cenário competitivo. Tal metodologia não

poderia se restringir apenas a um tipo de indústria, sendo assim, logo foram criados

Page 5: Lean construction em obra vertical

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ferramentas e métodos que a adaptassem aos campos da construção civil, de fato

possibilitando um processo construtivo o mais enxuto possível, onde a busca por melhorias é

contínua.

Ainda é possível verificar uma grande deficiência na indústria de construção no Brasil,

no que diz respeito à produtividade. Avanços nessa área significam uma maior eficiência,

assim como menores desperdícios, oque indica o nível tecnológico e gerencial utilizado no

processo. Como dito, o Brasil se encontra atrás neste aspecto com relação a regiões mais

desenvolvidas, onde o tempo gasto no planejamento da obra é superior, e a eficiência é

buscada como fator condicionante para o início de um processo.

1.3 Lean Construction

1.3.1 Sistema Toyota de Produção

Por volta do ano de 1950, o Japão passava por um grande período de crises, reduzindo

drasticamente a sua competitividade diante das grandes indústrias da época. Foi neste

contexto que surgiu um novo sistema de produção que viria a se tornar o mais utilizado em

todo mundo devido ao seu grande aumento da eficiência, para tal, Taiichi Ohno, engenheiro

da Toyota, precursor do Lean, buscou identificar os principais desperdícios.

A filosofia Lean pode ser mais bem entendida através de três princípios base, são eles:

Just in time: Produção por demanda, nada deve ser produzido, transportado ou

comprado antes da hora exata, reduzindo estoques e custos decorrentes.

Jidoka: Automação com toque humano, fazendo com que os erros sejam aparentes,

tornando fácil sua detecção, correção e prevenção, eliminando anormalidades e produtos

defeituosos.

Kaizen: Mudança para melhor, melhoria contínua realizada por todos que fazem parte

de um processo produtivo, ensinando os colaboradores a identificar e eliminar desperdícios,

reduzindo o trabalho duro e aumentando a produtividade.

O interesse nas ideias do Sistema Toyota de Produção surgiu principalmente pelo alto

grau de competitividade que ele oferecia. Através da análise das atividades envolvidas no

processo, era possível identificar as diferenças entre desperdício e valor, a partir da ótica de

clientes e usuários convencionais (KOSKELA, 2004).

Com base nisso, e nas bibliografias de Koskela e Womack, seguem os principais

desperdícios:

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5

Superprodução: produção de itens para os quais não há demanda, o que gera perdas

com excesso de pessoal e de estoque e com os custos de transporte devido ao estoque

excessivo.

Excesso de estoque (inventário): excesso de matéria-prima, de estoque em processo ou

de produtos acabados, causando lead times mais longos, produtos danificados, custos de

transporte, de armazenagem e atrasos. O estoque extra, oculta problemas como

desbalanceamento de produção, entregas atrasadas dos fornecedores, defeitos, equipamentos

em conserto e longo tempo de setup (preparação).

Defeitos: produção ou correção de peças defeituosas. Retrabalhar, descartar, substituir

e inspecionar a produção significa perdas de manuseio, tempo e esforço.

Espera (tempo sem trabalho): funcionários que servem apenas para vigiar uma

máquina automática ou que aguardam pelo próximo passo no processamento, ferramenta,

suprimento, peça, etc., ou que simplesmente não têm trabalho para fazer devido à uma falta de

estoque, atrasos no processamento, interrupção do funcionamento de equipamentos e gargalos

da capacidade.

Movimento desnecessário: qualquer movimento inútil que os funcionários têm que

fazer durante o trabalho tais como procurar, pegar ou empilhar peças, ferramentas, etc.

Caminhar também é considerado desperdícios de um ponto de vista de produção.

Superprocessamento ou processamento incorreto (área em excesso): passos

desnecessários para processar as peças. Processamento ineficiente devido a uma ferramenta

ou ao projeto de baixa qualidade do produto, causando movimento desnecessário e

produzindo defeitos.

Transporte desnecessário: movimento de estoque em processo por longas distâncias,

criação de transporte ineficiente ou movimentação de materiais, peças ou produtos acabados

para dentro ou fora do estoque ou entre processos.

Criatividade não Aproveitada – Não utilização de ideias, habilidades dos

colaboradores, não envolvimentos através de kaizen, treinamento, falta de capacitação

operacional.

Entende-se assim por desperdício como sendo qualquer atividade que não gere

nenhum valor perceptível ao cliente.

Dessa forma, para orientar as empresas que desejam aplicar a manufatura enxuta em

seus processos, Womack e Jones definem cinco princípios diretores do Lean Production,

listados a seguir:

Page 7: Lean construction em obra vertical

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Determinar precisamente o valor por produto específico: é o ponto de partida e deve

ser definido segundo as perspectivas dos clientes finais. Esse pensamento é essencial para que

os fornecedores produzam apenas o que lhes é demandado e deve ser iniciado com uma

tentativa consciente de definir precisamente o valor em termos de produtos específicos, com

capacidades específicas, oferecidas a preços específicos, por meio do diálogo com clientes

específicos.

Identificar a cadeia de valor para cada produto: é toda ação (agregando valor ou não)

sobre o produto, desde a matéria-prima até as mãos do consumidor, passando pelo projeto,

concepção e lançamento do produto. Ao identificar o fluxo de valor, a empresa tem uma visão

ampla de todos os processos individuais que compõem o caminho da matéria-prima até o

produto acabado, encontrando as fontes de desperdício.

Fazer o valor fluir sem interrupções: é necessário fazer com que as etapas que criam

valor fluam. Para estabelecer um fluxo, é necessário estabelecer um foco, que deve ser o

“processo puxador” ou o segmento do fluxo de valor em que os produtos apresentam a forma

final na perspectiva do cliente. Neste foco se estabelece um ritmo de produção estável e

fluxos de materiais sempre contínuos, que estabelecem demandas regulares e consistentes ao

fluxo de valor.

Deixar com que o cliente puxe o valor do produto: puxar a produção significa que um

processo inicial não deve produzir um bem ou um serviço sem que o cliente do processo

posterior o solicite. Este ideal faz com que a empresa só produza o que foi demandado por

clientes e não mais lotes desnecessários que serão estocados.

Buscar a perfeição: fazer os quatro princípios anteriores interagirem em um processo

contínuo na eliminação dos desperdícios. Fazer com que o valor flua mais rápido, sempre

expõe os desperdícios ocultos no fluxo de valor. Quanto mais puxado é um processo, mais

revelará os obstáculos ao fluxo, permitindo sua eliminação.

2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1 O empreendimento

O estudo ocorre em canteiro de obra da construtora Apex Engenharia, empresa antiga

atuante no mercado imobiliário do Distrito Federal. A contínua busca por maior

competitividade no mercado incentivou ao início da implantação do Lean em seus

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empreendimentos, tendo como piloto para esse processo o Residencial Encanto, localizado em

Samambaia, cidade satélite de Brasília.

O empreendimento é constituído por uma edificação multifamiliar de 13 pavimentos,

com mais de 6.000 metros quadrados somando os pavimentos, nove apartamentos por andar,

sendo um total de 125 unidades disponíveis de moradia. O sistema estrutural adotado é o da

alvenaria autoportante por blocos de concreto, onde a garagem é uma construção a parte,

realizada ao lado da torre. A ideia do Lean Construction já havia sido confeccionada pelos

gestores da empresa antes do início da construção, porém foi no período da ocasião deste

trabalho que houve uma maior evolução dessa ideia, com a ajuda de consultores

especializados e da boa vontade da diretoria da empresa. Este trabalho irá portanto se referir a

este período, o momento inicial da elaboração das metodologias a serem aplicadas no sistema

de gestão da empresa.

2.2 Estudo de caso

Conhecendo-se a metodologia e princípios da construção enxuta, este trabalho foca na

aplicação de ferramentas orientadas pelos conceitos Lean. O foco será nas ferramentas 5S e

Linha de Balanço. A primeira, 5S (cinco sensos) sendo aplicada no ambiente do almoxarifado

e gestão de recursos dentro do canteiro de obras, apresentando avanços feitos no período da

implantação do Lean, assim como propostas e planos de ações futuras visando melhorias e

avanços nesta área. E a segunda ferramenta, Linha de Balanço, diz respeito ao macro

planejamento das atividades de produção de toda a construção. Posteriormente serão

levantados materiais que avaliem se o ganho de eficiência proposto, de fato ocorreu.

2.4 Ferramentas

As ferramentas utilizadas na construção enxuta são instrumentos que buscam medir,

gerir e reduzir os desperdícios nos processos, bem como orientar ações que mitiguem essas

perdas em longo prazo. Cada ferramenta tem uma aplicação específica e para sua aplicação,

sempre é aconselhável ir ao Gemba (ir ao local de trabalho). São oito as ferramentas

aplicadas, algumas derivadas de outros sistemas, e tem papel fundamental nos resultados

esperados. Nas ações adotadas estão demonstradas as aplicações de várias dessas ferramentas

porém dar-se-á ênfase às mais importantes. A base imprescindível das mudanças propostas é a

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padronização, pois sem ela, se perderiam com o tempo, e não haveria um determinado ponto

para partir com outras melhorias.

Como afirmado, o conteúdo deste trabalho estará relacionado à algumas destas

ferramentas, são elas: 5S (sensos), fluxo contínuo de produção, gerenciamento visual e

trabalho padrão, embora forneça um breve vislumbre das demais ferramentas.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 Método 5S

3.1.1 Definição

O 5S é uma metodologia de trabalho que usa uma lista de cinco palavras japonesas:

Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke, que em português significam sensos de utilização,

ordenação, limpeza, saúde e autodisciplina, que correspondem basicamente ao bom-senso que

pode ser ensinado, aperfeiçoado e praticado para o crescimento humano e profissional.

Convém se tornar hábito, costume e cultura.

Os propósitos da metodologia 5S são de melhorar a eficiência através da destinação

adequada de materiais (separar o que é necessário do desnecessário), organização, limpeza e

identificação de materiais e espaços e a manutenção e melhoria do próprio 5S.

É de grande importância para a organização a aplicação de um programa 5S, desde

que toda a equipe participe ativamente de sua implementação. Uma boa implantação desta

ferramenta, tende gerar as seguintes vantagens:

- Redução dos desperdícios sejam eles: materiais, recursos humanos, recursos naturais,

tempo e custo;

- Aumento da qualidade do produto ou serviço;

- Aumento da produtividade;

- Fornece a base necessária para implementar outros programas de qualidade, como

por exemplo: ISO 9001:2008, 14001, OHSAS 18001 e PBQP-H;

- Facilita a detecção de erros, objetos fora do lugar e outros problemas que precisam

de atenção;

- Prevenção de acidentes;

- Melhoria do ambiente de trabalho;

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- Melhoria da qualidade de vida;

- Prevenção quanto à parada por quebras;

- Melhoria na motivação dos colaboradores;

- Incentivo à criatividade;

- Redução de custo e de retrabalho.

3.1.2 Aplicação do 5S no almoxarifado

A ferramenta foi inicialmente aplicada no almoxarifado da obra, o espaço inicialmente

apresentava uma estrutura bem definida, que estava separada em almoxarifado de materiais,

com três funcionários e ferramentaria com um responsável. Foram fotografados os espaços de

armazenamento de materiais, espaços de estação de trabalho e espaço destinado a

armazenamento de ferramentas e equipamentos.

O primeiro passo para a implantação da ferramenta foi o treinamento do pessoal

envolvido, todos que faziam parte do almoxarifado foram treinados no 5S dentro do próprio

canteiro. Em seguida começaram as alterações, que em sua maioria, eram propostas pelos

líderes e averiguadas e melhoradas pelos colaboradores responsáveis. Assim foi elaborado um

plano de ação composto pelos seguintes pontos:

− Redução em 50% do tamanho do almoxarifado;

− Utilização de “Kanbans” para retirada de materiais, programados com um dia de

antecedência;

− Criação de um quadro para controle das ferramentas;

− Organização e limpeza geral do canteiro.

A seguir, segue a execução das etapas acima abordadas.

3.1.2.1 Redução em 50% da área do almoxarifado

Verificou-se em uma pré-análise que os materiais estavam organizados, porém havia

muitos espaços vazios entre as prateleiras, gerando um desperdício de materiais e espaço.

Outro fator que levou à essa redução é o fato de que em obras futuras, não serão adquiridos

grandes estoques de materiais, redução proposta pelo Lean para a identificação de erros e

desperdícios ocultados pelo estoque. Uma vez que as mudanças realizadas na obra em questão

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eram piloto para as futuras, e buscava-se assim a padronização das mudanças, tal redução foi

essencial.

Buscando-se novamente a padronização das mudanças, foi elaborado um layout

indicando a localização nas prateleiras de cada seção de materiais, buscando-se tornar o

processo o mais ágil e visual possível, de forma que uma pessoa de fora do almoxarifado

pudesse encontrar o material necessário. A padronização elimina desperdícios vindos de um

estoque em lugar inadequado, eliminando a movimentação desnecessária para sanar esse

problema. Apesar dessa padronização, a criatividade dos colaboradores deve ser incentivada,

permitindo que suas ideias sejam aplicadas.

3.1.2.2 Utilização de “Kanbans” para retirada de materiais

Constatou-se que outro processo que gerava grandes desperdícios de mão-de-obra e

produtividade era a retirada de materiais do almoxarifado. Em horários como o início dos

turnos, formava-se fila para a retirada desses materiais, devido à demora na contagem e

conferência das peças. O tempo gasto para que a última pessoa fosse liberada foi de

aproximadamente 1 hora e 30 minutos.

Para reduzir esse desperdício, foi feito uso de outra ferramenta do Lean, os Kanbans.

Tal ferramenta foi implantada para que os encarregados fizessem com um dia de antecedência

a programação de material necessária para o outro dia de serviço. Para efetivar a mudança, o

almoxarifado passou a fornecer material apenas para as requisições realizadas no prazo

correto. Dessa forma, os responsáveis pela separação das requisições poderiam se programar e

deixar os materiais separados antes que de fato fossem retirados, reduzindo/acabando com as

filas, eliminando esse desperdício na produtividade.

Outro fator positivo atingido com essa mudança foi a redução de movimentação

desnecessária com a descida de colaboradores para buscar uma peça que faltou em seu pedido

inicial. Tal feito foi possível uma vez que os colaboradores observaram que as requisições

apresentavam pouca variabilidade conforme passavam os dias, e assim, programavam a

realização de tarefas diferentes, que demandassem outro conjunto de materiais. Ganhou

também o almoxarifado, que passou a ter mais tempo para realizar tarefas como organização e

controle de estoque, tarefa indispensável garantir o seguimento do cronograma de obra. A foto

a seguir ilustra o ponto no almoxarifado destinado ao depósito das requisições representadas

pela figura 2.

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Figura 1 - Janela destinada à requisição de material.

Figura 2 - Kanban para requisição de materiais.

3.1.2.3 Criação de um quadro para controle das ferramentas

Outra medida adotada visando um melhor gerenciamento visual de recursos.

Anteriormente à adoção do quadro, as ferramentas que saiam do almoxarifado frequentemente

tinham sua reentrada atrasada, uma vez que esse controle era responsabilidade de uma única

pessoa, centralizando as informações referentes às ferramentas. Após a adoção deste quadro, a

situação do aluguel dessas ferramentas se tornou visível à todos, permitindo uma

rastreabilidade da ferramenta, reduzindo assim um outro gargalo na obra, a indisponibilidade

de ferramentas.

O layout do quadro está demonstrado abaixo na figura 3. Cada coluna representa um

equipamento, e cada Kanban representa uma unidade de determinado equipamento, os com

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coloração azul diz que esse equipamento está disponível. Quando um equipamento é locado,

utiliza-se o formulário representado na figura 4, que dispõe das informações do funcionário

locatário, data de retirada e previsão de entrega, código do patrimônio da ferramenta e local

de utilização.

Figura 3 - Quadro de ferramentas.

Figura 4 - Formulário de preenchimento.

3.1.2.4 Organização e limpeza geral do almoxarifado

Com a aplicação do treinamento 5S e o incentivo a mudanças por parte da empresa, os

responsáveis pelo almoxarifado iniciaram um processo de organização das instalações,

Page 14: Lean construction em obra vertical

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buscando adequar o ambiente aos novos critérios impostos pela ferramenta em destaque. A

organização facilitou a visualização geral do estoque, tornando o controle do estoque mais

perceptível mesmo a quem não pertença ao almoxarifado, minimizando as chances de

interrupção de fluxo devido à falta de estoque.

Nas fotos retratadas a seguir, além da organização geral foi buscado a valorização do

espaço, por meio do melhor uso das prateleiras, organização das ferramentas que antes eram

dispostas de forma desorganizada e sem visibilidade, utilização de cestos de PVC em

substituição das prateleiras, uma vez que possibilitam maiores arranjos e permitem uma

utilização sustentável. Estas entre outras medidas estão demonstradas a seguir.

Figura 5 - Comparativo das mudanças no armazenamento de materiais.

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14

Figura 6 - Comparativo das mudanças no armazenamento de materiais.

3.2 Linha de Balanço

Além da sua utilização em canteiros de obras, a filosofia Lean também é aplicada no

planejamento da obra, onde é buscado o fluxo contínuo de produção. Para atingi-lo foi

utilizado dentro do planejamento a ferramenta chamada linha de balanço, que demonstra em

gráficos o planejado para os serviços da obra, deixando visível a possibilidade de possíveis

arranjos em serviços e equipes durante a sua execução. Com isso ficam visíveis intervalos

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15

temporais entre os serviços, ou seja, os estoques de unidades sem atividade produtiva,

possibilitando os ajustes durante a produção do produto final. Revelar as interrupções de fluxo

permitindo uma melhor analise com relação ao cronograma físico da obra e permitindo

verificar desperdícios de materiais e mão-de-obra, bem como proporcionar datas para

aquisições de estoque, reduzindo-os assim como os custos decorrentes dos mesmos. Estes

entre outros são os pontos destacados por essa ferramenta. Durante a implantação na empresa,

esta ferramenta foi utilizada visando entender onde haveria possibilidade de rearranjo

buscando a eliminação de desperdícios.

Anteriormente a aplicação desta ferramenta, já existia um cronograma em obra que

buscava à este fluxo contínuo, porém o modelo utilizado até então, dificultava a visualização

de possíveis desperdícios no planejamento, como os estoques anteriormente citados. Ao fazer

a transição desse planejamento inicial para a linha de balanço obteve-se o seguinte:

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Gráfico 1 - Planejamento anterior seguido no decorrer da obra.

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Gráfico 1 - Planejamento anterior seguido no decorrer da obra.

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Gráfico 1 - Planejamento anterior seguido no decorrer da obra.

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19

Porém verifica-se algumas oportunidades de melhoria neste planejamento. É possível

visualizar atividades que seriam o gargalo da produção, a princípio, a alvenaria condiciona o

andamento de todas as outras células de produção, caso houvesse alguma melhoria, ou

redução no prazo desta atividade, poderia haver redução no tempo total do cronograma.

Gráfico 2 - Demonstração da melhoria sugerida na alvenaria.

Em segundo, vemos interrupções nas linhas de algumas atividades, como por exemplo,

o contra piso, que na condição atual, fica um dia sem exercer atividades, devido à inexistência

de campo ou unidades liberadas para serviço. Sendo assim, a oportunidade de melhoria

existente aqui, é a de um melhor gerenciamento da eficiência da mão-de-obra, mesmo que

isso signifique um aumento no cronograma da obra. A seguir segue exemplificado o item

relacionado acima, onde as atividades de contrapiso, requadração, hidráulica, gesso cola e

reboco do alpendre apresentam tempo de espera.

Page 21: Lean construction em obra vertical

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Figura 7 - Tempo de espera existente entre as atividades.

O terceiro ponto para melhoria não perceptível graficamente, mas no andamento da

obra, seria a obtenção de índices mais precisos e confiáveis de produção, que aumente a

confiabilidade do gráfico evitando assim possíveis situações de caos ocorrendo devido ao

cumprimento da linha de balanço.

E o quarto ponto seria o congestionamento causado em alguns pontos onde muitos

serviços ocorrem simultaneamente em uma mesma unidade, criando desta forma conflitos

internos devido a dificuldade no gerenciamento dessas atividades, além de conversa excessiva

e dificuldades no tráfego. Neste estudo, recomenda um número máximo de 10 pessoas por

unidade, acima disso, a produtividade média individual passa a ser prejudicada.

Figura 8 - Cinco atividades de ocorrência simultânea em uma unidade de produção.

Com base nisso, foram elaborados mais 2 gráficos, o primeiro são organizadas as

atividades levando em conta a primeira e segunda oportunidades de melhoria, ou seja, são

alterações somente de organização das atividades. O segundo gráfico considera também a

terceira e quarta oportunidades, mais ligadas à necessidade de ir ao gemba (ambiente de

trabalho). Para tal, foram observados índices da produção reais ocorridos nesta obra em

questão, aproximando ao máximo o gráfico da situação real. Seguem os gráficos de melhoria.

REQ REQ REQ REQ

G.C G.C G.C G.C

R.AL R.AL R.AL R.AL

HID HID HID HID

CP CP CP CP

Page 22: Lean construction em obra vertical

21

3.2.2 Melhorias realizadas

No primeiro gráfico de melhoria, levando-se em conta apenas reorganização das

atividades. Foi realizada a redução do congestionamento e a redução ou eliminação dos

tempos de espera.

Figura 9 - Eliminação do tempo de espera e redução do congestionamento.

Para a eliminação dessa espera foram alteradas as datas de início e término das

atividades das células de produção, que gerou um novo gargalo no gráfico em função de

atividades começarem em uma data mais avançada que as do gráfico anterior. Essa alteração

segue demonstrada a seguir.

CP CP CP CP REQ REQ REQ REQHID HID HID HID R.AL R.AL R.AL R.AL

H.C H.C H.C H.C E.C E.C E.C E.C G.C G.C G.C G.C

CP CP CP CP REQ REQ REQ REQHID HID HID HID R.AL R.AL R.AL R.ALE.C E.C E.C E.C G.C G.C G.C G.C DW DW DW DW

Page 23: Lean construction em obra vertical

22

Gráfico 3 - Gargalo criado pela eliminação do tempo de espera.

Já no segundo gráfico, onde houve alterações tanto na organização das células,

melhoria de processos e alteração nos índices de produtividade, verificou-se que o contrapiso

seria realizado em um prazo menor que o estipulado, sendo assim, para a eliminação do tempo

de espera nessa atividade, haveria um grande atraso em sua data de início, criando uma

situação semelhante à demonstrada no primeiro gráfico de melhoria. Para contornar essa

situação, foi realizada uma pausa no meio desta atividade, onde se assume que a célula estará

liberada para o exercício de outras atividades. Possibilitou-se assim que a célula começasse

sem grandes atrasos em suas atividades e consequentemente com menores prejuízos ao

cronograma total.

Page 24: Lean construction em obra vertical

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Figura 10 - Pausa criada na célula do contrapiso.

O processo da alvenaria citado anteriormente passou por um processo de melhoria. Foi

utilizada neste caso uma ferramenta chamada Mapa de Fluxo de Valor, onde busca-se uma

sistemática observação e análise de um determinado processo, identificando gargalos e

desperdícios dentre o fluxo de produção de suas atividades, possibilitando a criação de

medidas eficientes. Essa ferramenta não será aprofundada neste trabalho.

3.2.3 Comparativo

Desta forma segue a tabela, onde são levantados os dias de trabalho de cada célula,

que inclui os dias de fatos trabalhados e os dias onde se aguardava a liberação de campo, em

seguida é feito um comparativo com o total de dias contabilizados em cada cronograma,

desconsiderou-se aqui o dimensionamento da equipe e por tanto o fator financeiro do cálculo.

Segue a tabela.

Tabela 1 - Somatório dos dias trabalhados por células de produção

Alv. Ele. Reb.Hid.

Corredor

Ele.

CorredorRequad.

Gesso

Cola

Reb.

Alpendre

Hidráulica

(apts)

Contra

piso

Gráfico 1 144 140 142 142 140 140 140 140 140 140

Gráfico 2 144 140 142 112 112 112 112 112 112 112

Gráfico 3 116 112 112 0 0 112 112 112 112 84

Dias

Page 25: Lean construction em obra vertical

24

Já a tabela a seguir, apresenta o comparativo do tempo total da duração da obra, a

partir da data de início da primeira atividade até a data de término da última.

Tabela 2 - Duração total do cronograma de obra.

Analisando a primeira tabela vemos uma redução significativa no tempo de ciclo das

células de produção, 11,74% de redução modificando apenas a organização e datas de início e

término das atividades, em contrapartida analisando-se a segunda tabela ocorre um aumento

de 9,88% no prazo total de execução da obra. Atribui-se a este aumento do prazo de execução

à correta gerência das atividades, onde é praticado o princípio do just in time, da metodologia

Lean, onde elimina-se a superprodução, dando lugar ao equilíbrio de todo o processo. De

posse desses dados, caberá ao plano diretor, direcionar a prioridade antes do planejamento,

pois pode-se assim priorizar tanto a economia quanto o prazo.

Já o gráfico 2, onde foram alterados a produtividade e realizadas melhorias em alguns

processos, observa-se uma redução ainda maior do tempo de ciclo das células, um total de

28,6%, e diferentemente do gráfico de melhoria 1, houve uma redução no prazo de execução

da obra. Atribui-se a essa redução à correção dos índices de produtividade praticados na obra

em questão

Outras melhorias que não foram dimensionadas, mas que apresentam grande impacto

na execução da obra foi a redução de atividades que ocorrem simultaneamente em uma

mesma unidade de produção, que acaba por aumentar a produtividade das células, uma vez

que melhora o fluxo de pessoas e materiais, além de evitar conflitos resultantes de qualquer

Dry

Wall

Revest.

Cerâmic

o

Forro

de

gesso

pintura

Facha

da

Pintura

final

Cab

apt.TOT.

Gráfico 1 140 140 140 140 84 56 56 2164

Gráfico 2 112 140 112 140 84 56 56 191011,74 %

Gráfico 3 114 112 112 140 84 56 56 1546 28,56 % 19,06 %

Redução

Dias

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interferência que uma célula venha a exercer na outra, uma vez que o campo de trabalho deles

é reduzido. Além disso, foi corrigido o ponto onde havia conflito entre atividades da fachada e

da pintura.

4. CONCLUSÃO

A filosofia Lean se mostrou como um conjunto de ideias orientadoras para diversas

questões referentes ao ambiente de obra e ao seu planejamento. As mudanças realizadas

durante o processo de implantação por meio da ferramenta 5S e do gerenciamento visual

deixaram marcas visíveis à todos os colaboradores, transmitindo a sensação de evolução.

Depoimentos realizados após as mudanças deixam claro a satisfação de funcionários por

saberem que suas ideias foram não somente ouvidas como executadas, gerando um

aproveitamento intelectual dos colaboradores à medida que se geram melhorias e redução de

desperdícios.

A mesma filosofia aplicada no planejamento da obra possibilitou resultados

visivelmente satisfatórios, uma vez que reduziu em grande parte o trabalho total empregado

para a construção do mesmo edifício, contribuindo para um gerenciamento mais eficiente da

mão-de-obra, ao passo que reduziu a quantidade de dias trabalhados por célula de produção,

além de possibilitar uma fácil visualização de lotes sobrecarregados de processos simultâneos

o que acabara por reduzir a produtividade das atividades ali concentradas. Contribuiu também

para um melhor gerenciamento de estoque, ao qual é visto pelo Lean como refúgio de falhas e

desperdícios, gerando custos advindos dessa prática. Possibilitou-se assim a redução deste

estoque a níveis máximos que não pudessem comprometer o fluxo contínuo da obra. Outro

fator observado foi a importância da obtenção de apropriados índices de produtividade, pois

analisou-se grande influência destes índices na confecção de um gráfico que atendesse a

realidade. Falhas neste quesito resultariam em caos numa execução de obra que busca atender

ao planejamento. Em ocasião onde o correto uso do Lean na linha de balanço gerou o

aumento no prazo total para execução da obra, foi resultado do aumento da eficiência da mão-

de-obra. A redução deste prazo pode ser obtida dentre outras formas pela a uniformização do

prazo de execução das atividades, gerado pelo redimensionamento das equipes, fato não

considerado neste trabalho.

É importante salientar que o caos é integrante presente em grande maioria das obras e

estará presente no processo de implantação do Lean. Uma das características desta filosofia, é

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tornar aparentes as falhas presentes no ambiente de obras, para assim ser possível a tomada de

medidas mitigadoras destas falhas, ocorrendo assim um processo contínuo de melhoria e

padronização.

Conclui-se portanto que o Lean Construction apresenta-se como uma filosofia que

reduz desperdícios e de fato aumenta a eficiência em obras de construção civil, porém a sua

implantação ocorre de forma gradual e custosa do ponto de vista gerencial, necessitando de

olhares atentos às suas vantagens e boa vontade da liderança para sua contínua implantação.

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REFERÊNCIAS

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2008. 86f.. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Faculdade de Engenharia,

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perspectiva da mentalidade enxuta. Porto Alegre, 2010. 176f.. Tese (Doutorado em

Engenharia de Produção) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

CARNEIRO, André Quinderé. Estudo Sobre Aplicação do Conceito de Células de

Produção na Construção Civil. Fortaleza, 2007. 41p.

FERREIRA, R. R. D. de Sousa. Lean Construction na Norlabor – Engenharia e

Construção, SA. Porto, 2010.

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múltiplos pavimentos. Florianópolis, 1999. 196f.. Tese (Doutorado em Engenharia de

Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina.

KOSKELA, L. Application of the new production philosophy to construction. CIFE

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SOUTO, Rodrigo da Silveira. Aplicação de princípios e conceitos do sistema Toyota de

produção em uma etapa construtiva de uma empresa de construção civil. Porto Alegre,

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Rio Grande do Sul.

VALVERDE, D. S. G.; CINTRA, M. A. H. O 5S e sua implantação na pequena empresa

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WOMACK, J. P.; ROOS, D.; JONES, D. T. A Máquina que Mudou o Mundo. Rio de

Janeiro, Campus, 1992.

WOMACK, JAMES P. e JONES, DANIEL T. A Mentalidade Enxuta nas Empresas Lean

Thinking. Rio de Janeiro, Campus, 1996.

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Agradecimentos

À Apex Engenharia pela oportunidade de realização deste trabalho e por contribuir

imensamente nos conhecimentos necessários para a elaboração do mesmo.

Ao engenheiro Ricardo Simon pelas contribuições e oportunidades proporcionadas

para a construção deste trabalho.

Ao professor Robson Robson Donizeh pela paciência e contribuições.

Ao engenheiro Odacir Mondini pela concessão de informações e obras bibliográficas

utilizadas neste trabalho, além de boas sugestões para o direcionamento do mesmo.

Aos meus pais pela força no momento em que era escassa.

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