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Fernanda Rodrigues - Mestrado Integrado em Engenharia Civil – Legislação e Direção de Obras 2014/2015 -1-

Legislação e Direção de Obras

Departamento de Engenharia Civil

Ano letivo 2014/2015

Capítulo V – ESTALEIROS


>> Definição de Estaleiro

> Em sentido lato, Estaleiro pode definir-se, como o conjunto de

meios (humanos, materiais, equipamentos) necessários para

tornar possível a execução de uma obra no prazo previsto e

nas melhores condições técnicas, económicas, de qualidade e

de segurança.

Ou, em alternativa:

> Conjunto de pessoal, máquinas e equipamentos, de instalações

e de serviços, organizados e estruturados de forma a permitir

a concretização do projeto com elevado nível técnico, em

termos de economia, de racionalidade de processos, de prazo

e de segurança.


>> Definição de Estaleiro

> Em sentido estrito, Estaleiro é o espaço físico onde são

implantadas as instalações fixas de apoio à execução de uma

obra, fixados os equipamentos auxiliares de apoio e instaladas

as infraestruturas provisórias.

Conforme já anteriormente indicado, em obras de construção

civil, distinguem-se dois tipos de estaleiros:

Estaleiro Central;

Estaleiro Local ou de Obra.


>> Organização do Estaleiro

> Para se efetuar o estudo e organização do estaleiro é

necessário em primeiro lugar identificar os elementos que as

características da obra exigem, determinando-se em seguida

as respetivas áreas de implantação de acordo com os critérios

de dimensionamento estabelecidos na regulamentação

aplicável.

> Programa Preliminar - definem-se e dimensionam-se os vários

elementos a instalar;

> Anteprojeto - verifica-se a viabilidade de implantação dos vários

elementos;

> Projeto - desenvolve-se a solução adotada.



> Um projeto de estaleiro tem como objetivos principais:

• Iniciar rapidamente a execução da obra;

• Possibilitar o cálculo previsional dos custos de estaleiro;

• Prever os locais mais adequados para as instalações sociais, escritórios,

armazéns, áreas de depósito de materiais, instalação de equipamentos

fixos, circulação de operários e de máquinas;

• Prever as necessidades e dispositivos para o desenrolar produtivo, tais

como assegurar a continuidade do abastecimento de materiais, assegurar

o escoamento de desperdícios;

• Prever as necessidades de fornecimentos de energia, água e por vezes

gás.



>Um projeto de estaleiro tem como objetivos principais:

• Garantir a segura circulação das pessoas e máquinas;

• Prever e definir os trabalhos necessários à instalação do estaleiro, tais

como terraplenagens, vias de acesso e de circulação, locais de

implantação de máquinas e outras instalações provisórias.

• Prever qual o desenvolvimento do estaleiro ao longo da obra, em

consonância com as atividades a desenrolar ao longo da execução da

obra (por exemplo: movimentos de terra, estrutura, alvenarias,

revestimentos, caixilharias, serralharias, pinturas…)

• Prever as necessidades e despesas da exploração do estaleiro e pessoal

necessário e afeto às atividades de estaleiro, como por exemplo,

manobradores, segurança, serviços de manutenção e limpeza, etc.



> O dimensionamento das instalações do estaleiro, deve obedecer

aos requisitos estabelecidos na legislação e normalização em

vigor, nomeadamente:

Regulamento de Instalações Provisórias Destinadas ao Pessoal

Empregue nas Obras, Dec. n.°46427 de 10 de Julho de 1965 (ler);

Decreto-Lei n.º 273/03, de 29 de Outubro – Estabelece regras

gerais de planeamento, organização e coordenação, para

promover a segurança, higiene e saúde no trabalho;

Portaria n.º 101/96, de 3 de Abril que regulamenta as

prescrições mínimas de segurança nos locais e postos de trabalho

dos estaleiros temporários ou móveis;

Decreto-Lei n.º 141/95, de 14 de Junho e a Portaria n.º 1456-

A/95, de 11 de Dezembro – Estabelece as prescrições mínimas

para a sinalização de segurança e saúde no trabalho;



Regulamento de Sinalização de Obras e Obstáculos Ocasionais na

Via Pública, Decreto Regulamentar n° 22-A/98 de 10 de Outubro,

com as alterações introduzidas pelo DL n.º 41/2002, de 20 de

Agosto.

Regulamentos Municipais sobre a Ocupação da Via Pública com

Tapumes, Andaimes, Depósitos de Materiais, Equipamentos e

Contentores para Realização de Obras.


>> Estaleiro – Prevenção de Riscos

Prevenção de Riscos Profissionais/Planeamento

> A prevenção exige um bom conhecimento dos métodos produtivos e

dos equipamentos a utilizar.

> Porém este conhecimento só se tornará eficaz num contexto de

trabalho organizado.

> Na construção existem dificuldades ao nível organizacional devido:

Ao carácter específico de cada estaleiro;

À evolução diária dos locais de trabalho;

À simultaneidade das intervenções de diversas empresas de

subempreitadas e de trabalhadores independentes.

À área coberta pelo estaleiro

À dispersão de materiais

À simultaneidade de diversos equipamentos


>> Estaleiro – Prevenção de Riscos

Deste modo a

organização dos

estaleiros

necessita de ser

planeada e

mantida, tendo

em conta aqueles

fatores.


>> Estaleiro - Condicionantes

> Logo na fase de projeto, o coordenador de segurança e saúde,

deve recolher informações, que deverão constar no PSS (Plano

de Segurança e Saúde), relativas às condicionantes existentes

no local e na envolvente próxima e remota do estaleiro que

possam ter implicações em matéria de prevenção de riscos

profissionais, tais como:

Localização e Implantação - Acessos e circulação de veículos e

peões na proximidade do estaleiro - a abertura do estaleiro e a

interação com as vias de circulação nomeadamente no que

respeita ao transporte e circulação de equipamentos pesados;

Existência de serviços especiais na proximidade (hospitais,

bombeiros, escolas...);

Demolições a efetuar;


>> Estaleiro - Condicionantes

Bens a preservar;

Património;

Características geológicas e hidrológicas do terreno;

Existência de redes técnicas aéreas e subterrâneas: Rede de

águas, Rede de esgotos residuais, Rede de águas pluviais, Rede de

gás, Rede de eletricidade, Rede telefónica;

Existência de solos, ou linhas de água poluídas;

Possibilidade de exposição a materiais perigosos tais como

amianto, sílica livre, chumbo;

Atividades que decorrem na área de implantação do estaleiro ou

na sua proximidade;

Riscos de roubos.


>> Estaleiro – Perigos, Riscos, Medidas de Prevenção

> Caracterização do Local

Perigos Riscos Medidas de Prevenção

Estradas e acessos Deterioração

Desabamentos

Acidentes de trânsito

Congestionamento de trânsito

Colisão

Restrições de circulação

Atropelamentos de peões

Criar trajetos alternativos

Evitar cruzamentos e curvas fechadas

Escolher detalhadamente os locais de

colocação de entradas e saídas de

viaturas e peões

Definir zonas de circulação para viaturas

e peões

Solicitar autorizações legais alternativas

Elaborar plano de sinalização e de

desvios (coerente, credível e de fácil

leitura)

Prever locais permanentes de cargas e

descargas

Proteger a circulação de peões na via

pública




Geologia/Hidrologia

(Solo, subsolo,

lençóis de água,

poços, etc.)

Relevo

Terrenos poluídos

Atolamento de máquinas

Capotamento de máquinas

Sobrecargas

Desabamentos

Deslizamentos ou aluimentos

Químicos

Quedas a nível diferente

Perda de consistência dos

terrenos (devido à subida dos

níveis freáticos após chuva

intensa)

Reconhecimento/ estudo geotécnico da

natureza do solo

Ancoragem de taludes

Eliminação de elementos instáveis

Colocar sinalização a demarcar a zona

Redes eléctricas

aéreas e enterradas

Eletrocussão

Incêndio

Queimaduras

Contacto ou proximidade

com as linhas

Identificar as redes existentes

Solicitar o seu desvio

Proceder à sua sinalização (demarcação

das zonas de risco), verificando as

distâncias de segurança à rede.

Proteger as redes aéreas ou proceder ao

seu levantamento




Redes de águas Rutura de condutas

Inundações

Prejuízos para terceiros



Proceder à sua sinalização e

demarcação

Redes de esgotos Inundações

Infeções

Intoxicações (CO, ácido

sulfídrico)

Explosões (metano)



Proceder à sua sinalização e

demarcação

Antes do acesso ao interior de

elementos da rede verificar a existência

de gases explosivos

Utilizar EPI`s adequados

Edifícios adjacentes

à zona de

implantação da

edificação

Deterioração

Desabamentos

Escoramento dos edifícios antigos

Entivação de terras

Reforço de fundações


>> Elementos do Estaleiro

> De acordo com as características da obra e do local da sua

implantação, definem-se os elementos que constituirão o

estaleiro, tais como, por exemplo:

Vedações;

Portaria;

Escritórios;

Dormitório;

Instalações sanitárias;

Refeitório;

Armazéns de materiais;

Ferramentaria;

Estaleiro de preparação de armaduras;



Estaleiro de preparação de cofragens;

Estaleiro de fabrico de betões e argamassas;

Instalação de equipamentos de apoio fixos (grua, central de

betonagem, ...);

Parques ou abrigos de equipamentos móveis (dumper,

retroescavadora, camiões, ...);

Parques de materiais;

Redes provisórias de água, esgotos, eletricidade e

telecomunicações;

Recolha de lixos;

Circulações internas;

Sinalização de segurança e informação;

Expositores para avisos e documentação.



> Vedações/Delimitações

> A vedação da envolvente do estaleiro, é o elemento que demarca a

zona onde decorrem os trabalhos de construção. Visa

fundamentalmente impedir o acesso de pessoas estranhas às obras,

garantindo-se assim a sua segurança e a do pessoal empregue,

salvaguardando-se também o decurso normal dos trabalhos, sendo

obrigatória em meios urbanos (RGEU).

> Na escolha do tipo de vedação a utilizar, num dado estaleiro de obra,

atende-se a vários fatores de entre os quais se salientam:

o tipo de obra;

a localização da obra;

a sua dimensão e duração;

a estética envolvente;

os fatores económicos;

a segurança.



> Vedações/Delimitações

> Os tipos de vedações/delimitações de estaleiro mais utilizadas na

prática são:

redes metálicas;

redes de polietileno;

fitas com faixas branco e vermelho (mera delimitação);

pranchas de madeira;

perfis e chapas metálicas (as mais correntes);

alvenaria de tijolo;

tubos de andaime;

barreiras metálicas amovíveis;

lancis de betão pré-fabricado (PMB), de plástico (PMP) e as barreiras

new-jersey.



> Delimitações

Fita ou barreiras guarda corpos Rede plástica

Separador new-jerseyFibras e telas



> Vedações

Perfis e chapas metálicas

Barreiras metálicas amovíveis

Grades metálicas

Redes metálicas



> Vedações

> Sempre que o estaleiro se situe numa zona urbana com circulação

pedonal, as circulações devem ter no mínimo 2,00 m de altura.

> Proteção relativamente à circulação na via pública contra a queda de

objetos, ferramentas, materiais.

> Corredor de passagem para peões com largura mínima de 0,90 cm,

com proteção relativamente à via pública e se a construção tiver h >

3,0 m, proteção superior do corredor de passagem de peões

(cobertura), com altura mínima de 2,20 m. Esta cobertura deve

resistir a uma sobrecarga de 1,5 kN, concentrada numa área de

500mm x 500mm e ter inclinação transversal para o lado do

estaleiro. Se este corredor ocupar a via pública deve ser sinalizado

de dia e de noite.



> Corredores

Diversos tipos de corredores para passagem de peões



> Portaria

> A portaria de obra destina-se a controlar todo o movimento de

entrada e saída do estaleiro, quer do pessoal quer dos materiais e

equipamentos. Justifica-se em particular em obras de grande

dimensão, devendo ser instalada junto da entrada do estaleiro.

> A área mínima da portaria deve ser 6,00m2, sendo o pé direito de pelo

menos 2,15 m. Deve ser equipada com uma mesa e cadeira.

> Do ponto de vista construtivo, a sua conceção deverá garantir as

necessárias condições de conforto (iluminação, ventilação, térmica,

acústica), face à duração dos períodos de permanência do guarda.



> Portaria / Guarda

Exemplos de de portaria de obra (simples e com IS)



> Escritórios

> Os escritórios de obra destinam-se ao pessoal dirigente, técnico e

administrativo, podendo incluir nomeadamente, instalações para o

diretor da obra, engenheiro residente, encarregados, controladores,

apontadores, desenhadores, medidores, orçamentistas, topógrafos,

entre outros.

> A sua localização deve ser de preferência numa posição tal que

permita visualizar a entrada do estaleiro e a obra.

> A área é estimada, muitas vezes, a partir de expressões do tipo

A = 10 + 0,5n, onde A é a área do escritório em m2 e n o número de

trabalhadores da obra. Em alternativa, alguns autores consideram

que essa área deve ser em média de 0,20 a 0,60 m2 por trabalhador.

> Dever-se-ão garantir as necessárias condições de conforto tal como

iluminação, ventilação, térmica e acústica.



> Escritórios

Exemplos de escritórios de obra (técnico e administrativo)



> Dormitórios

> A instalação de dormitórios no estaleiro de uma obra, justifica-se nos

casos em que a obra empregue pessoal deslocado, isto é, o pessoal

cuja área habitual de residência se situe a distância considerável do

local da obra, sendo economicamente mais favorável a

disponibilização de condições para pernoitar no estaleiro.

> O local para instalação dos dormitórios deve permitir o repouso do

pessoal que o utilize, quer de noite, quer de dia (para o caso de

trabalho em obra por turnos).

> Devem por isso satisfazer condições de conforto, nomeadamente de

isolamento térmico, isolamento acústico, ventilação e iluminação.



> Dormitórios

> A construção de instalações para dormitório deve satisfazer os

requisitos previstos no Regulamento de Instalações Provisórias

Destinadas ao Pessoal Empregue nas Obras e outras regras ou normas

que as circunstâncias aconselhem (Portaria 101/96, de 3 de Abril).

> Tais requisitos são, entre outros:

volume mínimo - 5,5 m3 por ocupante;

pé-direito mínimo – 3 m (contentores 2,15 m);

área mínima das janelas - 10% da área do pavimento;

afastamento mínimo entre camas de 1 m para camas simples e 1,5 m

para beliches de 2 camas (não são permitidos beliches com mais de 2

camas);



> Dormitórios

permitir um fácil acesso a instalações sanitárias, integrando-se estas no

bloco do dormitório ou em anexo;

os pavimentos deverão ser executados de modo a não permitirem

infiltrações e, serem constituídos por materiais facilmente laváveis;

deverá assegurar-se a ventilação adequada por janelas, bem como por

ventiladores nos casos justificados;

nos estaleiros de obras em zonas onde exista a proliferação de mosquitos

ou outros insetos deve prever-se o resguardo das janelas por redes

mosquiteiras;

a iluminação deve ser natural e artificial, preferencialmente elétrica;

deve ter meios de combate a incêndios.



> Dormitórios

Exemplos de dormitórios em contentores (T2 e T8)



> Instalações Sanitárias e de Vestiário

> As instalações sanitárias deverão ser contíguas aos dormitórios no caso

de servir estes ou estar perto da construção no caso de IS de apoio

> Pode ainda prever-se a instalação de sanitários noutros locais,

nomeadamente junto aos escritórios e espalhadas pela obra, de

acordo com a sua dimensão.

> Alguns aspetos do seu dimensionamento:

pé-direito mínimo de 2,60m;

lavatórios - 1 unidade por cada 5 trabalhadores;

chuveiros - 1 unidade por cada 20 trabalhadores;

urinóis - 1 unidade por cada 25 trabalhadores;

retretes - 1 unidade por cada 25 trabalhadores;

altura mínima das divisórias entre chuveiros e entre retretes 1,80m.



> Instalações Sanitárias e de Vestiário

Exemplos de instalações sanitárias e vestiários em contentor



> Refeitório e cozinha

> Os refeitórios, podem destinar-se apenas para os trabalhadores

tomarem as refeições pré-preparadas ou para serem utilizados

também na preparação dessas refeições. Neste último caso, devem

dispor de cozinha com dimensões adequadas ao número de

utilizadores.

> Requisitos:

pé-direito mínimo de 2,60 m (2,15 m em contentores);

lavatórios - 1 unidade por cada 10 trabalhadores.

é ainda recomendável:

a área mínima das janelas seja no mínimo 10% da área do pavimento;

que exista cozinha, quando a duração da obra for superior a 6 meses e o

número de trabalhadores superior a 50.




> A área necessária para o refeitório pode ser estimada do seguinte

modo:

10 pessoas ou menos - 10 m2;

11 a 25 pessoas - 18,50 m2;

26 a 74 pessoas - 18,50 m2 + 0,65 m2 /pessoa acima de 25;



500 pessoas ou mais - 255,00 m2 + 0,40 m2 /pessoa acima de 499.

> Nas zonas das instalações sociais e de escritórios devem ser instalados

extintores de incêndio adequados e em número suficiente,

sinalizados e deve-se dar formação relativamente à sua utilização.



> Armazéns e Ferramentaria

> Do ponto de vista construtivo, as instalações destinadas a armazéns

ou ferramentarias devem ser concebidas por forma a garantirem as

necessárias condições de segurança contra intrusão.

> A cobertura e as paredes exteriores devem ser impermeáveis e os

pavimentos deverão ser adequados ao tipo de material que se

pretende armazenar.

> A ferramentaria destina-se a armazenar ferramentas e equipamentos

de pequena dimensão.

> Deverá também, ser assegurada, uma ventilação natural adequada

através de janelas e/ou de ventiladores, nos casos justificados.

> A iluminação deve ser natural e artificial, preferencialmente elétrica.



> Armazéns e Ferramentaria



> Armazéns

> Quer na armazenagem quer na utilização, os recipientes e embalagens

dos produtos de desinfeção e limpeza, das tintas, vernizes, colas,

diluentes, etc, devem estar rotulados pelo fabricante, de tal modo

que tornem possível a sua identificação e alertem o utilizador do

grau de toxidade, de perigosidade e das medidas de precaução a ter

em conta aquando da sua manipulação.

> Devem ser acompanhados pelas respetivas fichas de segurança que

devem estar afixadas nos locais de armazenamento e/ou utilização

desses produtos.



> Armazéns

> O armazenamento de produtos químicos e inflamáveis, deverá ser

feito em compartimento fechado, ventilado, devidamente sinalizado

e fora do local de trabalho. Estes compartimentos deverão ser

estanques, devendo na armazenagem destes produtos respeitar-se as

suas incompatibilidades.

> Diariamente, para o local de trabalho só deverão ser transportadas as

quantidades mínimas estritamente necessárias à execução de

determinada quantidade de trabalho.



> Armazéns

> Sob o ponto de vista da prevenção de riscos os locais de armazenagem

devem apresentar, entre outras, as seguintes condições:

Boa acessibilidade à zona de trabalhos para facilidade de levantamento

e depósito de equipamentos e ferramentas;

Suficiência de equipamentos e ferramentas;

Arrumação em locais próprios;

Verificação do estado de utilização dos equipamentos e ferramentas,

providenciando a reparação ou substituição sempre que estiverem em

causa as condições de segurança;

Ter instalados extintores de incêndio, adequados e, em número

suficiente, sinalizados, devendo dar-se formação relativamente à sua

utilização.



> Armazéns



> Zona de Preparação de Armaduras

> O estaleiro de preparação de armaduras servirá para conter varões de

aço desde a entrada no estaleiro até à sua colocação no local

definitivo. Consoante a dimensão da obra e as quantidades

necessárias, será necessário prever áreas para:

depósito dos varões de aço;

área de corte dos varões de aço;

área de dobragem dos varões de aço;

depósito de varões de aço dobrados;

área de pré-fabricação das armaduras;

depósito de desperdícios.




> Cortadoras:




> Dobradoras:




> Devem-se efetuar verificações periódicas aos equipamentos desta

zona, nomeadamente quanto às condições de segurança dos

dispositivos elétricos (cabos, fichas, tomadas) e dos elementos de

segurança das próprios equipamentos de trabalho.

> Marcação CE, Declaração CE de conformidade, Exame CE tipo,

Manual de instruções em português.

> A disposição deste estaleiro deve ser feita tendo em conta os

condicionalismos impostos pelas dimensões comerciais dos varões

(12m) e a sequência correta das operações relacionadas com o seu

manuseamento.

> É particularmente recomendada a localização do estaleiro de

preparação de armaduras dentro do raio de ação de meios de

elevação de cargas.




> Na elevação e movimentação dos molhos de varões, ou das armaduras

já montadas, deve utilizar-se sempre duas lingas com estropos

adequados. Nunca se deve permitir a elevação dos molhos de varões

pelos seus atados.

> As zonas de trabalho onde

se efetue o corte, dobragem e

montagem dos varões deve

ser coberta, com proteção das

de lâmpadas, se existirem.



> Zona de Preparação de Cofragens

> Consoante a dimensão da obra, o tipo de cofragens utilizadas e as

quantidades necessárias, devem prever-se áreas para:

depósito de madeiras (ou outro material) para cofragens;

depósito de painéis de cofragem pré-fabricados (painéis ou metálicos);

área para execução, reparação e limpeza de cofragens;

depósito de cofragens fabricadas;

depósito para cofragens usadas.



> Zona de preparação de cofragens




> Neste estaleiro devem observar-se as seguintes condições:

Implantar as máquinas de forma a que os trabalhadores tenham espaço

suficiente para se movimentarem e, para movimentarem os materiais e

as peças a trabalhar;

Gerir o stock de madeira de modo a evitar grandes cargas térmicas e

ocupação de espaço;

Armazenar as madeiras separadas por tipos;

Sempre que se justifique e pelo menos uma vez por dia, remover todas

as aparas e desperdícios dando-lhes um destino seguro;

Dotar as máquinas de dispositivos de captação de poeiras;

Máquinas devidamente protegidas e com ligações à terra;

Piso resistente, nivelado, antiderrapante;




> Neste estaleiro devem observar-se as seguintes condições:

Local coberto;

Devem-se efectuar verificações periódicas aos equipamentos desta zona,

nomeadamente quanto às condições de segurança dos dispositivos

eléctricos (cabos, fichas, tomadas) e dos elementos de segurança das

próprios equipamentos de trabalho;

Devem ser instalados extintores de incêndio adequados e em número

suficiente, sinalizados e deve-se dar formação relativamente à sua

utilização.



> Zona de Fabrico de Betões e Argamassas

> O estaleiro de fabrico de betões e argamassas necessita, numa

primeira abordagem, de área para instalação dos seguintes

componentes principais: betoneira, cimento (em saco ou a granel,

em silos) e agregados (inertes).

Silos de

cimento

Boca da

central

Estrela de inertes



> Zona de Fabrico de Betões e Argamassas

> Devem-se efectuar verificações periódicas aos equipamentos desta

zona, nomeadamente quanto às condições de segurança dos

dispositivos elétricos (cabos, fichas, tomadas) e dos elementos de

segurança das próprios equipamentos de trabalho.



> Grua

> Fatores a ter em consideração na escolha de uma grua:

- A natureza e volume de trabalho a realizar;

- Os processos de construção;

- Os meios existentes na empresa;

- Altura da grua relativamente à edificação a servir;

- Capacidade de carga da grua;

- Alcance da lança.



> Grua

> Fatores a ter em consideração para a instalação de uma grua:

- As condições do estaleiro: espaço, topografia, capacidade de carga do

solo, proximidade de equipamentos (outras gruas) e/ou edifícios

elevados, de linhas elétricas aéreas (distância de segurança de 3m –

média tensão, 5 m – alta tensão);

- Condições (espaço) para a montagem e desmontagem da grua;

- Espaço mínimo entre o elemento mais saliente da grua e qualquer

elemento fixo deve ser de 60 cm (ter em consideração todos os

elementos do projeto de arquitetura: terraços, varandas, consolas, …)



> Grua

> Factores a ter em consideração na instalação da grua:

- Capacidade de carga do terreno,

- Planura do terreno;

- Quer exista ou não via de rolamento (cuja extensão não excede

geralmente 50 m), efectuar a correcta transmissão de cargas ao solo;

- Batentes de fim de curso na via de rolamento;

- Sistemas de fim de curso na lança (charriot);

- Sistemas de alerta da capacidade de carga da grua: limitadores de

carga;

- Anemómetro para medir a velocidade do vento (> 60 Km/h – parar),

com aviso sonóro para assinalar o registo de valores superiores;



> Grua


- Ancoragem da grua torre à edificação, 1ª aos 15 a 20 m (dependendo

das características da grua - indicado pelo fabricante) e de 9 em 9 m

acima da 1ª ancoragem;



> Grua


- Ligação da grua e dos rolamentos (caso existam) à terra;

- Quadro eléctrico com corte geral e diferenciais de alta sensibilidade;

- Colocação de extintor de CO2 junto ao quadro eléctrico da grua e na

cabine (se existir);

- Afixar na cabine o diagrama de cargas da grua.



> Equipamentos Fixos

> Para além da grua e da central de betão (quando existam), devem ser

considerados outros tipos de equipamentos fixos como por exemplo,

a instalação de betoneira para fabrico de betonilhas e argamassas, a

instalação de elevadores de estaleiro, monta cargas, gruetas, etc.

> Para cada caso deve ser estudada a melhor localização tendo em

conta as características e condicionalismos específicos de cada tipo

de equipamento e naturalmente da obra onde são instalados.



> Equipamentos Fixos: relações de proximidade

> Aproximar a grua da:

Central de betão;

Oficina de armaduras e carpintaria de cofragens;

Parques de materiais.

armaduras

cofragens

Central de betão

Zona de intersecção:

zona atingida pela grua em

todas as posições



> Equipamentos Fixos

> Devem ser criados procedimentos de inspeção destes equipamentos,

cujo registo deve estar permanentemente atualizado. Os respetivos

manobradores devem receber formação específica, para o exercício

da sua atividade e em matéria de segurança e saúde.

> Estabilização do material e equipamento.

> Atenção aos solos com deficiente capacidade de suporte.



> Parques de Equipamentos Móveis (ou cobertos)

> Áreas destinadas ao parqueamento dos equipamentos móveis

utilizados na obra, tais como, dumpers, retroescavadoras, etc.

Devem ter as dimensões adequadas ao número de equipamentos a

parquear.

> Parques de Materiais (cobertos e descobertos)

> Destinam-se ao armazenamento de materiais que possam estar ao ar

livre, como por exemplo tijolos, vigotas, materiais cerâmicos,….

> Sempre que, se instalem plataformas elevadas para a receção de

materiais, devem ser dotadas de dispositivos de segurança que

impeçam as quedas em altura, quer de pessoas, quer de materiais.



> Redes Provisórias

> Água, Esgotos, Eletricidade e Telecomunicações

> Risco de Eletrocussão, incêndio e explosão. É necessário verificar o

estado dos cabos e equipamentos, ligações à terra (medições

periódicas da resistividade, tensão de segurança - 50 V, humidade,

especificação para a utilização de equipamentos pneumáticos

especialmente em locais de alto risco (húmidos, confinados).

> Recolha de Lixos

> Deve ser seletiva e com definição do destino a dar a resíduos

tóxicos – Resíduos de construção e demolição. Deve existir um

plano de resíduos.



> Acesso e Circulações Internas

> Acessos condicionados a pessoas autorizadas.

> Acessos devidamente sinalizados com proibição de entrada a pessoas

estranhas e com a sinalização indicando o equipamento de proteção

individual.

> Minimização de ineficiências em obra, tais como a existência de

trajetos demorados, assim deve-se:

minimizar os percursos em obra;

evitar congestionamentos, através do correto dimensionamento das vias

(1 via - 3,5 m, 2 vias ou 1 sentido+descarga - 6,5 m, raio mínimo de 10m);

libertar áreas do estaleiro para fases seguintes.



> Sinalização de Segurança

> De acordo com a avaliação de riscos efetuada, deve ser colocada em

todos os pontos definidos, a Sinalização de Segurança.

> As vias de circulação devem ser delimitadas e sinalizadas e, devem ser

colocadas placas de trânsito limitadoras de velocidade dos veículos

automóveis (máx. de 20-30 Km/h).

Fernanda Rodrigues - Mestrado Integrado em Engenharia Civil – Legislação e Direção de Obras 2014/2015


Sinalização de proibição



Sinalização de aviso



Sinalização de obrigação



Sinalização de emergência


A sinalização de obstáculos e locais permanentemente

perigosos, tais como degraus de escadas, buracos no

pavimento ou locais que apresentem um risco de

choque, quedas ou passos em falso, ou ainda risco de

queda de materias, deverá ser feita com ajuda de faixas

preto/amarelo ou então vermelho/branco, devem ainda

ter em conta as dimensões do obstáculo ou do local

perigoso.


Sinalização de obstáculos


Podem ser de vários tipos, por exemplo:

– Intermitentes – Indica um maior perigo;

– Contínuos, normalmente associados a situação de alarme

ou de evacuação.

Os sinais acústicos de segurança devem ter um nível

sonoro nitidamente superior ao do ruído ambiente, sem ser

excessivo ou doloroso. Os sinais acústicos de segurança

devem ser facilmente reconhecíveis, nomeadamente

através da duração, da separação de impulsos e grupos de

impulsos, e diferenciáveis de outros sinais acústicos e

ruídos ambientais. [DL n.º 141/95, 14 de Junho]


Sinalização acústica


Os sinais luminosos de segurança deverão garantir um contraste não

excessivo, mas também não insuficiente, tendo em vista as

condições de utilização.

A superfície luminosa deve ser de uma cor uniforme igual.

Os dispositivos de emissão de sinais luminosos de segurança, cuja

utilização corresponde a situações de grande perigo, devem ser

objeto de manutenção cuidada e estar munidos de uma lâmpada

alternativa, que possa arrancar em caso de falha do sistema de

alimentação principal.


Sinalização luminosa


Os sinais gestuais devem ser simples, fáceis de executar e de

compreender.

O responsável pela emissão dos sinais gestuais, chamado sinaleiro, deve

estar situado de forma a poder seguir visualmente as manobras, sem

ser por elas ameaçado e zelar simultaneamente pela segurança dos

trabalhadores que se encontram nas imediações.

Não deve por isso executar mais que um tarefa ao mesmo tempo, de

modo a não se distrair.

Deve ainda estar devidamente identificado através do casaco, do boné,

de mangas, braçadeiras ou bandeirolas de cores vivas e de

preferência exclusivas da sua função.

Alguns exemplos de sinalização gestual:


Sinalização gestual


Significado Descrição

Inicio (atenção, comando

assumido)

Ambos os braços abertos

horizontalmente, palmas

das mãos voltadas para a

frente.

Stop (interrupção, fim de

movimento)

Braço direito levantado,

palma da mão direita para

a frente.

Fim Mãos juntas ao nível do

peito.





Subir

Braço direito extendido para cima, com

a palma da mão virada para a frente

descrevendo um círculo lentamente.

Descer

Braço direito extendido para baixo, com

a palma da mão virada para a frente

descrevendo um círculo lentamente.

Distância VerticalMãos colocadas de modo a indicar a

distância.





Avançar

Ambos os braços dobrados, palmas das mãos

voltadas para dentro. Os antebraços fazem

movimentos lentos em direcção ao corpo.

Recuar

Ambos os braços dobrados, palmas das mãos

voltadas para fora. Os antebraços fazem

movimentos lentos afastando-se do corpo.

Para a direita

Braço direito estendido mais ou menos

horizontalmente, com a palma da mão direita

voltada para baixo, fazendo pequenos

movimentos na direcção pretendida.





Para a esquerda Braço esquerdo estendido mais ou

menos horizontalmente, com a

palma da mão esquerda voltada

para baixo, fazendo pequenos

movimentos na direcção pretendida.

Distância horizontal Mãos colocadas de modo a indicar a

distância.





Perigo

Ambos os braços estendidos para

cima com as palmas das mãos

voltadas para a frente.

Movimento rápido

Os gestos codificados que comandam

os movimentos são efectuados com

rapidez.

Movimento lento

Os gestos codificados que comandam

os movimentos são efectuados muito

lentamente.





Sinalização de obras na via pública


• A sinalização de carácter temporário de obras e obstáculos ocasionais

na via pública deve ser efetuada com recurso a sinais verticais,

horizontais e luminosos, bem como a dispositivos complementares.

• Os sinais e marcas utilizados em sinalização de carácter temporário têm

o mesmo significado e valor que os sinais e as marcas correspondentes

previstos no Regulamento do Código da Estrada e legislação

complementar, ainda que apresentem cor ou dimensões diferentes.

• A sinalização temporária deve ser retirada imediatamente após a

conclusão da obra ou remoção do obstáculo ocasional, restituindo-se a

via às normais condições de circulação.




A legislação usada na sinalização temporária em obras na via pública é o decreto-

regulamentar n.º22-A/98 de 1 de Outubro com as alterações introduzidas pelo DR n.º 41/2002,

de 20 de Agosto.

De acordo com o decreto devem tomar-se determinados procedimentos de sinalização de

obras quando estas se desenvolvam em vias públicas:

– Sempre que a duração prevista das obras seja superior a 30 dias, deve ser

elaborado projecto de sinalização temporária a implementar na via [Art.º 79º];

– Deve utilizar-se a pré-sinalização sempre que haja necessidade de fazer desvio

de circulação ou mudança de via de trânsito. De noite é obrigatória a colocação,

nos vértices superiores do primeiro sinal, de um dispositivo luminoso [Art.º84º];

– Utilização de sinalização avançada [Art.º 85º];

– Limitação de velocidade: deve ser estabelecida limitação degressiva e

escalonada, de forma que a diferença entre os limites máximos de velocidade

sucessiva seja de 20 Km/h [Art.º 86º, n.º 3];

– A faixa de rodagem deixada à circulação não pode ter largura inferior a 5,8 m ou

a 4,6 m conforme nela possam ou não circular automóveis pesados [Art.º 87, n.º

4];

– Sinalização final: fim de proibição anteriormente imposta e sinal [Art.º 88º, n.º 2].




Existem vários tipos de sinalização temporária obrigatória:

» Sinalização de aproximação;

» Sinalização de posição;

» Sinalização final, a ser usada logo

que seja possível o regresso às

condições normais




A sinalização de aproximação deve ser efectuada sempre que existam

obras ou obstáculos ocasicionais na via pública, sendo essa zona

sinalizada através de:

– Pré-sinalização – utiliza-se principalmente quando haja necessidade

de fazer desvio de circulação ou mudança de via.É efectuada

através de sinais de indicação; de noite é obrigatória a colocação de

sinalização luminosa;

– Sinalização avançada – depois da pré-sinalização deve ser

colocada esta sinalização, que é dispensada quando as obras e

obstáculos não impliquem condicionamento do trânsito. É efectuada

pela colocação de sinais de perigo e também, sempre, do sinal de

trabalhos na via; de noite, também é obrigatória a colocação de

sinalização luminosa;

– Sinalização intermédia – utiliza-se quando a natureza dos trabalhos

implica limitação de velocidade, proibição de ultrapassar ou outras

proibições. É efectuada através de colocação de sinais de

proibição.




A sinalização de posição é usada para delimitar o obstáculo

ou zona dos trabalhos, sendo efectuada através de sinais de

obrigação e dispositivos complementares, tais como,

raquetas de sinalização, baias de posição, balizas de

posição, cones, etc.




As regras de colocação da sinalização temporária são várias, sendo definida em função do limite máximo de velocidade e de outros aspectos. Destacam-se algumas dessas regras:

• Com excepção da pré-sinalização, a distância mínima entre dois sinais ou dois grupos de sinais sucessivos é determinada em função do limite máximo de velocidade estabelecido:

– Velocidade até 60 Km – 50 m;

– Velocidade entre 60 e 80 Km – 100 m;

– Velocidade entre 80 e 100 Km – 150 m;

– Velocidade superior a 100 Km – 250 m.




Sinalização Complementar

Os dispositivos luminosos de luz intermitente destinam-se a balizar

as partes frontais da zona de trabalhos ou de obstáculos

ocasionais ou a demarcar a linha contínua exterior de um

estreitamento de via ou de um desvio de circulação.

Independentemente da existência de iluminação pública, a

instalação destes dispositivos é obrigatória durante a noite e o

dia, sempre que a visibilidade for insuficiente.




Algumas imagens de exemplos de situações

que não se deveriam verificar numa obra

que decorre na via pública:

É possível identificar falta de sinalização

adequada, desorganização, perigo para a

segurança de peões, falta de contenção dos

materiais, obstrução de passeios sem cuidar

de alternativa e, claro, falta de fiscalização.

Deveria haver uma sinalização de início de obra

em cada extremo da mesma com indicação

da intervenção, duração e responsável.





> Primeiros Socorros/Emergência

> Estabelecer, em matéria de primeiros socorros, de combate a

incêndios e de evacuação de trabalhadores, as medidas que devem

ser adotadas e a identificação dos trabalhadores responsáveis pela

sua aplicação, bem como assegurar os contactos necessários com as

entidades exteriores, competentes para realizar aquelas operações e

a emergência médica.

> Os locais de trabalho devem estar equipados com material de

primeiros socorros devidamente sinalizado e de fácil acesso, e

devem existir socorristas, devidamente formados, para os aplicar.



> Primeiros Socorros/Emergência

> Devem ser colocados meios adequados de extinção de incêndio,

devidamente sinalizados, nas zonas dos quadros elétricos,

escritórios, instalações sociais, armazéns e nas instalações de

produção.

> Deverá ser divulgado por todos os trabalhadores um Plano de

Emergência, que deverá ser objeto de simulacros (treino).


>> Correlações

> Os escritórios devem estar posicionados junto à entrada do

estaleiro – diminuir os circuitos (acesso rápido e em segurança)

> Afastar por condições de conforto e segurança a área de

intervenção da grua das instalações sociais, de escritório e

técnicas.

> A central de betão também deve ser afastada destas instalações

(ruído, empoeiramento, circulação de veículos pesados).

> As vias de circulação devem ser implantadas de modo a

servirem todas as zonas.


>> Correlações

> Montagem e desmontagem da grua - necessita de espaço.

> O raio de ação da grua deve cobrir:

a totalidade da construção;

a boca de saída da central de betão;

a zona de cargas e descargas da oficina de armaduras e da

carpintaria de cofragens e das áreas de armazenagem de

materiais pesados (pré-fabricados).


>> Sequência de Operações

1.º - Definição de acessos (entrada e saída);

2.º - Grua-obra, a grua deve cobrir toda a obra, posiciona-se a grua e

sabe-se qual a área com apoio direto da grua e quais os outros

equipamentos de que necessitamos (monta-cargas, ...);

3.º - Gruas-instalação de produção de betão deve ficar no centro de

gravidade da obra e ser servida pela grua;

4.º - As oficinas e depósitos de materiais devem estar sob o alcance

da grua ou de monta-cargas. Os depósitos de materiais devem-se

encontrar junto da construção para se poderem movimentar com

monta-cargas, ou melhor, o mais próximo possível dos locais onde

se vão aplicar e em locais de fácil acesso às vias de comunicação;



5.º - Definição das vias de circulação;

6-º - Deve-se ter em conta a evolução do estaleiro, dado que há

equipamentos que não se vão manter em todas as fases. As

alterações a efetuar no estaleiro dependem do prazo a cumprir e

do numero de pessoas no estaleiro.

Por exemplo:

na fase de acabamentos existem equipamentos que não necessitam de

continuar em obra e outros que é necessário instalar ou

redimensionar, já que o n.º de profissionais e o n.º de especialidades

aumenta muito nesta fase.

Assim:



> A central de betão pode ser retirada já que a estrutura está concluída.

Apesar de ainda ser necessário algum betão para pequenas áreas

(soleira de uma escada, pavimento, ...), não compensa ter a central

montada.

> Para as argamassas passam-se a utilizar betoneiras. > Oficina /

carpintaria /estaleiro de cofragens - já não são necessários.

> Estaleiro de ferro - terá pouca utilização - pode ser redimensionado

para área de armazenagem.

> Grua - Se existir mais do que uma fica 1 para as cargas e descargas e

outra pode ser substituída por 1 monta cargas por edifício.

> Por cada monta-cargas é necessário prever um parque de materiais

para rentabilizar este equipamento.

> Como há um maior nº de pessoas no estaleiro, há necessidade de

redimensionar as instalações sociais existentes.



> A ferramentaria também necessita de ser redimensionada já que

existe um maior número e variedade de ferramentas.

> O cimento passa a ter que se armazenar em lugar coberto.

> É necessário prever uma zona para depósito de agregados para as

argamassas.

> Parques de estacionamento - redimensionados - + pessoas.

> O cimento passa a ter que se armazenar em lugar coberto.

> É necessário prever uma zona para depósito de agregados para as

argamassas.

> Parques de estacionamento - redimensionados - + pessoas.


>> Matriz de Correlações

Ref. Correlação/proximidade

A Absolutamente necessário

E Especialmente importante

I Importante

O Ordinária ou normal

S Sem importância

X Não recomendável

xx Proximidade indesejável

Ref. Motivos

1 Operacionalidade

2 Acompanhamento da obra

3 Evidente

4 Facilidade de manobra

5 Produtividade

6 Recepção de materiais

7 Utilização do mesmo pessoal

ldo 2014_2015 capitulo v - estaleiros.pdf

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