lc155-2008 - lavras mg - brasil

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PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS ASSESSORIA JURÍDICA DO MUNICÍPIO Av. Sylvio Menicucci, 1575 - Bairro Kennedy – 37200-000 - Telefax.: (35)3694-4024: [email protected] 1 LEI COMPLEMENTAR Nº155, DE 28 DE AGOSTO DE 2.008. (Projeto de Lei Complementar do Executivo nº023/2008, de autoria da Prefeita, Jussara Menicucci de Oliveira) DISPÕE SOBRE O PARCELAMENTO DO SOLO URBANO E O CONTROLE DA EXPANSÃO URBANA NO MUNICÍPIO DE LAVRAS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS O povo do município de Lavras, por seus representantes aprova, e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º - O parcelamento do solo em Lavras será feito por meio de loteamento ou desmembramento e será regido por esta Lei, pela Lei Federal n° 6766, de 19 de dezembro de 1979 e pela Lei Federal nº 9785, de 29 de janeiro de 1999. §1º - Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinada à edificação, que implique na abertura, no prolongamento, na modificação ou na ampliação de vias de circulação ou de logradouros públicos. §2º - Considera-se desmembramento a subdivisão de glebas em lotes destinada à edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, na modificação ou na ampliação dos existentes. Art. 2º - Qualquer modalidade de parcelamento do solo se submeterá à apreciação prévia da Prefeitura e essa apreciação deverá ser precedida por licenciamento ambiental pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM) ou pelo Conselho municipal competente, nos termos das Deliberações Normativas COPAM Nº 74 de 09 de setembro de 2004 e Nº 58 de 28 de novembro de 2002. §1º - Para efetivação do controle ambiental, deverão ser apresentados ao município: I. estudos ambientais constituídos por diagnóstico sucinto da área e seu entorno, identificação de impactos e propostas de medidas mitigadoras e/ou compensatórias; II. laudo geotécnico, assinado por profissional habilitado, acompanhado de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), comprovando capacidade de suporte do solo; III. parecer técnico, emitido pelo órgão florestal competente, relativo ao meio biótico. §2º - A supressão de vegetação nativa em área de preservação permanente somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública ou de interesse social, nos termos da Resolução CONAMA Nº 369, de 28 de março de 2006. §3º - A supressão de vegetação em área de preservação permanente dependerá de autorização prévia do órgão fundamentada em parecer técnico. Art. 3º - O parcelamento do solo para fins urbanos somente será permitido na Zona Urbana (ZU), na Zona de Expansão Urbana (ZEU) e nas Zonas Urbanas Especiais (ZUE), quando criadas, estabelecidas pelo Plano Diretor e por leis municipais específicas.

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LEI MUNICIPAL DA CIDADE DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS BRASIL

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  • PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS

    ASSESSORIA JURDICA DO MUNICPIO

    Av. Sylvio Menicucci, 1575 - Bairro Kennedy 37200-000 - Telefax.: (35)3694-4024: [email protected]

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    LEI COMPLEMENTAR N155, DE 28 DE AGOSTO DE 2.008. (Projeto de Lei Complementar do Executivo n023/2008, de autoria da Prefeita, Jussara Menicucci de Oliveira)

    DISPE SOBRE O PARCELAMENTO DO SOLO URBANO E O CONTROLE DA EXPANSO URBANA NO MUNICPIO DE LAVRAS E D OUTRAS PROVIDNCIAS

    O povo do municpio de Lavras, por seus representantes aprova, e eu, em seu nome,

    sanciono a seguinte Lei:

    CAPTULO I DAS DISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1 - O parcelamento do solo em Lavras ser feito por meio de loteamento ou

    desmembramento e ser regido por esta Lei, pela Lei Federal n 6766, de 19 de dezembro de 1979 e pela Lei Federal n 9785, de 29 de janeiro de 1999.

    1 - Considera-se loteamento a subdiviso de gleba em lotes destinada edificao, que implique na abertura, no prolongamento, na modificao ou na ampliao de vias de circulao ou de logradouros pblicos.

    2 - Considera-se desmembramento a subdiviso de glebas em lotes destinada edificao, com aproveitamento do sistema virio existente, que no implique na abertura de novas vias e logradouros pblicos, nem no prolongamento, na modificao ou na ampliao dos existentes.

    Art. 2 - Qualquer modalidade de parcelamento do solo se submeter apreciao prvia da Prefeitura e essa apreciao dever ser precedida por licenciamento ambiental pelo Conselho Estadual de Poltica Ambiental (COPAM) ou pelo Conselho municipal competente, nos termos das Deliberaes Normativas COPAM N 74 de 09 de setembro de 2004 e N 58 de 28 de novembro de 2002.

    1 - Para efetivao do controle ambiental, devero ser apresentados ao municpio:

    I. estudos ambientais constitudos por diagnstico sucinto da rea e seu entorno, identificao de impactos e propostas de medidas mitigadoras e/ou compensatrias;

    II. laudo geotcnico, assinado por profissional habilitado, acompanhado de Anotao

    de Responsabilidade Tcnica (ART), comprovando capacidade de suporte do solo;

    III. parecer tcnico, emitido pelo rgo florestal competente, relativo ao meio bitico.

    2 - A supresso de vegetao nativa em rea de preservao permanente somente poder ser autorizada em caso de utilidade pblica ou de interesse social, nos termos da Resoluo CONAMA N 369, de 28 de maro de 2006.

    3 - A supresso de vegetao em rea de preservao permanente depender de autorizao prvia do rgo fundamentada em parecer tcnico.

    Art. 3 - O parcelamento do solo para fins urbanos somente ser permitido na Zona Urbana (ZU), na Zona de Expanso Urbana (ZEU) e nas Zonas Urbanas Especiais (ZUE), quando criadas, estabelecidas pelo Plano Diretor e por leis municipais especficas.

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    Art. 4 - No ser permitido o parcelamento do solo para fins urbanos na Zona Rural (ZR).

    Art. 5 - No ser permitido o parcelamento de reas:

    I. necessrias preservao ambiental, defesa do interesse cultural e/ou paisagstico;

    II. sem condies de acesso por via do sistema virio oficial e/ou atendimento por

    infra-estrutura sanitria adequada;

    III. cujas condies geolgicas no aconselham a edificao;

    IV. cuja declividade natural seja igual ou superior a 30% (trinta por cento);

    V. que apresentem problemas de eroso em sulcos e voorocas, at sua estabilizao e recuperao;

    VI. que tenham sido aterradas com material nocivo sade pblica;

    VII. que apresentem condies sanitrias inadequadas devido poluio, at a

    correo do problema;

    VIII. alagadias ou contguas a mananciais, cursos dgua, represas e demais recursos hdricos, sem a prvia autorizao das autoridades competentes, respeitando-se as faixas no edificveis definidas na legislao ambiental;

    1 - O parcelamento do solo dever atender funo social da cidade e da propriedade, de acordo com as determinaes do Plano Diretor.

    2 - Caso o parcelamento de reas alagadias ou sujeitas inundao seja autorizado nos termos do inciso VIII do caput deste artigo, ele deve ser precedido pela execuo de projeto de drenagem da gleba, devidamente aprovado e licenciado pelos rgos competentes.

    CAPTULO II DOS REQUISITOS URBANSTICOS DO LOTEAMENTO

    Art. 6 - Os lotes atendero aos seguintes requisitos urbansticos:

    I. apresentar rea mnima de 300m ( trezentos metros quadrados) e frente mnima de 10m (dez metros);

    II. ter pelo menos uma testada voltada para a via pblica, vedada a testada nica para

    vias especiais;

    III. ter comprimento de, no mximo, 5 (cinco) vezes a sua largura;

    IV. no pertencer a mais de um loteamento.

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    Art. 7 - As quadras devero ter comprimento mximo de 250m (duzentos e cinqenta metros) e sero concordadas nas esquinas por um arco circular mnimo de 5m (cinco metros).

    Art. 8 - As reas pblicas dos loteamentos atendero aos seguintes requisitos urbansticos:

    I. o percentual de reas destinadas ao domnio pblico dever ser de, no mnimo, 35% (trinta e cinco por cento) da gleba a ser loteada, e sero transferidas ao domnio pblico no ato de registro do parcelamento;

    II. a localizao das vias principais e das reas destinadas a equipamento pblicos

    urbanos e comunitrios e das reas destinadas a espaos livres de uso pblico ser determinada pela Prefeitura nas diretrizes, com fundamento em critrios locacionais justificados;

    III. o percentual de reas destinadas a equipamentos pblicos urbanos e comunitrios

    e espaos livres de uso pblico ser de, no mnimo, 15% (quinze por cento) da gleba loteada;

    IV. todo parcelamento conter rea(s) destinada(s) a praa pblica, na proporo de

    5% (cinco por cento) da rea total parcelada, includos no percentual referido no inciso anterior;

    V. 20% (vinte por cento) da superfcie de cada rea destinada a equipamento pblico

    urbano ou comunitrio, e transferida ao domnio pblico no ato de registro do parcelamento, apresentar declividade natural do terreno menor ou igual a 15% (quinze por cento);

    VI. as reas destinadas implantao de equipamentos pblicos urbanos e

    comunitrios transferidas ao municpio tero, no mnimo, 12m (doze metros) de frente para logradouro pblico;

    VII. as reas destinadas implantao de equipamentos pblicos e comunitrios no

    podero ser cortadas por cursos dgua, valas, linhas de transmisso, alta tenso e outros;

    VIII. os espaos livres de uso pblico e as reas de preservao permanente que fizerem divisas com lotes sero separadas destes mesmos lotes por via de pedestre pavimentada e iluminada com largura mnima de 3m (trs metros);

    IX. as vias pblicas de circulao se articularo com as vias adjacentes, existentes ou

    projetadas e aprovadas, formando um sistema hierarquizado conforme os parmetros estabelecidos no Anexo I - Parmetros Geomtricos das Vias desta Lei;

    X. caso as vias existentes tenham dimenses menores que a exigida, a articulao

    ser feita por meio de rotatria ou praa;

    1 - Consideram-se equipamentos urbanos os equipamentos pblicos dos sistemas de abastecimento de gua, de coleta e tratamento esgotos, de limpeza pblica e destinao final de resduos, de fornecimento de energia eltrica e de gs canalizado, de coleta de guas pluviais, de segurana e transportes pblicos e do sistema de telefonia.

    2 - Consideram-se equipamentos comunitrios os equipamentos pblicos de educao, cultura, sade, lazer e similares.

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    3 - Consideram-se espaos livres de uso pblico as reas destinadas a praas, jardins e parques que devero distribuir-se pelo loteamento atendendo a critrios locacionais que privilegiem o melhor atendimento aos futuros moradores.

    4 - As reas destinadas a equipamentos pblicos urbanos e comunitrios, as destinadas a espaos livres de uso pblico e as destinadas a circulao devem constar no projeto de loteamento e no memorial descritivo.

    5 - No sero aceitos no clculo do percentual de reas pblicas:

    I. as reas de servido de linhas de transmisso de energia eltrica e faixas de domnio de rodovias;

    II. as reas no parcelveis e no edificveis previstas no artigo 5 desta Lei.

    6 - No sero computadas como reas verdes as nesgas de terras, cantos de

    quadras e os canteiros centrais ao longo de vias ou dentro das rotatrias de trfego.

    Art. 9 - Nos parcelamentos realizados ao longo das faixas de domnio pblico de rodovias, ser reservada uma faixa no edificvel de 15m (quinze metros) de largura de cada lado das faixas de domnio, salvo maiores exigncias da legislao especfica, onde devem ser implantadas vias marginais.

    1 - Nenhuma divisa de lote pode ser lindeira rodovia.

    2 - A articulao do sistema virio do parcelamento com a rodovia deve ser submetida aprovao do rgo competente.

    3 - Caso no seja possvel implantar a via marginal, a faixa no edificvel de 15m (quinze metros) ao longo da faixa de domnio da rodovia ser vegetada.

    Art. 10 - Nos parcelamentos de interesse social, de exclusiva iniciativa e responsabilidade da Prefeitura, sero aceitos os seguintes parmetros:

    I. lote mnimo de 200m (duzentos metros quadrados), com frente mnima de 10m (dez metros), desde que a declividade natural do terreno seja igual ou inferior a 20% (vinte por cento) e as condies geolgicas apresentadas garantam a estabilidade das edificaes;

    II. vias locais com seo transversal mnima de 11m (onze metros), sendo que, neste

    caso, a faixa de rolamento medir 7m (sete metros) e os passeios mediro 2,5m (dois metros e cinqenta centmetros) de cada lado, desde que articuladas por via coletora com seo transversal mnima de 15 (quinze metros).

    Pargrafo nico - Para efeito desta Lei, considera-se de interesse social os parcelamentos destinados populao carente, cuja renda familiar no exceda o limite estabelecido pelos programas municipais de habitao popular.

    Art. 11 - Nos loteamentos destinados exclusivamente ao uso industrial, com lotes iguais ou superiores a 10.000m (dez mil metros quadrados), aplicam-se os seguintes requisitos:

    I. as reas destinadas ao uso pblico somaro, no mnimo, 15% (quinze por cento) da rea total da gleba;

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    II. das reas mencionadas no inciso anterior, 5% (cinco por cento) sero destinados aos equipamentos urbanos e comunitrios e a espaos livres de uso pblico;

    III. os parcelamentos destinados exclusivamente ao uso industrial sero separados das

    reas vizinhas por uma rea verde efetivamente vegetada de, no mnimo, 20m (vinte metros) de largura, a qual ser aceita no clculo do percentual de reas pblicas.

    CAPTULO III DO PROCESSO DE APROVAO DOS LOTEAMENTOS

    Art. 12 - O parcelamento somente ser admitido e aprovado se, de acordo com o

    planejamento municipal:

    I. subordinar-se s necessidades locais, inclusive quanto destinao e utilizao das reas, de modo a permitir o desenvolvimento sustentvel, conforme as diretrizes do Plano Diretor;

    II. no provocar sobrecarga na infra-estrutura j instalada.

    Art. 13 - Antes da elaborao do projeto de loteamento, o interessado solicitar

    Prefeitura, por meio da abertura de processo administrativo, a definio das diretrizes para o empreendimento, apresentando para este fim:

    I. requerimento que informe o tipo de uso a que o loteamento se destinar;

    II. ttulo de propriedade do imvel ou certido atualizada de matrcula da gleba expedida pelo Cartrio de Registro de Imveis da Comarca;

    III. histrico dos ttulos de propriedade do imvel, abrangendo os ltimos 20 (vinte)

    anos, acompanhados dos respectivos comprovantes;

    IV. certido negativa de impostos municipais;

    V. planta da gleba na escala 1:1.000 contendo:

    a) as divisas da gleba definidas atravs de coordenadas UTM; b) a subdiviso das quadras em lotes, com as respectivas dimenses e

    numeraes; c) curvas de nvel de metro em metro; d) estudo de declividade em manchas de 0 (zero) a 30% (trinta por cento), de 30%

    (trinta por cento) a 100% (cem por cento) e acima de 100% (cem por cento); e) localizao de reas de risco geolgico; f) localizao dos cursos dgua, nascentes, lagoas, reas alagadias e vegetao

    existente; g) localizao dos arruamentos contguos a todo o permetro, e a indicao do(s)

    acesso(s) virio(s) pretendido(s) para o loteamento; h) indicao das rodovias, dutos, linhas de transmisso, reas livres de uso pblico,

    unidades de conservao, i) equipamentos urbanos e comunitrios e construes existentes dentro da gleba e

    nas suas adjacncias, com as respectivas distncias da gleba a ser loteada; j) caractersticas, dimenses e localizao das zonas de uso contguas.

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    Art. 14 - Recebidas s informaes relacionadas no artigo anterior, a Prefeitura expedir as diretrizes municipais no prazo mximo de 60 (sessenta) dias, indicando, nas plantas apresentadas pelo interessado, as diretrizes do projeto a ser elaborado, de acordo com o planejamento municipal, que contero:

    I. a dimenso do lote mnimo a ser adotado;

    II. a diretriz e a classificao das principais vias de circulao, a serem projetadas, e sua articulao com o sistema virio municipal e regional;

    III. a indicao das reas de preservao permanente e das reas no edificveis;

    IV. a localizao aproximada dos terrenos destinados aos equipamentos pblicos

    urbanos e comunitrios e s reas livres de uso pblico;

    V. a indicao da infra-estrutura a ser executada;

    VI. a indicao de obras e medidas necessrias para garantir a estabilidade dos lotes. reas e vias.

    1 - As diretrizes expedidas vigoraro pelo prazo mximo de 4 (quatro) anos, contados da data de sua expedio.

    2 - Se, no decorrer desse perodo, o projeto do loteamento ainda no estiver aprovado, e sobrevier legislao que necessariamente imponha alterao nas condies fixadas na planta do loteamento, as diretrizes sero modificadas.

    Art. 15 - De posse das diretrizes, o interessado apresentar Prefeitura o anteprojeto de loteamento cujos elementos esto discriminados no Anexo II - Elementos Constitutivos do Anteprojeto de Loteamento, desta Lei, acompanhado dos seguintes documentos e informaes:

    I. informaes apresentadas para solicitao das diretrizes;

    II. cpia das diretrizes municipais;

    III. certido de registro do imvel ou cpia autenticada da mesma;

    IV. certido negativa de tributos municipais;

    V. certido negativa de nus reais sobre o imvel, atualizada ou cpia autenticada da mesma;

    VI. cpia xerox da carteira de identidade do(s) proprietrio(s) ou representante(s)

    legal(is);

    VII. Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART) do profissional responsvel, referente ao projeto de parcelamento.

    Pargrafo nico - Caso o(s) proprietrio(s) ou representante(s) legal(is) seja pessoa jurdica, anexar contrato social ou alterao do mesmo.

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    Art. 16 - Elaborado o anteprojeto, o interessado ser encaminhado ao rgo ambiental competente para verificao da viabilidade ambiental e locacional do parcelamento.

    1 - Caso o parcelamento esteja sujeito ao licenciamento estadual, dever ser obtida a Licena Prvia (LP).

    2 - Caso o parcelamento esteja sujeito ao controle ambiental municipal, dever ser obtido o documento correspondente Licena Prvia (LP) no mbito do municpio.

    Art. 17 - Comprovada a viabilidade ambiental e locacional do parcelamento, a Prefeitura se pronunciar no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias sobre a aceitao ou rejeio da concepo urbanstica e sanitria do loteamento.

    1 - Depois de analisado pela Prefeitura, o anteprojeto ser devolvido ao interessado com a indicao das alteraes, correes ou complementaes necessrias para a elaborao do projeto final.

    2 - A contagem do prazo referido no caput deste artigo interrompe-se durante o perodo utilizado pelo interessado para executar alteraes, correes ou prestar informaes solicitadas pela Prefeitura.

    3 - Transcorrido o prazo determinado sem manifestao da Prefeitura, o projeto ser considerado rejeitado, assegurada a indenizao por eventuais danos derivados da omisso, nos termos das Leis Federais 6766, de 19 de dezembro de 1979 e 9785, de 29 de janeiro de 1999.

    Art. 18 - Aceita a concepo urbanstica e sanitria do loteamento, o interessado ter o prazo de 120 (cento e vinte) dias para elaborar os projetos executivos do parcelamento, com as alteraes, correes ou complementaes solicitadas pela Prefeitura, sob pena de caducidade do requerimento.

    Art. 19 - O projeto final de loteamento composto dos projetos urbanstico e geomtrico, devidamente assinados pelo(s) proprietrio(s) e pelo responsvel tcnico registrado no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), ser entregue Prefeitura no formato padro, em 04 (quatro) vias, sendo 01 (uma) via original, 02 (duas) cpias impressas e 01(uma) cpia digital, e ser composto por:

    I. cpia do ttulo de propriedade do imvel em que conste a correspondncia entre a rea real e a mencionada nos documentos;

    II. certido negativa dos tributos municipais;

    III. projeto do parcelamento com o elementos discriminados no Anexo III - Elementos

    Constitutivos do Projeto Executivo de Loteamento.

    1 - Os projetos de loteamento sero elaborados em conformidade com as diretrizes expedidas pela Prefeitura, normas municipais e condicionantes ambientais estabelecidas.

    2 - Todos os projetos devero ser assinados pelo profissional(is) responsvel(eis) por sua execuo e devero vir acompanhados pela respectiva Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART).

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    Art. 20 - Elaborado o projeto urbanstico e projetos complementares executivos, o interessado ser encaminhado ao rgo ambiental competente para obteno da autorizao ambiental correspondente fase de instalao.

    1 - Caso o parcelamento esteja sujeito ao licenciamento estadual, dever ser obtida a Licena de Instalao (LI).

    2 - Caso o parcelamento esteja sujeito ao controle ambiental municipal, dever ser obtido o documento correspondente Licena de Instalao (LI) no mbito do municpio.

    Art. 21 - Obtida a autorizao ambiental correspondente fase de instalao, a Prefeitura examinar o projeto final completo e se pronunciar no prazo de 90 (noventa) dias sobre a aceitao ou rejeio do projeto apresentado, descontados os dias utilizados pelo interessado para executar alteraes, correes ou prestar informaes solicitadas pela Prefeitura Municipal.

    1 - O interessado ter o prazo de 45 (quarenta e cinco) dias para executar alteraes, correes ou prestar informaes solicitadas pela Prefeitura Municipal, sob pena de caducidade do requerimento.

    2 - Transcorrido o prazo determinado sem manifestao da Prefeitura Municipal, o projeto ser considerado rejeitado, assegurada a indenizao por eventuais danos derivados da omisso.

    3 - Aprovado o projeto final pela Prefeitura Municipal, sero fornecidas ao interessado, duas cpias do ato de aprovao e duas vias das peas do projeto, uma das quais ser encaminhada ao Cartrio de Registros de Imveis.

    Art. 22 - Aps a aprovao do loteamento, no prazo mximo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data do decreto de aprovao do parcelamento, o interessado o protocolar no Cartrio de Registros de Imveis da Comarca, sob pena de caducidade da aprovao.

    1 - A aprovao ser precedida da efetivao da garantia para execuo das obras do loteamento, conforme artigo 24 desta Lei.

    2 - O interessado apresentar ao Cartrio de Registros uma via do decreto de aprovao e uma cpia do projeto completo, inclusive memorial descritivo e cronograma para efetivao do registro.

    3 - As reas destinadas ao sistema de circulao, equipamentos pblicos urbanos e comunitrios e espaos livres de uso pblico passam ao domnio pblico no ato do registro do parcelamento.

    Art. 23 - A modificao de loteamento corresponde aprovao de um novo projeto de parcelamento, nos termos estabelecidos por esta Lei.

    1 - A modificao de loteamento, j aprovado e registrado, que implique em alterao de reas pblicas, depende de prvio exame e de Lei autorizativa da Cmara Municipal.

    2 - No ser permitida a modificao de parcelamento que resulte em desconformidade com os parmetros urbansticos determinados pela legislao municipal.

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    CAPTULO IV DAS OBRAS DE URBANIZAO

    Art. 24 - Em qualquer loteamento obrigatria a execuo, pelo loteador e s suas

    expensas, das seguintes obras de urbanizao, de acordo com os projetos aprovados pela Prefeitura, dentro do prazo mximo de 4 (quatro) anos:

    I. das vias de circulao interna e de articulao com a rede viria existente;

    II. da pavimentao de todo o sistema virio;

    III. da demarcao no local de todos os lotes, logradouros, reas pblicas e comunitrias;

    IV. do sistema de abastecimento dgua, de acordo com as normas e padres tcnicos

    estabelecidos pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) e pela empresa concessionria dos servios;

    V. do sistema de coleta e tratamento de esgotos sanitrios, de acordo com as normas

    e padres tcnicos estabelecidos pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) e pela empresa concessionria dos servios, nos termos do artigo 9 da Deliberao normativa COPAM N 58, de 28 de novembro de 2002;

    VI. da infra-estrutura para fornecimento de energia eltrica e iluminao pblica, de

    acordo com as normas e padres estabelecidos pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) e pela concessionria dos servios;

    VII. da arborizao das vias e tratamento paisagstico das praas pblicas, com projeto

    de um profissional habilitado.

    1 - Observadas as caractersticas do loteamento, a Prefeitura exigir do loteador a execuo de obras no discriminadas neste artigo, que sejam consideradas necessrias, tais como recuperao de reas degradadas ou obras de conteno, devidamente comprovadas por laudo tcnico especfico.

    2 - Na execuo de loteamentos de interesse social, a critrio dos rgos municipais competentes, podero ser estabelecidas parcerias entre o Poder Pblico e o loteador, onde a Prefeitura executar parte das obras, recebendo em troca lotes a serem utilizados nos programas municipais de habitao, sendo que o valor dos lotes a serem recebidos equivaler ao valor das obras executadas pelo Executivo Municipal.

    Art. 25 - A execuo das obras de urbanizao ser garantida pelo depsito, confiado ao municpio, do valor a elas correspondente, em forma de fiana bancria, espcie ou hipoteca de lotes, cujo valor ser avaliado, segundo tcnica pericial, a partir do preo de lotes da mesma regio, no momento da aprovao do loteamento.

    1 - A efetivao da garantia preceder o registro do loteamento, no Cartrio de Registros de Imveis, bem como o incio das respectivas obras de urbanizao.

    2 - Estando as obras executadas, vistoriadas e aceitas, conforme os projetos e o respectivo cronograma, pela Prefeitura e pelas concessionrias dos servios instalados, sero restitudos 70% (setenta por cento) do valor do depsito.

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    3 - O restante do depsito ser restitudo 01 (um) ano aps a aceitao das obras do loteamento, conforme 2 do artigo 26 desta Lei.

    4 - A liberao dos primeiros 70% (setenta por cento) do depsito pode ser parcelada no valor correspondente s etapas executadas, na medida em que as obras forem sendo executadas, vistoriadas e aceitas pela Prefeitura e pelas concessionrias dos servios instalados.

    5 - Para implementao da liberao parcelada, ser elaborado um oramento que discrimine o valor de cada etapa das obras.

    Art. 26 - As obras de execuo de um loteamento s sero iniciadas aps a emisso do respectivo alvar pela Prefeitura.

    1 - A execuo das obras de instalao de um loteamento ser fiscalizada pela Prefeitura, devendo o interessado, obrigatoriamente, comunicar seu incio ao setor competente.

    2 - Concludas as obras, conforme esta Lei e o projeto aprovado, a Prefeitura expedir o respectivo Termo de Verificao de Execuo de Obras, no prazo mximo de 60 (sessenta) dias.

    3 - Transcorrido o prazo determinado sem manifestao da Prefeitura, as obras sero consideradas recusadas, assegurada a indenizao por eventuais danos derivados da omisso, nos termos das Leis Federais 6766, de 19 de dezembro de 1979 e 9785, de 29 de janeiro de 1999.

    Art. 27 - A responsabilidade do loteador pela segurana e solidez das obras de urbanizao persistir pelo prazo definido no Cdigo Civil Brasileiro e no Cdigo de Defesa do Consumidor.

    Pargrafo nico A fiscalizao e o acompanhamento da execuo das obras pela Prefeitura so exercidas no interesse pblico, no excluindo nem reduzindo a responsabilidade do loteador, perante qualquer pessoa por qualquer irregularidade.

    CAPTULO V DO DESMEMBRAMENTO

    Art. 28 - Aplicam-se ao desmembramento as condicionantes expressas nos artigos

    6, 8 e 9, excetuados os incisos IX e X do artigo 8.

    Art. 29 - Os desmembramentos esto sujeitos transferncia para o municpio de, no mnimo, 15% (quinze por cento) da rea da gleba.

    1 - A transferncia no se aplica a glebas com rea inferior a 7.200m (sete mil e duzentos metros quadrados).

    2 - Em glebas com rea inferior a 18.000m (dezoito mil metros quadrados) facultado substituir a transferncia prevista no caput por pagamento em espcie, calculando-se seu valor atravs da Planta de Valores de Terrenos (PVT), usada para clculo do Imposto sobre Transmisso Inter-Vivos de Bens Imveis (ITBI).

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    Art. 30 - O pedido de aprovao de desmembramento ser apresentado atravs dos seguintes documentos:

    I. requerimento assinado pelo proprietrio da gleba, informando a que tipo de uso o desmembramento se destinar;

    II. ttulo de propriedade do imvel ou certido atualizada de matrcula da gleba

    expedida pelo Cartrio de Registro de Imveis da Comarca;

    III. histrico dos ttulos de propriedade do imvel, abrangendo os ltimos 20 (vinte) anos, acompanhados dos respectivos comprovantes;

    IV. certido negativa de dbitos municipais;

    V. proposta de desmembramento, assinada pelo(s) proprietrio(s) e pelo responsvel

    tcnico, na escala 1:1000, no formato padro, em 04 (quatro) vias, sendo 01 (uma) original, 02 (duas) cpias impressas e 01 (uma) cpia digital, contendo a situao atual da gleba e a subdiviso pretendida para a gleba, onde constem:

    a) a indicao de cursos dgua, nascentes, mananciais, reas de servido e no edificveis, confrontaes e divisas da rea loteada e orientao;

    b) os lotes com numerao e dimenses; c) as vias lindeiras com as respectivas sees transversais cotadas; d) a projeo das edificaes existentes, se for o caso; e) as reas a serem transferidas para o municpio, se for o caso. f) o comprovante da Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART) relativa aos

    projetos.

    Pargrafo nico - Para reas especficas, a critrio da Prefeitura, podero ser solicitados outros documentos e informaes, alm dos relacionados no caput do presente artigo.

    Art. 31 - A Prefeitura tem o prazo de 90 (noventa) dias, a contar da data do protocolo, para aprovao do projeto, interrompendo-se esse prazo durante o perodo necessrio ao atendimento de eventuais exigncias que forem feitas ao loteador.

    Pargrafo nico Os desmembramentos com rea acima de 7.200m (sete mil e duzentos metros quadrados) propostos para reas de interesse cultural, paisagstico e/ou ambiental, sujeitam-se ao controle ambiental por parte dos rgos municipais competentes.

    Art. 32 - Licenciado se for o caso, e aprovado, o projeto de desmembramento dever ser protocolado no Cartrio de Registro de Imveis da Comarca, pelo interessado, no prazo mximo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data do decreto de aprovao, sob pena de caducidade da aprovao.

    CAPTULO VI DO FECHAMENTO DE LOTEAMENTOS

    Art. 33 - Considerando-se o interesse pblico, um loteamento pode ser fechado, a

    partir do pedido da respectiva Associao de Moradores do Bairro por meio de concesso de uso exclusivo de bens pblicos ali localizados.

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    1 - S sero fechados loteamentos quando isto no acarretar prejuzo articulao viria, ao acesso a bens pblicos, integrao da cidade ou ao planejamento urbano.

    2 - A concesso de uso exclusivo ser precedida da desafetao dos bens pblicos municipais ali existentes, atravs de lei autorizativa da Cmara Municipal.

    3 - Desaparecendo o interesse pblico, a concesso de uso exclusivo ser revogada sem qualquer indenizao.

    Art. 34 - Num loteamento onde existam bens de propriedade estadual ou federal ser necessria a anuncia prvia do Estado ou Unio, conforme o caso.

    1 - Os proprietrios do loteamento fechado so responsveis pela guarda e conservao do patrimnio pblico entregue ao seu uso.

    2 - Quaisquer danos ocorridos durante o tempo da concesso sero ressarcidos pelos beneficirios.

    3 - A qualquer tempo, o Poder Pblico ter acesso ao loteamento fechado.

    Art. 35 - O contrato de uso exclusivo dos bens pblicos estabelecer os requisitos urbansticos e administrativos para o fechamento do loteamento, alm dos direitos e obrigaes das partes, devendo esclarecer se a outorga ser por tempo definido ou indeterminado:

    1 - A outorga ser obrigatoriamente remunerada.

    2 - A outorga ser obrigatoriamente modificvel e revogvel unilateralmente, assim que o interesse pblico o exigir.

    3 - A Prefeitura Municipal no prestar qualquer servio de limpeza, manuteno ou conservao nos loteamentos fechados.

    4 - Qualquer modificao ou obra a ser executada em reas de uso pblico internas ao loteamento fechado, concedidas para uso exclusivo dos moradores, ser previamente anuda pela Prefeitura.

    5 - Com a extino da outorga, as benfeitorias executadas integraro o patrimnio do municpio, sem qualquer indenizao.

    CAPTULO VII DOS CONDOMNIOS IMOBILIRIOS

    Art. 36 - A instalao de condomnios imobilirios destina-se a abrigar edificaes

    residenciais assentadas em um terreno sob regime de co-propriedade.

    Art. 37 - A instalao de condomnios imobilirios depender de alvar e licenciamento ambiental do empreendimento, por parte do municpio.

    1 - O alvar e a licena de instalao de condomnios imobilirios sero precedidos pela anlise da ocupao e uso do solo e somente sero concedidos se o empreendimento estiver de acordo com as normas urbansticas e ambientais vigentes.

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    2 - S ser permitida a instalao de condomnios imobilirios em glebas acessveis atravs de via pblica.

    3 - No ser permitida a instalao de condomnios imobilirios em reas com as caractersticas descritas nos incisos do artigo 5 desta Lei.

    Art. 38 - Os condomnios imobilirios no podem:

    I. ter rea superior a 1ha (um hectare) na Zona Urbana (ZU);

    II. impedir a continuidade do sistema virio existente ou projetado;

    III. impedir o acesso pblico a bens de domnio da Unio, Estado ou municpio.

    Art. 39 - Os condomnios imobilirios obedecero s seguintes diretrizes:

    I. admitir apenas o uso habitacional e de lazer;

    II. prever o sistema de circulao de pedestres separado do sistema de circulao de veculos;

    III. instalar um projeto de preveno e combate a incndios, devidamente aprovado;

    IV. projetar e instalar um sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitrio;

    V. reservar um espao de lazer comum para os condminos;

    VI. apresentar uma conveno de condomnio registrada no Cartrio de Registros da

    Comarca.

    Art. 40 - Compete exclusivamente aos condomnios imobilirios:

    I. a coleta de lixo em sua rea interna;

    II. as obras de manuteno e melhorias da sua infra-estrutura.

    Art. 41 - No processo de registro de condomnios imobilirios devero ser transferidos ao municpio 15% (quinze por cento) da gleba para uso pblico, em rea fora dos limites condominiais, conforme artigos 8 e 9 desta Lei.

    CAPTULO VIII DOS PARCELAMENTOS IRREGULARES

    Art. 42 - So irregulares os parcelamentos:

    I. no aprovados;

    II. aprovados e no registrados;

    III. registrados e no executados no prazo legal;

    IV. registrados e no executados de acordo com o projeto aprovado.

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    Pargrafo nico A no execuo do projeto aprovado no prazo constante do cronograma de execuo implicar na caducidade da aprovao.

    Art. 43 - O proprietrio de parcelamento irregular obrigado a regulariz-lo.

    Pargrafo nico Nos parcelamentos irregulares executados at a publicao desta Lei, facultado substituir at V (um tero) do percentual de reas pblicas exigido nesta Lei por pagamento em espcie, calculando-se seu valor atravs da Planta de Valores de Terrenos (PVT), usada para clculo do Imposto sobre Transmisso Inter-Vivos de Bens Imveis (ITBI).

    Art. 44 - A regularizao urbanstica de loteamentos irregulares constar de:

    I. execuo da planta urbanstica do parcelamento, a partir do levantamento cadastral;

    II. aprovao da planta urbanstica e dos projetos de infra-estrutura a serem

    executados;

    III. registro da planta urbanstica do parcelamento, acompanhada de memorial descritivo e cronograma de execuo de obras, se for o caso;

    IV. execuo ou complementao das obras de infra-estrutura.

    Art. 45 - A regularizao urbanstica do parcelamento obedecer aos padres de

    desenvolvimento urbano municipal, atendendo aos artigos 5, 6, 7, 8 e 9, excetuando-se os casos de assentamentos irregulares de populao de baixa renda, conforme Plano Diretor, onde podero ser adotados parmetros urbansticos inferiores aos estabelecidos nos incisos I e III do artigo 6, incisos I, II, V, VIII e IX do artigo 8, a serem determinados em lei especfica para cada caso.

    Art. 46 - No prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias a contar da vigncia desta Lei, os titulares de loteamento abandonados ou clandestinos, seus sucessores a qualquer ttulo ou qualquer dos beneficirios, podero requerer a regularizao dos respectivos loteamentos Prefeitura, de acordo com as seguintes condies:

    I. em casos de loteamentos abandonados, o interessado requerer o alvar para concluso das obras de infra-estrutura previstas no projeto aprovado, em cumprimento s obrigaes anteriores assumidas com o Poder Pblico local, comprometendo-se, mediante a celebrao de termo prprio, execuo das referidas obras no prazo mximo de 02 (dois) anos, de acordo com cronograma correspondente;

    II. em caso de loteamento clandestino, o interessado requerer sua regularizao

    mediante o compromisso de apresentar, no prazo estabelecido pela Prefeitura, os projetos e a documentao exigida pela legislao aplicvel, inclusive o cronograma fsico-financeiro de execuo das obras de infra-estrutura e correspondente instrumento de garantia.

    1 - Findo o prazo estabelecido, ou verificado o descumprimento do compromisso assumido pelas pessoas de que trata o presente artigo, a Prefeitura oficiar ao Ministrio Pblico Estadual, requerendo a promoo da responsabilidade criminal dos faltosos, de acordo com os artigos 50, 51 e 52 da Lei Federal n 6766, de 19 de dezembro de 1979.

    2 - Os adquirentes de lotes podero, a qualquer tempo, substituir s pessoas referidas neste artigo na assuno dos encargos de concluso das obras de infra-estrutura

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    de loteamentos clandestinos, mediante acordo celebrado com o municpio, na forma disposta por esta Lei, ficando ainda dispensados do pagamento de quaisquer multas relativas ao descumprimento das obrigaes do loteador.

    3 - A Prefeitura apoiar tecnicamente as Associaes de Moradores interessados em promover a regularizao de loteamentos de interesse social localizados em Zona Especial de Interesse Social - ZEIS, conforme Plano Diretor Municipal.

    Art. 47 - De acordo com o interesse pblico, a Prefeitura poder optar pela execuo de regularizao, nos termos da legislao aplicvel, promovendo a adequao a esta Lei dos loteamentos inacabados ou clandestinos.

    1 Na aferio do interesse pblico, levar-se-o em conta os seguintes aspectos:

    I. leses aos padres de desenvolvimento urbano do municpio decorrentes quer da no concluso das obras de infra-estrutura, quer de sua execuo com descumprimento das normas de legislao aplicvel ou das exigncias especficas da Prefeitura;

    II. os custos da conservao anual das vias e dos logradouros inclusos;

    III. as condies sanitrias negativas decorrentes de obras no concludas;

    IV. a defesa dos direitos dos adquirentes dos lotes;

    V. a impossibilidade de citao ou da execuo do loteador inadimplente, comprovada

    em procedimento judicial promovido pelo municpio ou pelos interessados.

    2 Para fins de ressarcimento dos custos com as obras de concluso de loteamento inacabado, o municpio promover a imediata execuo das garantias oferecidas pelo loteador por ocasio da concesso do alvar de aprovao do projeto com a imediata incorporao ao patrimnio municipal dos lotes vinculados.

    3 Se a execuo das garantias no for suficiente para o ressarcimento integral dos custos de urbanizao, o municpio, com base na legislao federal:

    I. requerer judicialmente o levantamento das prestaes depositadas no Registro de Imveis, com os respectivos acrscimos de juros e correo monetria, e, se necessrio, das prestaes vencidas at o seu completo ressarcimento;

    II. na falta de insuficincia de depsitos, exigir o ressarcimento do loteador

    inadimplente ou, se necessrio, de pessoa fsica ou jurdica beneficiria de qualquer forma e integrante do grupo econmico ou financeiro a que ele estiver vinculado.

    4 Em casos especiais, o Poder Executivo local poder celebrar acordos mediante transao com o proprietrio responsvel por loteamento inacabado, para ressarcimento integral dos custos da concluso das obras de infra-estrutura, inclusive atravs de doao em pagamento de imveis no prprio loteamento em questo.

    CAPTULO IX DAS PENALIDADES

    Art. 48 - A execuo de parcelamento sem aprovao do Executivo, enseja a

    notificao de seu proprietrio para paralisar imediatamente as vendas e/ou as obras,

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    ficando ainda obrigado dar incio processo de regularizao do empreendimento nos prximos 15 (quinze) dias teis aps ser notificado.

    1 - Em caso de descumprimento de qualquer das obrigaes previstas no "caput", o notificado fica sujeito, sucessivamente, a:

    I. pagamento de multa, no valor equivalente a 250 (duzentos e cinqenta) UFPL (Unidade Fiscal da Prefeitura de Lavras) por metro quadrado do parcelamento irregular;

    II. embargo da obra, caso a mesma continue aps a aplicao da multa, com

    apreenso das mquinas, equipamentos e veculos em uso no local das obras;

    III. multa diria no valor equivalente a 300 (trezentas) UFPL, em caso de descumprimento do embargo.

    2 - Caso o parcelamento esteja concludo e no seja cumprida a obrigao prevista no caput deste artigo, o notificado fica sujeito, sucessivamente, a:

    I. pagamento de multa no valor equivalente a 250 (duzentos e cinqenta) UFPL por metro quadrado do parcelamento irregular;

    II. interdio do local;

    III. multa diria no valor equivalente a 300 (trezentas) UFPL, em caso de

    descumprimento da interdio.

    Art. 49 - A falta de registro do parcelamento do solo enseja a notificao do proprietrio para que d entrada ao processo junto ao Cartrio de Registro de Imveis nos 5 (cinco) dias teis seguintes aps a notificao.

    Pargrafo nico - Em caso de descumprimento da obrigao prevista no "caput", o notificado fica sujeito, sucessivamente, a:

    I. pagamento de multa, no valor equivalente a 150 (cento e cinqenta) UFPL por metro quadrado do parcelamento irregular;

    II. embargo da obra ou interdio do local, conforme o caso, e aplicao simultnea de

    multa diria equivalente a 200 (duzentos) UFPL.

    Art. 50 - A no concluso da urbanizao no prazo de validade fixado para o Alvar de Urbanizao sujeita o proprietrio do parcelamento ao pagamento de multa no valor equivalente a 5.000 (cinco mil) UFPL por ms, ou frao, de atraso.

    Art. 51 - Pelo descumprimento de outros preceitos desta Lei no especificados anteriormente, o infrator ser punido com multa no valor equivalente a 100 (cem) UFPL.

    Pargrafo nico - Para efeito desta Lei, a UFPL aquela vigente na data em que a multa for paga.

    Art. 52 - A multa no paga dentro do prazo legal ser inscrita em dvida, sendo que os infratores que estiverem em dbito de multa no recebero quaisquer quantias ou crditos que tiverem com a Prefeitura Municipal, nem estaro aptos a participar de licitaes, celebrar contratos de qualquer natureza, ou transacionar, a qualquer ttulo, com a administrao municipal.

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    Art. 53 - Os dbitos decorrentes de multas no pagas no prazo previsto tero os seus valores atualizados com base na variao da Unidade Fiscal da Prefeitura de Lavras (UFPL).

    Art. 54 - Quando o infrator incorrer simultaneamente em mais de uma penalidade constante de diferentes disposies legais, aplicar-se- a pena maior, acrescida de X (dois teros) de seu valor.

    Pargrafo nico - Nos casos de reincidncia, a multa ser aplicada no valor correspondente ao dobro do anterior, sem prejuzo da aplicao cumulativa de outras sanes cabveis.

    Art. 55 - Responder solidariamente pela infrao o proprietrio do terreno, o responsvel pelo empreendimento e quem, por si ou preposto, por qualquer modo, a cometer, concorrer para sua prtica ou dela se beneficiar.

    CAPTULO X DAS DISPOSIES FINAIS

    Art. 56 - No ser vendido ou prometido venda o lote oriundo de parcelamento no

    registrado em cartrio.

    Art. 57 - O Cartrio de Registro de Imveis comunicar Prefeitura os pedidos de registro de parcelamento e condomnios, alm da necessria publicao na imprensa, no sendo permitido o registro de fraes ideais de condomnios no aprovados pela Prefeitura ou o registro de fraes ideais de terreno com localizao, numerao ou metragem, caracterizando parcelamento do solo.

    Art. 58 - A Prefeitura comunicar ao Cartrio de Registro de Imveis os casos de caducidade da aprovao de parcelamentos no executados no prazo constante do cronograma de execuo, para que seja cancelada a respectiva matrcula.

    Art. 59 - Os prazos previstos nesta Lei contar-se-o por dias corridos, no sendo computados no prazo o dia inicial e prorrogando-se para o primeiro dia til o vencimento de prazo que incidir em sbado, domingo ou feriado.

    Art. 60 - A aprovao concedidas na vigncia das leis anteriores para parcelamentos cujas obras no tenham se iniciado at a data de promulgao desta Lei esto cancelados.

    Art. 61 - A aplicao da presente Lei ser avaliada 04 (quatro) anos aps a sua publicao.

    Art. 62 - So partes integrantes desta Lei:

    I. Anexo I - Parmetros e Caractersticas Geomtricas das Vias;

    II. Anexo II - Elementos Constitutivos do Anteprojeto de Loteamento;

    III. Anexo III - Elementos Constitutivos do Projeto Executivo de Loteamento;

    IV. Anexo IV - Glossrio.

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    Art. 63 - Revogadas as disposies em contrrio, em especial a Lei n 2.104, de 1 de maro de 1994, est Lei entrar em vigor 45 (quarenta e cinco) dias aps a data de sua publicao.

    Prefeitura Municipal de Lavras, 28 de agosto de 2008

    Jussara Menicucci de Oliveira Prefeita Municipal

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    Anexo I Parmetros e Caractersticas Geomtricas das Vias

    CARACTERSTICAS VIA ARTERIAL

    VIA COLETORA

    VIA MUNICIPAL

    VIA LOCAL

    VIA DE PEDESTRES

    CICLOVIA

    Velocidade Diretriz (km/h) 60 50 60 40 - -

    Raio Mnimo de Curvatura Horizontal (m)

    80 50 125 50 - 15

    Rampa Mxima (%) 8 10 10 20 20 10

    Rampa Mnima (%) 0,5 0,5 0,5 0,5 - 0,5

    Faixa de Rolamento (m) 3,5 3,5 3,5 3,5 - 1,5

    Acostamento (m) - - 2,0 - - -

    Canteiro Central (m) 2,0 2,0 - - - -

    Passeio mnimo (m) 2,5 2,5 - 2,5 - -

    Faixa de Estacionamento (m) 2,0 2,0 - - - -

    Nmero de Faixa de Transito (un.)

    4 2 2 2 - 2

    Faixa de Domnio Mnima (m) - - 22,0 - - -

    Seo Transversal Total das Vias (m)

    25,0 18,0 11,0 12,0 3,0 3,0

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    Anexo II Elementos Constitutivos do Anteprojeto de Loteamento

    I Concepo do Projeto Urbanstico constituda por:

    a) proposta de parcelamento da rea, desenhada sobre planta plani-altimtrica, na escala 1:1.000 ou 1: 2.000, nos formatos padres, assinada pelo proprietrio e pelo responsvel tcnico, com curvas de nvel de metro em metro, apresentando os seguintes elementos:

    b) lanamento do sistema virio, estaqueado de 20 (vinte) em 20 (vinte) metros, com respectivos greides;

    c) indicao das reas de preservao permanente; d) Indicao das reas pblicas; e) diviso das quadras em lotes; f) quadro quantificado e determinando os percentuais de:

    - nmero e rea total dos lotes; - extenso e rea das vias; - rea de preservao permanente; - rea dos equipamentos pblicos; - rea verde; - rea total do terreno.

    II Concepo do sistema de drenagem pluvial.

    III Concepo e termo de anuncia da COPASA ao projeto de abastecimento dgua.

    IV Concepo e termo de anuncia da COPASA ao sistema de coleta e tratamento dos esgotos sanitrios, nos termos da Deliberao Normativa COPAM N 58 de 28 de novembro de 2002.

    IV Termo de anuncia da CEMIG ao projeto de fornecimento de energia eltrica.

    V Estudos geolgico-geotcnicos da rea, visando caracterizao do solo e subsolo quanto ao grau de susceptibilidade a processos erosivos.

    VI Documento comprobatrio da capacidade, por parte das concessionrias de servios pblicos de abastecimento dgua, esgotamento sanitrio e fornecimento de energia eltrica, de estender seu atendimento gleba objeto de parcelamento.

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    Anexo III Elementos Constitutivos do Projeto Executivo de Loteamento

    I Projeto Urbanstico e Geomtrico

    Projeto executivo na escala 1: 1.000 ou 1: 2.000, nos formatos padres, em 05 (seis) vias, sendo 1 (uma) original e 3 (trs) cpias - destinadas ao interessado, Cartrio de Registros e Prefeitura Municipal - e 01 (uma) via digital para a Prefeitura Municipal, assinado pelo proprietrio e pelo responsvel tcnico, contendo: a) a altimetria da gleba, por meio de curvas de nvel de metro em metro com confrontaes e divisas da rea loteada e orientao; b) a indicao de cursos d'gua, nascentes, mananciais, das reas revestidas com vegetao nativa, das reas de servido e no edificveis; c) a demarcao das reas de preservao permanente com todas as dimenses cotadas; d) a subdiviso da quadra em lotes, com as respectivas dimenses e numerao; e) o sistema virio com a respectiva hierarquia; f) a planta de locao topogrfica na escala 1:1000, contendo o traado do sistema virio, o eixo de locao das vias, as dimenses lineares e angulares do projeto; raios, cordas, arcos, pontos de tangncia e ngulos centrais das vias curvilneas; g) a indicao dos marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos ngulos de curvas e vias projetadas; h) o quadro-resumo dos elementos topogrficos; i) as dimenses lineares e angulares do projeto, com raios, arcos, pontos de tangncia e ngulos centrais das vias; j) os perfis longitudinais das vias e logradouros tirados nos eixos de cada via pblica, sendo uma via em papel milimetrado, na escala 1:1000 vertical;; k) as sees transversais de todas as vias de circulao e praas, em nmero suficiente para cada uma delas, na escala 1:2000; l) a indicao das reas pblicas que passaro ao domnio do municpio; m) a denominao e a destinao de reas remanescentes; n) a legenda e o quadro-resumo das reas, com a discriminao da rea em metros quadrados e percentual em relao rea total parcelada; o) quadro estatstico contendo:

    rea dos lotes; rea de preservao permanente; rea dos equipamentos; rea verde; extenso e rea das vias; nmero de lotes; rea total do terreno.

    p) memorial descritivo, contendo: a descrio de todos os lotes, com suas dimenses e confrontaes; as limitaes que eventualmente gravem reas de terrenos; a indicao e quantificao das reas pblicas que passaro ao domnio do municpio

    no ato de registro do parcelamento; descrio sucinta do loteamento, com suas caractersticas e a fixao das zonas de

    uso predominante, observadas as diretrizes da Prefeitura Municipal. II Projeto de Terraplanagem, contendo: a) sees transversais do terreno indicando a plataforma, off-set, etc., com espaamento mximo de 20 (vinte) metros;

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    b) indicao das reas onde ocorrero cortes e aterros; c) indicao dos locais de emprstimo de bota-foras; d) clculo dos volumes; e) distribuio dos materiais; f) obras e medidas de proteo contra eroso; g) memria justificativa, contendo a descrio e justificativa da(s) metodologia(s) utilizada(s), parmetros assumidos, clculos elaborados, resultados obtidos e concluses. III Concepo bsica dos sistemas de saneamento bsico, conforme se segue: a) Drenagem Pluvial

    Apresentao das alternativas de concepo, de localizao, tecnologias e mtodos construtivos adotados, justificando a alternativa escolhida e os parmetros de projeto, sob os aspectos tcnico e ambiental. Na hiptese de adoo de sistema prprio, devero ser ainda apresentados: 1) a localizao do projeto, em escala adequada, indicando na rea de influncia direta:

    os corpos dgua, detalhando aqueles que sero objeto de interveno; os assentamentos populacionais, os equipamentos urbanos e de lazer.

    2) o Memorial Descritivo do sistema contendo, no mnimo, as seguintes informaes:

    concepo, dimensionamento preliminar e caractersticas tcnicas dos elementos do

    sistema; vazes de projeto, vazo de estiagem, declividades, velocidades crticas de

    escoamento; descrio detalhada das etapas de implantao; descrio dos sistemas operacionais e de manuteno, identificando as entidades

    responsveis pelos mesmos; previso de ampliao do sistema; nos casos de dragagem, informar ainda o volume e a caracterizao do material

    dragado, os locais de sua disposio final e os perfis iniciais e finais dos locais dragados.

    3) as seguintes representaes grficas do sistema, em escala adequada:

    traado bsico proposto, indicando a faixa de servido, as vias marginais e as

    possveis interferncias com sistemas virios, cursos dgua e com outros sistemas ou equipamentos urbanos;

    sees-tipo ao longo dos canais; localizao dos pontos de lanamento e indicao das estruturas hidrulicas especiais.

    4) as seguintes informaes sobre a etapa de operao/utilizao do sistema:

    procedimentos operacionais e programas de manuteno; qualificao e estimativa da mo-de-obra.

    b) Abastecimento de gua

    Apresentao das alternativas de uso de mananciais (inclusive os subterrneos), de concepo, de localizao e as tecnologias e mtodos construtivos estudados, justificando

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    as alternativas escolhidas e os parmetros de projeto adotados, sob o aspecto tcnico, econmico e ambiental, bem como sua compatibilizao com os sistemas de abastecimento de gua existentes e planejados. No caso de utilizao do sistema pblico de abastecimento de gua, apresentar termo de anuncia do rgo responsvel por sua administrao. Na hiptese de adoo de sistema prprio apresentar ainda: 1) a caracterizao e justificativa da escolha do manancial selecionado, em relao aos seguintes aspectos:

    condies de proteo do manancial, especialmente quanto cobertura vegetal e presso de ocupao urbana;

    caractersticas fsicoqumicas e bacteriolgicas do manancial; vazo mxima, mdia e mnima, obtida a partir de srie histrica, sempre que possvel,

    nos casos de mananciais superficiais; nos casos de mananciais subterrneos, apresentar vazes de explotao e

    caractersticas hidrodinmicas dos aqferos, indicando a zona de influncia dos poos e a profundidade do nvel dinmico do aqfero e das cmaras de bombeamento.

    2) o Memorial Descritivo do sistema contendo, no mnimo, as seguintes informaes:

    concepo, dimensionamento preliminar e caractersticas tcnicas dos elementos do sistema;

    perodo de alcance do empreendimento; descrio detalhadas das etapas de implantao; previso de ampliao do sistema; descrio dos sistemas operacionais, identificando as entidades responsveis pela

    operao e manuteno do sistema; nos casos de barragens para a captao apresentar ainda: rea de inundao; cotas

    mximas e mnimas; vazo estimada do vertedouro e vazo remanescente no curso dgua a jusante da barragem; programa de remoo da vegetao na rea a ser inundada; estimativa de vida til do reservatrio;

    nos casos de ETA apresentar ainda: localizao, dimensionamento do sistema de tratamento e disposio final dos resduos da ETA; especificao, quantidade e local de armazenamento dos produtos qumicos utilizados para tratamento de gua.

    3) as seguintes representaes grficas do sistema, em escala adequada:

    layout das unidades e componentes do sistema, indicando a distribuio das reas a eles destinadas, inclusive, ptios de servios e manobras, faixas de proteo, pontos de gerao, armazenamento e destinao final de resduos, etc;

    localizao das reas previstas para ampliao ou implantao de unidades complementares ao sistema, etc;

    traado dos sistemas de aduo indicando a faixa de domnio e as possveis interferncias com sistemas virios, cursos dgua e com outros sistemas ou equipamentos urbanos.

    4) as seguintes informaes sobre a etapa de operao;

    vazo, freqncia e durao estimada das descargas de fundo dos reservatrios de barragens;

    procedimentos e freqncia das operaes de descargas das adutoras;

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    procedimentos operacionais da unidade de destinao final dos resduos gerados na ETA;

    procedimentos operacionais e programas de manuteno; qualificao e estimativa de mo-de-obra.

    c) Esgotos Sanitrios

    Descrio do sistema coletor, destinao final e ponto(s) de lanamento dos efluentes, assim como suas alternativas; compatibilizao com os sistemas de esgotos sanitrios existentes e planejados; estimativas de vazes; rea disponvel para tratamento; alternativas de concepo, de localizao (ou traado), tecnolgicas e construtivas; justificativas quanto alternativa escolhida e os parmetros de projeto adotados, sob os aspectos tcnicos e ambientais. No caso de utilizao do sistema pblico de esgotamento sanitrio apresentar termo de anuncia do rgo responsvel por sua administrao. Na hiptese de adoo de sistema prprio devero ser apresentados ainda: 1) o Memorial Descritivo do sistema contendo, no mnimo, as seguintes informaes:

    concepo, dimensionamento preliminar e caractersticas tcnicas dos elementos do sistema;

    perodo de alcance do empreendimento; descrio detalhada das etapas de implantao; previso de ampliao do sistema; descrio dos sistemas operacionais, identificando as entidades responsveis pela

    operao e manuteno do sistema; nos casos de ETE ,apresentar ainda: caracterizao dos efluentes quanto vazo e

    aos seguintes parmetros: pH, temperatura, DBO, slidos em suspenso e leos e graxas; dimensionamento preliminar, caracterizao, armazenamento, transporte e disposio final de lodo e demais resduos gerados nas unidades de tratamento; especificao, quantidade e local de armazenamento dos produtos qumicos utilizados para tratamento de esgotos;

    local de lanamento do efluente de origem domstica, mesmo que tratados. Em caso de lanamento em corpos dgua, apresentar a caracterizao do mesmo quanto sua capacidade de auto-depurao. Em caso de utilizao do sistema pblico existente, apresentar termo de anuncia do rgo responsvel por sua administrao, atestando a sua capacidade de recebimento e tratamento do efluente;

    anuncia para ocupao da APP. 2) as seguintes representaes grficas do sistema, em escala adequada:

    lay-out das unidades indicando a distribuio das reas destinadas s diferentes unidades e componentes do sistema, inclusive ptios de servios e manobras, faixas de proteo, pontos de gerao, armazenamento e disposio final de resduos, etc;

    localizao das reas previstas para ampliao e implantao de unidades complementares ao sistema;

    nos casos de lanamento em corpos dgua apresentar o traado bsico dos emissrios indicando a(s) faixa(s) de domnio e as possveis interferncias com sistemas virios e cursos dgua.

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    3) as seguintes informaes sobre a operao do sistema:

    perodo de pr-operao(partida); procedimentos operacionais da unidade de destinao final do lodo e resduos gerados; procedimentos operacionais, regime de funcionamento e programas de manuteno; qualificao e estimativa de mo-de-obra.

    IV Cronograma de execuo de cada projeto.

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    Anexo IV Glossrio

    ALVAR documento expedido pela Prefeitura Municipal autorizando a execuo de uma obra. REA INSTITUCIONAL rea de uso pblico destinada instalao de equipamentos pblicos comunitrios, tais como escolas, postos de sade, postos de polcia e similares. REA NO EDIFICVEL tambm chamada "non dificandi", aquela onde no se podem executar construes. REA DE PRESERVAO PERMANENTE rea onde a vegetao natural, por seu valor intrnseco ou por sua funo ambiental, deve ser protegida e/ou reconstituda. REA VERDE espao de domnio pblico, vegetado ou destinado a ser (re)vegetado, com taxa de permeabilidade mnima de 75%, cujos possveis usos - atividades sociais, cvicas, esportivas, pedaggicas, culturais e contemplativas da populao, tais como: praas, parques, bosques e jardins - estar subordinado s suas caractersticas especficas. CUL-DE-SAC praa de retorno, rotatria. DECLIVIDADE relao percentual entre a diferena das cotas altimtricas e a distncia entre elas. DESMEMBRAMENTO subdiviso da gleba em lotes destinados a edificao, com o aproveitamento do sistema virio existente, desde que no implique na abertura de novas vias e logradouros pblicos, nem no prolongamento, modificao ou ampliao dos j existentes. EMBARGO ato administrativo determinando a paralisao de uma obra. EQUIPAMENTOS PBLICOS COMUNITRIOS reas e/ou edificaes destinadas ao atendimento dos servios pblicos de educao, cultura, sade, lazer, esportes, segurana e similares. EQUIPAMENTOS PBLICOS URBANOS reas e/ou edificaes destinadas ao atendimento dos servios pblicos de transporte coletivo, abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, energia eltrica, drenagem de guas pluviais, disposio de resduos slidos, rede telefnica e gs canalizado. ESPAO LIVRE DE USO PBLICO reas verdes, praas, parques urbanos e similares FAIXA DE DOMNIO - faixa de terreno legalmente delimitada, de propriedade ou sob domnio do poder municipal, estadual ou federal, compreendendo um equipamento de infra-estrutura e suas instalao, destinada a sua manuteno e/ou ampliao. FAIXA DE SERVIDO faixa de terra sob servido administrativa. GLEBA a poro de terra que ainda no foi objeto de parcelamento. GREIDE perfil longitudinal de uma via INFRA-ESTRUTURA BSICA - equipamentos urbanos destinados a atender circulao de pessoas e veculos, assim como a proporcionar aos lotes e reas urbanas o escoamento das guas pluviais, abastecimento de gua potvel, esgotamento sanitrio, iluminao pblica, energia eltrica pblica e domiciliar.

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    LICENCIAMENTO ato administrativo que concede licena e prazo para incio e trmino de obra. LINDEIRO limtrofe LOGRADOURO rea destinada ao uso e trnsito pblicos LOTE poro de terreno parcelado, com frente para via pblica e destinado a receber edificao, servido por infra-estrutura bsica, cujas dimenses atendam aos ndices urbansticos definidos pelo Plano Diretor para a zona em que se situe. LOTEAMENTO considera-se loteamento a subdiviso da gleba em lotes destinados edificao, com abertura de novas vias de circulao, de logradouros pblicos ou prolongamento, modificao ou ampliao das vias existentes. MEMORIAL DESCRITIVO conjunto de informaes relativas a um projeto, descrevendo as caractersticas de seus elementos constitutivos. PASSEIO parte da via ou logradouro pblico reservado ao trnsito de pedestres. PRAA espao livres de uso pblico destinado recreao pblica, convvio, evento coletivo, ao ornamento e cultura. SERVIDO ADMINISTRATIVA - instituio de um direito real de natureza pblica, de carter perptuo, impondo ao proprietrio a obrigao de suportar um nus parcial sobre o imvel de sua propriedade, em benefcio de um servio pblico ou de um bem afetado a um servio pblico. SISTEMA VIRIO conjunto de logradouros pblicos e vias, destinado a proporcionar acesso aos lotes e terrenos urbanos e a atender circulao de pessoas e veculos. SUSCEPTIBILIDADE DO SOLO E SUBSOLO fragilidade ou vulnerabilidade de um determinado tipo de solo e subsolo a processos erosivos, constatados por estudos geolgicos-geotcnicos. TESTADA lado do lote voltado para via pblica. VAGA PARA ESTACIONAMENTO rea destinada a estacionamento ou guarda de veculos. VIAS ARTERIAIS so vias preferenciais, destinadas circulao de veculos entre as reas distantes, com acesso s reas lindeiras. VIAS COLETORAS so vias secundrias, que possibilitam a circulao de veculos entre vias arteriais e o acesso s vias locais. VIAS DE PEDESTRES so vias destinadas ao trnsito exclusivo de pedestres. VIAS ESPECIAIS vias de pedestres e ciclovias. VIAS EXPRESSAS so vias de trnsito rpido, projetadas para circulao de grandes volumes de veculos entre reas distantes sem acesso s reas lindeiras. VIAS LOCAIS so vias destinadas ao acesso direto aos lotes e movimentao do trnsito local. VISTORIA exame efetuado por tcnicos do servio pblico, para verificar as condies de uma obra.

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