lc 008 - 2007 - código tributário municipal atualizada

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MUNICPIO DE GUARAPARI

ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO

LEI COMPLEMENTAR N. 008/2007 REGULAMENTADA PELO DECRETO N. 060/2008 INSTITUI O NOVO CDIGO TRIBUTRIO DECORRENTE DA VIGNCIA DA LEI COMPLEMENTAR FEDERAL N 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006, E D OUTRAS PROVIDNCIAS.

A CMARA MUNICIPAL DE GUARAPARI, Estado do Esprito Santo, no uso de atribuies legais, consoante ao estabelecido no Art. 57 da LOM Lei Orgnica do Municpio, faz saber que o Egrgio Plenrio APROVOU e eu SANCIONO a seguinte: INSTITUI O CDIGO TRIBUTRIO DO MUNICPIO DE GUARAPARI PARTE GERAL TTULO I O SISTEMA TRIBUTRIO CAPTULO I DA ESTRUTURA Art. 1 - Esta Lei, regula em carter geral ou especfico, a competncia, a legitimidade e, os poderes das autoridades administrativas, em matria fiscal e sua aplicao quanto legislao tributria. Pargrafo nico - A legislao a que se refere este artigo aplica-se s pessoas fsicas ou jurdicas, sujeitos passivos ou no, inclusive s que gozem de imunidade, iseno ou de no incidncia. Art. 2 - Esta Lei tem a denominao de CODIGO TRIBUTRIO MUNICIPAL. Art. 3 - Integram o Sistema Tributrio do Municpio: I - Os Impostos: a) Sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU; 1

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO b) Sobre Servios de Qualquer Natureza - ISSQN; c) Sobre a transmisso intervivos, a qualquer ttulo, por ato oneroso, de bens imveis, por natureza, ou acesso fsica, e de direitos reais sobre imveis, exceto os de garantia, bem como a cesso de direitos sua aquisio - ITOBI. II - As Taxas: a) Decorrentes do exerccio regular, do poder de polcia do Municpio. b) Decorrentes da utilizao, efetiva ou potencial, de servios pblicos especficos e divisveis, prestados ao sujeito passivo e postos sua disposio. III - A Contribuio de Melhoria. IV A Contribuio da Iluminao Pblica - CIP

CAPTULO II DA APLICAO E VIGNCIA DA LEGISLAO TRIBUTARIA Art. 4 - A Lei Tributria tem aplicao obrigatria pelas autoridades administrativas, a omisso ou obscuridade de seu texto no constituem motivo para sua inaplicabilidade. Art. 5 - Quando ocorrer dvida do sujeito passivo quanto a aplicao dos dispositivos desta lei, poder, mediante requerimento, consultar a autoridade competente, em relao a hiptese concreta do fato. Pargrafo nico - Entende-se por autoridade competente o Gerente de Tributos e Rendas. Art. 6 - Para sua aplicao e, no que for necessrio, a Lei Tributria ser regulamentada por Decreto, que ter seu contedo e alcance restrito aos termos da autorizao legal.

CAPTULO III DAS OBRIGAES TRIBUTRIAS SEO I DAS DISPOSIES GERAIS Art. 7 - As obrigaes tributrias so principal e acessria. 1 - A obrigao principal surge com a ocorrncia do fato gerador, tendo por objetivo o 2

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO pagamento de tributo ou penalidade pecuniria e extingue-se juntamente com o crdito dela decorrente. 2 - A obrigao acessria decorre da legislao tributria e tem por objetivo as prestaes, consistentes em obrigao de fazer ou no fazer, nela prevista, no interesse da arrecadao ou da fiscalizao dos tributos. 3 - A obrigao acessria, pelo simples fato de sua inobservncia converte-se em obrigao principal relativamente penalidade pecuniria. Art. 8 - Os sujeitos passivos, ou quaisquer responsveis por tributos, facilitaro por todos os meios ao seu alcance, o lanamento, a fiscalizao e a cobrana dos tributos devidos Fazenda Municipal, ficando especialmente obrigados a: I - Apresentar declarao de movimento econmnico, guias de recolhimento de impostos e a escriturar em livros prprios os fatos geradores de obrigao tributria, segundo as normas desta Lei e dos regulamentos fiscais, incluindo-se os contribuintes optantes pelo regime tributrio instituido pela Lei Complementar n 123/2006; II - Comunicar Fazenda Municipal, dentro de 30 (trinta) dias contados a partir da data da ocorrncia, qualquer alterao capaz de gerar, modificar ou extinguir obrigao tributria; III - Conservar e apresentar Fazenda Pblica, quando solicitado, qualquer documento que, de algum modo, se refira s operaes ou situaes que constituam fato gerador de obrigao tributria, ou que sirva como comprovante da veracidade dos dados consignados em guias e documentos fiscais; IV - O documentrio fiscal de exibio obrigatria ao agente do fisco, devendo ser conservado pelo prazo de 05 (cinco) anos, por quem dele tiver feito uso contados do encerramento da atividade. V - Prestar, sempre que solicitados, pelas autoridades competentes, informaes e esclarecimentos que, a juzo da Fazenda Pblica, se refiram ao fato gerador de obrigao tributria, por escrito ou verbalmente. 1 - No caso de iseno, imunidade ou no tributao, ficam os beneficirios sujeitos ao cumprimento do disposto neste artigo, incluindo-se as sociedades empresrias prestadoras de servios optantes pelo regime tributrio institudo pela Lei Complementar Federal n 123/2006, doravante conhecido como Simples Nacional; 2 - Nos termos das normas editadas pelo Comit Gestor do Simples Nacional CGSN, alm do j disposto no caput, deste artigo, ficam as sociedades empresrias obrigadas a: 3

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I - Sujeitar-se a exibio de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem como fornecer informaes sobre bens, movimentao financeira, negcio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar; II - Sujeitar-se fiscalizao, permitindo o acesso ao estabelecimento, ao domiclio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam suas atividades ou se encontrem bens de sua propriedade; Art. 9 - A Fazena Pblica poder requisitar a terceiros, e estes ficam obrigados a fornecer, todas as informaes e dados que possam vir a ser considerados como geradores de obrigao tributria, para os quais tenham contribudo, ou que devam conhecer, salvo quando, por fora de lei, estejam obrigados a guardar sigilo em relao a esses fatos. 1 - As informaes obtidas por fora desse artigo tm carter sigiloso e s podero ser utilizadas em defesa dos interesses fiscais da Unio, do Estado e do Municpio. 2 - Sem prejuizo do disposto na legislao criminal, vedada a divulgao, por parte da Fazenda Pblica ou de seus servidores, de informao obtida em razo do ofcio sobre a situao econmica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negcios ou atividades, salvo as excees previstas no art. 198, 1, do Cdigo Tributrio Nacional. SEO II DO FATOR GERADOR Art. 10 - O fato gerador da obrigao principal a situao definida em Lei como necessria e suficiente sua ocorrncia. Art. 11 - O fato gerador da obrigao acessria qualquer situao que, na forma da legislao aplicvel, impe a prtica ou a absteno do ato que no configure obrigao principal. Art. 12 - Salvo disposies em contrrio, considera-se ocorrido o fato gerador e existente os seus efeitos: I - Tratando-se de situao de fato, desde o momento em que ele esteja definitivamente constitudo, nos termos de direito aplicvel.

SEO III DO SUJEITO ATIVO 4

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Art. 13 - Sujeito ativo da obrigao a pessoa jurdica de direito pblico, titular da competncia para instituir, lanar, cobrar e fiscalizar os tributos especificados neste Cdigo. Art. 14 - Sujeito passivo da obrigao principal a pessoa obrigada ao pagamento do tributo ou penalidade pecuniria. Pargrafo nico: Sujeito passivo da obrigao principal, diz-se: I - Contribuinte, quando tenha relao pessoal e direta com a situao que constitua o respectivo fato gerador; II - Responsvel, quando sem revestir a condio de contribuinte, sua obrigao decorra de disposio expressa nesta Lei. Art. 15 - Sujeito passivo da obrigao acessria a pessoa fsica ou jurdica obrigada pratica ou a absteno de atos discriminados nesta Lei, que no configurem obrigao principal. SEO IV DA CAPACIDADE TRIBUTRIA Art. 16 - A capacidade para cumprimento da obrigao tributria, decorre do fato da pessoa fsica ou jurdica se encontrar nas condies prevista nesta Lei dando lugar referida obrigao. Art. 17 - A capacidade tributria passiva independe: I - Da capacidade civil das pessoas naturais; II - De achar-se a pessoa natural sujeita s medidas que importem a privao ou limitao do exerccio de atividades civis, comerciais ou da administrao direta de seus bens ou negcios; III - De estar a pessoa jurdica regularmente constituda bastando que configure uma unidade econmica ou profissional; IV - De estar enquadrada no regime tributrio privilegiado institudo pela Lei Complementar Federal n 123/2006. SEO V DO DOMICLIO TRIBUTRIO

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO Art. 18 - Considerar-se- como domiclio fiscal do sujeito passivo, a conjuno de uma ou mais, das hipteses abaixo elencadas: I - Quando se tratar de pessoa natural, a sua residncia, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o lugar onde se encontre o centro de sua atividade mesmo no sendo habitual; II - Quanto s pessoas jurdicas de direito privado ou s firmas individuais, o local onde o sujeito passivo desenvolva a atividade de prestar servios, de modo permanente ou temporrio, e que configure unidade econmica ou profissional, sendo irrelevantes para caracteriz-lo as denominaes de sede, filial, agncia, posto de atendimento, sucursal, escritrio de representao ou contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas. III - Quanto s pessoas jurdicas de direito pblico, qualquer de suas reparties. 1 - Quando no couber a aplicao das regras descritas em qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se- como domiclio tributrio do contribuinte ou responsvel, o lugar da situao dos bens ou de ocorrncia dos atos ou fatos que deram origem obrigao principal. 2 - A autoridade administrativa pode recusar o domiclio eleito, quando este impossibilitar ou dificultar a arrecadao ou a fiscalizao do tributo, aplicando-se ento a regra do pargrafo anterior. 3 - Na forma do disposto no pargrafo 2 deste artigo, irrelevante a transferncia da sede de pessoa jurdica de direito privado para outro Municpio desde que o maior volume de suas atividades esteja, comprovadamente, no territrio deste Municpio. SEO VI DA RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES Art. 19 - O disposto nesta Seo aplica-se por igual aos crditos tributrios definitivamente constitudos ou em curso de constituio, data dos atos neles referidos e, aos constitudos posteriormente aos mesmos, desde que relativos a obrigaes tributrias surgidas at a referida data. Pargrafo nico Entende-se por em curso de constituio, toda e qualquer ao fiscal iniciada. Art. 20 - Os crditos tributrios relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, domnio til ou a posse, a ocupao de bens imveis, bem como os relativos a taxas pela prestao de servios referentes a tais bens ou a contribuio de melhoria, sub-rogam-se na 6

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do ttulo a prova de sua quitao. Pargrafo nico - No caso de arrematao em hasta pblica, adjudicao, a sub-rogao ocorre sobre o respectivo preo. Art. 21 - So pessoalmente responsveis: I - O adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; II - O sucessor a qualquer ttulo e o cnjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus at a data da partilha ou adjudicao com limite da responsabilidade at o montante do quinho do legado ou da meao; III - O esplio, pelos tributos devidos pelo de cujus at a data da abertura da sucesso; IV - O contratante, a qualquer ttulo, pelos impostos e acrscimos legais devidos por seus contratados e sub contratados. Art. 22 - A pessoa jurdica de direito privado que resultar de fuso, transformao ou incorporao de outra ou em outra, responsvel pelos tributos devidos at a data do ato pelas pessoas jurdicas fusionadas, transformadas ou incorporadas. Pargrafo nico - O disposto neste artigo aplica-se, aos casos de extino de pessoa jurdica de direito privado quando a explorao de sua atividade seja continuada por qualquer scio remanescente ou seu esplio, sob a mesma ou outra razo social ou sob a forma de empresrio individual. Art. 23 - A pessoa natural ou jurdica de direito privado que adquirir de outro, a qualquer ttulo, incluindo-se arrendamento ou locao, fundo empresarial ou estabelecimento comercial, industrial, profissional ou prestador de servio, e continuar a respectiva explorao, sob a mesma ou outra razo social, sob firma ou nome individual, responde pelos tributos devidos at a data do ato, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido: I - Integralmente, se o alienante cessar a explorao do comrcio, indstria ou atividade; II - Subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na explorao ou iniciar, dentro de 12 (doze) meses, a contar da data da alienao, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comrcio, indstria, profisso ou atividade. Pargrafo nico - O disposto nesta seo no se aplica na hiptese de alienao judicial, conforme disposto no art. 133, do Cdigo Tributrio Nacional.

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CAPTULO IV DA ADMINISTRAO FISCAL SEO I DISPOSIOES GERAIS Art. 24 - Para os efeitos desta Lei, no tm aplicao quaisquer disposies legais excludentes ou limitativas do direito da Fazenda Pblica de examinar livros, arquivos, documentos e papis dos sujeitos passivos, ou da obrigao destes de exib-los. Pargrafo nico - A critrio da Fazenda Pblica poder ser solicitado aos sujeitos passivos que apresentem cpias reprogrficas dos documentos que trata o caput deste artigo. Art. 25 - Compete Secretaria Municipal da Fazenda pelos seus rgos especializados, a fiscalizao do cumprimento s normas da Legislao Tributria. 1 - A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligncias de fiscalizao, lavrar os termos para que se documente o incio e a concluso do procedimento fiscal. 2 - Considerar-se- o incio do procedimento fiscal, a emisso da notificao preliminar, para que seja atendida qualquer exigncia legal do Fisco. Art. 26 - Aos servidores responsveis pela arrecadao das rendas municipais, dever, quando solicitados, prestar aos sujeitos passivos esclarecimentos sobre a interpretao e fiel observncia das leis fiscais, sem prejuzo do rigor e vigncia no desempenho de suas atividades. Art. 27 - As autoridades administrativas podero requisitar o auxilio da fora pblica estadual ou federal, quando vtimas de embarao ou desacato no exerccio de suas funes, ou quando necessrio efetivao de medidas prevista na legislao tributria. SEO II DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL Art. 28 - Compete ao Gerente de Tributos e Rendas, mediante a provocao, o seguinte: I Proceder manifestao em processo de consulta, dvidas, ou dirimir sobre divergncias quanto a aplicao da legislao tributria;

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO II - Prolatar deciso sobre impugnao de 1a Instncia, relativa a Autos de Infrao com Imposio de Multa e Aviso de Lanamento, lavrados contra os contra os sujeitos passivos, aps ser ouvida a Autoridade Administrativa que deu origem ao respectivo lanamento. III - Prolatar deciso, em 1a Instncia, sobre pedido de excluso de sujeitos passivos optantes pelo regime fiscal institudo pela Lei do Simples Nacional, em processo administrativo contencioso, aps ser ouvida a Autoridade Administrativa que deu origem ao pedido de excluso. CAPTULO V DO CRDITO TRIBUTRIO SEO I DISPOSIES GERAIS

Art. 29 - O crdito tributrio decorre da obrigao principal e tem a mesma natureza desta. Art. 30 - As circunstncias que modificam o crdito tributrio, sua extenso ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilgios a ele atribudos, ou que excluem sua exigibilidade, no afetam a obrigao tributria que lhe deu origem. Art. 31 O crdito tributrio regularmente constitudo somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluda, nos casos previstos em Lei, fora dos quais no podem ser dispensados a sua efetivao e as respectivas garantias, sob pena de responsabilidade funcional. SEO II DO LANAMENTO Art. 32 - Compete privativamente a autoridade administrativa competente, constituir crdito tributrio pelo lanamento, assim entendido o procedimento administrativo, tendente a verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente, determinar a matria tributvel, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicao da penalidade cabvel. 1 - A atividade administrativa de lanamento vinculada e obrigatria sob pena de responsabilidade funcional; 2 - O crdito tributrio no pode ter sua constituio obstado nem os seus elementos modificados por autoridade de qualquer nvel, nem por disposies que no estejam expressas em lei. 3 - Os agentes do fisco tero o direito de vistoriar os documentos contbeis dos sujeitos 9

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO passivos, imunes, isentos, no tributados ou optantes pelo Simples Nacional. Art. 33 - So ineficazes em relao Fazenda Municipal, convenes particulares visando a transferir, no todo ou em parte, para outras pessoas que no as definidas nesta Lei, a obrigao de pagar o crdito tributrio. Art. 34 - O lanamento reporta-se a data em que haja surgido a obrigao tributria principal e rege-se pela Lei, ento vigente ainda que posteriormente modificada ou revogada. 1 - Aplica-se ao lanamento a legislao que, posteriormente ocorrncia do fato gerador da obrigao, tenha institudo novos critrios de apurao ou processos de fiscalizao, ampliados os poderes de investigao das autoridades administrativas, ou outorgado ao crdito maiores garantias e privilgios, exceto, no ltimo caso, para o efeito de atribuir a responsabilidade a terceiros; 2 - O disposto neste artigo no se aplica aos impostos lanados por perodos certos de tempo, desde que a Lei Tributria respectiva fixe expressamente a data em que o fato gerador deva ser considerado para efeito do lanamento. Art. 35 - O ato do lanamento vinculado e obrigatrio sob pena de responsabilidade funcional, ressalvadas as hipteses de excluso ou suspenso de crdito tributrio previsto neste Cdigo. Art. 36 - Os atos formais relativos aos lanamentos dos tributos ficaro a cargo do rgo fazendrio competente. Pargrafo nico - A omisso ou erro de lanamento no exime o sujeito passivo do cumprimento da obrigao fiscal nem de qualquer modo lhe favorece. Art. 37 - O lanamento efetuar-se- com base nos dados constantes do cadastro fiscal, livros contbeis, fiscais ou comerciais, documentos e papis, e, nas declaraes apresentadas pelos sujeitos passivos, na forma e nas pocas estabelecidas neste Cdigo e em regulamento, incluindo-se as empresas optantes pelo regime tributrio institudo pela Lei do Simples Nacional. Pargrafo nico - As declaraes devero conter todos os elementos e dados necessrios ao conhecimento do fato gerador das obrigaes tributrias e a verificao do montante do crdito tributrio correspondente. Art. 38 - Far-se- o lanamento de ofcio, com base nos elementos disponveis: I - Quando o contribuinte ou o responsvel no houver prestado declarao, ou a mesma apresentar-se inexata por serem falsos ou errneos os fatos consignados; 10

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO II - Quando tendo prestado declarao, o contribuinte ou responsvel deixar de atender satisfatoriamente, no prazo e na forma legal, pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa. Art. 39 - Com a finalidade de obter elementos que lhe permitam verificar a exatido das declaraes apresentadas pelos sujeitos passivos e de determinar, com preciso, a natureza e montante dos crditos tributrios, a Fazenda Municipal poder: I - Exigir, a qualquer tempo, a exibio de livros e comprovante dos atos e operaes que possam constituir fato gerador de obrigao tributria; II - Fazer inspeo nos locais e estabelecimentos onde se exercerem as atividades sujeitas a obrigaes tributrias, ou nos bens e servios que constituem matria tributria, sob regime permanente, at concluso da ao fiscal; III - Exigir informaes e comunicaes escritas com fornecimento de cpias reprogrficas de documentos; IV - Notificar o contribuinte ou responsvel para comparecer as reparties da Fazenda Municipal; V - Requisitar o auxlio da fora pblica ou requerer ordem judicial quando indispensvel a realizao de diligncias, inclusive inspees necessrias ao registro dos locais e estabelecimentos, assim como dos objetos e livros dos sujeitos passivos. Art. 40 - Nos casos a que se refere o artigo 39, inciso V, desta Lei, os funcionrios lavraro termo de diligncia, do qual constaro especificamente, os elementos examinados. Art. 41 - O lanamento e suas alteraes sero comunicadas aos sujeitos passivos por meio de notificao direta ou seja, por aviso ou guia de pagamento. Art. 42 - A qualquer tempo podero ser efetuados lanamentos de ofcio emitidos por quaisquer circunstncias, nas pocas prprias, promovidos lanamentos aditivos referentes a atividades sonegadas e, retificadas falhas nos lanamentos existentes, admitindo-se ainda quando for o caso, a realizao de lanamentos substitutos. Art. 43 - Far-se- reviso de lanamento sempre que se verificar erro na fixao da base tributria, ainda que os elementos indutivos dessa fixao hajam sido apurados diretamente pelo fisco. Art. 44 - Os lanamentos efetuados de ofcio ou decorrentes de arbitramento s podero ser 11

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO revistos em face de supervenincia de prova irrecusvel que modifique a base de clculo utilizado no lanamento anterior. Art. 45 facultado Fazenda Municipal o arbitramento de bases tributrias quando ocorrer sonegao cujo montante no se possa conhecer exatamente, desde que observado os critrios de razoabilidade. Art. 46 - O Municpio poder instituir livros e registros obrigatrios de tributos Municipais, modelos de Notas Fiscais, a fim de apurar os seus fatos geradores e bases de clculo. Art. 47 - Independentemente do que trata o artigo 46 poder ser adotada a apurao ou verificao diria no prprio local de atividade, durante determinado perodo, quando houver dvida sobre a exatido do que for declarado para efeito dos impostos de competncia do Municpio. Art. 48 - O lanamento tornado efetivo pela comunicao ao sujeito passivo, na forma do disposto no art. 41, definitivo e inaltervel depois de decorrido o prazo fixado nesta Lei para apresentao de defesa. 1 permitida, contudo, a alterao do lanamento quando viciado em prejuzo da Fazenda Pblica ou do sujeito passivo por: I - Erro de fato na verificao de ocorrncia ou das circunstncias materiais do fato gerador; II - Declarao ou informao falsa, errnea, omissa ou incompleta, pelo sujeito passivo legalmente obrigado a prest-la; III Impugnao ou recurso do sujeito passivo; IV - Recurso de ofcio; V - Iniciativa de ofcio da autoridade administrativa competente, nos casos previstos no artigo 149, do Cdigo Tributrio Nacional. 2 Nas hipteses previstas nos incisos I e II, do 1, deste artigo, o lanamento ser revisto pela autoridade administrativa que o efetuou, mesmo posteriormente extino da obrigao, na forma do artigo 38. CAPTULO VI DA COBRANA E DO RECOLHIMENTO DOS TRIBUTOS Art. 49 - A cobrana dos tributos far-se-: 12

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I - Por expedio da competente guia para recolhimento; II - Por procedimento administrativo; III - Mediante ao executiva; IV - Na forma da legislao federal, para as empresas optantes pelo Simples Nacional; V - Por reteno na fonte pelos contratante dos tributos devidos por seus contratados e subcontratados. Art. 50 - Nenhum recolhimento de tributo ser efetuado sem a competente guia. Pargrafo nico Para os sujeitos passivos enquadrados no regime especial institudo pela Lei Complementar Federal n 123/2006, a guia de recolhimento competente a instituida pelo Comite Gestor do Simples Nacional. Art. 51 - Nos casos de expedio fraudulenta de guias, respondero, administrativamente, civil e criminal, os servidores que a houverem subscrito ou fornecido. Art. 52 - Pela cobrana a menor de tributo ou multa responde perante a Fazenda Municipal, solidariamente, o servidor culpado, cabendo-lhe ao regressiva contra o sujeito passivo. Art. 53 - O Poder Executivo poder celebrar convnios com estabelecimentos de crdito oficiais ou privados para o recebimento de tributos e multas, consoante normas especiais baixadas para esse fim.

CAPTULO VII DA RESTITUIO Art. 54 - O sujeito passivo ter direito, independente de prvio protesto, restituio total ou parcial do tributo nos seguintes casos: I - Cobrana ou pagamento espontneo de tributo indevido ou maior que o devido em face desta Lei, da natureza ou das circunstncias materiais do fato gerador ocorrido; II - Erro na identificao do sujeito passivo, na determinao de alquota aplicvel, no clculo do montante do tributo, na elaborao ou conferncia de qualquer documento relativo ao pagamento; 13

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III - Reforma, anulao, revogao ou resciso de deciso condenatria. Art. 55 - A restituio total ou parcial de tributos abranger, tambm, na mesma proporo, os juros de mora, as penalidades pecunirias e a correo monetria, salvo as referentes s infraes de carter formal, que no devem reputar pela causa assecuratria da restituio. Art. 56 - A restituio de tributos que comportem, por natureza, transferncia do respectivo encargo financeiro, somente ser feita a quem prove haver assumido de terceiros e estar por estes, expressamente autorizado a receb-la. Art. 57 - O direito de pleitear a restituio de tributos e/ou multa, extingue-se com o decurso de prazo de 05 (cinco) anos. Pargrafo nico O prazo nas hipteses do art. 54, desta Lei, ser contado da data em que se tornar definitiva a deciso administrativa, ou transitar em julgamento a deciso judicial que tenha reafirmado, anulado, revogado ou rescindido a deciso condenatria. Art. 58 - Quando se tratar de tributos e multas indevidamente arrecadados por motivo de erro cometido pelo agente do fisco, ou pelo sujeito passivo, regularmente apurado pela Fazenda Pblica, a restituio ser feita de ofcio, devidamente processada, pela autoridade competente. Art. 59 - O pedido de restituio ser indeferido se o requerente criar qualquer obstculo ao exame de sua escrita fiscal, contbil ou de documentos, quando isso se torne necessrio verificao da procedncia da medida. Art. 60 - Os processos de restituio sero obrigatoriamente instrudos pela repartio que houver arrecadados os tributos e as multas reclamadas, total ou parcialmente, antes de receberem parecer conclusivo. 1 - O processo de restituio quando feito de ofcio ou quando requerido, dever obrigatoriamente ser concludo no prazo de 30 (trinta) dias, a partir da data da abertura do procedimento pela autoridade competente ou do pedido de restituio. 2 - O no cumprimento do disposto no pargrafo primeiro, deste artigo, implicar na restituio atualizada monetariamente nos termos do art. 61, desta Lei, a partir do 31 (trigsimo primeiro) dia da data da abertura do procedimento ou do pedido de restituio.

CAPTULO VIII 14

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO DA ATUALIZAO MONETRIA E JUROS DE MORA SEO I DAS DISPOSIES GERAIS Art. 61 - Fica instiudo por esta Lei o ndice de Reajuste do Municpio de Guarapari I. R. M. G. que ser obrigatoriamente reajustado anualmente pelo do Chefe do Executivo, pelo ndice Nacional de Preos ao Consumidor (I. N. P. C.). Pargrafo nico - O reajuste que trata o caput deste artigo, ser determinado mediante a edio de Decreto de autoria do Chefe do Executivo, devidamente pblicado no Dirio Oficial.

SEO II DA ATUALIZAO MONETRIA Art. 62 - Os crditos do Municpio, originados de lanamento por homologao ou de ofcio, sero corrigidos monetariamente a partir da data em que passarem a ser devidos, com base nos termos desta Seo. Art. 63 - Para cumprimento do disposto nesta Seo, os crditos tributrios expressos em moeda corrente, inclusive os inscritos em Dvida Ativa, sero transformados em multiplos de I. R. M. G., dividindo-se o valor apurado pelo valor do referido ndice. Pargrafo nico - As fraes centesimais, decorrentes da transformao dos valores descritos acima, sero desprezadas arredondando-as para menor. SEO III DOS JUROS DE MORA Art. 64 - Os crditos tributrios, no recolhidos, nas datas determinadas por esta Lei, sero acrescidos de 0,5% (meio por cento) ao ms, a ttulo de juros de mora, at a data da sua inscrio em Dvida Ativa. 1 - O Chefe do Executivo Municipal mediante edio de Decreto, poder estabelecer regulamentos no limites desta Lei, verificando o melhor interesse da sociedade e da arrecadao tributria. 2 - O Chefe do Executivo Municipal poder determinar campanhas especiais, a fim de melhorar a arrecadao dos tributos da competncia do municpio, alterando as datas dos recolhimentos dos respectivos tributos.

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO 3 - vedada a incluso das Micro Empresas e Empresas de Pequeno Porte (ME e EPP), optantes pelo Simples Nacional, nas hipteses descritas nos pargrafos anteriores, excetuando-se no que se refere s taxas decorrentes do Poder de Polcia do Municpio e s referentes da utilizao, efetiva ou em potencial, de servios pblicos especficos e divisveis, prestados ao sujeito passivo ou postos sua disposio.

CAPTULO IX DA PRESCRIO Art. 65 - O direito da Fazenda Pblica Municipal de exigir o pagamento do crdito fiscal, devidamente constitudo, prescreve em 05 (cinco) anos, contados do primeiro ano do exerccio financeiro seguinte quele em que ocorreu a obrigao tributria. Pargrafo nico - A prescrio se interrompe: I - Pela notificao feita ao sujeito passivo; II - Pelo protesto judicial; III - Por qualquer ato judicial que constitua em mora o sujeito passivo; IV - Por qualquer ato inequvoco, ainda que extra-judicial, que importe em reconhecimento do dbito pelo sujeito passivo; V Pelo despacho do juiz que ordenar a citao em execuo fiscal. CAPTULO X DA DECADNCIA Art. 66 - O direito da Fazenda Pblica Municipal de constituir o crdito tributrio, excetuando-se no caso de reviso de lanamento, extingue-se aps 05 (cinco) anos, contados: I - Do primeiro dia do exerccio seguinte em que o lanamento poderia ter sido realizado; II - Da data em que tornar definitiva a deciso que houver anulado, por vcio formal, o lanamento anteriormente efetuado. Pargrafo nico - A decadncia se interrompe: I - Pela notificao preliminar feita ao sujeito passivo, iniciando-se qualquer procedimento 16

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO administrativo-fiscalizador; II - Por qualquer ato inequvoco, iniciado por autoridade competente, para apurar infraes tributrias especificadas na legislao federal e municipal; III - Pela abertura de processo administrativo-tributrio ou administrativo-fiscal, para a verificao de qualquer fato gerador de obrigaes principais ou acessrias. CAPTULO XI DA TRANSAO Art. 67 - facultada a celebrao, entre o Municpio e o sujeito passivo da obrigao tributria, de transao para o trmino do litgio e conseqente extino de crditos tributrios, mediante concesses mtuas. 1 - A autoridade competente para autorizar a transao o Chefe do Executivo Municipal, que poder delegar essa competncia ao Secretrio da Fazenda. 2 - A transao de que trata este captulo, no poder contrariar os dispositivos desta Lei e seu regulamento; as normas gerais do direito; infringir os dispositivos que regem a Administrao Pblica; elencados na Constituio Federal; contrariar os preceitos da Lei Complementar Federal n 101, de 04 de maio de 2000, bem como imputar nus ao errio.

CAPTULO XII DA ISENO Art. 68 - Alm das isenes previstas nesta Lei, somente prevalecero as concedidas em Lei especial, sujeitas s normas deste captulo e obedincia da Lei Complementar Federal n 101, de 04 de maio de 2000. Art. 69 - A concesso de isenes apoiar-se- sempre em fortes razes de ordem pblica ou de interesse do Municipio, no poder ter carter pessoal e depender de lei aprovada pela Cmara Municipal, obedecendo os ditames da legislao federal. Art. 70 - A iseno total ou parcial ser requerida pela parte interessada que dever comprovar a ocorrncia da situao prevista na legislao tributria. 1 - O regulamento desta lei determinar qual a autoridade competente para despachar o pedido de iseno, cujo benefcio ter a sua vigncia a partir da data do requerimento. 2 - Tratando-se de iseno concedida por perodo certo de tempo, o despacho referido no 17

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO pargrafo anterior ser renovado antes de expirado cada perodo, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do perodo para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do reconhecimento da iseno. 3 - O despacho a que aludem os pargrafos anteriores, no gera direito adquirido. Art. 71 - A iseno, ainda quando prevista em contrato, sempre decorrente de lei que especifique as condies e requisitos exigidos para a sua concesso, o tributo a que se aplica e o prazo de sua durao, explicitando as exigncias que devero ser cumpridas por fora da Lei de Responsabilidade Fiscal. Art. 72 - A iseno, salvo se concedida por prazo certo, pode ser aplicada ou modificada por lei a qualquer tempo. Pargrafo nico - Os dispositivos de lei que extinguirem ou reduzirem a iseno, entram em vigor no primeiro dia do exerccio seguinte quele em que ocorra a publicao, salvo se a lei dispuser de modo mais favorvel ao sujeito passivo. Art. 73 - A iseno a prazo certo se extingue automaticamente, independente de ato do Executivo. Art. 74 - Verificada, a qualquer tempo, a inobservncia das formalidades exigidas para a concesso, ou o desaparecimento das condies que a motivara, ser a iseno obrigatoriamente cancelada.

TTULO II DAS INFRAES E PENALIDADES CAPTULO I DISPOSIES GERAIS Art. 75 - Sempre que a critrio do Secretrio da Fazenda e aps garantida ao sujeito passivo a ampla defesa, for considerada ineficaz a aplicao das demais penalidades previstas na legislao tributria, poder ser suspensa a inscrio do infrator e ser requerida a excluso da ME e da EPP do regime tributrio privilegiado, at que sejam liquidados os dbitos e/ou sanadas as irregularidades apuradas. 1 - O cumprimento do disposto no caput deste artigo depender de regulamentao do Poder Executivo, atravs de Decreto; 2 - Para produo de efeitos fiscais, previstos na legislao tributria, contra terceiros, a 18

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO deciso da suspenso ser sempre publicada. Art. 76 - Considerar-se-o ilcitos administrativos os atos praticados e as operaes realizadas por sujeitos passivos cuja inscrio tenha sido suspensa ou cancelada, fazendo prova apenas em favor da Fazenda Pblica, os documentos fiscais por eles emitidos, podendo ainda, ter sua atividade empresarial suspensa, mediante interdio do estabelecimento, lavrando-se o respectivo Termo. Art. 77 Nos casos em que o sujeito passivo cessar sua atividade e no solicitar o cancelamento da inscrio, no prazo de 60 (sessenta) dais, esta ser cancelada automaticamente pela Fazenda Pblica Municipal, aps apurado o dbito remanescente. Art. 78 - A aplicao da penalidade de qualquer natureza, de carter administrativo, civil ou criminal e o seu cumprimento, no dispensam o pagamento do tributo devido, das multas, da atualizao monetria e dos juros de mora Art. 79 - No se adotar qualquer procedimento contra servidor ou sujeito passivo que tenha agido ou solvido o tributo de acordo com interpretao fiscal, constante de deciso de qualquer instncia administrativa, mesmo que, posteriormente, venha a ser modificada essa interpretao. Art. 80 - A omisso de pagamento de tributos, a sonegao, a fraude, toda e qualquer infrao sero apuradas pela Fazenda Pblica e, sendo o caso, lavrado o Auto de Infrao com Imposio de Multa e Aviso de Lanamento, nos termos definidos nesta da Lei. 1 - Para os sujeitos passivos enquadrados no regime especial institudo pela Lei Complementar Federal n 123/2006, constatada qualquer das infraes descritas no caput, deste artigo, ser expedido pela autoridade competente, aps garantida a ampla defesa, o Termo Circunstnciado de Excluso do Simples Nacional. 2 - Dar-se- por comprovada a fraude fiscal quando o sujeito passivo no dispuser de elementos convincentes em razo dos quais possa admitir a omisso quanto ao cumprimento da obrigao. 3 - Em qualquer caso, considerar-se- como fraude a reincidncia na omisso de que trata este artigo. Art. 81 - A co-autoria e a cumplicidade, nas infraes ou tentativas de infrao aos dispositivos desta lei, implica aos que praticarem, em responderem solidariamente com os autores pelo pagamento do tributo devido, ficando sujeitos s mesmas penas fiscais impostas a estes.

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO Pargrafo nico - Entender-se- como co-autores, as pessoas fsicas ou jurdicas relacionadas ao fato gerador da obrigao principal ou acessria, assim entendidos: I - O contratante a qualquer ttulo; II - O contratado, quando houver firmado qualquer sub contrato; III - O adquirente comprador, no caso de alienao de imveis; IV - O sucessor, a qualquer ttulo, como descrito na seo VI, do Captulo III, do Ttulo I, desta Lei; V - A parte interveniente ou responsvel pelo adimplemento de qualquer obrigao que gere crditos tributrios. Art. 82 - Apurando-se, no mesmo processo, infrao a mais de uma disposio desta Lei, pelo mesmo sujeito passivo, aplicar-se- as penalidades em carter cumulativo, podendo, inclusive, ser lavrado apenas 01 (um) Auto de Infrao com Imposio de Multa e Aviso de Lanamento. Art. 83 - Apurada a responsabilidade de diversas pessoas no vinculadas por co-autoria ou cumplicidade, impor-se- cada uma delas a pena relativa infrao que houver cometido. Art. 84 - A aplicao de multa no prejudicar a ao criminal cabvel.

CAPTULO II DAS INFRAES EM ESPCIES SEO I DAS INFRAES EM GERAL Art. 85 - Constituem infraes tributrias: I - Iniciar atividades ou praticar ato sujeito taxa de licena antes da concesso desta; II - Deixar de remeter Fazenda Municipal, documento exigido por Lei ou regulamento fiscal; III - Deixar de comunicar dentro do prazo de 30 (trinta) dias, qualquer alterao capaz de gerar, modificar ou extinguir obrigao tributria; IV - Deixar de apresentar, dentro dos respectivos prazos, os elementos bsicos identificao ou caracterizao de fatos geradores ou base de clculo dos tributos 20

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO municipais; V - Negar- se a exibir livros e documentos fiscais que interessem fiscalizao; VI - Negar-se a prestar informaes ou, por qualquer outro modo, tentar embaraar, iludir, dificultar ou impedir a ao dos agentes do fisco a servio dos interesses da Fazenda Municipal; VII - Utilizar-se de meios fraudulentos ou dolosos para se eximir do cumprimento da obrigao tributria; VIII Emitir, dolosamente, nota fiscal com erro; IX - Deixar de emitir a nota fiscal; X - Deixar de fornecer a primeira via da nota fiscal; XI - Deixar de escriturar nota fiscal em livro prprio; XII - Fornecer por escrito a Fazenda Pblica, dados ou informaes inverdicas, sujeitas a lanamentos; XIII - Deixar de efetuar o pagamento do tributo no todo ou em parte; XIV - Imprimir ou utilizar notas fiscais de servios sem autorizao prvia ou em desacordo com os modelos aprovados; XV - Deixar de autenticar o Livro de Registro de ISSQN, na repartio competente ou no prazo estabelecido nesta Lei; XVI - Perder, extraviar ou no conservar os documentos fiscais por 05 (cinco) anos; XVII - Utilizar os Livros Fiscais sem autorizao prvia ou manter a escriturao atrasada por mais de 10 (dez) dias; XVIII - No cumprir dentro dos prazos previstos o estabelecido em notificao expedida pelo agente do fisco; XIX Formular pedido de Iseno ou Reduo de tributos com documentos falsos; XX - Deixar de cumprir qualquer outra obrigao acessria estabelecida na legislao tributria; 21

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XXI - No reter o imposto na fonte, como substituto tributrio, quando a legislao assim o determinar; XXII - Outras infraes previstas nesta lei.

SEO II DAS INFRAES COMETIDAS PELAS ME E EPP Art. 86 Alm das infraes tipificadas nesta lei, tambm sero consideradas infraes tributrias cometidas pelas empresas optantes pelo regime tributrio do Simples Nacional, sujeitas a excluso do regime, as seguintes condutas: I - Oferecer embarao fiscalizao, caracterizado pela negativa no justificada de exibio de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem como pelo no fornecimento de informaes sobre bens, movimentao financeira, negcio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar, e nas demais hipteses que autorizam a requisio de auxlio da fora pblica; II - Oferecer resistncia fiscalizao, caracterizada pela negativa de acesso ao estabelecimento, ao domiclio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam suas atividades ou se encontrem bens de sua propriedade; III Ter sido constituda por interpostas pessoas; IV - Infligir reiteradamente o disposto na Lei Complementar Federal n 123, de 2006; V Ser a ME ou a EPP, declarada inapta, na forma da Lei n 9.430, de 27 de dezembro de 1996, e alteraes posteriores; VI - Comercializar mercadorias ou objeto de contrabando ou descaminho; VII - Faltar escriturao do livro-caixa ou no permitir a identificao da movimentao financeira, inclusive bancria; VIII Constatar-se que durante o ano-calendrio o valor das despesas pagas supera em 20% (vinte por cento) o valor de ingressos de recursos no mesmo perodo, excludo o ano de incio de atividade; IX Constatar-se que durante o ano-calendrio o valor das aquisies de mercadorias para comercializao ou industrializao, ressalvadas hipteses justificadas de aumento de 22

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO estoque, for superior a 80% (oitenta por cento) dos ingressos de recursos no mesmo perodo, excludo o ano de incio de atividade. X - Constatar-se que, quando do ingresso no Regime do Simples Nacional, que a ME ou a EPP incorria em alguma das hipteses de vedao previstas na legislao que rege o mencionado regime tributrio; XI Constatar declarao inverdica prestada na hiptese de incluso no regime tributrio privilegiado. Art. 87 - Alm das penalidades previstas no captulo III, deste ttulo, as ME e EPP sujeitar-seo ao pedido de excluso do regime tributrio privilegiado, conforme disposto no do art. 75, desta Lei. Art. 88 Praticando o sujeito passivo quaisquer dos crimes estabelecidos pela Lei n 8.137/90, dever o agente do fisco, comunicar ao Secretrio da Fazenda para que este informe Procuradoria Geral do Municpio, a fim de que adote as medidas legais. CAPTULO III DAS MULTAS Art. 89 - Por inobservncia das disposies atinentes aos tributos de competncia do Municpio, previsto neste Cdigo e Regulamentos fiscais, ficam os infratores sujeitos as seguintes multas: I De Mora; II - Por Infrao; III - De Dvida Ativa. Art. 90 - Os tributos no pagos no vencimento, ficam sujeitos aos acrscimos moratrios de 1% (um por cento) ao ms, at no mximo de 36% (trinta e seis por cento). Art. 91 - As infraes s normas tributrias sero apuradas atravs de Auto de Infrao com Imposio de Multa e Aviso de Lanamento e, punidas de acordo com o seguinte critrio: I - Nos casos dos incisos I, II, IV, XVI, XVIII, XX e XXI, do artigo 85, multa igual ao valor de 50% (cinquenta por cento) do valor da Taxa de Fiscalizao Anual de Regularidade; II - No caso do inciso III, do artigo 85, multa igual ao valor de 30% (trinta por cento) do valor da Taxa de Fiscalizao Anual de Regularidade;

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO III - Nos casos dos incisos V, VI e XVII, do artigo 85, multa igual ao valor de 60% (sessenta por cento) do valor da Taxa de Fiscalizao Anual de Regularidade; IV - No caso dos incisos VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIV, XV e XIX do artigo 85, multa igual a 80% (oitenta por cento) do valor do tributo sonegado, pago, a pagar ou que deveria ser retido; V - No caso do inciso XIII, do artigo 85, multa igual a 60% (sessenta por cento) do valor do tributo a pagar. 1 - As pessoas fsicas ou jurdicas imunes, isentas, no tributadas ou que no possuam base de clculo a ser apurada, sujeitar-se-o s penalidades prescritas nos incsos deste artigo. 2 - Para a aplicabilidade da penalidade prescrita no pargrafo anterior, em caso de inexistncia da base de clculo, tomar-se- a receita bruta auferida pelo sujeito passivo como base de clculo, incidindo sobre ela a alquota pertinente. 3 - As ME e as EPP que cometerem as infraes acima especificadas, sujeitar-se-o s mesmas penalidades impostas aos demais sujeitos passivos. 4 - No caso de sujeitos passivos no cadastrados neste Municpio e, por conseguinte, no estando sujeitos ao pagamento da Taxa de Fiscalizao, as penalidades prescritas nas alneas deste artigo, sero aplicadas na ordem de 200 (duzentos) I.R.M.G., por infrao. Art. 92 - As infraes previstas nos incisos VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV, XV e XVI, do artigo 85, desta Lei, tero as seguintes redues: I - De 40% (quarenta por cento) sobre o valor da multa, se os respectivos crditos tributrios apurados em auto de infrao forem pagos dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados da cincia do ato; II - De 20% (vinte por cento) sobre o valor da multa se dentro do prazo de 10 (dez) dias, aps a deciso da 1 Instncia, for efetuado o pagamento do crdito tributrio. Art. 93 - A aplicao da multa por infrao excluda pela denncia expontnea do infrator, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e acrscimos legais, no se considerando como tal, quando apresentada aps o incio de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalizao relacionadas com a apurao do tributo a ser recolhido ou no e, o cumprimento das obrigaes acessrias presvitas nesta Lei e, quando o montante do tributo dependa de apurao. Art. 94 - No caso de tributos recolhidos por iniciativa do sujeito passivo, sem lanamento prvio pela repartio competente e sem o recolhimento concomitante das medidas ou 24

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO qualquer outro acrscimo moratrio, essa parte acessria do dbito passa a constituir dbito autnomo sujeito atualizao do valor e a acrscimos moratrios, de acordo com as regras previstas em lei, bem como s multas cabveis. Art. 95 - No se considera em mora o sujeito passivo quando tenha deixado de efetuar o pagamento de tributos no prazo legal ou regulamentar, em virtude de deciso da autoridade competente. Art. 96 - A impugnao do crdito tributrio, o recurso e o pedido de reconsiderao de deciso proferida em processo fiscal, ainda que em caso de consulta, no interrompe o curso de mora. Art. 97 - Se, dentro do prazo fixado para o pagamento, o sujeito passivo recolher aos cofres do Municpio, a importncia que julgar devida, o crdito fiscal no ficar sujeito atualizao de seu valor, nem sobre ele sero devidas multas, at o limite da importncia recolhida. Pargrafo nico - Quando o recolhimento for feito fora do prazo, dever o sujeito passivo acrescer, juntamente com o principal, a multa devida por ocasio da obrigao tributria. Art. 98 A execuo fiscal do crdito tributrio sujeita o devedor ao pagamento da totalidade do dbito, compreendendo o principal atualizado, as multas e demais cominaes legais. Pargrafo nico Nas execues fiscais acima do limite de 25.000 (vinte e cinco mil) I.R.M.G. o dbito poder ser objeto de acordo judicial para pagamento em at 10 (dez) parcelas iguais e sucessivas, desde que pagos prviamente os encargos processuais e honorrios. CAPTULO IV DA REINCIDNCIA Art. 99 - Considera-se reincidncia, para fins desta lei, a repetio de infrao pelo mesmo sujeito passivo depois de transitada em julgado administrativamente a deciso condenatria referente infrao anterior. Art. 100 - Na reincidncia especfica, as multas sero aplicadas com 50% (cinquenta por cento) de acrscimo e, na genrica com 30% (trinta por cento) de acrscimo. Art. 101- Considerar-se- reincidncia especfica, a repetio de infrao punida pelo mesmo dispositivo legal. Art. 102 - Considerar-se- reincidncia genrica, a repetio de qualquer infrao. CAPTULO V 25

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO DA COMPENSAO Art. 103 - facultado ao Poder Executivo, mediante as condies e garantias que estipular, para cada caso, efetuar a compensao de crditos tributrios com crditos lquidos e certos, vencidos e vincendos do sujeito passivo contra a Fazenda Municipal. CAPTULO VI DA REMISSO Art. 104 - O chefe do Poder Executivo poder conceder, por despacho fundamentado, a remisso total ou parcial do crdito tributrio, tendo em vista os seguintes princpios: I - A situao econmica do sujeito passivo; II - Erro ou ignorncia escusvel do sujeito passivo matria de fato; III - A diminuta importncia do crdito tributrio; IV - Consideraes e equidade, em relao s caractersticas pessoais ou materiais do caso; V A observncia do disposto na Lei Complementar Federal n 101, de 04 de maio de 2000. 1 - O despacho referido neste artigo no gera direito adquirido, podendo ser revogado, a qualquer tempo, se o beneficirio, ou terceiro em seu benefcio, para as hipteses indicadas nos incisos I e II, agiu com dolo ou simulao. 2 - A remisso de que trata o inciso III, deste artigo, somente poder ser efetivada se o crdito tributrio no ultrapassar 100 (cem) I.R.M.G. CAPTULO VII DA PROIBIO DE TRANSACIONAR COM AS REPARTIES MUNICIPAIS Art. 105 - A efetivao de despacho decidindo sobre requerimento relativo a ato definido em Lei ou Decreto Municipal, ou, em razo de contrato celebrado com a municipalidade, ficar sempre subordinado ao pagamento do que deva o interessado Fazenda Municipal, a ttulo de tributo. 1 - No se compreendem na exigncia deste artigo as dvidas ativas ajuizadas quando haja penhora feita em bens do devedor. 2 - No se exigir, igualmente, a prova de quitao quando se tratar de despacho que reconhece a procedncia de reclamaes sobre lanamento ou cobrana de tributos e/ou multas. 26

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Art. 106 - Os sujeitos passivos que tiverem dbitos de tributos, no podero receber ainda quaisquer quantias ou crditos que tiverem com a Fazenda Pblica, participar de processo licitatrio, celebrar contratos ou termos de qualquer natureza, ou transacionar, a qualquer ttulo, com o Municpio.

CAPTULO VIII DA SUJEIO E REGIME ESPECIAL DE FISCALIZAO Art. 107 - O regime de fiscalizao poder ser estabelecido tanto para o pagamento do tributo, como para emisso de documentos e escriturao de Livros Fiscais, aplicveis aos sujeitos passivos cuja atividade prestacional seja tributada pelo preo do servio, que reiteradamente deixarem de cumprir tais obrigaes. Art. 108 - O Secretrio Municipal da Fazenda fixar as normas que forem necessrias para compelir o sujeito passivo a observncia da Legislao Tributria, bem como, o prazo de sua durao. CAPTULO IX DAS SUSPENSES OU CANCELAMENTOS DE ISENES Art. 109 - Todas as pessoas fsicas ou jurdicas que gozarem de iseno de tributos Municipais e infringirem disposies desta Lei tero suspenso o benefcio, por 01 (um) exerccio da concesso e, no caso de reincidncia, delas canceladas definitivamente. Pargrafo nico - As penas previstas neste artigo sero aplicadas mediante abertura de procedimento prprio, sendo garantido o direito de defesa ao interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contato da cincia da notificao.

CAPTULO X DA DVIDA ATIVA SEO I DAS DISPOSIES GERAIS Art. 110 - Constitui a Dvida Ativa, os crditos tributrios ou no, regularmente inscritos na repartio competente, depois de esgotado o prazo fixado para pagamento pela legislao tributria ou, por deciso final proferida em processo regular. Art. 111 - O Termo de inscrio em Dvida Ativa (TDA), autenticado pela autoridade 27

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO competente, indicar obrigatoriamente: I - Nome do devedor, e sendo o caso, dos co-responsveis e, sempre que possvel, o domiclio ou residncia de um e de outro; II - O valor originrio da dvida, bem como o termo inicial e a forma de calcular os juros de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato; III - A origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dvida; IV A indicao, se for o caso, de estar a dvida sujeita atualziao monetria, bem como respectivo fundamento legal e o termo inicial para o clculo; V - A data e o nmero da inscrio, no registro de Dvida Ativa; VI - Sendo o caso, o nmero do processo administrativo, ou do auto de infrao que deu origem ao crdito. Art. 112 A Certido de Dvida Ativa (CDA) conter os mesmos elementos do termo de inscrio e ser autenticada pela autoridade competente.

SEO II DA INSCRIO Art. 113 - A inscrio ser feita pelo rgo competente da Fazenda Pblica aps transcorido o prazo para cobrana e, suspender a prescrio, para todos os efeitos de direito por 180 (cento e oitenta) dias ou at a distribuio da execuo fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo. 1 - A inscrio do crdito fiscal na Dvida Ativa, sujeita o devedor multa moratria de 15% (quinze por cento) acrescidos de juros de mora de 0,5% (meio por cento) ao ms, tudo calculado sobre o valor do crdito fiscal atualizado. 2 - O Termo de Inscrio em Dvida Ativa e a expedio de Certides podero ser preparadas e numeradas por processo manual ou eletrnico. 3 - A Dvida Ativa, regularmente inscrita, goza de presuno de certeza e liquidez. 4 - O dbito dever ser inscrito em Dvida Ativa em multiplos de I. R. M. G. Art. 114 - A omisso de quaisquer dos requisitos previstos no artigo 111, desta lei, ou o erro a eles relativo, so causas de nulidade da inscrio e do processo de cobrana dela 28

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO decorrente, mas a nulidade poder ser sanada at a deciso de primeira instncia, mediante substituio da certido nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poder versar sobre a parte modificada.

SEO III DA COBRANA Art. 115 - A cobrana de Dvida Ativa ser procedida: I - Por Via Amigvel - Quando processada pelo rgo administrativo competente; II - Por Via Judicial - Quando processada pelo rgo jurdico. 1 - A autoridade administrativa promover a cobrana amigvel para pagamento da Dvida Ativa no prazo de 15 (quinze) dias, contados de sua inscrio, convocando os devedores pelo jornal ou por quaisquer outros meios de comunicao, individual ou coletivo; findo o prazo sem que o pagamento seja efetuado, o rgo competente promover sua cobrana judicial. 2 - Antes da cobrana judicial, a autoridade administrafva competente poder, mediante termo de confisso de dvida, autorizar o parcelamento do crdito tributrio, sendo as parcelas atualizadas monetariamente nos prazos fixados para os respectivos vencimentos, pagando-se a primeira no ato da confisso do dbito. 3 - O no recolhimento de qualquer parcela no prazo fixado para o pagamento, tornar sem efeito o parcelamento concedido, devendo ser encaminhado o crdito fiscal Procuradoria Geral para aforamento da execuo fiscal. 4 - Encaminhada a Certido de Dvida Ativa para cobrana judicial cessar a competncia do rgo administrativo fazendrio para agir ou decidir sobre ela, cumprindo-lhe, entretanto, prestar as informaes solicitadas pelo rgo encarregado de sua cobrana e pelas autoridades judicirias. Art. 116 - Ressalvados os casos de autorizao legislativa, ou de descumprimento comprovado das normas indispensveis para inscrio da dvida, no sero recebidos os dbitos fiscais com dispensa de multa e atualizao monetria. Art. 117 - solidariamente responsvel com o servidor, quanto reposio das quantias relativas a reduo, a multa e a atualizao, a autoridade superior que autorizar ou determinar concesses que contrariem o disposto no artigo 116, salvo se o fizer em cumprimento a um mandado judicial. 29

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TITULO III DO PROCESSO FISCAL CAPTULO I SEO I DISPOSIES GERAIS Art. 118 - So competentes para decidir: I - No caso de impugnao ou reclamao contra qualquer tipo de lanamento, o Gerente de Tributos e Receita; II - Em segunda instncia, o Conselho Municipal de Recursos Fiscais; Art. 119 - Dar-se- reclamao contra lanamento, nos casos de lanamento direto ou lanamento por declarao. Art. 120 - O sujeito passivo que no concordar com o lanamento poder impugnar, no prazo de 10 (dez) dias, contados da cincia do ato ou do recebimento, ou ainda, da publicao do edital, atravs de requerimento dirigido ao Gerente de Tributos e Receitas. Pargrafo nico - A impugnao ou reclamao contra lanamento ter efeito suspensivo na cobrana dos tributos. SEO II DA CONSULTA Art. 121 - assegurado o direito de consulta sobre a interpretao e aplicao da Legislao Tributria. 1 - A consulta ser formulada em petio, assinada pelo consulente ou seu representante legal, na qual relatar a matria de seu interesse e alegar as razes que entender, de forma lcida e objetiva. 2 - A consulta formulada nos termos deste artigo ser dirigida ao Gerente de Tributos e Receita, que ter o prazo de 30 (trinta) dias para respond-la. 3 - Se o processo de consulta depender de diligncias ou informaes complementares, o prazo previsto no pargrafo anterior passar a ser contado a partir da data do seu retorno a autoridade consultada.

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO Art. 122 - As entidades de classe podero formular consulta em seu nome, sobre matria de interesse geral da categoria que legalmente representam. Art. 123 - Enquanto a consulta no for respondida, nenhuma medida fiscal ser tomada contra o consulente, exceto se formulada: I - Com objetivos meramente protelatrios, assim entendidos os que versem sobre dispositivos que no deixam dvidas quanto a sua interpretao; II - Sobre matria que j tiver sido objeto de deciso e de interesse do consulente. Pargrafo nico - No caber consulta quando o sujeito passivo estiver sob a ao fiscal, assim entendido o procedimento administrativo iniciado atravs de notificao preliminar, para se averiguar a regularidade fiscal do mesmo. SEOIII DA NOTIFICAO PRELIMINAR Art. 124 - A notificao preliminar ser expedida para que o sujeito passivo apresente, no prazo de at 10 (dez) dias, os livros, documentos, cpias reprogrficas ou quaisquer outros elementos e informaes de natureza fiscal necessrias fiscalizao que visem resguardar os interesses da Fazenda Municipal. 1 - O incio da Ao Fiscal consubstancia-se pela lavratura da notificao preliminar. 2 - Esgotado o prazo de que trata este artigo sem o atendimento da notificao, poder o agente do fisco, mediante deciso motivada, revalidar por igual prazo, ou, lavrar-se- auto de infrao. 3 - A notificao preliminar no comporta impugnao, reclamao, recurso, defesa ou justificao para no apresentao dos documentos e informaes solicitadas. Art. 125 - Antes da emisso da notificao preliminar, o sujeito passivo poder regularizar a sua situao junto Fazenda Municipal. Em se tratando de omisso de pagamento de tributo, este dever ser recolhido com os acrscimos legais. Art. 126 - No caber notificao preliminar, devendo o sujeito passivo ser imediatamente autuado, quando: I - For encontrado no exerccio de atividade tributvel, sem prvia licena; II - Houver provas de tentativa de omitir-se ou furtar-se ao pagamento do tributo; III - For manifesto o nimo de sonegar; IV - Incidir nova falta de que poderia resultar evaso de receita antes de decorrido 01 (um) 31

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO ano, contado da ltima notificao preliminar; Art. 127 - So competentes para notificar, os agentes do Fisco Municipal. Art. 128 - O prazo para encerramento da Ao Fiscal, inicada pela lavratura da notificao preliminar, ser de 30 (trinta) dias para a sua concluso. Pargrafo nico - O prazo de que trata o caput, deste artigo, poder ser prorrogado por igual perodo, em decorrncia de Aes Fiscais de maior complexidade, mediante procedimento motivado encaminhado a autoridade de hierarquia superior.

SEO IV DO AUTO DE INFRAO COM IMPOSIO DE MULTA E AVISO DE LANAMENTO Art. 129 - As infraes, previtas nesta Lei e seus regulamentos sero apuradas atravs de autos de infrao com imposio de multa e aviso de lanamento. 1 - O auto de infrao conter: I Identificao do autuado; II Identificao funcional do agente autuador; III - Discriminao clara e precisa do fato; IV - Indicao dos dispositivos legais infringidos; V - Local, dia e hora da lavratura; VI - Endereo do estabelecimento; VII - Atividade na lista de servios, comrcio e indstria; 2 - Ao autuado dar-se- cpia do auto de infrao. 3 - A assinatura do autuado no constitui formalidade essencial a validade do auto de infrao, no implica em confisso, nem a recusa agravar a pena. Art. 130 - Da lavratura do auto ser intimado o infrator: I - Pessoalmente, sempre que possvel, mediante entrega de cpia do auto; II - Por seu representante legal, ou preposto, no local em que exerce a atividade sob 32

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO qualquer forma; III - Por carta, acompanhada de cpia do auto, com aviso de recebimento (AR); IV - Por edital, com prazo de 20 (vinte) dias, se desconhecido o domiclio fiscal do infrator. Pargrafo nico Nas hipteses dos incisos I e II, deste artigo, dever ser exarado ciente, devidamente datado no original, havendo recusa, procederce- a intimao na forma do inciso III, e se for o caso, nos moldes do inciso IV, todos deste deste artigo. Art. 131 - A intimao presumir-se- feita quando: I - Pessoal e por carta, na data do recebimento; II - Por edital, aps transcorrido o prazo de 20 (vinte) dias data de sua publicao. SEO V DO TERMO DE FISCALIZAO Art. 132 - A autoridade fiscal que proceder a diligncia lavrar, sob sua assinatura, termo circunstanciado do que apurar, onde constaro, as datas, inicial e final do perodo fiscalizado, a relao dos livros e documentos examinados, bem como, o que mais possa interessar. 1 - O termo ser lavrado, sempre que possvel, no estabelecimento ou local onde se verificar a fiscalizao ou constatao da infrao e poder ser datilografado ou impresso, devendo os campos serem preenchidos por meio manuscruto ou mecnico, e inutilizadas as linhas em branco por quem o lavrar, ou, ainda, por emisso eletrnica, observada a frmula legal. 2 - Ao fiscalizado dar-se- cpia do termo autenticada pelo agente do fisco, mediante recibo, datado no original. 3 - A recusa do recibo, que ser declarada pelo agente do fisco, no beneficia e nem prejudica o fiscalizado.

SEO VI DAS APREENSES Art. 133 - Podero ser apreendidos: I - Na via pblica, se no tiverem sido recolhidos os tributos respectivos:

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO a) Veculos, em dbito com o tributo municipal, mesmo os participativos; b) Quaisquer objetos ou materiais utilizados como meio de propaganda ou publicidade. II - Em qualquer caso, os objetos ou mercadorias: a) Cujo detentor no exiba fiscalizao, documento que comprove a sua origem e que, por fora de legislao, deva acompanh-los; b) Quando transitarem, ainda que acompanhados de documentos fiscais, sem que, no entanto, possa ser identificado o seu destinatrio, nos casos exigidos pela Legislao; c) Se houver anotaes falsas nos livros e documentos fiscais com eles relacionados, inclusive quanto ao preo, origem e destino; d) Se o detentor, remetente ou destinatrio no estiver inscrito na repartio competente, quando a isso obrigado. III - Os livros, documentos, papis, mercadorias e quaisquer materiais que constituam prova ou fundada suspeita de infrao a Legislao Tributria.

SEO VII DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIO Art. 134 - impedido de atuar em processo administrativo fiscal o servidor ou autoridade que: I - Tenha interesse direto ou indireto na matria; II - Tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situaes ocorrem quanto ao cnjuge, companheiro ou parente e afins at o terceiro grau; III - Esteja litigando judicial ou administrativamente em face da parte interessada, respectivo cnjuge ou companheiro. Art. 135 - A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato autoridade competente, abstendo-se de atuar. Pargrafo nico - A omisso do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares. 34

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Art. 136 - Pode ser argida a suspeio de autoridade ou servidor que tenha amizade ntima ou inimizade notria com algum dos interessados ou com os respectivos cnjuges, companheiros, parentes e afins at o terceiro grau, Pargrafo nico - A argio de suspeio se dar mediante requerimento dirigido a autoridade ou servidor suspeito, que se manifestar no prazo de 05 (cinco) dias. Art. 137 - O no acolhimento da alegao de suspeio pela autoridade ou servidor poder ser objeto de recurso dirigido ao imediato superior hierrquico. Art. 138 - No caso de impedimento da autoridade, seu substituto legal ser o imediato superior hierrquico; do servidor, ser substitudo por outro de mesmo nvel, a ser indicado pela autoridade superior. Art. 139 - Os impedimentos e as suspeies dos componentes do Conselho de Recursos Fiscais sero dirimidos pelo seu Regimento Interno.

SEO VIII DOS ATOS PRATICADOS POR VIA POSTAL, FAX OU MEIO ELETRNICO. Art. 140 - As impugnaes e recursos podero ser interpostos por meio postal, fax ou meio eletrnico, no restando prejudicado o cumprimento dos prazos estabelecidos nesta Lei, devendo os originais serem entregues obrigatoriamente ao rgo competente, at 05 (cinco) dias da data da receptao do material. 1 - Nos atos no sujeitos a prazos, os originais devero ser entregues, no prazo estabelecido no cuput, deste artigo. 2 - O servidor responsvel pelo recebimento postal, obrigatoriamente, juntar o envelope no qual foi enviada o material para verificar-se a contagem do prazo legal de sua interposio. 3 - Recebido o material, este ser imediatamente protocolizado pela autoridade competente e, encaminhado ao responsvel pela manifestao. 4 - Verificada a intempestividade do recurso, o mesmo ser indeferido sumariamente, pela autoridade competente.

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO Art. 141 - Os recursos interpostos por meio eletrnico ou via fax devero obedecer ao disposto no artigo anterior, variando apenas a comprovao da data de encaminhamento do recurso. CAPTULO II DOS RECURSOS EM ESPCIE SEO I DAS DISPOSIES GERAIS Art. 142 - Tem legitimidade para interpor recurso administrativo: I - O titular de direito e interesse que for parte no processo; II - Aquele cujo direito ou interesse for indiretamente afetado pela deciso recorrida; III - A organizao e associao representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; IV O sujeito passivo, atravs do seu representante devidamente habilitado; Art. 143 - O recurso no ser admitido quando interposto: I - Fora do prazo; II - Perante rgo incompetente; III - Por quem no seja legitimado ou que no tenha comprovado a sua legitimao; IV - Aps exaurida a esfera administrativa. 1 - A no admissibilidade do recurso no impede a Administrao de rever de ofcio o ato ilegal, desde que no ocorrida precluso administrativa. 2 - Para se verificar o disposto no inciso III, dever o recorrente apresentar seu recurso acompanhado dos seguintes documentos: I - Se pessoa fsica: cpias da Carteira de Identidade; CPF/MF; comprovante de residncia e, sendo representado por advogado, da procurao; II - Se pessoa jurdica: cpias do Contrato Social, e aditivos, se houver; da Declarao de Firma Individual; CNPJ e, sendo representado por advogado, da procurao;

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO III - Se Sociedade Civil ou Entidade de Classe: cpia da Ata Constitutiva devidamente registrada em Cartrio competente; da Ata da ltima eleio da Diretoria; do CNPJ e, sendo representado por advogado, da procurao. 4 - O juzo de admissibilidade do recurso caber a autoridade competente, seja em 1a instncia ou em 2a instncia, e, ao Secretrio da Fazenda, nos Recursos de Reviso. Art. 144 - Da deciso que no admite o recurso de 1 instncia, caber recurso, dirigido ao Conselho de Recursos Fiscais. 1 - O recurso que trata o caput deste artigo, somente versar sobre a inadmissibilidade declarada pela autoridade competente. 2 - Mantendo-se a deciso, o processo retornar a autoridade competente para lanamento do crdito fiscal em divida ativa. 3 - Reformando-se a deciso, retornar-se- o recurso de 1 instncia a autoridade competente para anlise do mrito. Art. 145 - Considera-se prorrogado o prazo at o primeiro dia til seguinte se o vencimento coincidir em dia em que no houver expediente ou este for encerrado antes do expediente. SEO II DA IMPUGNAO Art. 146 - O autuado poder impugnar o lanamento de ofcio no prazo de 10 (dez) dias, contados da cincia do ato, de forma contnua e ininterrupta. 1 - A impugnao ser formulada por requerimento a autoridade competente e dever indicar a qualificao do impugnante, do representante, se for o caso, endereo completo e os motivos de fato e de direito em que ela se fundamenta. 2 - Na impugnao o autuado alegar toda a matria que entender til, indicar e requerer as provas que pretende produzir, cumprindo ainda, o disposto no artigo 143, desta Lei. 3 - A prova documental ser apresentada na impugnao, precluindo o direito do impugnante faz-lo em outro momento processual, a menos que: I - fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentao oportuna, por motivo de fora maior;

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO II - se refira a fato ou a direito superveniente; ou III - se destine a contrapor fatos ou razes posteriormente trazidos aos autos. 4 - A juntada de documentos aps a impugnao dever ser requerida autoridade julgadora, mediante requerimento em que se demonstre, fundamentadamente, a ocorrncia de uma das condies previstas no 3, deste artigo. 5 - Caso j tenha sido proferida a deciso, os documentos apresentados permanecero nos autos para, se for interposto recurso, serem apreciados pela autoridade julgadora de 2 instncia. 6 - Considerar-se- no impugnada a matria que no tenha sido expressamente contestada pelo impugnante. Art. 147 Poder a autoridade competente solicitar informaes acerca da matria impugnada ao agente autuador, tendo este o prazo de 10 (dez) dias para prest-las. Art. 148 A autoridade competente ter o prazo de 30 (trinta) dias para proferir a deciso, contado da interposio da impugnao e aps prestadas as informaes solicitadas. Pargrafo nico - O prazo de que trata o caput deste artigo, poder ser prorrogado por igual perodo, em decorrncia da complexidade da matria impugnada, mediante requerimento motivado encaminhado ao Secretrio Municipal de Fazenda, nos prprios autos. Art. 149 - Da deciso de 1 Instncia ser intimado o autuado: I - Pessoalmente, sempre que possvel, mediante entrega de cpia da deciso; II - Por seu representante legal, ou preposto; III - Por carta, acompanhada de cpia da deciso, com aviso de recebimento (AR); IV - Por edital, se no encontrado o autuado. Pargrafo nico Nas hipteses dos incisos I e II, deste artigo, dever ser exarado ciente, devidamente datado no original, havendo recusa, procederce- a intimao na forma do inciso III. Art. 150 - A intimao presumir-se- feita quando:

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO I - Pessoal e por carta, na data do recebimento; II - Por edital, na data de sua publicao. SEO III DO RECURSO DE 2 a ( SEGUNDA ) INSTNCIA Art. 151 - Da deciso da impugnao contrria ao sujeito passivo, caber recurso voluntrio para a 2 instncia, no prazo de 10 (dez) dias, contados da data da cincia do ato, de forma continua e ininterrupta. 1 - Caber a autoridade competente a verificao dos pressupostos de admissibilidade do recurso, para posteriormente, encaminh-lo ao Presidente do Conselho Municipal de Recursos Fiscais. 2 - Da deciso da autoridade competente que no admite a interposio do recurso voluntrio para a 2 instncia caber recurso ao Conselho Municipal de Recursos Fiscais versando apenas sobre a inadmissibilidade, no prazo de 05 (cinco) dias, contado da cincia da deciso. Art. 152 - O Conselho Municipal de Recursos Fiscais proferir sua deciso no prazo de 30 (trinta) dias, a contar do recebimento do processo pelo Conselheiro Relator. 1 - O prazo previsto no caput deste artigo, poder ser renovado quando o processo depender de diligncias. 2 - Enquanto o processo estiver em diligncias, poder o autuante e o autuado juntar provas, desde que observadas as excees previstas no art. 146, 3, desta Lei. 3 - O autuado poder se fazer presente nas sesso do Conselho, quer pessoalmente ou atravs de representante, devidamente constitudos, sendo-lhe facultado o uso da palavra aps a leitura do relatrio, para sustentao oral pelo prazo estabelecido no regimento interno do Conselho. 4 - Nas sesses do Conselho podero ser solicitados ao agente autuador esclarecimentos quanto a Auto de Infrao. 5 - Os recorrentes seram intimados das decises do Conselho Municipal de Recursos Fiscais, por meio de publicao no rgo oficial, ou jornal de grande circulao. 6 - Se o recorrente estiver sediado em outro Estado, a intimao da deciso do recurso se dar por via postal, devidamente registrada.

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO SEO IV DO RECURSO DE OFCIO Art. 153 Da deciso que concluir pela improcedncia total ou parcial do ato impugnado, haver obrigatoriamente recurso de ofcio a 2 instncia, quando a importncia em litgio for superior a 500 (quinhentos) I. R. M. G; 1 - Ocorrendo deciso favorvel ao sujeito passivo, nas hipteses do art. 48, 1, I e II, desta lei, caber a autoridade competente recorrer de ofcio, nos termos deste artigo. 2 - O recurso que trata o caput, deste artigo, ser dirigido ao Conselho Municipal de Recursos Fiscais, no prazo 10 (dez) dias. 3 - No caso de mauteno da deciso, esta torna-se irrecorvel administrativamente, exceto nas hipteses previstas para o Recurso de Reviso. SEO V DO RECURSO DE REVISO Art. 154 - Caber recurso para reviso do julgamento do processo fiscal, quando: I - Proferido por autoridade incompetente; II - Fundado em prova falsa ou em vcio de forma. Pargrafo nico - O recurso de reviso ser interposto ao Secretrio Municipal da Fazenda, dentro do prazo de 10 (dez) dias contados da cincia da deciso. Art. 155 Recebido o recurso e comprovada a ocorrncia das hipoteses dos incisos, previstos no artigo 154, desta Lei, o Secretrio Municipal de Fazenda encaminhar o processo para novo julgamento. SEO VI DA EXECUO DAS DECISES FISCAIS Art. 156 - As decises definitivas sero cumpridas pela notificao ao sujeito passivo para: I - No prazo de 10 (dez) dias satisfazer o cumprimento da obrigao tributria II - Receber a importncia recolhida indevidamente. Pargrafo nico - Ultrapassado o prazo que trata o inciso I, deste artigo, o processo fiscal obedecer o que dispe o Captulo X, do Ttulo II, desta Lei.

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO TTULO IV DO CADASTRO FISCAL CAPTULO I DISPOSIES GERAIS Art. 157 - O Cadastro Fiscal Municipal compreende: I - O Cadastro Imobilirio; II - O Cadastro dos produtores, industriais e comerciantes; III - O Cadastro dos Prestadores de Servios de Qualquer Natureza; IV - O Cadastro das ME e EPP, Prestadoras de Servios de Qualquer Natureza. 1 - O Cadastro Imobilirio compreende: I - Os terrenos vagos existentes ou que venham a existir nas reas urbanas ou destinadas a urbanizao; II - As edificaes existentes ou que venham a ser construdas nas reas urbanas ou urbanizveis. 2 - O Cadastro de produtores, industriais e comerciantes compreende os estabelecimentos de produo, inclusive agropecurias, de indstria e de comrcio habituais e lucrativo, exercidas no mbito do Municpio em conformidade com as disposies desta Lei. 3 - O Cadastro dos fornecedores de servio de qualquer natureza compreende as empresas ou profissionais autnomos com ou sem estabelecimentos fixos, de servio sujeito a tributao municipal. Art. 158 - Todos os proprietrios ou possuidores a qualquer ttulo, de imveis mencionados no artigo 157, 1, desta Lei e aqueles que, individualmente ou sob razo social de qualquer espcie, exercerem atividade lucrativa no Municpio, esto sujeitos inscrio obrigatria no Cadastro Imobilirio. Art. 159 - O Poder Executivo poder celebrar convnios com a Unio e Estado, incluindo suas autarquias, empresas pblicas ou sociedades de economia mista, bem como celebrar acordos, contratos ou convnios com concessionrias de servios pblicos, Estaduais e Federais visando utilizar os dados e elementos cadastrais disponveis, inclusive referente ao nmero de inscrio no cadastro geral de contribuintes do Ministrio da Fazenda. 41

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Art.160 O Municpio poder, quando necessrio, instituir outras modalidades acessrias de cadastros a fim de, atender a Organizao Fazendria dos Tributos de sua competncia, especialmente os relativos a Contribuio de Melhoria e as ME e EPP. CAPTULO II DA INSCRIO DO CADASTRO IMOBILIRIO Art. 161 - A inscrio dos imveis urbanos no Cadastro Imobilirio, ser promovida por averbao ou lanamento ex ofcio: I - Pelo proprietrio ou seu representante legal; II - Por qualquer um dos condminos em se tratando de condomnio; III - Pelo compromissrio comprador, nos casos de compromisso de compra e venda; IV - Pelo possuidor do imvel a qualquer ttulo; V - De ofcio, em se tratando de bem pblico Federal, Estadual, Municipal ou de entidade autrquica ou ainda quando a inscrio no se der no prazo regulamentar; VI - Pelo inventariante, administrador judicial, ou liquidante quando se tratar de imvel pertencente esplio, massa falida ou sociedade em liquidao. Art. 162 - Para efetivar a inscrio no Cadastro Imobilirio, dos imveis urbanos, so os responsveis obrigados a preencher e protocolar na repartio competente uma ficha de inscrio fornecida pelo Municpio, para cada imvel. 1 - A transferncia ou inscrio ser efetuada no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da escritura definitiva devidamente registrada, da promessa de compra do imvel ou a qualquer ttulo. 2 - Por ocasio do protocolo da entrada da ficha de inscrio, devidamente preenchida, dever ser exibido o ttulo de propriedade, ou do compromisso de compra e venda, ou ainda, prova da posse para as necessrias verificaes. 3 - No sendo feita a averbao dentro do prazo previsto neste artigo, o rgo competente, valendo-se dos elementos que dispuser, far a inscrio, ficando o proprietrio, promitente, ou o possuidor sujeitos as penalidades previstas nesta Lei, sendo submetidos a averbao ex oficio. Art. 163 - As construes feitas sem licena ou em desacordo com as normas municipais, 42

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO sero inscritas e lanadas apenas para efeito fiscais, aplicando-se as penalidades pertinentes. 1 - A inscrio e os efeitos fiscais no caso deste artigo, no criam direito ao proprietrio, titular do domnio til ou possuidor a qualquer ttulo, e no excluem o Poder Executivo o direito de exigir a adaptao da edificao s normas e prescries legais ou a sua demolio independentemente das sanes cabveis. 2 - A inscrio no Cadastro Imobilirio ser atualizada, sempre que se verificar qualquer alterao que modifique a situao anterior do imvel. 3 - A alterao poder ser comunicada por qualquer interessado, desde que apresente o documento hbil exigido pela repartio competente; Art. 164 - No caso de litgio sobre domnio do imvel a ficha de inscrio mencionar tal circunstncia, bem como os nomes dos litigantes e dos possuidores do imvel, a natureza do feito, o juzo e o cartrio por onde tramitar a ao. Pargrafo nico - Incluem-se tambm na situao prevista neste artigo o esplio, a massa falida e a sociedade em liquidao. Art. 165 - Em se tratando de rea loteada cujo loteamento houver sido licenciado pelo Municpio, dever o impresso de inscrio ser acompanhado de uma planta completa em escala que permita a anotao dos desdobramentos e designar o valor da aquisio, os logradouros, as quadras e os lotes, a rea total, as reas cedidas ao patrimnio municipal, as reas compromissadas e as alienadas. Art. 166 - Os responsveis por loteamento ficam obrigados a fornecer no ms de Janeiro de cada ano, ao rgo fazendrio competente, relao dos lotes que no ano anterior tenham sidos alienados definitivamente e mediante compromisso de compra e venda, mencionando o nome do comprador e o endereo, os nmeros das quadras, lotes e o valor do contrato de venda, a fim de ser feita a anotao no Cadastro Imobilirio. Art. 167 - Devero ser obrigatoriamente comunicados ao Municpio, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, todas as ocorrncias verificadas com relao ao imvel, que possam afetar as bases de clculos do lanamento dos tributos municipais. Pargrafo nico - A comunicao a que se refere este artigo, devidamente processada e informada, servir de base alterao respectiva na ficha de inscrio. Art. 168 - Os terrenos ou prdios com testadas para mais de um logradouro devero ser inscritos pelo endereo utilizado pelo imvel.

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO Art. 169 - O Municpio poder firmar convnio com o Cartrio de Registro Geral de Imveis, objetivando um cadastro nico entre as duas entidades.

CAPTULO III DA PLANTA DE VALORES E DA COMISSO DE VALORES Art. 170 - A Comisso de Valores ter por atribuio estabelecer: I - Localizao; II - Melhoramentos urbanos, tipo de pavimentao, meio-fio, rede de gua, esgotos, etc; III - Proximidades de centros comerciais ou servios pblicos; Pargrafo nico - Depois de estabelecidos os critrios em tese, e atribuidos os ndices de valorizao dos terrenos e de construo, a Comisso encaminhar relatrio ao Chefe do Executivo Municipal que aprovar, antes da vigncia do exerccio financeiro, a Planta de Valores, mediante Decreto. Art. 171 - O Chefe do Executivo Municipal constituir uma Comisso de avaliao, integrada de at 05 (cinco) membros, sob a presidncia do Secretrio Municipal da Fazenda com a finalidade de elaborar a Planta de Valores Imobilirios e organizar a Tabela de Preo de Construes. CAPTULO IV DA INSCRIO NO CADASTRO DE PRODUTORES INDUSTRIAIS E COMERCIANTES Art. 172 - A inscrio no Cadastro de produtores industriais e comerciantes ser feita pelo responsvel ou seu representante legal que preencher e entregar, na repartio competente, ficha prpria para cada estabelecimento, fornecida pelo Municpio. Art. 173 - A Ficha de Inscrio do cadastro de produtores industriais e comerciais dever conter: I - O nome, a razo social ou a denominao sob cuja responsabilidade dever funcionar o estabelecimento ou ser exercidos os atos de empresa, produo, indstria ou prestao de servios; II - A localizao do estabelecimento, seja na zona urbana, de expanso urbana ou rural, compreendendo a numerao do prdio de pavimento, da sala ou outro tipo de dependncia;

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO III - As espcies principais e acessrias da atividade; IV - A rea total ou de parte dele, ocupada pelo estabelecimento e suas dependncias; V - Os nomes dos scios em qualquer tipo de sociedade constituda, bem como, se for o caso, a indicao do administrador, diretor e gerente; VI Cpia do Contrato Social da Empresa; VII - Cpia do C. N. P. J. do requerente; VIII Cpia do Estatuto, Ata de Constituio da entidade, VII Ttulo de propriedade ou posse do imvel onde se instalar; VIII - Certido comprovando a regularidade fiscal do imvel onde se instalar, sendo vedada sua instalao em qualquer caso de dbito fiscal; IX - Outros dados previstos em regulamento; Pargrafo nico - A entrega da Ficha de Inscrio dever ser feita antes da abertura ou incio das atividades do estabelecimento. Art. 174 - A inscrio dever ser atualizada ficando o sujeito passivo obrigado a comunicar a repartio competente, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data em que ocorrerem as alteraes que se verificarem em qualquer das caractersticas mencionadas no artigo 173, desta Lei. Art. 175 - A cessao das atividades profissionais ou de estabelecimento, ser comunicada ao Municpio dentro do prazo de 30 (trinta) dias, a fim de ser dada baixa no cadastro. 1 - A anotao no cadastro ser feita aps a verificao da veracidade da comunicao, sem prejuzo de quaisquer dbitos de tributos pelo exerccio de atividades ou negcios de produo, indstria ou comrcio. 2 - A inrcia do sujeito passivo pelo prazo de 02 (dois) anos, no que se refere a atualizao cadastral, renovao de licena, recolhimento de tributos, ou qualquer outro ato de ofcio a que esteja obrigado, implicar no cancelamento de sua inscrio no cadastro a que se refere este Captulo, sem prejuzo dos dbitos existentes. Art. 176 - Para os efeitos deste captulo considera-se estabelecimento, o local fixo ou no, de exerccio de qualquer atividade industrial, ou similar, em carter permanente ou eventual, ainda que no interior da residncia, desde que a atividade no seja caracterizada como prestao de servio. Art. 177 - Constituem estabelecimentos distintos, para efeito de inscrio no cadastro: 45

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO I - Os que, embora no mesmo local, ainda que com idntico ramo de atividade, pertencem a diferentes pessoas fsicas ou jurdicas; II - Os que, embora sob a mesma responsabilidade e com o mesmo ramo de negcios, estejam localizados em prdios distintos ou locais diversos. Pargrafo nico - No so considerados como locais diversos, dois ou mais imveis contguos e com comunicao interna, nem os vrios pavimentos de um mesmo imvel. CAPTULO V DA INSCRIO DO CADASTRO DAS ME E EPP PRESTADORAS DE SERVIOS Art. 178 - Podero ser cadastradas como ME, assim entendidas as pessoas jurdicas de direito privado, com faturamento bruto anual de at R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e; EPP, assim entendidas as pessoa jurdicas de direito privado com faturamento bruto anual entre R$ 240.000,01 (duzentos e quarenta mil reais e um centavo) e R$ 1.800,000,00 (um milho e oitocentos mil reais); os prestadores de servios optantes pelo regime fiscal conforme institudo pela Lei complementar n 123/2006. Art. 179 - As ME e EPP optantes pelo regime tributrio especial, sujeitar-se-o s exigncias descritas nos artigos 172 a 177, se iniciarem suas atividades a partir da entrada em vigor desta Lei. 1 - As ME e EPP j cadastradas e, que tenham optado pela transferncia automtica para o regime tributrio especial, esto obrigadas a apresentar os documentos referidos neste artigo, na renovao de sua licena de funcionamento. 2 - Sujeitam-se ainda, a apresentao de Certido de Regularidade Fiscal ou similar, emitida pela Receita Federal e Estadual, esta ltima se for o caso. CAPTULO VI DA INSCRIO NO CADASTRO DE PRESTADORES DE SERVIOS DE QUAISQUER NATUREZA Art. 180 - A inscrio no Cadastro de Prestadores de Servios ser realizada pelo sujeito passivo. 1 - A obrigatoriedade da inscrio das pessoas fsicas e jurdicas que exeram, habitual ou temporariamente qualquer das atividades prestacionais constante da Lista de Servios, ainda que sejam isentos ou imunes do pagamento do imposto ou no possuam base de clculo, devendo ser procedida sua inscrio antes do incio de qualquer atividade. 2 - Os sujeitos passivos enquadrados neste artigo devero, at o 5 (quinto) dia til do 46

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ESTADO DO ESPRITO SANTOGABINETE DO PREFEITO ms de Janeiro de cada ano, atualizar os dados de sua inscrio quanto ao nmero de profissionais que participam da prestao de servios, ou quanto a nmero de vezes a atividade exercida. Art. 181 - O sujeito passivo obrigado a comunicar a cessao ou alienao de suas atividades no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data de sua ocorrncia. Pargrafo nico - A cessao ou paralizao das atividades no extinguem dbitos existentes ou que venham a ser posteriormente apurados.

TTULO V IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA CAPTULO I DA OBRIGAO PRINCIPAL SEO I DO FATO GERADOR E DA INCIDNCIA Art. 182 - O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana tem como fato gerador a propriedade, o domnio til ou a posse do bem imvel, por natureza ou por acesso fsica, como definido na Lei Civil, localizado na zona urbana, ou de expanso urbana do Municpio. Pargrafo nico - Considerar-se- ocorrido o fato gerador no primeiro dia do exerccio a que corresponder o imposto. Art. 183 - Para o efeito de Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, entende-se como zona urbana, toda rea em que existam melhoramentos indicados em pelo menos 02 (dois) dos incisos seguintes, construdos ou mantidos pelo Poder Pblico. I - Meio-fio ou calamento, com a canalizao das guas pluviais; II - Abastecimento de gua; III - Sistemas de esgotos sanitrios; IV - Rede de iluminao pblica, com ou sem posteamento para distribuio domiciliar; V - Escola de Primeiro Grau ou Posto de Sade a uma distncia mxima de 03 (trs) quilmetros do imvel considerado. 1 - Considera-se zona urbana as reas urbanizveis ou de expanso urbana, definidas e delimitadas em Lei Municipal, assim como as reas constantes de loteamentos aprovados pelos rgos competentes e destinados a habitao, indstria ou comrcio, stios de recreio 47

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