lauro césar - planejando no senhor

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Planejando no Senhor – ministrado por Lauro César em 12/12/2015 “Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente vivereis. Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.” (Romanos 8: 13-14) A vontade de Deus é que nós tenhamos as nossas mentes renovadas pela Sua Palavra, e como consequência, vidas transformadas pela ação do Espírito Santo. Mas uma mente renovada requer uma alma liberta de traumas passados e de padrões carnais (fortalezas), por isso, o primeiro passo para uma vida cristã saudável é entender o que é libertação e a necessidade de se realizá-la pelo processo do mapeamento (histórico). Nesses estudos começaremos a sondar cada uma das oito áreas (espiritual, psíquica/alma, físico/corpo, família, vida social, estudos, profissional e financeira) através desses históricos. Ao entendermos como cada evento influenciou nossas vidas desde o nosso nascimento, podemos pela revelação do Espírito Santo nos libertar de fortalezas e padrões carnais nos arrependendo desses pecados ao confessá-los e nos humilharmos para rompermos contra o que nos impede de prosseguirmos para a estatura madura como filhos do Pai e como Corpo saudável de Cristo. Este estudo está dividido em 8 capítulos e contém os seguintes apêndices: - Capítulo I: Área Espiritual - Capítulo II: Área Psíquica/da Alma - Capítulo III: Área Física/Corpo - Capítulo IV: Área da Família - Capítulo V: Vida Social - Capítulo VI: Vida de Estudos

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Page 1: Lauro César - Planejando no Senhor

Planejando no Senhor – ministrado por Lauro César em 12/12/2015

“Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente vivereis. Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.” (Romanos 8: 13-14)

A vontade de Deus é que nós tenhamos as nossas mentes renovadas pela Sua Palavra, e como consequência, vidas transformadas pela ação do Espírito Santo. Mas uma mente renovada requer uma alma liberta de traumas passados e de padrões carnais (fortalezas), por isso, o primeiro passo para uma vida cristã saudável é entender o que é libertação e a necessidade de se realizá-la pelo processo do mapeamento (histórico). Nesses estudos começaremos a sondar cada uma das oito áreas (espiritual, psíquica/alma, físico/corpo, família, vida social, estudos, profissional e financeira) através desses históricos. Ao entendermos como cada evento influenciou nossas vidas desde o nosso nascimento, podemos pela revelação do Espírito Santo nos libertar de fortalezas e padrões carnais nos arrependendo desses pecados ao confessá-los e nos humilharmos para rompermos contra o que nos impede de prosseguirmos para a estatura madura como filhos do Pai e como Corpo saudável de Cristo.

Este estudo está dividido em 8 capítulos e contém os seguintes apêndices:- Capítulo I: Área Espiritual- Capítulo II: Área Psíquica/da Alma- Capítulo III: Área Física/Corpo- Capítulo IV: Área da Família- Capítulo V: Vida Social- Capítulo VI: Vida de Estudos- Capítulo VII: Vida Profissional- Capítulo VIII: Vida Financeira- Apêndice A: Conceitos Básicos de Libertação e Mapeamento Espiritual- Apêndice B: Questionário da Alma Ferida- Apêndice C: Questionário de Libertação- Apêndice D: Questões Práticas e Situações que Impedem uma Libertação- Apêndice E: Oração de Purificação da Vontade Contaminada- Apêndice F: Oração de Purificação da Memória- Apêndice G: Cancelamento da Maldição de Bastardia- Apêndice H: Oração Intercessora de Renúncia das Alianças de Sangue- Apêndice I: Oração da Grande Renúncia- Apêndice J: Montando o meu quadro de horários

Para cada área a se orar, usaremos as legendas dos estágios em que estamos: 1. Desejo (D); 2. Promessa (P) e 3. Realização (R). Uma vez que temos o desejo ardente sobre algo (D), devemos orar e esperar até que Deus fale (P) e nos mostre pela revelação pessoal como a promessa se cumprirá (R).Capítulo I – Área Espiritual

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Pasta 1: Histórico (Mapeamento Espiritual) – Usar as Legendas dos Estágios Começaremos cada capítulo trazendo o histórico da área a ser tratada. No caso da nossa vida espiritual, precisamos fazer um mapeamento para conhecer o nosso histórico espiritual. Para entendermos a importância deste mapeamento, consulte o Apêndice A que trata sobre conceitos básicos de libertação e mapeamento espiritual. Uma vez entendido estes conceitos, vá para o Apêndice C e responda o questionário de libertação para poder realizar o seu mapeamento. O Intuito deste mapeamento é criarmos um quadro hereditário do que os nossos bisavós (maternos/paternos), avós (maternos/paternos) e pais praticaram, para identificarmos padrões de maldições e de pecados que precisam ser cancelados por não ter sido confessados. Não basta que Jesus tenha morrido levando profeticamente os nossos pecados lá na Cruz do Calvário. O Senhor morreu por todos, mas obviamente nem todos são salvos. O fato de termos direito a algo não significa que estejamos usufruindo do benefício dele, e por esta razão, como novas criaturas e filhos de Deus, precisamos de nos colocar na brecha pelos pecados de nossos ancestrais para cancelarmos todo e qualquer padrão de pecado e maldição que se repete nas nossas famílias. Este é o verdadeiro intuito da libertação, crucificar os pecados praticados por nossos ancestrais e que se repetem em nossas vidas, alcançando a plena libertação do jugo do pecado que nos escravizava antes da Graça de Deus.

Pasta 2: Consagração (Buscando ao Senhor) – Usar as Legendas dos Estágios Aqui entenderemos na prática como viver-se uma vida constante consagrada ao Senhor, para uma vez consciente da sua libertação, crescer na maturidade de Cristo. Eis a maneira de como vamos buscar conhecer mais a Deus:

1. Santificação – obediência: “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a Tua Palavra. De todo o coração te busquei; não me deixes fugir aos Teus Mandamentos. Guardo no coração as Tuas Palavras para não pecar contra Ti.” (Salmos 119: 9-11) 2. Meditação na Palavra: Na Velha Aliança, a Lei deveria ser cumprida. Já na Nova Aliança, na dispensação da Graça que vivemos, devemos não só cumprir os mandamentos espirituais como fazê-los com um coração grato. Aqui vale-se o princípio do dízimo. Quanto tempo podemos então tirar ao Pai para meditarmos na Palavra? Diante as responsabilidades que o mundo nos impõe para vivermos um estilo de vida ansioso e corrido, podemos mesmo com todos os afazeres tirar pelo menos um dízimo do nosso tempo diário para nos consagramos a leitura da palavra, a oração e a adoração ao Senhor. Se um dia tem 24h, então podemos nos consagrar pelo menos durante 2h e 24min diariamente a Deus. Para a meditação da Palavra, fica a sugestão de 1h no mínimo para leitura da Bíblia (Recomendamos meditar logo cedo pela manhã para que se vença a passividade mental – ver Salmos 5: 3). O Adequado na meditação da Palavra é primeiro lermos a bíblia toda sozinhos, e depois procurarmos comentários bíblicos. Logo após, a hermenêutica e a exegese, que são ferramentas mais avançadas para meditação bíblica. 3. Oração: “Então (Jesus) voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo. ‘Vocês não puderam vigiar Comigo nem por uma hora?’, perguntou Ele a Pedro.

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‘Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O Espírito está pronto, mas a carne é fraca’.” (Matheus 26: 40-41) – Entendemos que dentro da nossa consagração em que ofertamos o dízimo do nosso tempo diário ao Senhor (2h24min), se pelo menos 1h está dedicada a leitura da Palavra, então o mínimo que devemos orar seria também de 1h. 4. Adoração: Dentro do dízimo de tempo que podemos ofertar ao Senhor, se 1h já está dedicada a leitura da Palavra e 1h para oração, então sobram-se 24min para adorarmos ao Senhor. Aqui é quando colocamos um cântico que nos quebranta, quando calamos todas as vozes (até mesmo a do nosso ego) e apenas apreciamos a Presença do Espírito Santo, como está escrito sobre a verdadeira adoração: “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.” (Marcos 12: 30)

Vale ressaltar que este dízimo de tempo é exclusivamente para leitura da Palavra, Oração e Adoração ao Senhor. Este tempo mínimo de 2h24min não está ligado ao tempo que tiramos para adorar ao Senhor enquanto dirigimos ou estamos num transporte público, nem quando estamos fazendo essas coisas na congregação. Como já dito anteriormente, o ideal é que você busque pelo menos meditar 1h na Palavra logo cedo pela manhã, quando nossas mentes estão leves e ainda não foram atacadas com as preocupações do dia. O que pode nos atacar neste momento para não buscarmos cedo seria um pesadelo ou um ataque espiritual sofrido pela madrugada. A oração logo pela manhã logo após a meditação da Palavra é uma ótima arma para ter-se um dia saudável. Para administrarmos melhor o nosso tempo, é bom que façamos uma grade horária semanal. preenchendo primeiro os horários de trabalho e estudos. Os tempos pessoais que estiverem vagos podemos distribuir com o tempo da leitura da Palavra (1h), da oração (1h) e da adoração ao Senhor (24min). Ao longo do dia podemos ter comunhão com o Espírito Santo usando um conceito da administração chamado de princípio da simultaneidade: “A pergunta e a mudança acontecem simultaneamente. Quando se faz uma pergunta a alguém, a pessoa que recebe a pergunta sofre uma alteração de comportamento. A pergunta apreciativa favorece a autoestima de outra pessoa. As perguntas que fazemos são parte do processo de mudança.” Ou seja, são coisas que podemos fazer ao mesmo tempo enquanto conversamos em nosso coração com o Espírito Santo. Aqui sim podemos interagir com o Senhor enquanto estudamos, dirigimos, trabalhamos ou fazemos outras atividades, pois nossa comunhão com o Senhor é de espírito (humano) para o Espírito Santo, e por sermos criados espírito, alma e corpo, enquanto o nosso espírito interage com o Senhor, nossa alma (emoções, entendimento) se concentra na atividade que devemos fazer e o nosso corpo também se focaliza no que gostaríamos de fazer, dependendo da atividade a ser realizada. Aqui é quando ficamos ligados no Senhor sobre o que meditamos e oramos, tendo comunhão ao longo do dia interagindo com o Pai usando os nossos sentidos físicos também para perceber o que o Espírito Santo está nos comunicando. Esta parte complementa a nossa vida de oração, mas não podemos deixar para buscar ao Senhor somente desta maneira corriqueira. Dica de meditação: Se você tem 1h para ler a Bíblia, faça uma leitura de 30min e tire os outros 30min para refletir e absorver o que leu. Prefira qualidade a ler quantidades. 5. Livros: A medida que vamos meditando na Palavra e desenvolvendo um estilo de vida de adoração que requer obediência e oração continua, o Senhor vai nos dando

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maturidade para sabermos discernir as coisas: “Quanto a isso, temos muito que dizer, coisas difíceis de explicar, porque vocês se tornaram lentos para aprender. De fato, embora a esta altura já devessem ser mestres, vocês precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios elementares da Palavra de Deus. Estão precisando de leite, e não de alimento sólido! Quem se alimenta de leite ainda é criança, e não tem experiência no ensino da Justiça. Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal.” (Hb 5:11-14) – Não busque livros sem antes estar firme no ensino da Palavra. Cuidado com o desejo de estudar teologia e livros cristãos se você ainda não tem o exercício constante de meditar profundamente na Palavra. A falta de cuidado com isto te levará a ler a Palavra de Deus com a visão do autor dos livros que está lendo. Encorajamos a leitura de livros complementares sim, mas não faça deles mais importantes do que a própria Bíblia. Muitos cristãos tem a mania de procurar a resposta para os seus problemas em livros de testemunhos e de ministrações específicas, como se igual a um micro ondas a sua situação fosse ser resolvida rapidamente ao buscar a solução nesses livros. Não discordamos de ministrações que Deus oferece nesses livros, mas eles não podem ser procurados mais do que a própria meditação na Palavra, e ao ler eles, saiba discernir pela Palavra cada coisa. Livros devem ser discernidos, mas primeiro se fortaleça na Palavra. 6. Congregar: “Não deixemos de reunir-nos como Igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia.” (Hebreus 10:25) - Cristo morreu pela Igreja, ou seja, pelo Seu Corpo. Congregar faz parte de uma vida espiritual saudável. Devemos entender que só o Senhor é perfeito, e por onde chegarmos, encontraremos defeitos e falhas, pois congregações são hospitais espirituais. Entendendo que nós também precisamos e estamos constantemente sendo tratados, tenhamos paciência com os irmãos e saibamos amar não só de boca e nem de palavra, mas em ação e em verdade (ver 1 João 3: 18). Somos seres imperfeitos caminhando para conhecer Aquele que é perfeito (Deus). Devemos respeitar nossos pastores e líderes. A verdadeira submissão não está ligada a obedecer cegamente a tudo que se diz, mas em se respeitar e fazer conforme a Palavra nos orienta, sendo submissos de coração ao Senhor, entendendo que Deus posicionou os nossos líderes para cuidarem de nós. É uma ótima oportunidade para orarmos por eles caso vejamos falhas, sem fofocarmos ou criarmos contendas, mas sempre intercedendo para dividirmos o peso das lideranças e dos nossos pastores, que zelam sempre para cuidarem de nós. 7. Sacrifícios espirituais: Ofertas na congregação ou para as pessoas com atitude de gratidão no coração; madrugadas de oração; jejum de alimentos para mortificar a nossa carne e aguçar os nossos sentidos espirituais; renúncia de atividades como jogos de videogame, filmes, seriados, músicas seculares e enganosas, tempo demais na internet usando o facebook, instagram, whatsapp e ocupação com outras coisas que nos tornam passivos mentalmente. Aqui devemos entender o princípios de Hebreus 12:1-3 (conferir), que trata sobre abandonarmos todo peso e todo pecado. Existem coisas nas nossas vidas que não são um pecado, mas mesmo na aliança da Graça nos sendo lícito, não nos convém praticarmos ou gastarmos tempo dando atenção a essas coisas pois elas se tornam pesos para a nossa carreira espiritual. Devemos ser humildes de sabermos abrir mão dessas coisas também, pois nossa maior riqueza é o tempo que gastamos com Deus. Pasta 3: Serviço (O que fazemos para Deus) - Usar as Legendas dos Estágios

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No serviço entendemos quais são os dons que Deus nos deu, tanto os naturais como os espirituais, nosso chamado ministerial e como podemos exercitar os nossos sentidos espirituais para multiplicar a servidão como bons servos e filhos de Deus. Vejamos alguns deles:

1. Dotes naturais: (São capacidades que Deus nos deu que são exercidos desde a infância ou que foram desenvolvidos com uma prática constante natural, tais como canto, oratória, capacidade de ensinar, habilidades musicais, habilidades de liderança, etc.) – “Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros, tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé; se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo; ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria.” (Romanos 12: 4-8) – Liste quais são os seus dotes naturais. 2. Sentidos espirituais: É a capacidade de perceber o Reino Espiritual através dos nossos sentidos físicos (visão, audição, tato, olfato e paladar). Está ligado também aos Dons Espirituais distribuídos a nós pelo Espírito Santo, que podem ser praticados com crescimento progressivo da revelação do Senhor nos nossos sentidos. “Mas, como está escrito Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam. Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus. Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que pode Deus nos foi dado gratuitamente. Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais. Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.” (1 Co 2: 9-16) - A medida que adoramos ao Senhor como no primeiro mandamento, de todo o nosso coração, de todo o nosso entendimento e de todas as nossas forças, os nossos sentidos espirituais começam a se aguçar, e assim como percebemos as coisas naturais, nossa alma passa a se concentrar mais em captar os acontecimentos espirituais, tirando o foco do que o nosso corpo percebe à vista natural das coisas. É uma prática em que podemos fechar os olhos e ver formas, visões, cenas, sentir cheiros, ouvir audivelmente, perceber frases ou direções gentis que vem do nosso coração, sentir o fluir do Espírito Santo pelo nosso corpo e o carinho de Deus como um sol que nos irradia de Paz e Graça. Estas manifestações são resultados dos nossos sentidos espirituais sendo aguçados para percebermos a presença de Deus, assim como podemos perceber também opressões e ações demoníacas. Por isso é necessário sempre estarmos alicerçados na Palavra, pois a manifestação espiritual do Senhor nunca é contrária a Sua Palavra, e devemos sempre estar meditando nela para sabermos discernir todas as coisas, sejam anjos ou demônios.

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3. Dons Espirituais: São as manifestações do poder de Deus distribuídas a nós pelo batismo no Espírito Santo (ou batismo com fogo). Elas testificam a ressurreição de Jesus Cristo, como está escrito: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra.” (Atos 1: 8) – Apesar de muitos que são batizados no Espírito Santo falarem em línguas estranhas, o Dom de línguas não é o fator exclusivo do batismo no Espírito Santo, mas sim a evidência de algum Dom Espiritual em operação. “Porque o Reino de Deus consiste não em palavra, mas em poder.” (1 Coríntios 4: 20) – Os Dons Espirituais são divididos em 3 categorias: 1. Dons de Revelação (Palavra de Conhecimento, Palavra da Sabedoria e Discernimento de espíritos); 2. Dons de elocução, ou Dons Vocais (Variedade de Línguas, Interpretação de Línguas e Profecia) e 3. Dons de Poder (Fé sobrenatural ou Fé especial, Dons de Curar e Dom de Sinais e Maravilhas). Se você ainda não é batizado no Espírito Santo, busque receber, pois desde Pentecostes esta promessa já está disponível para os cristãos que se consagram para receber esta capacitação para testemunhar do poder de Deus. Não existe um método específico, mas como a Palavra diz: “Por isso lhes digo: peçam, e lhes será dado, busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra, e àquele que bate, a porta será aberta. Qual pai, entre vocês, se o filho lhe pedir um peixe, em lugar disso lhe dará uma cobra? Ou se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que está no Céu dará o Espírito Santo a quem O pedir!” (Lc 11: 9-13) Se você busca, não precisa temer, Deus irá te batizar no Espírito Santo. Ele pode fazer isso enquanto dorme através de um sonho, enquanto busca pela madrugada, enquanto ora na congregação ou em algum evento em que haja uma unção derramada para isso. O que importa é o desejo de buscar, e Deus te dará a experiência pessoal do batismo no Espírito Santo, que se difere de qualquer outra, pois nossas experiências com Deus mesmo bíblicas são pessoais, não podemos comparar como um ou outro recebeu, só Deus o sabe. E se você já tem o batismo no Espírito Santo mas gostaria de receber mais Dons Espirituais, o princípio de um coração desejoso para buscar também é válido. Apenas sonde o seu coração para não usar os Dons Espirituais por vaidade, pois o poder de Deus jamais serviu para aumentar a glória do homem, mas sim para apontar para a Glória de Jesus Cristo. Procure entender como o Dom Espiritual que o Senhor te deu funciona, e cresça no desenvolvimento de amadurecê-lo (ver 1 Coríntios 12: 1-11). 4. Dons Ministeriais: São os diferentes chamados para servir no Corpo de Cristo: “E Ele mesmo (Jesus Cristo) concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do Corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo.” (Efésios 4: 11-13) – A intenção das vocações ministeriais portanto é aperfeiçoar o Corpo de Cristo para que não sejamos mais como meninos, mas todos maduros no conhecimento de Jesus Cristo. Procure saber portanto qual é o seu chamado ministerial, sua vocação como servo(a). 5. Outros Dons Ministeriais: Além desses 5 principais Dons Ministeriais cabe aqui também nos outros dons ministeriais o chamado de socorros, de presidir/liderar, de martírio, de louvor e o de intercessão (ver Romanos 12: 4-8 e 1 Coríntios 12: 28-31).

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Capítulo II – Área Psíquica/da Alma

Pasta 1: Histórico (Mapeamento Psíquico) – Usar as Legendas dos Estágios Qual é o histórico da sua alma? Você foi rejeitado(a) ou sofreu algum trauma que desequilibrou suas emoções? Precisamos construir o que aconteceu com a nossa psique desde o nosso nascimento para identificarmos as maldições que nos proferiram ou até mesmo as palavras que falamos contra nós mesmos por conta da raiz de rejeição sofrida na nossa alma. Para identificar o quão machucada sua alma está, responda o questionário da alma ferida que se encontra no Apêndice B. Uma vez respondido o questionário, monte um quadro histórico de todos os seus anos desde o seu nascimento até o ano vigente e peça ajuda ao Espírito Santo para identificar fatos e palavras que te magoaram. Após mapear cada fato que influenciou sua mente, ore profetizando bênçãos em cima de cada situação que te gerou maldição, permitindo que Deus transforme seu coração ferido. Quando entendemos os eventos que machucaram a nossa alma, percebemos onde nossa vida espiritual se encontra, pois uma alma machucada é abertura no Reino Espiritual para ministrações malignas. Portanto uma vez consciente da situação de nossas almas, permitimos que o Senhor nos cure: “A Lei do Senhor é perfeita e restaura a alma. Seus Testemunhos são Verdadeiros e dignos de confiança. Tornam sábios os inexperientes.” (Salmos 19: 7) – Antes de querermos ser usados por Deus, devemos primeiro nos procurar achar por Ele aprovados, ou seja, devemos deixar que o Senhor trabalhe nos pecados dos nossos ancestrais e nas feridas das nossas almas antes de qualquer serviço para o Corpo de Cristo ou até mesmo de sermos usados como Luz da Terra para o mundo. Uma vez tratados, teremos confiança de não sermos enganados.

Pasta 2: Temperamento (Conhecendo a sua alma) O temperamento é a combinação de características congênitas que subconscientemente afetam o procedimento do indivíduo. Essas características são coordenadas geneticamente com base na nacionalidade, raça, sexo e outros fatores hereditários. Essas características são transmitidas pelos genes. Alguns psicólogos chegam a insinuar que herdamos mais genes dos nossos avós do que dos nossos pais. Essa seria a causa de algumas crianças se parecerem mais com os avós do que com os genitores. A formação das características do temperamento é tão imprevisível quanto a cor dos olhos, dos cabelos ou a dimensão do corpo. Apesar do temperamento ser algo que herdamos hereditariamente, ele pode ser modificado: “Assim, se alguém está em Cristo, ele é uma nova criatura; passou o que era antigo e apareceu o que é novo.” (2 Co 5: 17) Uma vez que o temperamento é a nossa “natureza antiga”, o que precisamos é de nos deixar ser trabalhados nessa “natureza nova” através do Espírito Santo. Quando fala-se de temperamento, basicamente há quatro temperamentos, de acordo com o estudo de Hipócrates, que afirma esses quatro temperamentos serem resultados de quatro fluídos orgânicos que predominavam no corpo humano, ao que deu o nome de Sanguíneo (Jovial), Colérico (Energético), Melancólico (Desanimado) e Fleumático (Paciente). Devemos estar conscientes de que nenhuma pessoa é padrão de um único temperamento, pois se temos 4 avós, e todos contribuem de alguma forma, logo esses genes nos influenciam, ainda que haja um temperamento predominante. Por exemplo, um indivíduo pode ser 60% sanguíneo e 40% melancólico. O que importa na verdade é determinar a sua espécie de temperamento, e apresentar as suas fraquezas ao Senhor.

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O estudo sobre os temperamentos deve ser usado apenas para autoanalise, nunca para diagnosticar outras pessoas e classifica-las, pois o intuito de identificarmos os nossos temperamentos não é saber qual o melhor ou pior, mas além de submeter nossas fraquezas ao Senhor, é termos consciência dos nossos pontos fortes para podermos potencializá-los. Não existe melhor temperamento, mas podemos deixar Deus trabalhar o nosso temperamento para podermos enriquecer os pontos fortes deles. Se classificam em: 1. Sanguíneo: Cordial, eufórico, vigoroso e receptivo por natureza. É um eletrizante contador de estórias, porque sua natureza apaixonada e emotiva o faz reviver a experiência só no ato de narrar o fato. O sanguíneo sempre tem amigos, pois gosta de convívio social, não aprecia a solidão e se sente mais à vontade cercado por amigos, dos quais ele é a vida do grupo. Jamais deixa de encontrar a palavra exata. Frequentemente fala antes de pensar, mas sua franca sinceridade desarma muitos dos seus interlocutores, obrigando-os a reagir com a mesma disposição de espírito. Estas pessoas animadas e sanguíneas enriquecem o mundo. São bons vendedores, funcionários de hospitais, professores, conferencistas, atores, oradores e, ocasionalmente, bons chefes. Pontos fortes: Ninguém aprecia mais a vida do que o sanguíneo, parece jamais perder a curiosidade infantil pelas coisas que o cercam. É raro não despertar de disposição vivaz, pois o tédio não faz parte da sua constituição, já que consegue facilmente se interessar por algo que o atrairia. Este possui o dom de Deus de viver contente no presente, pois esquece o passado com facilidade de modo que sua mente jamais é anuviada pela lembrança de dificuldades e decepções. Nem se sente frustrado ou temeroso pela apreensão de problemas futuros, pois não pensa muito sobre eles. Sua tendência é ser otimista. Se entusiasma em participar de novos planos e projetos. Uma de suas maiores qualidades é possuir um coração terno e compassivo, pois ninguém é mais sensível para com as necessidades do próximo do que o Sanguíneo. Este se alegra com os que se alegram e chora com os que choram com mais facilidade. A sinceridade do Sanguíneo é muitas vezes mal compreendida pelos outros, que se enganam com suas súbitas mudanças emocionais, pois não chegam a compreender que ele reage de acordo com as emoções alheias. Quando motivados por Deus, são grandes servos de Cristo. Pontos fracos: Quando observado de perto, a atividade ilimitada do Sanguíneo demonstra não ser nada mais do que um movimento turbulento. Frequentemente ele é pouco prático e desorganizado. Sua natureza emocional pode torná-lo instantaneamente agitado, e antes de analisar o quadro completo, ele pode sair correndo na direção errada. Raramente é um bom estudante, devido ao seu espírito inquieto. Isto pode pesar em sua vida espiritual, onde pode encontrar dificuldades de estudar a Palavra de Deus. Por ser muito agitado, torna-se pouco produtivo. A pessoa sanguínea raramente corresponde à sua potencialidade, pois frequentemente sua vida é gastada correndo de uma linha de conduta para outra. Seu maior problema é a indisciplina, devido à sua agitação. Ele é perito em começar as coisas mas jamais terminá-las. Se convidado para fazer algo, sua resposta imediata é “sim”, pois não faz parte de sua constituição analisar o assunto, à luz de seu tempo disponível, habilidades e outras responsabilidades. Ele adora agradar e não conhece as suas limitações. Sem intenções de fazê-lo, facilmente se esquece de suas resoluções, compromissos e obrigações. Ele pode se exceder e tornar-se antipático por dominar, não apenas maior parte da conversa, mas toda ela. Tende a se tornar egocêntrico. A maior necessidade do Sanguíneo é a plenitude do Espírito Santo. Suas necessidades espirituais básicas são: domínio próprio, paciência, fé, paz e bondade.

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2. Colérico: Temperamento ardente, vivaz, ativo, prático e voluntário. Muitas vezes é autossuficiente e muito independente. Sua tendência é ser decidido e teimoso, tendo facilidade em tomar decisões para si mesmo assim como para outras pessoas. Ele floresce na atividade, não precisando ser estimulado pelo meio em que vive, pois ao contrário é ele quem estimula seu ambiente com ideias, planos e ambições infindáveis. Toma uma atitude definida diante de problemas e muitas vezes o encontramos em campanhas contra injustiças sociais ou situações prejudiciais à moral. Não se amedronta diante das adversidades; de fato, o Colérico tem o dom de encorajar. Possui uma firmeza inabalável e frequentemente obtém sucesso, onde outros fracassaram, não porque seus planos sejam melhores, mas porque ainda “continua insistindo” quando os outros já desanimaram e desistiram. É um chefe nato. Sua natureza emocional é a parte menos desenvolvida de seu temperamento. Ele não se compadece facilmente dos outros, nem demonstra ou expressa compaixão com espontaneidade. Muitas vezes se encabula ou fica constrangido com as lágrimas alheias. Pouco aprecia as belas artes; seu interesse primordial é para os valores utilitários da vida. Possui a tendência de ser dominante e tirânico e não hesita em utilizar-se das pessoas para atingir seus fins. Muitas vezes, é considerado um oportunista. Muitos dos grandes generais e líderes mundiais foram Coléricos. Ele pode vir a ser um bom gerente, planejador, produtor, ou ditar, e até criminoso, dependendo de seus padrões morais. Tal qual o Sanguíneo, o Colérico é, geralmente, um extrovertido, embora com menor intensidade. Pontos fortes: Geralmente é autodisciplinado de forte tendência à autodeterminação. É muito confiante em sua própria habilidade e muito agressivo. É um homem “constantemente em movimento”, mas diferente do Sanguíneo, a sua é bem planejada e plena de significado. O temperamento Colérico se interessa quase que exclusivamente pelos aspectos práticos da vida. Tem aguçado raciocínio para organização, mas considera penoso o trabalho gasto em detalhes. Consegue rapidamente avaliar uma situação e encontrar a solução mais prática. Como médico, é o ideal para trabalhar na equipe de ambulâncias, onde o tempo é vital em casos de emergência. Muitas de suas decisões são tomadas mais pela intuição do que pelo raciocínio analítico. A concepção de vida do Colérico, baseada em sua inata sensação de autoconfiança é quase sempre otimista. Tem tal espírito de aventura que é mesmo capaz de abandonar uma situação estável só pelo desafio do desconhecido. A adversidade não o esmorece, muito ao contrário, o estimula em seu anseio e o torna mais decidido a atingir o seu objetivo. Pontos fracos: Seus pontos fracos são graves, tais como insensibilidade, ira, impetuosidade e autossuficiência. O Colérico possui uma deficiência emocional. A compaixão cristã é inteiramente alheia a sua natureza, e ele tende a ser endurecido e indiferente para com as outras pessoas, seus sonhos, suas realizações e necessidades. Muita da energia que estimula o Colérico em direção à realização de seu objetivo é gerada pela sua disposição violenta. Sabe-se que é muito vingativo. Fisicamente tende a cultivar uma úlcera antes dos quarenta anos de idade, e espiritualmente contrista o Espírito Santo pela amargura, pela ira e pelo rancor. Existe um estranho vestígio de pura crueldade no Colérico que o faz agir tiranicamente sobre os sentimentos e direitos alheios, em seu esforço para atingir o seu objetivo. A menos que entregue sua vida a Cristo, ainda quando criança, dificilmente o fará na sua maturidade pelo seu orgulho. De todos os temperamentos, é provavelmente quem tem o maior número de necessidades espirituais, a saber: o amor, a paz, a bondade, a paciência, a humildade e a benevolência.

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3. Melancólico: Este temperamento é comumente classificado como “hostil e sombrio”. Na realidade, é o mais rico de todos os temperamentos, pois é um tipo analítico, abnegado, bem dotado e perfeccionista. Ninguém desfruta maior prazer com as belas artes do que o Melancólico. Por natureza é inclinado a ser introvertido, mas desde que seus sentimentos o dominam ele é dado a variadas disposições de espírito. Às vezes seu ânimo o eleva a pontos altos de extroversão. Entretanto, outras vezes se sentirá tristonho e deprimido, e durante tais períodos ele se retrai definitivamente e pode ser bastante hostil. O Melancólico é um amigo muito fiel, mas ao contrário do Sanguíneo, não faz amigos facilmente. Ele não tomará a iniciativa para se aproximar dos outros, mas, de preferência, deixa que o procurem. Talvez seja ele o temperamento mais digno de confiança entre todos, pois as suas tendências perfeccionistas não permitem que ele seja ocioso ou que desaponte aqueles que dele dependem. Experiências decepcionantes o tornam relutante em aceitar as pessoas pelo seu valor pessoal, portanto tem a propensão a sentir-se desconfiado, quando outros o procuram ou o cumulam de atenções. O Melancólico, geralmente, encontra o maior significa da vida através do sacrifício pessoal. Parece ter o desejo de forçar-se a sofrer e comumente escolhe na vida uma vocação difícil, que envolva grande sacrifício pessoal. Uma vez tendo escolhido, é inclinado a ser muito correto e persistente em sua atividade, e é mais do que provável que o realize bem. Nenhum temperamento tem tanta potencialidade inata quando ampliada pelo Espírito Santo quanto a do Melancólico. Muitos dos grandes gênios do mundo – artistas, músicos, inventores, filósofos, educadores, e teóricos eram de temperamento Melancólico. Pessoas da Bíblia tais como Moisés, Elias, Salomão e o Apóstolo João foram Melancólicos. Pontos fortes: É propenso à genialidade. Sobressai-se, especialmente, nas belas artes, possuindo uma imensa capacidade de apreciar os verdadeiros valores da vida. Ele é emocionalmente sensível, mas diferente do Sanguíneo, é dado à meditação ponderada através de suas emoções. É um adepto entusiasmado do pensamento criador e suas intensivas reações emocionais, frequentemente, o encaminham para uma invenção ou produção criativa que é compensadora e benéfica. Possui fortes tendências perfeccionistas. Seu padrão de qualidade excede ao dos outros e suas exigências para aceitação em qualquer campo são geralmente mais altas do que ele ou qualquer pessoa possa manter. Esta tendência o leva a ser bastante introspectivo. O Melancólico raramente procura ficar em evidência, mas prefere uma tarefa feita por trás dos bastidores. Frequentemente escolhe uma profissão muito sacrificada para sua vida, porque possui um desejo incomum de dar-se para a melhoria de seus semelhantes. É dotado da maravilhosa capacidade de conhecer suas limitações e portanto raramente se compromete a fazer mais do que pode. Possui tendência a ser reservado até no seu falar. Pontos fracos: Tende a ser mais egocêntrico do que qualquer dos outros temperamentos, o que o faz com que ele se sinta ofendido ou insultado muito facilmente. Literalmente “ele tem sentimentos à flor da pele”. É inclinado a ser desconfiado e dado a “suposições desfavoráveis”. Esta concepção pessimista o torna inseguro e temeroso de tomar decisões porque não deseja cometer enganos nem deixar de corresponder aos seus próprios padrões perfeccionistas. Ele é tão crítico consigo mesmo como o é para com os outros. Ninguém manifesta maior alteração nas disposições de ânimo do que ele. Tem inclinação a ser vingativo, apesar de parecer calmo ou sossegado, mas por dentro arde. O consolo é que muitos na Bíblia eram assim, mas creram em Deus. As necessidades primordiais dele são: o amor, a alegria, a paz, a bondade, a fé, e o domínio próprio.

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4. Fleumático: A vida para ele é uma experiência feliz, serena e agradável na qual tenta envolver-se o mínimo possível. É tão calmo e despreocupado que jamais parece perturbar-se, não importa quais sejam as circunstâncias. Possui um ponto de ebulição muito alto e raramente explode em riso ou raiva, mantendo sempre suas emoções sob controle. É o único tipo de temperamento coerente. Sob a personalidade fria, reticente, quase tímida dele existe uma combinação muito eficiente de habilidades. Sente muito mais emoção do que demonstra e tem grande capacidade de apreciar as belas artes e as melhores coisas da vida. Ao Fleumático não faltam amigos, pois este gosta de convívio social e tem um senso de humor ingênito. É o tipo de pessoa que jamais deixa escapar um sorriso. Possui um cérebro organizado, ótima memória e, frequentemente, é um bom imitador. Tem profunda tendência a ser um espectador da vida e tenta não se envolver nas atividades do próximo. É com grande relutância que se sente motivado a fazer algo além da sua atividade diária. O Fleumático é geralmente simpático e de bom coração, mas raramente deixa transparecer seus verdadeiros sentimentos. Entretanto, uma vez incitado à ação, demonstra ser uma pessoa muito capaz e eficiente. Nunca aceitará a liderança por sua própria vontade, mas quando ela lhe é imposta prova ser um chefe capaz. Exercer uma influência conciliadora sobre as pessoas e é um pacificador inato. Pontos fortes: O bom senso de humor do Fleumático o preserva de ser envolver intensamente com a vida e com as coisas de modo que, frequentemente, ele enxergue algo de cômico na maioria das experiências mundanas. Seu senso de humor provoca gargalhada nos outros. Parece possuir o admirável dom inato de sincronização na arte do humor e da imaginação estimulante. Por natureza, é altamente qualificado a ser um bom conselheiro. Sua disposição amorosa e acessível torna-lhe fácil saber ouvir. Pode-se confiar sempre em sua natureza alegre e bem humorada. Como o Melancólico, é um amigo muito fiel, embora não se envolva em demasia com o próximo, mas raramente demonstra ser desleal. É também prático e eficiente. Conserva a própria energia pelo pensamento, portanto bem cedo desenvolve suas capacidades de analisar uma situação. Uma vez que não é emocionalmente estimulado a tomar decisões repentinas, possui a tendência de descobrir o modo prático de atingir um objetivo, com o mínimo de esforço. Trabalha bem sob pressão. O seu trabalho é zeloso e eficiente. Possui hábitos metódicos. Pontos fracos: Frequentemente parece estar “arrastando os pés”, porque se ressente de ter sido forçado à ação, contra a sua vontade, caminha, pois, o mais vagarosamente possível. Sua falta de motivação tende a transformá-lo em um espectador da vida e incentiva sua inclinação a fazer o mínimo necessário. Essas características o impedem de iniciar muitos projetos sobre os quais está pensando e os quais é muito capaz de levar cabo, mas para ele, apenas parecem ser “trabalho excessivo”. Devido ao seu agudo sendo de humor e capacidade de ser um observador desinteressado, possui ele a facilidade de utilizar sua habilidade espirituosa para provocar o próximo que o enerva ou ameaça motivá-lo. Ele deixa transparecer a fraqueza do egoísmo. Comumente se opõe obstinadamente à qualquer espécie de mudança. Deseja sempre manter-se conservador, e praticamente, deseja conservar suas próprias energias. O Fleumático muitas vezes, se torna mais indeciso com o passar dos anos. Sente-se inclinado a vacilar entre o desejo de fazer alguma coisa e a má vontade de pagar pelo seu preço. Esta prática indecisa logo pode transformar-se num hábito profundamente enraizado que venha a comprometer o seu aspecto utilitário de usar seu raciocínio. As necessidades primordiais do temperamento Fleumático são: o amor, a bondade, a docilidade, a temperança e a fé.