laudo final

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Projetos, Consultoria e Planejamento Ambiental. INFORMAÇÃO TÉCNICA Referência: Termo de Intimação Fiscal n. 05102/00033/2007 Secretaria da Receita Federal – SRF. Assunto : Área de Preservação Permanente e Reserva Legal , Fazenda Gerais – Formosa do Rio Preto, Ba. Barreiras, 20 de junho de 2007. Da: Consultoria Técnica Para: Ministério da Fazenda – Secretaria da Receita Federal - SRF OBJETIVO DA AVALIACAO No dia 18 de junho de 2007 realizou-se incursão técnica à propriedade denominada Fazenda Gerais, localizada no município de Formosa do Rio Preto – BA com a finalidade de avaliar qualitativamente e quantitativamente alem de mensurar as Áreas de Preservação Permanente – APP’S e da reserva legal averbada nas áreas que compõem a Fazenda Gerais de propriedade do Sr. JOAO TOLEDO DE ALBUQUERQUE, para dirimir e elucidar assuntos relacionados sobre Imposto Territorial Rural – ITR, junto a Secretaria da Receita Federal – SRF. — minuta — minuta — minuta — minuta — minuta — minuta — minuta — minuta — minuta — 1

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Projetos, Consultoria e Planejamento Ambiental.INFORMAÇÃO TÉCNICAReferência: Assunto:Termo de Intimação Fiscal n. 05102/00033/2007 Secretaria da Receita Federal – SRF. Área de Preservação Permanente e Reserva Legal, Fazenda Gerais – Formosa do Rio Preto, Ba.Ba rre ira s, 20 de jun ho d e 2 00 7.Da: Para:Consultoria Técnica Ministério da Fazenda – Secretaria da Receita Federal - SRFOBJETIVO DA AVALIACAONo dia 18 de junho de 2007 realizou-se incursão técnica à propriedade d...Doc. elaborado pelo Engenheiro Florestal Carlos Alberto Monteiro da SilvaTel. (077) 3613 6552 / 9994 7600 E-mail: [email protected]

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Page 1: Laudo Final

Projetos, Consultoria e Planejamento Ambiental.

INFORMAÇÃO TÉCNICA

Referência: Termo de Intimação Fiscal n. 05102/00033/2007 Secretaria da Receita Federal – SRF.

Assunto : Área de Preservação Permanente e Reserva Legal , Fazenda Gerais – Formosa do Rio Preto, Ba.

Barreiras, 20 de junho de 2007.

Da: Consultoria Técnica

Para: Ministério da Fazenda – Secretaria da Receita Federal - SRF

OBJETIVO DA AVALIACAO

No dia 18 de junho de 2007 realizou-se incursão técnica à

propriedade denominada Fazenda Gerais, localizada no município de

Formosa do Rio Preto – BA com a finalidade de avaliar qualitativamente e

quantitativamente alem de mensurar as Áreas de Preservação Permanente

– APP’S e da reserva legal averbada nas áreas que compõem a Fazenda

Gerais de propriedade do Sr. JOAO TOLEDO DE ALBUQUERQUE, para

dirimir e elucidar assuntos relacionados sobre Imposto Territorial Rural –

ITR, junto a Secretaria da Receita Federal – SRF.

Acompanha a presente minuta o relatório fotográfico e:

1) Mapa da Fazenda com a locação das áreas de Reserva Legal, áreas

de plantio e áreas a serem desmatadas;

2) Memoriais descritivos da APP e do Perímetro;

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Page 2: Laudo Final

CONSULTORIA AMBIENTAL

CARACTERIZACAO REGIONAL

Meio Físico

A área denominada de Oeste Baiano inclui os chapadões e a depressão

drenada pelo rio São Francisco. Predominam o ecossistema da Savana (Cerrado) e

condições topográficas e climáticas que atraíram grandes projetos agrícolas. As

principais variáveis ambientais do subsistema natural pertencente ao meio físico,

enfocados neste trabalho, estão referidas ao clima, geologia, geomorfologia (relevo),

recursos edáficos (solos) e recursos hídricos (água).

Clima

De acordo com a classificação de Thornthwaite, o clima da região onde

se situa o projeto é do tipo C1w2A’, ou seja, subúmido a seco, moderado excedente

hídrico (índice pluviométrico variando de 1000mm a 1200mm por ano), megatérmico

(Evapotranspiração Potencial > 1140mm), estação seca bem definida de inverno

(meses de maio a Setembro), com chuvas de primavera/verão. As temperaturas

médias anuais oscilam entre 25º e 28º C, e as máximas estão na faixa de 30º a 33º C.

A estação chuvosa abrange o período de outubro a abril, concentrando

cerca de 92% da precipitação anual e, o período mais seco, que corresponde aos

meses de junho, julho e agosto, representa apenas 1% da precipitação total.

A umidade relativa apresenta uma média anual de 68,14%, sendo

dezembro, janeiro, fevereiro, março e abril os meses mais úmidos. O mês de agosto

apresenta a menor umidade relativa do ar no ano e o mês de março a maior, cabendo

a cada um umidade relativa de 55,2 e 81,2% respectivamente.

As chuvas caracterizam-se por uma média anual de precipitação

pluviométrica que varia de 900 a 1.700 mm/ano, podendo ainda apresentar sub-

regiões com precipitações maiores ou maiores que a citada, sendo então comparável

a precipitações das regiões tradicionais em “agricultura” no Brasil e no mundo.

Considerando-se que uma cultura, em termos médios, exige cerca de 650 mm de

água, poder-se - á concluir pela viabilidade de dois cultivos ano.

Geologia

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Page 3: Laudo Final

CONSULTORIA AMBIENTAL

Na área objeto de avaliação ocorre sedimentos da Formação Urucuia

pertencente à Bacia Sedimentar do Fanerozóico da Província do São Francisco. Essa

formação constitui o pacote rochoso que ocupa maior área aflorante e de coberturas

dendríticas localizadas na Serra da Capivara e Suçuarana e em toda serra dos Gerais.

A formação Urucuia está sobreposta aos sedimentos do Grupo Bambuí.

Destaca-se na sua composição litológica arenitos médios, róseos impuros, com alguns

níveis conglomeráticos, sendo uma tendência global destes arenitos tornarem mais

argilosos na base.

Geomorfologia

Chapada Ocidental do São Francisco

As Chapadas do São Francisco correspondem aos relevos mais

elevados da margem esquerda do rio São Francisco, atingindo em alguns setores,

cotas altimétricas de 1.000 metros. Formam uma extensa superfície de erosão

instalada sobre sedimentos subhorizontais posteriormente retocados em rampas

convergentes para os vales. Esta topografia plana está associada à existência de

arenitos ferruginizados nos topos. Foram identificados dois níveis altimétricos: o

primeiro corresponde à superfície de topo, formada pelas camadas do Arenito Urucuia

de idade Cretácica, onde a drenagem se instalou formando extensos vales encaixados

que mostram um certo paralelismo entre si; o segundo nível é talhado em rochas

calcárias mais antigas de idade Pré-Cambriana pertencentes ao Grupo Bambuí,

localiza-se na borda oriental das chapadas e corresponde às faixas alongadas,

configurando patamares carstificados, onde são freqüentes cavernas, sumidouros e

ressurgências, constitui um importante divisor de águas entre as bacias dos rios São

Francisco, Tocantins e Parnaíba.

A região da Fazenda situa-se na unidade geomorfológica Chapada

Ocidental do São Francisco, onde se incluem os amplos chapadões do oeste baiano

no domínio morfoestrutural das Bacias e Coberturas Sedimentares Associadas. Esses

chapadões correspondem aos relevos planos mais elevados da margem esquerda do

rio São Francisco. Acham-se envolvidos por patamares, em geral carstificados,

elaborados em calcários e margas do Proterozóico (Grupo Bambuí), truncados por

uma superfície pediplanada, sobre a qual se depositaram no Cretáceo os arenitos da

Formação Urucuia.

A topografia apresenta-se no geral suave à ondulada com declives

variando de 2,3 % no contato do cerrado com a vereda a 1,9 % na área de planície. A

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Page 4: Laudo Final

CONSULTORIA AMBIENTAL

Hipsometria da área estudada mostra que as cotas podem variar entre 400 a 800 m de

altura podendo chegar a 1000 metros.

Os arenitos que compõem os chapadões foram, por sua vez, truncados

por extensa superfície pediplanada, correspondente ao período de pediplanação das

superfícies de cimeira da Chapada Diamantina. Os solos relacionam-se às alterações

dos arenitos, apresentando textura predominantemente arenosa, localmente argilosa,

onde ocorrem fácies pelíticas, com espessuras consideráveis denunciando a

friabilidade daquelas rochas. A saturação desses solos propicia o desenvolvimento da

Savana (Cerrado).

Sedimentos orgânicos turfáceos ocorrem ao longo dos principais canais

de drenagem, compondo as veredas e brejos, constituindo importantes reguladores e

filtros da água corrente.

Na geomorfologia denominada de planalto ocidental ou

Chapadão Ocidental do São Francisco, pode-se distinguir as seguintes

feições:

Plataforma Aplainada, representando o grande núcleo elevado,

denominado de Espigão Mestre, com relevo predominante plano,

compreendendo altitudes na ordem de 700 a 800 m. Geologicamente esta

plataforma por arenitos da formação Urucuia, referida ao Cretáceo Superior. Os

solos mais representativos encontrados nesta unidade de relevo é o Latossolo

Vermelho – Amarelo.

Solos

Predominam na área do estudo solos com Horizonte B Latossólico e

solos pouco desenvolvidos. Os solos pertencentes a este primeiro nível categórico são

em geral, profundos a muito profundos; bem a excessivamente drenados, com boa

porosidade e baixa relação textural. Em geral são fortemente ácidos, tem baixa soma

e saturação por bases, predominando solos com caráter distrófico. Normalmente,

estes solos apresentam boas propriedades físicas, sem impedimentos ao

desenvolvimento das raízes das plantas. Ocorrem em áreas com topografias diversas,

encontrando-se desde relevo plano até montanhoso.

Incluído nessa categoria está a classe Latossolo Vermelho Amarelo

Distrófico, com manchas de solos textura areno-argilosa e arenosos. Compreende

solos ácidos, com baixa saturação de bases (V %), e saturação com alumínio trocável

de 50%, caracterizando a pouca fertilidade natural que possuem. Ocupam os

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Page 5: Laudo Final

CONSULTORIA AMBIENTAL

terrenos planos e são derivados de arenitos da formação Urucuia referida ao

Cretáceo.

São profundos, permeáveis, porosos, de fácil manejo e muito favoráveis

ao uso de mecanização intensiva. Em geral, a correção da deficiência de fertilidade e

da acidez, com aplicações de adubos e calcário, torna esses solos amplamente

favoráveis ao uso agrícola, podendo ser utilizados por culturas tanto de ciclo curto

como de ciclo longo, que sejam climaticamente adaptáveis.

Recursos Hídricos

A área da fazenda se insere na microbacia do Rio Sassafrás e esta

preservando os recursos hídricos quando se observa a localização da Reserva Legal e

está cumprindo rigorosamente a legislação conservando a Área de Reserva Legal,

conforme definidas em legislação específica.

Meio Biótico

Vegetação

Na área do empreendimento predomina um tipo de vegetação que

poderia ser denominada de Área de Tensão Ecológica – ATE, que são contatos entre

dois ou mais tipos de vegetação, que no caso específico há um adensamento do

Cerrado, em mistura com uma vegetação rala denominada de Campo Cerrado ou

Savana Parque devido a influencia da altitude.

A Região Fitoecológica do Cerrado (Savana) abrange no Nordeste uma

área de 319.200 Km2 (RADAMBRASIL & IBDF, s.d.) ocupando a maior extensão no

oeste baiano, onde predominam os Latossolos profundos e álicos, além de áreas no

centro da Bahia, no Planalto da Diamantina e em áreas pré-litorâneas e Tabuleiros

Costeiros; e no sul do Maranhão e sudeste do Piauí. Ocorre em contatos com a

Savana Estépica (Caatinga) e Florestas nas formas de ecótonos e encraves.

O termo Cerrado é consagrado pelos fitogeógrafos brasileiros para o

tipo de vegetação que ocorre em todo País, condicionada por fatores edáficos; foi

denominado por Savana na classificação do Projeto RADAMBRASIL e adotada pelo

IBGE, por se caracterizar pelas semelhanças com as Savanas da África. No Brasil ela

apresenta as fisionomias Florestada, Arborizada, Parque e Gramíneo-Lenhosa, com

ou sem florestas de galeria.

A expansão acelerada das fronteiras agrícolas do Cerrado brasileiro e

no Oeste da Bahia fez com que significativas porções do ecossistema desaparecesse,

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Page 6: Laudo Final

CONSULTORIA AMBIENTAL

para dar lugar às culturas de soja, milho, arroz, algodão dentre outras, eliminando

numerosos habitats e nichos ecológicos. Isso pode causar sérios problemas para a

agricultura implantada, devido à falta de equilíbrio ecológico favorecendo ainda o

aparecimento de pragas na agricultura.

Sabe-se que as áreas de reserva legal devem corresponder a 20% da

área total e as Áreas de Preservação Permanente – APP devem ser preservadas

independente da Reserva Legal, favorecendo o equilíbrio ecológico e ambiental. Trata-

se de cumprir a função social da propriedade alem de preservar o meio ambiente de

forma ordenada e racional, fazendo com que a manutenção dessas áreas sejam

viáveis do ponto de vista econômico - ecológico.

Nas áreas em questão observaram-se as áreas de Reserva Legal e de

Preservação Permanente e se as mesmas estão garantindo abrigo para fauna como

também são capazes de garantir a diversidade genética e o equilíbrio ambiental dentro

e fora da Bacia Hidrográfica do Rio Sassafraz1.

METODOLOGIA

Nos trabalhos técnicos, a metodologia adotada foi à verificação in loco

das áreas e o levantamento georeferenciado da mesma, através de coordenadas

planas em UTM, ou seja: áreas de desmate, áreas de preservação permanente e das

reservas legais anteriormente averbadas. Para os levantamentos topográficos, utilizou-

se GPS de navegação Etrex – Summit e GPS geodésico Trible Pro-XR, alem de

imagem de satélite Landsat 7 bem como as cartas do IBGE.

Através da observação in loco, constatou-se que as áreas de vegetação

nativa se compõem de vegetação de Cerrado stricto sensu, é uma formação que

apresenta em sua composição florística, árvores xeromorfas com altura variando entre

6 – 12 metros, espaçadamente distribuídas, na propriedade ocorre recobrindo o solo,

apresentando significativa variação na densidade e porte dos seus indivíduos, não

guardando, aparentemente qualquer relação edáfica.

As observações em campo permitiram avaliar qualitativamente os

impactos das atividades agrícolas na propriedade. A preservação de grandes porções

de vegetação nativa, na verdade, forma um banco genético de fauna e de flora, isso

demonstra um grau de utilização racional do ecossistema.

1 Considera-se Bacia hidrográfica - conjunto de terras drenadas por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. A idéia de bacia hidrográfica está associada à noção da existência de nascentes, divisores de águas e características dos cursos de água, principais e secundários, denominados afluentes e subafluentes. Uma bacia hidrográfica evidencia a hierarquização dos rios, ou seja, a organização natural por ordem de menor volume para os mais caudalosos, que vai das partes mais altas para as mais baixas.

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Page 7: Laudo Final

CONSULTORIA AMBIENTAL

Em relação às Áreas de Preservação Permanente – APP’s, foram

observadas e identificadas às áreas que apresentam inclinação maior que 450 graus,

como também os ambientes típicos de vereda, que apesar de se tratar de áreas

graminosas e esponjosas, possuem toda uma característica e morfologia de solos

predominantemente diferenciada. Na propriedade as APP’s estão em ambientes de

Vereda e com isto os limites em relação às faixas de APP em relação ao código

florestal, extrapola a relação com a largura dos córregos intermitentes e o Rio

Sassafrás, a legislação que mais se adequou a normatizar a faixa de APP nesses

ambientes é a Resolução do CONAMA n. 303 de 20 de marco de 2002, art. III, inciso

IV, a qual estabeleceu que a partir do limite do espaço brejoso devem ser preservados

50 metros de cada lada ao longo destes como faixa de APP.

RESULTADOS

A propriedade não possui sede, ou ainda qualquer tipo de benfeitoria

imóvel, ela se utiliza do apoio de propriedade vizinha, Fazenda Gerais, possui apenas

um barracão improvisado para realizar serviços em tratores terceirizados. Poderia

dizer que ainda falta acesso a água, energia elétrica, estradas adequadas e toda uma

infra-estrura de apoio a produção significativa de grãos na propriedade.

A região onde está inserida propriedade possui um ecossistema

predominante na área de influência, caracterizado como área de tensão ecológica,

entretanto, a vegetação na propriedade foi caracterizada como sendo Cerrado stricto

sensu apresentando significativa variação na densidade e porte dos seus indivíduos.

Entretanto, quanto à altitude a vegetação apresenta modificações para uma formação

vegetal caracterizada como Campo Cerrado, também considerado como Savana

Parque, constitui dos elementos do Cerrado, mas com uma formação bastante aberta

e espaçada, com bastante vegetação rasteira como o tucum e canela de ema que são

plantas que ocorrem nesta formação vegetal.

Tabela 1 – Lista das espécies vegetais encontradas nas áreas de reserva legal e APP.

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Page 8: Laudo Final

CONSULTORIA AMBIENTAL

NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA

Amargoso Aspidosperma sp Apocynaceae

Angelim Andira Vermífuga, Mart. Et Benth Fabaceae

Angico branco Piptadenia rigida Mimosaceae

Aroeira Astronium urundeuva Anacardiaceae

Barbatimão Stryphnodendron coriaceum Mimosaceae

Buriti Maurita vinifera Arecaceae

Cachamorra Sclerololobium paniculatum Caesalpeiniaceae

Cagaita Eugenia dysenterica Myrtaceae

Cajuí Anacardium pumilum Anacardiaceae

Candeia Plathymenia reticulata mimosaceae

Cascudinho Riccinus communiss Euphorbiaceae

Castanhola Terminalia catappa,L Combretaceae

Fava d’anta Dimorphandra gardneriana Caesalpinaceae

Faveira Parkia platicephala Mimosaceae

Folha-larga Salvertia convallaridora

Jatobá Hymenaea courbaril Caesalpinaceae

Jatobá rasteiro Hymenaea stigonoscarp Caesalpinaceae

Jurema branca Pithecollobium foliolosum Mimosaceae

Maçaranduba Manilkara sp. Sapotaceae

Mama cachorro Vitex sp. Bignoniaceae

Mamoninha Riccinus sp. Euphorbiaceae

Manacá Brunsefelsia uniflora Solanaceae

Mangaba Hancomia speciosa Apocynaceae

Mororó Bauhinia sp. Caesalpinaceae

Murici Byrsonima crassifólia Malpighiaceae

Pau d’óleo Copaifera longsdorfil Caesalpinaceae

Pau-pombo Tapirira guianensis Anacardiaceae

Pau-terra Qualea grandiflora Vochysiaceae

Pau-terra Qualea parviflora Vochysisaceae

Pequi Caryocar coriaceum Caryocaraceae

Puçá Cisus parrerei Vitaceae

Sambaibinha Davilla macrocarpa Dilleniacea

São Joao Cassia bicapsularis Caesalpinaceae

Sucupira Bowdichia virgilioides Fabaceae

Tamborzinho Enterolobium contrortissiliquum Mimosaceae

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Page 9: Laudo Final

CONSULTORIA AMBIENTAL

Tucum Pyrenoglyphis marajá Arecaceae

Violeta de chapada Peltogyne confertiflora Caesalpinaceae

Diante do trabalho realizado e dos levantamentos in loco,

constatou-se que a região onde se insere a propriedade, apresenta uma

tipologia climática C2wA´ de acordo com Thornthwaite citado acima, que

vai de úmido a subúmido, apresentando uma estação seca bem definida

com chuvas de primavera a verão(EP>1140mm).

Em termos de solos conforme mencionado as áreas

apresentam solos com horizonte B latossólico variando a B espódico,

entretanto, ocorrem áreas com manchas de areias quartzosas,

principalmente nas baixadas e próximos aos ambientes de Veredas.

Observou-se ainda que:

1- As áreas de APP e Reserva Legal, estão estritamente protegidas, das

alterações ambientais ocorridas nas áreas destinadas a plantios;

2- A maneira a qual as áreas de Reserva Legal estão alocadas, promovem a

proteção dos recursos hídricos na propriedade ao longo da bacia hidrográfica

do rio Sassafrás e isso é muito importante, pois se trata de área sujeitas a

degradação ambiental pois são áreas frágeis e se encontram em área de

pressões de ocupação agrícola;

3- Outro aspecto observado foi em relação às paisagens que apresentam

relevante beleza cênica, os ambientes de veredas são rodeados por serras e

possuem valor ecológico e paisagístico, de interesse para futuras gerações e

pesquisas cientificas, pois abriga espécies desconhecidas da flora, alem da

educação ambiental e turismo rural que poderia ser explorado futuramente de

forma racional;

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Page 10: Laudo Final

CONSULTORIA AMBIENTAL

Segue na Tabela 2 abaixo, o demonstrativo da situação atual

da propriedade Agropecuária Albuquerque.

Tabela 2. Informações suscintas sobre as áreas de Reserva Legal e área desmatada informada e constatada em campo.

Valores informados Valores

constatados

Área total 9.959,60 ha 9.959,60 ha

Reserva Legal 1.992,00 ha (20%) 1.992,00 ha

(20%)

Área de Preservação

Permanente - APP

207,00 ha (informado pelo

IBAMA)

9.058,60 (Informado na

Declaração do ITR)

441,7818 ha

(Erro maximo

admitido 0,05%)

Área de plantio 200,00ha 199,48ha

Área sendo preparada

para plantio em

2007/2008

519,00 ha 525,77 ha (erro

admitido de

0,05%)

Total desmatado 725,25ha

CONCLUSOES E RECOMENDAÇÕES

Mediante a vistoria realizada na propriedade, concluiu-se que:

Quanto à tipologia florestal foi classificada como Cerrado

Sensu strictu e Campo cerrado.

A Reserva Legal não se encontra materializada em campo

apesar de estar intacta e preservada, a mesma foi alocada de maneira a

conservar os recursos naturais existentes como a flora e fauna e possuem

os 20% exigido em lei. A área de preservação permanente possui

apenas 441,7818 ha.

Outro aspecto observado foi que o IBAMA autorizou o

desmate de 7.760,00ha através da autorização n. 021/2003, Processo

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Page 11: Laudo Final

CONSULTORIA AMBIENTAL

Administrativo n. 02006.000450/03-21 GEREX/BARREIRAS, mas houve

intervenção em apenas 718,48 ha, ou seja, foram constatados plantios de

grãos em apenas 200,00 ha e 525.77 ha estão sendo preparados para

futuro plantio.

Carlos Alberto Monteiro da Silva

Engenheiro Florestal, M. Sc.

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