laudo de engenharia de verificação de anomalias construtivas

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CNPJ: 05.423.670/0001-34 / CREA 66.891/ Rua Gal. Vitorino, 56 / CEP 96.200-310 / Rio Grande-RS 1 CLAREL PERÍCIAS Engenharia de Avaliações & Perícias Judiciais Fone/Fax: (53) 2125-7900 / 9966-6220 www.clarelpericias.com.br EXMA. SRA. DRA. JUÍZA DE DIREITO DA TERCEIRA VARA CÍVEL DA COMARCA DE RIO GRANDE Clarel da Cruz Riet, infra-assinado, Engenheiro Civil, Perito Judicial nomeado nos autos da PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS, processo N.º 023/1.12.001xxxx-x, em que é AUTOR E.P.R.C. e RÉU W.C.P.X., tendo procedido aos estudos e diligências que se fizeram necessários, vem apresentar a V. Exa. as conclusões a que chegou, consubstanciado no seguinte, LAUDO DE ENGENHARIA

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O presente trabalho tem como foco principal a verificação das conformidades técnicas e funcionais, visando à descrição e o diagnóstico das patologias (Vícios construtivos), manifestados em um imóvel com 04 (Quatro) pavimentos e o nexo causal com o Projeto Arquitetônico e sua execução.

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    EXMA. SRA. DRA. JUZA DE DIREITO DA TERCEIRA VARA CVEL DA COMARCA DE RIO GRANDE

    Clarel da Cruz Riet, infra-assinado, Engenheiro Civil, Perito Judicial nomeado nos autos da PRODUO ANTECIPADA DE PROVAS, processo N. 023/1.12.001xxxx-x, em que AUTOR E.P.R.C. e RU W.C.P.X., tendo procedido aos estudos e diligncias que se fizeram necessrios, vem apresentar a V. Exa. as concluses a que chegou, consubstanciado no seguinte,

    LAUDO DE ENGENHARIA

  • CNPJ: 05.423.670/0001-34 / CREA 66.891/ Rua Gal. Vitorino, 56 / CEP 96.200-310 / Rio Grande-RS 2

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    NDICE

    1. OBJETIVO ................................................................................................................

    03

    2. VISTORIA E CARACTERIZAO .................................................................................

    03

    3. SUBSDIOS ESCLARECEDORES ..................................................................................

    03

    3.1. ANOMALIAS E FALHAS DAS EDIFICAES .................................................................

    03

    3.1.1. A IMPORTNCIA DA INSPEO PREDIAL ...................................................................

    04

    3.2. IMPERMEABILIZAES: PROCESSOS, APLICAES E PATOLOGIAS .............................

    06

    3.2.1. CONCEITO ...............................................................................................................

    06

    3.2.2. MECANISMOS DE ATUAO DA GUA NAS EDIFICAES ...........................................

    07

    3.2.3. SISTEMAS IMPERMEABILIZANTES .............................................................................

    07

    3.2.3.1. IMPERMEABILIZAO RGIDA ...................................................................................

    08

    3.2.3.2. IMPERMEABILIZAO FLEXVEL ................................................................................

    08

    3.2.4. PRINCIPAIS FALHAS NAS IMPERMEABILIZAES .......................................................

    08

    3.2.5. MANIFESTAES PATOLGICAS MAIS COMUNS ........................................................

    10

    3.2.6. FALHAS COMUNS DE IMPERMEABILIZAO EM TERRAOS E SACADAS .......................

    12

    3.3. PISCINA COM BORDA INFINITA ................................................................................

    12

    3.3.1. DEFINIO ..............................................................................................................

    12

    3.3.2. DIMENSIONAMENTO DA CALHA (PILETA) ..................................................................

    12

    3.3.3. A HIDRULICA DA PISCINA ......................................................................................

    12

    3.3.4. IMPERMEABILIZAO ...............................................................................................

    13

    3.3.5. REVESTIMENTO CERMICO EM PISCINAS ..................................................................

    13

    4. REGISTRO FOTOGRFICO COMENTADO ....................................................................

    13

    5. METODOLOGIA ........................................................................................................

    28

    6. CONCLUSO ............................................................................................................

    29

    7. QUESITOS ...............................................................................................................

    29

    7.1. QUESITOS DO AUTOR .............................................................................................. 29

    7.2. QUESITOS DO RU ................................................................................................... 33

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    1. OBJETIVO

    O presente trabalho tem como foco principal a verificao das conformidades tcnicas e funcionais, visando descrio e o diagnstico das patologias (Vcios construtivos), manifestados em um imvel com 04 (Quatro) pavimentos e o nexo causal com o Projeto Arquitetnico e sua execuo. 2. VISTORIA E CARACTERIZAO

    A vistoria foi realizada no dia 18/06/2013 as 13:30h, contando alm deste Perito com a presena das partes e seus assistentes tcnicos.

    Trata-se de uma regio urbana litornea com predominncia de habitaes residenciais unifamiliares, clima ameno, superfcie plana, padro scio econmico cultural mdio/alto, topografia em nvel e solo predominantemente arenoso permevel da classe das areias quartzosas marinhas distrficas, com algumas zonas constitudas de relativa parcela de argila de Atividade Alta1.

    A Infra-estrutura urbana possui sistema virio, transporte coletivo, coleta de resduos slidos, gua potvel, energia eltrica, telefone, comunicao e televiso.

    As atividades existentes incluem redes bancrias, comrcio e atividades de profissionais liberais, sendo mdio como um todo o nvel do mercado de trabalho.

    Os servios comunitrios disponveis compreendem escolas (municipal e estadual), segurana, posto de sade, igrejas e clubes de recreao.

    A tipologia do imvel residencial, composto por 04 (quatro) pavimentos, idade real de aproximadamente 02 (dois) anos, com complexidade de sistema construtivo o qual possui padro elevado. As benfeitorias possuem aspectos construtivos, qualitativos, quantitativos e tecnolgicos coerentes com a documentao disponvel, com uso residencial sendo este o tipo de ocupao recomendado para a regio.

    Trata-se de uma casa de alvenaria com p direito de 2,60m, constituda de 03 (trs) dormitrios, sala de estar ntimo, Living, ambiente da parrilla, garagem para 04 (quatro) carros, dependncia da empregada com WC, cozinha, lavabo, 03 (trs) banheiros, rea de servio, rea da sala de mquinas e piscina com borda infinita, totalizando aproximadamente 600m2 de rea construda, sobre um terreno com 500m2 de rea superficial. 3. SUBSDIOS ESCLARECEDORES 3.1. ANOMALIAS E FALHAS DAS EDIFICAES

    As Anomalias construtivas e Falhas (descuidos com a manuteno predial) so causadores de danos pessoais e materiais significativos, tanto aos usurios e proprietrios das edificaes quanto sociedade em geral, devido deteriorao urbana que favorece o crime, afasta o turismo e reduz a auto-estima dos cidados.

    Os acidentes prediais decorrentes de Anomalias como Vcios Construtivos e/ou das Falhas na manuteno predial vm causando mortes e prejuzos injustificveis, principalmente com o envelhecimento e desvalorizao de nossas edificaes.

    Desabamentos, incndios, quedas de marquises e fachadas, vazamentos, infiltraes e tantas outras mazelas provenientes dos descuidos com a edificao poderiam ser evitadas com

    1 Projeto RADAM (IBGE,1986) e Cunha e Silveira (FURG, 1995)

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    medidas preventivas simples, de longo prazo, pelo planejamento que se inicia com a inspeo predial para a posterior implantao de um plano de manuteno.

    As origens das Anomalias (ou Avarias) construtivas e Falhas das edificaes so originrias de fatores Endgenos, Exgenos, Naturais e Funcionais.

    Os fatores Endgenos ou internos so intrnsecos ao prprio sistema edificante periciado e podem ser provenientes de erro de projeto, desacerto na execuo, execuo descuidada, assim como emprego de material diverso ao especificado pelo projetista ou de pouca qualidade, ou ainda, da combinao dessas etapas. Desta forma, infiltraes, trincas, portas e janelas empenadas e outros problemas aparentes ou ocultos, devem ser reparados na fase inicial para evitar agravamentos posteriores.

    Os fatores Exgenos ou externos so decorrentes da ao de terceiros na edificao, tais como os danos causados por obra vizinha, choques de veculos em partes da edificao, vandalismo etc., e podem ameaar seriamente o prdio, sugerindo-se a imediata correo desses.

    Os fatores Naturais decorrentes principalmente das condies climticas, previsveis ou no, onde o calor e sol intensos, o frio excessivo, as chuvas torrenciais, o granizo, as ventanias e demais aes imprevisveis da natureza, tais como, as excessivas descargas atmosfricas, as enchentes, os tremores de terra e outras, podem causar avarias ou alterar as condies de funcionamento dos sistemas projetados, colocando em risco as edificaes.

    J os fatores Funcionais, que tambm podem colocar em risco as edificaes e poderiam ser evitados, provocam danos decorrentes do desgaste do material ou da sua degradao, aps significativo tempo de vida em uso repetitivo e contnuo ou de uso inadequado e de falta de manuteno, tais como as sujidades e desgastes dos revestimentos e fachadas, as incrustaes e corroses das tubulaes hidrulicas, os ataques de pragas urbanas (cupins), as infiltraes das jardineiras e outras. 3.1.1. A IMPORTNCIA DA INSPEO PREDIAL

    A inspeo predial pode ser definida como a avaliao isolada ou embutida das condies tcnicas, de uso e de manuteno de uma edificao.

    Um aspecto tcnico importante nas inspees prediais a diferena entre as deficincias constatadas, que devem ser classificadas em Anomalias ou Falhas, sendo essas que determinam as orientaes tcnicas que so divididas em Plano de Reparo e Plano de Manuteno.

    As Anomalias construtivas so aquelas que prejudicam o desempenho e a vida til prevista e esto relacionadas s deficincias de ordem construtiva ou funcional.

    As Falhas so as no conformidades decorrentes de aes de manuteno e portanto possuem origem em atividades de manuteno, uso e operao inadequada ou inexistente.

    Assim, em um breve resumo poderamos classificar as Anomalias e Falhas em funo das causas e origens das deficincias, conforme as tabelas 1 e 2, a seguir;

    Tabela 1- Anomalias

    ANOMALIAS DESCRIO

    ENDGENA Originria da prpria edificao (projeto, materiais e execuo). EXGENA Originria de fatores externos edificao, provocados por terceiros. NATURAL Originria de fenmenos da natureza (previsveis imprevisveis) FUNCIONAL Originria do uso e trmino de vida til de elementos e sistemas.

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    Tabela 2- Falhas

    FALHAS

    DESCRIO

    DE PLANEJAMENTO

    Decorrentes de falhas de procedimento e especificaes inadequadas do plano de manuteno, sem aderncia a questes tcnicas, de uso, de operao, de exposio ambiental e, principalmente, de confiabilidade e disponibilidade das instalaes, consoante a estratgia de manuteno.

    DE EXECUO Associada manuteno proveniente de falhas causadas pela execuo inadequada de procedimentos e atividades do plano de manuteno, incluindo o uso inadequado dos materiais.

    OPERACIONAIS Relativas aos procedimentos inadequados de registros, controles, rondas e demais atividades pertinentes.

    GERENCIAIS Decorrentes da falta de controle de qualidade dos servios de manuteno, bem como da falta de acompanhamento de custos da mesma.

    As Anomalias e Falhas devem tambm ser classificadas quanto ao seu Grau de Risco. A

    anlise do risco consiste na classificao das Anomalias e Falhas identificadas nos diversos componentes de uma edificao, quanto ao seu grau de urgncia, relacionado com fatores de conservao, depreciao, sade, segurana, funcionalidade, comprometimento de vida til e perda de desempenho, conforme a Tabela 3, a seguir; Tabela 3- Definies dos Graus de Risco

    CLASSIFICAO DO GRAU DE RISCO GRAU DE URGNCIA (Criticidade)

    CRTICO Impacto irrecupervel, relativo ao risco contra a sade, segurana do usurio e do meio ambiente, bem como perda excessiva de desempenho, recomendando interveno imediata.

    REGULAR Impacto parcialmente recupervel relativo ao risco quanto perda parcial de funcionalidade e desempenho, recomendando programao e interveno a curto prazo.

    MNIMO Impacto recupervel relativo a pequenos prejuzos, sem incidncia ou a probabilidade de ocorrncia dos riscos acima expostos, recomendando programao e interveno a mdio prazo.

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    3.2. IMPERMEABILIZAES: PROCESSOS, APLICAES E PATOLOGIAS 3.2.1. CONCEITO

    Segundo a NBR 9575/2003, impermeabilizao o produto resultante de um conjunto de

    componentes e servios que objetivam proteger as construes contra a ao deletria de fluidos, de vapores e da umidade, sendo de fundamental importncia na durabilidade e segurana das construes.

    As falhas no sistema de impermeabilizao, tanto quanto a agentes trazidos pela gua e poluentes existentes no ar, como a infiltraes de origem endgena (vcios construtivos), podem causar danos irreversveis a estrutura e prejuzos financeiros difceis de serem contornados. Em relao ao custo da implantao da impermeabilizao em uma edificao, conforme se observa na figura 1, este representa em torno de 1 a 3% do custo total da obra.

    Figura 1- Porcentagem de investimentos nas edificaes (VEDACIT, 2009, p.6) Como normalmente existem sobre a impermeabilizao outros materiais complementares, como argamassa e pisos cermicos, caso ocorra uma falha, acaba-se por perder todos estes materiais cujos custos superam, e muito, o custo original, sem se considerar os custos de recuperao estrutural. O rigoroso controle da execuo da impermeabilizao fundamental para seu desempenho e, esta fiscalizao deve ser feita no somente pela empresa aplicadora, mas tambm pelo responsvel da obra. A re-impermeabilizao pode chegar ao valor absurdo de 25%, dependendo, obviamente, do tipo de revestimento final empregado, incluindo todos os custos diretos e indiretos, inclusive os transtornos, que no so pequenos. A NBR 9575/2003 indica que o Projeto Bsico deveria ser elaborado pelo mesmo profissional ou empresa responsvel pelo projeto legal de arquitetura, que se resumiria a indicar as reas a serem impermeabilizadas, seus detalhes construtivos, assim como o tipo de impermeabilizao a ser adotada. A ideia da norma perfeita, pois, da mesma forma como os demais projetistas recebem o projeto arquitetnico para desenvolver seu trabalho (projeto estrutural, de instalaes, etc.), receberiam essas informaes sobre a impermeabilizao, que so, simplesmente, fundamentais para a eliminao das interferncias, nas quais se concentram grande parte dos problemas ligados a infiltraes.

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    3.2.2. MECANISMOS DE ATUAO DA GUA NAS EDIFICAES A gua um dos maiores causadores de patologias, de forma direta ou indireta, quer se encontre no estado de gelo, no lquido ou mesmo enquanto vapor de gua. Pode ser vista como um agente de degradao ou como meio para a instalao de outros agentes. (QUERUZ2, 2007). As causas da presena de umidade nas edificaes, segundo Lersch3 (2003), classificam-se em: Umidade de infiltrao; Umidade ascensional; Umidade por condensao; Umidade de obra; Umidade acidental. 3.2.3. SISTEMAS IMPERMEABILIZANTES Segundo a NBR 9575/2003, os sistemas impermeabilizantes podem ser divididos em rgidos e flexveis, que esto relacionados s partes construtivas sujeitas ou no a fissurao. Quanto aderncia ao substrato, os sistemas de impermeabilizao, segundo Moraes4 (2002) podem ser classificados como: Aderido Quando o material impermeabilizante totalmente fixado ao substrato,

    seja por fuso do prprio material ou por colagem com adesivos, asfalto quente ou maarico.

    Semi-aderido Quando a aderncia parcial e localizada em alguns pontos, como platibandas e ralos.

    Flutuante Quando a impermeabilizao totalmente desligada do substrato, sendo utilizada em estruturas de grande deformabilidade.

    2 QUERUZ,F. Contribuio para identificao dos principais agentes e mecanismos de degradao em edificaes da Vila Belga.Santa Maria: UFSM, 2007. 150 p. Dissertao (Mestrado em Engenharia Civil) Universidade Federal de Santa Maria, 2007. 3 LERSCH, I. M. Contribuio para a identificao dos principais fatores de degradao em edificaes do patrimnio cultural de Porto Alegre. Porto Alegre: UFRGS, 2003. 180 p. Dissertao (Mestrado em Engenharia Civil) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2003. 4 MORAES, C.R.K. Impermeabilizao em lajes de cobertura: levantamento dos principais fatores envolvidos na ocorrncia de problemas na cidade de Porto Alegre. 2002, 91p. Dissertao (Mestrado em Engenharia Civil) UFRGS, Porto Alegre, 2002.

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    3.2.3.1. IMPERMEABILIZAO RGIDA A NBR 9575/2003 denomina impermeabilizao rgida como o conjunto de materiais ou produtos aplicveis nas partes construtivas no sujeita fissurao. Os impermeabilizantes rgidos no trabalham junto com a estrutura, o que leva a excluso de reas expostas a grandes variaes de temperatura. Exemplos: - Argamassa impermevel com aditivo hidrfugo; - Cimentos cristalizantes; - Cimento impermeabilizante de pega ultra-rpida; - Argamassa polimrica. 3.2.3.2. IMPERMEABILIZAO FLEXVEL Impermeabilizao flexvel compreende o conjunto de materiais ou produtos aplicveis nas partes construtivas sujeitas fissurao e podem ser de dois tipos, moldadas no local e chamadas de membranas ou pr-fabricadas e chamadas de mantas. Exemplos: - Membrana de polmero modificado com cimento; - Membranas asflticas; - Membrana acrlica; - Mantas asflticas; - Manta de PVC. 3.2.4. PRINCIPAIS FALHAS NAS IMPERMEABILIZAES Martins5 (2006) cita uma pesquisa feita por uma seguradora da Frana que analisou dez mil situaes de sinistros, ou seja, deficincias construtivas em edifcios. Os resultados obtidos deste estudo foram os que se apresentam no grfico da figura 2.

    Figura 2- Principais situaes de sinistro em edificaes (Martins, 2006, p.57)

    5 MARTINS, J.G. Impermeabilizaes: Condies tcnicas de Execuo. Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2006.

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    Pode-se tambm dividir as falhas no processo de impermeabilizao nos mesmos quatro itens, descritos a seguir: I- PROJETO Devido ao projeto, as origens dos defeitos podem ser de acordo com Moraes (2002):

    Pela ausncia do prprio projeto; Pela especificao inadequada de materiais; Pela falta de dimensionamento e previso do nmero de coletores pluviais para

    escoamento dgua; Pela interferncia de outros projetos na impermeabilizao; A no considerao do efeito trmico sobre a laje.

    Correia et al 6 (1998) atravs de entrevistas concluiu que 88% dos proprietrios das edificaes vistoriadas no souberam informar quanto existncia ou no de sistemas impermeabilizantes em seus imveis e 62% das edificaes pesquisadas sofrem manuteno corretiva, ou seja, quando aparecem os problemas. II- EXECUO Entre os defeitos causados por aplicadores e operrios, devido m execuo, Gody e Barros (1997 apud Moraes 2002) destacam-se: Falta de argamassa de regularizao que ocasiona a perfurao da impermeabilizao; No arredondamento de cantos e arestas; Execuo da impermeabilizao sobre a base mida, no caso de aplicaes de solues asflticas, comprometendo a aderncia e podendo gerar bolhas que ocasionaro deslocamento e rupturas da camada impermeabilizante; Execuo da impermeabilizao sobre base empoeirada, comprometendo a aderncia; Juntas travadas por tbuas ou pedras, com cantos cortantes que podem agredir a impermeabilizao; Uso de camadas grossas na aplicao da emulso asfltica, para economia de tempo, dificultando a cura da emulso; Falhas em emendas; Perfurao de mantas pela ao de sapatos com areia, carrinhos entre outros; Pouco caimento para o escoamento das guas; M execuo das juntas e Rodaps; Acabamento mal executado no entorno de ralos e em passagens de tubulaes pela laje.

    6 CORREIA, N.C.; SILVA, C.G.V.; MONTEIRO, E.C.B. et al. Caracterizao das manifestaes patolgicas em servios de impermeabilizao. Brasil - Florianpolis, SC. 1998. v.1 p. 305-312. In: Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construdo, 7, Florianpolis, 1998. Artigo tcnico.

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    III- MATERIAIS A escolha de materiais impermeabilizantes inadequados e/ou com baixa qualidade, de acordo com Vicentini (1997 apud Moraes 2002), podem causar: Danos construo; Danos estrutura; Danos funcionais; Danos sade dos usurios; Danos aos bens internos do imvel; Desgastes entre cliente final/construtora/aplicador; Aes na justia; Grandes gastos para reparos totais; Desvalorizao do imvel; Necessidade de recuperao estrutural. IV- UTILIZAO Segundo Cantu (1997 apud MORAES, 2002), entre os defeitos devidos m utilizao e/ou manuteno, relacionados ao usurio, destacam-se: Danos causados na obra em funo da colocao de peso excessivo (entulho e equipamentos) sobre a impermeabilizao; Perfurao da impermeabilizao, sem qualquer reparo, aps instalao de antenas, varais, grades e outros; Troca de pisos; Instalao de floreiras na cobertura de modo a possibilitar a penetrao de gua por cima do rodap impermeabilizado. 3.2.5. MANIFESTAES PATOLGICAS MAIS COMUNS As patologias incidentes na construo civil demonstram-se geralmente atravs de manifestaes externas seguindo padres caractersticos. Anlises sobre essas manifestaes permitem investigar sintomas, mecanismos, causas, origens e estimar provveis conseqncias vinculadas evoluo de cada patologia atuante, viabilizando-se o diagnstico e, por conseqncia, a adequada soluo a ser aplicada. (ALMEIDA, 2008). Veroza7 (1983) cita os principais danos causados pela umidade na construo civil, como goteiras e manchas, mofo e apodrecimento, ferrugem, eflorescncias, criptoflorescncias e gelividade. Todos esses danos citados, com o tempo, deterioram os materiais e a obra construda. Segundo Pinto8 (1996) as patologias de impermeabilizao de uma forma geral apresentam-se com caractersticas prprias e sistematizadas conforme as descries a seguir:

    7 VEROZA, E.J. Impermeabilizao na construo. Porto Alegre: Editora Sagra,1983. 151p. 8 PINTO, J.A.N. Patologias de impermeabilizao. Santa Maria: Multipress, 1996. 270 p.

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    Carbonatao - Nas superfcies expostas das estruturas de concreto, a alcalinidade pode ser reduzida com o tempo, acarretando a despassivao da armadura da estrutura, essa reduo ocorre pela ao principalmente do gs carbnico presente na atmosfera. Corroso - Ataque de natureza eletroqumica nas barras da estrutura, em que a presena de umidade, conduz a formao de xidos/hidrxidos de ferro. Degradao do concreto - Ocorre devido a ao da gua provocando a dissoluo de sais e lixiviamento dos mesmos. Degradao do forro de gesso - Decomposio do revestimento executado em placas de gesso, devido ao da gua, provocando a dissoluo de sais e lixiviamento dos mesmos, vindo a manifestar-se na superfcie como bolor, descascamento da pintura e desagregamento do revestimento entre outros. Desagregao da argamassa - A desagregao inicia-se na superfcie dos elementos de concretos com uma mudana da colorao, seguida de um aumento de fissuras que surgem pela perda do carter aglomerante do cimento, devido ao ataque, principalmente de sulfatos e cloretos, deixando os agregados livres da unio que lhes proporciona a pasta. Desagregao de tijolos macios - Formao de p de colorao avermelhada e na forma de escamas, seguida de camadas alternadamente ao interior da pea, devido ao ataque de sulfatos e exagerada presso hidrosttica interna. Eflorescncias - Formao de depsitos de sais cristalizados originados pela migrao de gua, rica em sais, do interior dos componentes de alvenaria e/ou concreto. So identificados por colorao geralmente esbranquiada. Gotejamento de gua - Umidade excessiva que se concentra em um ponto da superfcie por tenso superficial, caindo por gravidade ao atingir determinado volume. Mancha de umidade - Uma parte circunscrita da superfcie, impregnada de gua, apresentando cor diferente do restante. Vegetao - o crescimento de plantas em determinados pontos da estrutura, geralmente em locais com fissuras e presena de umidade. Vesculas - So as formaes de bolhas na pintura, que apresentam em eu interior nas cores branca, preta e vermelha acastanhado.

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    3.2.6. FALHAS COMUNS DE IMPERMEABILIZAO EM TERRAOS E SACADAS O vazamento de tubulaes mal coladas, mesmo quando posicionadas corretamente, embutidas em enchimentos de lajes rebaixadas, manifesta-se encharcando-a e comprometendo a impermeabilizao, pois estes consertos exigem a remoo de piso, da proteo mecnica, do isolamento trmico, da camada de separao, da impermeabilizao, da massa de regularizao e do enchimento, ate a localizao da tubulao. Por este motivo, cuidados especiais devem ser tomados pelo instalador hidrulico que deve se utilizar de soluo limpadora e lixa ao executar as tubulaes pluviais que passam sobre as lajes de sacada. Outras situaes comuns em sacadas so a no execuo de rodaps, pingadeiras na mureta de proteo, falta de rejuntamento nos pisos cermicos e m execuo da impermeabilizao na zona dos ralos, criando-se pontos vulnerveis s infiltraes de umidade. Assim como nos boxes de WC's, podemos utilizar vrios tipos de materiais impermeabilizantes, sendo bastante usual e eficaz o emprego de mantas asflticas. 3.3. PISCINA COM BORDA INFINITA 3.3.1. DEFINIO

    Piscinas com borda infinita ou piscinas infinitas, so desenvolvidas para acrescentar uma visual espetacular. Nestes projetos ousados h impresso de que gua da piscina est transbordando para o horizonte. Quando se tem o cu aberto ao fundo ou uma grande extenso de gua, a superfcie de gua da piscina mistura-se com o fundo proporcionando uma imagem infinita ou ligada com o plano de fundo.

    A piscina com borda infinita construda em terrenos que apresentam declive para que se rebaixe uma das bordas ou at mesmo todas as bordas para que a gua da piscina transborde por cima destas. construdo um reservatrio em formato de calha ao redor da piscina para que essa gua caia e seja coletada e retornada para piscina atravs de eletrobombas.

    de suma importncia calcular de forma correta o volume do reservatrio para que quando for acionado a eletrobomba, que colocar a borda em funcionamento, no secar o reservatrio (calha) e entrar ar na bomba ou no transbordar, inundando ao redor.

    Assim, a calha deve ter um volume necessrio para elevar o nvel de gua da piscina em 10cm, para se ter uma margem de segurana. 3.3.2. DIMENSIONAMENTO DA CALHA (PILETA)

    O dimensionamento do reservatrio em formato de calha, pode ser calculado multiplicando-se a rea da superfcie de gua da piscina pelo valor de 15cm ou 20cm para encontrar o volume. 3.3.3. A HIDRULICA DA PISCINA

    O ideal nas piscinas com borda infinita que seja instalado um sistema de independente de bombeamento para borda. Dependendo do sistema necessrio colocar vlvulas de reteno em diversas tubulaes para evitar que a gua da tubulao flua para o tanque da borda.

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    3.3.4. IMPERMEABILIZAO

    A impermeabilizao pode ser feita atravs da limpeza e regularizao da superfcie, com a posterior aplicao de resina cristal flexvel. Aps deve ser aplicado no mnimo duas camadas de manta de fibra de vidro, sendo indicada a n.300.

    Depois de curada, todas as reas revestidas devem ser devidamente lixadas, sendo aps aplicada uma camada em de gel ISO com NPG, com o objetivo de conceder a devida e perfeita impermeabilizao, alm de acabamento

    3.3.5. REVESTIMENTO CERMICO EM PISCINAS

    Em uma piscina, as condies de uso e de conservao so muito rigorosas. necessria a utilizao de argamassas colantes especficas de alto desempenho e elevada aderncia.

    A quantidade de cloro em piscinas (privadas ou pblicas) um fator muito importante de degradao das juntas. Os produtos de conservao (detergentes e cidos) agridem fortemente as juntas.

    As peas em imerso permanente sofrem a presso da gua ou a contrapresso, quando a piscina est vazia. Em certos casos so necessrias juntas que evitem o desenvolvimento de bactrias e resistam a agresses qumicas.

    Para assegurar uma aplicao duradoura, necessrio utilizar uma argamassa colante resistente gua, com alto desempenho e aderncia elevada para resistir presso e contrapresso.

    Tanto as pastilhas de vidro cristal como as pastilhas de vidro pigmentadas so altamente recomendveis para uso em piscina, devido sua resistncia umidade. Como nica restrio a ser mencionada, est a piscina de fibra, cujo material dificulta a aderncia da argamassa, portanto exigindo cuidados especiais e uso de boa tcnica.

    4. REGISTRO FOTOGRFICO COMENTADO

    Para efeito de melhor entendimento e preciso dos trabalhos periciais, junta-se a documentao fotogrfica comentada a seguir, obtida no ato da inspeo.

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    Foto 1- A fachada do imvel, sito Rua Beira Mar n. 660, esquina com a Rua Gois.

    Foto 2- A piscina apresenta falhas no sistema construtivo utilizado. A pileta no possui dimenses adequadas (ver subitem 3.3.2. DIMENSIONAMENTO DA CALHA (PILETA), do item 3. SUBSDIOS ESCLARECEDORES, do Laudo), provocando transbordamento, alm da constatao de afloramento de manchas (1), (patologias causadas por reaes qumicas). Estas anomalias indicam a ocorrncia de erro na tcnica utilizada para a correo das pastilhas que estavam soltando, com a remoo do Gel responsvel pela perfeita impermeabilizao, conforme explicitado no subitem 3.3.4. IMPERMEABILIZAO, do item 3. SUBSDIOS ESCLARECEDORES, do Laudo.

    (1)

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    Foto 3- As manchas causadas por reaes qumicas no exterior da pileta (pontos com vazamento), indicam ser conseqncia do contato da gua tratada com a resina (desprotegida pela remoo do Gel azul impermeabilizante) e demais componentes qumicos dos materiais aplicados (argamassa de assentamento da pastilha e rejunte), provocando afloramentos de manchas, com a consequente degradao dos rejuntes e estufamento do revestimento cermico, com risco iminente de queda das pastilhas, as quais apresentam abaulamentos em vrios trechos.

    Foto 4- O mesmo tipo de patologias comentado nas fotos 2 e 3, com o aparecimento de manchas no interior da piscina, mas sem vazamentos, junto a parede do muro.

    Foto 5- Lateral da piscina, com a formao de abaulamentos das pastilhas.

    (1)

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    Foto 6- No pavimento trreo, vista externa da dependncia da parrila. A esquerda, na foto, a escada que permite o acesso ao 2 pavimento.

    Foto 7- Na parrilla, presena de revestimento interno deteriorado prximo do encontro das paredes com o piso, pela ao de umidade ascendente, indicando falha no sistema de impermeabilizao adotado para as fundaes.

    Foto 8- Pilar interno com revestimento deteriorado prximo do piso, pelo mesmo motivo comentado na foto anterior.

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    Foto 9- Observa-se o desnvel existente entre o jardim e a sala da parrilla. Neste local, a umidade que esta causando danos ao revestimento interno da parrilla, pode ter origem na m impermeabilizao da parede externa e/ou erro na impermeabilizao das fundaes.

    Foto 10- Mostra a sala da parrilla em dia de chuva, numa segunda vistoria realizada, onde detectamos a gua escorrendo em abundncia do pavimento superior pela viga (2), indicando falha no sistema de impermeabilizao da sacada do andar superior.

    (2)

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    Foto 11- Continuao da foto anterior, com mais aproximao, observa-se com mais nitidez a gua pluvial proveniente da sacada do andar superior, escorrendo pela viga e caindo no piso da parrilla.

    Foto 12- Escada de acesso principal a residncia.

    Foto 13- Terrao de entrada com problemas de inclinao, impermeabilizao e ausncia de ralos para escoamento das guas pluviais.

    (2)

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    Foto 14- Terrao com gua empoada devido inclinao ineficiente e ausncia de ralos, infiltrando para o piso e paredes da sala, indicando falha no sistema de impermeabilizao adotado.

    Foto 15- Alm das anomalias apontadas na foto anterior, a gua retida infiltra pelos rejuntes e paredes circunvizinhas, provocando a degradao dos revestimentos e pintura.

    Foto 16- Detalhe de um dos caminhos percorridos pela gua retida no terrao, saindo pela platibanda junto a escada da entrada principal, indicando problemas no sistema de impermeabilizao adotado.

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    Foto 17- Mostra outro caminho seguido pela gua empossada no terrao, infiltrando-se pelo rejuntamento, vindo a desaguar no ralo da escada.

    Foto 18- A gua retida do terrao acaba aflorando no piso de madeira da sala, ao infiltrar atravs dos rejuntes debaixo da soleira, indicando problemas na impermeabilizao.

    Foto 19- Presena de manchas de umidade no piso de madeira da sala estar intimo, vinda do terrao. Ver comentrio da foto acima.

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    Foto 20- Colocao de uma curva na sada da tubulao da caldeira, na tentativa da proprietria em amenizar os problemas com cheiro de combusto e rudo na sala de estar intimo, onde inclusive a lareira foi lacrada para evitar tal acontecimento.

    Foto 21- A Autora lacrou a lareira da sala de estar ntimo para evitar a entrada do cheiro da combusto e o rudo da caldeira. O problema acontece devido as duas tubulaes sarem juntas e com a parte superior (eliminao dos gases), com acesso mtuo, provocando o fenmeno conhecido como movimento turbilhonar. Ver a foto abaixo.

    Foto 22- Demonstrao do sistema de retorno da fumaa da parrilla na lareira do living. O mesmo acontece quanto ao cheiro de combusto e rudo da caldeira que se propaga na lareira da sala de estar intimo.

    Vento

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    Foto 23- Living no 2 andar impregnado de fumaa vinda da parrilla no trreo e retornando pelo duto da lareira devido a ao dos ventos locais. Ver foto 22, acima.

    Foto 24 A parrilla no trreo com lenha queimando no momento da vistoria e originando a fumaa que retornou pela lareira.

    Foto 25- Escada de acesso ao 3 andar com gua filtrando pela estrutura, oriunda do 3 pavimento, sendo necessrio seu recolhimento com auxlio de baldes (3).

    (3)

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    Foto 26- Manchas de umidade e a formao de gotas, embaixo da escadaria.

    Foto 27 Segundo lance da escada de acesso ao 3 pavimento, com a pintura deteriorando devido a infiltraes de umidade na estrutura, provocada por vazamento em tubulaes de gua fria.

    Foto 28 Na entrada do 3 pavimento j aparecem deterioraes do revestimento devido a vazamentos na tubulao do sistema da gua fria.

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    Foto 29- Parede externa do WC da ala leste, no 3 pavimento, com vrias bolhas nos revestimentos e pintura, causadas pelas infiltraes provocadas por vazamentos nas tubulaes de gua fria, indicando ser este o local de origem do vcio construtivo.

    Foto 30- Vista interna da parede do WC, local que indica ser o incio dos vazamentos das tubulaes de gua fria, da ala leste, no 3 pavimento.

    Foto 31- Parede interna no quarto da ala leste com bolhas de umidade. Esta parede faz divisa do quarto com o caixo de alvenaria, que ser comentado nas fotos 35, 36 e 37, adiante.

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    Foto 32- Presena de umidade no piso de madeira do quarto da ala leste, oriunda da parede.

    Foto 33- Sacada do quarto da ala leste com gua empossada devido a declividade insuficiente.

    Foto 34- Alm de declividade insuficiente, o sistema de coleta pelo ralo instalado, dado sua dimenso inadequada, no permite a vazo necessria.

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    Foto 35- Mostrando o interior do caixo de alvenaria. Observa-se que as alvenarias e madeiras de apoio das vigotas de concreto e isopor esto encharcados, demonstrando a gravidade do vazamento nas tubulaes de gua fria do 3 pavimento, associado ao fenmeno da condensao, considerando a precariedade da ventilao do local.

    Foto 36- Empoamento de gua no interior do caixo de alvenaria, provocado pelos vazamentos nas tubulaes de gua fria do 3 pavimento, associado a condensao, ocasionando o apodrecimento das madeiras deixadas em seu interior.

    Foto 37- O caixo formado por quatro galerias. Nesta, nota-se a condensao de gua no teto.

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    Foto 38- Sacada do quarto nvel com reteno de gua devido a declividade insuficiente e ralo mal dimensionado.

    Foto 39- O ralo instalado na sacada mostra-se ineficiente para a vazo necessria.

    Foto 40- Vista da platibanda com manchas devido a infiltraes provenientes dos empoamentos de guas pluviais na sacada. As patologias aparecem ao longo do encontro do piso com a parede de platibanda.

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    Foto 41- Detalhe da umidade oriunda da sacada, devido aos empoamentos antes citados, aflorando na parte externa da platibanda.

    Foto 42- O guarda corpo de vidro foi fixado na platibanda pela parte interna da sacada. Observa-se que a distncia dos pontos de fixao em relao ao piso, no permitiria a entrada de gua pluvial proveniente do piso. Alm disso, qualquer sistema de impermeabilizao adotado abrangeria os locais prximos ao piso.

    5. METODOLOGIA

    A presente percia atendeu todos os requisitos necessrios e exigidos pela NBR 13752/96 (norma que fixa os critrios e procedimentos relativos s percias de engenharia na construo civil), em seu item 4.3.2 Requisitos essenciais. Todos foram condicionados tanto quanto abrangncia das investigaes, confiabilidade e adequao das informaes obtidas quanto qualidade das anlises tcnicas e ao menor grau de subjetividade emprestado pelo perito, sendo a inspeo predial realizada enquadrada no Nvel 1, onde "Nvel 1- Identificao das anomalias e falhas aparentes, elaborada por profissional habilitado", de acordo com a norma de Inspeo Predial de 2007, do IBAPE/SP.

    O critrio utilizado para a elaborao do Laudo foi embasado na Anlise do Risco associado ao uso e exposio ambiental.

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    6. CONCLUSO

    Todas as dependncias do imvel foram minuciosamente inspecionadas sendo detectadas visualmente diversas Anomalias Endgenas (relacionadas a deficincias de ordem construtiva Vcios construtivos). Estas Anomalias foram registradas fotograficamente e acompanhadas de comentrios elucidativos. Constatou-se que as manifestaes patolgicas ocasionadas pela umidade, devido a falhas no sistema de impermeabilizao adotado, ocasionaram vrios danos, o que gerar gastos elevados para correo, que poderiam ser evitados com aplicao de boa tcnica, associado a obedincia dos projetos necessrios. Salienta-se que o processo de impermeabilizao, para ser executado com sucesso, depende de muitos fatores, desde a fase da concepo do projeto at a manuteno do imvel em toda sua vida til. Conclui-se que estas Anomalias (vcios construtivos), interferem tanto no desempenho e Vida til dos componentes construtivos como na sade, segurana e habitabilidade do imvel, portanto, necessria e urgente a implementao das medidas corretivas e reparos necessrios. 7. QUESITOS 7.1. QUESITOS DO AUTOR 1- Informe o Sr. Perito qual o nome do responsvel tcnico pelo projeto arquitetnico e de execuo da obra da residncia localizada na Rua Beira Mar, n 60, esquina com Rua Gois, em Rio Grande (RS), nos termos da ART n 4553801 do CREA-RS. R: O profissional citado na ART acima o Arquiteto Willian Cezar Pavo Xavier. 2- Descreva minuciosamente os vcios e/ou defeitos construtivos existentes nessa residncia. R: Respondido ao longo do item 4. REGISTRO FOTOGRFICO COMENTADO, do Laudo. 3- Descreva erros e/ou omisses dos projetos arquitetnicos, eltricos e hidro-sanitrio existentes nessa residncia. R: Respondido ao longo do item 4. REGISTRO FOTOGRFICO COMENTADO, do Laudo. 4- Quanto piscina: a) Informe o Sr. Perito se existem manchas nas paredes internas e externas da piscina, assim como se existem pastilhas soltas? b) Especifique quais os problemas existentes e quais as medidas a serem adotadas para a soluo do(s) defeito(s), e informe, ainda, os respectivos custos de material e mo de obra. R: a) Sim. b) Respondido no comentrio das fotos n.'s 2, 3, 4 e 5, do Laudo. Quanto ao levantamento de custos com material e mo de obra para corrigir as anomalias, o quesito resta prejudicado, dado a necessidade de investigao invasiva (destrutiva), com o intuito de verificar a extenso do dano, o que extrapola a abrangncia da percia.

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    5- Informe Sr. Perito se a pileta existente para o funcionamento da borda infinita est dimensionada de acordo com as medidas da piscina e a quantidade de gua (48 mil litros)? R: No. No momento da vistoria, a pileta transbordou, revelando falha no dimensionamento do reservatrio em formato de calha. Ver item subitem 3.3.2. DIMENSIONAMENTO DA CALHA (PILETA), do item 3. SUBSDIOS ESCLARECEDORES, do Laudo. 6- Diga o Expert se no terrao das salas e sacadas dos quartos existe empoamento de gua. a) Caso positiva a resposta, qual a razo do problema? b) Informe quais as medidas a serem adotadas para a soluo do defeito(s) e os respectivos custos de material e mo de obra. R: a) Sim. Respondido no comentrio das fotos n.s 10, 11, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 33, 34, 38, 39, 40 e 41, do Laudo. b) O problema dos terraos e sacadas envolve as seguintes situaes: Declividade inadequada do piso, ausncia de ralos, ralo mal dimensionado e falha na impermeabilizao, devendo a ltima ser analisada de forma aprofundada. Por este motivo, o quesito resta prejudicado, dado a necessidade de investigao invasiva (destrutiva), com o intuito de verificar a extenso do problema das impermeabilizaes, o que extrapola a abrangncia da percia. 7- Informe o Sr. Perito se a platibanda da sacada apresenta infiltraes? a) Se a resposta for positiva, aponte o motivo. b) Informe, ainda, quais as medidas a serem adotadas para a soluo do (s) defeito (s) e respectivos custos de material e mo de obra. R: a) Sim. Respondido no comentrio das fotos n.s 15, 16, 40 e 41, do Laudo. b) Quesito prejudicado dado a necessidade de investigao invasiva (destrutiva), com o intuito de verificar a extenso do problema das impermeabilizaes, o que extrapola a abrangncia da percia. 8- No pavimento trreo, onde est a churrasqueira, existe deteriorao do reboco e da pintura nas paredes. Diante dessa afirmativa: a) Aponte Sr. Perito quais as causas desses vcios. b) Informe quais as medidas a serem adotadas para a soluo do(s) defeitos e respectivos custos de material e mo de obra.

    R: a) Respondido no comentrio das fotos n.s 7, 8 e 9, do Laudo. b) Prejudicado, pelo mesmo motivo do quesito anterior. 9- Diga o Sr. Perito se a churrasqueira do pavimento trreo foi executada de maneira correta. Ainda, informe se a altura do peitoril a suficiente. O sistema de exausto da fumaa foi executado de maneira correta? R: No momento da vistoria encontramos uma parrilla com dimenses adequadas para tal e no uma churrasqueira. O peitoril baixo caracterstica da parrilha. Quanto ao sistema de

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    exausto, tanto o conjunto parrilla/lareira do living como caldeira/lareira do estar ntimo, apresentam tubulaes com inclinaes e curvas que contrariam a boa tcnica. Ver os comentrios das fotos n.'s 20, 21, 22, 23 e 24, do Laudo. 10-A partir de teste "in loco": a) Informe o Sr. Perito qual a razo da fumaa e do cheiro da churrasqueira retornarem pelo duto da lareira do living, inviabilizando o uso da lareira. b) Informe, ainda quais as medidas a serem adotadas para a soluo do(s) defeito(s) e respectivos custos de material e mo de obra. R: a) Devido a ao dos ventos caractersticos da regio que alm de dificultar a sada dos gases emitidos pela parrilla empurra-os de volta pelo duto da lareira do living. Ver comentrios das fotos n.'s 20, 21, 22, 23 e 24, do Laudo. b) Prejudicado. Para efetuar um oramento com o devido levantamento de material e mo de obra, necessrio a elaborao de um projeto, o qual no consta na documentao acostada ao processo. 11- Informe o Sr. Perito se o sistema de aquecimento de gua, com reservatrio de 300 litros, suficiente para a demanda da casa. Caso negativa a resposta, informe o Sr. Perito qual a reserva necessria para atender demanda da casa e qual custo dessa alterao. R: A NBR 7198 da ABNT, em seu item 5.2 ESTIMATIVA DE CONSUMO DE GUA QUENTE, preconiza:

    "Na elaborao dos projetos das instalaes de gua quente, as peculiaridades de cada instalao, as condies climticas e as caractersticas de utilizao do sistema so parmetros a serem considerados no estabelecimento do consumo de gua quente."

    Assim, para o clculo do volume do reservatrio, torna-se necessrio a elaborao de um Projeto de Instalao de gua Quente, o qual no consta na documentao acostada ao processo. 12- A partir de constatao "in loco": a) Informe qual a razo do cheiro da combusto e do rudo da caldeira retornar pelo duto da lareira do estar ntimo. b) Informe ainda, quais as medidas a serem adotadas para a soluo do(s) defeitos(s) e respectivos custos de material e mo de obra. R: a) A sada destes dutos esto dispostas de maneira que o fator vento (caracterstico da regio) faz com que os gases e o rudo da caldeira retornem pelo duto da lareira do estar intimo. Ver os comentrios das fotos n.'s 20, 21, 22, 23 e 24, do Laudo. b) Prejudicado, pelo mesmo motivo da resposta ao item b, do quesito 10, da Autora

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    13- Informe o Sr. Perito se h, no dormitrio leste, deteriorao do reboco e da pintura em alvenarias e umidade nos armrios e no piso, R: Sim. 14- As paredes da sacada de acesso ao pavimento dos quartos esto com pintura e reboco deteriorados e com manchas de umidade? Caso positivo, informe quais as medidas a serem adotadas para a soluo do (s) defeito(s) e respectivo custos de material e mo de obra. R: a) Sim. b) Prejudicado, pelo mesmo motivo da resposta ao item b, do quesito 6, da Autora. 15- Informe o Sr. Perito se existe um "caixo de alvenaria" cujo acesso feito atravs de uma portinhola na sacada. Para acessar o compartimento preciso necessariamente estar deitado? R: Sim. 16- Aps entrar no referido "caixo", informe o Sr. Perito quantas galerias existem e se existem tubulaes em seu interior. Caso positivo, quais as funes dessas tubulaes? R: a) Existem quatro galerias. b) gua fria e quente. 17- Existe umidade nas paredes do "caixo"? Qual a causa dessa umidade? Informe quais as medidas a serem adotadas para a soluo do(s) defeito(s) e respectivo custos de material e mo de obra. R: a) Sim. Ver comentrios das fotos n.'s 35, 36 e 37, do Laudo. b) Conforme respondido nos comentrios das fotos n.'s 35, 36 e 37, a umidade presente no caixo tem origem nos vazamentos das tubulaes de gua fria no 3 pavimento. Por este motivo, o quesito resta prejudicado, dado a necessidade de investigao invasiva (destrutiva), com o intuito de verificar a extenso do problema, o que extrapola a abrangncia da percia. 18- A alternativa adotada pelo responsvel tcnico pelo projeto e execuo da obra, relativa a este "caixo", pode ser enquadrada como usual e dentro da "boa tcnica" ou constitui-se em algo "inusitado" e totalmente inadequado? R: A alternativa adotada constitui-se em um recurso que cada profissional aplica, baseado em sua experincia e conhecimento tcnico, variando de caso a caso. 19- Informe o Sr. Perito se existem projetos hidro-sanitrio e eltrico. a) Caso positivo, qual o nome do responsvel tcnico? b) Caso negativo lcito dizer que o responsvel tcnico pela edificao executou a obra sem os referidos projetos?

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    R: a) No processo existem estes projetos, com o selo do Ru, mas referentes a uma edificao com 308,03m2 e no do prdio existente, que possui aproximadamente 600m2 de rea construda. b) A ausncia destes projetos nos autos e sim apenas os referentes a edificao original, indica a inexistncia dos projetos eltrico e hidrulico da casa existente. 20- Dentro da boa tcnica da engenharia e arquitetura, usual executar uma obra do padro da casa em trato sem projetos eltricos e hidro-sanitrio? R: No. 21- A obra foi executada de acordo com projeto arquitetnico apresentado? R: No. 22- O responsvel tcnico realizou a baixa da ART no CREA-RS? Caso negativa a resposta, apropriado que se diga que as responsabilidades pelas alteraes de projeto so do responsvel tcnico? R: a) No. b) Sim. 23- Informe o Sr. Perito se a autora dispe da Carta de Habitao da sua residncia. Caso negativo, por qual razo? R: a) No. b) No houve solicitao para tal. Importante observar que para solicitar o "habite-se", torna-se necessrio primeiramente regularizar a construo existente junto a prefeitura, devido a diferena entre o projeto aprovado e o que efetivamente foi construdo. 24- O responsvel tcnico pelo projeto arquitetnico deu entrada na Prefeitura Municipal de Rio Grande solicitando a Carta de Habitao? R: No. 7.2. QUESITOS DO RU 1- A construo da casa situada na Avenida Beira Mar n 660, Cassino, est de acordo com o projeto arquitetnico relativo ART 4553801, aprovado pela Secretaria de Coordenao e Planejamento da Prefeitura Municipal de Rio Grande? R: No.

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    2- Se houve alteraes, foi adequado o projeto junto Prefeitura Municipal? Existe ART relativa a alteraes de projeto? Quem foi o profissional responsvel pelas alteraes? R: a) No. b) No. c) Uma vez que no houve baixa da ART do projeto original, deduz-se que as alteraes foram executadas com a anuncia do mesmo responsvel tcnico do projeto original. 3- Fazem parte do projeto original instalaes de gua quente e calefao atravs de caldeira a leo diesel? R: No. 4- Faz parte do projeto original o plano de impermeabilizao da reas expostas a umidade? R: O projeto original no representou as reas a serem impermeabilizadas, e nem indicou o tipo de impermeabilizao a ser adotada, apesar da importncia desta tarefa, conforme preceitua a NBR 9575/2003, que diz:

    "O Projeto Bsico deveria ser elaborado pelo mesmo profissional ou empresa responsvel pelo projeto legal de arquitetura, que se resumiria a indicar as reas a serem impermeabilizadas, seus detalhes construtivos, assim como o tipo de impermeabilizao a ser adotada. (...)" Grifo nosso.

    Ver o pargrafo stimo do subitem 3.2. IMPERMEABILIZAES: PROCESSOS, APLICAES E PATOLOGIAS, do item 3. SUBSDIOS ESCLARECEDORES, do Laudo. 5- O projeto original inclua instalao de piscina e churrasqueira? R: No. 6- Existem problemas estruturais na piscina? Em caso afirmativo, aponte e caracterize a origem demonstrando fisicamente atravs de clculo matemtico a razo de ser de cada caso. R: No momento da vistoria, no foram detectados problemas estruturais na piscina. 7- Existem infiltraes de umidade na estrutura da piscina? Em caso afirmativo, demonstre e caracterize a origem apontando de forma precisa a permeabilidade observada e suas causas. R: Sim. Ver os comentrios das fotos n.'s 2, 3, 4 e 5, do Laudo. 8- Existem problemas relativos argamassa empregada na fixao do revestimento da piscina? Em caso afirmativo, aponte e caracterize a origem demonstrando o ponto de vista fsico-qumico a razo de ser dos problemas. R: Ver a resposta ao quesito anterior.

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    9- Demonstre as especificaes do fabricante da argamassa empregada e indique se h divergncia entre as especificaes e a aplicao realizada. R: No h divergncia na forma como foi aplicada a argamassa empregada. A divergncia consistiu quando foi decido pela retirada do Gel azul, responsvel pela perfeita impermeabilizao. Ver comentrios das fotos n.'s 2, 3, 4 e 5, do Laudo. 10- H possibilidade de estarem ocorrendo reaes qumicas inesperadas entre a argamassa de fixao do revestimento e o tratamento dado gua da piscina? Em caso negativo, demonstre e sustente do ponto de vista qumico o parecer. R: Sim. 11-Existem dificuldades relativas ao revestimento empregado na piscina? Em caso afirmativo, aponte e caracterize a origem, demonstrando do ponto de vista fsico-qumico a razo de ser das dificuldades. R: Sim. O gel azul, responsvel pela perfeita impermeabilizao, no deveria ter sido removido. Ver comentrios das fotos 2, 3, 4 e 5, do Laudo. 12-Demonstre as especificaes do fabricante do produto empregado e indique se h divergncias entre as especificaes e a aplicao realizada? R: No h divergncia na forma como foi aplicada a argamassa empregada. A divergncia consistiu quando foi decido pela retirada do Gel azul, responsvel pela perfeita impermeabilizao. Ver comentrios das fotos n.'s 2, 3, 4 e 5, do Laudo. 13- Do ponto de vista funcional, h possibilidade dos aspectos climticos locais, principalmente caracterizados pela ao constante dos ventos dominantes de Sudoeste e Nordeste, influenciarem na movimentao das guas superficiais da piscina, alterando a comportamento da borda transbordando de forma espontnea? R: No. Os aspectos climticos da regio no seriam suficientes para ocasionar o transbordamento do reservatrio em formato de calha. 14- Os terraos e sacadas existentes esto de acordo com o disposto no projeto original aprovado pela Prefeitura Municipal? R: No. 15- Existem problemas estruturais nos terraos? Caso afirmativo aponte e caracterize a origem, demonstrando fisicamente atravs de clculo matemtico a razo de ser de cada caso. R: No momento da vistoria, no foram detectados problemas estruturais nos terraos.

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    16- Inexistente. 17- Inexistente. 18- Existem infiltraes de umidade na estrutura dos terraos? Em caso afirmativo, demonstre e caracterize a origem apontando de forma precisa a permeabilidade e suas causas. R: a) Sim. Respondido no comentrio das fotos n.s 10, 11, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 33, 34, 38, 39, 40 e 41, do Laudo. b) As infiltraes existentes nos terraos envolve as seguintes situaes: Declividade inadequada do piso, ausncia de ralos, e falha na impermeabilizao, devendo a ltima ser analisada de forma aprofundada. Por este motivo, a origem precisa dos problemas relativos a falhas de impermeabilizao ficam condicionados a necessidade de investigao invasiva (destrutiva), com o intuito de verificar a extenso do defeito, o que extrapola a abrangncia da percia. 19- As impermeabilizaes esto protegidas por camada de isolamento trmico? R: Quesito prejudicado, uma vez que no foi possvel atravs de exame visual a identificao destes elementos. 20- O isolamento trmico protege as impermeabilizaes e estruturas de concreto armado dos potenciais extremos de temperatura, diminuindo, assim, os coeficientes de dilatao e, portanto, o desgaste dos materiais? R: Sim. 21- Os panos de vidro que formam os guarda-corpos dos terraos e sacadas foram fixados pelo lado externo das estruturas de borda, como previsto no projeto original? Em caso negativo, a alterao pode ser influncia nas infiltraes de umidade? R: a) No. b) No. Ver a resposta nos comentrios das fotos n. 40, 41 e 42, do Laudo 22- Com base na NBR 10844 Instalaes prediais de guas pluviais, da ABNT demonstre atravs de clculos matemticos se o sistema de drenagem das sacadas e terraos do projeto original est dentro das exigncias ali contidas. R: Prejudicado. A presente percia contempla a edificao no estgio atual, no tendo sentido analisar um projeto o qual o prprio Ru, a fl. 74, afirma no ter mais validade, em razo das alteraes efetuadas na obra. 23- A churrascaria existente est de acordo com o disposto no projeto original aprovado pela Prefeitura Municipal? R: No.

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    24- O que significa umidade remanescente? A conceituao do termo aponta de forma efetiva causa e efeito determinado? Demonstre. R: Quesito prejudicado, uma vez tal termo no se encaixa no estudo realizado. 25- As umidades tidas como remanescentes podem advir de falha na drenagem junto a janela de PVC? R: Ver resposta quesito ao quesito 24, acima. 26- Quanto ao sistema de limpeza do piso da rea da churrascaria, se o mesmo for lavado com excessiva abundncia de gua, a umidade que penetra pelo rejuntamento e perifericamente poder percolar ascendentemente pelas paredes (sem proteo de rodaps) devido ao fato de que essas so mais porosas do que o material do piso e o caminho que a gua percorre est diretamente relacionado resistncia oferecida pelo meio circulante? R: No. As umidades ascendentes detectadas esto presentes de forma constante, indicando falha no sistema de impermeabilizao adotado para as fundaes. 27- A parrilla reproduzida na churrascaria comparativamente s existentes no Uruguai (local de origem) apresenta alguma divergncia com relao altura do peitoril? Comparativamente s existentes no Uruguai, essa parrilla est devidamente equipada? R: A parrilla existente foi construda sem divergncia quanto a altura do peitoril. No momento da vistoria identificamos apenas o cesto para queima de lenha. 28- A parrilla est sendo utilizada de forma correta? A gerao de calor tem sido feita de forma adequada? R: Quesito prejudicado, visto que no momento da vistoria a mesma foi utilizada com o nico propsito de verificao de propagao de fumaa para o interior da lareira do living, o que foi constatado. Ver os comentrios das fotos n.'s 23 e 24, do Laudo. 29- Com relao ao sistema de tiragem de fumaa, se a parrilla estiver sob a lareira da sala social do pavimento acima, no facilitaria a trajetria do duto de descarga, uma vez que o condutor seria linear, sem curvas e por fora do volume da edificao? Por que isso no ocorreu? R: a) Sim. b) Prejudicado. 30- A lareira da sala social e a parrilla da churrascaria tem condutores individuais ou separados? Esses condutores esto agrupados ou sobressaem ao telhado individualmente? R: Os condutores so individuais, mas esto agrupados. 31- Existe algum sistema de auxilio mecnico dinmico disperso dos gases?

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    R: No momento da vistoria no foi detectado esse sistema. 32- O fluxo dominante dos ventos que incidem na disperso dos gases lamelar? Essa geometria associada ao regime e velocidade dos ventos na regio (ventos dominantes de Sudoeste a Nordeste com velocidade mdia de 8,5m/s conforme dados do Centro Brasileiro de Energia Elica) permite afirmar que h presso positiva significativa na face exposta junto boca de descarga e, por conseqncia, negativa na face posterior, provocando um regime de movimento turbilhonar (Evans/1957- fonte FUUSP)? R: Sim. 33- Se a questo acima no procede, qual o modelo matemtico aplicado na contestao? R: Ver a resposta ao quesito anterior. 34- Considerando o regime de ventos levantados pelo Centro Brasileiro de Energia Elica, que indica potencial elevado de gerao de energia por essa fonte na regio, potencializado pela localizao do lote junto ao cordo de dunas da praia sem nenhum obstculo prximo, no teria sido prudente que os sistemas de exausto de gases (lareiras, churrasqueiras e caldeiras) tivessem tratamento diferenciado junto s descargas? R: Sim. 35- Com base no fluxo de ventilao (deslocamento do ar atravs do recinto, via aberturas-VGN) fenmeno que provoca diferena entre as presses internas e externas ambientais, podemos afirmar que esta dinmica em ambientes de ventilao cruzada potencializa as dificuldades de vazo de descarga dos gases para o exterior ( Araujo/2009- fonte UFPE )? R: Sim. 36- Se a questo acima no procede, qual o modelo matemtico aplicado na contestao? R: Ver a resposta ao quesito anterior. 37- Para fazer frente s dificuldades levantadas a descarga de gases no poderia ter se aproveitado da foras dos ventos e sido potencializada atravs de exausto mecnica elica? R: Sim. 38- Essa exausto mecnica no poderia ser apoiada por energia eltrica na ausncia da dinmica elica? R: Sim.

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    39- Por que essas alternativas tecnolgicas ambiental sustentveis e plenamente conhecidas e amplamente utilizadas no foram adotadas? Haveria modificao esttica no aprovada pela proprietria? R: Quesito prejudicado. 40- Esclarea o Sr. Perito o que mais considerar necessrio. R: Detectamos forte cheiro de esgoto no lavado do 2 pavimento. Tal problema devido a grande distncia que a coluna de ventilao foi instalada, agravado pelo fato do tubo ventilador possuir vrias cotovelos em sua trajetria, impossibilitando a adequada disperso dos gases, inclusive devendo terminar em altura superior a atual.

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    Vai o presente Laudo, desenvolvido em 39 (trinta e nove) folhas impressas em um s lado, todas rubricadas, sendo a ltima datada e assinada.

    disposio de Vossa Excelncia para outras informaes que forem julgadas necessrias.

    Rio Grande, 26 de agosto de 2013.

    ------------------------------------ Clarel da Cruz Riet Eng. Civil CREA 66.891-D Perito - IBAPE 1.047/99