lareiras e churrasqueiras

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LAREIRAS E CHURRASQUEIRAS LAREIRAS O bom funcionamento de uma lareira depende de técnica e certos cuidados, garantindo que a fumaça não invada a sala e nem haja perda de calor, o que requer um projeto e um dimensionamento adequados. O aquecimento deve ser compatível com o tamanho do ambiente e número médio de pessoas que a freqüentam. Porém, a temperatura final é determinada pela quantidade de lenha queimada, além da correta condução e lançamento, pela chaminé, para o exterior dos gases liberados na combustão. A estrutura de uma lareira é composta por três partes fundamentais: caixa ou câmara de fogo, coifa ou caixa de fumaça, e duto ou chaminé. Cada qual desempenha funções específicas, mas interdependentes entre si. Na caixa de fogo, o elemento principal é a chamada boca (a abertura da lareira para o ambiente), cujas dimensões (altura e largura) devem estar de acordo com as medidas do local onde será instalada. Mais para dentro da caixa de fogo, onde se deposita a lenha, um outro segredo: a parede de fundo inclinada. Sua função é empurrar as ondas de calor rumo ao piso do ambiente. Assim, o ar aquecido, que é mais leve e tende a subir, faz aumentar a temperatura do ambiente. Logo acima da caixa de fogo, vem a coifa, com formato semelhante a um funil de cabeça para baixo. Ela capta a fumaça, ao mesmo tempo que detém o ar frio que desce pela chaminé. Nessa etapa, é fundamental a garganta, uma abertura, regulável, cuja medida deve ser exatamente igual à área seccional do duto. Coifa e chaminé, em especial, garantem um funcionamento limpo do sistema, no que concerne à fumaça e à fuligem. A finalidade da garganta da coifa é conduzir a fumaça para fora e impedir que o ar frio desça pela chaminé 1

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Page 1: Lareiras e Churrasqueiras

LAREIRAS E CHURRASQUEIRAS

 

LAREIRAS

O bom funcionamento de uma lareira depende de técnica e certos cuidados, garantindo que a fumaça não invada a sala e nem haja perda de calor, o que requer um projeto e um dimensionamento adequados.O aquecimento deve ser compatível com o tamanho do ambiente e número médio de pessoas que a freqüentam. Porém, a temperatura final é determinada pela quantidade de lenha queimada, além da correta condução e lançamento, pela chaminé, para o exterior dos gases liberados na combustão.

 A estrutura de uma lareira é composta por três partes fundamentais: caixa ou câmara de fogo, coifa ou caixa de fumaça, e duto ou chaminé. Cada qual desempenha funções específicas, mas interdependentes entre si.Na caixa de fogo, o elemento principal é a chamada boca (a abertura da lareira para o ambiente), cujas dimensões (altura e largura) devem estar de acordo com as medidas do local onde será instalada. Mais para dentro da caixa de fogo, onde se deposita a lenha, um outro segredo: a parede de fundo inclinada. Sua função é empurrar as ondas de calor rumo ao piso do ambiente. Assim, o ar aquecido, que é mais leve e tende a subir, faz aumentar a temperatura do ambiente.Logo acima da caixa de fogo, vem a coifa, com formato semelhante a um funil de cabeça para baixo. Ela capta a fumaça, ao mesmo tempo que detém o ar frio que desce pela chaminé. Nessa etapa, é fundamental a garganta, uma abertura, regulável, cuja medida deve ser exatamente igual à área seccional do duto. Coifa e chaminé, em especial, garantem um funcionamento limpo do sistema, no que concerne à fumaça e à fuligem. A finalidade da garganta da coifa é conduzir a fumaça para fora e impedir que o ar frio desça pela chaminé e incida sobre o fogo, espalhando fumaça e cinzas, daí a importância de um bom dimensionamento.

 A alvenaria substituiu os graúdos blocos de pedra antigamente utilizados nas lareiras. Além da alternativa de se contratar um pedreiro para construí-la, há modelos pré-fabricados à venda na forma de kits e em medidas padronizadas.Geralmente confeccionadas em aço galvanizado, pintado de preto, as lareiras pré-fabricadas são encontradas em duas versões: a tradicional, para ser revestida com alvenaria, e a de uso aparente. Nesse caso as paredes não são quebradas, bastando encostar o kit no canto escolhido e furar o teto para a passagem do duto.Em termos de resultado, ambas se equiparam. A diferença é que a aparente, por não ser coberta pela alvenaria, esquenta e esfria com maior velocidade. Vale citar que o aço recebe tratamento para isolação térmica, com resinas e até camadas internas de lã de vidro, a fim de evitar que os usuários se queimem. Quanto às dimensões, o mercado acabou por

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estabelecer algumas medidas de referência, como a relação entre a boca da lareira e o ambiente. O mais usual é encontrá-las para ambientes a partir de 100m³, para as quais se recomendam bocas de largura de 70cm por altura de 60cm, até ambientes com mais de 400m³, com bocas de 130 por 85cm.

- O aquecimento de um ambiente por intermédio de uma combustão deve ser cauteloso, porque o fogo nada mais é que uma reação química com o oxigênio existente, portanto se você aumentar a combustão demasiadamente poderá consumir todo o oxigênio do ambiente, o que provocará náuseas. Por essa razão é que se deve trazer o oxigênio do lado de fora para alimentar a câmara de combustão.

- O aquecimento deve ser constante e uniforme, não devendo ter altos e baixos para não acarretar desconforto nas pessoas.

- A Lareira não deve, em hipótese alguma, expulsar os gases (fumaça) para dentro do ambiente.

- Toda a Lareira deve possuir o registro para regular a tiragem e impedir que entre o ar frio para o ambiente quando ela não estiver acesa.

Porque se constrói Lareiras de Alvenaria, de metal ou de ferro fundido?

Não será a opção por um único material e qual deles seria o melhor?

A Lareira Metálica - São construídas com chapas de aço carbono com especificações mais e menos indicadas para construção de Lareiras. Alguns fabricantes usam as chapas as vezes sem saber se ela é ou não indicada para tal fim, isto porque não têm um conhecimento mais aprofundado. As chapas apropriadas são aquelas em que em sua composição a quantidade de carbono é sempre maior que a de ferro e sempre mais grossa para que a lareira tenha uma durabilidade maior. Você pode descobrir se uma lareira foi construída com chapas grossas pela diferença de peso, evidentemente se ambas tiverem as mesmas proporções.

Com as chapas metálicas os fabricantes conseguem uma vasta versatilidade em seus desenhos o que vai de encontro aos mais variados gostos de cada personalidade.

Mas lá vai um ALERTA: o mercado interno não percebe ou não diferencia as chapas isentas de partículas de óxido de ferro, portanto a durabilidade dela está comprometida.

Os revestimentos internos das chapas são necessários para aumentar a durabilidade e para não comprometer os revestimentos estéticos externos. Esses revestimentos internos quando feitos com materiais fora de norma, são, comumente fissurados com o calor; a umidade por sua vez penetra pelo tubo da chaminé e pelas fissuras, indo atacar as superfícies das chapas causando, logo em seguida, o apodrecimento das mesmas.

Quando a qualidade de aquecimento essa Lareira deixa a muito a desejar uma vez que o metal é um super condutor de calor aquecendo-a rapidamente e desativada a combustão, o processo de resfriamento também é rápido, não se obtendo, assim, uma atmosfera homogeneamente aquecida. A temperatura fica com altos e baixos. O metal não tem propriedade de armazenar calor. Para que haja um ambiente mais ou menos com a temperatura constante com uma lareira Metálica é necessário que nela seja adicionado um trocador de calor. Essa Lareira tem versatilidade quanto a colocação, porém as implicações de se furar um teto para a passagem da chaminé são as mesmas de todos os outros tipos.

A lareira de ferro fundido - São lareiras cujo padrão técnico está bem próximo ao ideal. Armazenam um pouco mais o calor e quanto a durabilidade é tranqüila, e as da Segunda geração já vão ter problemas de manutenção. Os desenhos são limitados devido aos processos de fabricação.

Lareira de alvenaria de tijolos comuns - Lá vai outro ALERTA. Esteticamente consegue-se bons desenhos, mas o dinheiro investido é jogado fora porque nela se tem dois buracos! Um para se fazer o fogo e se ter o visual do mesmo e outro (chaminé) para o calor e fumaça ir embora. O aquecimento só nos pés. Nessa lareira só se obtém o calor periférico quando se tem combustão e esse calor abrange por volta de 1,5 a 2,5 metros. Os menos entendidos aumentam a combustão desejando obter mais calor e, com isso conseguem um fluxo maior de oxigênio criando-se, assim, uma corrente aérea fria interceptando as costas e a nuca do indivíduo.

A lareira pura de alvenaria, de tijolos, massa e concreto legítimo refratário

O que são refratários?

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São materiais compostos de vários óxidos e estes, por sua vez, são incombustíveis, condutores de calor e principalmente armazenadores de calor.

Com esses materiais consegue-se qualquer modelo.

São dois os aquecimentos dessa lareira: o periférico e o abrangente.

O periférico é emitido através dos 4 planos internos refletores de calor.

O abrangente e aquele que vai até o fundo da sala pela irradiação da coifa superaquecida porque também foi construída com tijolos refratários.

No seu interior existe uma estrutura metálica que trabalha com calor independente da alvenaria refratária. A sua função é a de se obter inicialmente a forma de lareira, uma vez que as massas refratárias, no principio de secagem, não têm resistência para se auto suportarem. Com a ação do calor, as massas refratárias se transformarão em cerâmicas e a essa altura, a estrutura metálica poderá se desintegrar sem que isso interfira no bom funcionamento da lareira.

Por se tratar de alvenaria, os transtornos desse processo estão superados porque os tijolos e massas já vem preparados, isto é, cortados e ensacados (Forma de Kit), Os cuidados com a limpeza são esmerados. O pó inicial existe, da mesma forma que para outros processos, devido a perfuração dos tetos.

 

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EM FUNÇÃO DO VOLUME DO COMPARTIMENTO ELO L1 L2 L3 L4 L5

CINCO OPÇÕES DE DIMENSÕES DE LAREIRAS DE CENTRO

 

VOLUME (M3)100 de 100 a 170 de 170 a 240 de 240 a 330

de 330 a 450

A - LARGURA TOTAL (M) (MÍNIMA)

1,10 1,19 1,34 1,49 1,66

B - LARGURA DA CÂMARA DE FOGO (M)

0,70 0,79 0,94 1,09 1,26

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ALTURA DA CÂMARA DE FOGO (M)

0,57 0,62 0,67 0,75 0,85

C - PROFUNDIDADE DA CÂMARA DE FOGO

(M)0,55 0,55 0,55 0,60 0,60

D - PROFUNDIDADE TOTAL (M) (MÍNIMA)

0,68 0,68 0,68 0,73 0,73

DIÂMETRO - CHAMINÉ (M)

0,20 0,20 0,25 0,25 

0,30

 

Para utilizar programa para determinação das dimensões de uma lareira em função das dimensões da boca  clique aqui .

 

 

 

 

EM FUNÇÃO DO VOLUME DO COMPARTIMENTO4

Page 5: Lareiras e Churrasqueiras

 

CINCO OPÇÕES DE DIMENSÕES DE LAREIRAS DE CANTO

VOLUME (M3)100 de 100 a 170 de 170 a 240 de 240 a 330 de 330 a 450

A - MEDIDA LATERAL (M) (MÍNIMA)

0,76 0,84 0,90 0,97 1,12

B - LARGURA DA CÂMARA DE FOGO (M)

0,75 0,85 0,95 1,10 1,30

ALTURA DA CÂMARA DE FOGO (M)

0,57 0,62 0,67 0,75 0,85

C - PROFUNDIDADE DA CÂMARA DE FOGO (M)

0,55 0,55 0,60 0,70 0,80

DIÂMETRO - CHAMINÉ (M)

0,20 0,20 0,25 0,25 0,30

  

LAREIRAS E SEUS COMPONENTES

 

REGISTO

Qualquer lareira (fogo aberto ou fogo fechado) deve ter sempre que possívelcontrolo de tiragem de fumos "REGISTO" o qual tem três funções:)

1º- Reduzir o consumo de lenha - A tiragem numa lareira nunca é constante devido a razões diversas, sobretudo climatéricas por ex.: vento; temperatura umidade etc.

Quanto maior for a tiragem maior é o consumo de lenha e menor o aquecimento. Ao contrário do que por vezes se pensa, o ideal não é ter uma grande tiragem mas sim ter a tiragem suficiente nas condições climatéricas do momento. Devendo para isso ter-se em conta a necessidade de um "registo" numa lareira.

Deve-se fechar o registo um pouco ( 20 minutos após ter sido acesa ) tendo-se o cuidado de não fechar demasiado para não entrar fumo na sala. No caso de ter porta com vidro é conveniente tomar a precaução de evitar o contacto do mesmo com o fumo caso contrário o vidro ficará coberto por fuligem

2º- Aumentar o rendimento - Sempre que se poder deve-se reduzir a abertura da fuga da chaminé fechando o registo o mais possível, (tendo o cuidado de não fechar demasiado para não entrar fumo) o objectivo é neste caso, reduzir a tiragem e como é evidente, quanto menos ar sair da sala através de chaminé, mais ar quente fica na sala.

3º- Evitar o arrefecimento da divisão com a lareira apagada - Em alturas com temperaturas frias se tiver a lareira apagada deve ter o registo fechado para evitar perdas de ar da sala, perdas essas que serão maiores quando a casa tiver sendo aquecida por outro meio alternativo (ar/condicionado, aquecimento eléctrico etc.).

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Nota:Se a sua lareira for "fogo fechado" e a porta tiver uma boa vedação basta fecha-la para evitar estas perdas de calor.

TOMADA DE AR EXTERIOR

Todas as lareiras (fogo aberto ou fogo fechado) devem ter tomada de ar exterior pelas seguintes razões:

1º- Evitar o consumo de ar da sala; - Como é sabido um lareira acesa consome grandes quantidades de ar, aprox. 80 m3

por hora, quer isto dizer que ao fim de um hora terá retirado todo o ar de uma sala normal 3 a 4 vezes. e com ele quase todo o calor por ela libertado.

Nota:- Deve ter-se em atenção que devido à depressão provocada ao retirar o ar do compartimento em questão, está-se simultaneamente a aspirar ar "frio e húmido" do exterior através das frestas das portas e janelas.

2º- Impedir a interrupção do bom funcionamento. - Em casos de bom isolamento de portas e janelas, ao fim de um certo tempo de uso, a depressão aumenta, e como nestas situações não há frestas para entrar o ar necessário para se dar a compensação do ar saído (com o fumo) acontece que o fumo deixa de sair fazendo retorno.

Nota: Quando não for possível fazer a entrada de ar exterior na lareira deve-se fazer uma entrada em qualquer parede exterior preferencialmente na que estiver mais próximo da lareira.(de modo que não faça corrente de ar entre o fogo e as pessoas a sua volta.

VENTILADOR

Qualquer lareira de calor circulante deve ter ventilação forçada com um ventilador no sistema de circulação (recuperação)

Aumentar o rendimento -

O sua utilidade é muito evidente. As partes metálicas da caixa de ar do recuperador depois de quentes irradiam o calor pela caixa de ar que as mesmas formam o qual sobe naturalmente por conveção. Ora se o forçarmos esse ar a passar mais rapidamente através dessas mesmas caixas de ar, mais as partes metálicas arrefecem e maior calor é retirado das mesmas, as quais por sua vez ao arrefeceram mais calor vão retirar ao fogo e menos calor se vai perder através da chaminé. -

Tipos de ventiladores.

Existem dois tipos de Ventiladores.exautores e insulfladores

Os que trabalham em depressão (Exaustores) - Que extraem o ar da câmara de aquecimento do recuperador com ou sem cárter (neste caso se a conduta estiver mal colada o fumo pode também ser aspirado)

Os que trabalham em pressão (Insufladores) - Que insuflam ar dentro da conduta transportadora para o Recuperador

A potência das turbinas deve variar com a potência dos recuperadores ou seja quanto maior for a área de ferro exposto ao fogo (contando com as alhetas, se existirem) maior será a recuperação e mais potente pode ser a turbina.

Nota: Teste você mesmo - Basta abrir o sistema de aquecimento do seu automóvel (excepto em sistemas com ar condicionado) esperando que aqueça sem ligar a turbina e com o carro parado, por mais quente que esteja o seu sistema como pode verificar sem a turbina a trabalhar não retira qualquer calor do mesmo. Logo que a turbina seja ligada verificará a quantidade de calor que se estava a perder. (logicamente o carro terá que ter o motor quente, tal como num recuperador que só recupera o calor se estiver quente)

Os sistemas de aquecimento usuais nos nosso veículos não são mais que um sistema de reaproveitamento de calor igual ao usado nas lareiras com recuperação.

TERMOSTATO DE LIGAÇÃO

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As lareira de calor circulante forçado, (com um ventilador) , equipadas com um interruptor termostático têm a grande vantagem de o utilizador não ter de se preocupar em ligar o ventilador quando o ar que sai já está aquecido para poder aumentar o rendimento da recuperação, ou ter de desligá-lo quando acaba a lenha ou apaga a lareira porque arrefeceria a casa.

O seu funcionamento é muito simples, coloca-se o termóstato na temperatura a partir da qual se quer que o ventilador arranque, devendo a mesma ser superior á temperatura ambiente caso contrário o ventilador nunca pára e mete na casa ar frio, ao contrário que se quiser que o ventilador trabalhe menos sobe-se a temperatura do interruptor. O que não é aconselhável pois reduz a produção de calor.

Aconselha-se coloca-lo entre os 20 e os 40 graus preferencialmente nos 30 graus

Nota: O termóstato neste caso nunca controla o calor ou a temperatura da sala. funciona apenas como interruptor automático.

CONDUTORES DE FUMOS

Dimensão dos condutos

- O diâmetro de uma conduta varia com a altura.- Uma conduta com o diâmetro de 200 mm geralmente é o suficiente para recuperadores ou lareiras abertas

- Em recuperadores com pequena dimensão pode ser reduzida até 180mm, com menor diâmetro não á a garantia de um funcionamento sempre correcto mesmo em recuperadores fechados.

- Em lareiras abertas ou fechadas de grande dimensão o diâmetro 230 mm, 250mm ou superior é aconselhado

Nota: Uma das causas de mau funcionamento de muitas lareiras e recuperadores é o sub. ou sobre-dimensionamento das condutas de fumos por atrofiamento ou por arrefecimento do fumo emitido

MATERIAL A USAR NAS CONDUTAS DE FUMOS

- Tubo em aço inoxidável (Tipo-316)- É o único tipo de material autorizado para condutas na maior parte dos países da Europa e o único que tem garantia de duração. Tem a vantagem de poder ser aplicado com recuperação de calor. (sendo o próprio tubo o recuperador nos pisos adjacentes)

Obs. Temos detectado problemas apenas nas junções com os tubos das chaminés devido a não terem sido instalado correctamente (com as correctas uniões inoxidáveis).

- Betão; tijolo; barro pré-fabricado ou tubos em fibrocimento.-Infelizmente em Portugal ainda são autorizadas este tipo de condutas. - Neste caso a forra das condutas deve ser executada com uma outra parede em tijolo (ou outro material) tendo o cuidado de deixar sempre uma caixa de ar entre as condutas e paredes de acabamento, evitando as fissuras (rachas) nas paredes. Para obter uma garantia máxima, deverá o espaço de caixa de ar ser preenchido com lã de vidro, lã de rocha ou deixar uma entrada e saída para o exterior da mesma caixa de ar.

Obs. São inúmeros os casos de fissuras de condutas feitas em tijolos ou cimento geralmente partem entre um e cinco anos, mas temos um caso em que a mesma durou 12 anos até ceder. Em tubos de fibrocimento já é mais raro, mas só no inverno de 1999/2000 nos apareceram dois casos de tubo de fibrocimento totalmente rebentado em instalações com recuperadores de calor talvez devido a grandes aqueçimentos.

- Tubo em chapa galvanizada "spyro".- este tipo de condutas não é aconselhado para condutas de fumos de lareiras pois a sua duração é muinto pequena 3 a 10 anos esse facto pode ser menosprezado se a conduta for exterior, ou se a lareira for para ser usada raramente.

Este tubo pode ser usado para guia de um outro a ser metido por dentro, neste caso o tubo "spyro" tem que ter no mínimo 25 cm.

Obs. É o tubo mas usado em Portugal (não por nós), geralmente dura mais que 5 anos em blocos de apartamentos, pois as lareiras não são usadas todos os dias, devido a isso o construtor fica salvaguardado da sua garantia obrigatoria de 5 anos.Obviamente que sendo assim quando o tubo se consome é o cliente final que vai ter que o substituir, o que na maioria das vezes se torna impossível pois em andares contíguos os tubos passam por detrás das lareiras

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superiores, e com é evidente que apanha com o fumo é sempre o vizinho de cima, e ninguém vai querer partir muito menos um vizinho que nem usa a sua lareira.

Nota: - Em Condutas interiores que passem junto a uma caixa de ar ou tecto falso devem-se ter especiais cuidados na sua concepção.

São inúmeras as vezes que deparamos com casos de passagem de fumos em caixas de arTambém temos encontrado nos pedidos de ajuda isolamentos derretidos a libertar cheiros pelas caixas de ar, assim como tubos eléctricos e de esgoto derretidos, por não terem sido isolados e separados devidamente.

PASSAGEM DAS CONDUTAS DE FUMOS NAS PLACAS E VIGAS

- Ao passar vigas ou placas não deve ser deixada qualquer obstrução que impeça a posterior limpeza das mesmas

Nota: A limpeza das condutas deve ser feita periodicamente todos os anos em caso de uso intensivo, ou num prazo mais dilatado, em casos normais.

- Existem produtos para reduzir o agarramento da fuligem ás paredes das condutas

- Deve-se contar também com eventuais entupimentos das condutas devidos a ninhos de pássaros ou quais serão de difícil remoção no caso de existirem ferros a atravessar as condutas. (nomeadamente ferros de vigas ou de placas)

 INCLINAÇÃO ADMITIDA NAS CONDUTAS DE FUMOS

- A inclinação máxima admitida é 45º. (nunca deve ser excedida)

Nota: Maiores inclinações só estudadas caso a caso.(Consultar manual com desenhos explicativos).

PASSAGEM DE CABOS ELÉCTRICOS E ESGOTOS JUNTO A CONDUTAS DE FUMOS

- Os cabos elétricos ou esgotos de PVC que eventualmente tenham de passar junto a qualquer conduta de fumos (mesmo

num andar superior) devem ser embutidos no cimento e isolados com lã de vidro ou outro material isolante exceto no caso de serem usados cabos ou tubos especiais resistentes a altas temperaturas

CHAMINÉS

TIPOS DE CHAMINÉS PERMITIDOS

- Não deve ter paredes, a atrofiar a passagem do vento.(Consultar manual com desenhos explicativos).

Nota:-Uma chaminé mal concebida é muitas vezes a causa do mau funcionamento de muitas lareiras, principalmente quando há vento .(Consultar manual com desenhos explicativos).

- Existem no mercado chaminés que nunca poderão servir para uma lareira.- Quando uma lareira não funciona a primeira coisa a verificar é a chaminé.

PARTE DECORATIVA

A parte decorativa, nomeadamente mármores e afins devem sempre estar isolado das zonas expostas ao fogo os separadas por juntas nas zonas de dilatação do tijolos, ferros etc.

Nota: O "pano" das lareira nunca deve ser feito a encima das pedras nem sujeitar as mesmas a pressões ou dilatações, sendo esta muitas vezes a causa de as mesma partirem quase sempre.

Churrasqueiras

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A laje de fundo das churrasqueiras devem ser protegidas da ação direta do fogo para evitar dilatação que cause fissuras tanto na própria laje ou no encontro com a alvenaría.

Para isso normalmente se coloca uma camada de areia com 3 a 5 cm de espessura e sobre esta camada coloca-se tijolos apenas soltos possibilitando a sua movimentação térmica (dos tijolos) sem causar tensões.

Sobre os tijolos se coloca uma chapa metálica para evitar que o pó de carvão preencha os espaços entre os tijolos.

Periodicamente é necessário fazer substituição da areia para efeito de limpeza.

 

CHURRASQUEIRAS E COIFAS medidas em cm

  A B C D E F G H I J K L M N O

CH-1 98 70 90 65 375 67 42 90 58 98 70 70 150 30 18

CH-2 110 80 90 65 375 78 53 90 58 110 80 70 150 30 18

CH-3 146 80 90 65 375 114 53 90 58 146 80 70 150 30 

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