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  • Joni Galvo

    2015Todos os direitos reservados Panda Books.Um selo da Editora Original Ltda.Rua Henrique Schaumann, 286, cj. 41 | 05413-010 | So Paulo | SPTel./Fax: (11) 3088-8444 | [email protected] Visite nosso Facebook, Instagram e Twitter.

    Nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida por qualquer meio ou for-ma sem a prvia autorizao da Editora Original Ltda. A violao dos direitos auto-rais crime estabelecido na Lei n 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Cdigo Penal.

    CIP-BRASIL. CATALOGAO NA FONTE

    SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

    Galvo, JoniSuper-histrias no universo corporativo / Joni Galvo. 1. ed. So Paulo: Panda Books, 2015. 208 pp.

    ISBN 978-85-7888-518-2

    1. Rede de negcios. 2. Qualificaes profissionais. I. Ttulo.

    15-23530 CDD: 658.047CDU: 658.114.7

    Diretor editorial Marcelo Duarte

    Diretora comercial Patty Pachas

    Diretora de projetos especiais Tatiana Fulas

    Coordenadora editorial Vanessa Sayuri Sawada

    Assistentes editoriais Juliana Silva e Mayara dos Santos Freitas

    Assistente de arte Carolina Ferreira

    Projeto grfico, diagramao e capa Gustavo Piqueira | Casa Rex

    Colaborao Marina Vidigal, gustavo curcio e marilia muylaert

    Preparao MARIA SYLVIA CORREA

    Reviso TELMA BAEZA GONALVES DIAS

    Impresso CROMOSETE

    Pand

    a Boo

    ks

  • Para Dani, a protagonista

    que mudou a minha histria.

    Para Bruno, o primeiro,

    que me ensinou o que ser pai.

    Para Felipe, o segundo,

    intenso como uma boa trama.

    Para Carol, a terceira, a princesa

    que completou o grande elenco.

    Para meu Pai, que sabia como

    ningum o valor de uma boa histria.

    Para minha Me, que foi forte

    o bastante para enfrentar foras

    antagnicas que a vida trouxe.

    Para Robert McKee, que iluminou

    o meu caminho e me ensinou o

    verdadeiro Storytelling.

  • Sumrio

    prefcio 10

    ATO 1

    Apresentao 14

    Captulo 1 O poder do storytelling no mundo corporativo 18Vale a pena contar histrias no mundo corporativo?

    Aplicaes do storytelling no ambiente corporativo

    Valor e cultura nas empresas

    O storytelling no marketing e na publicidade

    Storytelling e liderana

    A emoo que transforma a comunicao

    A apresentao de dados e as histrias que os nmeros guardam

    ATO 2

    Captulo 2 Para construir uma boa histria 44Tratando de valores universais

    A verdade a favor das histrias

    A minha verdade pode ser a sua

    E tudo isso para gerar identificao...

    Captulo 3 Storytelling: como fazer 64O diagnstico e os quatro elementos da histria

    Ideia governante: o elemento-base do storytelling

    Sustentando a ideia governante

    O universo da histria

    Sobre quem essa histria?

    O desejo do protagonista

    As dificuldades do protagonista

    Ambientao: o incio da histria

    O incidente incitante

    As complicaes progressivas

    Variaes na carga de valor e pontos de virada

    O final em trs etapas: crise, clmax e resoluo

    O desfecho da comunicao e a busca pela adeso

    Para ter um final crvel

    Afinal, as transformaes

    Os atos que estruturam as histrias

    TC Bank: para pessoas comuns com sonhos extraordinrios

    Que tal fazer uma campanha de despedida de um produto?

    o incio do arco da histria

    O MEIO, AS COMPLICAES PROGRESSIVAS

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  • Captulo 4 Dando tempero trama 130As versteis metforas

    Subtexto: as mensagens nas entrelinhas

    Backstory em relao marca

    ncora: fortalecendo o vnculo com a audincia

    Comunicao continuada e integrada

    O uso do humor

    Captulo 5 Conceitos essenciais 152Evite o excesso de explicaes

    Entendendo os diferentes tipos de narrativa

    Atente aos filtros da audincia

    Fuja dos pecados capitais do storytelling

    Finalmente, capriche na edio

    Captulo 6 A experincia pessoal no storytelling 168O menino que s tinha uma chance

    Captulo 7 Telling: o ato de contar histrias 178Que tal mostrar em vez de contar?O telling nas apresentaes O planejamento de mos dadas com o improvisoAs setenas-chave em prol do improvisoQuando sua histria precisa ser recontada

    ATO 3

    Captulo 8 Storydoing: a produo de histrias 196E voc e sua marca? Produziram alguma histria hoje?

    De que recursos voc dispe para sua histria?

    Referncias bibliogrficas 206

    PARA CONTAS HISTRIAS PRECISO PRODUZIR HISTRIAS

    9

  • PREFCIO

    Primeiro de tudo agradeo ao Nizan Guanaes, pois foi ele quem, de um incidente incitante que me aconteceu quando eu ainda era presidente da Reuters, apresentou-me Joni Galvo poca scio-fundador da SOAP.

    Precisava fazer uma apresentao a um grande cliente e no sabia se aquele dia em que a oportunidade surgia seria o dia em que receberia meu FGTS. Maneira sutil de falar sobre receber as contas, pois o desafio era enorme.

    O cliente me colocou para expor sua equipe, mais de trezentos profissionais, o produto da Reuters. No sabia por onde comear quando lembrei que o cliente se utilizava da frica, agncia de Nizan Guanaes e Guga Valente.

    Nizan disse ser Joni a pessoa que o ajudava a montar as apresentaes fora da caixa para a frica.

    A empatia nasceu no instante zero em que nos conhece-mos. Ele estava na recepo de sua ex-empresa vestindo jeans, tnis e um bon. Ao meu lado falou: E a Mano, conhece os Homi?. Eu, imagine, vestindo terno, de modo bem tradicional,

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  • sendo abordado daquele jeito por quem, no momento seguinte, se revelou o scio da empresa.

    Sua criatividade algo nico, sua abrangncia multicul-tural, seu carisma e carinho como trata as pessoas s fizeram aumentar a minha admirao pelo seu trabalho. Na verdade, era um prazer estar ensaiando uma apresentao totalmente revolucionria para os meus padres.

    Por meio de recursos da letra da msica ndios, do Renato Russo, que diz que o passado no como antigamente e o futuro ainda est por vir, ele criava uma porta para o pensar diferen-te, que as coisas mudam, que precisamos estar atentos ao novo, que em todos os dias acontecem coisas novas e no passado fi-cvamos acomodados com o que nos satisfazia naquele dado momento e parecia uma coisa eterna.

    No mais assim hoje, e para dar esse tempero fui vesti-do de cala jeans, camisa preta e culos, totalmente diferente do meu estilo executivo... O subliminar j induzia a audincia a relacionar a apresentao com a Apple, sem falar da Apple sugestionando o moderno.

    Essa foi a grande lio que aprendi com o Joni. Ele cria correlaes, histrias que permanecem muito tempo na nossa memria sem que s vezes a gente percebe que est fixando o branding com o que se chama hoje de storytelling.

    O incidente incitante. Por isso recomendo a leitura aten-ta deste livro, pois todas as nossas ideias pr-formadas pelas apresentaes tradicionais so desmitificadas pelos novos conceitos apresentados em suas pginas.

    No toa, o mago Robert McKee escolheu o Joni para ser seu legado vivo e, alm de tudo, com muito orgulho, um brasi-leiro, que encanta a cada criao que lhe dada a desenvolver.

    Todo o sucesso de hoje no mais como antigamen-te, em que uma pessoa mais intuitiva ou comunicativa atraa para si os aplausos. Hoje no h espao para ser amador. O mundo cada vez mais competitivo, exige treinamento, efi-cincia, administrao de tempos para o locutor e a plateia. A exigncia est diretamente ligada ao sucesso. Quem no en-tender estar falando literalmente a cu aberto, pois no ter capacidade de ter paredes para ouvir, pois o espao caro e no premia a ineficincia. A cu aberto h vrias praas nas

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  • quais se pode ento pregar, mas suas palavras ficaro ao vento. O mundo mudou, e apresentar cada vez mais uma cincia. Investir em material bom fruto de ter um profissional que entenda sua necessidade e transmita algo que possa ficar mais tempo em nossas memrias.

    Existe a mxima: Voc j foi Bahia? Se no, v. Certo, Nizan?Se voc no conheceu o Joni Galvo ainda, ento conhe-

    a-o. Surpreenda-se como fez Robert McKee e todos aqueles que como eu puderam aproveitar e achar que a cada nova tare-fa algo surpreendente e inovador acontecer.

    Em resumo: O gnio transforma a criao em inovao.

    Ricardo Diniz

    Vice-chairman da BofAML Brasil

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  • ato 1

    o incio do arco da histria

  • When I was young, it seemed that life was so wonderful,Quando eu era jovem, parecia que a vida era maravilhosa,A miracle, oh it was so beautiful, magical.Um milagre, como era bela e mgica.And all the birds in the trees, well theyd be singing so happily,oh joyfully, oh playfully, watching me.E todos os pssaros nas rvores, cantando alegremente,to contentes, brincando, olhando para mim.But then they sent me away to teach me how to be sensible, logical, oh responsible, practical.Foi ento que comearam a me ensinar a ser sensato, lgico, responsvel, prtico.And then they showed me a world where I could be dependable,oh clinical, oh intellectual, cynical...E depois me mostraram um mundo onde eu poderia ser confivel, frio, intelectual, cnico...

    Apresentao14

  • Adoro essa msica. The logical song, Supertramp. Ela define com maestria a presso que existe no mundo para que nos tornemos pessoas lgicas, prticas e responsveis. Mais que isso, fala da presso que existe para que nos tornemos aceitveis, respei-tveis, apresentveis. Enfim, destaca a presso que existe para que nos tornemos uns vegetais...

    Ainda na infncia, eu me deparei com a insuportvel pres-so para ser moldado de acordo com os princpios daqueles que me cercavam. Contrariei a expectativa de pais, tios, professores e, sem saber ao certo para onde caminhava, nunca me deixei transformar em vegetal. No modo de agir, de pensar e especial-mente no modo de me comunicar, fiz questo de fugir dos mode-los que se disseminavam ao meu redor.

    Se na infncia, adolescncia e juventude j seguia essa tri-lha, na vida adulta, ao entrar no mundo corporativo, fui alm. Sem me enquadrar nos padres de comunicao existentes, mi-nha opo no foi abandonar essa frente, mas tentar revolucionar o modo de as empresas se comunicarem.

    Num movimento um tanto rebelde, tive a sorte de prota-gonizar, ao lado de pessoas queridas, uma verdadeira revoluo na comunicao corporativa. Comecei essa caminhada em 2003 criando a SOAP, empresa voltada confeco de apresentaes corporativas. Dez anos mais tarde, decidi ir alm e criei outra em-presa, a The Plot Company, dessa vez com o intuito de reinventar a forma como as empresas enxergam e praticam o storytelling.

    Conto melhor essa histria...Estvamos em 2003 quando eu e meu primo Eduardo

    Adas decidimos criar a primeira empresa especializada em apresentaes do pas, a SOAP (State of the Art Presentations). Reinventar o modo de as empresas se comunicarem era nos-so grande sonho e, de fato, conseguimos muita coisa. Nos dez anos em que estivemos juntos, atendemos mais de mil clientes e criamos mais de 12 mil apresentaes baseadas em concei-tos de storytelling. Abraamos uma verdadeira batalha contra apresentaes vazias e sem significado. Abrimos filiais nos Es-tados Unidos e na Europa e, no Brasil, lanamos um livro dis-seminando nossos princpios e mtodos para todo o mercado (Superapresentaes Como vender ideias e conquistar audin-cias). Assistimos ao nascimento de empresas concorrentes e

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  • chegamos a um ponto em que, independentemente dos cami-nhos que nossa empresa tomasse, tnhamos a certeza de que o mercado de apresentaes estava estabelecido no Brasil.

    Na medida em que enxergava meu objetivo inicial sendo alcanado, crescia em mim uma nova inquietao. Eu analisa-va as ferramentas que vinha utilizando, observava o nicho de comunicao em que atuava e queria mais. Queria aprimorar o mtodo que at ento utilizava e ampliar as frentes de atuao, no me restringir apenas criao de apresentaes.

    Enquanto esse desejo ia ganhando corpo, conheci o guru de grandes roteiristas de cinema, o norte-americano Robert McKee. Autor do livro Story: Substncia, estrutura, estilo e os princpios da escrita de roteiro, ele um dos maiores conhecedo-res de tcnicas de roteiro do mundo. Professor e consultor dos maiores diretores e roteiristas da atualidade, ajudou mais de sessenta deles a ganhar o Oscar e foi responsvel por um ponto de virada na Pixar ao levar seus princpios para os processos de criao da empresa. Foi a partir de sua atuao que nasceu o primeiro blockbuster da empresa, a animao Toy Story.

    Conheci McKee fazendo um de seus cursos. O contato com sua viso sobre a linguagem cinematogrfica revolucionou mi-nha maneira de enxergar o storytelling. Diante dos conceitos que ele propunha, minha reflexo foi inevitvel... E se basessemos a comunicao das empresas num mtodo universal, que aceita qualquer estrutura narrativa e se mostra eficiente na contao de grandes histrias? Afinal, o que se passa nos filmes acontece tam-bm na nossa vida: um evento tira o protagonista do equilbrio e, a partir da, ele atravessa uma grande jornada para tentar alcanar seus objetivos. Os protagonistas das histrias corporativas pode-riam ser empresas, funcionrios, gestores, marcas ou at mesmo produtos. E as histrias criadas de acordo com esses princpios teriam potencial para ser muito mais marcantes, impactantes e durveis do que as comunicaes construdas at ento.

    Logo me dei conta de que tudo aquilo era possvel. Se aplicasse os conceitos do cinema no branding, no marketing, na publicidade e em vendas, poderia revolucionar a comunicao cor-porativa, ajudando as empresas a construir histrias autnticas, engajadoras, impactantes e inesquecveis. Se lanssemos mo dos princpios utilizados pelos melhores diretores de cinema do

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  • mundo a favor das marcas, elas s teriam a ganhar. Bingo! L estava o novo caminho que eu iria trilhar.

    Apresentei a ideia a McKee, e ele imediatamente vestiu a camisa. Formatamos juntos um curso que se propunha a aplicar seus princpios de construo de roteiros linguagem corporati-va e, em fevereiro de 2014, dei forma empresa que me ajudaria a trazer esses conceitos para o mercado. No por acaso, a The Plot Company traz em seu nome trama (plot, em ingls), elemento que se mostrou muito revelador nessa minha nova jornada.

    No novo palco, conforme previa, tenho tido a chance de dar forma a situaes de comunicao diferenciadas, constru-das com base na fuso de conceitos que eu j aplicava em apre-sentaes corporativas, com princpios do cinema revelados por Robert McKee. Meu guru, mentor, amigo e professor assinou embaixo e se tornou um parceiro profissional. Hoje, McKee scio e membro honorrio da The Plot Company, nos ajudando no grande desafio de manter vivas as histrias de nossos clien-tes. Keep your story alive (Mantenha a sua histria viva) o que define nosso slogan. Alm de manter vivas histrias existentes, tambm nos empenhamos em produzir histrias relevantes. Eis outra importante vertente no processo de comunicao de uma marca (ao longo desta obra vamos nos referir a essa vertente como storydoing, termo originalmente empregado por Ty Mon-tague, em seu livro True story).

    semelhana do que fiz anos atrs, por ocasio do lana-mento do meu primeiro livro, ento, volto ao mercado editorial para revelar os detalhes dessa minha nova maneira de enxergar a comunicao corporativa. A todos os interessados, comparti-lho e dissemino esse mtodo de criao e estruturao de his-trias voltado ao mundo corporativo. Esse que entendo como sendo meu maior incremento profissional dos ltimos anos.

    Alm de fornecer ferramentas que possibilitam a estrutu-rao de histrias eficientes, espero que essa leitura o ajude a protagonizar histrias dignas de serem recontadas. Que voc se aperfeioe no storytelling e no storydoing. Afinal, na medida em que conhecemos os elementos que compem uma narrativa, podemos tambm aplic-los ao dia a dia, produzindo histrias cada vez mais cativantes.

    Boa leitura.

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  • Captulo 1

    O poder

    do storytelling

    no mundo

    corporativo

  • Captulo 1

    Quantas histrias voc j ouviu e contou ao longo da vida? Contar histrias natural do ser humano. To natural que digo que essa prtica no se ensina nem se aprende: se resgata. Mas ainda que a prtica seja quase intuitiva, ela nem sempre percebida como uma ferramenta capaz de atuar em prol dos negcios ou do cres-cimento profissional. Pois disso que trataremos nestas pginas: do uso das boas histrias em prol da comunicao corporativa.

    Seja no mundo corporativo ou fora dele, importante en-tender que o storytelling tem duas vertentes: as histrias pro-priamente ditas (story) e a maneira como so contadas (telling). Mesmo entendendo que um storytelling de qualidade requer as duas frentes atuando em consonncia, nosso destaque nesta obra ficar para a criao de histrias, que consiste na base, na espinha dorsal que sustenta um bom storytelling.

    Embora no seja obrigatrio passar por um treinamen-to formal para contar boas histrias em ambiente profissional, existem tcnicas capazes de aprimorar e muito essas habilida-des. Mesmo entre pessoas que tm desenvoltura para estruturar histrias e se expor em pblico, a conscincia do que est por trs das narrativas pode ajud-las significativamente.

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  • Para comear nossa conversa, lano aqui uma pergunta: quando um apresentador transmite uma mensagem, o pblico de fato recebe as informaes enviadas? De acordo com Oren Klaff, autor do livro Pitch anything, existe um verdadeiro abismo entre as mensagens disparadas pelo emissor e a forma como so rece-bidas pela audincia. Segundo ele, nove entre dez espectadores se perdem no processo de comunicao. As pessoas no so fisgadas e no recebem as mensagens da forma como foram enviadas.

    Nesse contexto, a boa notcia que um storytelling bem-construdo fornece elementos capazes de ajudar o emissor da mensagem a inverter essa lgica. Sem milagres, a ferramenta possibilita a construo de uma comunicao eficiente, que entrega informao e emoo na medida certa. Com isso, o emissor consegue envolver a audincia em sua his-tria, prender sua ateno e, finalmente, conquistar sua adeso.

    Outro aspecto que justifica voltar o olhar para o storytelling o fato de vivermos hoje em um mundo facilmente copiado. Produtos e servios so muito semelhantes entre si e cada vez mais o diferencial de cada um est nas histrias construdas e acumuladas. Pensando em marcas, produtos e servios, as histrias que cada um tiver gerado com seus consumidores o que far a diferena.

    Vale a penacontar histrias no mundo corporativo?

    Mas, afinal, por que contar e ouvir histrias? As histrias so ferra-

    mentas da vida. Elas nos ajudam a viver, na medida em que nos mostram novos pontos de vista e novas formas de ver o mundo. A colocao de Robert McKee, professor de roteiro e autor do livro Story: Substncia, estrutura, estilo e os princpios da escrita de roteiro. Concordo com ele. Boas histrias emocionam, tocam e transformam as pessoas. Aprimo-ram seu modo de pensar e de agir e merecem ser passadas adiante.

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  • A capacidade de contar histrias est em nossa essncia. Por mais que a vida em sociedade, a formao escolar e acadmica tolham tal ha-bilidade, ela sempre poder ser resgatada especialmente se contarmos com a ajuda de ferramentas de estruturao de storytelling. A partir do momento em que lanamos um olhar mais apurado sobre os elementos que formam uma narrativa, ampliamos a compreenso sobre as hist-rias, os filmes e os livros que j compem nosso repertrio. Consequente-mente, transformamos tambm nossa capacidade de criar, estruturar e recontar histrias, num movimento natural e inevitvel.

    Se a premissa se aplica ao contexto particular, serve tam-bm para o universo corporativo. A partir do momento em que uma histria acerca de uma marca toca seu pblico, ela fica em destaque. Estreitam-se os laos entre as partes e aumentam-se as chances de o pblico aderir marca em um momento presen-te ou futuro. Indo alm, no auge da relao, o prprio pblico passa a recontar as histrias de tal marca. A melhor maneira de se conseguir isso por meio de discursos humanos, verdadeiros e bem-estruturados, que podem ser aplicados nas mais variadas frentes do mundo corporativo.

    Qualquer pessoa capaz de contar boas histrias?

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  • Especialmente em ambientes tcnicos e em corporaes muito rgidas e fechadas, comum a percepo equivocada de que praticar storytelling significa perda de tempo ou um regresso ao universo infantil, de fantasia. Muitos profissionais que ocu-pam cargos de chefia exigem comunicaes exclusivamente ra-cionais, que cheguem direto ao ponto, e sequer se dispem a ouvir histrias. Engessam funcionrios, calando iniciativas e essncias criativas. No permitem ousadia em aes nem na comunicao.

    Em geral, essa postura acontece por parte de indivduos que nunca foram tocados por uma boa histria. No existe ser humano absolutamente racional e lgico. Para quem se permi-te sentir, a fora da emoo cedo ou tarde vence a razo. Em qualquer comunicao, no faz sentido desconsiderar aspectos emocionais, j que as decises humanas invariavelmente en-volvem tais aspectos. No que se refere razo, tambm ela favorecida pelas histrias, j que as histrias sejam reais ou fictcias nos ajudam a entender melhor a realidade.

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  • Para quem pergunta em que frentes o storytelling pode ser usado, seria mais fcil questionar se existe

    alguma situao em que ele no pode ser utilizado. O mais evi-dente dos contextos em que o storytelling pode ser usado o das apresentaes. Estando um locutor diante de um pblico, contar histrias praticamente natural. Mas o storytelling pode ir muito alm desse universo, atuando em diversas frentes de comunica-o interna e externa:

    Storytelling na comunicao interna: compreen-de todo tipo de comunicao interna, a citar cursos, reu-nies, comunicados, situaes de recrutamento, con-trataes, situaes de prestao de contas, eventos de integrao, situaes informais de comunicao etc.

    Storytelling na comunicao externa: compreendetodo tipo de comunicao relacionada a consumidores,prospects, fornecedores, distribuidores, investidores eoutros interlocutores que no sejam funcionrios da em-presa. Exemplos: convenes de vendas, negociaes,reunies com interlocutores externos e as mais diversasaes relacionadas publicidade, marketing e branding.

    Aplicaes do storytelling no ambiente corporativo

    As radionovelas foram iniciativas pioneiras no uso do storytelling na publicidade. Ao patrocinar as histrias, as marcas ganhavam visibilidade e criavam uma relao de empatia e cumplicidade com o pblico.

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  • No cinema ou na tev, dizemos que estamos fazendo product pla-cement ao inserir um produto no meio de um filme, seriado ou novela. A prtica equivale ao velho merchandising, que simplesmente ganhou um nome mais requintado ou apropriado.

    Alm do product placement, temos hoje o story placement. Nesse caso, no se trata exatamente de encaixar um produto em uma histria, mas de colocar o produto como ponto central e construir uma histria que o abrace. Assim como acontece com a latinha de cerveja do velho merchandising, o objetivo permanece sendo a venda de uma marca ou produto, enaltecendo no os itens propriamente ditos, mas as histrias que os revelam.

    STORY PLACEMENT

    Diante da necessidade da venda de uma ideia, marca ou produto, vem a questo:

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  • que trama colocar em torno desse sujeito a fim de vend-lo?

    O garimpar de histrias o passo seguinte.

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  • Histrias revelam valores. Ao contar uma histria incorporamos ao discurso nossa bagagem pessoal. Cada vez que contamos uma mesma histria, alm de transmitir o contedo,fortalecemosem ns mesmoso conceito detal histria.

    Valor e cultura nas empresas

    Muito da cultura das empresas vem de histrias transmitidas de gerao

    em gerao. As passagens que no so recontadas logo caem no esquecimento. Desse modo, a produo ou vivncia de histrias (o storydoing) to importante quanto o relato delas. O conjun-to de pequenas histrias experimentado em meio aos valores daempresa e recontado de uma forma ou de outra o que moldaa identidade dessa instituio. Uma vez que essas histrias tmsentido para quem as ouve, a incorporao e a reproduo dospreceitos da empresa ocorrem de maneira natural e espont-nea. Forma-se uma espcie de memria coletiva, que culminana cultura da organizao.

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  • Independentemente do momento em que determinada passagem aconteceu, as pessoas, ao processar as informaes, no se prendem ao mo-mento especfico em que tal fato ocorreu. Em outras palavras, ainda que uma histria tenha se passado anos antes, ao ser contada ela desperta no espectador um sentimento presente. Para a audincia, mais do que pas-sado ou futuro, existe o presente. H um resgate da histria que desperta emoes e automaticamente se desdobra em efeitos e aplicaes cotidianas. por isso que a fico exerce tamanha influncia sobre as pessoas. Ainda que seja baseada em passagens fantasiosas, ela desperta no interlocutor sensaes presentes e reais e causa impacto na audincia da mesma forma que as narrativas verdicas. Considerando a possibilidade de uma histria bem-estruturada ser ainda mais marcante que a prpria realidade, fica fcil entender o poder do storytelling no engajamento de pessoas.

    A hora da contao vale mais

    Se existem frentes de comunica-o que vm se aproprian-

    do fortemente da criao de boas histrias, essas frentes so o marketing e a publicidade. Nesses canais, comum encontrar-mos histrias que trazem conexes relevantes entre os pro-dutos apresentados e os valores da audincia. Graas a essas conexes, tais histrias geram uma identificao inevitvel entre o pblico e os produtos.

    No papel de consumidor, uma comunicao que me agra-da muito a da cerveja Heineken, que patrocina a Champions League, campeonato dos maiores times do futebol europeu. Em seu logo, a Heineken traz uma estrela vermelha, ao passo que a Champions League representada por estrelas azuis que, unidas, formam a imagem de uma bola. As estrelas em si j sugerem uma ligao entre o campeonato e a cerveja. A marca criou campanhas divertidas sobre o esporte, apoderando-se da experincia na mo-

    O storytelling no marketing e na publicidade

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  • dalidade de forma simptica. Para o espectador, a mensagem que fica a de que a Heineken proporciona para ele aquela experi-ncia no esporte. Eu mesmo, que acompanho os jogos, associo o hino da Champions League cerveja. Isso acontece porque a mar-ca soube criar uma histria bem-contada, bem-amarrada. Ela vem construindo tramas que tm coerncia e que, consequentemente, permanecem na mente do pblico.

    Outro caso que merece ser citado o da Nivea. Certa oca-sio, a empresa lanou um desodorante que protegia os usu-rios do suor gerado pelo estresse. Numa campanha publicitria, uma cmera escondida mostrava uma pessoa qualquer, escolhi-da aleatoriamente num aeroporto dos Estados Unidos. Dian-te dessa pessoa, havia um sujeito lendo um jornal, que trazia a chamada Procura-se. A foto do indivduo procurado no jornal revelava justamente o rosto de uma pessoa que estava no aeroporto, focalizado na cmera! Logo uma tev do aeropor-to mostrava o rosto dessa mesma pessoa num suposto noticirio. Na sequncia, o alto-falante local alertava o pblico para que tomasse cuidado com um sujeito perigoso que estava por ali. O desfecho se dava quando dois seguranas caminhavam em direo a essa pessoa que no era nenhuma criminosa, era uma pessoa qualquer e abria diante dela uma mala cheia de produtos da Nivea. Ao perceber que se tratava de uma armao, o pblico que estava acompanhando a cena aplaudia. Enxergo essapea publicitria quase como um reality show. A marca se destacoupor mostrar a reao real de uma pessoa. Mais que isso, a marca ar-riscou e construiu uma histria com amplo potencial de gerar en-tendimento, reteno da mensagem e simpatia em relao marca.

    Na contramo dessas histrias, ainda existem campanhas publicitrias que destacam pessoas em cmera lenta pulando ondas ou famlias felizes tomando caf da manh sem pressa e saboreando uma margarina tratada como se fosse o melhor chocolate do mundo! Tudo isso mera seduo. Sem falar de tantas peas publicitrias que escondem verdades, distorcem a realidade ou mostram associaes que no fazem sentido... Acredito em campanhas que contam histrias e tocam a au-dincia. Do que tenho visto nos ltimos anos, so essas que tm potencial para impactar o pblico e permanecer vivas por muito tempo.

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  • Entendo que bons slogans no devem navegar no vazio ou no ge-nrico, mas destacar particularidades de uma empresa. Para que sejam verdadeiros, devem fazer sentido nas histrias vivenciadas por ela:

    MICROSOFT. Seu potencial, nossa inspirao.Um slogan que por muito tempo demonstrou o valor dos produtos

    da Microsoft, que migrou da viso de produto para soluo. Quanto mais o cliente realizar seu potencial, mais a Microsoft estar cumprindo sua misso.

    AVIS. We try harder (Tentamos com mais empenho ou Ns nos empenhamos mais).

    Ao se dar conta de que no era lder do mercado, a Avis assumiu a se-gunda posio e passou a mensagem de que faria o possvel para chegar l.

    CASAS BAHIA. Dedicao total a voc.O slogan de fato retrata a marca do relacionamento entre a rede e o

    cliente. Nas aes cotidianas, nas histrias vividas com os clientes, a Casas Bahia de fato pode afirmar ter dedicao total ao cliente, uma vez que cria recursos que possibilitam o consumo das classes que atende (com destaque para classes C e D). Alm disso, trata-se de um slogan atemporal, que h anos se mostra eficiente.

    POLAR. Listen to your body (Oua seu corpo).Slogan da marca POLAR, que produz relgios com monitores de fre-

    quncia cardaca. Ao destacar a possibilidade que esses relgios do aos usurios de monitorar os batimentos cardacos, o slogan revela um diferencial desses produtos e o faz de maneira potica (oua seu corpo). De maneira se-dutora, portanto, o slogan chama a ateno para a funcionalidade dos produtos.

    THE PLOT COMPANY. Keep your story alive (Mantenha sua his-tria viva).

    No podia deixar de citar aqui o slogan da minha empresa... Quando um cliente busca um projeto de comunicao, ele quer deixar sua marca no inter-locutor, no quer que a comunicao morra rapidamente. Da o slogan e a pro-posta da The Plot de manter as histrias vivas. No subtexto fica a mensagem de que a empresa produz histrias de qualidade, de fato, capazes de se perpetuar. De acordo com essa proposta, optamos por um slogan atemporal.

    O que diz o seu slogan?

    29

  • #aceitalauraEm junho de 2013, a Nextel levou ao ar uma campanha publicitria

    extremamente criativa, desenvolvida pela agncia Sunset. Alm

    de ter revelado um excelente storytelling, a campanha fez bom

    uso de novas mdias e redes sociais.

    s vsperas do Dia dos Namorados, a empresa, que estava

    divulgando um smartphone que unia rdio e 3G, decidiu engajar a

    audincia por meio de uma histria real, uma pea publicitria que

    revelava um pedido de casamento apresentado em horrio nobre.

    A jovem Laura foi chamada para gravar um comercial para o

    Dia dos Namorados. Sentada diante de um telo, assistiria a uma

    gravao com uma declarao de amor de seu namorado, Vitor. O

    que Laura no sabia que depois de expor seus sentimentos e re-

    lembrar algumas passagens vividas pelo casal, Vitor encerraria seu

    discurso com um pedido de casamento diante de todo o pas.

    Bastou uma insero em horrio nobre paralela a uma pos-

    tagem no YouTube , e a campanha viralizou. Em poucos minutos,

    #aceitalaura bombava nas redes sociais do Brasil todo. O pblico,

    em peso, torcia pelo sim de Laura, que dali a alguns dias deveria

    voltar tev com uma resposta.

    No dia 11 de junho, vspera do Dia dos Namorados, a resposta

    de Laura foi ao ar. O sim de Laura ocupou trinta segundos do hor-

    rio nobre. Um ano depois, em junho de 2014, o vdeo desse sim j

    tinha mais de 2,6 milhes de visualizaes no YouTube, sem contar

    os milhares de #aceitalaura registrados nas redes sociais. Nada mal

    para uma veiculao gratuita... Esse foi um exemplo de uma ao

    que engajou, pois:

    Foi real.

    Apresentou personagens verdadeiros em situao espont-

    nea, sem atuao.

    Abordou valores universais (amor e possibilidade de rejeio).

    Deixou o pblico espera de uma resoluo (gerou expecta-

    tiva e continuidade).

    Fez com que o pblico se engajasse com a comunicao e

    difundisse a campanha nas redes sociais.

    Esse case reuniu duas vertentes que trataremos ao longo des-

    ta obra: o storytelling, que a contao de histrias propriamente

    dita, e o storydoing, que consiste na produo de histrias e sobre

    o qual falaremos mais adiante.

    case

    30

  • Para um determinado esforo, a repercusso se multiplica: eis os virais. Objetos de desejo das marcas, eles se disseminam ampla e rapida-mente por meio da internet. As peas virais so consequncias de boas histrias que fogem do lugar-comum, quebram expectativas e tratam com maestria de valores universais a ponto de gerar em grande escala identificao e desejo de compartilhar o que foi visto.

    Lanando um olhar mais atento, notamos que os virais geralmente: Tm curta durao, de modo que no roubam muito tempo dointernauta.

    Revelam histrias que despertam a curiosidade da audincia,deixando-a na permanente expectativa do que vai acontecer nasequncia.

    So inovadores, diferentes de tudo j feito anteriormente. Trazem como marca o humor (roubando gargalhadas da audin-cia) ou a emoo ( fazendo a audincia se arrepiar, se comover ouat chorar).

    Tm por trs uma moral da histria ou, ao contrrio, trazem comomarca o nonsense.

    Tm um final surpreendente e marcante. fundamental ter em mente que, mais do que o potencial de vi-

    ralizar de uma pea, o que importa sua relevncia para o negcio. Em pequena ou grande escala, o que efetivamente essa pea pode gerar para a marca em termos de imagem, de valor e de negcios? Isso sim deve ser levado em conta no momento da concepo de uma pea. Uma vez que ela viraliza, enfim, interessante tirar proveito de sua repercusso e criar outras peas que deem continuidade a esse viral.

    De uma boa histria nasce um viral

    31

  • Toda estrutura, seja profissional ou pessoal (como a famlia, por exemplo), baseada em uma hie-rarquia e inevitavelmente possui lideranas. Dentro desse tema, gosto de chamar a ateno para a diferena entre a chefia vazia e a que efetivamente lidera.

    Na chefia vazia, o sujeito usa sua posio para obrigar as pessoas a fazerem o que ele quer. J o verdadeiro lder consegue motivar as pessoas, engaj-las em uma causa, sem obrig-las a agir de uma ou outra maneira. Ele faz com que a equipe abrace

    Storytelling e liderana

    Lego: a marca que foi ao cinemaQuando o assunto o uso do storytelling para fortalecimento de mar-

    cas, no existem limites para as aes. Prova disso foi a iniciativa da

    Lego de lanar o filme Uma aventura Lego, no incio de 2014, para

    reposicionar a marca diante dos consumidores.

    Na narrativa, o jovem Emmet que um boneco de Lego, na-

    turalmente levava uma vida absolutamente comum, at ser con-

    fundido com um heri. A partir da, ele assume uma nova faceta e

    luta para salvar o mundo de um vilo que ameaava a paz.

    Com trama e visual bem-construdos e fortalecidos por um

    carismtico protagonista, a animao envolve, cativa o pblico e

    volta os holofotes para a marca. O resultado? As bilheterias lotaram

    a tal ponto que em trs dias de exibio os 60 milhes de dlares

    investidos na produo j haviam sido recuperados. Estreitaram-se

    os laos da marca com o pblico, ela rejuvenesceu e o inevitvel e

    desejado aumento de vendas aconteceu.

    Em depoimento revista Exame, Jason Squire, professor de

    negcios do cinema da Universidade do Sul da Califrnia, sinteti-

    zou: As chances de errar eram enormes, mas a Lego realizou o mais

    ousado projeto de marketing de uma empresa num longa-metra-

    gem. De quebra, a iniciativa se tornou um dos grandes marcos do

    storytelling voltado para marcas e produtos.

    case

    32

  • sua causa e faz isso sem manipulao, mas por convico. Mais do que persuaso, ele consegue adeso, conquistando engaja-mento sem ferir os valores dos interlocutores. Mas como conse-guir essa faanha? Como exercer a verdadeira liderana?

    Entendo que a melhor maneira de exercer uma liderana efetiva por meio de uma comunicao eficiente ou, mais espe-cificamente, por meio de um bom storytelling. Em linhas gerais, o storytelling que atua em prol da liderana deve ser norteadopor alguns parmetros:

    As histrias devem revelar com clareza os conceitos eideias da liderana.

    Para o lder transmitir confiana para a equipe, suas his-trias devem indicar aonde deseja chegar, a estratgiaque pretende adotar para tanto e sua capacidade de con-duzir a equipe em tal jornada.

    Para que a comunicao seja bem-sucedida, fundamentalque haja uma dose de carisma e bom relacionamento coma equipe. muito difcil as pessoas se motivarem diantede lderes malquistos ainda que sua capacidade profis-sional seja reconhecida.

    Para fortalecer o carisma da figura do lder, uma boa fer-ramenta so as histrias que destacam seu lado humano.Trata-se do storytelling que ressalta o lado pessoal. Maisadiante nos aprofundaremos no tema.

    Em prol do carisma e do sentimento de admirao daequipe pelo lder, vale ainda destacar histrias que reve-lam atitudes e valores dessa figura.

    No que se refere a relacionamento, as histrias devemreforar as relaes de confiana estabelecidas entre older e a equipe. Nesse sentido, importante que o lderconhea as particularidades de seus interlocutores a fimde construir histrias que efetivamente despertem iden-tificao e gerem a sua adeso.

    Estando bem estabelecidas as relaes entre liderana e equi-pe, hora de olhar para a comunicao voltada para projetos e aes propriamente ditas. Nesse sentido, fundamental que a comuni-cao revele prs e contras do cenrio em questo, colocando os interlocutores em contato com a realidade. O lder que esconde as dificuldades cedo ou tarde desmascarado e perde a credibilidade.

    33

  • Tomas Prieto

    lbum ilustrado com mais de 340 avies de

    combate da Primeira e segunda guerra mundial

    A V I E S DASG R A N D E SG U E R R A S

    Menos de uma dcada aps o primeiro voo de um avio motorizado, as aeronaves foram destacadas para uso militar na Primeira Guerra Mundial. O desenvolvimento dos avies no perodo entreguerras impulsionou um incrvel avano tecnolgico ao longo da Segunda Guerra, como a melhoria da fuselagem e da comunicao por rdio, a criao dos radares e dos superbombardeiros de longa distncia e o surgimento dos primeiros caas a jato que mudaram a histria da aeronutica.

    Acompanhe essa impressionante evoluo da aviao ao longo das duas Guerras Mundiais por meio de diversos modelos fabricados pelos pases que participaram dos conflitos, com informaes sobre quando eles entraram em servio nas respectivas foras areas, quais funes operacionais exerciam, sua motorizao, que tipo de armamento tinham, quantas unidades foram produzidas e muito mais. So mais de 340 avies ricamente ilustrados.

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    ISBN 978-85-7888-531-1

    9 7 8 8 5 7 8 8 8 5 3 1 1

    AVIOES DE GUERRA.indd Todas as pginas 21/10/15 11:48

  • lbum ilustrado com mais de 340 avies de

    combate da Primeira e segunda guerra mundial

    A V I E S DAS G R A N D E S G U E R R A S

  • Tomas Prieto

    Diretor editorialMarcelo Duarte

    Diretora comercialPatty Pachas

    Diretora de projetos especiaisTatiana Fulas

    Coordenadora editorialVanessa Sayuri Sawada

    Assistentes editoriaisJuliana SilvaMayara dos Santos Freitas

    Assistente de arteCarolina Ferreira

    Projeto grfico e capaCarolina Ferreira

    DiagramaoCarla Almeida Freire

    PreparaoBeatriz de Freitas MoreiraBeto Furquim

    RevisoCamile Mendrot | AB Aeterno

    ImpressoRR Donnelley

    CIP BRASIL. CATALOGAO NA FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

    Prieto, TomasAvies das Grandes Guerras / texto e ilustraes Tomas Prieto. 1. ed. So Paulo: Panda Books, 2015. 232 pp.

    ISBN 978-85-7888-531-1

    1. Guerras. 2. Avies. I. Ttulo.

    15-22740 CDD: 629CDU: 629.7

    2015Todos os direitos reservados Panda Books.Um selo da Editora Original Ltda.Rua Henrique Schaumann, 286, cj. 41 05413-010 So Paulo SPTel./Fax: (11) 3088-8444 [email protected] tambm nosso Facebook, Instagram e Twitter.

    Nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prvia autorizao da Editora Original Ltda. A violao dos direitos autorais crime estabelecido na Lei n 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Cdigo Penal.

  • Dedico este livro minha mulher e aos meus filhos pelo apoio, incentivo e pacincia. Agradeo a compreenso

    deles pelos meses em que me mantive em recluso, quase monstica, dentro do cockpit imaginrio do meu estdio. Agora, com o projeto finalizado, desejo a todos

    voos cada vez mais altos em cu de brigadeiro.

  • 6INTRODUO

    Quando se trata de aviao militar, poucas pessoas so indiferentes ao assunto, prin-cipalmente quando o enfoque a participao do avio na Primeira e na Segunda Guerra Mundial, os dois maiores conflitos blicos da histria da humanidade.

    Desde criana a aviao sempre me atraiu, tornando-me um vido consumidor de pu-blicaes sobre o tema, como revistas, livros e comics. No decorrer da minha carreira de ilustrador, tive a oportunidade de fazer inmeros desenhos de aeronaves militares em voo ou em cenas de combates areos. Continuei desenhando-as a princpio ape-nas por hobby, mas depois de ter vrias ilustraes finalizadas percebi que elas pode-riam se transformar em um livro.

    Aps um ano pesquisando e levantando boas referncias sobre os principais avies de combate construdos durante as duas Grandes Guerras, desenhei mais de 340 modelos para compor este livro. Nas ilustraes tentei respeitar ao mximo as caractersticas e detalhes de fuselagem, pintura, camuflagem, armamentos e insgnias de cada aeronave.

    Para montar uma sequncia histrica, selecionei os pases que construram modelos prprios de avies de caa e bombardeio e os organizei cronologicamente conforme a entrada por pas em combate durante os dois conflitos.

    Em alguns casos considerei relevante incluir modelos de avies pouco conhecidos porm bastante curiosos , que no conseguiram entrar em combate por terem sido construdos em nmero insuficiente ou porque ainda eram modelos de pr-produo quando suas fbricas foram destrudas ou ocupadas pelas foras inimigas ou porque houve o armistcio dos pases onde eram construdos. Tambm selecionei alguns mo-delos que foram desenvolvidos em pases que se mantiveram neutros, como o caso da Sucia, mas que tinham excelentes qualidades aeronuticas.

  • 7Neste livro, voc ter a oportunidade de conhecer diversos modelos de avies de combate que participaram em maior ou menor escala de ambos os conflitos, quando esses avies voaram pela primeira vez, quando entraram em servio nas respectivas foras areas, qual funo operacional exerciam em combate, qual a motorizao que os impulsionava, que tipo de armamento de ataque e autodefesa possuam e quantas unidades foram produzidas.

    Ainda poder conferir como foi o comeo do uso militar do avio, que da simples funo de observao area, menos de uma dcada depois do primeiro voo de um avio motorizado em 1906, passou a desempenhar funes de caa no combate areo, de ataque ao solo e bombardeio, a partir de 1914 na Primeira Guerra Mun-dial. Conhecer a impressionante evoluo dos projetos das aeronaves militares durante a Segunda Guerra Mundial, como o surgimento dos caas monoplanos construdos em metal, a entrada em servio dos superbombardeiros estratgicos de longa distncia e o surgimento dos primeiros caas a jato que mudariam a aviao do futuro.

    Esta obra ilustrada, que segue a tradio dos almanaques, apresenta um interessante panorama histrico dos dois grandes conflitos mundiais sob uma nova perspecti-va a da aviao militar. Um tema que me acompanha desde criana e que agora compartilho com voc.

    Boa leitura!

    Tomas Prieto

  • 11

    IMPRIO ALEMO

    AVIES DE COMBATE DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL 1914 A 1918

    A Primeira Guerra Mundial foi o primeiro conflito militar do sculo XX travado em grande escala. Comeou em 28 de julho de 1914 e durou at 11 de novembro de 1918.

    Os principais envolvidos no embate foram as grandes potncias mundiais, organizadas em duas alianas opostas: os Aliados, com base na Trplice Entente (Reino Unido, Fran-a e Imprio Russo), e os Imprios Centrais da Europa, originalmente Trplice Aliana (Imprio Alemo, Imprio Austro-Hngaro e Itlia).

    O enfrentamento dos pases levou a uma reorganizao dessas alianas, fazendo com que a Itlia acabasse lutando ao lado da Trplice Entente, e, depois disso, mais naes entraram em guerra.

    Assim, pela Trplice Entente, alm do Reino Unido, da Frana, do Imprio Russo e da Itlia, tambm passaram a lutar Austrlia, Nova Zelndia, Luxemburgo, Canad, a colnia britnico-canadense Terra Nova, ndia Britnica, Rodsia do Sul, frica do Sul, Estados Unidos, Japo, Srvia, Blgica, Grcia, Romnia, Pases Baixos, Portu-gal, Brasil, Cuba e Costa Rica. Pelo lado dos Imprios Centrais da Europa, alm do Imprio Alemo e do Imprio Austro-Hngaro, participaram da guerra o Imprio Turco-Otomano e a Bulgria.

    Durante a Primeira Guerra Mundial o avano tecnolgico aeronutico comeou a se consolidar rapidamente, considerando que o primeiro voo de um avio motorizado tinha acontecido menos de uma dcada antes naquela poca, a tecnologia para a construo do avio ainda estava engatinhando. O desafio, do ponto de vista militar, era transformar o avio em uma mquina de combate areo e ataque ao solo, deixan-do de ser apenas uma mquina voadora para simples observao, como era utilizado pelos militares.

    Para atender s solicitaes dos Exrcitos e das Marinhas de seus respectivos pases de origem e de pases aliados, era preciso transformar os projetos j existentes em avies mais geis, rpidos e capazes de carregar armamentos, j que o objetivo era provocar a maior quantidade de baixas no lado inimigo. Para conseguir esse feito, os engenheiros e tcnicos tiveram de desenvolver novas tecnologias, mesmo que limitados ao conhe-cimento e aos materiais existentes na poca.

    Para os padres de construo aeronutica modernos, muitos dos projetos iniciais seriam considerados bizarros e com aerodinmica questionvel. Entre os erros e os acertos na verdadeira miscelnea de projetos que essa limitao acarretou, pode-se dizer que praticamente todas as tecnologias e os conceitos sobre voo que perduram at hoje foram fundamentados no decorrer daquela contenda mundial.

  • 12

    RUMPLE-ETRICH TAUBEO Taube (Pomba, em alemo) foi o primeiro avio de combate construdo na Alemanha. Era um monoplano desenvolvido no perodo anterior Primeira Guerra, mas produzido e utilizado em massa pela Alemanha durante o conflito. Chamado pelos franceses de Avio Invisvel devido s suas asas transparentes, praticamente no era percebido a 400 m de altitude, o que o qualificava para misses de observao.

    AGO C.IIProduzido em 1915 pela AGO (Aerowerke Gustav Otto), o AGO C.II era um avio de reconhecimento e observao, impulsionado por um motor Mercedes D.IV de oito cilin-dros em linha, refrigerado a gua e com 217 hp de potn-cia. Era ar mado com uma metralhadora Parabellum MG 14 de 7,92 mm. Foram produzidas 15 unidades apenas.

  • 13

    IMPRIO ALEMO

    FOKKER E.IIIPrincipal variante do caa monoplano alemo Fokker Eindecker, entrou em servio a partir de dezembro de 1915. Era equipado com sincronizador, uma inovao revolucio-nria que mudou a face do combate areo. Com esse equipamento, era possvel dispa-rar uma metralhadora atravs de uma hlice girando sem danific-la. Esse dispositivo melhorou drasticamente o desempenho da aeronave. O Fokker E.III tambm foi utili-zado pelo Imprio Austro-Hngaro, pelo Imprio Otomano e pela Bulgria.

    PFALZ E.IPraticamente uma rplica do caa francs Morane-Saulnier H, era consideravel-mente baixo e tinha o corpo e as pontas das asas retangulares. A tampa do mo-tor era aberta em formato de ferradura e feita de alumnio. O Pfalz E.I era ar-mado com uma metralhadora LMG 08/15 de calibre 7,92 mm, com mecanismo de sincronia de disparo atravs do arco da hlice.

  • 14

    AVIATIK BIAvio de reconhecimento areo em que o observador ficava sentado fren-te do piloto, foi incorporado Luftstreitkrfte em 1915. Usado tambm pelo Imprio Austro-Hngaro, era armado com duas metralhadoras montadas so-bre trilhos em cada um dos lados da cabine do observador, o que favoreceu o ataque aos avies inimigos. Verses posteriores foram produzidas em grandes quantidades. Era equipado com um motor Mercedes D.III de seis cilindros, re-frigerado a gua e com 160 hp de potncia.

    RUMPLER CIBiplano de reconhecimento, foi introduzido na Luftstreitkrfte em 1915. Foi uma das aeronaves de sua classe com carreira mais longa na guerra, aposentado da linha de frente somente no incio de 1918. Era impulsionado por um motor Mercedes D.III de seis cilindros, com 160 hp de potncia, e armado com uma metralhadora LMG 08/15 Spandau de 7,92 mm e uma metralhadora Parabellum MG 14 de 7,92 mm na traseira. Podia transportar 100 kg de bombas.

  • 15

    IMPRIO ALEMO

    FOKKER D.VDesignao do Exrcito Alemo para o biplano Fokker M.22. Usado em com-bate entre dezembro de 1916 e julho de 1917, esse caa foi o ltimo de uma srie de biplanos Fokker geralmente insatisfatrios. Era motorizado com um Oberursel U.I de 110 hp de potncia e armado com uma metralhadora LMG 08/15 de 7,92 mm. Tambm serviu no Imprio Austro-Hngaro. Sua produo total alcanou 216 unidades.

    L.V.G. CIIBiplano de reconhecimento e bombardeio leve, entrou em servio na Luftstreitkrfte em 1915 e foi o primeiro de asa fixa a bombardear Londres, em 28 de novembro do mesmo ano. O L.V.G. CII era impulsionado por um motor Mercedes D.III 119 kW com 160 hp de potncia. Era armado com uma metralha-dora Parabellum MG 13 de 7,92 mm e uma LMG 08/15 interna. Podia transportar 69 kg de bombas. Foram produzidas cerca de trezentas unidades.

  • DA

    NIL

    O G

    ENTIL

    I

  • Gentili, Danilo. Droodles by Danilo Gentili / texto e ilustrao Danilo Gentili. 1. ed. So Paulo: Panda Books, 2015. 112 pp. il.

    ISBN 978-85-7888-532-8

    1. Humorismo brasileiro. I. Ttulo.

    15-27016

    CIP BRASIL. CATALOGAO NA FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

    CDD: 869.97 CDU: 821.134.3(81)-7

    Danilo Gentili

    Diretor editorialMarcelo Duarte

    Diretora comercialPatty Pachas

    Diretora de projetos especiaisTatiana Fulas

    Coordenadora editorialVanessa Sayuri Sawada

    Assistentes editoriaisJuliana SilvaMayara dos Santos Freitas

    Assistente de arteCarolina Ferreira

    Projeto grfico e diagramaoCarolina Ferreira

    Foto de contra-capaLeonardo Nones

    ColaboraoAlex BaldinAlex PaimDaniel DuncanFernando CastaoFlvia BoggioRodrigo FredericoYuri Moraes

    ImpressoRR Donnelley

    2015Todos os direitos reservados Panda Books.Um selo da Editora Original Ltda.Rua Henrique Schaumann, 286, cj. 41 05413-010 So Paulo SPTel./Fax: (11) 3088-8444 [email protected] nosso Facebook, Instagram e Twitter.

    Nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prvia autorizao da Editora Original Ltda. A violao dos direitos autorais crime estabelecido na Lei n 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Cdigo Penal.

  • OI

    .

    .

    Voc achou que isso foi uma palavra de saudao? Na verdade, uma ficha de fliperama entrando na fenda da mquina.

    :)

    E isso foi apenas dois pontos e um parnteses mesmo

    Desde que o Pequeno Prncipe me convenceu de que aquilo no

    era um chapu e sim uma cobra que engoliu um elefante, eu passei

    a entender que as coisas so o que elas so. E nem tudo

    i o que parece ser.

    Isto que voc tem em mos no um livro. um compilado de

    desenhos que fiz em guardanapos, papis de po e folhas soltas

    por a. Eu tenho certeza de que voc vai desvendar esses

    droodles rapidamente ou ento us-los como papel higinico.

    Depende do seu ponto de vista. E da sua necessidade no momento.

    ;)

    Ei, agora eu sorri e pisquei pra voc

    Bom divertimento.

  • minhocas dormindo de conchinha.

  • piano sem as teclas pretas.

  • SABONETE DO LOBISOMEM EM

    NOITE DE LUA CHEIA.

  • Karen Bachini nasceu em Nova Friburgo (RJ)

    e desde pequena soube que queria morar na

    cidade grande.

    designer e um dos seus empregos favoritos

    foi num escritrio em que trabalhava

    rodeada de amigos.

    Hoje ela mora em So Paulo, ama nerdices,

    trabalha como ProBlogger e tem um pequeno

    pug preguioso chamado Lord Vader.

    www.ea ibeleza . c omyoutube . c om/asukahp

    Voc tem grandes amigos e sente que com eles voc pode ir

    muito mais longe? Ento voc vai amar este livro!

    Eu sempre quis compartilhar um dirio com meus melhores

    amigos, em que eu pudesse saber um pouco mais sobre eles.

    Uma coisa s nossa. De mais ningum! Como este livro.

    Use-o com sabedoria. Escolha algumas pessoas especiais

    para preencher este livro, aquelas que voc considera seus

    melhores amigos e que quer levar para a vida toda.

    E no precisa parar no primeiro livro, no! Se voc tem muitos

    amigos, pode preencher quantos livros quiser!

    Eu j preenchi alguns... E foi muito legal!

    Como so os seus amigos? O que vocs

    gostam de fazer juntos? Desde quando se

    conhecem? Eu tenho os melhores amigos do

    mundo e adoro estar com eles, seja passeando

    ou trocando mensagens no Facebook.

    Alguns amigos esto comigo h um tempo,

    como o caso da Karen, que minha amiga

    h dez anos. Muita coisa aconteceu ao longo

    desse tempo, mas sempre estivemos juntas

    de alguma forma, tanto que hoje moramos no

    mesmo prdio! Mas durante todo esse perodo

    nunca tivemos algo que celebrasse to bem a

    nossa amizade como este livro.

    Chame os seus melhores amigos e faam

    das prximas pginas um ritual de amizade.

    Conversem sobre tudo e descubram coisas

    novas sobre vocs... Nada mais gostoso do

    que conhecer melhor as pessoas de quem a

    gente mais gosta! Cada amigo nico e a cada

    pgina vocs tero ainda mais certeza disso.

    Mas no se esquea de guardar este livro para

    ler de novo com os seus amigos conforme o

    tempo for passando, hein? Quero s ver daqui

    a dez anos, o que eu e a Karen vamos achar das

    nossas respostas! Talvez elas mudem, mas com

    certeza ainda seremos amigas.

    COMO VOC QUER SE LEMBRARDOS SEUS MELHORES AMIGOS?

    ENTRE NESTE CLUBE COM A GENTE!

    PERMITIDO APENAS PARA

    PESSOAS MUITO LEGAIS :)

    ISBN 978-85-7888-533-5

    9 7 8 8 5 7 8 8 8 5 3 3 5

    O L

    IVR

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    KAREN BACHINI

  • O L I V R O S EC R E T O

    D O S

    KAREN BACHINI

  • Bachini, KarenO livro secreto dos melhores / Karen Bachini. 1. ed. So Paulo: Panda Books, 2015. 104 pp.

    ISBN 978-85-7888-533-5

    1. Amizade Fico infantojuvenil. 2. Fico infantojuvenil brasileira. I. Ttulo.

    15-27274

    CIP BRASIL. CATALOGAO NA FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

    CDD: 028.5 CDU: 087.5

    Karen Bachini

    Diretor editorialMarcelo Duarte

    Diretora comercialPatty Pachas

    Diretora de projetos especiaisTatiana Fulas

    Coordenadora editorialVanessa Sayuri Sawada

    Assistentes editoriaisJuliana SilvaMayara dos Santos Freitas

    Assistente de arteCarolina Ferreira

    2015Todos os direitos reservados Panda Books.Um selo da Editora Original Ltda.Rua Henrique Schaumann, 286, cj. 41 05413-010 So Paulo SPTel./Fax: (11) 3088-8444 [email protected] nosso Facebook, Instagram e Twitter.

    Nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prvia autorizao da Editora Original Ltda. A violao dos direitos autorais crime estabelecido na Lei n 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Cdigo Penal.

    ColaboraoIsadora Attab

    ImpressoLoyola

  • Uma das minhas frases preferidas diz que os melhores relacio-

    namentos so as amizades, porque a gente gosta de algum e

    escolhe ser amigo dele. A amizade um sentimento comple-

    tamente livre voc no TEM que ser amigo de ningum, voc

    pode e deve ser amigo de quem voc quiser e achar legal.

    No como famlia e paixo, que acontecem com a gente.

    As amizades ns que fazemos acontecer. E claro que am-

    bos devem estar de acordo em serem amigos.

    Pode j ter acontecido com voc de escolher algum para ser

    seu amigo e a pessoa ser mais tmida, ou no estar muito a

    fim da amizade, e voc ter de se esforar mais para a amizade

    dar certo. Uma vez eu queria muito ser amiga de uma menina

    do cabelo azul-claro que conheci na internet e fiquei torcendo

    secretamente para que no dia em que a gente se conhecesse

    tudo desse certo e ela gostasse de mim. Eu comecei a fuar

    sobre a vida dela para descobrir as coisas de que ela gostava

    (e eu tambm), assim quando nos encontrssemos teramos

    muito assunto em comum. Fui escolhendo minhas amizades e

    fazendo o que eu podia para elas darem certo. Mas a verdade

    que se a menina do cabelo azul no gostasse de mim, no ia

    ter nem meia amizade =/. Por sorte ela gostou! \o/

    APRESENTAO

  • O mais incrvel das amizades que eu adquiri na vida que eu as

    carrego h muitos anos, e no importa quanto tempo eu fique

    longe de algum, o sentimento ainda est l. Certa vez, meu

    irmo me contou que tinha uma menina estranha na sala dele

    que gostava de rock japons. Eu fiquei doida e decidi que ela ia

    ser minha melhor amiga. claro que eu tinha vergonha de falar

    com ela, eu nem sabia como ela era! Mas mandei presentes de

    amizade pelo meu irmo e ns viramos amigas. Mudamos

    de cidade, mas a amizade continuou. E hoje, anos depois, con-

    tinuamos amigas e moramos at no mesmo prdio!

    Nessa mesma poca da escola, eu tinha outra amiga muito

    doida que pintava o cabelo de roxo e virou tatuadora super-

    -rebelde, n? Eu a deixei tatuar a minha bunda quando ela

    ainda estava treinando! Isso sim prova de amizade! Hoje

    ela mora na Grcia e, mesmo falando com ela uma vez a cada

    dois meses, quando penso em quem so meus melhores

    amigos no a deixo de fora.

    Tambm tenho um amigo, que viramos amigos porque ele

    era amigo do meu ex-noivo. Deu pra entender? Jogvamos

    videogame juntos e saamos em grupo s vezes. O noivado

    acabou, mas a amizade permaneceu! Entra namoro e sai na-

    moro, mas uma coisa no muda a nossa amizade.

  • Tambm teve uma menina que casou e mudou para a minha

    cidade. Ela gostava de tudo que eu gostava, e eu acho que

    at hoje ns somos irms. Eu a apresento pra todo mundo as-

    sim, porque no tenho como justificar de outra maneira o que

    eu sinto por ela e pela minha sobrinha! H! Tambm ga-

    nhei um sobrinho. tudo postio, mas muito real. como se

    fosse famlia mesmo e ponto-final. Tem amigos que a gente

    se apega tanto que viram famlia. E s vezes eles se encaixam

    na nossa famlia melhor do que ns mesmos.

    Esses so s alguns exemplos de como a amizade verdadeira

    nasce e sobrevive ao tempo, distncia e aos acontecimen-

    tos da vida. s vezes a gente briga, fica de bico, um monte de

    coisa acontece, mas quando a amizade verdadeira, ela so-

    brevive a tudo. E muita coisa vai mudar na sua vida tambm,

    mas algumas pessoas vo te acompanhar para o resto dela.

    E so essas pessoas que devem preencher seu livro secreto.

    Essas so as melhores pessoas, os melhores amigos, o me-

    lhor grupo. E depois que elas preencherem este livro, voc

    vai carregar o melhor delas para sempre com voc!

    Escolha com sabedoria e divirta-se!

  • 1. Qual o seu nome? _________________________________________2. Como os seus amigos te chamam? ____________________________3. E aquele apelido secreto que te d vergonha, qual ? __________________________________________________________________________

    4. Qual a sua idade? __________________________________________5. Qual o seu signo? __________________________________________6. Voc confia na sua intuio? SIM NO7. Qual a sua cor favorita? _____________________________________8. Quem aparece primeiro no seu chat do Facebook? ______________9. Voc tem irmos? Quantos? __________________________________10. Se pudesse escolher um superpoder, qual seria? _____________________________________________________________________________

    11. Voc tem bichinhos de estimao? Quantos e quais? _________________________________________________________________________

    12. Uma frase que voc fala sempre: ___________________________________________________________________________________________

    13. Uma palavra que te descreve: ________________________________14. O que voc mais inventa? PALAVRAS MODA MSICAS HISTRIAS PAIXES

    15. O que mais te irrita? ____________________________________ _________________________________________________

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    TUDO BEM COMETER ERROSTUDO BEM COMETER ERROS

    -OU!

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    SOBRE ESTE LIVROAS ILUSTRAES DESTE LIVRO FORAM CRIADAS EM UMA MESA DE DESENHO DIGITAL CONECTADA AO COMPUTADOR. PRIMEIRO FIZ OS TRAOS PRETOS E DEPOIS APLIQUEI AS CORES DIRETAMENTE NA TELA, USANDO O PROGRAMA PHOTOSHOP. MUITOS ERROS FORAM COMETIDOS DURANTE A PRODUO DESTE LIVRO ELES QUE ME AJUDARAM A DEIXAR A VERSO FINAL MAIS BONITA!COM AMOR, TODD

    Parr, Todd. Tudo bem cometer erros / Todd Parr ; traduoTatiana Fulas. 1. ed. So Paulo: Panda Books, 2015. 32 pp. il.

    Traduo de: Its ok to make mistakesISBN 978-85-7888-528-1

    1. Fico infantojuvenil americana. I. Fulas, Tatiana. II. Ttulo.

    15-26034

    CIP BRASIL. CATALOGAO NA FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

    CDD: 028.5 CDU: 087.5

    Todd ParrEsta edio foi publicada com a autorizao da Little, Brown and Company (Inc.), Nova York, EUA. Todos os direitos reservados.

    Diretor editorialMarcelo Duarte

    Diretora comercialPatty Pachas

    Diretora de projetos especiaisTatiana Fulas

    Coordenadora editorialVanessa Sayuri Sawada

    Assistentes editoriaisJuliana SilvaMayara dos Santos Freitas

    Assistente de arteCarolina Ferreira

    ImpressoCorprint

    2015Todos os direitos reservados Panda Books.Um selo da Editora Original Ltda.Rua Henrique Schaumann, 286, cj. 41 05413-010 So Paulo SPTel./Fax: (11) 3088-8444 [email protected] nosso Facebook, Instagram e Twitter.

    Nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prvia autorizao da Editora Original Ltda. A violao dos direitos autorais crime estabelecido na Lei n 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Cdigo Penal.

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    PARA MORGAN, DOMINIC, SPENCER, GIBSON, SAM, ADDI, CADINCE, NORA,

    GEORGIANNA E PAIGE

    COM AMOR, "TIO" TODD

    -OU!

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    -OU!

    TUDO BEM SE VOC DERRAMAR O LEITE.

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    VOC SEMPRE PODE LIMPAR A SUJEIRA.

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    -OU!

    TUDO BEM TENTAR UM CAMINHO DIFERENTE.

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