lamartine de paiva filho

47
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO– UFOP ESCOLA DE MINAS – EM COLEGIADO DO CURSO DE ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO - CECAU PROJETO DE CONTROLE NUMÉRICO PARA UMA MESA DE COORDENADAS MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO LAMARTINE BATISTA DE PAIVA FILHO Ouro Preto, 2008.

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Page 1: Lamartine de Paiva Filho

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO– UFOP

ESCOLA DE MINAS – EM

COLEGIADO DO CURSO DE ENGENHARIA DE CONTROLE

E AUTOMAÇÃO - CECAU

PROJETO DE CONTROLE NUMÉRICO PARA UMA MESA DE COORDENADAS

MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE CONTROLE E

AUTOMAÇÃO

LAMARTINE BATISTA DE PAIVA FILHO

Ouro Preto, 2008.

Page 2: Lamartine de Paiva Filho

LAMARTINE BATISTA DE PAIVA FILHO

PROJETO DE CONTROLE NUMÉRICO PARA UMA MESA DE COORDENADAS

Monografia apresentada ao Curso de Engenharia

de Controle e Automação da Universidade Federal

de Ouro Preto como parte dos requisitos para a

obtenção do grau de Engenheiro de Controle e

Automação.

Orientador: Prof. Dr. Sávio Augusto Lopes da Silva

Ouro Preto

Escola de Minas – UFOP

Julho de 2008.

Page 3: Lamartine de Paiva Filho

i

Page 4: Lamartine de Paiva Filho

ii

A meus pais, por terem a educação de seus filhos uma prioridade.

Page 5: Lamartine de Paiva Filho

iii

AGRADECIMENTOS

Agradeço muito aos meus pais, aos meus irmãos pelo apoio, amor e carinho. A minha

namorada pelo amor e pela troca de idéias sobre engenharia. À república Boemia pela

convivência e amizade ao longo desses 5 anos. Aos professores pelo ensino e

companheirismo, a UFOP e Escola de Minas pela qualidade do ensino e inúmeras

oportunidades oferecida, e finalmente a Fundação Gorceix por sempre apoiar o ensino e

pesquisa.

Page 6: Lamartine de Paiva Filho

iv

Aos grandes amigos e companheiros de Ouro Preto e

aos Moradores e Ex-alunos da republica Boemia.

"...Eu sou a paz, amor e sou amizade...

-- A porta do meu peito é sempre aberta

Estou em toda parte sempre alerta...

Enquanto tu CULTURA ensinas o belo

Aos corações, a fé, amor revelo

Aos errados eu mostro-lhes a verdade

É por isso que sou a FRATERNIDADE."

Page 7: Lamartine de Paiva Filho

v

Júlio Pinto de Melo

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................... vii

LISTA DE SIGLAS ............................................................................................................. viii

RESUMO .................................................................................................................................ix

ABSTRACT ..............................................................................................................................x

1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................1

2 MOTORES DE PASSO ........................................................................................................1

2.1 Motores de Passo com relutância variável .......................................................................3

2.2 Motores de Passo com imã permanente ...........................................................................4

2.3 Motores de Passo híbridos................................................................................................4

2.4 Principio de Funcionamento.............................................................................................4

3 SERVO MOTORES..............................................................................................................7

3.1 Princípios de Funcionamento ...........................................................................................8

4 ENCODER ...........................................................................................................................11

4.1 Princípio de funcionamento............................................................................................11

4.2 Tipos de Encoder ............................................................................................................12

5 ROBÔS AXIAIS ..................................................................................................................15

5.1 Graus de liberdade..........................................................................................................15

5.2 Características das juntas................................................................................................17

5.3 Repetibilidade e Precisão ...............................................................................................18

6 CONTROLE NUMÉRICO.................................................................................................19

6.1 Sistema de Coordenada ..................................................................................................19

7 APLICAÇÕES.....................................................................................................................21

8 PROJETO ............................................................................................................................25

Page 8: Lamartine de Paiva Filho

vi

8.1 Hardwares e Motores......................................................................................................25

8.2 Software..........................................................................................................................29

9 CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS....................................................................30

10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................32

Page 9: Lamartine de Paiva Filho

vii

LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 Eixo e Estator 3

Figura 2.2 Motor bipolar com passo inteiro 5

Figura 2.3 Motor unipolar com passo inteiro 5

Figura 2.4 Motor bipolar com meio passo 5

Figura 2.5 Motor unipolar com meio passo 6

Figura 2.6 Tabela do fechamento das bobinas para motor de passo e meio

passo 6

Figura 3.1 Servo Motor 7

Figura 3.2 Diagrama de blocos representando o sistema de um Servomotor 7

Figura 3.3 Motor DC ímã−permanente em corte 8

Figura 3.4 Diagrama de blocos da equação 3-11. 10

Figura 4.1 Exemplo de Disco de Encoder Absoluto 11

Figura 4.2 Exemplo de Disco de Encoder Regular 12

Figura 4.3 Exemplo de Disco de Encoder Regular Defasado 13

Figura 4.4 Regulador de Vazão 13

Figura 5.1 Os cinco tipos de juntas robóticas e suas características 16

Figura 5.2 Ilustra a configuração do manipulador cartesiano 17

Figura 5.3 Volume de trabalho do robô cartesiano 17

Figura 6.1 Sistema de Coordenada 20

Figura 6.2 Sistema de coordenadas na peça 20

Figura 7.1 Equipamento de corte e meio corte modelo RXY-F 22

Figura 7.2 Esquema construtivo dos bocais para água pura e com abrasivos 22

Figura 7.3 Esquema construtivo da Mesa XY 23

Figura 7.4 Laser Engineered Net Shaping 24

Figura 8.1 Foto da Mesa de Coordenadas 25

Figura 8.2 Plug para Porta paralela 25

Figura 8.3 Motores de 5 e 6 fios 26

Figura 8.4 Teste para encontrar o fio comum 26

Figura 8.5 Esquema típico para controle de motor de passo 27

Page 10: Lamartine de Paiva Filho

viii

Figura 8.6 Esquema do Projeto N5-i 28

Figura 8.7 Placa pronta para acionamento de 3 motores de passo, 28

LISTA DE SIGLAS

CN Controle Numérico ix

CNC Controle Numérico Computadorizado ix

CAM Computer Aided Manufacturing ix

CAQ Qualidade Auxiliada por Computador ix

CAE Engenharia Auxiliada por Computador ix

CAP Produção Auxiliado por Computador ix

CAD Desenho Auxiliado por Computador ix

CIM Integrated Computer Manufacturing ix

DEMET Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais 1

RIA Robot Institute of América 15

DXF Drawing Exchange Format 29

ASCII American Standard Code for Information Interchange 29

Page 11: Lamartine de Paiva Filho

ix

Resumo

Neste trabalho realizou-se um estudo sobre Controle Numérico (CN), buscando

conhecer suas características e aplicações. Foi desenvolvido também um projeto de controle

para uma mesa de coordenadas, a fim de utilizá-lo em aplicações de pesquisa, ensino e

extensão. As principais aplicações pretendidas de imediato são: confecção de circuitos

impressos, polimerização a laser, corte de chapas à água. São abordados os conceitos

fundamentais sobre o Comando Numérico, são estudadas as características técnicas dos

motores de passo, servomotores, encoders, interpretação das mesas xy como robô axial, bem

como o funcionamento do controle. O resultado deste trabalho colabora com projetos

didáticos, de pesquisas e desenvolvimentos de protótipos baseados nos conceitos de

manufatura e da própria tecnologia de Controle Numérico de Equipamentos.

Page 12: Lamartine de Paiva Filho

x

Palavras-chaves: Manufatura, Controle Numérico, Manufatura Integrada por Computador.

ABSTRACT

In this work a study on Numerical Control (NC) was carried out, seeking the

knowledge of its characteristics and applications. It was also developed a project to control a

table of coordinates in order to use it in applications for research, education and extension.

The main imadiate applications are: manufacture of printed circuits, laser polymerization,

cutting plates by water. Fundamental concepts on Numerical Command are clarified; the

technical characteristics of step motors, servomotors, encoders, xy tables interpretated as axial

robot, as well as its control operation are studied. The result of this work collaborates to

educational projects, researches and prototypes development based on the concepts of

manufacturing and on the Numerical Control technology of equipment itself.

Page 13: Lamartine de Paiva Filho

xi

Key - words: Manufacturing, Numerical Control, Computer Aided Manufacturing.

Page 14: Lamartine de Paiva Filho

1

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho trata do projeto de um Controlador Numérico para uma mesa de

coordenadas de dois graus de liberdade composta de duas bases. As bases deslocam-se num

plano horizontal e são acionadas por dois motores. As posições das bases são medidas por

dois sensores de posição. Como estas mesas são utilizadas em aplicações onde se exige alto

grau de exatidão, o Controle Numérico Computadorizado é o ideal.

O Controle Numérico de Equipamentos é uma forma de automação que traz muitas

vantagens, tais como a repetibilidade e a homogeneidade da produção, assim privando o

trabalhador de atividades insalubres e desgastantes.

Este projeto visa efetuar o Controle Numérico de uma Mesa XY, a fim de possibilitar a

fabricação de placas de circuito impresso para auxiliar a outras linhas de pesquisas na

Universidade Federal de Ouro Preto. Com a automação desta Mesa XY, no Departamento de

Engenharia Metalúrgica e de Materiais (DEMET) pretende-se implementar aplicações, entre

elas a polimerização a laser. Assim a interdisciplinaridade é uma característica desse projeto,

que busca automatizar um sistema mecânico para suprir diversas áreas.

Automação é um sistema de controle pelo qual mecanismos verificam e atuam em seu

próprio funcionamento, efetuando medições e introduzindo correções, sem a necessidade

direta da inteferência humana. Atualmente, está presente em diferentes níveis de atividades do

homem, desde a medicina até a astronomia, ampliando a capacidade de interação com a

natureza e os processos.

O conceito de automação pode ser aplicado em diversos níveis das operações de

fábrica, tais como: dispositivo (sensores e atuadores); máquina (máquinas individuais e

esteiras); célula ou sistema (células de manufaturas); planta (sistemas de produção);

corporação (Dados corporativos) entre outros. Este trabalho trata do nível de máquina

incorporando equipamentos e estações de trabalho bem como o Controle Numérico

Computadorizado.

Computer-Aided Design (CAD), Projeto Auxiliado por Computador, é o nome

genérico de sistemas computacionais utilizados pela engenharia, para facilitar o projeto e

desenho técnicos.

Computer-Aided Manufacturing (CAM), Manufatura Auxiliada por Computador é um

sistema baseado em máquinas de controle numérico, comandadas por computador, que utiliza

um monitoramento das funções de produção, manipulação, transporte e armazenagem.

Page 15: Lamartine de Paiva Filho

2

O Controle Numérico Computadorizado é uma forma de automação computadorizada

em que as ações de uma máquina-ferramenta são controladas por um programa alfa-numérico.

Tais ações possibilitam uma maior repetibilidade das atividades, tornando mais uniformes os

tempos. Assim possibilita a redução do start-up, diminuição dos índices de refugos e de

retrabalho.

Uma Mesa XY é composta de duas bases que se deslocam num plano horizontal e são

acionadas por dois motores. Assim por meio de geração de movimentos coordenados nos dois

eixos de movimento da mesa, é possível deslocar o plano de trabalho pela trajetória definida

via software.

A estrutura do trabalho compreende, além desta introdução, outros cinco capítulos.

Os capítulos “2 MOTORES DE PASSO” e “3 SERVOMOTORES” apresentam uma

revisão bibliográfica realizada sobre as características elétricas e mecânicas dos motores de

passos e dos servomotores, e são apresentados os aspectos gerais de seu funcionamento.

Os capítulos “4 ENCODER” e “ 5 ROBÔS AXIAIS”, descrevem o procedimento de

funcionamento dos encoders e uma interpretação da mesa xy do ponto de vista da robótica.

O capítulo “6 CONTROLE NUMÉRICO”, caracteriza a técnica de controle de

equipamentos usando números.

O capítulo “7 APLICAÇÕES”, relata uma série de usos para as mesas xy em diversas

áreas da engenharia.

O capítulo “8 PROJETO”, fazendo uso dos estudos anteriores este capítulo reúne

técnica e equipamento, fazendo uso de hardware e software para a efetuar o controle numérico

computadorizado da mesa xy.

O capítulo “9 CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS”, apresenta as

considerações finais obtidas a partir do estudo e proposições para desenvolver trabalhos

futuros.

Page 16: Lamartine de Paiva Filho

3

2 MOTORES DE PASSO

Motores de Passo são equipamentos eletromecânicos que convertem sinais elétricos

em movimento mecânico discreto.

Eles são compostos de basicamente duas partes o Rotor e o Estator. O Rotor é o

conjunto eixo-imã que gira juntamente a parte móvel do motor, e estator é onde as bobinas se

enrolam, eles podem ser vistos na figura 2.1.

Figura 2.1 eixo e estator.

Fonte: LEITE, LIMA, LEÃO, PRESTES (2003).

O eixo do motor gira conforme a seqüência de sinais elétricos, assim a sua variação

controlamos o sentido de giro, a velocidade de rotação e o angulo de deslocamento. São

comuns motores de passo com exatidão de 1,8(ou 200 passos por volta), assim podem ser

posicionados precisos e repetidamente, apresentando uma excelente característica de parada,

partida e reversão, pois os motores respondem a pulsos digitais de entrada e podem ser

controlados por malhas abertas de controle. Contudo os motores de passo podem ter

dificuldades de operarem a velocidades extremamente elevadas e ainda ressonâncias se o

controle não for apropriado.

Os motores de passo possuem três construções básicas motores de passo com

relutância variável, de imã permanente ou hibrido.

2.1 Motores de passo com relutância variável

Page 17: Lamartine de Paiva Filho

4

Esses motores possuem um estator laminado e o rotor é feito a partir de ferro doce e

possuem vários pólos. Diferentemente de outros motores, esse tipo não possui imã

permanente assim o seu torque na partida é nulo, logo não se deve acioná-los com carga.

2.2 Motores de Passo com imã permanente

Diferentemente do motor de passo de relutância variável os de imã permanente

possuem o seu rotor feito de alnico e é magnetizado radialmente, assim o torque estático não é

nulo.

2.3 Motores de Passo híbridos

Esse tipo de motores de passo possui tanto o rotor quanto o estator multidentado. O

rotor é composto de imã permanente e magnetizado axialmente, com ótimo grau de precisão e

boa relação de torque, os ângulos de deslocamentos são pequenos entre 0.9 e 1.8 graus.

2.4 Principio de Funcionamento

Os motores de passo são projetados com enrolamentos polifásicos, como a

maioria dos motores. O numero de pólos está diretamente ligado ao tamanho do ângulo de

deslocamento desejado por pulso de entrada. O controle do deslocamento do eixo do motor de

passo está relacionado à seqüência de exitação das bobinas. Esta seqüência é determinada

pelos pulsos de entrada.

Existem três tipos básicos de movimentos o de passo inteiro, o meio passo e o

micropasso, para qualquer tipo de motor de passo tanto unipolar quanto bipolar. Para efetuar o

movimento de passo inteiro há duas opções: uma seria energizar uma bobina de cada vez a

outra opção seria energizar a bobinas em pares de modo que o rotor se estabilize entre as duas

bobinas, figuras 2.2 e 2.3.

Page 18: Lamartine de Paiva Filho

5

Figura 2.2 Motor bipolar com passo inteiro.

Fonte LEITE, LIMA, LEÃO, PRESTES (2003).

Figura 2.3 Motor unipolar com passo inteiro.

Fonte LEITE, LIMA, LEÃO, PRESTES (2003).

Meio passo consiste em fazer a metade do deslocamento angular que o passo inteiro

faria, assin para um motor bipolar energiza-se conforme mostra a figura 2.4, caso seja um

motor unipolar a energização é feita conforme a figura 2.5 .

Figura 2.4 Motor bipolar com meio passo.

Fonte LEITE, LIMA, LEÃO, PRESTES (2003).

Page 19: Lamartine de Paiva Filho

6

Figura 2.5 Motor unipolar com meio passo.

Fonte LEITE, LIMA, LEÃO, PRESTES (2003).

A figura 2.6 mostra a seqüência de energização das bobinas do motor.

Figura 2.6 Tabela de energização das bobinas para motor de passo e meio passo.

Fonte LEITE, LIMA, LEÃO, PRESTES (2003).

Page 20: Lamartine de Paiva Filho

7

3 SERVOMOTORES

Os servomotores, como os motores de passo, são dispositivos eletromecânicos que

posiciona o seu eixo em uma determinada posição angular conforme um sinal de entrada.

Esses motores possuem um circuito de controle e um potenciômetro ligado ao eixo do

motor como pode geralmente ser visto na figura 3.1. Esse potenciômetro realimenta o circuito

de controle “informando” a posição angular do motor, assim quando estiver na posição

desejada o motor para. Geralmente os Servomotores possuem limitadores de deslocamento,

estes de 0º a 90º ou de 0º a 180º, contudo esse limitador pode ser removido.

Figura 3.1 Servomotor.

Fonte: Santos (2003).

Todo servomotor apresenta o torque de saída proporcional à tensão de controle

aplicada pelo amplificador que responde ao sinal de erro dado pelo potenciômetro. O sentido

do torque é definido pela polaridade de tensão de controle.

O sistema de um servomotor pode ser representado pelo diagrama de bloco, figuras

3.2.

Figura 3.2, Diagrama de blocos representando o sistema de um Servomotor.

Amplificador Servo

motor v Radianos

r + voltas

Potenciômetro

de entrada

e

voltas

m

voltas

c

voltas

Transdutor de entrada Controlador

Instalação

Tacômetro

Elemento de

realimentação

- b

voltas

Gerador

Page 21: Lamartine de Paiva Filho

8

3.1 Princípios de Funcionamento

1) mostra a vista em corte de um motor genérico com dois

ãs−permanentes. A armadura é equipada com fios de cobre uniformemente colocados num

núcleo

A figura 3.2 (KENJO, 199

ím

de ferro laminado cilíndrico. Os comutadores através das escovas passam a corrente

elétrica pela armadura. As escovas são montadas na carcaça de maneira a deslizar pela

superfície do comutador quando a armadura girar mantendo o contato elétrico.

Figura 3.3 Motor DC ímã−permanente em corte.

Fonte: KENJO (1991).

Segundo Mussoi (2002), os entes trabalham normalmente em

tensões de 6 e 200 Volts. Os motores de campo permanente são bem compensados por meio

de enro

ra, o sinal de entrada do sistema, Lm e

Rm correspondem à indutância e a resistência da armadura, respectivamente. A tensão em(t) é

motores de Imã perman

lamentos de comutação, evitando assim a desmagnetização dos imãs do campo em

virtude de uma súbita mudança na polarização da tensão CC da armadura. As estruturas

desses motores são feitos de uma liga de Alnico VI (liga de alumínio níquel e cobalto),

forjada em anel circular de cerca de uma polegada de diâmetro circundando a armadura por

completo e proporcionando um fluxo forte associado.

Os servomotores são motores DC projetados para trabalhar em malha fechada. Para

uma modelagem do sistema ea(t) é a tensão da armadu

Page 22: Lamartine de Paiva Filho

9

a gerada pelo movimento da bobina no campo magnético do motor, ou seja, a força contra

eletro-motriz, pode ser representado na equação 3-1a.

dtdKtem θφ=)( (Equação 3-1a)

O K corresponde a características do motor, φ é o fluxo do campo e θ é o ângulo de

deslocamento do eixo do motor. dtdθ corresponde a velocidade angular do eixo.

Considerando-se o fluxo φ constante a equação 3-2 deixa de ser não-linear.

)()()( ttdt

tdiiRtea maa += (Equação 3-1b) )( Lt a+

dtdKmtem θ

=)( (Equação 3-2)

Aplicando a transformada de Laplace na equação 3-2, tem-se:

)()( sKmssEm Θ= (Equação 3-3)

Sendo o circuito da armadura, em Laplace, dado pela equação 3-4, tem:

)()()()( sEmsIaRmLmssEa ++= (Equação 3-4)

Colocando em evidencia, tem-se: )(sIa

RmLmssEmsEasIa

+−

=)( )()( (Equação 3-5)

Define-se o torque pela equação 3-6:

)()()( 1 titiKt aa Kτφτ == (Equação 3-6)

Aplicando a transformada de Laplace na equação 3-6, tem se:

a )()( sIs KT = τ (Equação 3-7)

Para se obter a equação final do torque total aplicado na arm

omen o atrito do ar e dos

rolamentos, assim a representada na equação 3-8.

adura, onde J é o

m to de inércia conectado ao eixo do motor e B representa

dtdBt

dtdJ θτθ

−= )(2

2

(Equação 3-8)

Aplicando a transformada de Laplace na equação 3-8, tem se:

Colocando

) (Equação 3-9) ()()( 2 sBsJssT Θ+=

)(sΘ em evidencia, tem-se:

BsJssT )( (Equação 3-10) s+

=Θ 2)(

Page 23: Lamartine de Paiva Filho

10

fórm on obténs a função de transferência do motor

(Equação 3-11)

Partindo da ula de ganho de Mans

)()()(1)( 21 sHsGKsGsEa τ+

Partindo d

)()()()( 21 sGKsGssG τ=Θ

= (Equação 3-11)

as equações anteriores constrói-se o diagrama (Figura 3.4).

armadura pequena, quando se trabalha com servomotores, assim a função pode ser

plificada como visto na equação 3-12.

Figura 3.4, Diagrama de blocos da equação 3-11.

De acordo com PHILLIPS e HARBOR (1997), pode-se considerar a indutância da

Lm )(sG

sim

sKKBRsJRKsG

mmm τ

É importante destacar que a função

)()( 2

τ

++= (Equação 3-12)

de transferência, , é dependente do atrito e da

ércia do sistema.

Um sistema de controle numérico feito com um servomotor mostra-se confiável e

estável, sendo uma opção importante para aplicações, usando Controle Numér

)(sG

in

ico.

mm RsLG

+=1

1 tK

aE + T aI

sKsH m=)(

JsG

+= 22 Bs

1

θ

mE−

Page 24: Lamartine de Paiva Filho

11

ENCODER

Para aplicações na automação utilizam-se muitos dispositivos com posições iniciais e

nais bem definidas, como por exemplo, sistemas controlados por atuadores pneumáticos ou

idráulicos. Assim quando é necessário saber com precisão onde uma dada peça se encontra

o espaço e a sua posição atual usa-se encoder.

e sensor é possível converter um movimento, tanto linear quanto circular, em

nais digitais que informariam a posição, funcionando como uma realimentação do sistema,

que inf

4

fi

h

n

Com ess

si

orma sobre as posições atuais, assim podendo compará-las com as posições planejadas

em sua programação. Com isso, pode-se utilizar essa informação em um sistema,

possibilitando o controle do equipamento.

4.1 Princípio de funcionamento

Encoders regulares são as forma mais simples de Encoders. São compostos de um

disco perfurado, um foto-emissor e um foto-receptor, o disco é acoplado ao eixo que se deseja

determ to-emissor e o foto-receptor, logo, conforme o

numero de pulsos gerados pode-se determinar a velocidade de rotação.

furos do disco rotativo, tem-se a relação de pulsos/volta,

assim quanto maior o numero de furos por volta maior será a exatidão do equipamento. Mas

pode-se também com apenas dois furos e com uma defasagem de 90º entre eles, determinar a

o sentido e a velocidade de rotação.

inar a posição, este disco fica entre o fo

Conforme o número de

Figura 4.1 Exemplo de disco de encoder absoluto

Tabela Verdade

0 0 0 0

0 0 0 1

1 1 0 1

1 0 0 1

1 0 1 0

1 1 1 0

0 1 0 0

0 1 0 1

Page 25: Lamartine de Paiva Filho

12

Outra técnica seria colocar mais furos por disco variando a sua distancia do centro.

Com is

d m e esent a faixa

c o o xempl

a l id e sentido

4.2 Tip

so pode-se determinar o sentido, a velocidade de giro e a posição angular. Coforme

mostrado na figura 4.1, o disco possui 8 segmentos, logo a um

angular de 45º, dessa forma quanto mais segmentos, maior a o um disco

de 50 segmentos teria a exatidão de 7,2º, sabendo-se também de giro.

ca a u r pr

pre isã , p r e

ve oc ad e o

os de Encoder

Existem vários tipos de encoder como, por exemplo, o encoder regular defasado,

encoder absoluto e potenciômetro.

Os encoders regulares possuem em seu disco apenas um furo assim quando e feixe de

luz é interrompido pela rotação do disco, gera um pulso e o emite para o controle. Logo

contando esses pulsos sabe-se a velocidade de rotação.

Figura 4.2 Exemplo de Disco de Encoder Regular

Os encoders regulares defasados funcionam da mesma maneira, contudo ele possui

ais em posições defasados, figura 4.3, fazendo uso de dois foto-sensores teremos o sinal de

amente, sabendo a defasagem de cada um deles, tem-se a velocidade e

sentido de rotação.

de rotação do eixo, sendo esse horário ou anti-horário.

Quaisquer informações adcionais são obtidas por meio de cálculos.

m

cada um deles separad

o

A função do encoder é fornecer dois tipos de dados, a quantidade de movimentos

efetuados pelo motor, e o sentido

Page 26: Lamartine de Paiva Filho

13

Figura 4.3 Exemplo de Disco de Encoder Regular Defasado.

Os encoders absolutos tem o mesmo principio de funcionamento, contudo além de dar

as mesmas informações, eles precisão a posição

angulares do eixo. O seu disco é composto de segmentos, cada um com certo número de furos

e em posições para d

ão capazes de informar a posição física da junta robótica, sem

que tenha que com

Figura 4.4 Regulador de Vazão.

geram um código binário que define com

iferenciarem entre si, assim cada segmento é caracterizado por um

código binário, no instante que passa pelos foto-sensores. Pode ser visto na figura 4.1.

Os encoders óticos absolutos têm a capacidade de fornecer informações mais rigorosas

que os incrementais. Pois eles s

parar a posição inicial com a atual, pois ele já fornecer um sinal

diferenciado para cada posição angular.

Page 27: Lamartine de Paiva Filho

14

Os resistores variáveis (potenciômetros) fornecem um dado analógico tornando-o mais

preciso

qual a

vazão p

. Em um de seus terminais deve ser alimentado com uma fonte de tensão e o outro

terminal ligado à terra, assim basta deslocar o eixo do potenciômetro para colher um dado

analógico. A sua limitação está ligada ao numero de voltas do sistema que se deseja medir,

utilizado no regulador de vazão (figura 4.4) o potenciômetro mede o deslocamento da haste

que esta ligada ao diafragma da válvula, logo sabendo quanto ela esta aberta sabe-se

odendo assim ser controlada.

Page 28: Lamartine de Paiva Filho

15

ROBÔS AXIAIS

Os robôs manipuladores industriais são máquinas fascinantes e complexas do ponto de

ista mecânico e estrutural, do ponto de vista elétrico, eletrônico e informático e do ponto de

ista da complexidade de controle. Mesmo assim apresentam-se ainda como máquinas

mitadas em programação, controlabilidade e em termos de exploração remonta.

Os robôs possuem características que a distinguem de máquinas automatizadas tais

omo flexibilidade na programação, versatilidade e autonomia. Assim como foi definido pelo

IA) Robot Institute of América o robô industrial é “Dispositivo multifuncional, programável

ara realizar uma série de tarefas, dedicados à automação das atividades de um ambiente

IM”.

A estrutura mecânica robótica é composta de segmentos articulados que permitem

ovimentos relativos. O primeiro elemento da cadeia cinemática é a base ou chassis, que

odem ser rígidas ou giratórias. As articulações podem possuir movimentos rotacionais ou de

anslação classificados como rotacionais ou prismáticas respectivamente. Por fim o último

lemento da cadeia cinemática é a ferramenta de trabalho, que difere conforme a aplicação do

quipamento.

Os robôs podem possuir diferentes organizações dos seus elementos estruturais, e

odem ser conectados em série ou paralelo. Os Robôs Seriais possuem os seus acoplamentos

m cadeia aberta que unem os elementos rígidos do sistema mecânico. Nesse tipo de robô

ada acoplamento é movimentado por um motor, a sua base é fixa e o último elemento leva a

rramenta de trabalho. Os Robôs Paralelos por sua vez possuem os seus acoplamentos em

hada, maior rigidez da estrutura e de carga, contudo menos volume de

abalho.

5

v

v

li

c

(R

p

C

m

p

tr

e

e

p

e

c

fe

cadeia cinemática fec

tr

5.1 Graus de liberdade

Os movimentos robóticos são frutos compostos de deslocamentos básicos, cada um

desses deslocamentos é um grau de liberdade. A construção de robôs industriais visa

manipular ferramentas e objetos no espaço de trabalho, assim para uma movimentação é

necessário decompor em função dos graus de liberdade do sistema.

Page 29: Lamartine de Paiva Filho

16

Características Esquema Geral

A quantidade de graus de liberdade de uma junta está vinculada à quantidade de

movimentos relativos pertencentes a cada uma das partes rígidas conectadas. Podem-se citar

cinco tipos de movimentos que englobam até 3 graus de liberdade numa mesma junta, figura

5.1.

Tipo

Revolução Giro entre esses dois

membros.

Prismático

Translação relativa entre

dois elementos.

Cilíndrica Giro e translação

Esférica Rotação nos 3 eixos

Fuso Translação em função de

uma rotação

Figura 5.1 Os cinco tipos de juntas robóticas e suas características.

Page 30: Lamartine de Paiva Filho

17

mero de graus de o projeto necessita, assim deve

r suficiente para atender as e trabalho.

5.2 Características das juntas

O nú liberdade é tão elevado quanto

specificações dose

ntas na robótica otacionais (R) ou Prismáticas (P). As juntas

Rotacionais são mais simples que as Prismáticas, contudo estas apresentam maior precisão e

rigidez devido as suas características construtivas.

Os movimentos relativos em dois elementos rígidos em robótica são possibilitados

devido à interposição de dois elementos deslizantes para reduzir o atrito devido à resistência

ao movimento.

s robôs cartesianos p Prismáticas e nenhuma angular. Assim a

composição do movimento dessas juntas possibilita o deslocamento da ferramenta de

trabalho. A área de trabalho desse tipo de robô está relacionada com a dimensão das juntas

prismáticas, logo a área de trabalho correspondente é um paralelepípedo, figura 5.1.

As ju são de dois tipos: R

O ossuem apenas juntas

Figura 5.2. Ilustra a configuração do manipulador cartesiano.

Fonte: SPONG (1989).

Figura 5.3. Volume de trabalho do robô cartesiano.

Fonte: SPONG (1989).

Page 31: Lamartine de Paiva Filho

18

ortogonais e paralelos aos movimentos das juntas. Com isso qualquer

ovim

5.3 Repetibilidade e Precisão

Com o uso de todas as juntas Prismáticas facilita-se o controle, pois se utilizam eixos

de coordenadas

m ento da juntas Prismáticas corresponde a uma translação no eixo de coordenadas. Este

tipo de robô é muito utilizado em trabalhos em que o objetivo é mover objetos paralelamente

a um dos eixos coordenados.

Um manipulador preciso é aquele que chega muito próximo do ponto predeterminado,

dentro do volume de trabalho. A repetibilidade está relacionada com a capacidade do

manipulador de retornar ao ponto predeterminado.

Essas características são influenciadas por erros computacionais, defeitos em peças

mecânicas, efeitos de flexibilidade das peças sob cargas gravitacionais e de inércia (sobretudo

em altas velocid projetados com

grande rigidez. Atualmente, proje ada vez mais rápidos e precisos,

assim para atingir esses objetivos o projeto dos controladores têm tido um grande foco,

buscando flexibilidades.

ades). Para evitar esses problemas, os manipuladores têm sido

tam-se manipuladores c

Page 32: Lamartine de Paiva Filho

19

andos ou informações fornecidos a máquina podem ser de dois tipos

formações de comutação ou de trajetória. Com os dados contidos nos comandos de

ajetórias é possível executar o percurso ou movimentos atribuídos à ferramenta. Já os

ontidos na comutação comandam o restante das ações a se realizar, como controle da

elocidade, avanço ou recuo, troca de ferramenta, entre outras.

Segundo NATALE (2000), as máquinas se caracterizam conforme o tipo de

ovimento da ferramenta. As máquinas de deslocamentos lineares são caracterizadas como

tificadoras de superfície e plainas. As máquinas de deslocamentos lineares ou circulares são

aracterizadas como tornos e fresas. E as que se move de ponto a ponto e sobre a peça são

eralmente máquinas de solda, furadeiras.

As ferramentas podem efetuar 3 tipos de trajetórias, linear, circular e de ponto a ponto.

o efetuar um movimento linear ele é feito em um dos eixos ou em ambos simultaneamente,

u seja, uma interpolação linear. Sendo circular, o movimento obedece a um determinado

io. Caso seja de ponto a ponto, utilizado na aproximação da ferramenta à peça, feito em

6 CONTROLE NUMÉRICO

Segundo NATALE (2000), Controle Numérico é o controle feito com o uso de

números. Esse método é usado para controle automatizado do posicionamento de máquinas e

equipamentos.

Para se fazer um controle numérico deve-se utilizar um software que codifica a ação

desejada em uma seqüência numérica. Outro sistema irá decompor esse código e dará a saída

para o posicionamento e funções especiais. Assim estes comandos de controle são enviados

para servomecanismos do equipamento. As determinações de todas as operações que o

equipamento deve executar estão codificadas na forma de instruções numéricas ou em forma

lista de instruções.

Os com

in

tr

c

v

m

re

c

g

A

o

ra

movimentos rápidos.

6.1 Sistema de Coordenada

O Sistema de Coordenada é a forma que o mundo real é representado para efetuar o

Controle Numérico. Usualmente o número que determina a posição desejada é precedida de

uma letra ou número que define o eixo de coordenada.

Page 33: Lamartine de Paiva Filho

20

Figura 6.1, Sistema de Coordenada.

Observando a figura6. 1, o ponto A

pode ser representado como “X176,36 Y149,54

Z110,3”, a unidade pode ser milímetros se possuir ponto decimal e em microns se não

possuir. Usualmente o sistema de referência é atribuído à peça(W), figura 6.2, que é

localizada a partir da translação do sistema básico de referência. A referência básica é

conforme o volume de trabalho, sendo este sempre no quadrante positivo.

Figura 6.2. Sistema de coordenadas na peça.

Fonte: LOPES (2001).

Page 34: Lamartine de Paiva Filho

21

7 APLICAÇÕES

Muitas indústrias utilizam comandos numéricos para comandar equipamentos, via

computadores, para atuarem em sistemas da linha de produção, manipular e transportar

produtos. Uma das aplicações é uma Mesa XY. Ela tem grande utilidade e pode ser

programada como plotter, mesa de corte, desbaste, aplicação de material entre outras

funcionalidades.

Segundo Rabak e Sinchman(2001) vários tipos de maquinas podem ser usadas para a

inserção de dispositivos eletrônicos em placas de circuito impresso, como robôs ou máquinas

especialistas, ou seja, máqu letrônicos. Para isso essas

circuito

impresso;

• Posicionar para colocação do componente na placa de circuito impresso;

• Colocar o componente na placa de circuito impresso corretamente.

Assim para posicionar a placa de circuito impresso sob a cabeça de inserção de

componentes, usa-se uma Mesa XY.

Algumas empresas desenvolvem produtos baseados na tecnologia de controle

numérico de Mesas XY. A Range Laser a partir de 2000 passou de desenvolver equipamentos

direcionados para a indústria de confecção, como máquinas de Corte, Meio Corte e Gravação

a Laser (Figura 7.1). Es lho o cabeçote de corte

ou gravação por meio de uma Mesa m atuador linear para posicionar o

abeçote na distância correta.

inas insersoras de componentes e

máquinas efetuam 5 etapas:

• Posicionar-se para retirar o componente do alimentador;

• Retirar o componente eletrônico do alimentador;

• Transporte do componente desde o alimentador até a placa de

ses equipamentos posicionam a área de traba

XY, e ainda utilizam u

c

Page 35: Lamartine de Paiva Filho

22

Figura 7.1 Equipamento de corte e meio corte modelo RXY-F.

Fonte: Range Equipamentos & Tecnologia Ltda. (2008).

A Mesa XY pode ser usada para corte de materiais usando água ou água mais um

abr v o uso de uma bomba de ultra-alta

pressão, ordem de 290 MPa (42.000 psi), uma Mesa XY para posicionar o material que será

cortado artir do

comput a que o objeto deve ser cortado é feito em um sistema CAD (Desenho com

Auxílio de atura

auxiliada por computador) o desenho é convertido em um sistema uma seqüência que dados

que 004).

asi o (figura 7.2). No processo de corte é necessário

e um computador para efetuar o controle. O controle do sistema é feito a p

ador, a form

Computador), em seguida por meio de uma ferramenta CAM (Manuf

irão comandar a Mesa XY, possibilitando o corte da peça (HENNIES, 2

Figura 7.2 Esquema construtivo dos bocais para água pura e com abrasivos.

Fonte Hennies (2004).

Page 36: Lamartine de Paiva Filho

23

RODRIGUES e LACERDA (2003) desenvolveram uma Mesa de coordenadas XY

com a finalidade de corte e solda de chapas de aço. Nesse projeto foram usados motores de

passo, correias, polias e acionadores elétricos, figura 7.3. No projeto o movimento

longitudinal é produzido pelo movimento relativo do motor de passo, que por meio da correia

dentada desloca a plataforma, esta faz que com um mesmo sistema de motor e correia dentada

desloque a ferramenta perpendicularmente ao eixo longitudinal.

Figura 7.3 Esquema construtivo da Mesa XY.

Fonte Rodrigues e Lacerda (2003).

Usando a tecnologia de Mesas XY também é possível produzir “Impressoras 3D”, ou

seja, prototipagem rápida. Uma das técnicas usadas é a polimerização a laser, em que um tipo

de polímero recebe um feixe de laser, dando a forma desejada ao polímero, ou ainda

transforma plástico em pó de camada em camada em objetos iguais aos modelos em 3D. As

impressoras 3D existem a mais de 10 anos no mercado, contudo o seu preço é muito elevado,

assim sendo viável apenas para grandes corporações.

Com a redução de custos materiais e a tecnologia mais acessível, a técnica de

prototipagem rápida pode ser feita usando uma Mesa XY, para o posicionamento do polímero,

um laser, no eixo Z possibilitando a polimerização em diversas camadas. Segundo DISTRIM

(2005), através da técnica de polimerização a laser é possível obter protótipos complexos,

Page 37: Lamartine de Paiva Filho

24

odendo ser usados diretamente em testes de funcionamento. O processo pode ser aplicado

div

tros metais. Esse processo

ossibilita não só a fabricação de modelos, mas também peças funcionais em pequena escala.

Nesse processo o ambiente de trabalho é controlado, possuindo um baixo teor de oxigênio,

assim as finíssimas camadas de metal depositadas não oxidam. A cristalização, das

micropartículas depositadas se dá em grânulos muito pequenos, tornando as peças mais

resistentes do que as produzidas pelos meios tradicionais de extrusão ou usinagem. No

processo LENS (Figura 7.4) as camadas finíssimas de metal são aplicadas sucessivamente, o

raio laser funde as partículas de metal sobre um substrato. O Substrato é posicionado sob o

laser a partir de uma mesa de coordenadas XY e os dados de controle vêm de um arquivo

CAD (INOVAÇÃO, 2003).

p

em ersos materiais como plásticos, cerâmicas e metais.

DISTRIM (2005), afirma que impressoras 3D, possibilitam a obtenção de modelos

para validação a baixo custo. Os modelos obtidos podem ser utilizados na produção de peças

metálicas através do processo de vazamento por cera perdida.

O método chamando de LENS (Laser Engineered Net Shaping) trabalha com diversos

tipos de metais como aço inox, aço doce, alumínio e como ou

p

Figura 7.4, Laser Engineered Net Shaping.

Fonte INOVAÇÃO (2003).

Page 38: Lamartine de Paiva Filho

25

A

es e Motores específicos.

utom

Figura 8.1 Foto da Mesa de Coordenadas.

8.1 Hardwares e Motores

8 PROJETO

plicando os estudos apresentados anteriormente, na Mesa XY (Figura 8.1), do

Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais (DEMET), é possível desenvolver

um Controle Numérico utilizando Softwares, Hardwar

A atizando a Mesa de Coordenadas para suprir diversas áreas da engenharia.

Para controlar os motores de passo o circuito de potência é controlado a partir da porta

paralela (Figura 8.2).

Figura 8.2 Plug para Porta paralela

Fonte: O'Brien (2006).

Page 39: Lamartine de Paiva Filho

26

zer a placa de circuito impresso é necessário conhecer as características

elétricas dos motores de passo que estão sendo utilizados, as configurações mais comuns para

os mo

Para fa

tores de 4 pólos são de 5 ou 6 fios (figura 8.3). As principais características elétricas

necessárias para acioná-los seriam a corrente de trabalho, a resistência da bobina e a tensão

elétrica. Esta é usualmente especificada no motor, considerando como 12 V, mas para o seu

perfeito funcionamento é necessário determinar a corrente que o motor consome.

Figura 8.3 Motores de 5 e 6 fios.

Fonte: Messias (2002).

Para determinar qual a resistência das bobinas do motor e qual é o fio c

omum, com o

uso do ohmímetro testam-se os fios, quando for encontrado o fio comum a resistência será a

menor possível, conforme comum, a resistência

pre o dobro da que se fosse o fio comum.

a figura 8.4. Quando não se encontra o fio

encontrada é grande, sem

Figura 8.4, Teste para encontrar o fio comum.

Fonte: Messias (2002).

Page 40: Lamartine de Paiva Filho

27

quação 8.1)

12= 28*I

I= 428 mA

Para se utilizar o circuito de controle e potência é necessário conhecer a “pinagem” da

porta paralela para o software, esse projeto é feito para o Kcam, para ele o esquema da

“pinagem” pode ser visto na figura 8.5.

Após as medições, teremos apenas dois valores de resistências uma baixa e outra alta.

A menor resistência medida é a resistência de uma única bobina do motor, e esse valor é uma

das características elétricas buscada, MESSIAS (2002).

Utilizando essas técnicas, tem-se como exemplo, que os motores de passo da Mesa

XY, que possuem resistências de 28 ohms. Aplicando a lei de Ohm (Equação 8.1), tem-se:

V=RI (E

Figura 8.5, Esquema típico para controle de motor de passo.

Fonte Ware (2007).

Kcam é shareware até a que seja registrado, mas não possue restrições de funções

durante o período de experiência. Foi desenvolvido para abrir arquivos criados em software

CAD e controlar Equipamentos de Controle Numérico ligados ou Microcomputador por

portas paralela ou serial, W

Partindo do esquema da figura 8.5, é possí o Projeto N5-i (Figura 8.6). Que

consiste de uma placa phase/drive sem resistor de lastro, ou seja, sem limitação de corrente

ERA (2007).

vel usar

Page 41: Lamartine de Paiva Filho

28

para o motor. Como o motor é alimentado pela fonte na sua tensão nominal, ele raramente

ultrapassa 700Hz de velocidade nessas condições, MORTARI (2007). O Circuito pronto do

Projeto N5-i pode ser visto na figura 8.7.

Figura 8.6 Esquema do Projeto N5-i.

Fonte Mortari (2007).

Figura 8.7, Placa pronta para acionamento de 3 motores de passo.

Fonte Mortari (2007).

Page 42: Lamartine de Paiva Filho

29

8.2 Software

Após desenvolver o hardware e identificar as características elétricas dos motores de

asso, torna-se necessário utilizar uma interface. O Kcam é a interface mais fácil de

configurar. Ele importa um arquivo de AutoCAD e a partir dele adquire as coordenadas

objetivas, para o sistema de Controle Numérico.

AutoCAD® é um software do tipo CAD — Computer Aided Design ou desenho

assistido por computador — criado e comercializado pela Autodesk, Inc. desde 1982. É

utilizado principalmente para a elaboração de peças de desenho técnico em duas dimensões

(2D) e para criação de modelos tridimensionais (3D). Além dos desenhos técnicos, o software

vem disponibilizando, em suas versões mais recentes, vários recursos para visualização em

diversos formatos. É amplamente utilizado em arquitetura, design de interiores, engenharia

mecânica e em vários outros ramos da indústria.

Segundo Ware (2007), em quatro etapas está pronta a configuração do Kcam. A

primeira etapa é localizar um arquivo para o software adquirir os parâmetros de coordenadas.

A segunda etapa na janela de setup o usuário entra com os dados da máquina e os parâmetros

dos eixos. Na terceira etapa na janela de configuração são definidos os parâmetros de

comunicação da porta paralela ou serial dependendo do tipo de circuito de potência adotado.

Na quarta etapa vê-se configurar o System Timing, para isso basta que acesse a janela System

Timing, clicar no botão Star mação de conclusão, todas

essas informações estão detalhados

Após configurar, importa-se um arquivo DXF, ou seja, um arquivo ASCII usando o

formato do AutoCAD R12 ®. No menu file entra-se em import uma janela aparecerá para

digitar o nome do arquivo e sua localização. Em seguida o software gera o código CNC, que

comanda o circuito de potência, acionando até 3 motores de passo, logo controlando até 3

eixos. O Kcam também inclui ao código das posições e outras ações, como acionamento de

equipamentos tais como Tocha de Plasma ou solda.

p

t e em seguida basta esperar a confir

no manual do Kcam.

Page 43: Lamartine de Paiva Filho

30

ÃO E TRABALHOS FUTUROS

o compreenda de forma segura as questões

o fresamento ou torneamento.

trolador numérico, este trabalho mostrou

um grande potencial para aplicações em inúmeros segmentos na engenharia.

abalhos futuros são sugeridos: implementação do projeto de controle, a busca

vas aplicações e melhorias para este sistema. Após a implementação do controle da mesa

oderia usa-la para confecção de circuitos impressos, desbaste de placas, polimerização á

ser, relevo à laser em peças metálicas entre outras. Como o software Kcam possibilita

9 CONCLUS

A Engenharia de Controle e Automação é uma ciência que evolui rapidamente, onde

novas tecnologias são desenvolvidas diariamente. Assim o estudo de técnicas e equipamentos

limita o conhecimento do usuário, sendo necessário ao engenheiro uma forte base teórica para

que não só manuseie o equipamento, mas também

práticas.

O termo prototipagem rápida designa um conjunto de tecnologias usadas para se

fabricar objetos físicos diretamente a partir de fontes de dados gerados por sistemas de projeto

auxiliado por computador (CAD). Tais métodos são bastante peculiares, uma vez que eles

agregam e ligam materiais, camada a camada, de forma a constituir o objeto desejado. Eles

oferecem diversas vantagens em muitas aplicações quando comparados aos processos de

fabricação clássicos baseados em remoção de material, tais com

Buscando suprir essa necessidade, este projeto de Controlador Numérico para uma

Mesa XY abre muitas novas opções de pesquisa, ensino e extensão na Universidade Federal

de Ouro Preto. Todo o projeto foi idealizado visando utilizar menor quantidade de recursos

possíveis: o Kcam é um software livre e o esquema do circuito de potência, N5-i também

(exceto para fins comerciais).

Neste trabalho desenvolveu-se um estudo sobre Controle Numérico suas

características e aplicações. Buscando projetar um controlador para uma mesa de

coordenadas, a fim de utilizá-la em novas aplicações.

Para isso foram levantadas as características técnicas dos componentes da mesa, dentre

eles os motores e sensores. Definiram-se as características da placa de controle do motores e

os softwares necessários. Os softwares usados, para o projeto, foram o AutoCAD e o Kcam.

Utilizando-se os dois softwares é possível fazer o controle de até 3 motores, assim podendo

desenvolver aplicações de até 3 coordenadas.

Neste trabalho desenvol-se o projeto do con

Como tr

de no

p

la

Page 44: Lamartine de Paiva Filho

31

via porta USB, pois os microcontroladores

a Microchip que comunicão via USB instala um drive que faz o computador interpretar este

controle via porta serial seria possível comunicar

d

dispositivo ligado em uma porta serial.

Page 45: Lamartine de Paiva Filho

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