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Laboratório de Materiais de Construção Ensaios Tecnológicos - AGREGADOS 1 1. AMOSTRAGEM NORMA: NBR NM 26:2001 Objetivo: Esta Norma estabelece os procedimentos para a amostragem de agregados, desde a sua extração e redução até o armazenamento e transporte das amostras representativas de agregados para concreto, destinadas a ensaios de laboratório. Definições: Amostra de campo: É a porção representativa de um lote de agregados, coletada nas condições prescritas nesta Norma, seja na fonte de produção, armazenamento ou transporte. A amostra de campo é formada reunindo-se várias amostras parciais em número suficiente para os ensaios de laboratório. Lote de agregado: É a quantidade definida de agregado produzido, armazenado ou transportado sob condições presumidamente uniformes. Sua dimensão não deve ultrapassar a 300 m³ de agregados de mesma origem ou, nos processos contínuos, a quantidade corresponde a 12 h ininterruptas de produção. No caso específico de pequenas obras, onde o volume de concreto não superar a 100 m 3 , ou não corresponder à área de construção de mais de 500 m² e nem a tempo de execução de mais de duas semanas, a dimensão do lote não deve ultrapassar a 80 m³ de agregados de mesma origem. Amostra parcial: É a parcela de agregado obtida de uma só vez do lote de agregado, em um determinado tempo ou local, obedecendo a um plano de amostragem. Amostra de ensaio: É a porção obtida por redução da amostra de campo, conforme a NM 27, utilizada em ensaios de laboratório. As amostras parciais, tomadas em diferentes pontos do lote, devem representar todas as possíveis variações do material, tanto quanto à sua natureza, características, bem como as condições em que é encontrado, podendo assim resultar na porção mais representativa do material. LOCAIS DE AMOSTRAGEM: Jazidas e depósitos naturais; Jazidas com uma face exposta (Afloramento); Jazidas encobertas; Depósitos comerciais e obras;

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Laboratório de Materiais de Construção Ensaios Tecnológicos - AGREGADOS

1

1. AMOSTRAGEM

NORMA: NBR NM 26:2001

Objetivo:

Esta Norma estabelece os procedimentos para a amostragem de agregados, desde a

sua extração e redução até o armazenamento e transporte das amostras

representativas de agregados para concreto, destinadas a ensaios de laboratório.

Definições:

Amostra de campo: É a porção representativa de um lote de agregados, coletada nas

condições prescritas nesta Norma, seja na fonte de produção, armazenamento ou

transporte. A amostra de campo é formada reunindo-se várias amostras parciais em

número suficiente para os ensaios de laboratório.

Lote de agregado: É a quantidade definida de agregado produzido, armazenado ou

transportado sob condições presumidamente uniformes. Sua dimensão não deve

ultrapassar a 300 m³ de agregados de mesma origem ou, nos processos contínuos, a

quantidade corresponde a 12 h ininterruptas de produção. No caso específico de

pequenas obras, onde o volume de concreto não superar a 100 m3, ou não

corresponder à área de construção de mais de 500 m² e nem a tempo de execução de

mais de duas semanas, a dimensão do lote não deve ultrapassar a 80 m³ de

agregados de mesma origem.

Amostra parcial: É a parcela de agregado obtida de uma só vez do lote de agregado,

em um determinado tempo ou local, obedecendo a um plano de amostragem.

Amostra de ensaio: É a porção obtida por redução da amostra de campo, conforme a

NM 27, utilizada em ensaios de laboratório.

As amostras parciais, tomadas em diferentes pontos do lote, devem representar todas

as possíveis variações do material, tanto quanto à sua natureza, características, bem

como as condições em que é encontrado, podendo assim resultar na porção mais

representativa do material.

LOCAIS DE AMOSTRAGEM:

Jazidas e depósitos naturais;

Jazidas com uma face exposta (Afloramento);

Jazidas encobertas;

Depósitos comerciais e obras;

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Número e dimensão das amostras:

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Identificação da amostra no campo:

Cada amostra deve ser convenientemente identificada individualmente, mediante uma

etiqueta ou cartão, fixada ou presa ao recipiente utilizado. Cada etiqueta deve conter

os seguintes dados:

a) designação do material;

b) número de identificação de origem;

c) tipo de procedência;

d) massa da amostra;

e) quantidade do material que representa;

f) obra e especificações a serem cumpridas;

g) parte da obra em que será empregado;

h) local e data da amostragem;

i) responsável pela coleta.

Em caso de jazidas naturais devem ser incluídos os seguintes dados:

a) localização da jazida e nome do proprietário ou pessoa responsável pela

exploração;

b) volume aproximado;

c) espessura aproximada do terreno que encobre a jazida;

d) croqui da jazida em planta e em corte, com indicação aproximada da localização e

espessura de cada amostra;

e) vias de acesso e distâncias aproximadas de transporte.

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2. REDUÇÃO DA AMOSTRA DE CAMPO PARA ENSAIOS DE LABORATÓRIO

NORMA: NBR NM 27:2001

Objetivo:

Esta Norma MERCOSUL estabelece as condições exigíveis na redução da amostra de

agregado formada no campo, para ensaio de laboratório.

A amostra de campo que apresentar mais seca que a condição saturada superfície

seca é reduzida por meio de separador mecânico (método A).

A amostra de campo que apresentar umidade na superfície das partículas pode ser

reduzida por quarteamento, segundo o método B ou método C.

2.1. MÉTODO A (QUARTEAMENTO MECANIZADO)

Materiais/equipamentos:

- Separador mecânico para agregado graúdo, com, no mínimo, oito calhas de igual

abertura;

- Separador mecânico para agregado miúdo com doze calhas de igual abertura;

- Dois recipientes para receber as duas metades da amostra;

- Um recipiente superior com uma largura igual ou ligeiramente inferior à abertura total

do conjunto das canaletas, de tal forma que permita a introdução de amostra para o

separador com uma velocidade constante.

Execução:

01) Colocar a amostra de campo no separador, distribuindo-a uniformemente ao

longo do mesmo, numa velocidade tal que permita que o agregado passe livremente

através das calhas para os recipientes colocados abaixo destas.

02) Reintroduzir a porção da amostra em um destes recipientes no separador,

tantas vezes quantas forem necessárias, para reduzir a amostra à quantidade

adequada ao ensaio pretendido.

03) A porção de material recolhida pelo outro recipiente pode ser reservada para

ser reduzida e utilizada em outros ensaios.

04) Para usar este procedimento em agregados miúdos, exige-se que ele se

encontre mais seco que a condição de saturado com a superfície seca. Para agregado

graúdo, ou mistura de agregado graúdo e miúdo, a amostra deve estar levemente

umedecida, para evitar a perda dos materiais finos.

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2.2. MÉTODO B (QUARTEAMENTO MANUAL)

Materiais/equipamentos:

- Pá côncova e reta;

- Colher de pedreiro;

- Vassoura ou escova;

- Encerado de lona (de aproximadamente 2,0mx2,5m);

- Haste (rígida e de comprimento maior que o da lona).

Execução:

01) Colocar a amostra de campo sobre uma superfície rígida, limpa e plana, onde

não ocorra nenhuma perda de material e nem haja contaminação.

02) Homogeneizar a amostra revolvendo-a no mínimo três vezes.

03) Na última virada, juntar a amostra formando um cone. Achatar cuidadosamente

o cone com a ajuda de uma pá, formando um tronco de cone, cuja base deve ter

diâmetro de quatro a oito vezes a altura do tronco de cone.

04) Dividir a massa achatada em quatro partes iguais com a pá ou a colher de

pedreiro, eliminando duas partes e agrupando as outras duas, em sentido diagonal.

Cuidados, como varrer os espaços vazios entre um nome e outro, devem ser tomados

para evitar a perda de materiais finos da amostra.

05) Com o material remanescente, repetir estas operações até reduzir a amostra à

quantidade necessária para a execução do ensaio.

06) Como alternativa, pode-se colocar a amostra sobre uma lona e homogeneizá-la

com a pá, obtendo uma pilha no formato de um cone. Achatá-lo como descrito em 3 ou

levantar alternadamente, cada ponta do encerado, puxando sobre a amostra as pontas

diagonalmente opostas, fazendo com que o material seja rolado. Achatar o cone assim

formado e dividi-lo como descrito de 1 a 5. Se a superfície do piso não permitir esta

operação, devido à sua irregularidade, introduzir uma haste rígida por baixo do

encerado de forma que passe pelo centro do cone e levantá-lo em suas extremidades,

dividindo-o em duas partes. Deixar uma dobra entre as duas partes e retirar a haste.

Introduzir novamente a haste sob o centro do cone, formando um ângulo reto com a

primeira divisão. Levantar novamente a haste e o encerado, formando assim quatro

partes iguais. Eliminar em sentido diagonal duas partes, tomando cuidado para não

haver perda de finos que ficarem no encerado. Com o material remanescente, repetir

estas operações até reduzir a amostra à quantidade necessária para execução do

ensaio.

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2.3. MÉTODO C (QUARTEAMENTO MANUAL DE PEQUENAS AMOSTRAS)

01) Colocar a amostra de campo de agregado miúdo, úmido, sobre uma superfície

rígida, limpa e plana, onde não ocorra nenhuma perda de material e nem haja

contaminação.

02) Homogeneizar a amostra revolvendo-a no mínimo três vezes.

03) Na última virada, juntar a amostra e, com auxílio da pá, depositar o material no

topo do cone que vai se formando. O cone pode ser achatado a um diâmetro e altura

aproximadamente iguais, pressionando para baixo o seu ápice com a pá.

04) Obter a quantidade de amostra desejada através de, pelo menos, cinco

tomadas, aproximadamente iguais, em locais escolhidos ao acaso e distribuídos na

superfície do cone formado.

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3. DETERMINAÇÃO DO MATERIAL FINO QUE PASSA ATRAVÉS DA

PENEIRA 75µm POR LAVAGEM (MATERIAL PULVERULENTO)

NORMA: NBR NM 46:2003

Materiais/equipamentos:

- Balança com resolução de 0,1g;

- Estufa (105ºC±5ºC);

- Recipientes de vidro com mesma dimensão e forma;

- Recipiente de tamanho suficiente para conter a amostra coberta com água e permitir

sua agitação vigorosa sem perda de amostra ou água;

- Jogo de peneiras, onde a inferior tem abertura de malha de 75µm e a superior

1,18mm;

Massa mínima de amostra de ensaio

Dimensão máxima nominal

(mm)

Massa mínima

g

2,36 100

4,75 500

9,5 1000

19,0 2500

37,5 ou superior 5000

Execução:

01) Secar a amostra de ensaio até massa constante à temperatura de (110±5)°C.

Determinar a massa com precisão de 0,1% mais próximo da massa da amostra de

ensaio.

02) Após a secagem e determinação da massa, colocar a amostra de ensaio no

recipiente e adicionar água até cobri-la. Agitar a amostra vigorosamente até obter a

completa separação de todas as partículas mais finas que 75 µm das maiores e para

que o material fino fique em suspensão. Imediatamente, verter a água de lavagem

contendo os sólidos suspensos e dissolvidos sobre as peneiras, dispostas de forma

que a malha de maior abertura esteja na parte de cima. Evitar ao máximo a

decantação de partículas mais graúdas da amostra.

03) Adicionar uma segunda quantidade de água à amostra no recipiente, agitar e

passar pelas peneiras como descrito anteriormente. Repetir esta operação até que a

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água da lavagem fique clara. Fazer a comparação visual de limpidez entre a água,

antes e depois da lavagem, utilizando os recipientes indicados.

04) Retornar todo o material retido nas peneiras com fluxo contínuo de água sobre

a amostra lavada. Secar o agregado lavado até a massa constante à temperatura de

(105±5)°C e determinar a massa aproximando ao 0,1% mais próximo da massa da

amostra.

Resultado:

Calcular a quantidade de material que passa pela peneira 75 µm por lavagem como

segue:

Onde,

m é a porcentagem de material mais fino que a peneira de 75 µm por lavagem;

mi é a massa de amostra seca, em gramas;

mf é a massa da amostra seca após lavagem em gramas.

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4. DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ARGILA EM TORRÕES E MATERIAIS

FRIÁVEIS

NORMA: NBR NM 7218:2010

Execução do ensaio

Determinar a composição granulométrica de acordo com a ABNT NBR 248.

Determinar o teor de argila em torrões e materiais friáveis da amostra, considerando-

se os intervalos granulométricos e as massas mínimas de amostra apresentados na

Tabela 1.

Os intervalos granulométricos que apresentarem menos de 5% da amostra total não

precisam ser ensaiados.

Na seqüência, espalhar a massa de amostra de cada intervalo granulométrico (mi ) em

bandejas apropriadas de maneira a formar uma camada delgada. Cobrir a amostra

com água destilada, deionizada ou da de rede de abastecimento e deixá-la em

repouso durante (24±4) h.

Transcorrido esse tempo, identificar as partículas com aparência de torrões de argila

ou materiais friáveis e pressioná-las entre os dedos de modo a desfazê-las. Não usar

unhas, as paredes ou o fundo do recipiente para quebrar as partículas.

Em seguida, transferir a massa de amostra de cada intervalo granulométrico das

bandejas para as peneiras com aberturas indicadas na Tabela 2. Proceder ao

peneiramento por via úmida para remoção das partículas de argila e materiais friáveis,

agitando cuidadosamente a amostra com as mãos durante o fluxo de água de

lavagem.

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Remover cuidadosamente a amostra das peneiras correspondentes, secá-la em estufa

a temperatura de (105±5) ºC ate massa constante e, após resfriamento, determinar a

massa material retido (mf).

Resultados

Calcular o teor de argila em torrões e materiais friáveis (mt) de cada intervalo

granulométrico, indicando-o em porcentagem, segundo a expressão:

Onde

mt é o teor de argila em torrões e materiais friáveis, em porcentagem (%). O resultado

deve ser arredondado ao décimo mais próximo:

mi é a massa inicial do intervalo granulométrico em gramas (g)

mf é a massa após o peneiramento via úmida em gramas (g)

Calcular o teor parcial de argila em torrões e materiais friáveis, multiplicando a

porcentagem determinada em cada intervalo granulométrico (mt) pela porcentagem

retida individual desse intervalo granulométrico (obtida no ensaio de determinação da

composição granulométrica pela ABNT NBR NM 248) e dividida por 100.

Os intervalos granulométricos que representam menos de 5% da massa da amostra

total, apesar de não terem sido ensaiados devem ser considerados no calculo ,

arbitrando-se o mesmo valor percentual de torrões de argila e de materiais friáveis

presentes no intervalo granulométrico imediatamente superior ou inferior ao não

ensaiado.

Calcular o teor de argila em torrões e materiais friáveis presentes na amostra total,

pelo somatório dos teores parciais encontrados.

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5. DETERMINAÇÃO DA ABSORÇÃO DE ÁGUA EM AGREGADOS MIÚDOS

NORMA: NBR NM 30:2001

Definições:

Absorção: É o processo pelo qual um líquido é conduzido e tende a ocupar os poros

permeáveis de um corpo sólido poroso. Para os efeitos desta Norma, é também o

incremento de massa de um corpo sólido poroso devido à penetração de um líquido

(água) em seus poros permeáveis, em relação a sua massa em estado seco.

Agregados saturados superfície seca: São os agregados cujas partículas

absorveram o máximo de água apresentando ainda a superfície seca.

Materiais/equipamentos:

- Balança com capacidade mínima de 1 Kg e resolução de 0,01g;

- Estufa (105ºC±5ºC);

- Bandeja metálica;

- Espátula de aço;

- Circulador de ar quente regulável;

- Dessecador;

- Haste de compactação;

- Molde tronco-cônico, metálico com (40 ± 3) mm de diâmetro superior, (90 ± 3) mm de

diâmetro inferior e (75 ± 3) mm de altura e com espessura mínima de 1 mm.

Execução:

01) A amostra do agregado para ensaio deve ter aproximadamente 1 kg, tendo

sido obtida por quarteamento prévio.

02) Colocar a amostra em um recipiente e secar a uma temperatura de (105 ±

5)ºC, até que a diferença massa (m) seja menor do que 0,1 g, em duas determinações

consecutivas. A etapa de secagem é dispensável quando a dosagem do concreto for

realizada com base em agregados no estado úmido.

03) Cobrir a amostra com água e deixar descansar por 24 h. Retirar a amostra da

água e estender sobre uma superfície plana, submetendo-a à ação de uma suave

corrente de ar quente, revolvendo a amostra com freqüência para assegurar uma

secagem uniforme. Prosseguir a secagem até que os grãos de agregado miúdo não

fiquem aderidos entre si de forma marcante.

04) Colocar o agregado miúdo em um molde, sem comprimi-lo, aplicar

suavemente em sua superfície 25 golpes com a haste de compactação e levantar

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verticalmente o molde. Se houver umidade superficial, o agregado se conservará com

a forma do molde.

05) Continuar a secagem, revolvendo a amostra constantemente e realizar ensaios

a intervalos freqüentes, até que o cone de agregado miúdo desmorone ao ser retirado

o molde. Neste momento o agregado terá chegado à condição de saturado superfície

seca. Determinar a massa com aproximação de 0,1 g (ms).

06) O método descrito de 3 a 5 tem por fim assegurar que no primeiro ensaio o

agregado tenha alguma umidade superficial. Se o cone desmoronar na primeira

tentativa, a secagem já terá sido efetuada além do ponto de saturado superfície seca

do agregado. Nesse caso, devem ser adicionados alguns mililitros de água à amostra,

que deve ser intimamente misturada e permanecer em repouso durante 30 minutos

em um recipiente tampado, após o que deve ser reiniciado o processo de secagem e

ensaio.

Resultado:

Calcular a absorção de água mediante a seguinte fórmula:

onde:

A, é a absorção de água, em porcentagem;

ms é a massa ao ar da amostra na condição saturado e de superfície seca, em

gramas;

m é a massa da amostra seca em estufa, em gramas.

Os resultados dos ensaios realizados com a mesma amostra não devem diferir em

mais de 0,05% para a porcentagem da absorção. Deve ser tomado como valor

definitivo a média dos valores correspondentes obtidos, registrado com aproximação

de 0,1%.

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6. DETERMINAÇÃO DA UMIDADE SUPERFICIAL EM AGREGADOS MIÚDOS

POR MEIO DO FRASCO CHAPMAN

NORMA: NBR NM 9775:1987

Definições:

Umidade superficial: Água aderente à superfície dos grãos e é expressa em

porcentagem da massa do agregado úmido em relação à massa do agregado seco.

Materiais/equipamentos:

- Balança com capacidade mínima de 1Kg e resolução de 0,01g;

- Frasco que deve ser de vidro e composto de dois bulbos e de um gargalo graduado.

No estrangulamento existente entre os dois bulbos deve haver um traço que

corresponde a 200 cm³ e acima dos bulbos situa-se o tubo graduado de 375 cm³ e 450

cm³, conforme Figura:

Figura: Frasco Chapman

Execução:

Colocar água no frasco até a divisão de 200cm3, deixando- o em repouso, para que a

água aderida às faces internas escorra totalmente; em seguida introduzir

cuidadosamente, as 500 g de agregado miúdo úmido no frasco, o qual deve ser

devidamente agitado para eliminação das bolhas de ar. A leitura do nível atingido pela

água no gargalo do frasco indica o volume, em cm3, ocupado pelo conjunto água-

agregado miúdo úmido, alertando- se para que as faces internas devam estar

completamente secas e sem grãos aderentes.

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Resultado:

A umidade superficial presente no agregado miúdo, expressa em porcentagem da

massa de material seco, deve ser calculada pela seguinte expressão:

Onde:

h = porcentagem de umidade;

L = leitura do frasco (volume ocupado pelo conjunto água-agregado miúdo);

= massa específica do agregado miúdo.

A umidade superficial deve ser a média de duas determinações consecutivas, feitas

com amostras do mesmo agregado miúdo, colhidas ao mesmo tempo. Os resultados

não devem diferir entre si mais do que meia unidade percentual.

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7. DETERMINAÇÃO DA MASSA UNITÁRIA E DO VOLUME DE VAZIOS

NORMA: NBR NM 45:2006

Definições:

Massa unitária: Relação entre a massa do agregado lançado no recipiente de acordo

com o estabelecido nesta Norma e o volume desse recipiente.

Volume de vazios: Espaço entre os grãos de uma massa de agregado.

Materiais/equipamentos:

- Balança com resolução de 50g;

- Haste de adensamento ( =16mm/ = 600mm);

- Recipiente (ver características em tabela 1);

- Pá ou concha;

- Estufa (105ºC±5ºC);

Execução:

A amostra tomada deve ser constituída com aproximadamente 150% da quantidade

de material requerido para encher o recipiente e deve ser manipulada de forma a

evitar sua segregação. Secar a amostra de agregado até massa constante, em uma

estufa mantida a 105ºC±5ºC.

7.1. MÉTODO A (Massa Unitária Compactada)

(Quando os agregados têm dimensão máxima característica de 37,5mm ou menor)

01) Determinar e registrar a massa do recipiente vazio.

02) Encher o recipiente com o material em três camadas (1/3 +1/3 +1/3),

promovendo em cada camada 25 golpes da haste de adensamento, distribuídos

uniformemente em toda a superfície do material;

03) Nivelar a camada superficial do agregado com uma espátula, de forma a rasá-

la com a borda superior do recipiente.

04) Determinar e registrar a massa do recipiente mais seu conteúdo.

7.2. MÉTODO B (Massa Unitária Compactada)

(Quando os agregados têm dimensão máxima característica superior a 37,5mm e

inferior a 75mm)

01) Determinar e registrar a massa do recipiente vazio.

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02) Encher o recipiente com o material em três camadas (1/3 +1/3 +1/3),

promovendo em cada camada 50 quedas de altura de 50 mm, sendo 25 vezes de

cada lado;

03) Efetuar o adensamento de cada camada colocando o recipiente sobre uma

base firme, elevando alternadamente os lados opostos cerca de 50mm e deixando-os

cair, de forma que adensamento se produza pela ação dos golpes secos.

04) Nivelar a camada superficial do agregado com uma espátula, de forma a rasá-

la com a borda superior do recipiente.

05) Determinar e registrar a massa do recipiente mais seu conteúdo.

7.3. MÉTODO C (Massa Unitária no Estado Solto)

(Quando os agregados estão no estado solto)

01) Determinar e registrar a massa do recipiente vazio;

02) Encher o recipiente até que o mesmo transborde, utilizando uma pá ou uma

concha, despejando o agregado de uma altura que não supere 50 mm acima da borda

superior do recipiente;

03) Nivelar a camada superficial do agregado com uma espátula, de forma a rasá-

la com a borda superior do recipiente;

04) Determinar e registrar a massa do recipiente mais seu conteúdo.

Resultado:

A massa unitária determinada pelos métodos A, B e C deve ser calculada pelas

fórmulas:

ou

= massa unitária do agregado [kg/m³];

= massa do recipiente mais o agregado [kg];

= massa do recipiente vazio [kg];

= volume do recipiente [m³].

= fator para recipiente [F=1/V]

Calcular o índice do volume de vazios nos agregados utilizando a massa

unitária e empregando a fórmula seguinte:

= índice de volume de vazios nos agregados, em porcentagem;

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= massa específica relativa do agregado seco;

= massa específica da água [kg/m³]

= massa unitária média do agregado [kg/m³]

A massa unitária do agregado solto ou compactado é a média dos resultados

individuais obtidos em pelo menos três determinações, dividindo-se a massa do

agregado pelo volume do recipiente utilizado, expressa em quilograma por metro

cúbico.

Tabela 1

Características do recipiente.

Recipiente cilíndrico

Dimensão máxima

característica do

agregado

(mm)

Capacidade

mínima

(dm³)

Diâmetro interior

(mm)

Altura interior

(mm)

d 37,5 10 220 268

37,5< d ≤ 50 15 260 282

50< d ≤ 75 30 360 294

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8. DETERMINAÇÃO DE MASSA ESPECÍFICA E MASSA ESPECÍFICA

APARENTE

NORMA: NBR NM 52:2009

Definições:

Agregado miúdo: Agregado que passa na peneira com abertura de malha 4,75mm e

fica retida quase totalmente na peneira 75 m.

Massa específica: Relação entre a massa do agregado seco e seu volume, excluindo

os poros permeáveis.

Massa específica aparente: Relação entre a massa do agregado seco e seu volume,

incluindo os poros permeáveis.

Massa específica relativa: É a relação entre a massa da unidade de volume de um

material, incluindo os poros permeáveis e impermeáveis, a uma temperatura

determinada, e a massa de um volume igual de água destilada, livre de ar, a uma

temperatura estabelecida.

Agregado saturado superfície seca: São as partículas de agregado que culminaram

suas possibilidades de absorver água e mantém a superfície seca.

Materiais/equipamentos:

- Balança com capacidade para 1kg e resolução de 0,1g;

- Frasco aferido (de 500 cm³, erro inferior a 0,15cm³ a 20ºC);

- Molde tronco-cônico;

- Haste de compactação;

- Estufa (105ºC±5ºC);

- Bandeja metálica;

- Espátula de aço;

- Circulador de ar regulável;

- Dessecador.

Preparação da amostra para ensaio:

01) A amostra para ensaio deve ser constituída por 1kg de agregado miúdo, obtido

por quarteamento.

02) Colocar a amostra em um recipiente, cobri-la com água e deixar em repouso

por 24h.

03) Retirar a amostra de água e estendê-la sobre uma superfície plana, revolvendo

a amostra com freqüência para assegurar a secagem uniforme. Prosseguir a secagem

até que os grãos de agregado miúdo não fiquem fortemente aderidos entre si.

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04) Colocar o agregado miúdo no molde, sem comprimi-lo. Compactar sua

superfície suavemente com 25 golpes de haste de socamento e então levantar

verticalmente o molde.

05) Se ainda houver umidade superficial (se o agregado conservar a forma do

molde), continuar a secagem, revolvendo a amostra constantemente e fazer ensaios a

intervalos freqüentes de tempo até que o cone agregado miúdo desmorone ao retirar o

molde.

Execução:

01) Pesar (500 01)g de amostra ( ), colocar no frasco e registrar a massa do

conjunto ( );

02) Encher o frasco com água até próxima da marca de 500ml, movê-lo de forma a

eliminar as bolhas de ar e colocá-lo em banho mantido a temperatura constante de

(21 2)ºC;

03) Após 1h, aproximadamente, completar com água até a marca de 500cm³ e

determinar a massa total com precisão de 0,1g ( );

04) Retirar o agregado miúdo do frasco e secá-lo a (105 5)ºC até massa constante

( 0,1g). Esfriar à temperatura ambiente em dessecador e pesar com precisão de 0,1g

( );

Resultado:

A massa específica aparente do agregado seco é calculada pela seguinte fórmula:

= massa específica aparente do agregado seco [g/cm³];

= massa da amostra seca em estufa [g];

= volume do frasco [cm³];

= volume de água adicionada ao frasco [cm³].

= massa do conjunto (frasco+agregado) [g]

= massa total (frasco+agregado+água) [g]

= massa específica da água [g/cm³].

A massa específica do agregado saturado se dá pela fórmula:

Vinícius
Highlight
Vinícius
Highlight
Vinícius
Highlight
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= massa específica do agregado saturado superfície seca [g/cm³];

= massa da amostra na condição saturada superfície seca [g];

= volume do frasco [cm³];

= volume de água adicionada ao frasco [cm³].

A partir da fórmula abaixo, obtemos o valor da massa específica do agregado:

= massa específica do agregado [g/cm³];

= massa da amostra seca em estufa [g];

= volume do frasco [cm³];

= volume de água adicionada ao frasco [cm³].

= massa da amostra na condição saturada superfície seca [g];

= massa específica da água [g/cm³].

Obs.: Os resultados dos ensaios realizados com a mesma amostra não devem deferir

em mais de 0,02 g/cm³ para a massa específica. Tomar como valor definitivo a média

dos valores correspondentes obtidos e registrar com aproximação de 0,01 g/cm³

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9. DETERMINAÇÃO DE IMPUREZAS ORGÂNICAS

NORMA: NBR NM 49

Materiais/equipamentos:

- Balança com resolução de 0,01 g e capacidade mínima de 1 kg;

- Béquer de aproximadamente 1 000 cm³;

- Provetas graduadas de 10 cm3 e 100 cm³;

- Frascos erlenmeyer com rolha esmerilhada, de aproximadamente 250 cm³;

- Funil de haste longa;

- Papel filtro qualitativo;

- Dois tubos Nessler ou tubos de ensaio, de mesma capacidade.

Preparação dos reagentes para ensaio:

1) As soluções devem ser preparadas com antecedência e em quantidade que permita a

realização de vários ensaios

2) A solução de hidróxido de sódio a 3%, deve obedecer a seguinte proporção:

Hidróxido de sódio....................... 30 g

Água............................................. 970 g

3) A solução de ácido tânico a 2%, deve obedecer a seguinte proporção:

Ácido tânico.................................. 2 g

Álcool............................................ 10 cm³

Água............................................. 90 cm³

Execução:

01) Num frasco de erlenmeyer, adiciona-se (200 5)g de agregado miúdo e 100 cm³

de solução de hidróxido de sódio, agite vigorosamente e deixe em repouso por (24 2)h

em ambiente escuro.

02) Simultaneamente a este processo deve se preparar uma solução padrão

comparativa, adicionado 3 cm³ da solução de ácido tânico a 97cm³ da solução de

hidróxido de sódio, agitar e deixar repousar por (24 2)h em ambiente escuro. Depois do

período de repouso, transferir a solução para um tubo de ensaio Nessler.

03) Terminado o período de repouso, filtra-se a solução que esteve em contato com o

agregado miúdo e a solução padrão, recolhendo-a cada uma em um tubo de ensaio

Nessler (separados).

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Resultado:

Comparar a solução obtida com a solução padrão, verificando se a cor é mais escura,

mais clara ou de coloração igual à coloração da solução padrão.

O resultado deve incluir a identificação da amostra e a avaliação do índice de cor.

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10. DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA

NORMA: ABNT NBR NM 248: 2003

Definições:

Dimensão máxima característica: Grandeza associada à distribuição granulométrica

do agregado, correspondente à abertura nominal, em milímetros, da malha da peneira

da série normal ou intermediária, na qual o agregado apresenta uma porcentagem

retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em massa.

Módulo de finura: Soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um

agregado, nas peneiras da série normal, dividida por 100.

Materiais/equipamentos:

- Série de Peneiras denominadas normal: 4,75mm - 2,36mm - 1,18mm - 600μm -

300μm - 150μm e fundo;

- Balança com capacidade mínima de 1kg e sensibilidade de 1g;

- 2 kg de agregado miúdo seco em estufa até a constância de massa;

- Agitador de Peneiras.

Execução:

01) Formar a amostra para o ensaio seguindo a tabela abaixo:

Agregado miúdo Agregado graúdo

Mín.: 0,3 kg

Ensaio: 0,5 Kg

D. Max.= 9,5 mm 1 kg

D. Max.= 12,5 mm 2 kg

D. Max.= 19 mm 5 kg

D. Max.= 25 mm 10 kg

D. Max.= 37,5 mm 15 kg

02) Montar a série de peneiras e fundo apropriadamente;

03) Colocar a amostra ou porções da mesma sobre a peneira superior do conjunto,

de modo a evitar a formação de uma camada espessa de material sobre qualquer uma

das peneiras. A tabela abaixo mostra a máxima quantidade de material sobre as telas

das peneiras:

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Agregado miúdo Agregado graúdo

0,2 kg

D. Max.= 4,75 mm 0,33 kg

D. Max.= 9,5 mm 0,67 kg

D. Max.= 12,5 mm 0,89 kg

D. Max.= 19 mm 1,4 kg

D. Max.= 25 mm 1,8 kg

D. Max.= 37,5 mm 2,7 kg

04) A amostra é peneirada através da série normal de peneiras, de modo que seus

grãos sejam separados e classificados em diferentes tamanhos;

05) O peneiramento deve ser contínuo, de forma que após 1 minuto de

peneiramento contínuo, através de qualquer peneira não passe mais que 1% do peso

total da amostra (agitador de peneiras por ± 5 min e peneiramento manual até que não

passe quantidade significativa de material);

06) O material retido em cada peneira e fundo é separado e pesado;

07) O somatório de todas as massas não deve diferir mais de 0,3% da massa

inicial da amostra;

08) Se um agregado fino apresentar entre 5% a 15% de material mais grosso do

que 4,8mm, ele será ainda considerado globalmente como “agregado miúdo”;

09) Se um agregado grosso apresentar até 15% de material passando pela peneira

4,8mm, será ele, ainda, globalmente considerado como “agregado graúdo”;

10) Porém, se mais do que 15% de um agregado fino for mais grosso do que

4,8mm, ou mais do que 15% de um agregado grosso passar na peneira 4,8mm, serão

consignadas separadamente as composições granulométricas das partes do material

acima e abaixo da referida peneira.

Resultado:

PENEIRA

# Peso retido (g) % Retida % Retida acumulada

4,75 mm Peso retido na # 4,8 mm

% Ret. Acumulada

Anterior + % Retida

2,36 mm Peso retido na # 2,4 mm

% Ret. Acumulada

Anterior + % Retida

1,18 mm Peso retido na # 1,2 mm

% Ret. Acumulada

Anterior + % Retida

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0,6 mm Peso retido na # 0,6 mm

% Ret. Acumulada

Anterior + % Retida

0,3 mm Peso retido na # 0,3 mm

% Ret. Acumulada

Anterior + % Retida

0,15 mm Peso retido na # 0,15 mm

% Ret. Acumulada

Anterior + % Retida

Fundo Peso retido no fundo

% Ret. Acumulada

Anterior + % Retida

Total

100%

Dimensão Máxima Característica (DMC):

Corresponde à abertura da malha da peneira (em mm) na qual o agregado apresenta

uma porcentagem retira acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% da massa.

Módulo de Finura (M.F.):

O Módulo de Finura é calculado pela fórmula:

Classificação do agregado:

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11. DETERMINAÇÃO DO INCHAMENTO

NORMA: ABNT NBR 6467:2006

Materiais/equipamentos:

- Balança com capacidade mínima de 1kg e sensibilidade de 1g;

- 4 kg de agregado miúdo seco e estufa até a constância de massa;

- Forma retangular pequena;

- Proveta graduada

- Régua;

- Concha ou pá;

Execução:

01) A amostra do agregado deverá estar na temperatura ambiente;

02) O volume do Agregado a ser ensaiado deverá ser no mínimo o dobro do

volume da forma pequena (4kg);

03) Colocar a amostra dentro da forma grande;

04) Adicionar água seguindo a tabela abaixo para obter o teor de umidade

requerido;

Teor de

Umidade (%) 0 0,5 01 02 03 04 05 07 09 12

Quantidade

de água (g) 0 20 20 40 40 40 40 80 80 120

05) Homogeneizar a amostra com esta quantidade de água adicionada, com isso

asseguramos uma umidade constante em toda a amostra;

06) Determinar a massa unitária tendo como caixa a forma pequena ( =

Massa/Volume);

07) Despejar o conteúdo da forma pequena na forma grande;

08) Homogeneizar a amostra;

09) Volte ao item 04, adicione uma nova quantidade de água, determine

novamente a massa unitária,assim sucessivamente para os diversos teores de

umidade. (0,5;01;02;...;07;09 e 12%)

Resultado:

Para os diversos teores de umidade (10 teores), calcular os respectivos coeficientes

de inchamento pela seguinte fórmula:

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Onde:

= massa específica aparente do agregado seco.

= massa específica aparente do agregado no estado úmido

= teor de umidade do agregado, em %

Elaborar um gráfico tendo como eixo das abscissas (eixo x) os teores de umidade, e

como eixo das ordenadas (eixo y) os coeficientes de inchamento.

Traçar a curva de inchamento, de modo a obter uma representação aproximada do

fenômeno.

A umidade crítica (ponto C) é a umidade indicada pela intersecção da reta vertical com

o eixo x, sendo este teor de umidade o responsável pelo maior inchamento do

agregado.

O Coeficiente de Inchamento Médio (CIM) é a média aritmética dos pontos A e B.

Onde:

A= coeficiente máximo

B= coeficiente para a umidade crítica.

Determinação da umidade crítica:

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1) Traçar tangente à curva e paralela ao eixo x:

2) 2) Traçar corda que une a origem ao ponto

de tangência:

3) Traçar nova tangente a curva e paralela a corda: 4) Traçar vertical que passa

pela inter-

seção entre as duas retas

tangentes: