´"la vem o sol": celebração de natal

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Arte: Juliana Mesquita “Lá vem o Sol” Celebração de Natal CAPELA DA SERRA Jundiaí, 1. o de dezembro de 2013 PRIMEIRA NOITE: NOS PORÕES... Prelúdio: [A comunidade permanece em oração] Convocação: [Habacuque 3.17ss] Ainda que a figueira não floresce, nem há fruto na vide; o produto da oliveira mente, e os cam- pos não produzem mantimento; as ovelhas foram arrebatadas do aprisco, e nos currais não há gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. Paciência: [Lenine] Disponível em: http://youtu.be/je-RTYbzoEk Mesmo quando tudo pede Um pouco mais de calma Até quando o corpo pede Um pouco mais de alma A vida não para Enquanto o tempo Acelera e pede pressa Eu me recuso, faço hora Vou na valsa A vida é tão rara Enquanto todo mundo Espera a cura do mal E a loucura finge Que isso tudo é normal Eu finjo ter paciência O mundo vai girando Cada vez mais veloz A gente espera do mundo E o mundo espera de nós Um pouco mais de paciência Será que é tempo Que lhe falta pra perceber? Será que temos esse tempo Pra perder? E quem quer saber? A vida é tão rara Tão rara Mesmo quando tudo pede Um pouco mais de calma Mesmo quando o corpo pede Um pouco mais de alma Eu sei, a vida não para A vida não para não

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Capela da Serra, 1.º de dezembro de 2013

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Arte: Juliana Mesquita

“Lá vem o Sol” Celebração de Natal CAPELA DA SERRA

Jundiaí, 1.o de dezembro de 2013

PRIMEIRA NOITE: NOS PORÕES...

Prelúdio: [A comunidade permanece em oração]

Convocação: [Habacuque 3.17ss]

Ainda que a figueira não floresce, nem há fruto na vide; o produto da oliveira mente, e os cam-pos não produzem mantimento; as ovelhas foram arrebatadas do aprisco, e nos currais não há gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação.

♫ Paciência: [Lenine]

Disponível em: http://youtu.be/je-RTYbzoEk

Mesmo quando tudo pede Um pouco mais de calma Até quando o corpo pede Um pouco mais de alma A vida não para

Enquanto o tempo Acelera e pede pressa Eu me recuso, faço hora Vou na valsa A vida é tão rara

Enquanto todo mundo Espera a cura do mal E a loucura finge Que isso tudo é normal Eu finjo ter paciência

O mundo vai girando Cada vez mais veloz A gente espera do mundo E o mundo espera de nós Um pouco mais de paciência

Será que é tempo Que lhe falta pra perceber? Será que temos esse tempo Pra perder? E quem quer saber? A vida é tão rara Tão rara

Mesmo quando tudo pede Um pouco mais de calma Mesmo quando o corpo pede Um pouco mais de alma Eu sei, a vida não para A vida não para não

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Primeira iluminação: (Isaías 9.1-7)

Mas para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade. [...] O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz. [...] Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. [...]

Silêncio

SEGUNDA NOITE: NO VENTRE...

♫ Lá vem o Sol: [Here Comes the Sun, John Lennon e

Paul McCartney; versão de Lulu Santos]

Disponível em: http://youtu.be/TUdNRQp81pc

Lá vem o Sol Lá vem o Sol, eu já sei Tá legal

Minha linda Foi um inverno tão comprido Minha linda Faz eras que você partiu

Lá vem o Sol Lá vem o Sol, eu já sei Tá legal

Minha linda O riso retornando às bocas Minha linda Tem sido raramente assim

Lá vem o Sol Lá vem o Sol, eu já sei Tá legal

Sol, Sol, Sol Sol, Sol, Sol Sol, Sol, Sol Temporão Sol, Sol, Sol Brilha então

Minha linda O velho gelo derretendo Minha linda Não, nunca mais volte a partir

Lá vem o Sol Lá vem o Sol, eu já sei Tá legal

Lá vem o Sol Lá vem o Sol, eu já sei Tá legal

Tá legal

Segunda iluminação: (Lucas 1.26-33)

No sexto mês [de gravidez de Isabel], foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma moça muito jovem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a moça chamava-se Maria. E, entrando o anjo aonde ela esta-va, disse: Alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo. Ela, porém, ao ouvir esta palavra, perturbou-se muito e pôs-se a pensar no que significaria esta saudação. Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim.

Silêncio

TERCEIRA NOITE: NO PORTÃO...

♫ Ai que Saudade de Ocê: [Geraldo Azevedo]

Disponível em: http://youtu.be/71GuQv9vuWA

Não se admire se um dia Um beija-flor invadir A porta da tua casa Te der um beijo e partir Fui eu que mandei o beijo Que é pra matar meu desejo Faz tempo que eu não te vejo Ai que saudade de ocê

Se um dia ocê se lembrar Escreva uma carta pra mim Bote logo no correio Com frases dizendo assim: "Faz tempo que eu não te vejo Quero matar meu desejo Te mando um monte de beijo Ai que saudade sem fim"

Terceira iluminação: (Lucas 1.39-41)

Naqueles dias, dispondo-se Maria, foi apressadamente à região montanhosa, a uma cidade de Judá, entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Ouvindo esta a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre; então, Isabel ficou possuída do Espírito Santo.

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Maria e Isabel: [Nancy Cardoso]

A barriga de uma era o espelho da outra gêmeas de gravidezes improváveis.

Se olhavam de espanto e alegria levemente pesadas de meninos sagrados

inesperados.

A barriga de uma era o abrigo da outra clandestinas de delitos gravidosos. Se escondiam de suspeitas e juízos

engravidadas de crianças novidosas inexplicáveis.

A barriga de uma era a lâmina da outra cúmplices de esperas adiadas.

Se cortavam em profecias e louvores tecendo panos pra vestir os seus meninos

inigualáveis.

A barriga de uma era o alimento da outra famintas de espírito e santidade. Se encontravam seios túrgidos e aumentados fervendo leites para as bocas dos meninos insaciáveis.

A barriga de uma era a palavra da outra emocionadas do sagrado nas entranhas. Se diziam venturosas e felizes acalentando sonos dos meninos impossíveis.

A barriga de uma é a barriga da outra engravidadas de desejos e vontades. Se abraçavam, volumosas e divinas velando os nomes dos meninos indizíveis.

♫ Clareana: [Maurício Maestro e Joyce]

Disponível em: http://youtu.be/Nblq3ogxDQA

Um coração De mel de melão De sim e de não

É feito um bichinho No sol de manhã

Novelo de lã

No ventre da mãe Bate um coração De Clara, Ana E quem mais chegar Água, terra, fogo e ar

QUARTA NOITE: NA COZINHA...

Quarta iluminação: (Lucas 2.1-20)

Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se. [...] Todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. José também subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, para a Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi, a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.

Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite. E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Se-nhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura.

E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e di-zendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra quem ele quer bem.

E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer. Foram apressadamente e acharam Maria e José e a criança deitada na manjedoura. E, vendo-o, divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito deste menino. Todos os que ouviram se admira-ram das coisas referidas pelos pastores. Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditan-do-as no coração. Voltaram, então, os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado.

♫ Mary Cristo [Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown,

Marisa Monte] Disponível em:

http://youtu.be/JVUw32I1cXQ

Já nasceu o Deus Menino E as vaquinhas vão mugindo Blim, blom Blim, blom Blim, blom, Nylon

Mary, Mary, Mary, Cristo Cristo, Cristo, Mary, Mary Esta noite olham por nós Anjos cantam de lá do céu

Carneirinho me dá lã, mé Passarinhos de manhã, né Cantam (assobio) Tudo tão bom Papai Noel, momo do céu

Eucaristia às avessas! O primeiro Natal foi uma eucaristia às avessas. Na Santa Ceia, nós nos alimentamos do corpo de

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[Luiz Carlos Ramos] Deus. No Natal, Deus, no colo da humanidade, se alimenta da sua carne, e bebe do seu leite (aprendemos isso com o Rubem Alves).

É véspera de Natal, e tudo está preparado para a Ceia. Comamos e bebamos com a moderação e a solenidade de quem está dando de comer à criança divino-humana, de nascimento humilde e amor eterno, que se aninha em nossos braços…

Santa ceia, ceia santa. Deus no colo! Pietá.

Partilha eucarística

♫ Calix Bento: [Folclore adaptado

por Tavinho Moura] Disponível em:

http://youtu.be/tH8HJTmm58Q

Oh Deus salve o oratório Oh Deus salve o oratório Onde Deus fez a morada, oiá, meu Deus Onde Deus fez a morada, eiá

Onde mora o cálix Bento Onde mora o cálix Bento E a hóstia consagrada, oiá, meu Deus E a hóstia consagrada, eiá

De Jessé nasceu a vara De Jessé nasceu a vara E da vara nasceu a flor, oiá, meu Deus Da vara nasceu a flor, eiá

E da flor nasceu Maria E da flor nasceu Maria De Maria o Salvador, oiá, meu Deus De Maria o Salvador, eiá

Salmo 23.1-3: O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará. Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso; refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.

QUINTA NOITE: NO JARDIM DA INFÂNCIA...

Quinta iluminação: (Lucas 2.22)

Passados os dias da purificação deles segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor.

Ofertório

Lucas 2.23-38: (Simeão e Ana)

Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão; homem este justo e piedoso que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo:

Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo Israel.

[...]

Havia uma profetisa, chamada Ana, [...] avançada em dias, que vivera com seu marido sete anos desde que se casara e que era viúva de oitenta e quatro anos. Esta não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações. E, chegando naquela hora, dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.

♫ Velha infância: [Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown,

Dari Moraes e Marisa Monte] Disponível em:

http://youtu.be/BUvGMiMcA38

Você é assim Um sonho pra mim E quando eu não te vejo Eu penso em você Desde o amanhecer Até quando eu me deito

Eu gosto de você E gosto de ficar com você Meu riso é tão feliz contigo O meu melhor amigo É o meu amor

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Você é assim Um sonho pra mim E quando eu não te vejo Eu penso em você Desde o amanhecer Até quando eu me deito

Eu gosto de você E gosto de ficar com você Meu riso é tão feliz contigo O meu melhor amigo É o meu amor

E a gente canta E a gente dança E a gente não se cansa De ser criança A gente brinca Na nossa velha infância

Seus olhos, meu clarão Me guiam dentro da escuridão Seus pés me abrem o caminho Eu sigo e nunca me sinto só

Você é assim Um sonho pra mim Quero te encher de beijos Eu penso em você Desde o amanhecer Até quando eu me deito

Eu gosto de você E gosto de ficar com você Meu riso é tão feliz contigo O meu melhor amigo É o meu amor

E a gente canta E a gente dança E a gente não se cansa De ser criança A gente brinca Na nossa velha infância

Seus olhos, meu clarão Me guiam dentro da escuridão Seus pés me abrem o caminho Eu sigo e nunca me sinto só

Você é assim Um sonho pra mim Você é assim Você é assim Você é assim

SEXTA NOITE: NO ACAMPAMENTO...

Sexta iluminação: (João 1.14; 3.16 e

Mateus 2.1, 10-11)

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.

Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente [...]. E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra.

♫ A bandeira do Divino: [Ivan Lins]

Disponível em: http://youtu.be/p-9Zjt8dkIE

Os devotos do Divino vão abrir sua morada Pra bandeira do menino ser bem-vinda, ser louvada, ai, ai Deus vos salve esse devoto pela esmola em vosso nome Dando água a quem tem sede, dando pão a quem tem fome, ai, ai

A bandeira acredita que a semente seja tanta Que essa mesa seja farta, que essa casa seja santa, ai, ai Que o perdão seja sagrado, que a fé seja infinita Que o homem seja livre, que a justiça sobreviva, ai, ai

Assim como os três reis magos que seguiram a estrela guia A bandeira segue em frente atrás de melhores dias No estandarte vai escrito que ele voltará de novo E o Rei será bendito, ele nascerá do povo, ai, ai

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SÉTIMA NOITE: NA JANELA...

Sétima iluminação: (Lucas 2.40-52)

Crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. [...] Quando ele atingiu os doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa da Pás-coa. Terminados os dias da festa, ao regressarem, permaneceu o menino Jesus em Jerusalém, sem que seus pais o soubessem. Pensando, porém, estar ele entre os companheiros de viagem, foram caminho de um dia e, então, passaram a procurá-lo entre os parentes e os conhecidos; e, não o tendo encontrado, voltaram a Jerusalém à sua procura. Três dias depois, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. E todos os que o ouvi-am muito se admiravam da sua inteligência e das suas respostas. [...] E crescia Jesus em sabedo-ria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens.

♫ Oito Anos: [Dunga e Paula Toller]

Disponível em: http://youtu.be/OxRXdi2hu2g

Por que você é flamengo E meu pai botafogo? O que significa "impávido colosso"?

Por que os ossos doem Enquanto a gente dorme? Por que os dentes caem? Por onde os filhos saem?

Por que os dedos murcham Quando estou no banho? Por que as ruas enchem Quando está chovendo?

Quanto é mil trilhões Vezes infinito? Quem é Jesus Cristo? Onde estão meus primos?

Well, well, well Gabriel... Well, Well, Well, Well...

Por que o fogo queima? Por que a lua é branca? Por que a terra roda? Por que deitar agora?

Por que as cobras matam? Por que o vidro embaça? Por que você se pinta? Por que o tempo passa?

Por que que a gente espirra? Por que as unhas crescem? Por que o sangue corre? Por que que a gente morre?

Do que é feita a nuvem? Do que é feita a neve? Como é que se escreve Re...vèi...llon

Well, Well, Well Gabriel...(4x)

Natal “versus” Páscoa: [Luiz Carlos Ramos]

Criança faz cada pergunta! Eu também faço algumas já faz um bom tempo, do tipo:

O que a Páscoa tem a ver com o Natal?

Por que Jesus nasce numa gruta emprestada em Belém — e é sepultado num túmulo empresta-do em Belém?

Por que é que se comemora o Natal à noite, se a festa se refere ao Sol da Justiça — enquanto a Páscoa é comemorada ao nascer do Sol, se nela se celebra a primeira lua-cheia do outono (no nosso hemisfério)?

Porque o dia 25 de dezembro (Natal) é data fixa, no entanto, pode cair em qualquer dia da se-mana — enquanto a primeira lua-cheia do outono (Páscoa), que é data móvel (podendo ocorrer entre 21 de março e 23 de abril), é celebrada sempre no domingo?

Por que Jesus nasce no inverno, que é símbolo de morte — e morre na primavera, que é símbolo da vida?

Por que, ao nascer, Ele colocado numa manjedoura de madeira — e para morrer é pregado numa cruz igualmente de madeira?

Por que, como bebê, é envolto em faixas — e na morte, em um lençol (sudário)?

Por que pastores pobres testemunham sua chegada — enquanto malfeitores crucificados teste-munham sua morte?

Por que milhares de anjos cantores anunciam seu nascimento entoando: “glória a Deus nas alturas e paz na terra…” — e apenas um ou dois anjos anunciadores contam a Maria Madalena sua ressurreição: “ele não está aqui, mas ressuscitou”?

Por que da virgem (Maria), no nascimento — mas a pecadora (Maria Madalena), na ressurreição?

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Porque o Natal é precedido de quatro semanas de preparação, o chamado período do Adven-to — e a Páscoa é antecedida por quarenta dias de oração, chamados Quaresma?

Por que no Natal Deus desce à terra (teologia da encarnação) — e na Páscoa ele é levantado da terra (teologia da redenção)?

Por que a festa do Natal se estende até a Epifania, que se refere à manifestação de Deus a todas as nações, representadas pelos Magos orientais, que vêm ao seu encontro — enquanto o Tempo da Páscoa termina com o Pentecostes, ocasião em que os discípulos saem ao encontro das na-ções para anunciar-lhes as “maravilhas de Deus”?

Por que quando a gente morre o corpo volta à terra como era e o espírito a Deus que o deu — mas na ascensão o corpo de Jesus volta a Deus e o seu Espírito desce à terra?

Por que o ciclo do Natal faz o movimento das trevas para a luz — e o ciclo da Páscoa parte das cinzas (Quarta-Feira de Cinzas) para o fogo (Pentecostes)?

Como é que no Natal e na Eucaristia uma Palavra pode virar corpo — e na Páscoa e na Prédica um corpo virar Palavra?

Definitivamente, trata-se de um tempo que foi transformado, não pelas palavras, mas pela Palavra, no dia em que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade.

OITAVA NOITE: NO TELHADO...

Oitava iluminação: (Marcos 1.9-15)

Naqueles dias, veio Jesus de Nazaré da Galileia e por João foi batizado no rio Jordão. Logo ao sair da água, viu os céus rasgarem-se e o Espírito descendo como pomba sobre ele. Então, foi ouvida uma voz dos céus: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo. [...] Depois [...], foi Jesus para a Galileia, pregando o evangelho de Deus, dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho.

♫ Borboleta: [Marisa Monte, Robertinho do

Recife e Naná Vasconcelos] Disponível em:

http://youtu.be/18QawoPIQ1o

Borboleta pequenina que vem para nos saudar Venha ver cantar o hino que hoje é noite de natal

Eu sou uma borboleta Pequenina e feiticeira Ando no meio das flores Procurando quem me queira

Borboleta pequenina Saia fora do rosal Venha ver quanta alegria Que hoje é noite de Natal

Borboleta pequenina Venha para o meu cordão Venha ver cantar o hino Que hoje é noite de Natal

Confraternização e Despedida: [Paulo Roberto Rodrigues]

Neste Natal tenhamos coragem de nos fazer presença em vez de multiplicar os presentes. E que o Ano Novo seja gasto menos em fazer laços do que a dar abraços.

Abraços

*

* * * *

“Celebração especial de Natal: “Lá vem o Sol”, Capela da Serra, Jundiaí, 1.o de dezembro de 2013” de Paulo Roberto Rodrigues e Luiz Carlos Ramos é licenciado sob uma

Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada. Permissões além do escopo dessa licença podem estar disponíveis em http://www.luizcarlosramos.net Pianista: Liséte Espíndola; Regente: Neusa Cezar e Elenise Ramos; Ambientação: Vastí Ferrari Marques; Fotografia: Carlos Nagu-

mo e Walfrido dos Santos; Diagramação: Luiz Carlos Ramos; Arte do convite: Juliana Mesquita; Ilustração: Juliana Mesquita

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