la novitá - ibratin.com.br · e disposição ao longo do expediente. em casa, pense na sensação...

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la novitá uma revista do grupo Programa Minha Casa, Minha Vida acelera o setor de construção civil no Nordeste GASTRONOMIA MERCADO CONTOS ESPORTE CURIOSIDADES Marcos Holanda, presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Alagoas (Sinduscon-AL) # 05 • ano 02 • outubro de 2010

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la novitáuma revista do grupo

Programa Minha Casa, Minha Vida acelera o setor de construção civil no Nordeste

gastronomia • mercado • contos • esporte • curiosidades

Marcos Holanda, presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Alagoas (Sinduscon-AL)

# 05 • ano 02 • outubro de 2010

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Ibratin - original - UISQUE - revista 45cm x 27,5cm.pdf 1 4/10/2010 15:38:17

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Acelera – Porsche 911 Turbo Cabriolet por Luiz Leopoldo Soares

Contos – Toscana: Arte requintada e cultura milenar por Luciano Rolleri

índiceeditorial

A construção civil está trabalhando a pleno va-por! Nem mesmo a falta de mão de obra qualificada barrou o aquecimento do setor. Do Nordeste, que des-ponta e apresenta índices de crescimento acima das outras regiões do País, aos preparativos de infraestru-tura para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, não há como negar: o mercado deve expandir ainda mais. Sejam bem-vindos à mais nova - e otimista - realidade econômica do setor no Brasil.

O “boom” do mercado de construção civil, especial-mente no Nordeste, é reflexo tanto da criação de pro-gramas sociais - entre eles o Minha Casa, Minha Vida, como da ampliação da oferta de crédito. O aquecimen-to é positivo sob vários aspectos: o número de empre-gos oferecidos pelas construtoras aumentou, assim como o incentivo ao poder de compra. Finalmente es-tamos diante de um cenário em que a população eco-nomicamente menos favorecida tem a oportunidade de projetar um sonho outrora esquecido, a compra da casa própria.

Mas o despertar da população de baixa renda não quer dizer que os imóveis destinados às classes A e B tenham perdido espaço. Há opções para todos os níveis socioeconômicos e o mercado de alto padrão segue firme.

É com este cenário positivo e democrático que nasce a quinta edição da La Novitá, que traz em sua matéria de capa uma entrevista que elucida o leitor sobre os principais temas do setor de construção civil: a explosão do mercado versus as condições da mão de obra. Em entrevista, Marcos Holanda presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Alagoas (Sinduscon-AL) e vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), fala so-bre os aspectos positivos e negativos do “boom” do setor, principalmente no Nordeste.

E no ritmo de boas perspectivas, a Ibratin mostra sua expertise no setor de revestimentos texturizados e apresenta ao mercado a Arcádia, tinta especialmente desenvolvida para restaurar e conservar prédios anti-gos e monumentos históricos.

Tecnologia da Informação (TI), equipamentos de uso pessoal recém-lançados, comidas exóticas saboreadas com vista para a Baía de Todos os Santos, assim como o prazer de jogar golfe e de experimentar a potência do esportivo Porsche 911 Turbo também são alguns dos temas desta edição que, apesar de não ser a última do ano, já comemora este 2010 de tantas conquistas!

Boa leitura!

Construção civil em alta 0608101216

2026

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Bits e Bites – Novidades tecnológicas

18 Fique por dentro – Crédito imobiliário por Celso Petrucci

Perfil – A Influência das cores por Viviane Nassif

Gourmet – Soho: Natureza e culinária japonesa

Isso é Ibratin – A tinta Arcádia

Vitrine – Tecnologia de gestão para construção civil por Fabio Mello

Reportagem de capa – Nordeste – o Eldorado da Construção

Esporte – Golfe: esporte e relacionamento por Marcelo Pardo e André Nadjarian

Artigo – Lições de estratégias por Luiz Trivelatto

Vida Saudável – Dieta equilibrada e saudável por Fernando Silvestre

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expediente

Pino Cartisano e Marco Rolleri

PresidenteLuciano Rolleri

DiretoresGiuseppe CartisanoMarco Rolleri

Produção, projeto gráfico e editoração

Jornalistas responsáveisImage ComunicaçãoDani Portela MTB 30.377Juliana GarciaRenata NegriYonara Santana

Colaboraram nesta ediçãoDepartamento comercial e marketing

Contato ComercialDaniel [email protected]

Lá Novitá é uma publicação da empresa Ibratin.

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bits e bites

A Sony Ericsson lança o Xperia™ X10 Mini Pro, o menor smartphone do mundo com teclado QWERTY deslizante que facilita a digitação de e-mails e mensagens. O produto conta com sistema operacional Android, câmera de 5.0 megapixels com foco automático, GPS, Wi Fi, display 2.6’’ e 4GB de me-mória cartão micro SD, além do Timescape™, aplicativo exclusivo da Sony Ericsson que reúne em um só lugar todas as interações virtuais. Informações: www.sonyericsson.com

A Fujifilm rompe a barreira dimensional e leva à fotografia uma nova di-mensão com a câmera FinePix Real 3D W1. O equipamento captura fotos e filmes em três dimensões e o resultado pode ser visto no próprio monitor LCD de 2,8’’, sem a necessidade de óculos especiais. Através da união de duas lentes Fujinon com zoom ótico de até 3x e de dois CCDs com 10 MP de resolução cada, a nova tecnologia captura de forma independente duas imagens da mesma cena, uma delas em 2D e a outra em 3D. Com 260 gra-mas, a câmera tem perfeito encaixe na mão, facilitando ainda mais o ato de fotografar. Informações: www.fujifilm.com.br

A Samsung traz ao mercado um novo conceito em de-sign e tecnologia com a TV de LED Série 9000, que repro-duz imagens em 3D e possui apenas 0,79 centímetros de espessura. Além do conteúdo já produzido na moda-lidade tridimensional, o produto possui a função All 3D, que transforma qualquer imagem 2D em 3D, em tempo real. Outro diferencial são os conteúdos dos portais dis-poníveis através do recurso Internet@TV. Informações: www.samsung.com.br

Fotografia em três dimensões

Mini Smartphone

Design e Interatividade

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Através dos tempos, notamos o quanto as tendências de moda in-fluenciam as palhetas de cores usadas na decoração e na ambientação dos espaços. Para atender a todos os gostos e necessidades do mercado, as car-telas de cores aumentaram e hoje oferecem uma grande variedade de tons.

Por outro lado, apesar de todas as opções e variedades de cores dispo-níveis, observamos que as pessoas buscam, cada vez mais, criar espaços claros e aconchegantes em suas casas, adotando uma tendência minima-lista. Afinal, a casa é o nosso espaço sagrado e nada mais justo do que se sentir em paz e extremamente confortável dentro dela.

Os tons neutros trazem uma indiscutível elegância aos ambientes, mas, se combinadas com outras cores, mesmo que em um pequeno detalhe, podem mudar totalmente o nosso relacionamento com o espaço. Tendo um papel fundamental na decoração, pois complementa a sensação espe-rada na ambientação, a cor pode alegrar, acalmar e estimular os sentidos.

Cada um percebe a cor de uma forma, consequentemente cada cor causa uma sensação diferente em cada pessoa. Em alguns casos, estas

perfil

Mais do que informação de moda, as cores também

ditam a energia dos ambientes

sensações podem estar relacionadas com a memória passada ou com as referências da natureza. Por isso, a escolha da cor para os ambientes que nos rodeiam é um importante processo individual. A cor e o tom certo são escolhidos baseando-se no que se espera do ambiente a ser modificado e na personalidade de cada tipo de pessoa.

Alguns profissionais usam a cor de forma destemida e ousada, como o arquiteto mexicano Ricardo Legor-reta, que abusa de cores quentes e cria um resultado final incrível e único. As residências projetadas pelo arquiteto são amplas e o uso das cores quentes é a sua marca registrada. A grande intenção de Legorreta é projetar espaços para fazer as pessoas felizes e não para os arquitetos admirarem. Para ele, a arquitetura responde às necessidades artísticas e espirituais de todas as pessoas.

Na busca da ampliação e iluminação dos espaços, existe no Brasil uma tendência de uso da cor de forma mais pontual e discreta. Na verdade, essa é a resposta às novas tendências imobiliárias para as residências, que

estão cada vez menores. Não é fácil escolher cores quen-tes ou tons escuros para ambientes pequenos. É preciso tomar cuidado para não diminuir ainda mais a sensa-ção de espaço. Por isso, para oferecer às pessoas mais op-ções, as palhetas de tons beges ou claros aumentaram, mas também é possível encontrar dificuldade na hora da escolha. Antes de escolher a cor, devemos considerar a luminosidade do ambiente para não afetar totalmen-te o resultado final esperado. O ideal é testar as cores escolhidas na própria parede a ser modificada, esperar alguns dias para a tinta secar e, por fim, avaliar o resul-tado. Sempre funciona!

Escolha cores que tragam sensações boas para cada ambiente em que você vive. No trabalho, é importan-te o uso de tons vibrantes, assim garantimos energia e disposição ao longo do expediente. Em casa, pense na sensação ideal para cada ambiente e experimente. Mudar as cores das paredes de casa é uma experiência deliciosa que desperta o desejo de criar um ambiente aconchegante para toda a família. Se conseguir que to-dos participem dessas escolhas, será ainda melhor!

As cores que nos rodeiam

Viviane Nassif, arquiteta e decoradora, atua nos segmentos residencial e comercial

Moradias históricas

Tons neutros aumentam a sensação de espaço e trazem elegância ao ambienteCores quentes são usadas em ambientes amplos Opções de cores

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Com pratos coloridos de encher os olhos e sabores exóticos, a culinária japonesa conquistou o paladar do brasileiro. Não é à toa que o Restaurante Soho, hoje estabelecido em dois endereços, nas principais cidades litorâneas da região Nordeste – Salvador e Fortaleza –, foi eleito por 10 anos consecutivos o melhor restaurante japonês da capital baiana, segundo as revistas Veja e Época.

Com cardápios que variam do japonês tradicional ao japonês contem-porâneo, o Soho reúne na Bahia a elegância de um ambiente com vista relaxante para a Baía de Todos os Santos, maior baía brasileira, e no Ceará, o requinte e o aconchego de uma arquitetura moderna.

Em Salvador, um dos pontos fortes, além da gastronomia, é o projeto arquitetônico de David Bastos, que soube explorar a localização privile-giada da unidade baiana. O salão, climatizado, é rodeado de paredes de vidro, enquanto a varanda avança sobre o mar em um convidativo deque.

Leve e natural, a alimentação asiática reúne ingredientes saudáveis como frutos do mar, peixes, arroz, algas, legumes, verduras e frutas. E per-mite aos apreciadores da culinária oriental se alimentarem com as mais variadas combinações exóticas enquanto cuidam da saúde.

Receitas inéditas são criadas mensalmente por um sushiman convida-do e, se aprovadas pelos clientes, passam a fazer parte do cardápio, que esbanja criatividade. Dessa constante exploração de texturas e sabores, nasceu o “Niguiri de Salmão”, selado com azeite quente e gergelim, e o prato “New Sushi”, que é uma amostra de dez peças feitas com peixes frescos encontrados no dia.

Já para os pequenos amantes de peixe cru, o Soho oferece uma atenção especial. A sugestão é o combinado “Dani”, que inclui trinta opções entre peixes, algas e verduras em tamanhos reduzidos e proporcionais.

gourmet

ServiçoSoho RestauranteAv. Lafaite Coutinho, 1010 – Píer DBahia Marina – Salvador – Bahia(71) 3322-4554

R. Senador Virgílio Távora, 999 – Loja 06Meireles – Fortaleza – Ceará(85) 3224-7031

Ceviche

Sushi temperado

Harmonia e sofisticação

Soho: Natureza e alimentação

em sinergiaEspaço sofisticado e envolvente reúne

a vista para a Baía de Todos os Santos, o prazer de comer e a certeza de estar ao

mesmo tempo cuidando da saúde

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isso é ibratin

Ibratin: acompanhando o “boom” da construção civilEmpresa mantém a proposta de valorização do atendimento personalizado e de inovação tecnológica

mentais, como o programa Minha Casa, Minha Vida, despertaram a camada da população de baixa renda. “Buscando atender este consumidor, temos desen-volvido linhas de produtos com alta performance, que cabem dentro da realidade orçamentária do cliente, sem esquecer da qualidade técnica necessá-ria”, comprova o diretor.

O ano eleitoral marca o começo de uma nova etapa para o setor. O mercado vive um momento de alerta, o fim do governo coincide com a expectativa do fim da isenção para o IPI. Na prática, a redução de impostos é bem-vinda porque incentiva o consumo e o crescimen-to do setor. Para a Ibratin, o fato causará impacto ime-diato sobre o fluxo financeiro das obras por conta das baixas margens de rentabilidade dos empreendimen-tos. Além disso, há um grande volume de contratos assi-nados com obras financiadas pela Caixa Econômica Fe-

deral que estão em andamento, mas os investimentos públicos e privados não devem parar. “A maior dificulda-de iminente no momento e que já atinge o mercado é o prazo dilatado para fornecimento de alguns produtos e a falta de mão de obra qualificada”, explica o executivo.

O mercado vive um momento de boas expectativas para o setor. O crescimento em alta se torna sustentável na medida em que a Copa de 2014 será realizada no país. Novas demandas de infraestrutura e mercados consu-midores estão surgindo. Para acompanhar o ritmo do aquecimento é necessário, dentre outros fatores, inves-tir em novidades tecnológicas e ter compromisso com o cliente. “A demonstração de respeito com o cliente vai muito além de uma bonita embalagem ou um pre-ço baixo. A responsabilidade com o meio ambiente e a sociedade tem que ficar clara e transparente nas ações implementadas pela empresa”, conclui Oliveira.

Com o fim da crise econômica mundial, o mercado de construção civil se expandiu e se mantém em alta desde dezembro de 2009. Para a Ibratin, o aquecimento do segmento, especialmente no Nordeste, representa um cenário otimista de oportunidades. Aproveitando o “boom” do setor, a Ibratin está colocando em prática a proposta de fabricação e comercialização de produ-tos técnicos com atendimento personalizado, iniciativa idealizada pelo seu fundador, Luciano Rolleri.

O crescimento do mercado de construção civil no Nor-deste, região que tem despontado no segmento, aliado ao conceito da empresa de um trabalho próximo e integrado com os clientes, tem garantido à Ibratin oportunidades de fechar bons negócios e criar novas parcerias. Mesmo com o ritmo acelerado de crescimento do setor, a companhia cumpre a sua missão na personalização do atendimen-to com vantagem competitiva. “No momento em que o mercado busca por inovação tecnológica e otimização de processos, ir até o cliente e entender as suas necessidades, auxiliando em uma tomada de decisão mais assertiva, faz a Ibratin deter um grande diferencial de mercado. Temos utilizado todo o nosso conhecimento em pesquisa de no-vos produtos e sistemas de aplicação. O mercado não bus-ca apenas produtos, mas também serviços”, explica Arenã Oliveira, diretor comercial da Ibratin Nordeste.

A oferta de crédito imobiliário pela Caixa Econô-mica Federal e a estabilidade de políticas governa-

12 cidades-sede

Copa 2014 e Olimpíadas 2016 Com a preparação para a Copa de 2014, nos pró-ximos quatro anos a construção civil promete ser o mo-tor da economia brasileira. Construtoras e empresas de pequeno e médio portes já se preparam para atender as demandas que se abrirão com o evento esportivo. Para a Ibratin, empresa líder no mercado de revestimentos tex-turizados, não é diferente. A companhia tanto anuncia o seu planejamento estratégico para a Copa de 2014 como já está se antecipando para as Olimpíadas de 2016.

De acordo com estudo desenvolvido pela Ernst & Young em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o setor da construção civil será o mais beneficiado com a realiza-ção da Copa de 2014 no país, tendo acréscimo de aproxi-madamente R$ 7 bilhões no PIB. Para a Ibratin, estudos des-sa alçada comprovam que, definitivamente, as empresas

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isso é ibratin

Com uma linha especialmente desenvolvi-da para restauração, a Ibratin apresenta entre seus produtos a tinta Arcádia, uma solução à base de sili-cato solúvel, minerais inertes e pigmentos isentos de metais pesados, exclusivamente desenvolvida para restaurar e conservar patrimônios históricos.

A tinta Arcádia tem como finalidade principal pe-netrar em profundidade no substrato das paredes de alvenaria e, por meio da formação de um retículo micro-cristalino, garantir a transpiração e a versati-lidade estética. “Por deixar a parede respirar, ou seja, deixar entrar e sair a umidade, a aplicação da Arcádia substitui com modernidade a pintura à base de cal e revigora com beleza a arquitetura das obras antigas”, garante Antônio Paes, representante da Ibratin em Porto Alegre (RS).

Há exatamente uma década, Paes trabalha como parceiro da companhia e garante a qualidade no re-

Beleza e conservação Versatilidade estéticaQualidade garantida no resultado final

Tinta Arcádia restaura prédios e monumentos históricos

têm de planejar antecipadamente a estratégia de mer-cado para o evento. “Como no xadrez, não podemos fazer nenhum movimento sem antes analisar e estudar o jogo. Por outro lado, também não podemos ficar somente na análise, é preciso ação. Para isso, estamos nos preparando e buscando o melhor caminho com o nosso departamen-to de estratégia e inteligência de mercado”, ensina Dijan Barros, diretor comercial da Ibratin Campo Grande (MS).

O aquecimento do setor com a realização da Copa 2014 no país já é uma realidade. Segundo a Confedera-ção Nacional da Indústria (CNI), o setor se mantém em expansão desde dezembro de 2009. Para os próximos anos é possível projetar boas perspectivas econômicas. “Essa é a melhor década em produtividade e principal-mente em oportunidade de crescimento para todos os segmentos de mercado no Brasil. No entanto, alguns acreditam em sorte. Nós acreditamos em preparo e muito trabalho. Estamos nos organizando a cada dia, buscando profissionais e estrutura para atender esta demanda crescente e já atual”, comprova Barros.

Ao mesmo tempo em que a realização de eventos espor-tivos no país representa oportunidade e prosperidade para o setor, também é possível contabilizar ameaças, como a falta de mão de obra qualificada. Para minimizar o impac-to, a Ibratin sai à frente e já executa um dos itens do seu planejamento estratégico anual, o fomento à capacitação profissional e à tecnologia. “Estamos em constante evolu-ção, procurando sempre a inovação e o aprimoramento. Os riscos sempre vão existir no mundo. Temos que estar pre-parados para todos os tipos de ameaças, tanto externas como internas. Temos o nosso calendário anual de reuni-ões estratégicas para alinhar e principalmente corrigir as rotas e caminhos a serem percorridos”, elucida o executivo.

O Grupo Ibratin vem crescendo acima da meta estabe-lecida pela diretoria. É com esse entusiasmo que a marca almeja crescer e suprir as demandas dos próximos anos desportivos. “Pretendemos atender essa oferta com mui-to planejamento e eficiência em nossa logística, principal-mente. Estrategicamente, estamos investindo naquelas regiões onde o nosso departamento de inteligência de mercado identifica como oportuna”, revela o diretor.

Mesmo que ainda não tenha saído do papel, o legado que as obras de infraestrutura deixarão para o Brasil já é um tema discutido e visível. A companhia acredita que a herança vai muito além da concretização de construções, plainando em um futuro melhor para o país.

sultado final da utilização do produto. “A Arcádia não altera a textura do substrato, mas sim constitui um sistema altamente transpirante e não forma bolhas por evaporação”, explica o representante.

Além de abastecer a região de Porto Alegre com toda a cartela de produtos Ibratin, Paes também atua junto aos órgãos públicos, fornecendo os produtos para a restauração de prédios e monumentos anti-gos. O projeto mais recente em que está envolvido é a manutenção do prédio do Palácio Provisório, co-nhecido por Forte Apache, onde funciona o Memorial do Ministério Público, localizado no centro da capital gaúcha. Em 2002, o Palácio foi restaurado com pro-dutos do Grupo e agora está em fase de manutenção.

Para obter excelência na qualidade do resultado final na manutenção do Palácio, Paes forneceu tam-bém outros complementos da linha restauração. Estão sendo usadas a Arcádia Massa Sil, a massa de correção

para regularizar pequenas imperfeições; a Arcádia Fundo Sil, o selador pigmentado (branco) para vedar trincas e fissuras capilares; a Arcádia Fixa Sil, o selador incolor para fixação de superfícies fracas; e a Arcádia Neutro Sil, mistura de fluatos para a neutralização de superfícies com diferentes alcalinidades.

A Ibratin apresenta em seu portfólio de restauração uma gama de produtos específicos para diferentes tipos de ocorrência em substratos. Com um atendi-mento focado nas exigências do cliente, os parceiros e representantes da empresa indicam os produtos adequados para cada situação. Desde 2001, a qualida-de dos serviços Ibratin é assegurada pela Certificação ISO 9001. A conquista, que contou com a colaboração de todos (diretores, representantes e colaboradores), comprova que o sistema de gerenciamento de qua-lidade com foco no atendimento personalizado foi aprovado.

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vitrine

Construindo com tecnologiaPara suportar o crescimento do setor da construção, a

gestão é fundamental para garantir agilidade

Gerenciar e criar valor em uma empresa são fundamentos da adminis-tração moderna e condições primordiais para a expansão dos negócios. Toda decisão para a melhoria dos processos gera desembolso de dinheiro, mas com o intuito de conquistar ganhos futuros. No mundo corporativo, qualquer investimento – compra de equipamentos, contratações, treinamentos, entre outros – em última instância visa o lucro imediato. E uma empresa, para se consolidar, soma dia a dia um conjunto de decisões de investimento para seus projetos, o que não é diferente no ramo da construção civil.

A agilidade e o controle garantem a diferença na vantagem competitiva de uma companhia. E, diante do cenário em que estamos vivendo de cres-cimento do setor da construção, decidir pelo investimento numa gestão eficaz pode se transformar num fator determinante para tirar ou não o máximo de vantagem do “boom” de oportunidades que vêm por ai.

Na corrida contra o tempo, a Tecnologia da Informação (TI) é o passaporte para a entrada das empresas num novo universo: o do crescimento organi-zado e sustentável. Para chegar a este estágio é preciso gerenciar. E no setor da construção isso já é realidade. Hoje é possível obter soluções de classe

mundial para a administração das rotinas mais específicas que exis-tem nos processos das empresas deste segmento.

Iniciativas de propor sistemas que contenham as melhores práticas de gestão do mercado, somadas a serviços que sustentem o uso dessas ferramentas, estão cada vez mais acessíveis. A integradora Son-da Procwork, por exemplo, que reúne o maior leque de oferta de soluções de TI, vem se despontando no mercado de construção por conta da sua proposta de levar ao setor um atendimento de ponta a pon-ta no que diz respeito às necessidades de infraes-trutura tecnológica e sistêmica.

Única consultoria no Brasil a deter uma solu-ção específica para engenharia e construção baseada na tecnologia da SAP, líder global em sistemas de gestão empresaria (ERP, em inglês), a Sonda Procwork uniu os três principais pilares da TI para que as empresas estejam preparadas para atender aos novos desafios dos negócios:

software, equipamento e suporte. E as companhias ain-da podem optar por este pacote de diversas maneiras, seja pela aquisição completa da solução e contratação dos serviços, ou pelo uso da tecnologia global por meio de um plano de pagamento mensal, com parcelas fixas pré-definidas em contrato, como se fosse uma assina-tura de TV por cabo.

Para Fabio Mello, gerente de vendas SAP da Sonda Pro-cwork, a flexibilidade das propostas criadas pela inte-gradora permite o ingresso das companhias ao mundo da gestão informatizada, independente de seu estágio de maturidade. E, por ser uma solução configurada para o setor e já utilizada por inúmeras empresas, sua imple-mentação é rápida e sem riscos, outra vantagem para as organizações que estão avaliando a adesão a um sof-tware de gestão.

“No Brasil somos a única integradora com capacidade de oferecer a implementação da solução SAP específica para este setor junto ao suporte remoto, que garante tanto a atualização quanto a segurança do sistema, assim como a infraestrutura completa, que pode ser adquirida, terceirizada ou demandada como serviço através da hospedagem do sistema em nossas depen-dências”, explica o executivo.

Hoje, falar da proposta de se obter uma solução de planejamento de recursos empresariais (ERP), que tem como característica fornecer uma plataforma tecno-lógica baseada em processos, vai além dos controles contábeis precisos, da gestão do estoque e da adminis-

tração de pessoal. Segundo Mello, a proposta do softwa-re de gestão da SAP configurado pela Sonda Procwork para o setor envolve características pertinentes aos três principais segmentos deste mercado: Construção Pesa-da, Incorporação e Construção Imobiliária e Serviços de Engenharia e Locação de Equipamentos.

Alguns exemplos de atividades específicas contidas nas rotinas das áreas citadas acima e que são controladas de forma automatizada pela solução são Gestão de Car-teira e de Lucro Imobiliário, Gerenciamento de Projetos e Investimentos, Administração de Materiais, Compras e Manutenção, assim como Gestão de Vendas, de Serviços e de Frotas. “É a tecnologia administrando o core business dessas organizações”, complementa Mello.

Não há tempo a perder. Independente do segmento da construção, quem conseguir ser mais eficiente e ofe-recer uma entrega rápida sairá à frente conquistando espaços cada vez maiores neste mercado que está em franca expansão.

Gerar lucro é necessário, mas não suficiente. Para ga-rantir uma administração eficaz é necessário fazer do lucro um agente que agregue outros valores à empresa para, posteriormente, alavancar novas oportunidades. Parece um princípio simples, mas é preciso que não o esqueçamos. Quando organizações ficam maiores, os processos se tornam cada vez mais complicados e, sem preparação, certamente haverá desequilíbrio entre a tríade processos, entrega rápida e satisfação do cliente. Fique atento!

Software de construçãoSistema de gestão

Fabio Mello, diretor de vendas SAP da Sonda Procwork

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fique por dentro

Reflexões oportunasCaixa desponta e lidera

ranking de concentração de crédito imobiliário

É impressionante a atuação da Caixa no segmento de crédito imo-biliário. Segundo números divulgados em 23/8, a instituição já havia con-tratado o financiamento de 231 mil unidades com recursos do FGTS e 348 mil operações com recursos da Caderneta de Poupança. Em valores, esta-mos falando de investimentos que alcançaramR$ 15,4 bilhões (sem com-putar valores de subsídios) do Fundo, e R$ 19,4 bilhões da Poupança. Além desses recursos, haviam sido contratadas 126 mil unidades do programa Minha Casa, Minha Vida por meio do FAR (Fundo de Arrendamento Resi-dencial) destinadas às famílias de até três salários de renda familiar, com a aplicação de R$ 5,2 bilhões.

Os recursos orçamentários do FGTS foram suplementados em R$ 3 bi-lhões pelo Conselho Curador do FGTS para fazer frente principalmente à demanda acelerada pelas contratações do Minha Casa, Minha Vida, acima de três salários mínimos. Além disso, especula-se que os montantes desti-nados à contratação dos empreendimentos de até três salários já estão to-talmente comprometidos. Vale a pena, com base nesses números, explorar três pontos que julgamos fundamentais observar no momento: o market share da Caixa, a reversão histórica na aplicação dos recursos do FGTS e a

Celso Petrucci, economista-che-fe do Secovi-SP, diretor-executivo da vice-presidên-cia de Incorpora-ção Imobiliária do Sindicato e membro titular do Conselho Curador do FGTS

“obstinação” em manter congelados os limites opera-cionais daquele Fundo.

Mesmo após quase dois anos da eclosão da crise fi-nanceira internacional, quando o governo brasileiro acertadamente determinou que os bancos públicos (aí inseridos Banco do Brasil e BNDES) acelerassem sua participação no Sistema Financeiro Nacional. Só a Caixa mantém 76% do mercado de crédito imobiliário. Apesar de não termos idéia de qual seria a fatia ideal para o agente, é preocupante a concentração atual.

Quanto às aplicações do FGTS, que no início da década eram fortemente voltadas ao financiamento de imóveis usados e de material de construção (mais de 80%), a par-tir de 2008/2009, com o estímulo do programa Minha Casa, Minha Vida, as atenções passaram a se destinar ao financiamento da produção e da aquisição de imóveis novos. Hoje, esse percentual sobre o total de aplicações do Fundo já ultrapassa 50% das contratações e a tendên-cia é que continue a abocanhar cada vez mais recursos, sem que o FGTS tenha deixado de atender as operações de balcão. Lembramos que, para produção, as empresas ainda contam com os recursos do FAR.

Agora, o que mais nos causa espanto é a falta de per-cepção do Ministério das Cidades em reconhecer que os limites do FGTS não estão mais atendendo ao mercado imobiliário. Os limites de R$ 130 mil, R$ 100 mil e R$ 80 mil válidos para o enquadramento das operações em todo o Brasil, conforme a população das cidades, foram fixados em outubro de 2007, ou seja, há quase três anos. Os limites para concessão de descontos (subsídios) fo-ram congelados no valor do salário mínimo de 2009, o que provoca distorções e não-enquadramentos, mes-mo para as operações realizadas no Minha Casa, Minha Vida. Os valores fixados para aquisição de empreendi-mento de até três salários tornaram-se insuficientes para contratação de novas obras.

Mesmo nos momentos em que o mercado se mos-tra amplamente favorável ao setor produtivo, temos a obrigação de abordar temas que poderão, em um fu-turo próximo, comprometer todos os esforços do Brasil em favor do crescimento sustentado. Precisamos re-fletir sobre o que é melhor para quem sonha com um programa habitacional de Estado para que nos próxi-mos anos seja possível reduzir, ou mesmo erradicar, o déficit de moradias.

Caixa domina 76% do mercado de crédito imobiliário: concentração é preocupante

Fonte: Revista Construção e Mercado

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Há ofertas para todos: do maior empreendi-mento turístico-imobiliário de padrão internacional às habitações populares com preços a partir de R$ 40 mil. Concentrando 23% da população brasileira e me-tade da população mais pobre do país, o Nordeste, que é constituído por nove Estados, recebeu os maiores in-vestimentos do programa Minha Casa, Minha Vida. Ao todo, o Governo Federal está destinando R$ 34 bilhões para suprir o déficit nacional de habitação na região, o que vem atraindo grandes incorporadoras.

Antes da crise internacional de 2008, a realidade do setor da construção civil era outra. O mercado aprovei-tava a oferta de crédito internacional e o câmbio favo-rável para atrair investidores estrangeiros para o país. Com a crise, os recursos cessaram e o foco dos empreen-dimentos também rumou para outro fim.

Um exemplo dessa mudança está no projeto que deveria ser o maior empreendimento imobiliário para público-alvo internacional, o Arquiraz Riviera, situado na Praia de Marambaia, no Ceará. Estimado em R$ 350 milhões, com a crise, os estrangeiros não adquiriram os 113 lotes e, para a surpresa dos administradores, 95% da obra foi vendida para os próprios cearenses.

Na prática, a disponibilidade do crédito para finan-ciamentos e a oferta de subsídios do governo possibi-litaram o aumento da renda da população local. Em 2009, a oferta de crédito oferecida pela Caixa Econômi-ca Federal foi de R$ 47 bilhões, o dobro de 2008.

Além disso, a implementação de investimentos de grande porte realizados através do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), como o Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca (PE), garante à região não só aquecimen-to, mas também sustentabilidade: o investimento gera oferta de trabalho e, empregados, os funcionários pode-rão adquirir outros imóveis, sustentando o crescimento.

Outro fator de destaque nesse cenário foi a mobili-dade social. Nos últimos seis anos, 20 milhões de bra-sileiros deixaram a base da pirâmide e ingressaram na classe C. Programas de transferência de renda e recur-sos, como o Bolsa Família, por exemplo, ajudaram a mo-vimentar o ciclo do consumo.

E a engrenagem econômica não parou de girar. Para se ter uma ideia, em janeiro deste ano, o Festival da Casa

capa

Aquecimento imobiliário é impulsionado pela ampliação

do mercado consumidor, pelos programas sociais e pelo

aumento do crédito

Nordeste, o eldorado da construção

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Em 2009, apesar da crise financeira, o setor de construção civil se ampliou e abriu cerca de 180 mil vagas com carteira assi-nada. Apenas nos quatro primeiros meses deste ano, o se-tor empregou mais 166 mil trabalhadores. A expectativa é de que o mercado se mantenha aquecido. Programas de incentivo para a compra da casa própria, como o Minha Casa, Minha Vida, ampliam o mercado consumidor e de-vem assegurar fluxos anuais bilionários para o segmen-to. Primeira região a receber os investimentos do progra-ma, o Nordeste apresenta índices de crescimento acima dos outros Estados. Marcos Holanda, presidente do Sin-dicato da Indústria da Construção do Estado de Alagoas (Sinduscon-AL) e vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), fala à La Novitá sobre os fatores que levaram a região a sobressair em relação às demais e as ações do Sinduscon para enfrentar a escas-sez da mão de obra qualificada.

La NovItá Entre as diferentes demandas de empreen-dimentos imobiliários, quais estão mais aquecidas na região Nordeste? Marcos HoLaNda São as demandas dos empreendi-mentos dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, que beneficiou pessoas que recebem até dez salários mínimos.

Hoje quem recebe até três salários pode adquirir a casa própria. Em todo o Nordeste, por ser uma região onde há grande déficit habitacional, esses lançamentos tiveram uma velocidade de vendas surpreendente. Especificamen-te em Alagoas, tivemos empreendimentos lançados den-tro deste programa que tiveram todas as suas unidades co-mercializadas em apenas dois dias. Isso é reflexo da grande procura por imóveis dentro dessa linha habitacional.

La NovItá Em quais regiões se concentram os maiores investimentos?

Marcos HoLaNda Temos conhecimento que o Programa Minha Casa, Minha Vida contribuiu

muito para a valorização dos preços dos terrenos nas periferias das cidades, ou

seja, estas áreas das cidades receberam grandes investimentos. Até mesmo os interiores dos Estados começam a despontar para o setor imobiliário,

recebendo lançamentos de padrões elevados. Nos últimos anos, grandes

construtoras do Sul e Sudeste passaram a investir também na região Nordeste porque

descobriram a potencialidade da região. Tivemos conhecimento que só no Nordeste foram criadas 250 novas empresas de construção civil nos últimos cinco anos, incrementando em 9% o número de empregos. A Bahia está no topo do ranking regional com o maior volume de recursos aplicados em obras, mas outros Es-tados também apresentam bons números.

La NovItá Na região Nordeste, especificamente, o cres-cimento no setor está sendo disseminado em todas as classes sociais? como podemos exemplificar isso? Marcos HoLaNda Com a vinda de grandes empresas lançando empreendimentos de alto padrão, muitos com características internacionais, o Nordeste vem há alguns anos sendo a bola da vez do setor imobiliário. Mas os lançamentos mais populares, muitos apoiados pelos programas do governo, também ganharam um novo ritmo e isso comprova que o crescimento atinge todas as classes sociais. Aqui em Maceió, por exemplo, os edifícios da orla marítima, que têm o metro quadra-do mais caro da cidade, continuam vendendo muito e recebendo novos empreendimentos. Já a parte alta da cidade passou a receber os empreendimentos lançados

Própria, em Alagoas, ofereceu cinco mil casas e aparta-mentos dentro do programa Minha Casa, Minha Vida. Com preços que variavam entre R$ 40 mil e R$ 50 mil e opção de financiamento de 30 anos, apenas 250 es-tavam disponíveis em março. Isso mostra que o impul-so também chegou nas classes D e E, que não tinham como adquirir um imóvel.

Somado a todo esse movimento, ainda temos os inves-timentos para a Copa do Mundo no Brasil, em 2014, que deverá incrementar mais o setor nos próximos anos. Das 12 cidades escolhidas para sediar o campeonato, quatro estão localizadas na região – Fortaleza, Natal, Recife e Sal-vador. O que vemos é um verdadeiro tsumani de oportu-nidades, mas nosso país enfrenta um gargalo para poder abocanhar toda essa avalanche de investimentos: a falta de trabalhadores com qualificação.

Diferente do antigo mercado, que procurava traba-lhadores sem instrução, hoje os processos de qualida-de, de estruturação e planejamento exigem mão de obra especializada. As companhias do setor já estão se mobilizando para tentarem sanar essa situação inves-tindo em ações como a criação de Universidades Cor-porativas. Mas haverá tempo para preparar este novo estereótipo de profissional ou o setor perderá o boom de oportunidades que estamos vivendo?

Conjunto residencial do programa Minha Casa, Minha Vida, em Feira de SantanaGolf Aquiraz Riviera

Diversão para as crianças

Lazer e conforto

Marcos Holanda

Programa

Minha Casa, Minha

Vida, do Governo Federal,

impulsionou aquecimento

do setor no Nordeste

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dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, atraindo as atenções do setor imobiliário local por oferecerem áreas maiores para construções desse tipo.

La NovItá Levando em consideração que quase 10% da população brasileira é analfabeta, ou seja, 16 milhões de pessoas, vimos este contingente ser absorvido du-rante anos pela indústria da construção. Porém, agora, a falta de mão de obra qualificada está afetando o cres-cimento do setor em todas as regiões. Quais medidas devem ser tomadas para reverter essa situação? Marcos HoLaNda Antes a mão de obra na construção não recebia as devidas atenções do governo e não havia uma preocupação com a qualificação desses profissio-nais. Mas a realidade do mercado mudou. Com as gran-des obras do PAC, os programas habitacionais, os novos investimentos das empresas da construção e os empre-endimentos cada vez mais modernos, houve uma exi-gência muito maior para empregar esses profissionais. Por isso, muitos convênios foram fechados pelas entida-des do setor para oferecer cursos de capacitação.

La NovItá No Nordeste, onde o analfabetismo é o do-bro da média do país e sempre foi a região de maior emigração de mão de obra para o setor, como está sen-do vivido este cenário? de que forma a sinduscon está auxiliando para reverter essa situação?Marcos HoLaNda A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) divulgou recentemente que o per-centual de analfabetos no setor da construção civil do País diminuiu mais de 60% nos últimos dez anos. No ano 2000, o número de trabalhadores analfabetos era

de 29 mil em um universo de 1,1 milhão, ou seja, 3%. Já em 2009, aproximadamente 23 mil trabalhadores, num total de 2,2 milhões, não sabiam ler nem escrever. A re-dução desse índice conta com a contribuição do setor da construção. No Nordeste, empresários e entidades ligadas ao segmento têm promovido, há alguns anos, programas de alfabetização e aperfeiçoamento educa-cional como forma de reduzir esse cenário histórico da mão de obra empregada nos canteiros. Uma das prin-cipais ações do Sinduscon nessa área é exatamente a parceria com o Senai e Sesi para levar a educação aos canteiros de obras. O Sinduscon-AL firmou um convênio com o Senai no início do ano para capacitar 2,4 mil tra-balhadores até o final do ano. Já atingimos 80% dessa meta. Além de ajudar a diminuir a carência de profissio-nais no mercado da construção civil, esta capacitação vai ajudar também a acelerar o processo de reestrutura-ção das cidades atingidas pelas últimas enchentes aqui em Alagoas. Pelo sucesso desse convênio, acredito que vamos renová-lo para ampliar o número de pessoas que serão capacitadas. Temos orgulho de dizer que muitos trabalhadores foram alfabetizados nos canteiros.

La NovItá copa do mundo. o que podemos esperar deste grande acontecimento no Brasil?Marcos HoLaNda É um evento que vai marcar o setor da construção no País, até mesmo naqueles Estados em que não terão jogos, pois de certa forma o evento vai in-fluenciar o turismo, a construção de novas estradas, de novos hotéis, e tudo isso passa pela construção. Alagoas não vai sediar os jogos, mas temos que estar prepara-dos, até porque Recife, aqui ao lado, receberá turistas,

que também poderão visitar Alagoas.

La NovItá Por conta das eleições, desde o 1º de julho as empresas de construção civil estão proibidas de usar o selo do programa Minha casa, Minha vida. visto que esta logomarca é uma das principais ferramentas de marketing do setor, esta situação pode representar queda nas vendas do mercado de construção civil? Marcos HoLaNda As empresas não sentiram queda nas vendas. Esse programa está consolidado por todas as vantagens que ele apresenta. Alagoas, por exemplo, foi o primeiro Estado a assinar um convênio com a Cai-xa Econômica Federal para participar do programa e as empresas continuam otimistas que nos próximos anos o setor continue aquecido.

La NovItá Quais são as novas tendências sustentáveis que já estão presentes no mercado de construção ci-vil do Nordeste e quais são as iniciativas da sinduscon para fomentar a bioconstrução?Marcos HoLaNda A bioconstrução, a questão da ma-deira legal, o Selo Azul da Caixa Econômica Federal e até mesmo as exigências da Caixa com a questão do PBQP-H têm motivado o Sinduscon a desenvolver um traba-lho de capacitação de empresas para que as mesmas re-cebam a certificação, o que também envolve a questão da sustentabilidade. Hoje, em função da questão da res-ponsabilidade socioambiental, existe uma consciência muito maior das empresas que fazem parte da cadeia produtiva da construção. Por isso, temos participado de discussões sobre como as novas tecnologias podem garantir a sustentabilidade durante a obra e também

de que forma os moradores e usuários podem aprender mais sobre a questão da preservação ambiental.

La NovItá com o boom da construção civil, especial-mente no Nordeste, sabemos que pontualmente ocor-rem carências de produtos (como o cimento). como as construtoras devem agir frente a essa turbulência?Marcos HoLaNda Ninguém estimava que houvesse esse boom de obras. É preciso que as empresas se pro-gramem, façam compras em longo prazo. As indústrias têm que se ajustarem ao momento.

La NovItá o aquecimento do setor no Nordeste é mes-mo uma “bolha” ou ele é sustentável, por quê?Marcos HoLaNda É sustentável, mas o aquecimento de-pende muito do governo e das políticas públicas. A região tem alguns setores muito fortes, a exemplo do turismo, que fomenta a economia, atraindo turistas e gerando renda. O turismo de segunda residência também é muito forte no Nordeste e isso impulsiona o setor imobiliário. Uma prova é o grande número de empresas que vêm à região e lançam grandes empreendimentos no belo litoral nordestino.

La NovItá Quais as consequências e reflexos (positivos e negativos) desse cenário de pleno crescimento para as construtoras de pequeno e médio portes?Marcos HoLaNda As empresas precisam estar prepara-das para enfrentar as mudanças. Se o setor está aquecido é sinal que as empresas estão fortalecidas. É preciso investir em tecnologia e no seu recurso humano. Um cenário de crescimento é reflexo da organização de um setor.

La NovItá Em números, o que esse movimento geral sig-nifica para a economia nacional e, em especial, para a região Nordeste?Marcos HoLaNda O setor da construção movimentou no Nordeste R$ 18,4 bilhões, com alta de 20% sobre os valores de incorporação e obras. Só a Bahia, que tem o maior volume de recursos aplicados em obras, corresponde a R$ 6,5 bilhões. Já em Pernambuco, que é o atual canteiro de obras do Nordes-te, o nível de ocupação no setor registrou alta de 10%, geran-do 5,8 mil novos empregos. Nos demais Estados os índices também são positivos. Os números comprovam a força do setor para a economia e mostram que a construção é uma das molas propulsoras de desenvolvimento do País.

Casas recém-entreguesConjunto residencial Águas Claras, em Aparecida de Goiânia Opções de torres

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vida saudável

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Alimentação saudável Para se ter uma alimentação saudável, a dieta deve ser equilibrada e mesclada por alimentos fun-cionais, frescos, integrais e orgânicos. Além disso, é preciso pensar em uma série de cuidados, que envol-vem desde a utilização da água purificada à escolha dos alimentos.

Uma dieta saudável deve ser tanto composta de pro-teínas, carboidratos, gorduras, fibras, cálcio e outros minerais, como também rica em vitaminas. Para isso, necessitamos de um cardápio variado, que tenha todos os tipos de alimentos, respeitando as preferências indi-viduais e valorizando os aspectos culturais, econômicos e regionais. Assim, é importante que seja saborosa, co-lorida e equilibrada.

Muitos alimentos são utilizados na prevenção de do-enças específicas ou para melhorar aspectos de uma dieta, sendo considerados alimentos funcionais im-portantes para a saúde e consequentemente para a

qualidade de vida das pessoas, pois têm influência no bem-estar físico e mental e no equilíbrio emocional.

Ingredientes orgânicos são alimentos sem uso de pro-dutos químicos sintéticos, nem de organismos genetica-mente modificados. Cultivados em solo saudável, com qualidade superior a de alimentos convencionais, esses ingredientes, além da agricultura orgânica, estão dire-tamente relacionados ao desenvolvimento sustentável.

As ervas e especiarias também não podem ser esque-cidas. É possível preparar comidas saborosas sem ter que apelar para a gordura e o sal em excesso. Elas aromati-zam qualquer prato e, agregado a isso, ainda fornecem compostos bioativos que só trazem benefícios à saúde.

Vale ressaltar que uma dieta adequada e variada previne deficiências nutricionais e protege contra doenças infecciosas porque é rica em nutrientes que podem melhorar as defesas do organismo, da infância à idade adulta.

Dieta equilibrada deve ter um cardápio variado,

incluindo todos os tipos de texturas, cores e sabores

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Fernando Silvestre, empresário, proprietário do restaurante Maha Mantra Culinária Saudável

esporte s/a

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Muitos conhecem esse esporte, já assistiram torneios em ca-nais de TV a cabo ou já viram notícias a respeito de Tiger Woods, primeiro atleta a faturar 1 bilhão de dólares, ou seja, o que mais ganhou com o es-porte em todos os tempos. Fazendo uma análise, Woods desbancou dois dos esportistas mais caros do ranking mundial, faturando com o Golfe mais do que Michael Schumacher com a fórmula-1 e Michael Jordan com o basquete. Aliás, Woods lidera essa lista desde 2002 e ele iniciou sua carreira em 1996.

Mas por que o Golfe é um esporte tão popular no primeiro mundo, como nos EUA e na Europa, mas pouco praticado e difundido no Brasil? Nosso objetivo aqui é desmistificar alguns aspectos do esporte, mostrar os benefícios da prática e ainda os excelentes momentos de networking que ele proporciona.

Sem entrar nos detalhes das regras ou em termos técnicos, o Golfe é um esporte extremamente desafiador e estimulante. A cada partida você é

instigado a melhorar suas tacadas e diminuir o número de ba-tidas usadas para colocar a bola no buraco. Em uma par-

tida você chega a andar até sete quilômetros, mas esta distância pode variar de acordo com a extensão dos 18 buracos de um campo. No início, você ainda pode optar por jogar com apenas nove buracos.

E quem pode jogar? Qualquer pessoa, indepen-dente do sexo e da idade. Por ser um esporte de baixo

impacto, a prática vem sendo muito explorada por mulheres. Para quem quiser começar, é preciso treinar

em locais apropriados, como o Drive-Ranges e o Putting-Greens. Aqui em São Paulo existem dois locais, um próximo

ao Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul, e outro no Alto de Pinheiros, na Zona Oeste.

Por ser muito comum na agenda de empresários, executivos bem su-cedidos e celebridades, criou-se o mito de que o Golfe é um esporte caro, o que não é verdade. Aqueles que desejam começar no esporte, não pre-cisam de muito, apenas vontade e um pequeno investimento nas aulas iniciais. Os valores da aula variam conforme o local e o instrutor. Você pode negociar valores entre 50 a 150 reais por aula, conforme freqüência e local, entre outros fatores. Em um campo, o valor das aulas pode ser mais eleva-do devido à longa duração do treino.

Para começar a praticar Golfe, basta quebrar a barreira e iniciar. Além de ser uma prática flexível, o Golfe é um esporte de relacionamento que promove um ambiente acolhedor para reuniões informais e eventos co-orporativos. Não há nada melhor que aprender e fazer bonito na sua próxima viagem ou evento corporativo. Mais do que curtir um esporte, o Golfe também proporciona um momento para contemplar a natureza com tranquilidade e apreciar as belas paisagens do campo.

Golfe: esportee relacionamento

Além dos benefícios para a saúde, o Golfe também proporciona momentos para networking

Vontade

e pequeno

investimento inicial são

requisitos para começar

no esporte

Marcelo Pardo, gerente de market-ing da Sonda Kaizen e André Nadja-rian, diretor de marketing e vendas da Sonda Kaizen

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Por ser conversível e ter dois lugares, mais uma vez pode ser comparado a uma moto, porém, não se enga-ne, a soma dos porta-malas alcança mais de 300 litros. O som é Bose, o GPS é integrado ao painel, tem ParkAssist, Airbag, espelho elétrico, piloto automático, transmissão automática ou manual ShiftPad, DVD com capacidade para seis discos, assento refrigerado ou aquecido... Quer mais? Lembra do “coxim” pra segurar o motor? Esquece, porque o 911 tem DEMS, um sistema para que a vibração do motor não passe para o carro. Além disso, o motor Porsche é Flat-Six, ou seja, fica posicionado horizontal-mente no nível do eixo. Quando se faz uma curva, o carro não balança e a chance de capotar é nula.

O supercarro não para por aí. O modelo tem suspen-são ativa que se adequa à pista, controle de tração e um sistema que aumenta a altura do carro para que você não raspe o fundo.

Não bastando todo o luxo, o 911 é ecologicamente cor-reto e apresenta baixíssimas emissões de poluentes. O ar-condicionado é direcional e, mesmo que você esteja

em alta velocidade e com a capota aberta, a temperatura se mantém no nível de-

sejado.Os habitáculos, onde fi-

cam o passageiro e o mo-torista, têm composições

de aço diferentes do resto do carro e são muito mais re-

sistentes. No caso de colisão, a parte dianteira do carro funciona como

um amortecedor que será amassado gradati-vamente, de maneira a não atingir o habitáculo,

garantindo a segurança interna.O acabamento, em couro, é perfeito, e o design do

painel é clássico, modernizado apenas para se tornar magnífico. Os faróis são BI-xenon e as lanternas, de led, que iluminam e sinalizam. Além disso, o sistema anti-furto da máquina tem localização via satélite.

Se toda esta tecnologia e a possibilidade de rodar a 312Km/h, velocidade que traz a sensação de estar numa máquina sem igual, ainda não lhe convenceram de que seria uma boa ter um desses, então, volte ao começo do texto e reconsidere. Afinal de contas, depois de tantos itens atraentes, quem não se sente poderoso dentro de um símbolo de status como esse?

acelera

Porsche 911 Turbo CabrioletÉ fato: a Alemanha é um dos únicos países do mun-do a não ter limites de velocidade nas estradas. Portanto, fica a pergunta: realmente existe razão para comprar um supercarro no Brasil? A resposta é sim. O Porsche 911 Turbo Cabriolet não é apenas um símbolo de status ou um bem que nos sirva para aplacar aquele desejo consu-mista insaciável. Existem muitos outros pontos que nos levam a desejar esse carro e que justificam a sua compra.

O design é velho conhecido e não mudou muito desde sua apresentação, em 1974. É um primor aero-dinâmico que leva em consideração o princípio do for-mato de gota invertida, com linhas arredondadas que diminuem a formação de vácuo e arrasto na traseira do carro. Além de fluir através do ar, o carro atrai porque

é harmonioso, com desenho sempre atual e contorno definido pelas leis naturais da física.

Quando se trata de Porsches, o visual não é o mais im-portante. Fazendo uma analogia, o Porche 911 Cabriolet é como se fosse a moto mais veloz do mundo com o confor-to e a segurança que só o carro mais luxoso pode oferecer.

A aceleração de 0km/h a 100km/h ocorre em 3,8 se-gundos e a frenagem em curto espaço pode ser compa-rada à de uma moto esportiva, trazendo a sensação de segurança nas ultrapassagens, assim como agilidade no trânsito. Por ser um carro compacto, o volante ester-ça maravilhosamente bem. Parece até bobagem, mas ao estacionar ou fazer uma conversão em uma rua estreita, o motorista irá manobrar menos e sem nenhum esforço.

Luiz Leopoldo Soares, diretor de pós-produção audiovisual da Latina Estudio

Há razões para você comprar um supercarro fora da Alemanha?

http://www.porsche.com.br/mode-los/linha-911/911-turbo-cabriolet

saiba mais

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contos

Sr. Luciano RolleriPresidente do Grupo Ibratin, nasceu na Itália, adora contar histórias sobre a sua terra

Continuando a nossa viagem pelas bele-zas e peculiaridades das diversas regiões italianas, falaremos de uma das mais be-las e renomadas: A região da “Toscana” que é situada no centro-oeste do país.

Partindo da capital “Firenze” mundialmente conhe-cida pelo seus monumentos artísticos, é sem dúvida uma das mais belas e renomadas regiões da Itália.

Falar sobre a Toscana significa discorrer sobre arte em alto nível, arte esta de natureza sugestiva, cultura milenar, história e tradições seculares que culminam em uma cozinha simples, porém saborosa, regada com vinhos artesanais, de valor excepcional e do mais alto nível mundial, cultivados ainda através de antigas prá-ticas. Concentrar tudo isto em somente duas páginas de uma revista não é uma tarefa fácil, mas tentarei!

Vou procurar descrever o fascínio das verdes colinas do Chianti com suas vinhas carregadas de frutos, as quais, em setembro se tornam amareladas e dão um toque dourado a toda a paisagem da região (ver foto). Vamos falar sobre a beleza do branco esplendente dos locais de extração do mármore dos Alpes Apuane (de onde provém o mármore de Carrara), os quais ressaltam o verde dos bosques e o refletem no mar Tirreno.

Escrever sobre a Toscana significa salientar o perfil de uma terra abençoada, repleta de história milenar que iniciou-se há dezenas de séculos A.C. com a legendária história da civilização etrusca, a qual, infelizmente foi en-golfada pelos romanos, deixando-nos somente as inú-meras necrópoles, para depois passar às maravilhosas e extremamente bem conservadas cidades medievais, hoje ainda circundadas pelos muros originais da época.

É importante colocarmos em primeiro lugar a esplêndi-da cidade de Firenze, berço da cultura e da língua italiana, jóia de arte única no mundo, um verdadeiro museu a céu aberto o qual conserva sozinho um décimo de todas as be-lezas artísticas da Itália. As doces colinas que margeiam a região, todas extremamente bem ordenadas, são uma mistura de campos, bosques e oliveiras, exaltadas pelos seus renomados vinhedos e majestosas casas quase sem-

pre situadas no topo das colinas.Precisamos também falar sobre

Siena: uma cidadezinha esplêndida a qual foi um importante centro etrusco e romano. Independente de Roma, de-pois da época medieval, Siena iniciou um processo de prosperidade que a le-vou a ser a única rival de Firenze. O seu território abrange desde as regiões do Chianti no vale D´Elsa (aqui destacamos o pequeno Bor-go di Monteriggione (ver foto), coroado no topo de uma colina de vinhedos com as suas muralhas medievais de 1.215, as quais se encontram incrivelmente intactas até hoje) até o Vale D´Orcia. Também não podemos deixar para trás outras cidades como: Lucca - fechada ao seu redor através dos seus muros robustos; Pisa – com a sua torre pendente; Volterra – importante centro medieval; Arezzo – situada na fronteira com a Umbria e rodeada de pequenos centros claramente ainda provenientes da época medieval. Não podemos deixar de comentar sobre as numerosas necrópoles etruscas com suas tum-bas semelhantes às residências da época, as quais foram encontradas ainda repletas de enxovais, estátuas e vasos decorados (conservados hoje em museus adjacentes), dando testemunho de uma civilização muito evoluída tanto do ponto de vista artístico como social e político.

Quem visita a região da Toscana não pode deixar de ir à descoberta das especialidades enogastronômicas

regionais. A região de Toscana é famosa no mundo inteiro não somente por suas belezas artísticas, mas também pela sua maravilhosa cozinha, dotada de sa-bores simples e antigos. Baseia-se, principalmente, nos ingredientes genuínos que os próprios agricultores produzem, nas receitas que passam de pai para filho, as quais exaltam o próprio sabor através de uma inte-ligente mistura das matérias-primas de base sem ne-nhuma elaboração excessiva. Ingredientes estes que têm seu denominador comum no azeite de oliva, nos cereais (principalmente o feijão), bem como através do pão preparado sem sal, o qual é a pilastra da gastrono-mia local, utilizado também nos dias subsequentes ao preparo para evitar o desperdício. De fato, reutilizam o “pão amanhecido” na preparação de diversos pratos como a “pappa al pomodoro”, a “ribollita” (sopa de le-gumes cozida pela segunda vez com este pão), o prato típico de verão “panzanella”, mais conhecido entre nós como “bruschetta” ou mesmo a “fettunta” (porção de pão onde é passado o alho cru e regado com azeite de oliva extravirgem), além do “cacciucco” (saborosa sopa de peixe disposta sobre fatias de “pão amanhecido” - podendo também ser preparado com alho cru confor-me descrito acima, ver foto).

As carnes mais importantes provêm de uma raça de bovinos chamada “chianina”, famosa pela “Bistecca alla Fiorentina” (chuleta - bife com osso cortado grosso e grelhado na brasa somente com os condimentos in-

dispensáveis), receita esta que parece ser proveniente ainda dos etruscos.

É importante salientar também os frios, o “lardo di colonnata” (uma espécie de toucinho com uma grossa camada de gordura e pouca carne), o qual deve o seu inconfundível sabor à sua longa permanência dentro de recipientes de mármore de carrara repletos de tem-peros. Também a carne proveniente da caça ocupa um lugar de destaque nas tradições locais, principalmente o cinghiale (uma espécie de javali), a lebre e o pato sel-vagem cozidos na panela com vinhos da região. De fato, a Toscana é a “Terra di Bacco” por excelência (Bacco era o Deus do Vinho para os romanos) e, dentre as nume-rosas viniculturas, destacamos a dominante “Chianti” conhecida em nível mundial (produção de 120 milhões de garrafas/ano). A produção local é ligada ao vinhedo “Sangiovese”, que troca de nome dependendo da região em que se encontra e do modo pelo qual é cultivado: em Montalcino se chama “Brunello”, em Scansano se chama “Morellino” e assim por diante. Entre os vinhos brancos recordamos o “Vernaccia di San Geminiano”, o “Sassicaia” de Bolgheri e o “Bianco di Pitignano”, além do “Vin Santo”, “passito” doce e seco que combina muito bem com as sobremesas: os famosos “Biscotti di Prato”, o “Castagnaccio” e as várias tortas e pudins locais.

O “Ricciarelli” e o “Panforte” de Siena, ambos produ-tos sem fermento, são ainda preparados com receitas provenientes da época medieval.

L’Italia: LA TOSCANA

Panorama de um vinhedo no outono

Caciucco

O Burgo (Vila) de “Monteriggioni” construído em 1.215

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artigo

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A diferença não é apenas filosófica, mas práticaTratando-se mais de uma habilida-de a ser desenvolvida do que de regras que ditam o que se deve fazer, se você observar com atenção algumas de-finições clássicas do que é estraté-gia, a questão fica clara:1. Arte militar de planejar e exe-

cutar movimentos e operações de tropas;

2. Arte de explorar condições favorá-veis com o fim de alcançar objetivos específicos;

3. Arte de utilizar adequadamente os recursos físicos, financeiros e humanos, com a finalidade de mini-mizar as ameaças e maximizar as oportunidades.

Percebeu como a palavra “arte” se repete? Observe seu significado: “capacidade natural ou adquirida que tem o homem de pôr em prática uma idéia e os meios necessários, valendo-se da faculdade de dominar a ma-téria, com vista a um resultado que pode ser obtido por meios diferentes”.

Ser um estrategista é a arte de chegar a resultados, por meios diferentes, utilizando recursos através de planejamento de longo prazo e execução de ações com objetivos específicos no curto prazo. Mas, como fazê-lo? Aqui vão três dicas para você aplicar em seus negócios.

A primeira é ‘reveja as suas bases: tenha claro para você e sua equipe o que mantém os alicerces da empresa’. 1. Qual é o meu negócio?2. Qual o propósito de existência da empresa para a

qual trabalho?3. Qual a visão de futuro que eu almejo?4. Quais os valores que sustentam este empreen-

dimento?As respostas a essas perguntas devem funcionar

como um mapa, uma carta de bordo, um plano de vôo. Algo com o qual você saiba de onde está partindo e para onde está indo.

A segunda dica é ‘foco na execução: organize suas

idéias no papel, com olhos no futuro e ações no presente’. Se você tem metas estraté-

gicas para alcançar no fim do ano, co-mece elaborando as ações deste mês. Depois siga elaborando e executan-do um plano de ações a cada mês.

Faça como os grandes estrate-gistas já fizeram. De Sun Tzu, do

clássico livro “A Arte da Guerra”, até o eleito executivo do século XX, Jack

Welch, responda: 1. O que eu tenho que fazer neste mês para al-

cançar a meta do ano?2. Quando essa ação vai acontecer, ou seja, em dia co-

meço e termino neste mês? 3. Quem são as pessoas com as quais vou contar para

realizar essa ação?4. Para quem vou fazer isso: áreas da empresa, forne-

cedores, clientes?5. Como acredito que deve ser feito, passo a passo,

para dar certo?6. Quanto tempo, investimento e retorno em dinheiro

estarão envolvidos?7. Por que, afinal da contas, é preciso executar essa ação?

E a terceira é ‘desenvolva liderança: aprimore essa competência junto à sua equipe, fornecedores e clien-tes’. Esta é, sem dúvida, a mais importante dica, pois lí-deres legítimos tornam os propósitos claros, alinham sistemas, estimulam talentos e, acima de tudo, inspi-ram confiança pelas suas competências, credibilidade, constância e caráter.

Ser ou não ser estrategista? Ser

estrategista

é a arte de chegar a

resultados por meios

diferentes

Luiz Trivelatto. Empresário, consultor, coach e palestrante na área de gestão empresarial. Há 19 anos atende empre-sas em todo Brasil

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Com o intuito de dar subsídio às obras para eventos esportivos que ocorrerão no Brasil, a Re-ceita Federal publicou em julho a Medi-da Provisória 497, que determina 15 mudanças tributárias. Entre elas, está a isenção de impostos, que chegam a R$ 35,07 milhões para a compra de materiais e obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 e Copa das Confederações de 2013, incluin-do a construção de estádios. A aquisição de máquinas e aparelhos também será desonerada de impostos, como o PIS/Pasep (Programa de Interação Social), Cofins (Contribuição para o Financiamento da Se-guridade Social) e IPI (Imposto sobre Produtos In-dustrializados). Por meio dessa iniciativa, a Receita presume que não sejam cobrados R$ 350 milhões nos próximos quatro anos.

A desoneração de impostos também se aplica aos projetos de restauração e edificação de estádios aprovados pelo Ministério do Esporte. Vale lem-brar que impostos sobre equipamentos não usados para obras da Copa e contratação de mão de obra não fazem parte das resoluções estabelecidas, por-tanto ainda serão cobrados. As micro e pequenas empresas também não terão a mesma vantagem. De acordo com informações divulgadas pelo subse-cretário de Tributação e Contencioso, Sandro Serpa, a proposta levará a uma renúncia tributária de R$ 35 milhões ainda em 2010 e de R$ 350 milhões até 2014. A medida também atinge outros setores, como o automotivo e o mercado de capitais.

Se alguém ainda duvidava do forte ritmo de expansão da economia brasileira, os números do pri-meiro trimestre trouxeram a evidência que faltava. O PIB nos três primeiros meses de 2010 cresceu 9% na comparação com o mesmo período de 2009. Os números mostraram claramente a força do mercado interno. Mesmo sabendo que a base de comparação estava deprimida por conta da crise mundial, o resul-tado permanece forte, especialmente pelo aumento dos investimentos. Nesse período, a formação bruta de capital aumentou 26% em relação a igual período do ano passado. A taxa de investimento do país, que caíra para 16% em 2009, atingiu o patamar de 18%.

A recuperação do investimento é, sem dúvida, um dos pontos mais importantes do desempenho da eco-nomia nesses primeiros meses do ano, pois a expansão da infraestrutura e da capacidade produtiva do país estabelecerá os limites dentro dos quais a economia poderá crescer no futuro. Ou, em outras palavras, será a expansão do investimento que irá garantir a susten-tabilidade desse crescimento.

O problema é que o padrão chinês de crescimento pode apresentar perigos para a estabilidade. Apesar do aperto na política monetária, muitas são as indicações de que a demanda cresce mais rápido do que a capacidade de resposta da estrutura produtiva. A maturação dos in-vestimentos requer tempo e, por enquanto, a outra face da prosperidade tem sido maiores pres-sões de preços. Isso explica e reforça a visão pessimista e cautelosa do Comitê de Política Monetária e a continuidade, neste mo-mento, da elevação dos juros básicos, de volta aos dois dí-gitos em junho.

Com os investimentos, a construção está entre os setores que mais cres-cem. E, junto com a recu-peração plena do nível de atividade, intensificam-se as preocupações dos empre-

sários com a evolução dos custos setoriais. As últimas sondagens da construção vêm acusando uma expres-siva deterioração das expectativas dos empresários em relação aos custos. E, de fato, essa percepção já é confirmada pela evolução dos indicadores nos primei-ros cinco meses do ano. De um modo geral, os preços dos materiais e, em maior medida, da mão-de-obra, re-gistram crescimento acumulado bastante superior ao observado no mesmo período de 2009.

Os custos com mão-de-obra encontram-se pressiona-dos por um mercado de trabalho bastante aquecido e que tem favorecido as demandas salariais. A oferta de materiais, por enquanto, não encontra problemas, mas vale lembrar que o crescimento da construção, antes restrito ao setor empresarial, se fortaleceu e se dissemi-nou, contribuindo para a recuperação mais rápida dos demais segmentos da cadeia – em especial, da indústria de materiais. A sondagem industrial realizada pela FGV/Ibre em maio mostrou que o nível de utilização médio da indústria de materiais atingiu 91,65% – a mais elevada entre os setores industriais. Por outro lado, sondagens realizadas com dirigentes da indústria de materiais mostram que a intenção de investir na ampliação da capacidade aumentou firmemente nos últimos meses. Embora a expansão por si não garanta uma evolução mais favorável dos custos, certamente contribuirá para dissipar o temor de falta de materiais.

O Presidente Lula disse que fará qualquer coisa para conter a inflação. Deixar o Copom atuar é um feito

importante às vésperas de eleições nas quais a economia é peça-chave. Em meio a um senti-

mento geral de ‘chegou a hora do Brasil’, os in-vestimentos farão a diferença, assim como a garantia dos ganhos inquestionáveis pro-movidos pela estabilidade de preço.

Medida desonera impostos para a Copa de 2014

Crescimento ou inflação: dilema eterno

Fonte: Revista Construção Mercadoedição 110 de setembro de 2010

44.000

média do país

35.5

09,8

2

39.4

65,2

5

47.9

85,4

8

Valores em reais segundo percentual da população com acesso a esgoto

Valor médio dos imóveis

40.000

34.000

42.000

38.000

36.000

32.000 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Alterações na

MP 497 permitem

benefícios fiscais para

obras e compra de

materiais

Maracanã ganha reforma

Revista Construção e Negócios*Ana Maria Castelo é economista, consultora da FGV Projetos. Maria Antonieta Del Tedesco Lins é economis-ta, professora do Instituto de Relações Internacionais da USP

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artigo

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Os temas políticos proliferaram nos primeiros debates e entrevistas pela TV dos candidatos ao governo federal, autorizados pela legislação eleitoral. Mas pouco se falou sobre economia, habitação e infraestrutura, como se o crescimento econômico desobrigasse os candidatos de anunciarem propostas para superar os gargalos presentes.

Uma destas questões espinhosas são os chamados res-tos a pagar do Orçamento, para quitar obras executadas no exercício anterior. Preocupa que, segundo estimativa do site Contas Abertas, os restos que ficarão em 2010 para pagar em 2011 atingirão o recorde de R$ 90 bilhões, supe-rando os R$ 72 bilhões que passaram de 2009 para 2010.

Com esse incremento, há risco de se comprometer recursos para novos investimentos em 2011. Até junho passado, o saldo de restos a pagar em investimentos totalizava R$ 53,7 bilhões, para uma dotação de R$ 63,9 bilhões. No PAC, havia restos a pagar de R$ 30 bilhões, para um orçamento de R$ 24 bilhões.

O desafio que o próximo presidente terá pela frente será compatibilizar os restos a pagar com a execução dos novos investimentos previstos no Orçamento, indis-pensáveis para a sustentação do crescimento.

Outro desafio será o crescente déficit na conta corrente externa. Recentemente, o Ministério da Fazenda projetou esse déficit para 2011 em US$ 56 bilhões (2,6% do PIB, contra 2,3% em 2010 e 1,5% em 2009). Já o Banco Central estima que o déficit será de US$ 58 bilhões em 2011. Em termos no-minais, para o ministério esse déficit ficará ao redor de US$ 45,9 bilhões em 2010, abaixo dos US$ 49 bilhões aguarda-dos pela autoridade monetária até junho. Para o ano que vem, o governo espera um superávit na balança comercial de US$ 9 bilhões, contra US$ 17 bilhões no presente ano.

O problema é que o déficit em conta corrente vem sen-do coberto por investimentos estrangeiros formados em sua maior parte por capitais de curto prazo e não por Investimento Estrangeiro Direto (IED) na produção. Volá-teis, esses capitais podem sumir, gerando uma crise.

Isto remete a um olhar bastante acurado para a taxa

do câmbio, as reservas cambiais, a equação câmbio-ju-ros, enfim, questões com as quais o próximo presidente precisará se deparar de imediato.

Também será necessário enfrentar o crescente nível de gasto público, o endividamento interno. Como ra-cionalizar o gasto público e abrir o caminho para a tão esperada redução de tributos?

Na área da habitação e infraestrutura, as interrogantes são sobre a continuidade do PAC e do Programa Minha Casa, Minha Vida, bem como sobre a mobilização dos re-cursos financeiros para viabilizar as metas estabelecidas.

Aqui entram também indagações sobre os estímulos necessários à elevação da oferta de materiais e equipa-mentos para a construção civil, bem como a necessida-de de incrementar a formação de profissionais qualifi-cados para atuarem no setor.

Desafio para o próximo presidente: dívida de R$ 90 bilhõesDebaixo do tapete

anúnciosantha fé

de olho no mercado

Fonte: Sinduscon – SP

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Ibratin - original - MAQUINA- revista 22,5cm x 27,5cm.pdf 1 4/10/2010 15:40:19